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Geologia Estrutural Prática 1

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ


CENTRO DE GEOCIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA
DISCIPLINA: GEOLOGIA ESTRUTURAL
Prof. Milton Matta

GEOLOGIA ESTRUTURAL - PRÁTICA

Cap. 01 – Projeção Estereográfica

1.1- Introdução

A projeção estereográfica constitui um processo gráfico que, através de


diagramas especiais, permite a representação (locação) de elementos estruturais,
principalmente retas e planos, para que posteriormente possam ser determinadas suas
relações geométricas.

Esse tipo de projeção tem diversas aplicações no campo da geologia estrutural,


constituindo-se um método prático de representar, no plano, elementos planares e
lineares situados no espaço, com preservação de suas relações angulares.

1.2- Fundamentos Básicos

Considerando-se uma esfera de raio R, conforme a mostrada na Figura 01, por


cujo centro O passe um plano não horizontal  (Pi). A interseção desse plano com a
esfera descreve um círculo de raio R e diâmetro AB. A reta AB representa, também, a
direção do plano . O plano equatorial (PE) divide ao meio o círculo de interseção
entre o plano  e a esfera de referência.

Figura 01 – Elementos fundamentais dos fundamenmtos da Projeção Estereográfica.

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Eliminando-se o hemisfério superior da esfera de referência e imaginando um


observador postado no ponto V, a uma distância R verticalmente acima do centro O
(Fig. 02), o semicírculo formado pela interseção do plano com a esfera será
visualizado pelo observador segundo o arco AB, projetado no plano equatorial.

Cada ponto do semicírculo 1,2,3 etc., será projetado no plano equatorial


segundo os pontos 1’, 2’, 3’, etc. Diz-se, então, que o arco AB representa a projeção
estereográfica do plano considerado e a linha AB corresponde à direção do plano.

Figura 02 – Projeção estereográfica do plano  sobre o plano equatorial da esfera.

Se imaginarmos o plano  com seu ângulo de mergulho diminuído, o que


aconteceria com o arco que representa sua projeção estereográfica? Com certeza se
aproximaria mais da periferia do plano equatorial !

Se acontecesse o oposto, um aumento do ângulo de mergulho do plano, o arco


que representa sua projeção seria mais fechado , até que, ao ser atingido um ângulo de
90o , o arco estaria restrito à própria reta AB.

Da mesma forma, se o ângulo de mergulho do plano fosse gradualmente


reduzido, o arco de sua projeção se aproximaria mais e mais da borda do plano
equatorial, até ser confundido com o próprio, ao ser atingido o valor de mergulho
igual a zero.

A Figura 03 mostra a projeção de todos os planos que possuem direção AB e


que mergulham de 10 em 10 graus para direita e esquerda.

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Figura 03 – Projeção de todos os planos com direção AB com mergulhos sucessivos


de 10 em 10 graus.

Pode-se, também, variar a direção da reta AB, dividindo-se o plano equatorial


em intervalos de 10 graus (Fig. 04). Obtém-se, então, uma rede de projeção
estereográfica (Fig. 05) com a qual pode-se projetar quaisquer feições planares e
lineares de interesse.

Figura 04 – Variação na direção do plano .

Figura 05 – Diagrama de projeção estereográfica.

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Existem vários tipos de rede estereográfica para serem utilizadas em geologia


estrutural, as mais comuns delas são as redes de Wulff (Fig. 06) e a rede de Smith-
Lambert ou rede de igual área (Fig. 07)

Figura 06 – Rede de Wulff.

Figura 07 – Rede de Igual Área

A rede de igual área é mais apropriada para a representação de feições lineares


e planares de forma estatística, onde tem-se interesse na distribuição desses elementos
na área do diagrama. A rede de Wulff, por sua vez, é mais utilizada para exercícios de
relações angulares.

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Resta, agora, aprender a utilizar a rede estereográfica, na plotagem de


elementos estruturais.

Antes que se comece a manipular a rede de projeção, faz-se necessário que se


lembre das nomenclaturas utilizadas para representar planos e retas.

1.3- Atitude de Feições Planares

A atitude de uma feição planar é a sua representação espacial, através de suas


coordenadas geológicas e pode ser expressa através de sua direção, seu mergulho e do
sentido do mergulho.

