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CRÓNICA

A mentira das férias

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A nossa noção de férias está bem lá no alto das expectativas. Para alguém assumir
que as suas correram mal, só mesmo se foram um desastre total. De contrário, a tentação é
dizer que só pecaram por serem curtas.

Todas as semanas existe um top para levantar a moral do país. Esta semana, por
exemplo, ficou também a saber-se que estamos num "honroso” 3.º lugar — só atrás de
espanhóis e italianos — no que toca a mentir sobre as férias. Segundo um inquérito, realizado
pelo motor de busca Jetcost, apurou-se que um terço dos portugueses mente sobre o seu
destino de férias, da qualidade do alojamento às atividades culturais efetuadas, existindo até
quem chegue a partilhar imagens falsas nas redes sociais, forma de exibir passeios que não fez
ou de restaurantes que não frequentou, para simular que passou uma temporada tão aprazível
como os demais do seu círculo de sociabilidades.

Por apurar ficou a percentagem dos que nem chegam a sair de casa por falta de meios,
mas intui-se que sejam cada vez mais. Um dos dados mais significativos refere que 57%
reconheceu que não comentava com ninguém que as suas férias haviam sido um fiasco. O que
se ouve por norma é que foram inesquecíveis. São poucos os que são capazes de admitir que
foram geradoras de ansiedade, ou que motivaram acaloradas discussões entre conjugues —
dizem as estatísticas que as separações entre casais aumentam no regresso de férias — ou entre
pais e filhos.

Os especialistas dizem que o descanso é essencial para “recarregar as baterias”. O


problema é que as baterias humanas nem sempre respondem bem quando ficam imersas num
lugar que não o escritório, acabando por confundir repouso com ressaca. Acabamos por formar
uma ideia romantizada sobre as experiências. No caso das férias imaginamos um período de
prazer, lazer, diversão ou renovação de conhecimento. Essas percepções tendem a pesar mais
do que admitimos na avaliação da satisfação. Por outras palavras: a nossa noção de férias está

Mónica Melo
CRÓNICA

bem lá no alto das expectativas. Para alguém assumir que as suas correram mal, só mesmo se
foram um desastre total. De contrário, a tentação é dizer que só pecaram por serem curtas.

Público, 29 e junho de 2019

1. Guarde o ficheiro com o nome Crónica Férias na sua pasta.

2. Formate o texto com tipo de letra Garamond, tamanho 11, alinhamento justificado e cor
azul escuro.

2 3. O título deve ter tamanho 30, letra maiúscula, alinhamento centrado e cor cinzento com
sombra.

4. Formate o texto para três colunas com uma linha no meio.

5. Insira uma imagem alusiva ao tema, retirada da Internet, numa das colunas.

6. Insira um cabeçalho semelhante ao que se encontra no texto original e escreva o seguinte:


Crónica
7. Insira no rodapé o seu Nome alinhado à esquerda e a Negrito.
8. Aplique o efeito Itálico à última frase do texto.

9. O texto deve ter um espaçamento entre as linhas de 1,5.

10. Aplique ao texto um avanço de 1 cm à primeira linha dos parágrafos.

11. Aplique um sublinhado duplo só na primeira frase do texto.

12. Capitule a primeira letra do documento.

13. Aplique à palavra férias o efeito superior à linha.

14. Aplique à palavra descanso o efeito inferior à linha.

15. Insira um número de página semelhante ao original.

17. Guarde, novamente, o texto e envie-o à professora. (monicapatmelo@hotmail.com)

Mónica Melo

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