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Grafite x pichação: qual a diferença?

Por Gilberto de Abreu

Existe uma linha tênue que separa o


grafite da pichação, e a pichação do
vandalismo. Reconhecer a diferença
entre essas formas de comunicação
urbana – tão intimamente
relacionadas ao longo da história –
pode ser a chave que faltava para
envolver os alunos em uma série de
atividades relacionadas ao tema:
oficinas, debates, excursões, testes
de conhecimento.

A origem da pichação remonta ao final dos anos 1960, período da contracultura e das revoluções estudantis
que tomaram de assalto a cidade de Paris, na França. A maneira encontrada pelos jovens de protestar
contra o governo se deu por meio da escrita nos muros dos prédios públicos.

Nos anos 1970, a pichação chegou à cidade da Pensilvânia, a mais populosa do estado norte-americano da
Filadélfia, sendo adotada por gangues de rua para demarcar território, reforçar filiações e intimidar as
gangues rivais.

Passados mais de 40 anos desde as primeiras manifestações do gênero, hoje podemos compreender que a
pichação é fruto da necessidade dos jovens de deixar sua marca na epiderme da cidade. Desde sempre, o
desafio foi um só: alcançar projeção.

Na regra da pichação, vence aquele que conseguir inscrever a sua tag (assinatura), o maior número de
vezes, onde todos possam vê-la. Quanto maior o número de assinaturas, e mais alto elas estiverem, maior
é o prestígio de seu autor.

Pichadores se tornam vândalos quando inscrevem suas tags – geralmente sem autorização – em
propriedades públicas, privadas e, em casos extremos, em prédios/espaços tombados pelo Patrimônio
Histórico e Cultural.

Um detalhe que não podemos perder de vista nessa história: mesmo condenável, a ação dos pichadores
merece ser discutida. Ela nos permite debater noções de identidade, pertencimento, protesto e
transgressão, e nos ajuda a compreender o que pensam da sociedade em que vivem.

A essa altura você deve estar se perguntando: e o grafite, onde entra nessa história? O que difere o
grafiteiro do pichador? Em linhas gerais, o grafiteiro é um ex-pichador que soube dar à tinta spray um
propósito profissional. Cientes de que a pichação não os levaria muito longe, outra turma resolveu deixar
de lado a pichação, arregaçar as mangas e se lançar em um novo desafio: aprimorar o conhecimento.
Aprender novas técnicas de escrita, desenho, pintura e estética com o objetivo de ampliar os horizontes
profissionais.

Grafite: a linguagem dos jovens

Das aberturas de novela às propagandas de TV; dos videoclipes aos videogames; dos vagões de trem aos
aviões comerciais. Olhe ao redor e comprove: o grafite está por toda parte. E quando o assunto diz respeito
aos jovens, ele exerce um papel fundamental na comunicação com esse segmento.
As indústrias da moda e da decoração, por exemplo, descobriram esse filão não é de hoje. Empresários de
grandes marcas contratam mão de obra de grafiteiros e artistas de rua para potencializar a imagem de
seus produtos e serviços diante deles: os adolescentes.

São roupas, acessórios, objetos de decoração e utilitários os mais variados. O grafite colore não apenas
muros, fachadas e viadutos, mas também cadernos, mochilas, bonés, camisetas, pôsteres e o que mais
pudermos imaginar. O grafite reflete um estilo de vida descolado, urbano, cosmopolita, global. Pensando
assim, que jovem não gostaria de ter um grafite na parede de seu quarto?

A internet teve, e ainda tem, um papel fundamental no processo de popularização do grafite e de


reconhecimento de seus representantes. A rede mundial de computadores ajuda a romper fronteiras,
aproximar culturas e propagar tudo aquilo que se refere à arte urbana: grafite, música, dança, letras de
improviso, atitudes.

Meninos e meninas sonham em se tornar grafiteiros, mas nunca pegaram numa tinta spray. Nas mãos,
carregam – por enquanto – tablets e smartphones.

Para o artista multimídia Bruno Bogossian, conhecido na cena carioca do grafite há 15 anos como BR, não
restam dúvidas: “O grafite é a linguagem visual mais importante da primeira década do século XXI, e a que
melhor se comunica com a juventude”.

