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EMPRESA DO SISTEMA ELETROBRÁS

Aterramento para Sistemas MRT


RER – 09

ATERRAMENTO PARA SISTEMAS MRT - RER - 09


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ÍNDICE

1. CONSIDERAÇÕES GERAIS ___________________________________________3


2. FILOSOFIA PARA AT ERRAMENTO DE TRANSFORMADORES DE DISTRIBUIÇÃO 3
2.1 ATERRAMENTO ÚNICO________________________________________________ 3
2.2 ATERRAMENTOS INDEPENDENTES ____________________________________ 4
2.3 NEUTRO PARCIAL ____________________________________________________ 4
3. ATERRAMENTO DA REDE PRIMÁRIA __________________________________5
3.1 CONFIGURAÇÃO _____________________________________________________ 5
3.2 RESISTÊNCIA ________________________________________________________ 6
3.2.1 VALORES MÁXIMOS __________________________________________________ 6
3.2.2 MÉTODO DE CÁLCULO ________________________________________________ 8
3.3 PADRÃO RECOMENDADO ____________________________________________ 12
4. ATERRAMENTO DA REDE SECUNDÁRIA ______________________________13
5. ATERRAMENTO DE CERCAS ________________________________________14
5.1 CERCAS PARALELAS ________________________________________________ 14
5.2 CERCAS TRANSVERS AIS ____________________________________________ 14
APÊNDICE A - ALTERNATIVAS PARA EXECUÇÃO DE SISTEMAS DE ATERRAMENTO
15
APÊNDICE B - TEXTO DO RELATÓRIO “SCEI.12.03 DO CODI” _____________35

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1. CONSIDERAÇÕES GERAIS
Nos sistemas monofilares com retorno por terra todas as correntes de carga dos transformadores de
distribuição passam necessária e continuamente pelos aterramentos dos mesmos, exigindo, por isso
mesmo, tais sistemas, atenção especial para os seus aterramentos. Pode vir a acontecer que, em
algumas regiões, em que os solos apresentam alta resistividade, sejam necessários complexos
sistemas de aterramento, que aumentando consideravelmente o custo das redes monofilares,
possam vir a inviabilizá-las economicamente. Por esse motivo, algumas empresas concessionárias
poderão preferir realizar uma análise prévia do tipo de solo na região em que serão construídas as
redes monofilares, antes de se decidirem pela construção das mesmas. Não é essa, entretanto, a
prática adotada pela COPEL, pioneira de tais sistemas no Brasil e possuidora da maior extensão de
redes monofilares com retorno por terra operando na tensão de 19,9 kV ( 34,5/ 3 ). Algumas redes
monofilares, construídas a partir de 1982, pela LIGHT S.A., também dispensaram tais medições
prévias, sem grandes transtornos para a empresa.
Entretanto, a ELEKTRO (antiga CESP) que vem construindo e operando linhas monofilares
experimentais, também desde 1982, parte do princípio que valores de resistividade de solo não
inviabilizam tais linhas e para tanto realiza sempre uma análise prévia do solo da área a ser atendida,
optando por soluções que priorizam os valores de potenciais de superfície ao invés de valores de
resistências de aterramento.

As características necessárias ao aterramento dos transformadores de distribuição, nas redes


monofilares, são determinadas em função das exigências de segurança, levando-se em
consideração a corrente de carga do sistema. Na vizinhança de um transformador, os gradientes de
tensão no solo devem ser mantidos suficientemente baixos, evitando-se colocar em risco a vida de
pessoas e animais. As ligações à terra devem ser estáveis e de resistência adequada, pois as redes
monofilares têm seu desempenho, tanto sob o aspecto de confiabilidade como segurança,
estritamente vinculado às condições dos seus aterramentos.

No que concerne à operação e manutenção desse tipo de sistema, cabe ressaltar a necessidade de,
em antecipação à elaboração de estudos mais profundos, sempre se vincular a realização de
qualquer tipo de inspeção nas subestações transformadoras, à abertura prévia de sua conexão
primária com a rede MRT.

2. FILOSOFIA PARA ATERRAMENTO DE TRANSFORMADORES DE DISTRIBUIÇÃO


Quando da definição do aterramento de um sistema monofilar, a meta prioritária de auferição de
condições ideais de segurança pode ser atingida através do emprego individual ou combinado dos
seguintes critérios:

2.1 ATERRAMENTO ÚNICO


Consiste na execução, em cada transformador de distribuição, de um único aterramento ao qual são
interligados, além do terminal terra do enrolamento primário do transformador, sua respectiva
carcaça, o eventual pára-raios nele instalado, e o neutro da baixa tensão.

Tal prática vincula, contudo, a manutenção de condições de segurança no caso de rompimento do


condutor de aterramento, à existência de outros aterramento ao longo da rede de baixa tensão, cujo
valor de resistência equivalente seja menor ou igual ao valor máximo admissível para o aterramento
do transformador.

