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ELETRÔNICA PRÁTICA

A REVISTA PRA Q U E M CURTE ELETRÔNICA


1 CONTRO
i estajxTpsiquic
USÁNDO O ESTIMU
ÓPTICa^fehLÀ/TE' 4900

E MA
MICRO ESPIÃO
TESTADOR DE CABÍÜI
DETECTOR UNIVERSAL
SIRENE PROGRAMAVEL
SIMULADOR DE LOCOMOTIVA
INTERCOMUNICADOR PARA M010
SAIBA COMO PROJETAR UMA FONTE
REGULADA PASSO A PASSO
Curso de Semicondutores
(2" Lição - O DIODO ZENER)
CONTINUAÇÃO DA PAGINA 38
Na figura ao la- mando um "ponto de solda"
do podemos homogêneo.
observar que a • Não movimente o terminal
distância entre antes de esfriar a solda, pois
os terminais isto causa um defeito denomi-
de um compo- nado solda fria.
DOBRA nente radial • Quando a solda apresenta
tem de ser a
uma cor cinza-opaco significa
mesma distân-
que houve um superaqueci-
cia entre os
dois furos da mento do ponto soldado, o
placa, se nâo, que t a m b é m não é bom.
deve-se fazer • Nunca reutilize o estanho,
um dobramen- pois este possue u m a resina
to duplo. que evapora quando aqueci-
do demasiadamente. A resina
suite e m melhor visual estéti- da deve ter uma ponta "fina"
tem a finalidade de evitar a
co. e isenta de corrossão, para
oxidação das partes a serem
U m a vez pré-formatado os que a solda derreta facilmete
juntadas.
componentes, p o d e m o s pas- quando encostado na ponta.
• Para reconhecer u m a boa
sar para a próxima etapa. Es- A técnica de soldagem deve
soldagem: o exterior da solda
ta etapa consiste e m inserir o ser realizada com mais cuida-
deve ser limpa e brilhante,
componente pré-formatado do, e também obedece a de-
evite a formação de poros e
no espaço correspondente, e terminadas regras:
rachaduras.
soldar o m e s m o para realizar • O terminal pode ser cortado
a conexão entre o terminal e Estando todos os compo-
antes ou depois da solda.
o filete d a placa. Antes de ini- nentes devidamente solda-
• A solda deve ser feita o
ciar a solda, devemos verifi- dos, devemos limpar a placa
mais rápido possível, para
car a qualidade da placa de para retirar o excesso da resi-
evitar que o componente
circuito impresso: as ilhas de- na e restos de solda. Esta
aqueça execivamente cau-
v e m estar isentos de qualquer limpeza pode ser feita utili-
sando a danificação do mes-
sujeira ou oxidação. Caso zando u m a solução a base de
mo. Caso o componente for
contrário, limpe a placa com tricloro-etileno aplicado com
muito sensível, use um alicate
palhinha de aço. Esta limpe- uma pincel. Na última etapa
de bico como dissipador de
za se faz necessária para que aplicamos u m a c a m a d a de
calor.
a solda tenha u m a boa ade- verniz para proteger as trilhas
• A solda deve cobrir toda à contra oxidação.
rência à trilha. O ferro de sol- área da ilha e do terminal, for-

N* 04 E L E T R Ô N I C A P R Á T I C A 10
A REVISTA P R A Q U E M C U R T E ELETRÔNICA
ÍNDICE
PROJETOS
EDITORA ESTIMULADOR OPTICO 40
TACÔMETRO 43

N U M I M
SIMULADOR DE LOCOMOTIVA 50
T E S T A D O R DE C A B O S 57
MICRO ESPIÃO £0
EDITOR INTERCOMUNICADOR P / M O T O 64
JoãoG.M. de Sá DETECTOR UNIVERSAL 68
DIRETORIA
JoãoG.M. de Sá SIRENE P R O G R A M Á V E L 70
Helena C. de Sá
RESPONSÁVELTÉCNICO
Frans Struiving INFORMAÇÃO
C O N H E C E N D O O INTEGRADO 47
TECNOLOGIA SMD .....52
Composição, Fotolitos e Impressão; Edito-
ra Graffiti - Distribuição - Fernando Chiná-
glia S/A. Rua Teodoro da Silva, 907 - Rio
PÁGINA DE SERVIÇO
de Janeiro. ELETRÔNICA PRÁTICA é uma VISTA SERIGRAFICA DAS P L A C A S 53/55
publicação de propriedade da Editora VISTA C O B R E A D A DAS P L A C A S 54/56
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tração e Publicidade: Trav. Sta. Madalena
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não funcionamento ou desempenho defi- iií/ o
ciente dos dispositivos se os mesmos fo- S
rem montados com componentes avaria-
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04 E L E T R Ô N I C A P R T I C A
UM ESTIMULADOR
ÓPTICO PARA
RELAXAÇÃO
Na vida moderna o homem está sujeito
as tensões do dia a dia e a maioria atinge
o stress. Para rever este estado criamos
um óculos para ajudar a estimular as
ondas alpha/tetha levando o usuário a
atingir um estado de relaxação.

P raticantes de yoga e medita-


ção transcendental, após
meses ou até anos de es-
merada prática, conseguem colocar-se
em um estado que produza as prepon-
derantes ondas alpha. Estas ondas al-
pha são ondas cerebrais geradas
quando uma pessoa está em profunda
relaxação, causando um clima de tran-
qüilidade de paz interior abatendo, as-
sim as tensões adquiridas no dia a dia.
Neste artigo vamos examinar a possibi-
lidade de controlar eletronicamente a in-
tensidade e freqüência das ondas alpha
e tetha, e em conseqüência influenciar
com a técnica de biofeedback em nosso
estado emocional e psíquico. Obviamente, tal domínio da mente não nar na mesma freqüência das luzes,
São poucos os que tem a paciência pa- está ao alcance de todos, nem pretende- Deste modo pode-se atingir facilmente
ra a prática de yoga. Com uma técnica mos atingir este estado, contudo nos pro- o estado alpha, ou tetha, e por sua
muito simples podemos alcançar a re- va que o homem em circunstâncias nor- vez chegar a um estado de relaxação.
laxação usando uma estimulação por mais não utiliza dez por cento da capaci- Uma vez que cada pessoa tem em
meio de luzes oscilando em ritmo alpha. dade potencial do cérebro. particular uma freqüência alfha/theta
UMA CURIOSIDADE dominate diferente, é necessário poder
ESTIMULAÇÃO ÓPTICA
ajustar a freqüência das luzes para ob-
No Tíbet e em geral por todo o oriente, As ondas alpha são sinais gerados pelo ter um melhor resultado individual,
se concede grande importância as ca- cérebro e atuam em uma faixa de fre- Para melhor compreender sobre estas
pacidades psíquicas. Determinados yo- quência de 7,5 Hz a 13Hz. Tem baixa ondas cerebrais, colocamos uma tabe-
gas orientais, após três longos anos de amplitude e ocorrem intermitentemente Ia, figura 1, com os diferentes tipos de
exercícios de concentração, mediante a quando por exemplo, você está quase ondas, suas respectivas faixas de fre-
utilização de técnicas auto-hipnóticas, despertando. Porém ela se pronuncia quências, amplitudes e estados mentais
podem obter domínio quase absoluto mesmo quando você fecha os olhos e se
O CIRCUITO
das funções vitais, em um estado de coloca em estado de absoluta tranqüili-
anabiose que lhes permitem permane- dade, relaxação completa ou meditação Uma vez entendido a finalidade e como
cer durante prolongados períodos profunda. atua a estimulação óptica, podemos
(quase um mês) sepultados a vários Quando uma pessoa é estimulada nos apresentar um circuito eletrônico que
metros de profundidade, sem respirar, olhos comflashes visuais na freqüência tem justamente a finalidade de gerar es-
beber ou comer. alpha ou theta, o cérebro tende a resso- ta estimulação através de um óculos
N 04 E L E T R Ô N I C A PRÁTICA 0
CARACTERÍSTICAS DAS ONDAS CEREBRAIS corrente causa uma queda de tensão
TIPO DE ONDA AMPLITUDE (em FREQÜÊNCIA (em ESTADO MENTAL no resistor R7 de 650 mV, o suficiente
microvolts) hZ) RELATIVO para conduzir 13 que leva a base de
Sono profundo, T2 a um nível baixo, limitando a cor-
DELTA(5 ) 10 a 50 0,2 a 3,5 transe hipnótico, no
sono - RÉM rente nos LED's. Está regulação ga-
THETA ( 6 ) 50 a 200 3,5 a 7,5 Sono com olhos rante um nível de intensidade constante
abertos do brilho dos leds independente da ten-
Tranqüilidade,
relaxamento são de alimentação. P3 permite diminuir
ALFA ( a ) 1 0 a 100 7,5 a 13 completo,
meditação profunda.
a corrente dos leds aumentando a resis-
Atenção de tência entre base-emissor de T3.
BETA ( p ) 10 a 50 13 a 28 vigilância, ânsia,
medo
O diodo D1 e o capacitor C3 garante
I
Sem definição, por
uma melhor filtragem e isolação da
? 0,01 a 0,1 V H F a UHF ser fruto de recentes fonte de alimentação. Como fonte de
estudos na URSS.
FIGURA 1 - TIPOS DE ONDAS E SUAS RESPECTIVAS FREQÜÊNCIAS
alimentação usamos uma bateria de 9V
com opção de alimentação externa por
adaptado com leds. O circuito apresen- se faz necessário, mesmo porque seria meio de uma fonte DC de 9V ou 12V,
tado na figura 2, tem como' oscilador o preciso um frequencímetro para efetuar sendo que a tensão não influi na fre-
conhecido 555 operando em modo astável, a calibração. Fica então a critério do leí- qüência e brilho dos leds.

pi Dl

FIGURA 2 - ESQUEMA ELETRICO DO ESTIMULADOR OPTICO

e o transistor T2 dispara os leds ligados tor excluir ou não estes componentes. MONTAGEM
em série, emitindo assim, o flash para O transistor T1 está normalmente man-
estimulação. A repetição dos pulsos é tido em estado de corte pelo resistor Na montagem da placa , figura 3,aconse-
regulável entre 6,5pps a 14,5pps (pul- R6, que por sua
sos por segundos), ou, opcionalmente vez corta T2. Os
3,5pps a 7pps, ondas alpha e tetha res- pulsos em nível o HZZD- o
pectivamente. baixo (fixos em S i f f - SD CO
A configuração do 555 é básica, temos 10ms), pino 3 do O A ~
P1 que determina a freqüência de ope- 555, leva T1 a sa-
ração, limitada por R1, R2 e C1. A turação e conse-
chave CH1 coloca o capacitor C2 em qüêntemente T2 C4
JZ "
paralelo com C1, determinando a faixa que "dispara" os .—•—. tísgsr
de freqüência, alpha ou tetha. Os resís- leds. A corrente
tores R3 e R4 ligados ao potenciômetro dos leds está li-
D D
ci ce^

P2 permitem uma calibração do fim da mitada em 54mA


escala, isto devido o fato dos resistores pelo transistor T3
e capacitores apresentarem uma tole- (supondo P3 com
rância de até 20%. Porém este ajuste não Ofí), pois está FIGURA 3 - VISTA DOS COMPONENTES. VER PLACA 1x1 NA PAGINA DE SERVIÇO.

N 04 E L E T R Ô N I C A PRÁTICA 1
OCULOS chada, conforme a figura 4. Antes de completamente relaxado, e a sensação
testar o circuito devemos fazer uma últi- de desânimo deverá ser dissipada. Isto
ma inspeção visual, polaridade da bate- por que você conseguiu achar a sua
ria, conexões dos fios, etc... podemos freqüência correta. Marque na escala a
então ligar o circuito e verificar se os leds posição do dial para uso futuro, pois pa-
estão piscando, caso afirmativo podemos ra cada pessoa haverá um ajuste dife-
partir para a realização prática. rente da freqüência.
Esclarecemos que podem ser necessá-
REALIZA ÇÃO PRÁ TICA rias várias tentativas até obter a fre-
Instale-se confortavelmente em um lu- qüência correta.
gar que proporcione o mínimo de distra- Obs: Não podemos assegurar que to-
ção possível. Coloque os óculos e das as pessoas obtenham sucesso com
ajuste-o para que não esteja muito o uso do estimulador óptico. Ela real-
FIGURA 4 • SUGESTÃO P/ MONTAGEM DA CAIXA apertado. Posicione o aparelho para mente ajuda em muitos casos, porém,
que permita fácil ajuste da freqüência pessoas muito conturpadas podem não
lhamos usar um soquete para o circuito com o mínimo movimento de braço. atingir o resultado esperado.
integrado 555 e cuidado com a polari- Agora feche os olhos e ligue o estimuía- Somente após conseguir chegar a re-
dade do mesmo bem como a dos dor óptico. Verifique por um instante a laxação usando a estimulação óptica na
transistores. variação da freqüência entre o mínimo e escala alpha, pode-se partir a um esta-
A parte mais complexa está na monta- o máximo na escala alpha, entre estes do mais profundo, as ondas theta.
gem do óculos. Usamos um óculos de dois extremos teremos o batimento Estando em absoluto estado de relaxa-
ção mude a chave para theta e realize
novamente todo processo porém, sa-
lientamos que a dificuldade aumenta e
que somente pessoas mais sensíveis
conseguirão obter resultados.
ALERTA MÉDICA
Pessoa com problemas de epliepsia
não devem usar em hipótese alguma
a estimulação óptica, pois correm o
risco de sofrer um ataque epilético.
Caso você não saiba que é epilético e
ao usar o aparelho de estimulação óp-
tica perceber um odor estranho, sons,
ou fenômenos inesperados, cancele
imediatamente a experiência e pro-
natação com as partes internas e exter- ideal para você. cure um especialista na área médica.
nas pintadas de preto para evitar a in- O melhor rendimento se obtém com os
terferência da luz externa, então cola- olhos fechados. Continue a variar entre
mos um led em cada parte do óculos, li- o mínimo e máximo, a repetição dos
gamos os fios e o plug (vide fig 5). Não pulsos até atingir o ponto correspon-
é preciso necessáriamente usar um dente a sua própria freqüência alpha.
óculos de natação, basta usar um qual- Caso a intensidade da luz dos leds for
quer que isole a luz externa e permita a muito intensa ou baixa, ajuste o mesmo
fixação dos leds, com um pouco de ima- no trimpot P3. A freqüência correta você
ginação pode-se inventar um. encontra quando as pálpebras palpita-
Uma vez montada a placa devemos ins- rem suavemente no mesmo ritmo dos
talar a mesma em uma caixa adequada. flashes ou quando a percepção da in-
Dentro da caixa teremos a placa e a ba- tensidade da luz emitida se torna
teria, nas laterais colocamos os jack's maior. Percebe-se que as luzes osci-
da alimentação externa DC e do óculos lantes se tornam menos incômodas,
e a chave liga/desliga. O potenciômetro pois elas estarão sintonizadas com o
P1 e a chave CH1 devem ser instala- seu psíquico. Procure então relaxar sob
dos na parte superior da caixa, sendo o efeito das luzes.
adicionados as respectivas inscrições. Após decorridos aproximadamente 10
A chave estará selecionada para alpha minutos desligue o estimulador óptico.
quando aberta e para tetha quando fe- Você asseguradamente sentir-se-á
N 04 E L E T R Ô N I C A PRÁTICA
UM TACOMETRO DE
ÚLTIMA GERAÇÃO
Dê um "toque" futurista em seu carro instalando
este moderno contagiro com dupia indicação,
digital e V U de led's.

