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Colisões Elásticas e Inelásticas

1. Introdução

Colisão é a interação entre dois ou mais corpos, com mútua troca de


quantidade de movimento e energia. O choque entre bolas de bilhar é um
exemplo, o movimento das bolas se altera após a colisão, elas mudam a
direção, o sentido e a intensidade de suas velocidades. Outras colisões
ocorrem sem que haja contato material, como é o caso de um meteorito que
desvia sua órbita ao passar pelas proximidades de um planeta.

Em física procura-se saber o comportamento dos corpos após a colisão. Para


isto são usadas as leis de conservação de energia cinética e momento linear,
conforme o tipo de colisão. Adiante estas leis serão descritas e usadas para
encontrar resultados em casos simples de colisões unidimensionais entre dois
corpos.

Este trabalho propõe a você um estudo sobre as leis físicas envolvidas na


descrição das colisões. Além da tradicional explanação de princípios físicos,
você terá à disposição uma simulação onde poderá comprovar e testar os
resultados obtidos a partir da teoria. Verá que muitos deles já lhes são comuns
de seu cotidiano. O caso a ser estudado é dos mais elementares, mas a
aplicação dos princípios é válida para fenômenos com qualquer nível de
complexidade.

- Colisões elásticas – a energia cinética (movimento) total do sistema de


corpos que se chocam se conserva.

- Colisão parcialmente elástica – a energia cinética total do sistema de corpos


que se chocam não se conserva.

- Colisão inelástica – após o choque os corpos não se separam.

Em um sistema isolado (não há forças externas resultantes atuando sobre os


corpos dentro do sistema) e fechado (não há massas entrando e saindo dele),
contendo uma colisão, a quantidade de movimento linear total P do sistema
não pode variar, seja a colisão elástica ou inelástica.
2. Colisões elásticas, perfeitamente inelásticas e parcialmente elásticas

2.1. Colisões elásticas

Numa colisão elástica a energia mecânica e o momento linear dos corpos


envolvidos permanecem os mesmos antes e depois da colisão. Diz-se que
houve conservação de momento linear e energia.

Figura 1. Colisão elástica.

Considera-se o caso de dois corpos de massas m1 e m2 movendo-se em linha


reta, com velocidades v1 e v2 respectivamente, permanecendo os mesmos dois
após a colisão (sem que haja desagregação), conforme a Figura 1. Antes da
colisão o corpo de massa m1 tinha uma energia cinética E1i e um momento
linear p1i e o corpo de massa m2 tinha uma energia cinética E2i e um momento
linear p2i que podem ser expressos pelas fórmulas:

E1i = (1/2)m1v1i2 (1a)


p1i = m1v1i (1b)
E2i = (1/2)m2v2i2 (1c)
p2i = m2v2i (1d)

Após a colisão as fórmulas são as mesmas, mas agora os corpos terão


quantidades de movimento e energias diferentes do que tinham antes da
colisão, que são representadas com o índice f (final), assim:

E1f =(1/2)m1v1f2 (2a)


p1f = m1v1f (2b)
E2f = (1/2)m2v2f2 (2c)
p2f = m2v2f (2d)

Como há conservação de energia e momento pode-se escrever que a energia


total e o momento total inicial e final do sistema de corpos não variam, desta
maneira:
E1i + E2i = E1f + E2f (3a)
p1i + p2i = p1f + p2f (3b)

Substituindo nas equações 3a e 3b os valores para cada termo:

(1/2)m1v1i2 + (1/2)m2v2i2 = (1/2)m1v1f2 + (1/2)m2v2f2 (4a)


m1v1i + m2v2i = m1v1f + m2v2f (4b)

A resolução do sistema de equações formado pelas Equações 4a e 4b é


possível e permite o conhecimento das condições do movimento após a
colisão.

A divisão da equação 4a por (1/2) e o agrupamento dos termos com mesma


massa em cada lado terá como resultado:

m1(v1i2 - v1f2) = m2(v2f2 - v2i2) (5)

Juntando os termos com mesma massa em cada lado, para a equação 4b:

m1(v1i - v1f) = m2(v2f - v2i) (6)

O termo que multiplica m1 na Equação 5 tem alguma relação com o termo que
multiplica o mesmo m1 na Equação 6. Esta relação pode ser conhecida a partir
da expressão:

(v1i - v1f)(v1i + v1f) = (v1i2 - v1f2) (7)

A mesma conclusão (com uma pequena diferença pela troca de sinais) pode
ser tirada para o termo que multiplica m2 na Equação 5:

(v2f - v2i)(v2i + v2f) = (v2f2 - v2i2) (8)

Substituindo as Equações 7 e 8 na Equação 5:

m1(v1i - v1f)(v1i + v1f) = m2(v2f - v2i)(v2i + v2f) (9)

Escreve-se a Equação 6 para conservação de momento e compara-se com a


Equação 9:

m1(v1i - v1f) = m2(v2f - v2i) (6)

Nota-se que o primeiro termo da Equação 6 está contido no primeiro termo da


Equação 9 e o segundo termo da Equação 6 também está contido no segundo
termo da Equação 9, ou seja, a Equação 6 está "contida" na Equação 9. Logo,
pode-se dividir a Equação 9 pela Equação 6, para se obter um resultado mais
simplificado. O resultado desta divisão será:

(v1i + v1f) = (v2i + v2f) (10)

Isolando v1f na Equação 10 e substituindo na Equação 6 obtém-se:

v2f = 2m1v1i/(m1 + m2) + v2i(m2 - m1)/(m2 + m1) (11)

E portanto:

v1f = 2m2v2i/(m1 + m2) + v1i(m1 - m2)/(m1 + m2) (12)

Desta maneira, usando os princípios de conservação de energia e momento


linear, foram obtidos os parâmetros do movimento após a colisão.