Mas, afinal, o que o grafite tem de tão especial assim? No Rio de Janeiro, ele é quase um reflexo da cidade
que o acolhe. “O Rio é uma cidade alegre, cheia de curvas, festiva. E isso se reflete no tipo de arte que a
gente faz nas ruas: colorida, alegre e com formas orgânicas”, diz BR.

Para o artista, a diversidade do grafite carioca espelha a criatividade do nosso povo, reconhecido pelo
“jeitinho brasileiro”. “A variedade de estilos, técnicas e temáticas é, sem dúvida, um reflexo dessa nossa
cultura. O grafite foi chegando de mansinho até conquistar o seu lugar na paisagem da cidade.”

Olhe ao seu redor e você possivelmente vai encontrar uma intervenção de arte urbana colorindo muros,
fachadas, viadutos, empenas de prédio, postes e até mesmo o mobiliário urbano. Aos poucos, festejam os
entusiastas, a cidade vem se transformando em uma galeria de arte a céu aberto.

“O Rio é o paraíso mundial do grafite. Em que outra cidade no mundo é possível mandar uma arte e depois
dar um mergulho no mar ou fazer uma trilha pela floresta?”, indagam os grafiteiros.

Instituto EixoRio

A publicitária Cristine Levinspuhl, coordenadora executiva do Instituto EixoRio, criado pela Prefeitura do
Rio para aproximar o poder público da arte urbana, concorda. “O Rio é verdadeiramente ímpar no quesito
beleza natural, mas, como toda grande metrópole, acaba tendo áreas não favorecidas. Nesse ponto, os
grafiteiros desempenham um papel fundamental no processo de revitalização adotado pela Prefeitura do
Rio”.

O Instituto EixoRio foi criado justamente para orquestrar ações conjuntas dos artistas de rua e do poder
público no sentido de reurbanização da cidade. Nesse contexto inserem-se não somente os grafiteiros,
como também os representantes de outras expressões culturais: música, dança, poesia.

Por meio do projeto GaleRio, o instituto dirigido por Cristine vem estimulando os artistas de rua a olharem
de outro modo para a própria comunidade, resgatando histórias e lugares interessantes, personagens
famosos ou ilustres desconhecidos. Tudo isso, acredita, para aumentar a autoestima dos moradores da
cidade.

“Muitos grafiteiros são provenientes de comunidades carentes e também querem ver seus ambientes
melhorados. Hoje em dia, tomar parte no processo de revitalização das comunidades é algo quase natural
para quem faz grafite”, diz Cristine.
Ela cita como exemplos as comunidades do Vidigal, em São Conrado, do Cantagalo, em Copacabana, e
Dona Marta, em Botafogo, localidades em que o grafite já se faz presente. “O despertar para a criatividade,
o trabalho em equipe e o espírito de voluntariado são transformadores”, afirma Cristine. “Esse é um
modelo que deve ser aprimorado cada vez mais.”

De vilões a agentes transformadores

“Os grafiteiros ocupam, hoje, um papel de destaque no processo de revitalização da paisagem urbana
carioca, mas não é só isso. Além de agregar valor à cidade, os grafiteiros têm se revelado parceiros
estratégicos no diálogo com os indivíduos da sociedade”, reconhece Cristine Levinspuhl.

Ela toma como exemplo as ações sociais do projeto GaleRio, considerado o carro-chefe do instituto sob
sua coordenação. As ações orquestradas pelo GaleRio aproximam os artistas de rua do poder público, em
prol de melhorias na qualidade de vida dos cariocas. A cultura urbana – música, dança e grafite,
principalmente – é o que dá liga a essa empreitada.

Um exemplo recente de parceria bem-sucedida se deu no primeiro semestre de 2015, quando os grafiteiros
conseguiram recrutar cerca de 200 voluntários, entre artistas de rua e membros da comunidade, para um
trabalho em equipe sem precedentes na história da cidade. Juntos, eles assinam um projeto de intervenção
urbana que coloriu seis quilômetros da Linha 2 do metrô.

Outro caso de sucesso resultou na criação de uma arte com seis metros de altura e 250 metros de
comprimento, realizada a partir de fotografias dos alunos de uma escola municipal também da Zona Norte.
“Apesar de tombada pelo Patrimônio Histórico, aquela escola andava meio apagada, em um entorno
praticamente cinza”, lembra Cristine.

