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Seitas e Heresias: Catolicismo Romano

- Apóstolos: evangelizaram grande parte do império romano.


- Séc. IV: Constantino oficializa o cristianismo como religião oficial do império
romano.
Problema: pessoas que queriam favor do reino aderiram e trouxeram maus costumes.
- Vendo tudo de errado, pessoas se levantaram para questionar coisas como adoração
a imagens, venda de indulgências, penitências severas, etc.
Lutero publicou suas 95 teses em 1517, sofrendo repreensões fortes, tratado como
herege condenável e foi excomungado da igreja católica e perseguido. Dirigiu-se a
Augsburgo, Alemanha, a fim de ser julgado lá, temendo ir a Roma e sofrer algo. Apesar
de garantida a segurança dele, ao apresentar-se diante do representante papal do país, viu
que tinha sim que temer por sua vida caso não se submetesse. Retirou-se dali, publicou
novas obras e participou de debates, que culminaram em uma bula papal de reprovação e
condenação em 15 de junho de 1520 tratando-o como “membro separado da Igreja,
cismático e um herege obstinado e notório” ¹. Em 1521 foi julgado e condenado e ficou
recluso no castelo de Wittenberg onde passou a traduzir a Bíblia para o alemão.

Concílio de Trento (1546), conhecido como “Contrarreforma” estabeleceu:


1. Condenação da doutrina da justificação pela fé.
2. Consideraram a tradução da Bíblia feita por Jerônimo (Vulgata) como sendo a
verdadeira, absoluta. Problema: questões de tradução que só ficam claras com os
originais.
Problema 2: Os apócrifos, que até então não eram reconhecidos como parte do cânon
bíblico, passaram a “ter autoridade” pois o Jerônimo os traduziu também.
3. Afirmou que existem 7 (sete) sacramentos: confissão auricular, casamento, batismo,
eucaristia, confirmação (ou crisma), ordens sagradas e unção dos enfermos com óleo.
4. Reiterou a indissolução do matrimônio. Ok.
5. Oficializou o culto dos santos e das relíquias.
6. Oficializou a doutrina do purgatório e das indulgências.

- Fontes de Autoridade consideradas pela Igreja Católica


1. Bíblia Vulgata; 2. Magistério (o papa e seus cardeais); 3. A sagrada tradição, uma
coleção de interpretações e doutrinas.
Problema 1: dar a mesma autoridade da Bíblia aos dois últimos.
Seção 4 do Concílio de Trento afirma que o papa e seus cardeais podem afirmar novas
doutrinas, isto é, reiteram a REVELAÇÃO CONTINUADA. Consideram que a Bíblia e
as leis, dogmas e costumes dos papas têm a mesma autoridade. Essa é a MAIOR
DIFERENÇA PARA COM O PROTESTANTISMO, que teve sua bandeira na reforma
como “Sola Scriptura”.

- O conceito de igreja: a estrutura de Roma, com papa e cardeais, até chegar na igreja
local. Ou seja, é uma instituição.
Essa instituição afirma que fora dela não há salvação.
Pio IX (1864) “A igreja católica é a única verdadeira religião”
Bonifácio VIII (1302) “Dizemos e determinamos que cada criatura humana deve se
submeter à autoridade do papa de Roma para sua salvação”.

- O sacerdócio dos padres: a igreja católica considera o padre como um mediador


entre o homem e Deus.
Concílio de Trento (1546): “o sacerdote pode perdoar pecados como Deus”. Por isso
as confissões e penitências.
Há livros católicos sobre o tema que afirmam “sem os sacerdotes, a morte de Cristo
não teria valor para nós. Pelas suas palavras, os sacerdotes transformam um pedaço de
pão em Deus” (transubstanciação).

- Sobre a Bíblia: não a aceitam como a ÚNICA revelação, consideram como oficial a
versão Vulgata, possuem 7 livros a mais que as bíblias evangélicas e que o papa e a
tradição possuem igual valor e autoridade.