segundo bloco é um multivibrador


monoestável, que dispara a cada pico
da tensão diferenciada. Temos então na
saída deste bloco uma onda quadrada
com pulsos fixos mas com período do
ciclo proporcionai a rotação do mo-
tor.Esta onda quadrada segue para dois
blocos. Primeiro passa por um filtro pas-
sa-baixas, onde teremos como resulta-
do uma tensão CC proporcional a fre-
qüência dos pulsos do oscilador mono-
estável. O bloco comparador compara
esta tensão CC com uma tensão de re-
ferenda, ajustável pelo trimpot, e
acende o led correspondente do VU.
Desta forma temos a indicação "bar-
graf". A indicação digital se consegue
m dos instrumentos mais no bloco contador, este que atua como
DIAGRAMA EM BLOCO
U importante de um carro de
competição é o contagiro
(tacômetro), pois ele indica
Para facilitar a explicação do funciona-
mento do tacômetro analizaremos ini-
um frequencímêtro, tendo como base
de tempo o bloco correspondente, tam-
bém ajustável por um trimpot. O ajuste
o número de rotação do motor, e, desta cialmente a nível de blocos (figura 1). é feito de tal maneira que a indicação
forma, é possível controlar a aceleração A amostra do número de giros do motor nos dísplay's seja equivalente a rotação
máxima, encontrar o ponto certo para é obtida sobre o platinado . Esta amos- do motor (x100)
troca de marcha e manter o veículo "ro- tra chega ao bloco diferenciador, onde é O último bloco nos fornece as tensões
dando" dentro da faixa econômica.
FIGURA 1 - DIAGRAMA EM BLOCOS DO TACÔMETRO
Conseqüêntémente obtemos maior eco-
nomia de combustível com maior rendi-
mento e vitja útil do motor do carro. Pi-

d
OSCILADOR FILTRO
lotos mais experiêntes se beneficiam Dlf-ERENCIADOR MONOESTÁVEL PASSA BAIXA
VU DE LED S
destas vantagens, porém, para a maio-
JL
COMPA-
ria dos motoristas o contagiro não pas-
sa de um instrumento opcional ou mero
enfeite. Independentemente do motivo
K RADOR IllBfil181811

para instalar um tacômetro, você terá


razões de sobra para montar e instalar
este, desenvolvido pela nossa equipei -»*5V ÉÉl
BASE DE

DiSPLAY

m
BATERIA - FONTE CONTADOR
técnica: possue dupla indicação, digital TEMPO

e "bargraf"; design moderno, como nos


carros de última geração; formato com-
pacto, ocupando pouco espaço. Enfim,
um instrumento que proporciona um "to- eliminado os picos de alta tensão, en- necessárias para a alimentação do cir-
que" de envenenamento no seu carro. quadrado e em seguida diferenciada. O cuito, +5 volts regulada e +12 volts não

N 04 E L E T R Ô N I C A PRÁTICA
FIGURA 2 • DIAGRAMA ESQUEMAT1C0 DO TACOMETRO
Fohte | T = n 2 de tempos (2 ou 4)
f = freqüência de chaveamento
Observe na figura 3 as formas de on-
das em diversos pontos do circuito até
aqui explicado.
Na saída do monoestável temos os pul-
sos que são filtrados por R7, R8, R9,
C9, C10 e C11. Obtemos então uma
tensão contínua proporcional a taxa de
repetição dos pulsos, que é relacionada
diretamente com o número de rotações
do motor. Esta tensão CC irá comandar
os led'8 através do UAA180 (CI4). O
UM180 é um circuito integrado para
comando de 12 led's, formando uma es-
cala do tipo "barra" ou "bargraf". Quan-
do a tensão no pino 17 do CI4 for igual
ou maior que a tensão de referência no
pino 3, todos os led's estarão acesos. A
medida que a tensão diminui, os led's
vão apagando no sentido de LD12 a
LD1. Os resistores R10 e R11 determi-
nam o brilho dos led's.
A indicação digital é realizado pelo CI5
(74C926). Este circuito integrado é um
contador de 4 dígitos com saída multi-
plexada para 7 segmentos. Na figura 4
temos a vista do 74C926 em diagrama
de blocos lógicos. A cada transição ne-
gativa no CLOCK ocorre um incremento
no contador, e um nível alto em RESET
zera este contador. Um nível baixo em
LATCH ENABLE realiza a transferência
do "númèro" do contador para o latch
interno de saída. Estando o DISPLAY
No esquema elétrico (figura 2) estão onde: R = rotação do motor (RPM) SELECT em alto, no display será visua-
delimitados os circuitos correspon- C = n 2 de cilindros lizado o conteúdo do contador, e em ní-
dentes aos blocos. O sinal proveniente vel baixo é visualizado o conteúdo do
do piatinado é atenuado por R1 e D1, latch interno.
em seguida é aplicado a base de T1, te-
remos então no coletor deste uma onda O LATCH ENABLE e o RESET são
quadrada com a mesma freqüência de controlados pelo CI3, um 555 em modo
chaveamento do platinado. C2 e R5 for- asitável, os pulsos estão representados
mam o diferenciador que irá disparar o na figura 5. Anaiizando a figura temos
oscilador monoestável. O capacitor C1 que, inicialmente é dado um pulso de
elimina o ruído causado pelos picos de RESET para zerar o contador interno,
alta tensão gerado pela corrente rever- após um determinado tempo, é aplicado
sa da bobina do carro. um pulso no U\TCH. Como o DISPLAY
O oscilador monoestável é formado pe- está ligado a massa, será mostrado nos
lo CI2, o conhecido 555, cujo período do display's o número de pulsos contados
pulso, determinado por R6 e C7, é fixo entre este intervalo. Este intervalo é
em aproximadamente 1ms, mas a fre- ajustável pelo trimpot P2 de tal maneira
qüência de repetição dos pulsos varia que a indicação no display seja equiva-
conforme a rotação do motor. A relação lente ao número de rotações por minuto
entre esta freqüência e o giro do motor do motor. Obs: Foi usado somente dois
é estabelecida pela fórmula display's, portanto a leitura deve ser

N 9 04 E L E T R Ô N I C A PRATICA 44

V
multiplicada por 100.
Na fonte de alimentação temos um re-
gulador de tensão 7805 (CI1) para for-
necer +5 volt necessário para o circuito
contador e base de tempo. A tensão
+12 volt não é preciso ser regulada,

Í* DÍ wftsoe
CONUOOC
* ífLnjiJiJTtnjiJTJiji^

FIGURA 4 - DIAGRAMA EM BLOCOS LOGICOS DO 74C926

FIGURA 5 - FORMA DE ONDAS DE dando os diversos jump's. Os led's tem na mesma posição dos trimpofs para
CONTROLE DO 74C926 -
cores diferentes para cada faixa de ro- posibilitar o ajuste. Os furos juntos aos
portanto é derivada diretamente da ba- tação (veja lista de componentes), e de- pontos de entrada A, B, C e D na placa
teria do carro, ligado somente pelo dio- vem ser soldados na altura da marca do 43A devem ter diâmetro mínimo para
do D4 para proteger contra polarização terminal. Os display's devem ser soque- permitir a passagem do fio como ilustra
inversa. C3 a C6, C12 e C13 realizam a teados para ficarem na mesma altura a figura. Para fixar uma placa com ou-
filtragem das tensões de alimentação, dos led's e para permitir a passagem de tra, use um espaçador apropriado com
pois a bobina e o alternador do motor um parafuso pelo furo central da placa. arruelas plásticas. O visor frontal deve
causam muitos ruídos. Na figura 7 temos a vista lateral das ser feito em acrílico com as devidas ins-

FIGURA 6 - VISTA DOS


COMPONENTES VER PLACA
1x1 NA PAGINA DE SERVIÇO

trés placas com as respectivas ligações criçòes, como sugere a ilustração na


MONTAGEM
entre elas. Na placa 43B solde em CN1 abertura do artigo,
A montagem do tacômetro é relativa- e CN2 uma barra de soquete BSPT, e Infelizmente não podemos definir um
mente complicada, começando pelas na placa 43C solde na mesma posição, gabinete apropriado para o tacômetro,
três placas circulares (figura 6). Devido fios rígidos (sobra dos terminais dos devido a falta de diversidades de gabi-
o formato e densidade de trilhas acon- componentes) para que uma placa "en- netes no mercado. Pode-se usar um ca-
selhamos a confeccioná-las pelo pro- caixe" na outra. A ligação da placa no de PVC, uma tampa de aerosól, ou
cesso serigráfico ou fotográfico. Como 43Bcom a 43A pode ser feita com fio até a carcaça de um instrumento qual-
uma placa fica sobreposta a outra, a flexivel de comprimento suficiente a per- quer de um automóvel,
montagem de cada uma deve ser feita mitir colocar uma ao lado da outra para
uma eventual manutenção. Na placa TESTE E AJUSTE
de tal maneira que os componentes fi-
quem o mais baixo' possível. Inicie sol- 43C deve ser feito dois furos de 3,5 mm Uma vez montado as placas, ligue os
N 04 E L E T R Ô N I C A PRÁTICA
SOLDAR «UO LADO DA SOCOA
fg ho FuxivaX as \ 33
«8. \ — w A O PLATINADO

A BATERIA

RO B«00

FIGURA 7 - VISTA LATERAL DA


MONTAGEM DAS PLACAS

pontos A e B em uma fonte de alimenta-


ção de 12 volts. Ao ligar a fonte os led's
poderão piscar momentâneamente, e a
indicação nos display's deve ser 00. Pa-
ra ajustar o tacômetro ligue os pontos C
e D a rede elétrica (110v/60hz), de tal FIGURA 8 • ESQUEMA DE LIGAÇAO DO TACOMETRO AO MOTOR CHAVE DE
IGNIÇÃO
maneira que o ponto D esteja ligado ao
neutro e o ponto C ligado a fase da bela temos uma rotação correspon- ros recém lançados no mercado nacio-
rede. Considerando a freqüência da dente de 1800RPM que dividido por 400 nal. Sem dúvida um projeto que impre-
rede como um platinado, cujo chavea- RPM resulta em 4,5. Em seguida ajuste cionará seus amigos e que só pode lhe
mento seja de 60 vezes por segundos,e P2 para que no display seja indicado proporcionar grandes satisfações.
baseado na fórmula dada, montamos 18.
Pode-se usar um gerador de funções LISTA DE COMPONENTES
uma tabela com as respectivas leituras
do tacômetro para os diversos tipos de para uma calibração mais precisa, bas- RESISTORES (todos por 1/4 W)
motores (cilindradas/tempos). Ajuste o ta aplicar a fórmula e verificar o ajuste R1, R9 , R10-100 Kfl
em diversas rotações. R2, R7, R13, R15-1KÍ2
trimpot P2 para que o tacômetro mostre R3 , R18 - 5,6 Kí2
R4-47 A
TIPO DE VEÍCULO LEITURA INSTALAÇÃO
R5, R8, R14, R16, R17-10Í2
DO TACO- R6 - 33Q
CILINDRO TEMPO METRO
Pense em uma maneira prática de ins-
talar o tacômetro em seu carro. Pode R11 - 1MÍ2
R12-27 KÍ2
4 4 18 ser fixado sobre o painel ou até mesmo R19 a R25 -82 £2
2 embutido no mesmo. Na figura 8 temos P1, P2 - Trimpot pequeno horizontal (47 K f l )
2 18
CAPACITORES
4
a ligação dos fios na bobina, a alimenta- C1 -68 juF (poliester)
6 12
ção deve ser conectada a chave de C2 - 47/jF (poliester)
3 2 12 ignição para que o contagiro ligue no C3- 100fi / 25V - (eletrolítico axial)
C4,C8, C15 -100 ,uF (poliester)
8 4 9 momento que for ligado a chave. Os C5, C6, C12, C13 - 1 juF/25V - (Tântalo)
4 2 9 fios devem ser blindados para evitar in- C7 - 220 nF(poliester)
terferência externa. Dê a partida e verifi- C9 - 22 m /25V - (eletrolítico radial)
TABELA 1 C10 - 22 n /25V - (eletrolítico radial)
que se a leitura do tacômetro varia C11 - 220 nF(poliester)
conforme a aceleração imposta no mo- C14- 10 m/16V - (eletrolítico radial)
no display indicação correspondente ao C16, C17 - 2,2 nF(poliester)
tor. Para confirmar a rotação do motor
seu tipo de motor (não esqueça que a SEMICONDUTORES
com a do tacômetro, leve o carro a uma D1- Diodo ZENER4V7x 1W
indicação no display deve ser multiplica-
oficina que tenha um tacômetro profis- D2,D3, D5,D6-DIODO 1N4148
da por 100) O ajuste da escala "bar- D4- DIODO 1N4002
sional e compare a leitura de ambas,
graf" também deve ser feito de acordo T1-Transistor NPNBC547C
caso aja diferenças o ajuste pode ser T2, T3, T4 - Transistor NPN 2N2222
com o motor, por exemplo, um motor a
realizado facilmente pela parte frontal. DP1, DP2 - Display catodo comum PD560
ar de um fusca dificilmente ultrapassa CI1 - Regulador 7805
4800 RPM mas a de1 um chevette pode CONCLUSÃO CI2, CI3-CIRC.INT.555
atingir 6000 RPM. Tomando como CI4- CIRC.INT. UAA180
CI5 - CIRC.INT. 74C926
exemplo o motor de um fusca, a escala Existem vários projetos de tacômetros, LD1 a LD6 -LED retangular verde
máxima será 4800 RPM, logo cada led porém procuramos fazer deste um iné- LD7 a LD9 -LED retangular amarelo
dito, sem igual e com design moderno. LD10 a LD12 -LED retangular vermelho
representará um acréscimo de 400
A dupla indicação proporciona um efeito DIVERSOS
RPM, portanto devemos ajustar o trim- Barra de soquete BSPT, tios, terminais,
pot P1 até acender o LD4, pois pela ta- realístico que se encontra hoje nos car- parafuso, espaçador, etc...

N 04 ELETRÔNICA P R T I C A
CONHEÇA O INTEGRADO
"Trabalhando com
contadores."
Abrimos um espaço na revista para detalhar
o funcionamento c o m exemplos práticos dos
circuitos integrados mais complexos. Nesta
edição conheça o versátil 4017B e o 4022B.