2.2. Colisões perfeitamente inelásticas

Colisões perfeitamente inelásticas são aquelas onde não ocorre conservação


de energia mecânica mas somente quantidade de movimento. Após o choque
ambos os corpos seguem juntos, como um único corpo com a massa igual à
soma das massas de todos os corpos antes do choque. A Figura 2 ilustra esta
colisão para dois corpos.

Figura 2. Colisão inelástica

Admite-se que os corpos de massa m1 e m2 tenham quantidades de


movimento p1i e p2i antes da colisão, respectivamente. Após a colisão a
quantidade de movimento será:

pf = vf (m1 + m2) (13)

Pela lei de conservação:


p1i + p2i = pf (14)

Substituindo os termos da Equação 14 por suas respectivas expressões:

m1v1i + m2v2i = (m1 + m2)vf (15)

Da Equação 15 conclui-se que o valor para a velocidade final dos corpos é:

vf = (m1v1i + m2v2i)/(m1 + m2) (16)

2.3. Colisões parcialmente elásticas

Existe um outro tipo de colisão onde não ocorre conservação de toda a energia
cinética do sistema, mas somente parte dela. É o que chamamos de colisão
parcialmente elástica. Na natureza é difícil de se encontrar colisões
perfeitamente elásticas, encontramos normalmente as parcialmente elásticas.
Isto é devido à existência de forças dissipativas durante o processo de colisão,
como o atrito ou a deformação dos corpos, que sempre consomem uma parte
da energia cinética original.

Nas colisões parcialmente elásticas os corpos tem uma velocidade relativa não
nula após a colisão. Quando não há velocidade relativa, isto é, os corpos
movem-se com a mesma velocidade, está caracterizada uma colisão inelástica.
Da equação 10 encontra-se uma expressão para as velocidades relativas antes
e após uma colisão perfeitamente elástica, num sistema de dois corpos, que é:

(v2f - v1f) = -(v2i - v1i) (17)

E ainda pode-se escrever:

(v2f - v1f)/-(v2i - v1i) = 1 (18)

A Equação 18 informa que numa colisão perfeitamente elástica a velocidade


relativa de afastamento (após a colisão, (v2f - v1f)) é igual à velocidade relativa
de aproximação (antes da colisão, -(v2i - v1i)), ou seja, a razão entre elas é um.
Numa colisão que não é perfeitamente elástica essa razão não vale 1, já que os
corpos perdem energia cinética e suas velocidades diminuem após a colisão. A
razão entre as velocidades relativas de afastamento e aproximação é chamada
de coeficiente de restituição e:

e = (v2f - v1f)/-(v2i - v1i) (19)


Numa colisão perfeitamente inelástica os corpos seguem com a mesma
velocidade após a colisão, logo a velocidade relativa de afastamento é nula, e
o coeficiente de restituição vale 0.

Substituindo-se a equação 10 pela equação 19 e realizando operações


similares às realizadas para colisões elásticas, chega-se às velocidades finais
para o caso de colisões parcialmente elásticas unidimensionais num sistema de
dois corpos. Elas são:

v1f = (1+e)m2v2i/(m1 + m2) + v1i(m1 - m2 e)/(m1 + m2) (20a)


v2f = (1+e)m1v1i/(m1 + m2) + v2i(m2 - m1 e)/(m2 + m1) (20b)

Estas fórmulas servem para todo tipo de colisão. Variações no coeficiente de


restituição, conforme o tipo de colisão, levam às fórmulas para colisões
elásticas e perfeitamente inelásticas.

Exercícios do livro “Fundamentos de Física”, Halliday, Resnick e Walker.

E 10-3 - Um taco de sinuca atinge uma bola, exercendo uma força média de 50 N em
um intervalo de 10 ms. Se a bola tivesse massa de 20 kg, que velocidade ela teria após o
impacto?

P 10-14 - Uma arma de ar comprimido atira dez chumbinhos dez 2g por segundo com
uma velocidade de 500m/s, que são detidos por uma parede rígida. (a) Qual é o
momento linear de cada chumbinho? (b) Qual é a energia cinética de cada um? (c) Qual
é a força média exercida pelo fluxo de chumbinhos sobre a parede? (d) Se cada
chumbinho permanecer em contato com a parede por 0,6 ms, qual será a força média
exercida sobre a parede por cada um deles enquanto estiver em contato? (e) Por que esta
força é tão diferente da força em (c)?

P 10-28 - A espaçonave Voyager 2 (de massa m e velocidade v relativa ao Sol)


aproxima-se do planeta Júpiter (de massa M e velocidade V relativa ao Sol). A
espaçonave rodeia o planeta e parte no sentido oposto. Qual é a sua velocidade, em
relação ao Sol, após este encontro com efeito estilingue? Considera v= 12 km/s e V=12
km/s (a velocidade orbital de Júpiter). A massa de Júpiter é muito maior do que a da
espaçonave; M>>m. (Para informações adicionais, veja “The slingshot effect:
explanation and analogies”, de Albert A. Bartlett e Charles W. Hord, The Physics
Teacher, novembro de 1985.)

P 10-28 - Um vagão de carga de 35 t colide com um carrinho auxiliar que está em


repouso. Eles se unem e 27% da energia cinética inicial é dissipada em calor, som,
vibrações, etc. Encontre o peso do carrinho auxiliar.

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