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Exceção é feita aos casos de transformação dedicada a um único consumidor em que a medição
seja instalada no próprio poste do transformador, situação em que não se faz necessário o
provimento de qualquer outro aterramento.

Em função do exposto, a filosofia de um único aterramento no transformador, torna-se mais


adequada para os casos em que dos seus terminais secundários seja derivada uma rede para
atendimento a um conjunto de consumidores.

A validade de sua adoção será inversamente proporcional aos valores de resistividade do solo na
região.

OBSERVAÇÃO: Cuidados especiais deverão ser tomados quanto aos aterramentos das carcaças
dos equipamentos dos consumidores, em face da possibilidade de transferência
de potenciais pelo neutro, para suas instalações internas.

Quando utilizado o sistema de retorno por terra – MRT para alimentação de povoados, recomenda-
se que para o aterramento do transformador seja construído além do aterramento no poste de
instalação, outros postes adjacentes, como mediada de segurança.

2.2 ATERRAMENTOS INDEPENDENTES


Em cada transformador de distribuição são executados dois aterramentos distintos. A um deles,
normalmente denominado “Aterramento Primário”, são interligados o terminal H2 do enrolamento de
alta tensão do transformador, sua respectiva carcaça e o eventual pára-raios nele instalado. O outro
aterramento, denominado “Aterramento Secundário”, destina-se, exclusivamente, à conexão do
neutro da rede de baixa tensão.

A principal vantagem dessa alternativa é a manutenção das condições de segurança quando do


rompimento do condutor de aterramento, independente de qualquer exigência complementar no que
se refere aos valores de resistência dos demais aterramentos secundários (de rede e consumidores).
Nesses casos, a perda da interligação do transformador com o aterramento primário implicará,
sempre, no desligamento da carga.

Recomenda-se a utilização dessa prática principalmente nos casos de transformadores de


distribuição destinados a uma única carga.

Sob o ponto de vista de desembolso financeiro, sua adoção é mais justificada à medida que a
resistividade do solo aumenta, podendo vir a ser, inclusive, a opção mais indicada para o
atendimento a conjuntos de consumidores.

Vale lembrar que existirá a possibilidade de aparecimento de sobretensões indesejáveis no


enrolamento secundário dos transformadores de distribuição por ocasião da descarga de surtos
através dos respectivos pára-raios. Para cada caso, em função da configuração de aterramento
adotada, deverá ser definido um afastamento mínimo a ser observado entre os aterramentos de alta
e baixa tensão, a fim de prevenir a indução de potenciais neste último.

2.3 NEUTRO PARCIAL


Conforme mencionado no item 1, o aterramento pode representar fator preponderante na
composição do custo de sistemas monofilares. Por ser o grau de dificuldade (material + mão-de-
obra) encontrado para a sua execução proporcional às resistividades dos solos disponíveis, as
características de algumas regiões desfavoráveis podem tornar a sua execução antieconômica.

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Para os casos em que o problema anteriormente citado não seja inerente a toda a região a ser
eletrificada, restringindo-se a determinados trechos da rede monofilar projetada, torna-se
recomendável a interligação dos aterramentos dos transformadores, localizados nas áreas mais
problemáticas, através de condutor aéreo instalado paralelamente à fase, como recurso para
viabilização das condições de segurança. Nessas circunstâncias as exigências relativas à resistência
de cada ponto de aterramento passam a ser exigidas da equivalência dos demais aterramentos
interligados.

Quando da aplicação desta técnica o sistema passa a denominar-se “Monofilar com Neutro Parcial”.

3. ATERRAMENTO DA REDE PRIMÁRIA


Salvo a necessidade de instalação de dispositivos de proteção contra sobretensão em outros pontos
ao longo da rede, só deverão ser projetados aterramentos nos pontos de instalação das subestações
de isolamento e distribuição.

São as seguintes as características recomendadas para o aterramento nesses pontos que, nos
casos de transformadores de distribuição, são adequadas quer ao “Aterramento Primário”, quer ao
“Aterramento Único”, dependendo da filosofia escolhida com base no item 2.

3.1 CONFIGURAÇÃO
A resistência do aterramento resultante, bem como as condições de segurança para o mesmo, só
serão conhecidas antes da construção, se for efetuado um projeto.

O projeto de aterramento para cada caso, baseado em levantamento das características do solo
local, vai definir a configuração ou conjunto de configurações adequado.

Embora uma análise da questão, sob o prisma da segurança quanto a danos mecânicos, leve à
padronização da configuração em anel (onde a ruptura de um condutor de interligação das hastes
não implica em alteração substancial da resistência do aterramento), esta poderia vir a ser prejudicial
para efeito de escoamento de surtos, apesar de favorecer a distribuição dos potenciais da superfície.