FIGURA 2 - DIAGRAMA DE TEMPO DO 4017B

CLOCK ENABLE.
RESET

CLOCK INPUT
DECODED OUTPUT 0
DECODED OUTPUT 1
DECODED OUTPUT 2
DECODED OUTPUT 3

O s FLIP-FLOPS JK e CMOS D
são circuitos lógicos que fa-
zem parte de qualquer conta-
dor. Você pode desenvolver um conta-
DECODED OUTPUT 4
DECODED OUTPUT 5
DECODED OUTPUT 6
DECODED OUTPUT 7
dor simples usando estes circuitos po- DECODED OUTPUT 8
rém, isto se torna viável somente quan- DECODED OUTPUT 9
do usamos dois ou três FLIP-FLOPS.
CARRY OUT
Para aplicações mais complexas, que
necessitem de dez ou mais divi-
sores/contadores, convém utilizar os cir-
cuito integrados dedicados para esta fi-
nalidade. Dentre das diversas opções mento do 4017B é muito simples: Quan- mutem exatamente no mesmo instante
temos: contadores binário, decimal, ou do é setado nível alto em RESET, todas (ausente de ripple), assim temos uma
hexadecimal, contadores ascendente e os DECODE OUPUTS serão colocados comutação simultânea das saídas DOO
descendente (up/down), reset, preset, em nível baixo, menos o 0 que é seta- à D09.
contadores com saída para display de 7 do em um bit alto. A cada transição po-
DIAGRAMAS DE TEMPO
segmentos, e contadores com "carry" sitiva do clock ocorre a transferência
para ligação em cascata. Nesta edição deste bit alto para o DECODE OUPUT O diagrama de tempo nos mostra os es-
explicaremos o funcionamento do 4022B subseqüente. tados lógicos de cada pino durante um
edo conhecido 4017B. Podemos ter conseqüêntemente, so- determinado tempo, e serve para nos
mente uma das dez saídas decodifica- auxiliar em um projeto quando deseja-
CONTADOR DECIMAL das em nível alto por um determinado mos usar este contador. Este diagrama
Na figura 1 temos a vista da pinagem tempo. Deste modo, as saídas (DE- foi estraído do "National Semiconduc-
do 4017B. Este circuito integrado possui CODE OUPUTS 0-9) representam o de- tor's CMOS logic data book", e está
internamente cinco estágios contadores cimal (1-10) equivalente ao número total representado na figura 2.
johnson divisores por dez, com dez saí- de ciclos de clock. Um sincronismo in- Quando colocamos o RESET (pino 15)
das decodificadas e carry. O funciona- terno garante que todos os flip-flops co- em nível alto, e mantemos o CLOCK

N ? 04 E L E T R Ô N I C A PRATICA 47
ENABLE (pino 13) em baixo, setamos quência de saída corresponde a 1/10 da adicionadas uma porta inversora CMOS
o DECODE OUPUT 0 (pino 3) em nível freqüência de entrada. O Cl está sem- (usando portas NOU de um 4001B), isto
alto, as outras saídas automaticamente pre liberado pois o RESET e o CLOCK se faz necessário para evitar que uma
deverão ser setados em nível baixo. Pa- ENABLE estão ligados a massa. A saí- carga ecessiva cause uma adulteração
ra liberar o Cl, devemos levar o RESET da obtemos no CARRY OUT, e os DE- no sinal de clock comprometendo o fun-
a nível baixo logo após a transição posi- CODE OUPUTS são ignorados. cionamento do circuito todo.
tiva do primeiro pulso de dock. Na O circuito sugerido na figura 5 é um di-
transição positiva do segundo pulso de visor por "N" (sendo "N" um número in-
clock, ocorre imediatamente a transfe- teiro de 2 a 9) onde temos um DE-
rência do bit alto para o DECODE OU- CODE OUPUT qualquer ligado ao RE-
PUT 1 (pino 2). E na transição positiva SET. Como foi explicado anteriormente,
do terceiro pulso de clock o bit alto é um pulso alto em RESET resulta em um
avançado para o DECODE OUPUT 2 bit alto no DECODE OUPUT 0, e isto
(pino 4), e assim por diante. Em cada ocorre exatamente na transição do nível
instante teremos uma saída em nível al- baixo para alto do "N s " pulso de clock.
to e as outras nove mantidos em baixo. Por exemplo: estando o RESET ligado
A contagem dos ciclos pode ser inter- ao D02, este pino irá para um nível alto
rompida quando setamos o CLOCK EN- no segundo pulso de clock, que imedia-
FIGURA 5 • 4017B COMO DIVISOR POR
ABLE (pino 13) em alto.Um pino adicio- "N" ( ESSE CIRCUrTO ESTÁ SETADO PA- tamente resulta em um pulso em RE-
nal, CARRY OUT (pino 12), é levado a RA UMA DIVISÃO POR CINCO). SET, obtendo assim uma freqüência
Na figura 4 temos a ligação em cascata duas vezes menor que à da entrada.
5 a 15 volts de três 4017B para dividir a freqüência Mas o que pode acontecer quando o si-
de entrada fiN por 10,100 e 1000. Apli- nal de clock tiver um tempo de transição
4017B
cando, por exemplo, uma freqüência fiN muito lento, ou seja, o tempo que o
de 1Mhz, obteremos respectivamente clock leva para mudar de estado lógico
CLOOC (MrOUTiHfout=-T7r
õõã CLOCK
V5S RE5ET ENHBLE IN
TT . CLOCK
OUT
eu
4017(3

FIGURA 3 - 4017B CONECTADO COMO


CONTADOR/DIVISOR DECIMAL

alto quando ocorre a transição de D09


para DOO, indicando uma reinidaliza-
ção na contagem. Durante a transição CI2=4D01B
de D04 para D05 o CARRY OUT muda FIGURA 6 - DIVISOR POR "N "USANDO O 4017B (AS PORTAS LÓ-
de estado novamente. GICAS EXTRAS GARANTEM UM PULSO MÍNIMO DE RESET)

CIRCUITOS DECIMAIS nas saídas 100Khz, 10Khz e 1Khz. O for muito demorado? Analizando a
CARRY OUT de cada Cl é ligado a en- figura 5: O RESET é acionado por um
Na figura 3 vizualizamos o 4017B ope- trada (CLOCK) do Cl seguinte. Note curtíssimo espaço de tempo em D05,
rando como divisor por dez, onde a fre- que em todas as saídas, fouT, foram neste instante o DOO assume nível alto,
mas o sinal de clock ainda está em fase
de transição, o que resulta em um ime-
volt» diato deslocamento do bit alto de DOO
para D01, ocassionando um erro na di-
visão. Para solucionar este problema
passamos a explicar o circuito da figuraô.
O circuito da figura 6 é uma versão
mais aprimorada do circuito divisor por
"N" apresentado anteriormente. As por-
tas lógicas NOU (4001B) realizam o
'In controle do RESET. Neste caso, o co-
-T5- mando de RESET é setado em alto no
FIGURA 4 - TRES 40176 LIGADOS EM CASCATA FORMANDO UM DIVISOR MULTI-DECIMAL "N 2 " pulso de clock, durante a transição

N 04 E L E T R Ô N I C A P R T I C A 4
relês, led's , circuitos geradores de e CI3B. Este monostável gera um pulso
5 a 15 volts sons, etc... de aproximadamente 15ms no RESET
4017B g As vezes necessitamos de circuitos que dos dois 4017B, inicializando assim
VDD conte um determinado número de pul- uma nova contagem.
f l n >-
Jjl CLOCK sos e pare. Na figura 7 temos o circuito Note que o DECODE OUPUT 9 do CI1,
1_12 que realiza este tipo de contagem. O si- e o DECODE OUPUT O e 9 do CI2 não
n nal de clock é inibido quando o DE- fazem parte da contagem, assim o cir-
CHI
RESET CODE OUPUT 9 leva o CLOCK EN- cuito nos proporciona um máximo de 17
CRRRVOUT ABLE a nível alto. Isto ocorre quando estágios de contagem. Qualquer núme-
100K V55
temos a contagem de 9 pulsos. Obvia- ro de contagem pode ser usado entre
—ZE"
mente podemos definir o número de 10 e 17, basta ligar a entrada de CI3A
FIGURA 7-4017B CONECTADO PARA UMA
pulsos contados selecionando o DE- ao DECODE OUPUT respectivo do CI2.
CONTAGEM SEQÜENCIAL - PARADA. CODE OUPUT respectivo. O reinicio da
CONTADOR OCTAL
positiva, mas é removido auto- contagem se dá quando prescionamos
maticamente quando o clock retorna a a chave de RESET CH1. O 4022B é um contador octal síncrono
nível baixo. Estas portas lógicas extras A figura 8 ilustra como devemos asso- (divisor por 8) com oito saídas (DE-
determinam um pulso de RESET míni- ciar um par de 4017B para montar um CODE OUPUT O a 7) que transferem
contador sequên- um bit alto a cada pulso no CLOCK (pi-
CI2 VÇC cial com 17 saí- no 14). Na figura 9 está ilustrado a pi-
40178
VDD das. O sinal de nagem do 4022B. Para que este conta-
CLOCK -t> i clock é comum dor realize uma contagem normal, o
IN 14 CLOCK -l> 2
-(• 3 para ambos os RESET (pino 15) e o CLOCK ENABLE
-fc 4
-t> 5 Cl's, no entanto, (pino 13) deverão estar ligados a mas-
13 CLÕCK n n q -» 6
ÊHfi&n Boe —> 7 enquanto a sa. O bit alto avança para o próximo
-fc 8
D07
DOS -t> 9 contagem for
.15 R E S E T D 0 9 m
menor que 10, o k
CHRRYOUT 12 4022B
VS5 DECODE OU- VDD D
PUT 9 do CI1 DOE) E:
c
001

_1± >CLOCK 002 o
estará em nível DG3 í ' D
D04
baixo, que atra- D05 O
VÇC Cl 2
h
ENfil
4017B vés da porta de 006
D07 SE, ü
U
VDD CI3C, força o R E S E T CRR5Í T
S
JA CLOCK I I 10
CLOCK ENABLE V5S
11
12
do CI2 a um nível
13 alto, desta forma
13 H E M H 14 FIGURA 9 - C0NTAT0R OCTAL 4022B
15 o CI2 estará
16
17 imune aos pulsos DECODE OUPUT durante cada trans-
15 R E S E T
CHRRYOUT
de dock. No dé- ição positiva do sinal de clock. O CAR-
V55 cimo pulso de RY OUT assume nível alto durante a
vçc clock, D09 do passagem do bit alto do DECODE OU-
CI1 é setado em PUT 7 para o O, e volta a baixo quando
CI3=4001B RI alto, que conse-
22K ocorre a transferência do DECODE OU-
qüentemente le- PUT 3 para 4. Ou seja, a cada dclo
It—a<^CI3B ^ —j| \ va o próprio completo no CARRY OUT temos reali-
Cl CLOCK ENABLE zado uma contagem dos oito pulsos de
lOnF
a nível alto e o clock. Quando temos um nível alto no
FIGURA 8 - DOIS 4017B FORMANDO UM CONTADOR CLOCK ENABLE CLOCK ENABLE o 4022B torna insen-
SEQÜENCIAL DE 17 ESTÁGIOS
sível aos pulsos de clock.
mo (para um determinado período de do CI2 em baixo. Então o CI2 passa a Como percebemos, a única diferença
transição do clock), o que estabiliza a "sentir" os pulsos de dock, e neste do 4022B para o 4017B está no número
operação de contagem. Percebe-se que mesmo exato instante o bit alto em DOO de saídas, de 10 passa para somente 8.
estas portas formam um flip-flop tipo é transferido para D01, dando continui-
RESET & PRESET. dade na contagem. No 172 pulso o D09
O 4017B é em geral usado em apli- do CI2 é setado em alto, que por sua Na próxima edição continuaremos a ex-
cações com circuito sequênciais, onde vez causa um disparo no oscilador plicar sobre os circuitos integrados
os DECODE OUPUTS podem acionar monoestável formado pelas portas CI3A contadores.

N 04 ELETRÔNICA P R T I C A 4
UM SIMULADOR
DE LOCOMOTIVA
O circuito apresentado a seguir favorece
uma imitação real do apito e do ruído
característico de uma locomotiva a vapor.

ários módulos são necessá- Os dois sinais gerados são misturados O sinal do gerador de tons é desacopla-
rios, conforme o diagrama e enviados a um amplificador que do através do resistor R12.
em blocos - vide figura 1-, controla um alto-falante com potência O gerador do tom de vapor é formado
para imitar eletronicamente o som de suficiente para a aplicação. pelos transistores T1 a T3, os capaci-
uma locomotiva a vapor da forma mais Para que o tom seja emitido auto- tores C1 e C2 e os resistores R1 a R7 e
natural possível. maticamente no instante correto, um es- P1. O ruído do vapor é gerado pelo
tágio de comutação controlado por um transistor T1, conectado como gerador
sensor fotoelétrico se encarrega em do tom de vapor, cuja corrente de fuga
GERADOR
DOTOM manter a entrada do amplificador em entre base - emissor é controlada pelo
DE VAPOR
curto-circuito até o trem passar, escure- resistor R1.0 ruído é enviado ao ampli-
cendo o LDR (resistor fotoelétrico). O ficador de baixa freqüência subse-
ESTAGIO
estágio de comutação libera a entrada qüente, através de R2 e C1, o qual é
DE
COMUTA-
AMPLIFI
CADOR do amplificador e o apito é emitido. realizado com os transistores T2 e T3
ÇAO
além dos componentes adicionais. O
O CIRCUITO trimpot P1 permite variar posteriormente
GERADOR O gerador de tons é construído com o a parte que provoca o ruído do vapor. O
DOTOM
DE APITO transistor T6, os capacitores C3 a C5 e sinal do ruído de vapor é desacoplado
os resistores R12 a R18, para a emis- através de R7.
FIGURA 1 - DIAGRAMA EM BLOCOS DO GERADOR são de um sinal senoidal com uma fre- Os dois sinais (do vapor e do apito) en-
O bloco mais importante é o gerador de qüência na ordem de vários KHz. Um contram-se no ponto comum R7/R12.
tons, o qual emite um sinal senoidal na aumento dos capacitores C3 a C5 resul- Em seguida, eles são misturados e en-
faixa de freqüência do tom de apito. ta num tom mais grave, enquanto a sua caminhados por meio de C6 ao controle
O ruído do vapor, emitido no momento diminuição provoca tons mais agudos. de volume, P2, na entrada do amplifica-
do apito, é produzido pelo gerador de É importante que os três capacitores dor final. Este amplificador consiste nos
vapor. tenham os mesmos valores. transistores T7 a T10 e os demais com-

N s 04 ELETRÔNICA PRÁTICA 50
ponentes. Trata-se de um estágio final é bastante simples, pois não requer vés de dois fios, sendo montado na al-
em anel com pequena potência e pré- componentes sensíveis, tais como inte- tura correta de um lado dos trilhos, en-
amplificador. O sinal amplificado é de- grados e similares. quanto a lâmpada é fixada no outro la-
sacoplado pelo capacitor C10e envia- Primeiro devem ser soldados os resis- do. Desta forma o LDR é bem iluminado
do ao alto-falante. tores,trimpot's,capacitores,diodos e por pela lâmpada. Para evitar interferências
O estágio de comutação é composto último os transistores. no LDR, recomenda-se a proteção atra-
vcc

cs
15nF

FIGURA 2-DIAGRAMA
ESQUEMÁTICO DO SIMULADOR

pelos transistores T4 e T5 e os resis- É importante observar a posição dos vés de um pequeno tubo em tomo do
tores R8 a R11.R26 e P2, sendo que pólos na montagem dos componentes, LDR, para que apenas a luz da lâmpa-
R26 é um resistor fotoelétrico. tais como capacitores eletrolíticos (C2, da atinja o LDR. O fio entre o LDR e o
Enquanto a lâmpada emitir o feixe de C8, C9e C10) e os diodos D1 e D2. Ob- circuito pode ter vários metros de com-
luz sobre o LDR (R26), este apresenta primento.
uma baixa resistência, mantendo o A placa da vista pelo lado cobreado es-
transistor T4 em corte, o que provoca a tá na página de serviços com o código
saturação de T5, através de R11. Por EP401, tamanho 1x1.
causa disto, o sinal desacoplado pelos
resistores R7 e R12 é curto-circuitado LISTA DE COMPONENTES
completamente e o amplificador de
RESISTORES (todos por 1/4 W)
baixa freqüência não recebe nenhum si- RI, R2, R12, R14- 100k£2
nal de entrada. R3 - 68 KQ
R4, R7, R9, R11, R13-10KS2
No instante em que o LDR -R26- for es- R5,R6, R8, R15, R22-1KÍ2
R10-1MQ
curecido, (quando o trem se encontra R16-15KA
entre a lâmpada e o resistor fotoelétri- R17, R18 - 3,3 KO
R19-2M2Í2
co) o resistor R26 adquire alta impedân- R20-820S2
R21 - 22Kfí
cia saturando T4 e por sua vez levando R23 - 470S2
T5 ao corte. Agora, os sinais desacopla- R24, R25 - 22Q
P1 - Trimpot pequeno horizontal 1 K£2
dos através de R7 e R12 podem alcan- -C=+}-C9 v 6coD o P2 - Trimpot pequeno horizontal 100KÍ2
çar a entrada do amplificador de baixa P3 - Trimpot pequeno horizontal 250KÍ2
FIGURA 3 -PLACA VISTA DOS COMPONENTES CAPACITORES
freqüência e o apito da locomotiva é VER PLACA 1x1 NA PÁGINA DE SERVIÇO C1,06, C7-10OnF (poliéster)
emitido. C2, C8 - 10F|i/16V (eletroíitito radial)
C3,C4,C5-15nF (poliéster)
O volume do alto-falante é ajustado pelo servar com atenção os transistores T7 e C 9 , C 1 0 - 1 0 0 j u F / 1 d V (eletroíitito radial)
trimpot P2 sendo que P1 possibilita o T10, trata-se de transistores NPN, ex- SEMICONDUTORES
D1, D2- Diodo 1n4001
ajuste do ruído de vapor. clusivamente, que de forma alguma não T1 a T6, T8.T9 - (Transistor NPN) BC 548
podem ser confundidos com os transis- T7, T10 - BC 558 (Transistor PNP) BC 558
MONTAGEM DIVERSOS
tores PNP. LDR Terminais, fios, caixa,
A montagem deste interessante circuito O LDR R26 é conectado na placa atra- alto falente pequeno (8 £2)... etc