O painel criado pelo coletivo de grafiteiros traz como pano de fundo detalhes da própria arquitetura da
escola. Em destaque, surgem rostos de 27 alunos matriculados na escola. “As crianças sentem, hoje, um
orgulho enorme de fazer parte daquela comunidade”, conta a coordenadora executiva do EixoRio.

O GaleRio esteve presente, ainda, na revitalização do Túnel Alaor Prata, que liga os bairros de Copacabana
e Botafogo, na Zona Sul da cidade. O local já vinha passando por obras de reforma quando artistas ligados
ao EixoRio tiveram uma ideia que mudou o curso das obras.

“Articulamos com o governo, por meio da Secretaria de Obras, uma maneira de utilizar um montante da
verba alocada na revitalização daquele túnel para um projeto de pintura artística. A intenção original era
aplicar no local uma tinta antipichação, mas conseguimos convencê-los de que o melhor antídoto para a
pichação é a arte.”

Projeto P.A.Z. (Parede Art Zone)

Idealizado pela produtora cultural franco-brasileira Elodie Salmeron, diretora da Valeu Produções, o
projeto P.A.Z. (Paredes Art Zone) é outro exemplo de ação social que nasce da parceria com o grafite.

A iniciativa, que tem patrocínio da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro, por meio do
Programa de Fomento à Cultura Carioca, envolveu 80 alunos do 5º ao 9º ano da Rede Municipal de Ensino
em oficinas de grafite coordenadas não por professores, mas por artistas de rua.

No primeiro semestre deste ano, o projeto contemplou meninos e meninas a partir dos 11 anos, das
escolas municipais Benjamin Constant (Santo Cristo), José Pedro Varela (Pavuna), Francisco de Paula
Brito (Rocinha) e Pedro Ernesto (Lagoa).

As oficinas, ministradas pelos grafiteiros Marcelo Jou, Toz, Wark e BR, sob curadoria de Tomaz Viana, o
Toz, visavam não somente estimular o fazer artístico, como também propagar valores fundamentais à
cultura do grafite.

“O P.A.Z se baseia nos principais pilares do grafite, que são a valorização da diversidade, do trabalho em
equipe e do respeito ao próximo. A partir disso conseguimos elaborar um conjunto de ações que visam
valorizar não somente o papel transformador do grafite na cidade e em seus indivíduos, como também os
direitos da infância e o estímulo ao pensamento criativo”, diz Elodie Salmeron.

Lolô, como é carinhosamente chamada pelos meninos e meninas que participam das oficinas, conta que,
desde a primeira edição, em 2012, os estudantes abraçam a causa com entusiasmo e espírito
colaborativo. “Incentivar a criatividade dos estudantes no ambiente escolar por meio dessa arte tão
presente nas ruas é o nosso desafio. Tem dado certo”, festeja.

Renovando as relações interpessoais

Professora da Rede Municipal de Ensino há 11 anos e atual diretora da Escola Municipal Pedro Ernesto, na
Lagoa, Elisabeth Mendes Pereira comprova a eficiência do projeto P.A.Z. na melhoria escolar dos alunos.
“É a segunda vez que nossa escola é contemplada pelo projeto, e a expectativa não poderia ter sido
maior.”

“Em 2012, quando a Lolô nos trouxe a proposta pela primeira vez, não tínhamos ideia do que isso
representaria. Em termos práticos, descobrimos que os alunos, e principalmente aqueles com problemas
disciplinares e de concentração, se reconectaram com a escola, envolveram-se muito mais nas atividades
propostas em sala de aula”, afirma a diretora.

Elisabeth Mendes Pereira destaca, ainda, os resultados obtidos com os alunos em processo de aceleração
e realfabetização. “O reconhecimento de suas habilidades criativas, quer por parte dos grafiteiros, dos
professores ou dos demais alunos da escola, deu a eles uma nova perspectiva”.

Segundo a diretora, permitir ao aluno se expressar – e valorizar esse esforço entre os colegas de classe –
é algo surpreendente. “Os alunos passaram a abraçar a escola, a retribuir nosso abraço.”

A experiência é considerada positiva também entre os grafiteiros que assumiram o desafio de “domar as
feras” nesse processo de aprendizado. Para Bruno Bogossian, participar de um projeto como o P.A.Z. “foi
uma experiência muito bacana e também curiosa”.