O resultado do projeto será certamente uma combinação de hastes alinhadas ou profundas e


condutores horizontais ou em anel.

A execução prática dos aterramentos, independente da elaboração prévia de projetos específicos,


pode também ser adotada a partir da determinação de metodologia, em que sejam considerados os
diversos aspectos da questão, tais como: Características geológicas do solo, tipo de material
utilizado, forma de apropriação de mão-de-obra, etc.

Quanto aos problemas de danos mecânicos, cabe lembrar que os mesmos podem ser atenuados
com um maior aprofundamento dos eletrodos usados no aterramento.

A prumada do terra deverá ser trazida poste a seguir e conectada na cabeça da haste ou condutor
mais próximo, que deverá estar afastado no mínimo um m do poste.

Quando da execução de aterramentos próximos a cercas, estes deverão ser construídos de forma a
garantir o maior afastamento possível entre eles e as citadas cercas, sem, contudo, se alterar as
características do projeto original.

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Nos transformadores de distribuição, quando da utilização de terras independentes, para se evitar


superposição, a haste do aterramento da baixa tensão deverá ser instalada fora da área do
aterramento do transformador e a interligação desta com a prumada deverá ser isolada para tensão
secundária.

3.2 RESISTÊNCIA

3.2.1 VALORES MÁXIMOS


A literatura disponível menciona a possível ocorrência de risco para gradientes de potencial na
superfície do solo superiores a 12 V nas vizinhanças dos sistemas de aterramento em regiões
pecuaristas ou que apresentam possibilidade de circulação de animais.

De forma simplificada, consideradas as condições mais adversas de solo, tal condição é sempre
satisfeita quando da limitação da elevação máxima de potencial nos aterramentos em 27 V.

Essas considerações no entanto, são válidas para condições normais, ou seja, com circulação da
corrente de carga.

Para casos de defeito, deverá ser considerada a corrente de curto-circuito e o tempo de atuação da
proteção. Uma análise mais detalhada deverá ser feita com base na IEEE-STD-80, onde encontram-
se os estudos de Dalziel, que propõe I permissível = 0,116/ t [A] como a corrente limite a partir da qual
haverá problemas de fibrilação ventricular.

NOTA: Toma-se o valor de Ipermissível máximo igual a 10 mA para o organismo humano.


Em todos os casos as características do solo são importantes, visto que, dependendo da
resistividade superficial, os potenciais que ocorrem na configuração do aterramento vão aflorar à
superfície com maior ou menor intensidade.

O resultado dessas considerações é o conjunto de condições que são apresentados a seguir, e que
deverão ser criteriosamente obedecidas, devendo ser adotado o menor dos quatro valores como
sendo a resistência desejada para o aterramento.

Ipermissivel. (Rch + Rc)


Condição (1): Rat =
Icarga . P d%

Essa condição considera a corrente de circulação permissível ao corpo humano exposto a potenciais
dentro da configuração na situação de carga.

Ipermissível . (Rch + Rc)


Condição (2): Rat =
Icc . P d%

São válidas as mesmas considerações da condição (1), entretanto na situação de corrente de curto-
circuito.

∆V max.
Condição (3): Rat =
Icarga . P f%

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Nessa condição é considerada a máxima diferença de potencial suportável por um animal na


situação de corrente de carga para pontos externos à configuração.

Ipermissível . (Rch + Rc)


Condição (4): Rat =
Icc . P d%

Essa condição assemelha-se à condição (2), entretanto, analisando-se os gradientes de potencial


fora da configuração.

P d% = máximo valor percentual do potencial de aterramento refletido da configuração para a


superfície do solo nos pontos internos a configuração.

P f% = idem, nos pontos externos à configuração.

Os fatores P d% e P f% são determinados na prática, sendo que valores de 10% são utilizados com
maior freqüência. Para ilustrar mostram-se alguns valores levantados para configuração com 1 m de
profundidade:

CONFIGURAÇÃO Pd % Pf%
1 ou mais condutores em forma de anel (raio máximo 5 m) 7 11
Condutor em forma de anel (raio máximo 5 m) associado a hastes
6 13
verticais
Condutor em forma de anel (raio máximo 5 m) associado a
8 9
condutores horizontais radiais (comprimento máximo 5 m)
Condutor horizontal (comprimento máximo 10 m) 15 19
Condutores horizontais radiais (até 6 radiais; comprimento individual
8 4
máximo 7,5 m)
Condutores horizontais radiais (até 8 radiais; comprimento individual
11 13
máximo 7,5 m)

Rch = resistência do corpo humano (valor característico 1000Ω)


Rc = resistência de contato [Ω)

Rc1 = resistência de contato do pé com o solo


Rc2 = parcela que considera o efeito mútuo entre os pés
Rc = Rc1 + Rc2

Onde:

 1 ∞
Kn 
R c1 =  +2 ∑[ 1/ 2 
]
1
2  rd n =1 (2nH ) + r 
2 2
 d

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ρ1  1 ∞
Kn 
R c2 =
2

 S
+∑[
2
n =1 (2nH ) + S
2 2
] 1/ 2 


rd = raio de um disco que simula o pé (8 cm)

K = fator de estratificação do solo = ρ2 – ρ1


ρ2 + ρ1
S = separação entre os pés = 1 m

H = espessura da primeira camada do solo [m]

ρ 1 = resistividade da primeira camada do solo [Ωm]

ρ 2 = resistividade da segunda camada do solo [Ωm]

NOTA: Alguns autores consideram simplesmente Rc = 3ρ 1 , sendo ρ 1 a resistividade da camada


superficial do solo.

Considerando-se 27 V como a elevação máxima de potencial nos sistemas de aterramento a plena


carga, a resistência dos aterramentos deverá ser tal que o produto desta, em [Ω], pela corrente de
carga, em [A], não ultrapasse esse valor. Com base nesse valor de elevação máxima de potencial,
em condições normais de operação, tem-se para as tensões padronizadas os seguintes valores
recomendados para resistência dos aterramentos:

Tabela 1 - Resistências [Ω] recomendadas para aterramento de transformadores

TRANSFORMADORES
TENSÃO
[kVA]
[kV]
3 5 10 15 25 37,5 50 100
*
34,5 / 3 100,0 100,0* 53,1 35,4 21,2 14,2 10,6 5,3

23,0 / 3 100,0 70,8 35,4 23,6 14,2 9,4 7,1 3,5

13,8 / 3 71,0 42,5 21,2 14,2 8,5 5,7 4,2 2,1

NOTA: Nos casos de alta resistividade, projetos específicos poderão ser desenvolvidos, desde que
respeitados os limites adequados para os gradientes de potencial de superfície.

3.2.2 MÉTODO DE CÁLCULO


De posse do valor da resistência de aterramento necessária, em cada caso, determina-se a
configuração adequada, utilizando-se os cálculos apresentados a seguir:

*
Valor limitado em função do escoamento de surtos; tal valor não garante a não disrupção em todos os casos,
em face da variação do NBI das estruturas e da corrente de descarga.

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a) Resistência de uma única haste

ρ 400 L
R1h = ln( )
2πL 2,54d
onde:

ρ = resistividade do solo [Ωm], calculada conforme o Relatório SCEI.12.03 do CODI, Apêndice B

L = comprimento da haste [m]

d = diâmetro equivalente da haste [in]

b) Hastes interligadas em paralelo

Para cálculo da resistência de hastes interligadas utiliza-se a seguinte fórmula:

Kn · ρ a 400 L
Rn = ln( ) [Ω]
2π · L 2,54d

onde:

ρ a = resistividade de solo [Ωm], calculada conforme o Relatório SCEI.12.03 do CODI

L = comprimento da haste [m]

d = diâmetro equivalente da haste [in]

Kn = coeficiente de redução da resistência de aterramento com hastes interligadas.

Para hastes alinhadas, com comprimento de 3 m, diâmetro de 3/4" e espaçamento entre si de


3 m, tem-se o valor de Kn dado pela tabela seguinte:

Tabela 2 - Coeficientes de redução para hastes de 3mx3/4”, em disposição alinhada

n 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Kn 0,568 0,410 0,326 0,272 0,235 0,208 0,186 0,169 0,155

Exemplificando para um aterramento com 4 hastes alinhadas, de 3 m x 3/4", espaçadas entre si


de 3 m, tem-se:

Kn = 0,326

0,326 ⋅ ρ 2  400 ⋅ 3 
R4 = ln   = 0,11147 ⋅ ρ a
2π ⋅ 3  2,54 ⋅ 3 / 4 

Para uma resistividade aparente, ρ a=250 Ωm, tem-se uma resistência de 27,87 Ω.

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c) Eletrodos profundos

As camadas mais profundas do solo, que normalmente são mais úmidas e, portanto, apresentam
menor resistividade, proporcionando um melhor valor para resistência do aterramento, são
normalmente atingidas por eletrodos verticalmente instalados, que podem ser rígidos ou não.

Além disso, essas camadas são menos sujeitas às variações de umidade e temperatura, o que
proporciona um aterramento de resistência praticamente constante ao longo do tempo.

Quando da utilização de eletrodos rígidos, são normalmente empregadas hastes emendáveis;


sendo o comprimento total (L) obtido pelo acoplamento mecânico e elétrico de várias seções.