N 04 E L E T R Ô N I C A P R Á T I C A 5
Atualmente estão disponíveis capacitores

Tecnologia SMD
SMD com uma ampla gama de valores de
capacitância e vários materiais dielétricos.
O tamanho do capacitor varia de acordo
com o valor do mesmo e pelo material usa-
A montagem em superfície não deve ser novidade para do, sendo que no mercado nacional são
disponíveis capacitores de até 1uF. As di-
muitos, porém daremos uma breve explicação sobre a mensões variam de 2mm X 1,25mm X
tecnologia SMD c o m suas principais vantagens em rela- 0,51 mm até 5,7mm X 5,0mm X1,90mm.
ção ao sistema "antigo". Os diferentes dielétricos usados determi-
nam a variação da capacitância e ângulo de
erda conforme a alteração da temperatura,
abreviação SMD vem do in- rem considerável carga. Existem resistores Í odavia, a alta resistividade de todos os
glês Surface MountedDevice, com dimensões de 2,00mm X 1,25mm X dielétricos cêramicos proporciona um valor
que significa, Componentes' 0,6mm e com 3,2mm X 1,6mm X 0,6mm. consistentemente alto de resistência de iso-
Montados em Superfície. A Disponíveis em todos os valores comerciais lação. A cerâmica também suporta altas
constante miniaturização dos equipamentos e para completar um resistor específico com temperaturas e suas variações , permitindo
eletrônicos buscando uma melhor qualidade resistência interna igual a zero, sendo este a soldagem por qualquer processo moder-
e custos de produção levaram a criação usado como "jumper" de curto circuito. no, inclusive solda por imersão de alta velo-
dos SMD's. Estes novos componentes fo-
ram desenvolvidos para serem montados Terminais
diretamente sobre a placa de circuito im- Eletrodos
presso, não sendo necessário furos para
fixação como no processo tradicional. Ob-
viamente, o processo de soldagem também
requer uma tecnologia mais moderna, e que
são várias, a maioria para produção industrial,
como a solda por imersão, ou solda de re-
fluxo. No entanto, o presente estágio tecno-
lógico ainda determina que alguns compo-
nentes tenham terminais, e assim, ainda terão
que ser montados na mesma placa. Material de cerâmica
A colocação direta e rápida de compo-
nentes miniaturizados sobre uma placa
também com pequenas dimensões ofere- FIGURA 2 - CAPACITOR M U L T I C A M A D A DE C E R A M I C A ( C M C )
cem quatro vantagens bem definidas:
Um corpo cerâmico de alto grau (oxido de cidade.
- redução do equipamento final; alumínio) é usado como substrato para os A construção dos capacitores de multica-
- diminuição do custo de montagem; resistores. São incorporados eletrodos me- madas de cerâmica pode ser vista na figu-
-aumento na confiabilidade do componente tálicos internos a cada extremidade para ra 2 . 0 dielétrico é primeiramente produzido
bem como do equipamento; assegurar uma boa ligação entre os eletro- sob forma de película, e a lâmina de eletro-
- melhor desempenho em altas freqüências; do é aplicada por um processo chamado
Corte "screening". As películas são sobrepostas e
Camada resistiva e ajuste lamada protetora laminadas a alta pressão, prontas para se-
rem cortadas em pequenos blocos. Após a
"queima do aglutinante", são sinterizadas a
alta temperatura para formar unidades vir-
tualmente monolíticas. As extremidades são
então incorporadas, novamente utilizando-
se uma técnica de sinterização, para prover
conexões elétricas às camadas condutoras.

Substrato de cerâmica CONCLUSÃO


Transistores e circuitos integrados também
estão disponíveis em SMD, a diferença pa-
Eletrodo lateral ra os tradicionais está no encapsulamento
FIGURA 1 - R E S I S T O R P A R A M O N T A G E M EM SUPERFÍCIE (SMR) que tem dimensões reduzidas e pinagem
adequada para a aplicação.
Outra vantagem do SMD é que ela permite dos laterais e a película resistiva, que são Infelizmente , no Brasil, os componentes
montagem dos componentes em ambas as adicionados posteriormente (figura t). SMD são disponíveis apenas para produção
faces aa placa. Entre os eletrodos internos é aplicada uma em larga escala. Nós hobistas e estudantes
Tomamos um resistor e um caoacitor SMD massa resistiva, cuja composição é ajusta- de eletrônica ainda não temos condições
para explicar as principais características e da para obter uma aproximação à resistê- de montar um circuito eletrônico em SMD,
o processo de montagem. cia desejada. O acerto do valor de resistência enquanto que nos países do 1 2 mundo já
é feito por corte a laser da camada resistiva. A estão disponíveis não somente os compo-
RESISTOR PARA MONTAGEM EM SU- superfície da camada resistiva é então prote- nentes como KITs em SMD.
PERFÍCIE (SMR) gida por uma camada vitrificada, e finalmente
são incorporados os eletrodos laterais. Extraído do catálogo SMD - COMPO-
O resistor SMD é um dos menores compo- NENTES PARA MONTAGEM EM SUPER-
nentes desta linha e, no entanto, são ca- CAPACITORES MULTICAMADAS DE CERÂMI- FÍCIE da Constanta-lbrape.
pazes de operar em altas tensões e dissipa- CA PARA MONTAGEM EM SUPERFÍCIE (CMC)

N 0 4 E L E T R Ô N I C A PRÁTICA 5
PÁGINA DE SERVIÇO
Para facilitar a confecção das placas de circuito impresso, criamos a página de serviço onde temos os layoufs
das placas com serigrafia dos componentes e a vista pelo lado cobreado em TAMANHO NATURAL (1x1).

SERIGRAFIA DOS COMPONENTES DAS PLACAS


EP408 - DETECTOR UNIVERSAL - PÁGINA 68
EP405- MICRO ESPIÃO-PAGINA 60
EP401 - SIMULADOR DE LOCOMOTIVA - PÁGINA 50
43A- 43B - 43C • TACÔMETRO • PÁGINA 43

VCC CLOCK

N 2 0 4 E L E T R Ô N I C A P R Á T I C A 53
LADO COBREADO DAS PLACAS:
EP408 • DETECTOR UNIVERSAL • PÁGINA 68
EP405 - MICRO ESPIÃO • PÁGINA 60
EP401 - SIMULADOR DE LOCOMOTIVA • PÁGINA 50
43A- 43B - 43C • TACÔMETRO - PÁGINA 43

LErfSRfrK é>S PL4C4S


ÉST'Q0 +0 ÜO/oTA fhtz10 -

N 04 E L E T R Ô N I C A P R T I C A 5
SERIGRAFIA DOS COMPONENTES DAS PLACAS:
EP402 - SIRENE ELETRÔNICA - PAGINA 70
EP403 - PROJETO FONTE - PAGINA 65
EP404 • ESTIMULADOR ÓPTICO - PÁGINA 40
EP406 - TESTADOR DE CABO PC-24 - PAGINA Ç7
EP407 - INTERCOMUNICADOR PARA MOTO - PAGINA 64

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N 2 04 E L E T R Ô N I C A P R Á T I C A 5
LADO COBREADO DAS PLACAS:
EP402 - SIRENE ELETRÔNICA - PÁGINA 70
EP403 • PROJETO FONTE - PAGINA 65
EP404 - ESTIMULADOR ÓPTICO - PÁGINA 40
EP406 - TESTADOR DE CABO PC-24 - PÁGINA §7
EP407 - INTERCOMUNICADOR PARA MOTO • PAGINA 64

SZLá
N 04 E L E T R Ô N I C A P R Á T I C A 5
UM TESTADOR INH
0
c
0
8
0
A
0
UNHA
SELECIONADA
Xo

DE CABOS 0
0
0
0
0
1
1
0
X,
X2

INTELIGENTE 0
0
0
0
1
1
1
0
0
1
0
1
x3
X4
x5
0 1 1 0 Xe
Explorando a porta paralela do seu 0 1 1 1 x7
computador monte este inteligente 1 x X X NENHUMA
testador de cabos, o PC-24. Um simples TABELA VERDADE 4051
defeito no cabo da sua impressora ou do em 0, todas as portas estarão em
modem não será mais problema. "TRI-STATE".
A habilitação do CI1, CI2 e CI3 é reali-
zada pelos pinos 1. 14 e 16 (STROB,
AUTO-FEED e RESET) da porta parale-
conexão de um computador mostra a tabela 1. Cada sinal pode ser la respectivamente. As linhas A, B e C

A com uma impressora faz-se


normalmente utilizando a
porta paralela. Porém esta
saída pode ser usada para diversas ou-
controlado independentemente. Ligado
ao PC-24 podemos avaliar as conexões
de um cabo qualquer, máximo 24 pinos,
em menos de cinco segundos (usando
são controladas pelos pinos 2, 3 e 4
(DO, D1 e D2). No outro lado temos CI4,
CI5 e CI6, cujas habilitações são
controladas pelos pinos 8 e 9 (D6 e D7),
tras finalidades na área da eletrônica. um PC/XT à 8Mhz). O PC-24 realiza a que devido a falta de pinos para
Aos praticantes de eletrônica que pos- verificação das 576 ligações possíveis controle foi necessário implantar um de-
suam um mini computador, iremos do cabo em teste, e assim, avalia rapi- codificador formado pelo CI7 e CI8. As
apresentar diversos circuitos exploran- damente os componentes e conexões linhas A, B e C deste lado são controla-
do a porta paralela. Neste número de- mal feitas no cabo. das pelos pinos 5, 6 e 7 respectiva-
senvolvemos um testador de cabos de- mente (D3, D4 e D5). Temos ainda o pi-
nominado de PC-24. CIRCUITO no 11 (BUSY) que está ligado em co-
A porta paralela padrão possue onze si- Analizando o esquema elétrico (fig. 2), mum com CI4, CI5 e CI6 no pino 3 (X).
nais de saída e cinco de entrada, como observe que utilizamos seis multiplexa- A alimentação do circuito, devido ao
dores/demultiplexa- baixo consumo, requer apenas três pi-
PINO SINAL ESPECIFICAÇÃO SENTIDO dores 4051, então lhas tipo AA.
entraremos inicial- Para habilitarmos CI1, levamos o
1 Strobe Dado Válido Saída mente em detalhe STROBE a nível baixo por um determi-
2 DO Bit do Dado Saída sobre o funciona- nado período, CI2 e CI3 são mantidos
mento deste circui- desabilitados. Então, dependendo do
3 D1 Bit do Dado Saída to integrado. Este que aplicamos em DO, D1 e D2, selecio-
4 D2 Bit do Dado Saída componente pos- namos qualquer uma das oito linhas de
Saída sue oito portas, Xo transmissão. A linha comum (pino 3) es-
5 D3 Bit do Dado
a X7. Uma delas é tá conectada a VCC, desta forma os +5
6 D4 Bit do Dado Saída selecionada atra- volts serão transmitidos através da linha
7 Bit do Dado Saída vés de A, B e C de transmissão selecionada para o ca-
D5 (conforme tabela bo em teste conectado em CN1. Do ou-
8 D6 Bit do Dado Saída verdade), então te- tro lado, em CN2, uma linha é selecio-
9 D7 Bit do Dado Saída mos uma linha bidi- nada de forma similar através de D3 a
recional estabeleci- D7. A linha de saída comum é interpre-
10 Ack Confirmação de Dado Entrada da entre X e a porta tada pelo BUSY, que tem um resistor li-
11 Busy Impressora não pronta Entrada selecionada, isto é, gado a ela para evitar falsas leituras.
o nível de tensão Consideremos a combinação de CI1,
12 Paper Out Fim de papel Entrada apresentado em CI2 e CI3 como uma chave rotativa ele-
13 Select Em linha/Fora de linha Entrada um dos lados será trônica de 24 posições. Combinações
o mesmo do outro parecidas teremos em CI4, CI5 e CI6
14 Auto Feed Avanço de Papel Saída lado. As demais atuando como uma segunda chave ro-
15 Erro Erro Entrada portas são manti- tativa. Cada chave é ajustável inde-
das em "TRI- pendentemente, por exemplo: a linha 1
16 Reset Inicialização Saída STATE". O 4051 é pode ser selecionada a qualquer tempo
17-25 Gnd Massa xxxxxxx habilitado quando em que uma das 24 linhas possam ser
temos no pino 6 selecionadas na saída do cabo. Esta
TABELA 1 - ESPECIFICAÇÃO DA SAÍDA PARALELA PADRÃO (INH) nível 1, estan- seleção independente permite realizar

N 5 04 E L E T R Ô N I C A PRÁTICA 57
FIGURA 2 - ESQUEMA ELETRICO DO PC-24 Para exemplificar como é realizado o
endereçamento dos 4051, tomamos co-
CHI mo exemplo a seleção da linha 3 em
HHHh CN1 e da linha 20 em CN2. No lado de
CI7-14
- o ^ o - C1 CI8-14
3 X 1,SV lOuF X _ACND CI7—7
^^ Cl 7—8
CN1 devemos habilitar CI1 e manter
desabilitados CI2 e CI3. Isto se conse-
VÇC Cl 1
gue enviando o decimal 5 a porta 890
ÇN1 (OUT890.5), o decimal 6 e 0 habilitam
b
INH XI
XO
X2 CI2 e CI3 respectivamente. Em seguida
A X3
setamos D0=0, D1=1 e D2=0 para sele-
a C
B X4
X5
X6 cionarmos a linha 3. Do outro.lado, para
habilitar CI6, devemos setár D7=0 e
VEE X7
VSS
D6=1, e para selecionar a linha 20 faze-
CI2 mos D3=1, D4=1 e D5=0. Convertendo
4051
VDD
X os padrões para um número decimal te-
INH
remos: 128x0 + 6 4 x 1 + 3 2 x 0 + 1 6 x
A
É B 1 + 8 x 1 + 4 x 0 + 2 x 1 + 1 x 0 = 90,
C
VEE a enviamos então este decimal a porta
888(01)T888,90). A verificação da conti-
JEÍ VSS

nuidade é obtida lendo o estado do bit


mais significativo da porta 889
VÇC CX3

VDD XO XO
VDD
X (INP(889)AND128), se o valor encontra-
INH XI
X2
XI
X2
INH
do for 0, temos uma ligação, se for 128
ià A X3 X3 A
teremos uma linha em aberto.
B
C
X4
xs
X4
X5
B
C
Xh
X7 VEE Os endereços 888, 889 e 890 utilizados
Yt VSS
no exemplo podem variar conforme
configuração do micro, tipo de vídeo,
XT, AT, etc... Nas linhas 11,12 e 13 do
programa temos as variáveis com os
endereços alternativos, estes endere-
ços são selecionados pela linha 7,
MODOO, MODO=1 ou MODO=2.
MONTAGEM
Na figura 3 temos a vista da placa de
circuito impresso com a distribuição dos
CONECTOR DB25 MACHO - LIGADO A PORTA PARALELA DO MICRO componentes. Nota-se que pela com-
plexidade do lay-out foram implementa-
dos 25 jump's. Solde estes em primeiro
lugar usando fio encapado. Aconselha-
todas as combinações possíveis nas caso a linha 2, e verifica novamente se se usar soquetes para os circuitos inte-
linhas de entrada e saída. existe conexão com CN1. Terminada a grados. Os conectores CN1 e CN2 são
multiplexação em ambos os lados do do tipo DB25, macho e fêmea respecti-
SOFTWARE cabo, será apresentada na tela do com- vamente, e estão ligados a placa por
Desenvolvemos o software em BASIC putador as conexões encontradas. meio de um curto pedaço de FLAT-CA-
num IBM PC/XT, porém nada impede
de usar um outro tipo de micro compu-
tador, desde que tenha uma saída para-
lela compatível. Contudo será necessá-
rio fazer um novo software compatível
com o micro que pretenda usar.
O programa apresentado realiza a mul-
tiplexação em ambos os lados do cabo
em teste. Primeiramente é selecionada
a linha 1 do CN2, depois é selecionada
uma a uma as linhas em CN1. Quando
houver uma ligação entre as linhas se-
lecionadas de cada lado do cabo em
teste, o pino 11 da porta paralela (BU-
SY) interpretará nível alto, caso contrá-
rio R1 a manterá em nível baixo. Reali-
zada a varredura em CN1, o programa
FIGURA 3 - PLACA COM A VISTA DOS COMPONENTES.
seleciona a próxima linha em CN2, no VER PLACA LADO COBREADOEP4Q6 NA PÁGINA DE SERVIÇOS, TAMANHO 1x1.