- Sobre o papa: para os católicos, Pedro foi o primeiro papa. Acreditam que os papas
são legítimos sucessores de Pedro e, logo, são inquestionáveis, possuindo total
autoridade.
A passagem usada para tentar defender: Mateus 16.13-19.
O primeiro papa só surgiu no séc. V, o Leão I. O livro “A história dos papas” conta
que houve tempos em que houveram dois, três papas, cada um tentando provar que era o
verdadeiro representante de Pedro na terra.
Como fica a questão de Paulo, então, ter resistido-o face a face? Não teria Paulo que
ser submisso a Pedro se este fosse papa?
Segundo o catecismo de Nova York, o papa “toma o lugar de Cristo aqui na terra, é o
cabeça da igreja, líder infalível, dirigente universal da verdade, só sendo julgado por Deus
e por homem nenhum”.
Concílio de Trento: “o papa, falando ex cathedra, é infalível”. Ou seja, o papa, falando
a partir da sua cadeira, do seu trono, como líder da igreja, é a verdade. Isso foi ratificado
no Concílio do Vaticano I em 1870. Alguns exemplos: o papa Pio IX, em 1854, decretou
a imaculada conceição de Maria, que afirma que ela nasceu e viveu livre de pecado. O
papa Pio XII, em 1950, declarou a assunção de Maria, ou seja, que ela ressuscitou e foi
assunta ao céu. Ela foi chamada de “mãe de Deus” pela primeira vez no Concílio de Éfeso
em 431, com o silogismo “Jesus é Deus, e Maria é mãe de Jesus, logo, Maria é mãe de
Deus”. O problema é que a primeira frase não está completa. Jesus, na terra, era Deus e
homem. Maria era mãe do Jesus homem. Deus não possui mãe.
Livro A glória de Maria: “Maria é a verdadeira mediadora entre Deus e os homens. Os
pecadores só recebem perdão através de Maria”. Ela é considerada rainha dos céus. No
mesmo livro, pág. 180, “ela tem todo poder no céu e na terra”

- Sobre a missa e a hóstia: o Concílio de Trento declarou a transubstanciação. Usou-


se a lógica aristotélica, que diferencia substância e acidente. Ex: cadeira é a substância,
cadeira de madeira ou de aço é o acidente. Afirmam que apesar que permanece o pão e
vinho, o que muda é a substância.
Concílio de Nova York: Afirma que “a missa é o mesmo sacrifício da cruz; a hóstia é
o corpo de Cristo como nasceu, viveu e morreu. Pela palavra do sacerdote, Deus desce a
hóstia e ali fica à sua disposição”. Que beleza poder comandar Deus hein?!

- Sobre o purgatório: dogma do século VI por Gregório o Grande, ratificado em 1439.


Tomás de Aquino disse que “no purgatório o sofrimento é idêntico ao do inferno, mas
dura menos. Vão para o purgatório os que cometem pecados mortais e, após certo
sofrimento, esses pecados são purificados e então sobem aos céus. Os não-batizados vão
direto ao inferno. Para diminuir o tempo de sofrimento no purgatório você deve dar
esmolas, fazer penitências e pagar a missa”.
É por isso que há oração pelos mortos, para diminuir o tempo no purgatório. É por isso
que se faz a missa de sétimo dia.
Nota: esse foi o estopim da Reforma protestante. O papa queria construir a basílica de
São Pedro e seu contador, Johann Tetzel, foi o responsável pela venda de indulgências
com a promessa de que ao tilintar a moeda no cofre, a alma iria para o céu.

- Sobre imagens: foram adicionadas com o intuito de ajudar os analfabetos, que não
eram poucos, a entenderem o evangelho. Começou com Gregório Magno, no séc. VI. No
2º Concílio de Niceia, séc. VIII, dogmatizou essa doutrina. Em 1987, João Paulo II
reafirmou como legítima essa doutrina. O que aconteceu? O ser humano, corrompido
como é, ao ver as imagens, passou a adorá-las. Depois foi difícil conter. Virou idolatria.
Há quem ressalte a diferença entre dolia (serviço, veneração) e latria (adoração, culto).
Na prática, sabemos que não existe, pois se dá toda uma atenção às imagens, fazem
romarias, procissões, altares, faz pedidos, etc.
Nota: em seu catecismo, o 1º mandamento foi juntado com o 2º, trazendo riscos de
interpretação. Ao juntar os dois (não terás outros deuses diante de mim com não farás
imagens de nada) ficou aberta a interpretação de que não devia ser feita imagens de Deus,
mas que podia fazer dos santos, etc. Onde fica o 10º mandamento? Dividiram em dois,
sendo o 9º “não cobiçarás” e o 10º “não cobiçarás a mulher do teu próximo, etc”.

- Sobre a justificação do pecador diante de Deus: a igreja católica afirma o pecado


original, o pecado de Adão, que nascemos pecadores e que estamos debaixo da ira de
Deus.
Contudo, apesar de reconhecerem a morte de Cristo pelos pecados, afirmam que não
foi para perdoar uma única vez, definitivamente. Para eles, “o que Deus faz é colocar
dentro de nós a Sua graça que nos transforma interiormente e assim nós cooperamos na
nossa salvação praticando atos de justiça e cumprindo as exigências da igreja”.
Na visão católica, o pecado original de Adão é removido no ato do batismo.
Para ser salvo, então, é necessário obras e uma participação intensa nos sacramentos,
isto é, confissão auricular, missa e extrema-unção.
Concílio de Trento: “a justiça conquistada por Cristo na cruz deveria ser apoiada pela
justiça do próprio pecador que coopera assim com a graça”. Vale destacar que o
pensamento protestante é MONERGISTA, isto é, somente Deus faz o trabalho. O
pensamento católico é SINERGISTA, o homem coopera juntamente com Deus.
Concílio de Trento, seção 6, cânone 9, “Se alguém disser, que o pecador se salva
somente com a fé entendendo que não é requerida qualquer outra coisa que coopere para
conseguir a graça da salvação, e que de nenhum modo é necessário que se prepare e
previna com o impulso de sua vontade, seja excomungado (maldito).”