Ele conta que, como grafiteiro, deve às ruas, e não à escola, aquilo que sabe sobre a arte do grafite e a
cultura urbana. “É muito bom poder repassar esse conhecimento de modo tão natural, nesse ambiente
que se dedica a ensinar às crianças o que há de mais importante nesse estágio de suas vidas. Um projeto
como esse desperta nelas o interesse pela arte”.
A confusão entre grafite e pichação

Qual é a diferença entre grafite e pichação? Ambas são pinturas feitas com
tintas spray ou de latas. Ambas são manifestações que nasceram no século
XX, dentro de uma produção cultural urbana. No entanto, uma é mais aceito
que a outra.

A palavra "Grafite" deriva do italiano grafitto, usualmente é conceituado como


"inscrição ou desenho de épocas antigas, toscamente riscado à ponta ou a
carvão, em rochas, paredes, vasos etc.". Um grafismo seria um desenho ou
imagem.

No dicionário Aurélio, pichação possui "caráter político, escrito em muro de via


pública". É associado à palavra, mas na prática, nem toda pichação busca
transmitir uma mensagem política.

A distinção entre as práticas do grafite e da pichação é algo que acontece


especificamente no Brasil. Em países como os Estados Unidos e Colômbia, as
duas práticas possuem a mesma nomenclatura: grafite, relacionado a qualquer
transcrição feita na arquitetura urbana.

Em São Paulo, a pichação é conhecida por seus praticantes como "pixo", sem
o uso da norma culta. Em geral, o "pixo" são assinaturas do apelido do
grafiteiro, o nome de um grupo ou um alfabeto (tipografia). Elas foram adotadas
por uma parcela de jovens da periferia. Essa linguagem sempre despertou
muita polêmica. A pichação é arte? Uma grande parcela da população não
considera esta manifestação estética como algo belo. Essa forma de expressão
é comumente associada ao vandalismo, delinquência e poluição visual.

Já o grafite também nasceu nas ruas e sempre transitou por esferas de


marginalidade da transgressão. Cada vez mais, o grafite ganha legitimidade, é
reconhecido como arte pela sociedade. É associado a uma prática artística
urbana, que tem como principal aspecto a cidade como dispositivo ou "tela".
Para defensores do "pixo", uma obra não precisa ser necessariamente bela
ou autorizada para ser considerada arte. Outros acreditam que o "pixo" seria
um tipo de intervenção e performance, rápida e transgressora.

O estilo de "pixo" de São Paulo tem sido objeto de estudo. A pichação paulista
conhecida como “Tag Reto” se tornou um estilo de letra com elementos
originais e únicos no mundo. Esse estilo de letra é caracterizado por letras
retas, alongadas e pontiagudas, que procuram ocupar o maior espaço possível
no suporte.
O primeiro grafite foi registrado no movimento de contracultura parisiense de
1968. Seus adeptos inscreveram em diversos muros daquela cidade
mensagens de cunho político. Mas naquele contexto, os muros eram pichados
para transmitir mensagens políticas e de contestação.

O ato de grafitar se popularizou nos Estados Unidos durante a década de 1970,


especialmente na cidade de Nova York, considerada o berço dessa expressão
artística, eu trazia novas características. Ele surgiu dentro de grupos de jovens
que viviam nos guetos e periferias e se organizavam em grupos chamados
crews.

Eles buscavam deixar a “marca” ou o nome do grupo na cidade, pichando


muros, trens, prédios, chãos e monumentos. Circular pela cidade era uma
forma de expressão pessoal, mas também de conquista de respeito no grupo.
Quanto mais arriscada ou maior a visibilidade do grafite, maior era o prestígio
de seu autor.

No Brasil, a prática do grafite foi incorporada na década de 70, influenciada por


artistas norte-americanos. As técnicas de pintura e as referências visuais foram
trazidas por artistas de classe média de São Paulo, como os pioneiros Alex
Vallauri e Rui Amaral, que tinham contato com o que era produzido em Nova
York. Na época, o que estava em voga eram os stêncils inspirados pela estética
da pop art. Durante a década de 1980, o grafite foi inserido como um dos
elementos fundamentais do movimento Hip Hop. Em São Paulo, artistas como
Os Gêmeos, Binho, Speto, Tinho e Onesto frequentavam a cena cultural do Hip
Hop e muitas vezes grafitavam de forma coletiva.