N 04 E L E T R Ô N I C A PRÁTICA 5
BLE. Da mesma forma liga-se CN3, po- LISTAGEM 1
10 REM ******************************************
rém o FLAT-CABLE deverá ser mais 2 0 REM * PROGRAMA TESTADCR DE CABOS *
longo , e o conector deve ser um DB25 3 0 REM
40 REM
* Nome: PC-24
* (c) 1992 REVISTA ELETRÔNICA PRATICA *
*
fêmea para conexão com o micro 50 REM * Versão: VI.1 *
(PC/XT AT, no caso). 60 REM ******************************************
7 0 MODO - 2: REM * DETERMINA OS ENDEREÇOS DE ACESSO
Instale todo o conjunto em uma caixa 80 IF MODO - 0 THEN 110
90 IF MODO - 1 THEN 120
apropriada, de tal maneira que CN1 e 100 IF MODO » 2 THEN 130
CN2 fiquem dispostos sobre a parte su- 110 DATE - 632: STAT - 633: CONT - 634: GOTO 140
120 DATE - 956: STAT - 957: CONT - 958: GOTO 140
perior da caixa para facilitar a conexão 130 DATE - 888: STAT - 889: CONT = 890
do cabo em teste. Como foi visto, usa- 140 DEF SEG - 64: KEY OFF: DEFINT I, O: DIM 1(576), 0(576)
150 CLS : CNT •= 1: PRINT TAB(14); "ELETRÔNICA PRATICA * PC-24
mos três pilhas tipo AA como alimenta- TESTADOR DE CABOS * VI. 1": LOCATE 1, 78: PRINT MODO: PRINT
STRING5(79, 223
ção ligado em série com a chave li- 160 LOCATE 4, 15: PRINT STRING$(50, 32) LOCATE 4, 22: LINE
ga/desliga, porém determinados compu- INPUT "OUAL O NUMERO DE PINOS DO CABO?. ."; NL$: NL * VAL(NLS)
17 0 IF NL 1 OR NL 24 THEN 150
tadores possuem na própria saída para- 180 NI - INT(NL / 8): N2 = NL MOD 8: IF N2 O THEN N2 7 ELSE
N2 - N2 - 1
lela um pino ligado a +5 volts. Consulte 190 LOCATE 6, 24, 0: PRINT "VERIFICANDO CONEXOES DO CABO:"
o manual com as especificações da por- 200 T - TIMER
210 FOR I - 1 TO NL
ta paralela, e use este pino como ali- 220 IF I - 1 THEN OUT OONT, 5 ELSE IF I - 9 THEN OUT CONT, 6
mentação do circuito. ELSE IF I - 17 THEN OUT 890, 0
230 OUT DATE, (I - 1) AND 7: LOCATE 6, 54: PRINT USING "##"; I
240 GOSUB 450: NEXT I
OPERAÇÃO 250 CLS : PRINT TAB(14); "ELETRÔNICA PRATICA * PC-24 TESTADOR DE
CABOS * VI.1": LOCATE 1, 78: PRINT MODO: PRINT STRING$(79, 223)
O programa pode ser adquirido direta- 260 LOCATE 4, 22, 1: PRINT USING "TESTE COMPLETADO EM
fttfS.íftt SEGUNDOS"; TIMER - T
mente com a Kanópus (041-222-0277), 270 IF CNT = 1 THEN LOCATE 6, 29: PRINT "NAO ENCONTROU
CONEXOES": GOTO 390
ou via modem, pelo banco de dados da 280 LOCATE 6, 13: PRINT "CONEXOES ENCONTRADAS ENTRE A ENTRADA E
BBS SAMPASUL em Curitiba, sob o SAÍDA (IN/OUT)"
290 FOR I = 0 TO CNT - 2
nome de PC-24.BAS. Abaixo temos a 300 FOR L - 8 TO 17: LOCATE L, 1: PRINT TAB(79); " " : NEXT L
tabela com as configurações da BBS. 310 FOR O » 0 TO 79: LOCATE (O MOD 10) + 8, INT(O / 10) * 10
320 IF 1(1 + 1) - 0 OR 0(1 +• 1) = 0 THEN 390 1
330 PRINT USING "fttt - #H"; 1(1 • 1); 0(1 + 1)
BBS - SAMPASUL 340 IF (I + 1) 576 THEN 390 1 = 1
350 NEXT O
DDD (041) 360 LOCATE 22, 30: PRINT "CONTINUA..."
37 0 K$ INKEYS: IF K$ - "" THEN 37 0
380 I - I - 1: NEXT I
FONE 262-4201 390 LOCATE 22, 30: PRINT "OUTRO TESTE (S/N)?. LOCATE 22, 51
400 W$ = INPUTS(1): W$ - CHR$(ASC(W$) AND 223 IF W$ "S" AND
EMULADOR TTY W$ "N" THEN 400
410 PRINT W$: IF W$ - "S" THEN RUN
CONFIGURAÇÃO 8N1 420 LOCATE 22, 30: PRINT "PC-24 DESATIVADO
430 OUT DATE, 0: OUT CONT, 238: END
Conecte o PC-24 ao micro, ligue um ca- 440 REM** SUBROTINA PARA VERIFICAR CADA PINO DE ENTRADA
4 50 LI - 7: IF NL 8 THEN LI - N2
bo para teste e execute o programa. De 460 MASK - 192: C - 1: FOR L - 0 TO LI : OUT DATE, (MASK + L *
+ (INP(DATE) AND 7)): GOSUB 510: NEXT L: IF NL 9 THEN RETURN
início é perguntado o número total de pi- 470 LI - 7: IF NL 16 THEN LI - N2
nos do cabo em teste (máximo 24), em 480 MASK = 128: C = 9: FOR L = 0 TO LI: OUT DATE, (MASK
+ (INP (DATE) AND 7)): GOSUB 510: NEXT L: IF NL 17 THEN RETURN
8
seguida é realizada a verificação das 490 MASK - 64: C * 17: FOR L » 0 TO N2 : OUT DATE, (MASK • L * 8
+ (INP (DATE) AND 7)): GOSUB 510: NEXT L: RETURN
conexões do cabo em teste. Caso não 500 REM** SUBROTINA PARA CHECAR A CONTINUIDADE
sejam encontradas nenhuma ligação, 510 IF (INP(STAT) AND 128) - 328 THEN RETURN
520 IF (INP(STAT) AND 128) 0 THEN LOCATE 10, 1 PRINT
altere a linha 7 do programa para um "* * ERRO* *": GOTO 520
outro MODO, explicado anteriormente, 53 0 I(CNT) - I: O(CNT) - L + C: CNT - CNT + 1: RETURN
e desta forma encontra-se os endere- ra compreensão básica de seu funcio-
ços adequados para seu micro. No final co
O namento. Ele pode ser aprimorado ou
02 02
V)
do teste será mostrado na tela do micro 03 0«2 o até desenvolvido em outra linguagem
as conexões encontradas e se deseja M mais complexa, colocando assim a sua
06 06
realizar um novo teste (figura 4). 06 ' "'O
'C criatividade em ação.
07 07 o
08 0í z
tÜ 0190 O1Cí ui LISTA DE COMPONENTES
n-nnica nwTioi - rc-at ibwmi M ama • ui.i 11 11
m 12 12 <cc
o 13 13 resistores
oc 14 U R1-10KQ -1/8W
o 15 32 o
16 31 capacitores
1179 31(C
C1 -10 nF/16V (eletrollico tântalo)
o 26 Jí o
o
o cicurros integrados
FIGURA 5-CONECTOR DB25 E CI1 aCI6- CMOS 4051
CONECTOR AMPHENOL CI7-CMOS 4049
CI8 - CMOS 74COO
conexão e adequação dos pinos. diversos
CH1 - Chave liga/desliga
FIGURA 4 - TELA FINAL DO PC24 Na figura 5 temos um adaptador para CN1 e CN3 - Conector DB25 Macho
testar cabo de comunicação micro/im- CN2 - Conector DB25 Femea
Para testar cabos com mais de 24 pinos 3 Pilhas tipo AA
pressora DB25/AMPHENOL. Suporte para pilhas
e com conectores diferentes, deverá ser Obviamente o software necessitará de Placa de circuito impresso
montado um adaptador que permita a alterações, pois ele foi desenvolvido pa- Gabinete plástico
Flat-Cable, tios, terminais, etc
N 04 E L E T R Ô N I C A P R T I C A 5
MICRO ESPIÃO
n 1 "Um Fantástico
Aparelho
De Escuta "
U m execelente transmissor de FM, que
diferente das outras, possui real
modulação e m freqüência, alto ganho
na entrada, e ótima estabilidade.

transmissor de FM é um cir- diodo varactor, ou varicap, que é um com- gado um diodo zener (D1) de 4,7 volts

O cuito muito conhecido e ex-


plorado pelos praticantes de
eletrônica, você com certeza
deve conhecer vários projetos similares.
ponente especialmente desenvolvido para
este tipo de aplicação. O alto ganho na en-
trada é obtido pelo uso de um amplificador
operacional, que também é uma caracte-
contra Vcc e um resistor R3 ligado à mas-
sa, obtemos então nesta entrada uma ten-
são de Vcc-Vzener. Uma das propriedades
ideais do amplificador operacional é apre-
Estes transmissores modulam uma porta- rística que não se encontra em outros trans- sentar uma tensão de off-set nula na entra-
dora em freqüência e a transmite em forma missores. Uma outra grande qualidade do da, isto determina que na saída, pino 6, te-
de ondas eletromagnéticas. Como receptor MICRO-ESPIÃO é estabilidade em freqüên- remos uma tensão contínua de Vcc-Vzener.
pode ser usado um aparelho de rádio qual- cia, que mesmo com o decréscimo da ten- Sobre esta tensão contínua ocorre a varia-
quer, desde que esta trabalhe na faixa de são de alimentação não ocorre variação na ção do sinal elétrico amplificado do som
FM. Estabelecemos assim uma linha de co- freqüência de operação. correspondente. O sinal amplificado é em
municação unidirecional a longa distância seguida aplicado a base do transistor T1
via ondas de rádio. CIRCUITO que está ligado em emissor-comum, conse-
São várias as aplicações para um transmis- O . diagrama esquemático do MICRO-ES- qüentemente, a queda de tensão sobre R4
sor de FM, pode ser usado como microfone PIÃO está representado na figura 1. O será de Vcc menos a tensão na saída do
sem fio, para se divertir com uma "rádio pi- microfone de eletreto tem a função de cap- 741, ou seja, Vcc-Vcc-Vzener, o que nos le-
rata", ou até ouvir a conversa alheia das tar os sons, para transformá-los em sinais va a uma queda de tensão igual a Vzener.
pessoas. O transmissor é um circuito muito elétricos, que por sua vez são aplicados a Como o diodo varactor está ligado em para-
interessante que vale a pena ser montado, entrada do pré-amplificador, formado pelo lelo com R4, sua capacitância interna varia
seja para uma aplicação séria ou somente circuito integrado 741 (CI1). OcapacitorCI da mesma forma que ocorre a variação da
para entretenimento.

I:
MICRO-ESPIÃO
BF494
O transmissor de FM aqui apresentado pos-
sui alto ganho na entrada, permitindo assim
captar vozes a uma distância de alguns me-
tros. Tem dimensão reduzida para possibili-
tar um fácil ocultamento. Possui uma real
modulação em freqüência, o que determina
B
um sinal claro sem distorções. Por estas ca- D1 . C6
racterísticas particulares denominamos este
RI
6K8
4V7
.3-22 pF
transmissor de FM de - MICRO-ESPIÃO, Cl R2
sugerindo assim o seu uso na área de es- lOOnF 1K CS
. 3-30pF
pionagem. -CT3-
Nos referimos a "uma real modulação em R3

5
freqüência" pois, a grande maioria dos 4K7

transmissores publicados, para simplificar o


projeto, tem o sinal de entrada aplicado a
base do transistor oscilador, causando des- f i g u r a 1 - diagrama esquemático d o micro espião.
ta forma uma modulação em freqüência realiza o desacoplamento, permitindo so- tensão sobre R4.
errônea e ao mesmo tempo uma modula- mente a passagem da componente alterna- O último estágio é formado por um oscila-
ção em amplitude. Para realizar uma corre- da. dor tipo COLPITTS base comum. O trimmer
ta modulação em freqüência usamos um Na entrada não inversora do 741 temos li- C4 e o indutor L1 formam o circuito tanque,