Mas e para o protestantismo?


1. A igreja verdadeira não é uma instituição, mas está fundada sobre Cristo. Ef 2.20
“edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus,
a pedra angular” e não Pedro.
2. São membros da igreja de Cristo os que nascem de novo, pela fé.
3. O único sacerdote que existe é Cristo. Não precisamos de mediadores humanos,
podemos nos achegar a Deus livremente.
Hb 7.23-28 “Ora, aqueles são feitos sacerdotes em maior número, porque são
impedidos pela morte de continuar; 24 este, no entanto, porque continua para sempre, tem
o seu sacerdócio imutável. 25 Por isso, também pode salvar totalmente os que por ele se
chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles. 26 Com efeito, nos convinha
um sumo sacerdote como este, santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores e
feito mais alto do que os céus, 27 que não tem necessidade, como os sumos sacerdotes,
de oferecer todos os dias sacrifícios, primeiro, por seus próprios pecados, depois, pelos
do povo; porque fez isto uma vez por todas, quando a si mesmo se ofereceu. 28 Porque a
lei constitui sumos sacerdotes a homens sujeitos à fraqueza, mas a palavra do juramento,
que foi posterior à lei, constitui o Filho, perfeito para sempre.
1 Pe 2.5 “também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual
para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a
Deus por intermédio de Jesus Cristo.”
Ap 1.5-6 “e da parte de Jesus Cristo, a Fiel Testemunha, o Primogênito dos mortos e
o Soberano dos reis da terra. Àquele que nos ama, e, pelo seu sangue, nos libertou dos
nossos pecados, e nos constituiu reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai, a ele a glória e
o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!”

4. A Bíblia Sagrada é a única regra de fé e prática, e se algo não pode ser provado pela
Bíblia, não deve ser recebido. Foi um dos lemas da Reforma.
5. Sobre o papa. Quando Pedro faz sua confissão, Cristo diz que edificará sua igreja
sobre uma pedra. Mas seria ela Pedro? Não. A pedra é a própria declaração de Pedro. As
“chaves do céu” são dadas ao Pedro confessante, isto é, um representante de todos aqueles
que professam Cristo como salvador. Mais para frente, em Mt 18.18-19, Jesus repete “o
que vocês proibirem na terra, será proibido nos céus” a toda a igreja, não exclusivo a
Pedro. Pouco depois Pedro tenta dizer a Cristo a não ir para a cruz e é repreendido
severamente.
Mesmo após Pentecostes, Pedro foi repreendido por Paulo face a face, por fazer jogo
político entre judeus e gentios.
Em Gálatas também se mostra que Paulo e Pedro dividiram o ministério, Pedro ficando
em Jerusalém com os judeus e Paulo com os gentios.

Exemplos de contradições de infalibilidade papal: Adriano II disse que o casamento


civil era válido, depois Pio XII disse que era inválido; Eugênio IV condenou Joana d’Arc
a ser condenada a ser queimada com bruxa, já Benedito XV a declarou como santa;
Clemente XIV acabou com os jesuítas, Pio VII os restaurou; Sisto V recomendou a leitura
da Bíblia, Pio VII e outros papas condenaram.

6. Sobre o purgatório. A Bíblia não o menciona. Esse tem sido uma das maiores fontes
de renda da igreja católica. As orações pelos mortos começaram no ano 300, baseadas em
um livro apócrifo, Baruc 3.4. A Bíblia só menciona dois lugares após a morte. Hebreus
9.27: “E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo”.

Referências
1
Fox, John. História da vida e perseguições de Martinho Lutero. Livro dos Mártires
Cristãos. Replicado por Monergismo. Disponível em
http://www.monergismo.com/textos/historia/historia_vida_lutero_fox.htm

Nicodemus, Augustus. Seitas e Heresias: Catolicismo Romano. Disponível em:


https://www.youtube.com/watch?v=06Y8F5tyfdE

Concílio Ecumênico de Trento.


Disponível em http://agnusdei.50webs.com/trento.htm

Banzoli, Lucas. Calúnias dos papas. Blog Heresias Católicas. Agosto de 2012.
Disponível em: heresiascatolicas.blogspot.com/2012/08/calunias-dos-papas.html

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