Fig. 08 - Desenhos ilustrativos da atitude de uma feição planar. A) Afloramento ilustrando, em


pontilhado, a direção do plano, enquanto a seta indica o sentido do mergulho. B) Bloco diagrama
mostrando geometricamente a relação entre a direção e o mergulho (ângulo ) , e na parte
inferior a representação em mapa. C) Modo de traçar no mapa, em referência ao norte, o símbolo
da direção e do mergulho de um plano (Segundo Loczy & Ladeira, 1976)

Direção de um plano  é a orientação em relação ao norte de uma linha


resultante da interseção desse plano com um plano horizontal imaginário. Representa
o orientação de uma linha horizontal contida no plano em questão (Fig. 08).

Mergulho de um plano  é o ângulo diedro entre o plano em questão e um


plano horizontal. Esse ângulo deve ser tomado perpendicularmente à direção do plano.
A linha de mergulho representa a linha de maior declive do plano considerado (Fig.
08)

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Para se representar a atitude de um plano em mapas utiliza-se o símbolo


mostrado na Figura 08B, semelhante ao sinal utilizado em geometria para indicar o
perpendicularismo (). A linha maior representa a direção da camada, sendo traçada
paralela a mesma no mapa. A linha menor indica o sentido do mergulho, sendo
perpendicular à direção. O número disposto entre as duas linhas é o valor angular do
mergulho em graus. Para o caso de planos horizontais e verticais usam-se os símbolos
mostrados na Figura 09.

Fig. 09 - Blocos diagramas e mapas ilustrando os símbolos de coordenadas geológicas para


planos: A) inclinados, B) verticais e C) horizontais (Segundo Loczy & Ladeira, 1976).

Em diversas situações práticas tem-se mergulhos aparentes de feições planares


segundo variadas direções (Fig. 10)

Fig. 10 - Relação entre mergulho verdadeiro e mergulho aparente em uma determina direção.

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Diversas são as nomenclaturas existentes para se escrever a atitude de uma


feição planar. A seguir, alguns exemplos.

N 200 W 350/NE  representa um plano que tem a direção de 200 com o


norte, no sentido anti-horário e tem um mergulho de 350 para o quadrante nordeste .

350/700 Az  a mesma atitude acima escrita de uma outra forma

200 Az 350/NE  outra maneira de escrever a mesma atitude acima

350 / N70E  idem !


S200 E 350/NE  idem !

1600 Az 350/NE  idem !

1.4- Atitude de Feições Lineares

As retas podem ser representadas, basicamente, de duas maneiras:

 Pelo mergulho da reta e o rumo ou azimute da direção desse mergulho:

Ex. = 140 /330 0 Az

 Pela direção da reta, acrescida do valor do mergulho e do seu sentido:

Ex. = 330 Az 140 /NW

1.5- Utilizando a Projeção Estereográfica

❖ Preparação da rede e papel de projeção


❖ Plotar planos
❖ Plotar retas
❖ Polos de planos
❖ Interseção entre planos
❖ Ângulos entre retas
❖ Ângulo entre planos
❖ Mergulhos verdadeiros e aparentes
❖ Rotação

1.6- Diagramas

Existem, basicamente, dois tipos de diagramas: Diagrama Beta () e Diagrama


Pi (), Figs. 11 e 12).

No diagrama , mostrado na Figura 11 são representadas as próprias projeções


esteográficas dos planos em questão.

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Figura 11 – Diagrama .

Nos diagramas  os planos são representados por suas projeções polares. Isso,
obviamente, torna muito mais fácil a visualização do comportamento espacial de cada
estrutura.

Figura 12 – Diagrama Pi ()

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Ao se analisar um determinada feição estrutural planar ou linear plotada em


um diagrama Pi (Fig. 13), pode-se notar alguns tipos de comportamento em sua
distribuição espacial.

Figura 13 – Representação de 130 lineações (a) e 1000 polos de foliação.

A Figura 13 (a) mostra o que chamamos de um máximo de concentração. Isso


se verifica quando a distribuição se concentra ao longo de um determinado ponto.
Nesse caso pode-se dizer que a lineação representada tem uma atitude média de 45o
/270 Az. Pode-se dizer, ainda, que a direção dessa estrutura linear varia entre os
azimutes 2550 e 2950 . Os valores de mergulho também mostram uma pequena
variação entre 750 e 300 .

A distribuição dos polos da foliação na Fig. 13(b) obedece o que se denominou


de guirlanda . Isso ocorre quando os polos se distribuem segundo um dos arcos da
rede de projeção. Esse caso ocorre quando a estrutura planar encontra-se dobrada,
através de uma dobra cilíndrica (Fig. 12) e pode-se determinar o eixo da dobra que, no
caso em questão, tem uma atitude aproximada de 200 60 Az .