N s 04 E L E T R Ô N I C A PRÁTICA 60
cuja freqüência de ressonância é a própria usando um fio de cobre ou um fio rígido en- 100Mhz temos, C=75/100, e obtemos
freqüência de operação do oscilador, ou se- capado, com 5 espiras, diâmetro interno de C=0,75 metros, devemos então usar uma
ja, a portadora. A reaiimentação é feita pelo 5mm e comprimento de 5mm, como ilustra antena com 75 cm de comprimento.
trimmer C5, ligado entre o coletor e emissor a figura 3. Por este motivo aconselhamos a usar uma
de T2. Este oscilador está projetado para Como antena pode-se usar um fio qualquer antena telescópica para facilmente variar o
abranger a faixa de 88 a 108 Mhz. ou uma antena telescópica (ver ajustes). seu comprimento. O trimmer C6 também
A variação da capacitância do diodo varac- A placa foi dimensionada para que seja ins- implica no alcance do transmissor, e deve
lor está diretamente relacionada com a va- talado no gabinete plástico da PATOLA ser ajustado na prática para obtermos o
riação da pressão sonora exercida sobre o cód. CP011. Este gabinete tem dimensões melhor resultado. A distância alcançada pe-
microfone de eletreto.Como este diodo está ideais para uso deste transmissor, basta lo MICRO-ESPIÃO deve ser superior a
ligado ao circuito tanque através de C2, te- adicionar uma chave liga/desliga e fixar o 100 metros.
remos da mesma forma a variação da capa- microfone de eletreto na tampa superior O trimpot P1 determina o ganho do pré-am-
citância deste circuito tanque, desta forma com os devidos furos. plificador, e portanto deve ser ajustado para
ocorre a modulação em freqüência da por- que capte a voz na distância desejada, por
tadora. O trimmer C5 realiza o casamento AJUSTE exemplo, para usar o transmissor como
de impedância entre o circuito oscilador e a Existem diversas formas de ajustar o microfone sem fio; ajuste com baixo ganho,
antena. MICRO-ESPIÃO, uma delas consiste em pois a pessoa irá falar a uma distância bem
Sendo que a capacitância interna de D2 de- sintonizar o aparelho de rádio em uma fre- curta. Para usá-io como aparelho de escu-
pende da tensão aplicada sobre ela, deve- qüência que não esteja sendo usada por ta, ajuste para um alto ganho, pois o trans-
mos manter estável esta tensão mesmo uma emissora, em seguida ajuste o trim- missor deve captar a conversa das pessoas
que ocorra a diminuição da tensão de ali- mer de sintonia (C4) até que ocorra certas a uma distância de alguns metros.
mentação. Como vimos que a queda de pertubações no rádio, e no ponto correto do
tensão sobre o diodo varactor é pratica- ajuste o rádio deverá estar completamente
mente a mesma do valor do zener, conclui- mudo. Basta então falar ao transmissor que Para utilizá-lo como aparelho de escuta, su-
se que a tensão sobre D2 tem a mesma es- você deve ouvir a sua voz claramente no gerimos instalar o MICRO-ESPIÃO dentro
tabilidade do diodo zener. Desta forma ob- rádio. Outro modo de ajuste consiste em de um livro com capa dura. Retire o miolo
temos a estabilidade da freqüência em rela- aproximar o transmissor ao alto falante do das páginas mantendo somente a borda,
ção a tensão de alimentação. rádio, e realizar variação da sintonia até cole em seguida as páginas, uma na outra,
O MICRO-ESPIÃO foi desenvolvido para que seja ouvido um apito contínuo, causado para que fiquem consistente. Aloje a placa
ser usado como fonte de alimentação uma pela microfonia. e a bateria no "buraco" e como antena use
bateria de 9 volts, isto porque teremos na Uma vez funcionando o transmissor, verifi- um fio rígido disposto ao redor do livro (com
saída do operacional uma tensão contínua que a faixa de operação do mesmo. Este o comprimento adequado). O microfone
de aproximadamente Vcc/2 (9-4,7), desta ajuste é realizado pelo trimmer C5 e pela al- deve ser instalado na borda do livro para
forma simulamos uma alimentação simétri- teração no comprimento do indutor L1, melhor captar o som.
ca para o operacional. deixando as espiras mais próximas ou mais Agora pode desfrutar do seu MICRO-ES-
afastadas uma da outra. PIAO tendo a certeza de ter em mãos um
Para determinar o máximo alcance do execelente transmissor de FM. Um projeto
Como este projeto trabalha em alta freqüên- transmissor, devemos inicialmente calcular fascinante que transmite um sinal claro,
cia, aconselhamos montá-lo em uma placa o comprimento ideal da antena para obter- sem distorções.
de circuito impresso devidamente desenha- mos um melhor rendimento. Este compri-
da. Como sugestão apresentamos um mento é calculado pela fórmula: LISTA DE MATERIAL
layout na página de serviço. Na figura 2 te-
mos a vista da placa com a disposição dos RESISTORES (todos de 1/8 W)
componentes. Os resistores devem ser sol- R1,R5 - 6,8 KÍ2
dados na vertical, e realize uma soldagem sendo: R2 -1 KÍ2
rápida do zener e principalmente do diodo C = comprimento de antena (metros) R3,R6-4,7 Kíl
varactor, pois um aquecimento demasiado f = freqüência de transmissão (Mhz) R4-10KQ
pode danificá-lo. O indutor L1 deve ser feito Por exemplo: para uma transmissão à R7-330Í2
P1 - trimpot pequeno vertical de 100 KQ
CAPACITORES
C1 -100 nF (poliéster)
C2 -10 pF (plate)
C3 -1 nF (cerâmica)
C4,C5 - trimmer circular de 3 a 30 pF
C6 - trimmer circular de 3 a 22 pF
SEMICONDUTORES
D1 - diodo zener 4V7 por 1/4W
D2 - diodo varactor (varicap) BB204 ou outro
qualquer entre 34pF e 40pF
T1 - transistor PNPBC557
T2-transistor NPNBF494
CI1 - circuito integrado linear 741
DIVERSOS
L1 - ver texto
microfone de eletreto
antena - ver texto
caixa PATOLA cód. CP011
terminais, fios, placa de circuito
impresso, bateria, etc...
N 04 E L E T R Ô N I C A PRÁTICA 6
CURSO DE
SEMICONDUTORES
(Lição 2) - O DIODO ZENER
No capítulo anterior descrevemos o
funcionamento de uma junção PN
c o m u m , o diodo. Neste capítulo
estudaremos uma das variantes do
diodo, o diodo zener.

oi visto na 1 ? lição, que, A curva V-l (tensão-corrente) típica de nado para operar na região reversa,

F quando submetemos uma


junção PN comum a uma
polarização reversa sufi-
um diodo zener está ilustrado na figura
1. As características das curvas na po-
larização direta e reversa são similares
onde a corrente atinge valores altos.
Observando a figura 1, note que a cor-
rente reversa do diodo zener perma-
ciente, esta se rompe e conduz uma a de um diodo normal. A principal dife- nece baixo até que a tensão reversa
corrente reversa relativamente grande. rença é que o diodo zener foi dimensio- aplicada atinja um valor suficiente para
Isto ocorre porque a tensão reversa
aplicada é capaz de retirar os elétrons FIGURA 1 - RELAÇAO TENSÃO/CORRENTE
de valência de seus átomos e elevar o TÍPICA DE U M DIODO ZENER
número de portadores minoritários das
seções P e N. A tensão reversa que
causa a ruptura da junção PN é normal-
mente chamado de "tensão de ruptura
do diodo".
CARACTERÍSTICAS DO
DIODO ZENER
Uma junção PN comum normalmente
"queima" quando submetido a tensão
de ruptura. Isto porque a corrente rever- RUPTURA
sa é elevada, causando uma dissipação ZENER
de calor maior que o diodo possa supor-
tar. Contudo, foram desenvolvidos dio-
dos especiais que suportam uma ten-
são reversa iqual ou maior que a tensão
de ruptura. Estes diodos especiais são
denominados diodo zener. R E G I Ã O DE
Entraremos agora em detalhes sobre a RUPTURA
relação existente entre a corrente que ZENER
flui em um diodo zener e a queda de
tensão sobre este componente. Nesta
análise veremos que o diodo zener é
classificado de acordo com a sua ten-
são de ruptura.
RELAÇÃO
TENSA O/CORRENTE
N* 04 ELETRÔNICA PRÁTICA 62
que ocorra a ruptura da junção PN. aseguradamente. no diodo zener. A temperatura está di-
Neste ponto, a corrente reversa aumen- Os diodos zener, como a maioria dos retamente ligada a tensão zener, e é
ta de valor em uma proporção extrema- componentes discretos, não pode ser expressa em uma variação em porcen-
mente elevada. A curva V-l nos mostra fabricado sempre com um mesmo valor tagem da tensão zener por grau centí-
que para uma pequena variação na ten- de tensão de zener. Assim sendo, deve- grado aumentado na temperatura. Esta
são de polarização reversa, temos uma mos estabelecer um limite máximo e mí- variação é denominada coeficiente ze-
grande variação na corrente. Isto ocorre nimo para a tensão de ruptura. Isto se ner de temperatura-tensão. Os diodos
porque a resitência da junção PN cai consegue especificando uma tolerância zener com valor nominal maior que 5
consideravelmente quando atingimos a na tensão de ruptura para cada diodo volts apresentam geralmente coefi-
tensão de ruptura. Nesta região da cur- fabricado. Os valores de tolerância pa- ciente positivo de temperatura, ou seja,
va, quando ultrapassamos ao ponto de drão são: 20%, 10%, e 5%. Um diodo a tensão de ruptura aumenta com a ele-
ruptura, diz-se que o diodo zener está zener de 6,8 volts com uma tolerância vação da temperatura. Os diodos com
operando na região de ruptura zener de 20%, por exemplo, terá uma tensão valores próximos a 4 volts ou abaixo
ou simplesmente na região zener. En- zener compreendida entre 6,12 volts e apresentam coeficiente negativo, entre
quanto o diodo estiver operando na sua 7,48 volts. Existem diodos zener espe- 4 e 5 volts o coeficiente pode ser tanto
região zener, denominamos a corrente ciais, apresentando uma tolerância de positivo como negativo. Para um exem-
que flui pelo diodo de corrente zener, somente 1 %. plo prático, tomamos um diodo de 3,9
sendo comumente representado pelo volts com um coeficiente zener de tem-
símbolo Iz. LIMITAÇÕES DE CORRENTE peratura-tensão igual a -0,025%. Isto si-
Analisando atentamente a figura 1 você gnifica que a cada grau centígrado
perceberá que a ruptura não ocorre in- A máxima corrente que pode fluir pelo acrescido na temperatura acarreta uma
stantaneamente. A curva no momento diodo zener sem que ocorra uma dissi- diminuição de 0,001 volt na tensão ze-
da ruptura (joelho) tem formato arredon- pação maior que a determinada pelo fa- ner.
dado, e que pode ser mais ou menos bricante, é comumente chamada de Existem diodos zener compensados ter-
agudo, dependendo do tipo de diodo máxima corrente zener, e está repre- micamente, mantendo a tensão zener
zener. Quanto mais agudo o "joelho", sentado no gráfico V-l pelo símbolo Izm. praticamente estável com as variações
mais rápido ocorre a ruptura. Este valor é fornecido pelo fabricante, de temperatura. Estes diodos são nor-
mas também pode ser calculado pela malmente usados para tensão de refe-
equação: rência, e a maioria é internamente
lzM=vaior da potência/tensão zener constituído por um diodo zener e um
A resistividade de um diodo zener de- Para garantir um funcionamento mais diodo normal, ligados com polaridades
termina a ruptura do mesmo, e são vá- seguro, use o limite máximo da tensão contrárias. Estes componentes devem
rias as técnicas de dopagem aplicadas zener nos cálculos. Por exemplo: um ser selecionados cuidadosamente, para
no dispositivo para controlar esta resisti- diodo zener de 5,1 volts com tolerância que o coeficiente negativo de tempera-
vidade, Um diodo zener é construído de 10%, pode atingir uma tensão de ze- tura de um diodo anule o coeficiente po-
para uma determinada tensão de ruptu- ner de até 5,61%, a máxima corrente sitivo do outro. Com esta técnica pode-
ra, uma específica que normalmente de- zener será: se obter diodos zener com coeficientes
nominamos de tensão zener, e é IZM=10/5,61 portanto: lzM=1,78Amp de temperatura que variam de 0,01 a
conhecido pelo símbolo Vz. O valor de O gráfico V-l nos mostra que existe uma 0,0005% por grau centígrado.
Vz pode ser de alguns volts até cente- pequena corrente reversa antes que
nas de volts. Para valores baixos são ocorra a ruptura da junção, também APLICAÇÕES
estabelecidos valores comerciais, co- chamada de corrente de fuga. Como o
mo: 4,7 volts, 5,6 volts, 9,1 volts, ete- diodo zener opera normalmente na re- Como vimos, um diodo zener apresenta
rnas pode se encontrar valores dife- gião de ruptura, esta corrente de fuga uma queda de tensão praticamente
rentes facilmente. não causa maiores problemas. Em de- constante quando polarizado inversa-
Devemos salientar que a tensão zener terminadas aplicações é necessário mente com uma corrente mínima. Sen-
não é especificamente igual ao valor da uma corrente mínima de fuga antes que do assim, as aplicações para um diodo
tensão de ruptura do diodo. A tensão de o diodo atinja a tensão de ruptura. zener está normalmente ligado ao
zener é um valor nominal que repre- Deste modo os fabricantes especificam controle de tensão em determinadas
senta uma tensão reversa sobre o diodo um valor de IR para um determinado va- malhas de um circuito qualquer. Por
para uma corrente reversa chamada de lor de tensão, na maioria dos casos, exemplo: fornecer uma tensão de refe-
corrente de teste zener (IZT). A curva 80% do valor Vz. rência para uma fonte de alimentação,
V-l típica de um diodo zener nos mostra pode ser usado em circuito limitadores,
que a corrente IZT e a tensão Vz estão assegurando que uma determinada ten-
EFEITOS DA TEMPERATURA
localizados na região de ruptura zener. são não ultrapasse um valor pré-esta-
A corrente IZT representa um valor típi- belecido. Com certeza você deve conhe-
co de corrente reversa , e sempre será Uma importante característica que deve cer várias aplicações para um diodo ze-
menor que a máxima corrente reversa ser considerada em certas aplicações é ner, e agora conhece melhor o funciona-
(IZM) que o diodo zener pode operar a influência da variação da temperatura mento básico deste componente.

N 04 E L E T R Ô N I C A PRÁTICA 6
INTERCOMUNICADOR pacete. Não fornecemos muitos de-
talhes sobre a fixação destas partes
pois existem inúmeros tipos de capa-
PARA MOTO cetes. Os cabos que interligam o micro-
fone e o alto falante devem ser blinda-

Monte este intercomunicador e converse


normalmente com a "garupa" de sua moto,
mesmo com o capacete e a moto em movimento.

FIGURA 2 - VISTA DOS COMPONENTES


m grande desconforto nas de dois amplificadores pois a comunica-

U motos, principalmente quan-


do duas pessoas estão via-
jando, é a dificuldade de se
comunicar com o parceiro. Isto devido a
ção deve ser bidirecional e simultânea.
O circuito amplificador não requer muita
explicação, pois o circuito é padrão para
o integrado usado. Cada canal tem um
dos para evitar interferência externa.
Aconselhamos usar soquetes e plug's
para conexão entre o cabo e o capa-
FIGURA 3 - SUGESTÃO PARA
moto emitir alto nível de ruído e o capa- microfone de eletreto na entrada, estes MONTAGEM DO CAPACETE
cete funcionar como "abafador". que possuem alta sensibilidade. Como
Para solucionar este problema desen- os dois circuitos são idênticos, temos o
volvemos um intercomunicador específi- controle de volume independente para
co, permitindo a comunicação simultâ- cada canal determinado pelos trimpofs.
nea entre as duas pessoas. Na saída foi usado um alto falante qual-
quer. Os capacitores C5, C6 e C13 rea-
O CIRCUITO lizam a filtragem da alimentação prove-
Observe o esquema elétrico do interco- niente da bateria da moto.
municador (figura 1) e note que temos MONTAGEM
dois circuitos idênticos em paralelo. Ca-
da circuito é um amplificador baseado Na montagem da placa (figura 2) de- cete. Observe a figura 3 com os de-
no conhecido TBA820. Necessitamos vem ser tomadas as precausões bási- talhes da montagem final.
cas, o principal
cuidado deve LISTA DE COMPONENTES
ser dado a po-
laridade dos RESISTORES( todos por1/4W)
capacitores R.1, R2 -100Í2
eletrolíticos e R3, R4 - 22KÍ2
dos circuitos in- R5, R6-100KÍ2
tegrados. P1, P2 - Trimpot grande vertical 2K2Q
A parte mais CAPACITORES
complicada da C1.C2 - 470 pF - (poliester)
montagem está C3, C4, C5, C6 -100 nF- (poliester)
na adaptação C7, C8 - 2,2(jF/25V - (eletrolrtico radial)
do capacete, C9 a C13 -100|iF/25V - (eletrolrtico radial)
pois devemos SEMICONDUTORES
fixar o micro- CI1, CI2 - Circuito integrado linear TBA820
fone de um ca-
nal e o alto fa- DIVERSOS
lante do outro 2 - microfones de eletreto
canal na mel- 2 - alto falantes pequenos
hor posição Plug e Jack P1
FIGURA 1 - DIAGRAMA ESQUEMATICO DO INTERCOMUNICADOR PARA MOTO dentro do ca- Fios, terminais, caixa, etc...