A contradição rua versus galerias de arte

Enquanto o pixo permanece como um símbolo de vandalismo, e seus


praticantes considerados marginais, o grafite adquire conotação de arte. Estar
dentro de uma galeria tem um poder simbólico: o reconhecido valor por uma
parcela da sociedade que se relaciona com o mercado da “alta” cultura.

O primeiro grafiteiro a expor em uma galeria foi Jean Michel-Basquiat, no final


da década de 70. Ele começou a fazer grafites em prédios abandonados de
Nova York e ganhou notoriedade mundial quando seus desenhos foram
expostos em galerias de artes com a chancela de Andy Warhol, ícone da arte
contemporânea. Outro ícone dessa geração de norte-americanos foi Keith
Haring, que realizou diversas exposições em museus.
Quando o grafite deixa as ruas ainda é considerado grafite? Parte dos
grafiteiros despreza aqueles que estão expondo em galerias de arte, por
acreditarem que o lugar do grafite é na rua. Além disso, ao ter retorno com a
venda em galerias, o grafiteiro não se tornaria mais espontâneo. Existem ainda
os grafiteiros que não acreditam que pintar na rua com apoio financeiro da
prefeitura não seria uma produção “autêntica”, com o espírito do grafite
tradicional.

Grafite e a lei
A Lei brasileira considera que o Estado deve proibir comportamentos nocivos
ao meio ambiente e no espaço urbano. Neste sentido, a pichação pode ser
enquadrada como dano ao patrimônio ou crime ambiental.

Em 2011 entrou em vigor a Lei Federal que passou a considerar o grafite como
uma conduta legalizada (diferente da pichação), desde que exista o
consentimento do proprietário, tendo como definição “grafite é a prática que tem
como objetivo valorizar o patrimônio público e privado mediante a manifestação
artística sob o consentimento de seus proprietários”.

Os pichadores sempre sofreram uma abordagem policial ostensiva. Eles são


considerados transgressores e a ilegalidade sempre foi uma questão central na
realização dessa atividade. Apesar do grafite já ser reconhecido pela lei, muitos
grafiteiros ainda enfrentam problemas com a polícia e são enquadrados sob a
acusação de “poluição visual”, resultando em boletim de ocorrência.

LIVRO: Pixação não é pichação, de Gustavo Lassala. ALTAMIRA EDITORIAL,


2010 DOCUMENTÁRIO: PIXO, de João Wainer. 2009
Por Carolina Cunha, da Novelo Comunicação
BREAK DANCE
http://projetos.globo.com/redbull-infograficos/breakdance

Mistura de música com movimentos que vai muito além de uma forma de dança. Estilo
de vida, liberdade, atitude e até esporte, o Breakdance explodiu nos Estados Unidos
na década de 70, embora especialistas apontem seu nascimento antes disso.

O movimento surgiu como uma dança de rua em Nova


York, e era embalado principalmente pelo som do Hip
Hop como uma manifestação de jovens. Hoje, é meio
de recreação e até competição em todo o mundo.

O nome do movimento remonta a três danças urbanas que surgiram há mais de 40


anos: o Break/B-boying de Nova York e o Popping e o Locking de Los Angeles. Apesar
de terem a mesma origem, apresentam influências variadas.

O nome do movimento remonta a três danças urbanas que surgiram há mais de 40 anos: o
Break/B-boying de Nova York e o Popping e o Locking de Los Angeles. Apesar de terem a
mesma origem, apresentam influências variadas.

Em uma época em que James Brown era idolatrado sobretudo nos redutos negros e latinos das
grandes metrópoles, os jovens eram influenciados pela chamada dança “Good Foot”. Foi a
semente do break.

O “pé bom” levou à criação do Top Rocking, no Bronx e, posteriormente, ao Up-Rock. E as


suas evoluções culminaram com é conhecimento mundialmente pela mídia como Breakdance.

No Brasil, teve seu início confundido com o movimento Hip Hop da década de 80. Ainda não
existiam referências que retratavam exatamente o fundamento e, o que na época foi propagado
na mídia, na verdade era uma febre chamada Breakdance.