Já a instalação vertical de eletrodos não rígidos é feita pela introdução de cabo nu conectado e
contrapeso (normalmente uma haste rígida), dentro de tubos previamente cravados no solo por
sistema semelhante ao utilizado para cavação de poços semi-artesianos (com o auxílio de água
sob pressão).

Esses tubos, após a introdução do cabo são retirados, ficando o condutor em contato direto com
o solo.

Quando se utilizam eletrodos profundos, a dispersão de correntes para o solo acontece, em sua
maioria, na parte inferior do eletrodo, ou seja, na camada do solo de menor resistividade (ρ x). A
parte superior do eletrodo, situada nas camadas de resistividade maior, funciona quase que
somente como um condutor para a dispersão das correntes na parte inferior. Assim sendo, a
resistência de um eletrodo profundo é dada por:

ρx  400 ⋅ L 
R1 = ln   [Ω]
2 πL  2 ,54 ⋅ d 

onde:

L é o comprimento total do eletrodo profundo [m].

Logo, deve-se ter o cuidado de prever um comprimento (Lx), de eletrodo cravado na camada de
baixa resistividade (ρ x ), para se conseguir um bom desempenho desse aterramento. Uma regra
prática indica a observância de L x ≥ 20% L.

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São consideradas camadas de baixa resistividade aquelas em que esse valor é relativamente
menor que os das camadas superiores.
d) Eletrodos profundos em paralelo

A resistência de aterramento será dada pela combinação dos eletrodos profundos em paralelo,
sendo os coeficientes de redução tabelados:

Tabela3 - Coeficiente de redução para paralelismo de eletrodos profundos


o
N DE ELETRODOS COEFICIENTE DE REDUÇÃO (K)
1+γ
2
γ
2 + γ + 4γ2
3
6 – 7γ
12 + 16γ – 23γ2
4
48 – γ

Os coeficientes de redução foram calculados para um espaçamento entre eletrodos de Lx igual


ao comprimento dos eletrodos cravados no solo de resistividade menor

L
γ=
 400 L x 
ln  
 2,54 d 

onde:

d = diâmetro de haste [in]


O valor da resistência de aterramento dos eletrodos profundos em paralelo é dado por:

Rat=K·R1

e) Condutor na horizontal enterrado a um profundidade p (p<<<L)

ρ   2L  
 − 1
R fio = ln
πL   2p ⋅ rfio  
 

onde: L = comprimento do condutor [m]

p = profundidade [m]

rfio = raio do conduto [m]r

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f) Condutor em anel

ρ  32 ⋅ ra 2 
R anel = ln  
4π 2 ra  ρ ⋅ rfio 

onde:

ra = raio do anel

3.3 PADRÃO RECOMENDADO


São as seguintes as características do padrão para aterramento das redes MRT:

• Segurança Mecânica

Por questão de segurança contra danos provocados por terceiros:

- os condutores de aterramento deverão ser mecanicamente protegidos até uma altura mínima de
3 m;

- as cabeças de eletrodos de aterramento deverão ser enterradas a uma profundidade mínima de


0,50 m; quando localizados em áreas sujeitas à passagem de arados, esse valor deverá ser
elevado para 1,00 m.

• Tipo de Eletrodo

Poderão ser utilizados condutores de cobre ou de aço cobreado e hastes de aço cobreadas
cilíndricas, dependendo do local a ser executado o aterramento e dos padrões vigentes em cada
empresa. Nos casos de solos comprovadamente pouco agressivos, poderão ser utilizados
cantoneiras galvanizadas.

• Número de Hastes

Em cada aterramento deverão ser usadas, no mínimo 3 (três) hastes, salvo nos casos em que
número inferior de eletrodos (1 ou 2) assegure um valor de resistência de, no máximo, 50% do valor
recomendado.

Outra opção seria a elaboração de projeto específico para cada aterramento, caso em que a
quantidade mínima de material a ser aplicado deverá ser aquela previamente especificada.

• Configuração do Aterramento

Será definida no projeto, de acordo com o item 3.2.2

• Resistências Máximas

De acordo com o item 3.2

• Condutor de Aterramento

O condutor utilizado na prumada do terra deverá ser de cobre ou de aço cobreado. A bitola do
mesmo deverá ser no mínimo 4 AWG ou equivalente, de acordo com os padrões da empresa.

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Nos casos de solos comprovadamente pouco agressivos, poderão ser utilizados cabos ou arames de
aço galvanizado.

• Tipo de Conexão

Conector de aperto, solda exotérmica ou luvas de emenda para hastes profundas, dependendo das
orientações da empresa.