N 5 04 E L E T R Ô N I C A PRÁTICA 64
PROJETO DE UMA 1 3 PARTE
PROJETO DO REGULADOR

FONTE REGULADA EXEMPLO - Projetar uma fonte de


alimentação, com regulação, para
alimentar um rádio FM, cuja tensão de
alimentação é de 6V e solicita uma
corrente máxima de 100 mA.
Todos os circuitos eletrônicos necessitam
de u m a fonte de alimentação. Devido as Especificações do projeto:
d i f e r e n t e s c a r a c t e r í s t i c a s c o m o t e n s ã o d e saída, Vo = 6V
Il= 100mA
t e n s ã o d e e n t r a d a , c o r r e n t e , etc..., d e t a l h a m o s
1 S PASSO
p a s s o a p a s s o o projeto de uma fonte de
ESCOLHA DO DIODOZENER
alimentação regulada.
Para o regulador com realimentação, só
teremos uma boa regulação se a tensão

E
xistem hoje no mercado di- visor de tensão formado por Ri e R2. do zener for, pelo menos, igual a 30%
versos tipos de reguladores Como a realimentação -é negativa e da tensão sobre a carga. Neste projeto
de tensão incorporados em atua diretamente sobre a tensão de saí- vamos tomar Vz= Vo/2; logo escolhere-
um único chip; como os reguladores da da Vo, o circuito tem boa estabilidade, mos Vz=3,6V (valor comercial) e com-
família 78XX e 79XX. Porém são regu- com "ripple" aproximadamente igual a ze- praremos o zener BZX75 de 3,6V (facil-
ladores com características fixas e cus- ro, e baixa resistência de saída. R3 polari- mente encontrado). A corrente máxima
tos relativamente maiores que um za o transistor T2, e Rd polariza o zener. de polarização do zener foi escolhida do
transistor bipolar. Vizando o baixo cus- manual: lz=10 mA. Daí Pz>Vzlz. Onde
to, ou até a utilização de "sucata", forne- FUNCIONAMENTO Pz >36 mW, logo o zener BZX75 satis-
cemos um exemplo de fonte regulada faz.
Vz e Vbe2 são constantes, como
com os respectivos cálculos. Cabe ao Vo=Vz+Vbe2+Vri qualquer aumento na 2 2 PASSO
leitor recalcular o projeto conforme es- tensão de saída Vo causará um aumen- ESCOLHA DO TRANSISTOR DE POTÊNCIA (T1
pecificações necessárias. Elaboramos to de Vri , e conseqüêntemente Ib2 au- Para escolhermos os transistores, te-
também uma placa de circuito impresso mentará, aumentando Ic2l logo Ibi dimi- mos que saber Vce max, lc max e Pc
padrão para a fonte em questão. nuirá, diminuindo Iei e conseqüênte- max.
mente II. Com a diminuição de II, Vo Para o transistor T1 do circuito temos:
O CIRCUITO diminuirá, estabilizando desta forma a Ví=Vcei + Vo,onde:
Na figura 1 temos o circuito regulador tensão de saída. Caso a carga diminua, VcEHensão coletor-emissor de T1.
Por outro lado sabemos que Vcei não
«Cl. lL=100 mA + pode ser menor do que 30% de Vo.
s— Desta forma, costumamos escolher
~vr
TI lRD; Vcei= Vo e sendo assim, Vi =2Vo.
>Blt Logo para o exemplo teremos:
-j—» taj Vi=12VeVcEi=6V.
Vi VCE2(
\
fB2
V0=6V
D Como VcE1max>VcE1, temos VcE1max>
6V.
Para a corrente temos Iei= II e Iei s
l 182 I d , onde:
l-á ZNlVZ

_L i E
l= i corrente de polarização do emissor
de T1.
f i g u r a 1 - c i r c u i t o do r e g u l a d o r com realimentaçao.
lci=corrente de polarização do coletor
com realimentação da fonte sugerida a corrente II aumentará. IL aumentan- de T1. Por outro lado, lei max-* IC1, lo-
para o projeto. Optamos por esta confi- do, Ib2 e Ic2 aumentarão, diminuindo Ibi go:
guração por possuir boa regulação e e Iei. Conseqüêntemente, II diminuirá, lc1rnax>100mA.
ser extremamente simples. No circuito estabilizando dessa forma a corrente A potência é dada por P c H c r V c E i ,
temos T1 como seguidor de emissor e é sobre a carga. Caso seja a tensão de com Pcimax>Pci.
o transistor amplificador de corrente. A entrada que tenda a variar, o circuito Para o exemplo, Pci max-* 600mW.
realimetação é feita pelo transistor T2 operará de maneira semelhante, man- Daí, T1 tem que ter as seguintes carac-
que tem na base uma amostra da ten- tendo constante a tensão e a corrente terísticas:
são de saída V o , obtido através do di- sobre a carga. VcE1max>6V
N 04 E L E T R Ô N I C A PRÁTICA 6
IC1rnax>100mA Onde: Por outro lado, Iri é uma corrente de
Pcimax> 600 mW Ird= corrente através do resistor RD realimentação que deve ser bastante
Transistor NPN de silício ou germânio. RD=resistência de polarização do zener. pequena em relação à corrente da car-
Escolheremos o transistor AC187, que Para o exemplo, temos: ga, Tomamos Iri= lz/2, e desprezamos
possue as seguintes características: a corrente Ib2, o que nos leva a consi-
6-3,6 ; derar Iri = Ir2, donde aplicando-se a
Polaridade NPN, de germânio. Rd: 1 0 x 1 0r's 240,Q.
ICmax= 1A lei de Ohm, temos:
PCmax=1W Logo tomamos Rd= 2 7 0 q (^comercial).
Vbe = 0,2V 5S PASSO-CÁLCULO DE R3 R 2 = Vz -VBE2
hFE = 100 RESISTÊNCIA DE POLARIZAÇÃO DE T1 |R2 -
•wsmsmsm 3° PASSO onde:
A corrente através de R3 é tomada
O TRANSISTOR DE BAIXA POTÊNCIA (T2) VBE2=tensão base-emissor do transistor
aproximadamente igual à corrente de
Para T2, temos que, a maior tensão T2
polarização do coletor de T2, uma vez
Vce2 ocorrerá quando a saída estiver Ir2= corrente que flui através de R2.
que Ibi é desprezível, pois:
em aberto, ou seja, Il=0, e nestas Para os valores:
Ir3= Ibi+ Ic2 ou Ir3 s lc2onde:
condições temos: ÍR1= lR2= l z / 2 = 5 m A
Vceo=15V (mesmo que VcEmax).
Vce2=Vo+ Vbeí- Vz, onde: V Z = 3,6 V
Ir3 = corrente através de R3
VcE2=tensão coletor-emissor de T2 Vbe2=0,6 V
IC2= oorrente de polarização do coletor de T2
vbei=tensão base-emissor de T1. Temos que: R2=840 Q.
Ibi= corrente de base de T1, logo para
Por outro lado: VcE2max>VcE2 ,e co- Tomamos R2=820 Q (valor comercial).
IC2=2 mA, temos: Ir3= 2 mA,
mo:Vo=6V. Levando estes valores à equação (1),
A queda de tensão sobre R3 á dada encontramos R1=351,43Q ,e conside-
Vbei=0,2V (transistor de germânio) por:
Vz=3,6V.Temos: Vce2 = 6 + 0,2 - 3,6 = ramos Ri=390 Q (valor comercial).
Vr3=Ví - Vo- Vbeí e como: Para ajustarmos a tensão de saída ao
2,6V e VCEmax> 2,6V. Vi =12V
A corrente de polarização de T2, (Ic2), valor desejado, costumamos colocar no
Vo=6V lugar de Ri e R2 um "trimpot" cujo valor
vai depender do valor de R3 calculado,
Vbei= 0,2V(de germânio) seja aproximadamente igual à soma de
sendo esta corrente de polarização
escolhida por nós, e como Ie2 = Ic2, e
Vr3=12 - 6- 0,2 = 5,8V. Ri e R2.
A resistência R3 é calculada pela lei de Se quisermos proteger a fonte contra
deverá ser desprezível em relação a lz,
Ohm: curto-circuito na carga, usaremos o cir-
escolhemos Ic2 bem menor do que lz
R3=Vr3/Ir3, logo: cuito da figura 2, onde T3 é de mesmo
(no exemplo, Ic2 = 2mA); costumamos
Tomamos R3= 2,7 KQ. (valor comer- material que T1. Como T1 é de germâ-
escolher I c 2 s l z / 1 0 .
cial)
E como Ic2max>lc2, tomamos Ic2>2 mA.
Cifcuito da pioteçõo <
A potência do coletor de T2 é dada por:
PC2=IC2"VCE2, sendo Pc2max > PC2.
No exemplo, Pc2=52 mW.
Tomamos Pc2> 52mW, logo T2 terá
que possuir as seguintes especifi-
cações:
NPN (silício ou germânio)
VcE2max> 2,6V
ICE2>2 mA
PC2max> 52 m W
Do manual, escolhemos um transistor
de baixa potência, no caso o BC238,
pois suas características são: figura 2 - proteção contra curto.

BC238 = NPN (silício)


6 a PASSO
Vceo= 20V CÁLCULO DE R1ER2 nio, T3 também o será, e deverá supor-
ICmax= 100mA tar uma corrente em torno da corrente
PCmax= 3C0mW Como Ri e R2 constituem um divisor máxima da carga, ou seja, os critérios
Vbe s 0,6V de tensão para retirar uma amostragem para a escolha de T3 serão os mesmos
PASSO - CALCULO QE RD do sinal de saída do circuito, temos; para a escolha de T1, com a particulari-
RESISTENCIA DE POLARIZAÇAO DO ZENER dade de que T3 é de polaridade oposta
Vq-R2
Para cálculo de Rd, consideramos que: R2 (1) à T1, como vemos na figura 2. No ca-
lRD=lzeRD=Vo-Vz/lRD
R=
i (Vz+ Vbe2)' so, T3 deverá ser PNP, e escolheremos

N 04 E L E T R Ô N I C A PRÁTICA 6
seu complementar, o AC188. O transis- Daí o transformador de força será: lado dos componentes. A placa inclue o
tor T4, que é o transistor de disparo do Primário = 110V ou 220V projeto completo, com o circuito de reti-
circuito de proteção, é tal que sua VBE Secundário=10V +10V (com C.T.) ficação, regulação e proteção. Caso jul-
alcance o valor de condução, quando a ld>100mA gue não ser necessário a proteção
corrente sobre FM (sensor de corrente) • contra curto, coloque um jump no lugar
ultrapasse a corrente máxima da carga. de Rd e desconsidere T3 e T4.
Como a corrente máxima na carga é de
100 mA, se usarmos T4 de slício, tere- Usando ld > II, escolhemos o diodo reti-
mos: ficador BY127.
R4= VBE4/ II, onde: 'l . ' •'.'. i ' V '

VBE4= etnsão limiar base-emissor de T4


VBE4 = 0,5V, logo, R4= 5Q, o que para Usando a fórmula:
o valor de R4 é um valor alto, pois que-
remos que a dissipação sobre R4 não C>
Vm
seja alta. Por isso, se escolhêssemos T4 Rl • V r - f , sendo RL= VDC/IL
de germâriio teríamos R4= 20. Logo, pa- Onde: f i g u r a 5 - vista dos componentes. ver pla-
ca l a d o c o b r e a d o na página de s e r v i ç o .
ra a corrente da nossa fonte seria prefe- Vr= tensão de ripple = 0,1Vdc=12V
rível usarmos um transistor de germá- Vm= tensão máxima do secundá- IMPORTANTEC
: omo 0 projeto possibi-
nio, de baixa potência, porém pela difi- rio=13,8V lita a utilização de uma infinidade de
culdade e preço, dos transistores de ger- Rl=120 £2 (calculada pela fórmula aci- transistores e a configuração da pina-
mânio, e mesmo sensibilidade, usaremos ma) gem difere de uma para outra, adota-
um transistor de silício de baixa potência. f=120Hz (é um retificador de onda com- mos uma pinagem que é a mais comum
Escolhemos T4= BC238 e R4= 5,6£L pleta). (coletor-base-emissor). O leitor deverá
Com estes dados, teremos que: adaptar o transistor na placa quando a
2 S PARTE pinagem for diferente.
PROJETO DA FONTE NÃO REGULADA C=798 x10'6F.ou C=798,uF.

Para o projeto da fonte não regulada foi


determinada as seguintes especifi-
cações:
VDC=12V
Il= 100 mA
1 a PASSO
ESCOLHA DO CIRCUITO A SER PROJETADO
Vamos escolher o circuito da figura 3
por ser bastante comum. figura 4 • projeto completo
da f o n t e r e g u l a d a .

r' p* Tomamos: C=1000|iFx20V


CONCLUSÃO
i r O circuito completo da realização da
c
fonte regulada está na figura 4. Agora basta instalar a placa com o
Como mostramos na figura 4, em lugar transformador em um gabinete apro-
do capacitor de filtro de 1000|jF foram priado ou junto com um projeto qual-
usados dois capacitores de 860pF. quer para o qual a fonte foi projetada.
sendo que a ligação feita acima é para O leitor tem então a possibilidade de
f i g u r a 3 - r e t i f i c a d o r de o n d a c o m p l e t a . calcular uma fonte regulada a baixo
minimizar o "ripple". É claro que o cir-
cuito de proteção contra curto-circuito custp e adequada às necessidades.
2 2 PASSO
CALCULO DO TRANSFORMADOR DE FORÇA na carga pode ser dispensado. Foi ERRATA ELETRÔNICA PRATICA
considerado aqui com a intenção de NUMERO 03 - CAIXA D AGUA
Usando a fórmula: •mostrar ao aluno como sérá calculado, No circuito de controle de caixa d'água da edi-
Vm= VDC+0,1.VDC+0,1 .VDC/2. ção anterior (N2 3), cometemos um erro na pági-
para que possa calcular outros simi- na 25.
V=
temos: m 12+ 1,2+ 0,6 = 13,8V. lares, caso queira. Onde se lê - somente quando o nível da água esti-
Usando a fórmula: VRMS= V m /1,41 ver abaixo do sensor "cheio", T2 cortafevando o
temos: Vrms=13,8/1,41=9,79V. A MONTAGEM sinal CK a nvel alto (1).
Tomamos Vrms=10V. Na figura 5, temos a placa de circuito Leia-se: somente quando o nível da água estiver
abaixo do sensor "vazio", T2 satura levando o sinal
ld>IL, logo: ld>100mA. impresso da fonte regulada vista pelo CK a nível alto (1).

N 04 E L E T R Ô N I C A PRÁTICA 6
I, UM CIRCUITO CIRCUITO
O circuito detectar é bastante simples (fi-
gura 1), possue somente quatro transis-

M DETECTOR tores, alguns resitores, um diodo e um re-


lé. O detectar apresentado serve para
qualquer aplicação, mudando somente o
ã
UNIVERSAL circuita de entrada, que nada mais é o
sensor ligado em série com um potenciô-
metro (figuras 2 a 6). Explicaremos ini-
cialmente o funcionamento do circuito de-
tectar, e uma vez compreendido o funcio-
U m circuito padrão que permite a namento deste, associaremos os circuitos
de entrada para os exemplos dados.
comparação de diversas grandezas Considere inicialmente que entre os pon-
tos B e C exista uma resistência qualquer,
(umidade, luminosidade, temperatura, e que entre os pontos A e B não haja liga-
etc...)- U m relê é acionado quando a ção. Nesta condição teremos na base de
T1 um potencial baixo que mantém o
grandeza medida atingir um nível transistor em corte, conseqüêntemente T2
também estará cortado, pois T1 e T2 es-
pré-determinado. tão ligados em configuração darlington.
Assim temos na base de T3 uma polariza-
ção positiva, mantida por R2 e R5, que
coloca este transistor em estado de satu-
como exemplo tem em comum a variação ração. Temos então na base de T4 um
ft fl uitas vezes necessitamos de potencial baixo mantido pelo transistor T3
l l f l um circuito que realize o da resistência interna conforme a variação
da grandeza medida. Estes sensores são por meio de R7. Como T4 é um transistor
acionamento de uma lâmpa- NPN este não irá conduzir, portanto não
da, bomba d'agua, alarme, etc... quando relativamente simples, de baixo custo e
fácil aquisição, porém não apresentam teremos a passagem de uma corrente pe-
detectado um determinado nível de uma la bobina do relé, ou seja, o relé não é
grandeza qualquer. Esta grandeza medi- uma linearidade em toda sua extensão.
Mas o propósito do detectar universal não atracado.
da, normalmente é de ordem natural, co-
mo: umidade; temperatura; intensidade da é medir em valores o nível da grandeza Quando colocamos uma resistência entre
luz; pressão; etc... Não seria prático pro- em questão, mas sim de comparar este os pontos A e B e mantemos os pontos B
jetar um circuito específico para cada apli- nível com um outro pré-determinado por e C em aberto, teremos uma polarização
cação, mesmo porque existiriam diversas um potenciômetro, e desta forma "saber" positiva na base de T1, que por sua vez
combinações possíveis. Pensando neste o momento de acionar o relé. polariza T2 levando-o a saturação. T2
problema desenvolvemos um circuito de-
tectar universal que permite comparar o
nível dos diferentes tipos de grandezas.
Quando a grandeza medida atingir um ní-
vel pré-determinado, o circuito aciona um RI
P D
Z2K RE Dl
relê cuja função será comandar um dispo-
sitivo qualquer.
Para cada tipo de grandeza existe um
sensor que a converte em um sinal de or-
fr Ô
22K
S
1N4004
5
R7
10K T1,T2,T3,T4
(* ver lista de
dem elétrica , por exemplo, para medir a R3
470 n 4K7
"4
R8 componentes)
temperatura usamos um NTC ou PTC, cu- 3K3
ja resistência interna aumenta ou diminui
conforme a variação da temperatura. Co- FIGURA 1
mo sensor de umidade usamos dois ter-
minais elétricos que são inseridos na
substância medida, e quanto maior a umi-
f f f
dade, teremos maior concentração de
água e conseqüêntemente menor será a
resistência elétrica apresentada entre os
dois terminais. No caso de um LDR, a re-
i <S B t
sistência interna varia conforme a intensi-
l i l BC
dade luminosa FIGURA 2 FIGURA 3 FIGURA 4 FIGURA 5 FIGURA 2
Como vemos, os sensores apresentados CIRCUfTO ELÉTRICO DO DETECTOR