Mas o que fazer quando a distribuição de um determinado elemento estrutural


se dá segundo o diagrama da Figura 14 ? Nesses casos é necessário que se construa
diagrama de freqüência de pontos para que se possa visualizar o comportamento
espacial da estrutura em questão.

Existem diversas maneiras de construir esses diagramas de freqüência. Pode-se


utilizar diversos tipos de redes de contagem de pontos. Essas redes permitem que se
conte o número de elementos existentes em uma determinada área e se represente esse
número num determinado lugar que variará dependendo da geometria da rede de
contagem. A Figura 15 mostra um exemplo de rede de contagem.

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Figura 14 – Diagrama Pi para 230 medidas de fraturas.

Figura 15 – Exemplo de rede para contagem de pontos na construção dos


diagramas de freqüência.

O processo de construção dos diagramas de freqüência continua quando se


traça curvas de iso-freqüência de pontos, a exemplo do que é mostrado na Figura 16.
Com as curvas, é necessário que se estabeleça uma escala de valores para os diversos
campos entre as linhas de iso-freqüência, de tal forma que se consiga visualizar as
diversas concentrações de interesse ao estudo (Fig. 17).

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Depois de construir os diagramas de freqüência de pontos, é importante que se


aprenda a interpretá-los. Alguns exemplos de interpretação são mostrados na Figura
18.

Figura 16 – Curvas de iso-freqüência de pontos.

Figura 17 - Diagrama de freqüência de pontos.

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Figura 18 – Exemplos de diagramas de frequência de pontos para interpretação.

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Cap. 02 - Mapas e Seções Geológicas

2.1- Mapas

Um mapa é uma representação, no plano horizontal, das informações


geológicas de uma determinada área. Um mapa representa o projeção dessas
informações sobre um plano horizontal.

Tem-se diversos tipos de mapa de interesse para o aluno de geologia:

Mapas Topográficos: são aqueles que mostram as características topográficas


de uma determina área. Para tanto são utilizadas as curvas de nível, que representam
linhas que unem pontos de mesma cota topográfica (Fig.19)

Como cota topográfica entende-se a distância na vertical do ponto considerado


até uma base de referência (datum), normalmente considerada o nível do mar local.

Para se obter o mapa de curvas de nível procede-se como mostrado na Figura


20. As curvas de nível representam projeções, no plano horizontal, das linhas de
interseção da topografia com planos horizontais imaginários tomados em intervalos de
cota específicos.

Fig. 19 - Exemplo de um mapa topográfico.

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Fig. 20 - Esquema de mapa topográfico obtido de um bloco


diagrama (Segundo Loczy & Ladeira, 1976)

Mapas Estruturais: são aqueles que mostram as principais feições estruturais


de uma determinada área (Fig. 21), independentemente de outras informações
geológicas.

Mapas Geomorfológicos: são mapas que mostram as principais características


geomorfológicas de determinada área, incluindo formas de relevo, aspectos das bacias
de drenagem, etc.

Mapas de Ocorrências Minerais: mostram as principais ocorrências minerais


de uma área.

Mapas Geológicos: são aqueles que mostram as informações geológicas de


uma área, incluindo, principalmente as unidades litológicas e/ou estratigráficas (Fig.
22)

* De interesse especial para os objetivos desse estudo são os mapas


topográficos, estruturais e geológicos.

2.2- Seções

2.2.1- Seções Topográficas

Seção ou perfil topográfico é a representação das características topográficas


de um local no plano vertical. Normalmente é construindo a partir de um corte vertical
sobre mapas topográficos conforme ilustram as Figuras 23 e 24.

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Fig. 21 - Exemplo de mapa estrutural.

2.2.2- Seções Geológicas

São seções que mostram, além da topografia, os contatos entre as diversas


unidades litológicas ou estratigráficas. A Figura 25 ilustra o processo de construção
dessas seções.

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Fig. 22 - Mapa geológico.

Fig. 23 - Esquema de construção de mapa topográfico.

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Fig. 24 - Esquema de construção de perfil topográfico.

Fig. 25 - Método de construção de seção geológica apartir de mapas.

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Obs.: Em todos esses desenhos de mapas e seções geológicas deve-se sempre


observar a necessidade de serem incluídos os seguintes dados:

1- Título do desenho : Ex.: Mapa estrutural da região de Araçá


2- Escalas Horizontal e vertical: Ex.: 1:20 000
3- Orientação: NW - SE
4- Legenda : deve esclarecer a que se referem as principais
referências contidas no mapa.