• Componentes a Aterrar

O condutor de aterramento (descida) deverá ser único, e interligar-se à malha de terra:

- no transformador de isolamento

• a carcaça do transformador

• os terminais (terra) dos pára-raios

• o terra do secundário do transformador

- no transformador de distribuição com aterramentos independentes

• a carcaça do transformador

• o terminal (terra) do pára-raios

• o terra do primário do transformador

- no transformador de distribuição com aterramento único

• a carcaça do transformador

• o terminal (terra) do pára-raios

• o terra do primário do transformador

• o neutro da rede secundária

4. ATERRAMENTO DA REDE SECUNDÁRIA


No que tange ao aterramento de transformador de distribuição, as recomendações descritas a seguir,
serão pertinentes caso seja adotada a prática de aterramentos independentes.

Nesse caso, o fator preponderante é a proteção contra sobretensões, uma vez que os níveis de
tensão serão fornecidos pela disposição dos terminais X1, X2 e X3 no enrolamento do transformador,
não havendo constantes escoamentos de corrente para a terra.

Por outro lado, é recomendável sempre que o terminal X2 do transformador seja vinculado a esses
aterramentos e nunca ao poste do transformador para evitar a transferência de potenciais da rede
primária para a rede secundária e instalações dos consumidores.

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5. ATERRAMENTO DE CERCAS

5.1 CERCAS PARALELAS


Com relação à cercas paralelas a redes MRT, distantes mais de 30 m destas, nenhuma providência
é recomendada.

Cercas localizadas a até 30 m de distância da rede MRT deverão ser seccionadas e aterradas a
cada 250 m, conforme a figura apresentada na RER-01.

Ao redor de pontos de instalação de transformadores de distribuição, essas mesmas cercas deverão


ser seccionadas num trecho de 20 m (10 m para cada lado do ponto de maior proximidade com o
transformador). Esse trecho deverá ser, também, aterrado num ponto que diste, pelo menos, 3 m do
aterramento do transformador.

Caso o aterramento do transformador de distribuição seja provido por mais de 3 hastes, providências
adicionais deverão ser analisadas, em termos de se aumentar o número de trechos seccionados e
aterrados a cada 20 m.

5.2 CERCAS TRANSVERSAIS


Cercas transversais a redes MRT deverão ser seccionadas e aterradas conforme a figura
apresentada na RER-01.

Devido à importância do aterramento neste tipo de sistema, recomenda-se ao leiturista, sempre que
se dirigir ao local, efetue uma inspeção visual no poste do transformador, e suas proximidades.
Havendo alguma anomalia o setor responsável deverá ser comunicado a fim de providenciar a
manutenção necessária com a máxima urgência.

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APÊNDICE A - ALTERNATIVAS PARA EXECUÇÃO DE SISTEMAS DE ATERRAMENTO


Serão a seguir resumidamente apresentadas as práticas adotadas por algumas empresas nacionais
na execução de Sistemas de Aterramento.
CPFL – UTILIZAÇÃO DE ELETRODOS PROFUNDOS

O método utilizado pela CPFL consiste na perfuração de solo através da ação rotativa de uma coluna
de tubos, cuja extremidade é dotada de uma broca apropriada. Esses componentes são acionados
por uma moto-perfuratriz a gasolina.

Simultaneamente, através de uma motobomba, é injetada água a alta pressão no interior dos tubos,
de forma que a lama e/ou rocha cortada é expelida à superfície pelo próprio furo e coletada num
reservatório onde, após filtrada, é sugada pela motobomba e novamente injetada na coluna de
hastes, reiniciando o ciclo.

Os tubos são emendáveis, em seções de 1,5 m, não havendo, entretanto, necessidade de


desligamento da motobomba nas operações de emenda, uma vez que um jogo de válvulas executa o
retorno do fluxo d’água ao próprio reservatório de onde é absorvido.

Da mesma forma, não é necessário interromper o funcionamento da moto-perfuratriz nas operações


de emenda dos tubos, já que o equipamento é dotado de um controle de rotação (acelerador).

Na Figura A-1 mostra-se, esquematicamente, o processo anteriormente descrito.

Figura A-1

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A perfuração é feita até que se atinjam os valores de resistência ôhmica desejados. Para tanto, as
operações são intercaladas com medições de terra, utilizando-se a própria coluna de tubos como
hastes de prova.

Executando-se o furo na profundidade desejada, é retirada a coluna de tubos e introduzida uma


haste cobreada de 3 m, interligada a um tubo 2 AWG, com comprimento suficiente para que a haste
atinja o fundo da perfuração. Essa operação deve ser executada imediatamente à abertura do furo,
uma vez que a terra apresenta, em geral, um processo rápido de deposição.

Para solos de características argilosas, é necessário fazer circular água limpa no furo, para diminuir a
densidade da lama e facilitar a introdução da haste de terra.

Na Tabela A-1 mostra-se o custo de aquisição do conjunto necessário à execução de sistemas de


aterramento, por este método.