N= 04 E L E T R Ô N I C A P R Á T I C A 68
conduzindo leva a um potencial baixo a Para detectarmos uma variação de tem- Como o circuito é bastante simples, pode
base de T3, que conseqüentemente corta peratura, associamos o circuito a figura 4, ser montado em uma placa padrão. Não
e permite a polarização positiva de T4 por ou seja, ligamos um NTC entre os pontos foi reservado espaço na placa para fixa-
meio de R6 e R7. Nesta condição o relê é A e B e o potenciômetro entre B e C. ção do sensor e do potenciômetro, pois
energizado e a posição dos contatos é re- O NTC tem coeficiente negativo de tem- conclui-se que o sensor seja ligado exter-
vertido, passando de normalmente fecha- peratura, isto quer dizer, a medida que a namente e o potenciômetro fixado em
do (NF) para normalmente aberto (NA). temperatura aumenta, a resitência interna uma caixa qualquer. A alimentação do cir-
Analizamos o circuito nos dois estados diminui, sendo assim, para o circuito em cuito pode ser de +5 volts a +24 volt, ten-
possíveis de operação, ligando o ponto B questão, temos uma elevação na tensão do somente o cuidado de observar a ten-
a um potencial alto e a um potencial baixo entre B e C. Teremos o disparo do detec- são necessária para disparo do relê, que
(pontos A e C respectivamente). Na práti- tor quando houver um incremento na tem- no caso optamos por um reversível da fa-
ca, o detector dispara (atraca o relê) peratura. Pode-se usar esta configuração, mília RU da SCHRAK. A carga deve ser
quando a tensão entre os terminais B e C por exemplo, para controlar a temperatu- dimensionada adequadamente para o relê
atingir um determinado nível. T2 e T3 for- ra da água de um aquário. usado, caso seja necessário ligue um relê
mam um disparador "schmmit trigger" pa- Ligamos o circuito da figura 5, obtemos o maior, ou com mais contatos, porém este
ra evitar que o relê oscile quando a ten- disparo do detector quando houver um deverá ser ligado externamente a placa.
são entre B e C estiver no limiar de dispa- decremento na temperatura. Uma útil apli- Não entramos em detalhe quanto ao valor
ro. O diodo D1 realiza a descarga da ten- cação para este caso é na prevenção do potenciômetro usado, pois este você
são inversa da bobina do relê, protegendo contra geadas. O detector aciona uma determinará na prática.Usando por exem-
assim o transistor T4. bomba d'água quando a temperatura am- plo o circuito da figura 4, o detector de
biente atingir cerca de 2 graus centígra- temperatura. Estando a amostra com a
DETECTOR FOTO-ELÉTRICO dos, irrigando assim sua horta para prote- temperatura máxima, simule o potenciô-
Para usarmos o detector universal como ger as plantas, evitando que as folhas metro com um resistor, inicialmente um de
detectorfoto-elétrico, associamos afigura congelem. baixo valor, por exemplo 100Q. Caso o
1 a figura 2, temos então entre A e B um relê estiver desatracado, substitua o resis-
LDR e entre B e C um potenciômetro. Na DETECTOR DE UMIDADE tor por um valor maior até que o relê dis-
ausência total da luz incidente sobre o Neste caso associamos a figura 6 ao cir- pare, então use um potenciômetro com o
LDR, teremos entre A e B uma resitência cuito detector. Os terminais representados valor comercial mais próximo ao dobro do
elevada, considerando esta resistência nesta figura são nada mais que duas valor do resistor encontrado, desta forma
muito maior que a resitência ajustada no hastes de aço inox de alguns centímetros o ajuste do potenciômetro para a tempe-
potenciômetro, teremos então na base de de comprimento e próximas uma da outra. ratura de disparo deve estar centralizado.
T1 um baixo nível de tensão, que não se- Estes terminais são inseridos na substân-
rá o suficiente para disparar o detector cia em análise, e quanto menor for a umi- LISTA DE COMPONENTES
"schmmit trigger", ou seja, o relê não é dade, menor será a concentração de
atracado. Porém a medida que a intensi- água, conseqüentemente maior será a re- RESISTORES
dade da luz aumenta, diminui a resistên- sistência apresentada entre os terminais e R1.R5-22KG - 1/4W
cia interna do LDR e conseqüentemente maior será o nível de tensão entre B e C. R2,R4,R6-4,7K£2 - 1/4W
aumenta a tensão entre B e C. Quando Assim sendo, o detector aciona o relê R3-470Í2 -1/4W
esta tensão atingir o nível de disparo, o quando a umidade atingir nível mínimo. R7-10KQ-1/4W
detector é acionado e o relê é atraca- Podemos usar esta configuração para R8 - 3,3 KQ-1/4W
do.Para que o circuito volte ao estado an- manter sempre constante a umidade da SEMICONDUTORES
terior, será necessário uma tensão relati- terra de uma planta qualquer. D1 -1N4001 a 1N4007
vamente menor que a tensão necessária T1,T2- BC108B, BC408B, BC109B, etc.
para disparo. MONTAGEM E AJUSTE
T3 - 2N2222 ou equivalente
Ligando o detector ao circuito da figura 3, Na figura 7 temos a vista da montagem T4 - 2N1613,2N1711,2N2219,2N3053,
temos uma inversão do sensor com o po- dos componentes sobre a Dlaca sugerida. etc.
tenciômetro. Esta troca determina so- DIVERSOS
mente que o disparo do detector ocorra ° O O O ia °
na variação descendente da intensidade RL1 - Relê SCHRACKtipo RUD1010XX,
sendo XX o valor da tensão da bobina.
da luz. Terminais, fios, caixa, etc.
Uma aplicação para esta configuração se
dá em alarmes residênciais, usando um SUGESTÃO:
^ r ^ si ^ r ^
feixe de luz que incide diretamente sobre Ci Cj PARA DETECTOR FOTO-ELÉTRICO:
o LDR. Quando interrompido a passagem ei t>i Potêndometro 220KQ linear associado a
da luz, o relê é acionado disparando um um LDR qualquer.
alarme qualquer. Este alarme deve ter PARA DETECTOR DE TEMPERATURA:
memória, pois o detector é acionado so- Potêndometro 100KÍ2 linear associado a
mente no instante que o feixe de luz é in- um NTC de 10a20KQ ã25 °C.
terrompido. PARA DETECTOR DE UMIDADE:
Potêndometro de 1MQ.
DETECTOR DE TEMPERA TURA FIGURA 2 • VISTA DOS COMPONENTES

N 04 E L E T R Ô N I C A PRÁTICA 6
UMA SIBENE colocando R17 em curto.
Como sugestão pode-se substituir R17 por

ELETRÔNICA
um potenciômetro de fio.

MONTAGEM

PROGRAMA VEL As chaves CH1 a CH6 devem ser prepara-


das para fixação em um gabinete, sendo in-
terligadas com a placa por meio de fios nos
respectivos pontos.
Com esta sirene podem ser gerados diversos tons. A programação
ocorre através de 4 chaves de nível e, por isto, pode ser alterada facil- = CZD2Q o
mente. Entre outros, o circuito possibilita a simulação de uma sirene CH2 l Ds *
de ambulância, da sirene do tipo "Kojak" e "Havaí 5-0". No total são "ltJ ( CH4 i
possíveis até 256 tons de sirene. 1 I
jKlcd
X. ~! fo í. ... , _ „
- 3 ! " C Z D s , „ o»
fácil imaginar o amplo campo to do multivibrador pode ser ajustado atra-
i"™
^ ^
de aplicação de uma sirene
eletrônica deste tipo, basta
vés de um resistor.
Com auxílio da chave CH1 (CH1A + CH1B)
S ó
.... • . " V
-s* r
« .,•;
mencionar seu uso com um são comutadas as curvas de carga caracte-
equipamento de alarme residencial ou co- rísticas o que possibilita a programação de
" mo alarme de veículos. Ao contrário de uma diversos tipos de sirene.
buzina ou campainha, um tom desconheci- O amplificador operacional a seguir é em-
do chama a atenção das pessoas nas pregado como conversor de impedância.
proximidades, alertando-as, por exemplo, O CI3 também está conectado em forma de W i i i -EE£3 M O
i 'o
num estacionamento. multivibrador. O tom de sirene ou de buzina
FIGURA 2 - PLACA VISTA pOS COMPONENTES
VER LADO COBREADO PAGINA DE SERVIÇOS.
O alto falante conectado deve apresentar
uma impedância mínima de 8 ohms, sendo
ideal os alto falantes com câmara de pres-
são pois, geram uma acústica bastante ele-
vada.
SUGESTÃO °ARA UTILIZAÇÃO
O sistema de sirene pode ser empregado
em todos os equipamentos de alarme com
saída de conexão isenta de potencial.
Os sistemas de sirene e de alarme devem
obedecer à legislação que regulamenta sua
utilização, referente à duração e tipo de tom
e pressão acústiòa do gerador de tom.
LISTA DE MATERIAL
RESISTORES
R1, R2-100KQ-1/4W
R3. R10.RRR15-1KQ-1/4W
R4.R6,hl1-10KQ-1/4W
Rá-9,1KQ-1/4W
R7, R9-2.2KQ- 1/4W
R8 - 6.8KQ - 1/4W
FIGURA1 - DIAGRAMA ESQUEMATICO R12-$30a -1/4W
R13-680Q-1/4W
é gerado a partir deste circuito. A chave R16-330Í2 -1/2W
5 ESCRIÇÃO DO CIRCUITO CH4 permite escolher previamente o tom. R17-39Q- 1/2V/2W
CAPACITORES
O circuito integrado CI1 existe em forma de básico. C1, C4 -10uF/25V (eletrolitico radial)
um multivibrador astável. Este multivibrador Os transistores T1 e T2 formam o amplifica- C2, C8 - 4.7nF (poliester)
C3 - 22uF/25V (eletrolitico radial)
oscila a uma baixa freqüência, provocan- dor de potência. C5 - 3,&F/25V (eletrolitico radial)
do os tons de sirene ascendente e A freqüência do gerador de tom é modulada C6 - 2,2yF/25V (eletrolitico radiai
descendente. Sua freqüência pode ser mu- no pino 5 do CI3 - a entrada para a tensão C7 - 1uF/25V (eletrolitico radial)
dada por meio da chave CH3 ao mudar a C9 - 2,2nF (pofiéster)
de controle. Se for aplicada uma tensão as- C10- 1nF (poliéster)
capacitância. cendente ou descendente neste ponto, en- C11 -1,5nF íppliéster)
Através do diodo D3, o multivibrador possui tão a freqüência do tom também aumenta SEMICONDUTORES
uma pequena peculiariedade pois, o diodo ou diminuie (por exemplo, na sirene do tipo D1.D2-DIODO 1N5400
D3, D4- DIODO 1N914 ou 1N4148
torna o resistor R2 sem efeito durante a car- Kojak). Na simulação da sirene de ambu- T1 - Transistor PNPBC557
ga do capacitor. A curva de carga é deter- lância, a tensão neste ponto muda subita- T2-Transistor PNPBD238
minada apenas por R1 e pelo capacitor se- mente. O grau de modulação é ajustado CI1, CI2- Circ. integ. Linear 555
através de diversos resistores variáveis que DIVfeRSOS
lecionado pela chave CH3 e não pelos re- CH1 - Chave rotativa 2 pólos X 4 posições
sistores RI e R2 conectados em série. R2 são comutados por meio de CH2,' CH2 a CH4 - Chave rotativa 1 pólo X 4 posições
determina o processo de descarga do capa- O resistor R17 determina o volume da si- CH5 - Push botton
citor, sendo que D3 está bloqueado. Desta rene, no valor apresentado, 39 ohms, o vo- CH6 - Chave liga/desliga
lume é baixo. O máximo volume obtem-se AF1 - Altofalante 8Q
forma, o tempo de ligação e do desligamen- Fios, terminais, caixa, etc...

N* 04 E L E T R Ô N I C A PRATICA 70
PREPARAÇÃO E
SOLDAGEMDOS
COMPONENTES
Sempre que falamos sobre a montagem de placas
de circuito impresso, salientamos o cuidado q u e
deve ser tomado com a preparação e soldagem
d o s componentes. Devido à extrema importância
destes itens, reservamos um capítulo para
abordar este assunto.

A ntes de iniciar o pro-


cesso de colocação
dos componentes em
espaço. Esta pré-formatação
deve obedecer as seguintes
regras:
• Não exercer força no ponto
de união corpo/terminal pois
este pode quebrar facilmente.
uma placa de circuito impres- • Dobrar o terminal com o • O terminal não deve ser do-
so, d e v e m o s realizar uma ins- auxílio de um alicate de bico brado formando um ângulo
peção visual nos compo- no ponto de dobramento, de reto, mas com u m a pequena
nentes, verificando se os ter- forma a não transmitir ao curvatura.
minais não estão oxidados e componente a força exercida • Deve-se deixar um espaço
se o encapsulamento está no terminal. entre o ponto d a dobra do ter-
avariado. E m seguida realiza- • A distância entre os extre- minal e o corpo do compo-
mos u m a pré-formação do mos dos terminais dobrados, nente, afim de evitar que o
componente, ou seja, dobra- deve ser o mesmo entre os terminal se solte.
mos os terminais para facili- furos correspondente na pla- • Realizar o dobramento de
tar a sua inserção no devido ca. forma simétrica, para que re-

ERRADO
ERRADO

90 «a
CERTO
CERTO
_ C

RAIO DE CURVATURA 4b

Os terminais devem ser dobrados de manei- Os componentes devem ter uma relação si-
ra a não formarem um ângulo de 90°. métrica para uma montagem organizada.

C O N T I N U A NA P Á G I N A 71
DICAS DE BANCADA

C O M O MEDIR VALORES DE CAPACITÂNCIA DE InF ATE 1 jnF.

Podemos usar um multímetro (V.O.M.) para determinar o valor d e um


capacitor qualquer, basta montar o circuito abaixo ilustrado. Desta forma
obtemos no multímetro uma indicação correspondente a o valor do
capacitor medido.
Para encontrar o valor do resistor R devemos seguir os seguintes passos:
- Obtenha diversos capacitores entre InF a 1 juF c o m baixa tolerância e
alta tensão d e isolamento.
- Utilize somente uma escala do V.O.M. para realizar todas as leituras, por
exemplo, lOVac.
- Procure encontrar o valor d e R montando uma tabela c o m o a do
exemplo. Se necessário associe dois ou mais resitores.
- Importante: Não use capacitores eletrolíticos ou capacitores c o m baixa
tensão d e isolamento.
Obs: C a d a um d e v e montar a sua própria tabela, pois os multímetros
possuem sensibilidades diferentes e a tensão da rede elétrica varia d e um
local para outro.

lOOnF
220nF
330nF
470nF
560nF
680nF
1MF

OBS.: Os valores dos resistores (10% de tolerância) foram encontrados na prática. A leitura indicada tem valor
aproximado para a respectiva capacitância. Capacitores de mesmo valor podem apresentar leituras diferentes
devido a tolerância dos mesmos.

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