Cap. 03 - Cálculo de Profundidades e Espessuras de Camadas

Muitas vezes o geólogo se depara com a necessidade de fazer cálculo de


espessura e profundidades de determinadas feições geológicas, partindo de dados de
afloramentos.

3.1- Espessuras de Camadas

3.1.1- Camadas horizontais

Fig. 26 - Exemplo de camada horizontal.

Espessura = Cota do Topo - Cota da Base

3.1.2- Camadas inclinadas

a) Topografia horizontal
L

e e= L Sem 

Fig. 27- Camada inclinada em topografia horizontal

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b) Topografia inclinada no mesmo sentido da camada

 L 
e e = L Sen ( - )

Fig. 28 - Camada inclinada no mesmo sentido da inclinação da


topografia.

c) Topografia e camadas inclinadas em sentidos contrários


e  e = L Sem ( + )

Fig. 29 - Camada inclinada no sentido oposto à inclinação topográfica.

3.2- Profundidades

a) Terreno horizontalizado
L
A B

P = L tg 
P

Fig. 30- Exemplo de terreno horizontalizado.

b) Terreno com inclinação em sentido oposto à camada

A
L
 p
M  B

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Fig. 31 - Camada inclinada no sentido oposto à inclinação topográfica.

P = AB + BC

AB = L Sem 

MB = L Cos  P = L (Sem  + Cos tg )

BC = MB tg 

BC = L Cos  Tg 

c) Terreno com a mesma inclinação da camada

A 
B L 

Fig. 32 - Camada inclinada no mesmo sentido que a topografia

P = AC - AB

AB = L Sen 

AC = MB tg 
P = l (Cos  tg  - Sen)
MA = L Cos 

AC = L Cos  tg 

P = L Cos  tg  - L Sen

Cap. 04- Atitude de camadas em mapas

Para se determinar a atitude de uma feição estrutural planar em um mapa


geológico parte-se, inicialmente, para a determinação de sua direção. Para tanto,
utiliza-se a definição de que a direção de um plano representa uma linha horizontal
contida no plano considerado. Em um mapa geológico, para de encontrar uma linha

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horizontal de uma superfície basta se encontrar dois pontos, pertencentes a essa


superfície e que estejam sobre curvas de nível de mesmo valor (Fig. 33)
Figura 33 – Esquema de obtenção da direção de um plano em mapa.

A linha obtida da forma mostrada acima é denominada de linha de contorno


estrutural (strike line). Tem uma conotação semelhante à linha de nível para
caracterização da topografia. No caso da strike line, porém, ela se refere à um
horizonte estratigráfico ou estrutural e não topográfico ( Figs. 34 a 36)

Fig. 34- Determinação das linhas de contorno estrutural de uma camada

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Fig. 35 - Esquema de obtenção da linha de contorno estrutural.

Fig. 36 - Esquema de construção de mapas de contorno estrutural

Pode-se construir mapas de contorno estrutural que possibilitará interpretações


de estruturas geológicas em mapas (Fig. 37)

200m 300m 400m


100
N
200

300

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400

500

Fig. 37 - Mapa de contorno estrutural, mostrando um sinforme assimétrico, com eixo na


direção NW - SE
Para se determinar o mergulho do plano no mapa, traça-se duas linhas de
contorno estrutural para a mesma superfície e, geométrica ou graficamente, determina-
se o mergulho (Fig. 38)
d
200m
e 
400m

Tg  = d/e , onde

d = distância, na escala do mapa, equivalente a diferença de cota


entre as duas linhas de contorno estrutural;
e = menor distância entre as duas linhas de contorno estrutural;
 = ângulo de mergulho da superfície
Figura 38 - Determinação do ângulo de mergulho de uma superfície.

O ângulo de mergulho pode ser obtido graficamente, através


do desenho da Figura 38, em escala, lendo-se diretamente o
valor angular 

Cap. 05- Problema dos 3 Pontos

O problema dos 3 pontos constitui uma técnica bastante útil na resolução de


diversos problemas de geologia estrutural.

Suponha que seja necessário se determinar a atitude de uma camada geológica


e suas linhas de afloramento em um mapa com curvas de nível. Será necessário que
se conheça as cotas de, pelo menos, 3 pontos diferentes.

A (400m)

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400m

B(300m)
300m

C(200m)

200m
Fig. 39 - Determinação da direção de uma camada pelo problema dos 3 pontos.
Consideremos os pontos A, B e C na Figura 39, os quais estão em cotas
conhecidas (400m, 300m e 200m, respectivamente).