Tabela A-1
ORIGINAL
COMPONENTES ADAPTAÇÕES POSSÍVEIS
MARCA FABRICAÇÃO
Moto-serra com redutor de
Moto-Perfuratriz Tecumseh-Engines Inglesa
velocidade (US$ 463,58)

Motor Montgomery Nacional Manter originais. Adquirir, porém, em


Motobomba casa especializadas ou junto ao
Bomba Jacuzzi Nacional fabricante. (US$ 347,68)
Pode ser confeccionado em oficinas
Cabeçote Giratório - Nacional
particulares (US$ 33,11)
Pode ser adquirido em casas
Conjunto de Tubos - Nacional especializadas em hidráulicas.
(US$ 33,11)
Pode ser confeccionado em oficinas
Broca - Nacional
particulares (US$ 6,62) (VÍDIA)
Mangueiras Pode ser adquiridas em casas
- Nacional
especializadas (US$ 52,98)
Conexões,
- Nacional
Válvulas, etc.
Não é fornecido pela Pode ser confeccionado em oficinas
Tanque 2.000 Litros -
Apllinox particulares (US$ 33,11)
*
Custo Total US$ 1490,07 *US$ 970,20

*
Preços de setembro de 1981, convertidos para dólar da época, onde é considerada a média dos índices da
variação cambial do dólar para compra e venda no paralelo. 1 dólar = 302 cruzeiros (Fonte: CD Financeiro da
Folha de São Paulo).

ATERRAMENTO PARA SISTEMAS MRT - RER - 09


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COMPARAÇÃO DE CUSTOS OPERACIONAIS

(Setembro/81*)

Considerando um aterramento típico de 27 m, correspondente à profundidade média observada na


Regional de Bauru (média de 38 aterramentos executados), tem-se os seguintes valores de custos
operacionais:
a) Método Convencional

• Materiais

12 hastes de terra, cobreadas, US$ 8,64


5/8” x 3,00 m (preço unitário US$ 0,72)

8 cartuchos para solda exotérmica de US$ 5,76


emenda haste/haste (preço unitário
US$ 0,72)

5 cartuchos para solda exotérmica para US$ 1,70


emenda haste/cabo 2 AWG (preço
unitário US$ 0,34)
27 m de fio Cu 2 AWG US$ 7,48

Subtotal US$ 23,58

• Mão-de-obra

Tempo estimado para a execução dos


serviços (preparo e solda das hastes,
medições e cravação das hastes): 8
horas

H x h necessários (4 eletricistas):
4 x 8=32 H x h
Custo H x h US$ 1,70

Custo da mão-de-obra (32 x) US$ 54,40

• Custo Total

Materiais US$ 23,58

Mão-de-obra US$ 54,40

Total US$ 77,98

ATERRAMENTO PARA SISTEMAS MRT - RER - 09


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EMPRESA DO SISTEMA ELETROBRÁS

b) Método da CPFL (HIDRO-DRILL)

• Materiais

1 haste cobreada, 5/8” x 3,00 m US$ 0,72

- 40 m – 12,16 kg – de cabo de cobre n.º US$ 11,08


2 AWG

1 cartucho para solda exotérmica de US$ 0,34


emenda haste/cabo
Subtotal US$ 12,14

• Mão-de-obra

Tempo estimado para a execução dos


serviços: 4h
H x h necessários (4 eletrecistas):
4 x 4=16 H x h
Custo H x h US$ 1,70

Custo da mão-de-obra – )16 x) US$ 27,20

• Custo Total

Materiais US$ 12,14

Mão-de-obra US$ 27,20

Total US$ 39,34

COMPARAÇÃO ECONÔMICA

Pelo processo convencional utilizando hastes tipo copperweld, necessita-se, para locais que não
possuem o neutro multi-aterrado, uma média de 12 hastes para se obter um aterramento adequado e
27 m de cabo de cobre para sua interligação, perfazendo um custo total estimado da ordem de
US$ 77,98.

Pelo processo “HIDRO-DRILL” perfura-se em média 35 m, gastando-se 40 m de cabo de cobre e


uma haste cobreada de 3m de comprimento, com um custo estimado de US$ 39,34.

Para efeito comparativo dos métodos descritos, o sistema “HIDRO-DRILL” proporciona uma
economia de US$ 38,64 por ponto de aterramento executado, o que, comparando com custo do
equipamento estimado US$993,38, resulta no retorno de investimento, após a execução de
aproximadamente 26 aterramentos.

LIGHT – VERIFICAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE SEGURANÇA NOS ATERRAMENTOS

ATERRAMENTO PARA SISTEMAS MRT - RER - 09


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No início de 1983, concluiu a LIGHT a construção de sua primeira rede monofilar, na localidade de
Sardoal, Município de Paraíba do Sul/RJ.