Em 1984 foi o ano oficial da chegada da dança de rua no Brasil e o surgimento dos B-Boyings,
Poppings e Lockings por aqui. A mídia como um todo propagou em massa a chegada da nova
dança.
Era comum ver pessoas com roupas coloridas, óculos escuros, bonés e um enorme rádio
gravador mostrando os primeiros passos do que se tornaria uma cultura ampla e cheia de
seguidores apaixonados.

As grandes batalhas

O principal palco global das grandes batalhas de breakdance é o Red Bull BC One.
Todos os anos, milhares de b-boys de todo o mundo disputam a chance de
representar na Final Mundial, mas só dezesseis concorrem ao grande prêmio.

O evento começou em 2004, em Biel, na Suíça, e desde então esteve nos quatro
cantos do planeta: Seul, Berlim, São Paulo, Joanesburgo, Paris, Nova York, Tóquio,
Moscou e Rio de Janeiro.

Na competição, todos competem em batalhas de qualificação. Ao longo do ano,


diversas fases são realizadas em todo o mundo para encontrar os melhores b-boys e,
então, estes competem em seus finais regionais: Europa Ocidental, Europa Oriental,
América do Norte, América Latina, Oriente Médio e África e Ásia-Pacífico.

Neste ano, a final latino-americana será em Belém (Pará), em 30 de agosto. Ratin, 19


anos, de Sertãozinho, Luan, 23, de Bauru, e Iguin, 19, de Anápolis, representarão o
Brasil nesta decisão.
[MATÉRIA] Diferença entre hip hop e rap
12 de dezembro de 2012 · por yorhanaraujo

https://heeyblog.wordpress.com/2012/12/12/materia-diferenca-entre-hip-hop-e-rap/

Quando comecei a pesquisa, pois, apesar de gostar é sempre bom ir a fundo, li que hip hop era
mais batida, com instrumentos e sem preocupação com rimas, já o rap é basicamente composto
por rimas, mas conforme aprofundei um pouco a pesquisa vi que não é assim, entendam agora
o porque de achar que não é bem isso.

Hip Hop

O Hip Hop não é um estilo de música, é um estilo de vida. Tudo dentro do Hip Hop tem a ver
com a afirmação de uma identidade esmagada pelo peso de uma grande cidade.
Hip hop é uma cultura artística que iniciou-se durante a década de 1970 nas áreas centrais de
comunidades jamaicanas, latinas e afro-americanas da cidade de Nova Iorque. Afrika
Bambaataa, reconhecido como o criador oficial do movimento, estabeleceu quatro pilares
essenciais na cultura hip hop: o rap, o DJing, a breakdance e a escrita do grafite. Outros
elementos incluem a moda hip hop e as gírias.
Desde quando emergiu primeiramente no South Bronx, a cultura hip hop se espalhou por todo
o mundo. No momento em que o hip hop surgiu, a base concentrava-se nos disc jockeys que
criavam batidas rítmicas para pausas “loop” (pequenos trechos de música com ênfase em
repetições) em dois turntables, que atualmente é referido como sampling. Posteriormente, foi
acompanhada pelo rap, identificado como um estilo musical de ritmo e poesia, com uma
técnica vocal diferente para utilizar dos efeitos dos DJs. Junto com isto surgiram formas
diferentes de danças improvisadas, como a breakdance, o popping e o locking.
Rap

Rap é um estilo musical raro em que o texto é mais importante que a linha melódica, que
engloba principalmente rimas, e é um dos seis pilares da cultura hip hop, vocês podem até
bater o pé, falar de rock, de mpb entre outros estilos que eu também curto, mas elas não dão
importância somente a letra, no rap sim levam mais em conta a letra, a rima do que o som, não
que o som não seja importante, mas na maioria fica em segundo plano. A tradução literal de
rap é Ritmo e Poesia, ou seja, uma poesia feita através de rimas, geralmente feitas em uma
certa velocidade.

Conclusão
Então rap é um dos pilares do hip hop sendo os outros o DJ, o Beat Box, o MC, o break dance
e o grafite. Se tem também uma definição de verdade de que rap é um estilo musical e hip hop
é outro como até eu pensava já não sei, segundo pessoas do meio não é isso não, quem tiver
alguma opinião deixe nos comentários.

Por: Yorhan Araújo

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