Sie sind auf Seite 1von 9

Universidade Federal do Espírito Santo

Ciências Biológicas

Fisiologia Vegetal I

teste de viabilidade , tetrazólio e germinação


de sementes de mamão (Carica papaya)

Componentes: Guilherme, Maycon, Márcia, Rodrigo e Manoel


01.Introdução
O mamão (Carica papaya) é originado da América do Sul (bacia amazônica Superior)

onde sua diversidade genética é máxima. Existem duas variedades de mamoeiro;

classificados em solo e formosa. (Solo-peso médio do fruto 350-660gr, Formosa-peso

médio do fruto 800-1100gr).

Hoje, o Brasil se destaca como o maior produtor mundial, com 29%da produção

seguida da Índia 24% Tailândia 8,8%, México 7,4 %. O mamão passou a ter

importância no Brasil a partir de 1976/77, com a introdução de cultivares do grupo solo

e híbridos do grupo formosa, O ES e BA hoje são os maiores produtores, contribuindo

com 87% da produção nacional.

O mamão, maduro e natural, é rico em sais minerais, Fósforo, Cálcio, Ferro, Sódio e

Potássio, Vitamina A, compostos necessários para a formação de ossos, dentes,

sangue, é eficaz contra a asma, diabetes, e possui propriedades laxantes e calmante.

É uma planta tropical que resiste a alta insolação, com temperatura de 22°C a 26°C,

os ventos não podem ser fortes, pois provocam a dilaceração das folhas e queda das

flores. A umidade relativa do ar com valores de 60 a 85%, e o solo ideal com textura

média, 15 a 35% de argila mais 15% de areia.

Os métodos e resultados abaixo foram propostos a fim de analisar a viabilidade das

sementes de mamão (Carica papaya) por meio dos testes de germinação e de

tetrazólio das sementes.


02.Materiais e métodos
Foram efetuados dois testes, tetrazólio e um germinativo. O teste de germinação que

consiste em determinar o potencial germinativo de um dado lote forma a avaliar a

qualidade fisiológica das sementes para fins de semeadura e produção de mudas. O

teste foi realizado sob condições controladas de temperatura, teor de água e luz.

Foram utilizadas cerca de 100 sementes de mamão doadas pelo laboratório de

fisiologia vegetal. Em cinco placas de Petri (20 sementes em cada) com uma dupla

camada de papel filtro, estas sementes foram divididas e acondicionadas

posteriormente a uma lavagem com uma solução de hipoclorito de sódio e a assepsia

da placa de Petri com álcool 70%. O meio de cultura foi umedecido e guardado numa

estufa de germinação a 25 ºC durante quinze dias. No decorrer do experimento todos

os dias as 10:00 o meio de cultura foi regado e observado quanto a germinação. As

sementes eram consideradas como germinadas quando surgia a radícula.

O teste de tetrazólio é um dos testes mais tradicionais na avaliação da qualidade e do

vigor das sementes. Sua principal vantagem é a rapidez com que fornece resultados

confiáveis sobre as sementes além de não ser afetado pela presença de fungos e

bactérias que constantemente mascaram os testes de germinação.

Para o teste, 100 sementes foram utilizadas sendo elas lavadas e tratadas na estufa a

25 ºC até a secagem. Com o auxilio de pinça a sarcotesta foi retirada para promover

uma melhor penetração do tetrazólio.


As sementes sem a sarcotesta foram dividas em cinco frascos contendo tetrazólio a

0,1% e revestido por papel alumínio, para o teste não sofrer interferência da luz.

As sementes ficaram expostas por 24 horas numa estufa de germinação com

temperatura aproximada de 35°C, até atingir uma coloração adequada à análise.

Passado o período de exposição ao reagente, as sementes foram lavadas e os

embriões retirados com auxilio de pinça e estilete histológico por meio de um corte

longitudinal no tegumento. Os cotilédones com embrião foram organizados na bancada

e separados quanto sua viabilidade por coloração.

Para formar o controle, ou seja, as sementes mortas para fazer o padrão de

comparação, foram fervidas 10 sementes de mamão que foram posteriormente tratadas

com tetrazólio.

3.0 Resultados & Discussão


As sementes germinam quando as condições para o crescimento são favoráveis

e elas não apresentam algum tipo de dormência. Obviamente, a primeira exigência

para a germinação é a água. Além disso, a germinação ocorre em determinada faixa

de temperatura. Existem temperaturas mais apropriadas para a germinação, assim

como temperaturas limitantes, dependendo da espécie. As sementes podem também

requerer luz e nutrientes para que a germinação seja bem sucedida. Fica claro que a

exigência de um conjunto específico de condições para a germinação está relacionada

às características particulares de cada espécie (Ferreira e Borghetti, 2004).


No presente trabalho, o resultado está aberto a várias discussões. O fato de

não ter germinado nenhuma semente não se limita necessariamente a um único fator,

como também, pode estar associado a um conjunto de fatores que culminaram no

resultado apresentado.

A primeira vista, imagina-se que o motivo para a não germinação (0%) tenha

sido a pequena duração de tempo do teste, visto que, as sementes de mamão têm

uma germinação lenta e irregular (Chacko e Singh, 1966; Yahiro, 1979). No entanto,

ao analisar mais a fundo os resultados, surgem dúvidas quanto a viabilidade das

sementes, bem como da falta de um tratamento contra dormência.

Para tentar solucionar essas dúvidas, foi realizado o teste de tetrazólio (TTZ).