Fecha-se o triângulo através dos 3 pontos e encontra-se a posição da cota de


valor intermediário na linha que une os pontos de maior valor de cota com o de menor
cota. No caso do exemplo da Figura 39, encontra-se a linha de contorno estrutural de
valor de cota igual a 300m. Passa-se, então, paralelas por essa linha para que sejam
encontradas as linhas de contorno estrutural de valores 200m e 400m (Fig. 39)

Para se obter o mergulho dessa superfície procede-se da mesma forma


explicada no item 4, anterior. Ele pode ser obtido gráfica ou analiticamente.

Para se encontrar os pontos em que essa superfície afora ao longo de todo o


mapa, deve-se encontrar todos os pontos em que a linha de contorno estrutural
encontra curvas de nível de mesmo valor de cota.

A Figura 40 exemplifica esse método. Nela, as linhas pretas


representam curvas de nível, as linhas azuis se referem às linhas de contorno estrutural
para uma determinada superfície. A linha vermelha mostra o afloramento da superfície
e foi obtida unindo-se os pontos em que curvas de nível e linhas de contorno estrutural
apresentam os mesmos valores de cotas.

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Fig. 40 - Esquema de obtenção da linha de afloramento de uma superfície pelo


problema dos 3 pontos.

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EXERCÍCIOS

PARTE A – PROJEÇÃO ESTER.

PARTE B – MAPAS E SEÇÕES

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PARTE A – PROJEÇÃO ESTEREOGRÁFICA

EXERCÍCIO NO 01

1- Escreva as atitudes dos planos abaixo de outras 5 formas


diferentes:

a) 240 /2250 Az

b) N10 0E 540 /SE

c) 500 /N

d) S750 W 200 /NW

e) 100 /100 Az

f) 3350 Az Vert.

g) 720 /90 Az

h) 260 / S650 E

i) 1800 Az 210/E

j) 850 /850 Az

2- Faça o mesmo para as lineações abaixo:

k) 230/ 2250 Az
l) N200W 460 NW
m) S180E 210NW
n) 220 /N
o) EW Horizontal
p) 050 /2700 Az
q) 3200 Az 120 /SE
r) 800 /S240W
s) N670E 28 Data da entrega:
t) Vertical

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EXERCÍCIO NO 02

1- Plotar os seguintes planos e seus polos.

A- N62ºW 18NE

B- 42º / 117º Az

C- 238º Az 23º/SE

D- horizontal

E- 115o Az vertical

F- EW vertical

2- Plotar as seguintes retas.


a- 37º / 12º Az

b- 72º / N

c- 314º Az 13º/NW

d- vertical

e- 37º Az horizontal

f- 112º Az 40º / SE

3- Achar as atitudes das retas de interseção entre os seguintes pares de planos e


os ângulos formados entre os mesmos.

A-150º Az 07º / SW B- 33º / 97º Az


C- horizontal D- 222o vertical
E- N 78º W 45º/SW F- horizontal
G- 03º / 74º Az H- S 08º W 28º/NW

4- Achar o ângulo entre os seguintes pares de retas.

a- 30º /E b- 72º Az horizontal


c- 137º Az 42º/SE d- vertical
e- 87º / 154º Az f- 338º Az 49º/NW
g- vertical h- 25º Az horizontal

Data da entrega:

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EXERCÍCIO NO 03

1- Com os planos: A: 220/3320 AZ


B: 820/S
C: N550W 480/SW
D: 3600 Vertical

a-Plote os planos e os seus respectivos polos;

b-Encontre as atitudes das lineações de interseção entre (AB),(AD) e


(BD)

c-Ache os ângulos entre os planos (AB), (AC), (AD), (BC) e (CD)

d-Encontre os mergulhos aparentes do plano C nas direções 360 0 e 900


Az

2- a) Plote os planos e seus polos = A: 212 Az 45/SE


B: Horizontal
C: 35/N

a) Encontre as atitudes das lineações de interseção =


s: A/B
r: A/C
t: B/C

b) Quais os ângulos entre A e B; A e C; B e C

c) Quais os mergulhos aparentes do plano A nas direções 180 o


e 130o Az

3- Foram medidos dois mergulhos aparentes de um mesmo plano:


a) 32o /222o Az
b) 29o / 306o Az

Encontre a atitude correta desse plano!

