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Aula: 33

Temática: A Competência Didática e a


Autorregulação da Aprendizagem

Na aula anterior destacamos a competência disciplinar do do-


cente para a transposição didática. No senso comum, no dia-
a-dia, denominamos a competência disciplinar do docente
como sendo o seu domínio do conteúdo.

Para a competência didática do docente, Pacca e Villani (1997) apontam


uma série de ações como:
 Definir as metas de aprendizagem (conquistas cognitivas, psicomotoras
e afetivas) específicas a serem atingidas em cada aula.
 Elaborar uma representação dos conhecimentos prévios dos educandos.
 Planejar o desenvolvimento das aulas, propor uma sequência a priori de
atividades coerentes com a representação das capacidades dos estudan-
tes e com as metas a serem atingidas.
 Provocar um significado favorável à experiência didática, o que pres-
supõe a antecipação de um esquema afetivo capaz de organizar significa-
tivamente o conjunto das atividades propostas, mesmo daquelas que os
educandos não podem compreender completamente.
 Monitorar a atividade dos educandos, identificando os aspectos e/ou os
elementos que se transformam, aproximando-os das metas desejadas, e
recuperando aqueles que delas se afastam.
 Interpretar o discurso e as ações dos estudantes.
 Auxiliar os estudantes a tomarem consciência das transformações que
ocorrem ao longo de seus processos de aprendizagem.
 Promover discussões abertas e autênticas com os educandos, estimu-
lando-os a levantar questões e a perceber e exprimir suas dúvidas e di-
ficuldades, assim como a tomar decisões referentes a seu envolvimento
intelectual nas atividades.

Sobre as competências disciplinar e didática, Perrenoud (2000) adverte


que cada docente deveria ser capaz de identificar, valorizar suas próprias
competências em sua profissão. Identificar as próprias competências ex-
ige um trabalho sobre a relação do docente com o saber. Perrenoud (2000)
destaca que o saber é um meio para compreender o mundo e agir sobre
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o mundo e não um fim em si mesmo. Por isso, o principal recurso de um
docente é a atitude reflexiva para:
• saber gerenciar a classe como uma comunidade educativa ;
• saber organizar o trabalho no meio dos mais vastos espaços-tempos
de formação (ciclos, projetos da escola) ;
• saber cooperar com os colegas, os pais e outros adultos ;
• saber conceber e dar vida aos dispositivos pedagógicos complexos ;
• saber suscitar e animar as etapas de um projeto como modo de tra-
balho regular ;
• saber identificar e modificar aquilo que dá ou tira o sentido aos saberes
e às atividades escolares ;
• saber criar e gerenciar situações problemas, identificar os obstáculos,
analisar e reordenar as tarefas ;
• saber observar os alunos nos trabalhos ;
• saber avaliar as competências em construção.

Portanto, Perrenoud (2000) compreende que a atitude reflexiva é o princi-


pal recurso de um docente e que :
“Toda a ação educativa só pode estimular o autodesenvolvimento, a auto-
aprendizagem, a auto-regulação de um sujeito, modificando o seu meio,
entrando em interação com ele. Não se pode apostar, afinal de contas,
senão na auto-regulação.” (PERRENOUD, 1999, p. 96).

De acordo com a afirmação anterior de PERRENOUD (1999), compreen-


demos que a ação docente realiza a transposição didática dos conteúdos
com os quais trabalha estimulando a autoaprendizagem, a autorregulação
do sujeito que aprende. Nessa perspectiva, a ação de autorregulação da
aprendizagem considera o papel central do sujeito, daquele que aprende.
Desse modo, assume-se a abordagem interacionista (SO = sujeito e
objeto interagem) para a construção do conhecimento e do processo de
aprendizagem.

A aprendizagem e sua autorregulação implicam a ação do sujeito. Portan-


to, as intervenções externas exercidas pela ação docente não terão efeito
se o sujeito da aprendizagem não as perceber, interpretar e incorporar.
Assim sendo, o docente exerce um papel importante para que o sujeito da
aprendizagem desenvolva sua autorregulação. Esse papel desenvolve-se
por meio de uma regulação interativa com o sujeito da aprendizagem.

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Sanmartí, Jorba y Ibáñez (2000) afirmam que um aprendiz autorregulado
necessita tomar consciência e atuar para:
• identificar os motivos e objetivos da aprendizagem que quer realizar;
• antecipar, representar e planejar as operações necessárias para levar
a cabo o processo de aprendizagem, selecionando procedimentos, or-
denando atividades e os resultados esperados;
• identificar os critérios de avaliação para saber se as atividades se de-
senvolveram tal e como foram planejadas e se conseguiram atingir os
objetivos propostos.
Dessa forma, podemos concluir que temos estratégias de autorregulação
da aprendizagem de três ordens, a saber:
• estratégias de planejamento: auxiliam a antecipar as possíveis dificul-
dade que poderemos enfrentar no processo e prever caminhos alterna-
tivos para contornar os possíveis obstáculos que se apresentem;
• estratégias de controle: permitem ajustar o desenvolvimento das ativi-
dades, para prever, constatar ou retificar as metas parciais alcançadas;
• estratégias de avaliação: verificam o que funcionou ou não e seus motivos.

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