Esse teste baseia-se na reação do sal 2,3,5 trifenil tetrazólio com íons de H+

resultantes do processo de respiração das sementes, formando um composto, o

formazan, que apresenta coloração avermelhada. Tecidos que foram deteriorados, quer
seja pela manipulação incorreta pela retirada do embrião antes de embebê-los na

solução de tetrazólio, quer seja por algum defeito estrutural na semente, apresentam

danos nas membranas, liberando íons H+ e substâncias que reagem de modo intenso

com o sal, conferindo uma coloração vermelho-intenso.

Os resultados obtidos acerca desse teste nos levaram a elencar seis tipos de

sementes agrupadas em duas classes: a classe 1 que engloba as sementes A, B e C

Viáveis e a classe 2 que engloba as sementes D, E e F Inviáveis. A tabela 1.1


representa as características, classificação e a porcentagem da viabilidade das

sementes (Figura 1.1).

Semente Características Classe Viabilidade

Radícula toda corada (vermelha), mas com ápice com


deteriorização (vermelho-intenso);
A Cotilédone incolor.
Tanto a radícula quanto o cotilédone corados. 1 Viáveis
B 36%

Tanto a radícula quanto o cotilédone corados, mas


C com uma pequena parte do ápice da radícula
deteriorada.
Totalmente branca (sem níveis de respiração
D observados). Representa as sementes iguais às
sementes do controle.
Cotilédone corado, mas com a radícula branca com 2 Não-Viáveis
E exceção do ápice da radícula que se encontra 64%
deteriorada.
Toda branca com exceção do ápice que se encontra
F deteriorado

Tabela 1- Classificação, Características observadas e viabilidade das sementes de mamão após o teste de tetrazólio.

O resultado do teste de TTZ comprova a inviabilidade de 64% sementes.

Porém, eis que surge mais uma dúvida: A penetração do TTZ no interior das sementes

foi completa? Esta dúvida surgiu depois de várias pesquisas a respeito do assunto,

quando foi encontrado que, para melhor eficiência (melhor penetração) do Tetrazólio
deveria fazer um corte longitudinal, lateral ao embrião, procedimento este que não foi

realizado durante o presente experimento.

Outros fatores também podem ter influenciado na não germinação (gráfico 1)

das sementes, como por exemplo, as condições de água, luminosidade e temperatura

adequadas, visto que, cada espécie apresenta condições particulares durante seu

desenvolvimento.

Diante de tais dúvidas, não se pode dizer ao certo o motivo pelo qual não

germinou nenhuma semente. Sendo assim, para total esclarecimento, devem-se

realizar novos experimentos pondo em teste todas as dúvidas encontradas durante a

realização destes experimentos.

Semente: A B C D E F

Figura 1- classes de viabilidade: na seqüência, as três primeiras (A, B e C) correspondem às sementes viáveis
(Classe 1); o segundo bloco (D, E e F) são as sementes inviáveis (Classe 2)

4.0 Conclusão
Diante dos dados apresentados nos resultados, nota-se que as sementes foram

inviáveis. O teste de germinação foi incapaz de determinar algum dado estatístico

relevante devido a metodologia incompleta de acordo com dados da literatura.


No entanto, mesmo com a realização do teste de germinação incompleto, determinou-

se pelo teste de tetrazólio que as sementes eram inviáveis. Vale ressaltar, que o teste

de tetrazólio pode ter sido inconclusivo, visto que pode ter ocorrido a não penetração

completa do tetrazólio no interior das sementes.

5.0 Referências
FERREIRA, A. G.; BORGHETTI. F. Germinação do básico ao aplicado. Pato Alegre:

Artmed, 2004.

TAIZ, L., ZEIGER, E., 2006. Fisiologia vegetal, editora Artmed, 3ª ed.

RAVEN, P.H., EVERT, R. F., EICHHORN, S. E., 2007. Biologia Vegetal, editora

Guanabara Koogan, 7ª ed.

FERRI, M. G.; Fisiologia Vegetal 1. 2 ª edição São Paulo: EPU, 1979,1985.

Viana, R. S.; Cavatte, P. C.; Nazareth, L.; Zonta, J. B.; Souza, J. C. A. V.;
Lopes, J. C. Germinação de sementes de mamão em diferentes tipos de
substratos. Alegre: UFES.

Tokuisa, D.; Dias, D, C, F, S.; Alvarenga, E. M.; Dias, L. A. S.; Marin, S. L. D.;
Tratamentos para superação da dormência em sementes de mamão. Revista
Brasileira de Sementes, Londrina, vol 27, n1, 2007.
Gris, C. F.; Carvalho, M. L. M.; Oliveira, A. S. Adequação do teste de tetrazólio
para avaliação da qualidade fisiológica em sementes de pinhão manso
(Jatropha curcas L.). UFLA, 2007.

Althoff, M. A.; Carmona, R. Conservação de sementes de mamão (Carica Papaya


L. – Caricaceae. Revista Brasileira de sementes, Brasília, vol. 21, no1, p. 151-156,
1999.

Cossa, C. A.; Lima, C. B.; Osipi, E. A. F.; Sorace, M. A. F. Revista Brasileira de


Agroecologia. Remoção da mucilagem e análise da viabilidade de sementes de
Jacaratia spinosa. Universidade Federal do Norte do Paraná. Vol. 4, nº2, Novembro
de 2009.

Oliveira, L. M.; Carvalho, M. L. M.; Davide, A. C. Teste de tetrazólio para


avaliação da qualidade de sementes de Peltophorum dubium (Sprengel)
Taubert leguminosae caesalpinioideae. Cerne, Lavras, v. 11, n. 2, p. 159-166,
abr./jun. 2005.

Das könnte Ihnen auch gefallen