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Data da entrega:

EXERCÍCIO NO 04

1- Com a projeção estereográfica encontre:

a) - O ângulo entre os planos: M= 30/120 e N= 330 Az


Vertical

b) - A atitude do plano perpendicular à N (da questão anterior)

c) - O mergulho aparente do plano M acima nos rumos N30E


e S30E

d) - A atitude do plano perpendicular ao plano simétrico a 88o


/S

2- Encontre as novas atitudes do plano M= 200o Az 68o SE e da reta


r= 17o/S, depois de rotacionados de 45o , no sentido anti-horário,
segundo o eixo E= 62o /90o Az.

3- Uma camada foi rotacionada de 40o , no sentido anti-horário por


uma falha e sua atitude depois da rotação passou a ser C= 35 o /N.
Sabendo-se que o eixo de rotação tem a atitude e= 46o /W, encontre a
atitude da camada antes do falhamento.

4- Encontre a atitude do plano P: 42o/178o Az e da linha l: 10o/10o


Az, depois de rotacionados segundo o eixo: 32/190 Az, com ângulo de
rotação de 200 , no sentido horário.

Data da entrega:

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Geologia Estrutural Prática 31

EXERCÍCIO NO 05

1- Interprete os diagramas abaixo, da forma mais completa


possível:

A
B

Diagrama A: polos de foliação milonítica (cinza) e lineação de estiramento


(preto)
Diagrama B: polos de fraturas
Diagrama C: polos de acamamento

Data da entrega:
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EXERCÍCIO NO 06

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Geologia Estrutural Prática 33

Data da entrega:

EXERCÍCIO NO 07

Interprete os diagramas abaixo !

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Geologia Estrutural Prática 34

PARTE A – MAPAS E SEÇÕES

EXERCÍCIO NO 08

A) Determine as espessuras das camadas;


B) Determine o empilhamento estratigráfico;
C) Faça uma seção geológica (A-B)

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Geologia Estrutural Prática 35

Data da entrega:
EXERCÍCIO NO 09

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Geologia Estrutural Prática 36

Com o mapa 2, encontre as atitudes das camadas, suas espessuras, empilhamento


estratigráfico e faça duas seções a) perpendicular às strike lines, com EV= 3 EH e b)
oblíqua às strike lines com EV=EH
EXERCÍCIO NO 10

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Geologia Estrutural Prática 37

Com o mapa anexo encontre:

1) A atitude do contato entre as camadas D e C, escrita de 5 formas diferentes;


2) As espessuras das camadas B, C, D, E, justificando como as encontrou ;
3) O empilhamento estratigráfico da área, justificando como o encontrou;
4) As profundidades em que os contatos A/B, B/C e C/D serão encontrados em
perfuração localizada no ponto X.
5) A área do mapa em que o contato B/C seria encontrado a menos de 100m de
profundidade.
EXERCÍCIO NO 11

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Geologia Estrutural Prática 38

No Mapa 4, a base de um arenito de 100m de espessura vertical aflora nos pontos


A,B e C. Encontre:
a) atitude dessa camada;
b) afloramentos do topo e base do arenito na área do mapa;
c) um horizonte de carvão 100m abaixo do arenito afloraria no mapa? Onde?
d) em que profundidade o arenito seria encontrado no ponto C?

EXERCÍCIO NO 12

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Geologia Estrutural Prática 39

No Mapa 5, uma sondagem encontra um horizonte de carvão em uma


profundidade de 50m no ponto A e encontra um horizonte inferior em
profundidades de 150 e 250m respectivamente nos pontos B e C. Trace, no
mapa, os afloramentos dos dois horizontes de carvão. Em qual área do mapa
o horizonte inferior seria encontrado a menos de 50m de profundidade?

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Geologia Estrutural Prática 40

EXERCÍCIO NO 13
Complete o mapa geológico abaixo. Qual a coluna estratigráfica? Justifique!

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Geologia Estrutural Prática 41

EXERCÍCIO NO 14

Encontre as atitudes dos dois conjuntos de camadas separados pela


superfície de discordância. Trace essa superfície. Mostre uma seção
geológica representativa da estratigrafia da área. Escreva uma breve história
geológica.

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Geologia Estrutural Prática 42

EXERCÍCIO NO 15
Classifique a falha e calcule a componente vertical de seu rejeito.

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Geologia Estrutural Prática 43

EXERCÍCIO NO 16
Interprete o mapa da maneira mais completa possível.

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Geologia Estrutural Prática 44

EXERCÍCIO NO 17
Interprete o mapa da forma mais completa que puder. Elabore uma história geológica para a área.

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