A rede de 15 km de comprimento, acoplada a uma rede trifásica a 3 fios, através de transformador de


isolamento, utilizou 154 postes de madeira, 28 transformadores de 5 kVA, condutor de aço zincado
de 3 x 2,25 mm, atendendo a 48 consumidores rurais, entre os quais sítios, algumas fazendas,
residências e pequeno comércio.

Os aterramentos, dos transformadores de distribuição e da subestação de isolamento, foram


executados utilizando-se hastes cobreadas de 3 m de comprimento com 3/4" de diâmetro,
interligados com condutor de cobre # 4 AWG.

Utilizou-se para cravação destas hastes o martelete vibrador.

TRANSFORMADOR DE ISOLAMENTO

Para o transformador de isolamento, com relação de transformação de 6 kV/7,96 kV e 50 kVA de


capacidade, cravou-se a primeira haste efetuando-se sucessivas leituras da resistência de terra,
obtendo-se os dados da Tabela A-2.

Tabela A-2
Profundidade Valores Calculados Valores Medidos
m R [Ω] [Ω]
3 40 36
6 13,68 15,5
9 10,52 11
12 11,03 8,5
15 11,64 8

Cravaram-se outras hastes em paralelo para reduzir o valor da resistência de aterramento


encontrada, que estava acima do desejado. O afastamento mínimo entre as hastes foi determinado
tendo em vista a eliminação de superposição das áreas de influência das hastes, tendo sido
escolhido o valor de 13,5 m, compatível com os 15 m de profundidade da primeira haste. Tabela A-3.

Tabela A-3
Profundidade Afastamento Mínimo
[m] [m]
6 4,3
9 7,3
12 10,3
15 13,3

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As leituras das referências de aterramento para a segunda haste, isoladamente, foram as indicadas
na Tabela A-4.

Tabela A-4
Profundidade Resist. de aterr. das 2ª hastes –
valores medidos [Ω]
[m]
3 34
6 25
9 18,5
12 15
15 13
18 11

Paralelamente, foi realizada a medição da resistência de aterramento com as hastes interligadas


através de um dos condutores do próprio megger o qual foi preso às hastes por intermédio de
conectores de aperto.

Os resultados obtidos foram:

a) Ponto 1 e 2 com 15 m de profundidade – 7,4 [Ω]

b) Ponto 1 com 15 m e ponto 2 com 18 m de profundidade – 7,2 [Ω]

Em face do resultado obtido - variação do valor da resistência, em relação ao obtido no item anterior,
muito pequena - resolveu-se aumentar a profundidade de 1º ponto, já agora tendo como meta a
obtenção de uma resistência em torno de 5 Ω. Esse valor ficaria sujeito à ratificação posterior através
de medições dos potenciais de passo, uma vez que sua fixação tinha partido da premissa de redução
do coeficiente de segurança inicialmente pretendido de 2,0 para 1,5 (40/1,5 V como elevação
máxima de potencial no aterramento).

Conseguiu-se atingir apenas 17 m de profundidade obtendo-se uma resistência de 7,3 Ω. Em


seguida, as hastes foram interligadas e com a medição realizada a resistência chegou a 6,9 Ω.

Uma terceira haste foi cravada, afastada 13,5 m em relação ao segundo ponto, na qual foram feitas
leituras isoladamente para em seguida interligá-la com as hastes 1 e 2.

As leituras obtidas neste ponto isoladamente, estão indicadas na TabelaA-5.

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Tabela A-5

Profundidade Resistência de Aterramento


(medida)
[m]
[Ω]
3 40
6 15
9 12
12 10,8
15 10,2

Após a interligação, os resultados obtidos foram os indicados na Tabela A-6.

Tabela A-6

Profundidade Resistência Medida


Ponto
[m] [Ω]
1 17
2 18 5,2
3 12
1 17
2 18 5,0
3 15

Essas medições foram realizadas com as hastes interligadas pelo condutor de cobre 4 AWG sobre o
solo, preso às hastes através de conectores de aperto.

Após a realização do aterramento com o condutor a uma profundidade de 0,5 m e interligação às


hastes, foi obtida uma resistência de 7,8 Ω. Seu aumento foi atribuído a uma alteração nas condições
do solo, que estaria possivelmente associada a elevação do lençol freático provocada por fortes
chuvas registradas pouco antes da última medição. Decidiu-se então pela cravação de hastes num
quarto ponto, obtendo-se para este ponto isoladamente os valores indicados na Tabela A-7.

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Tabela A-7

Profundidade Resistência Medida


[m] [Ω]
3 120
6 78
9 22
12 16
15 14
18 13

Em seguida, foi realizada a interligação entre os pontos 1, 2, 3 e 4, obtendo-se um valor de


resistência de 4,8 Ω, cuja adequação viria a ser, posteriormente, ratificada pelas medições de
potenciais de passo.

TRANSFORMADORES DE DISTRIBUIÇÃO

Em cada um dos 28 transformadores de distribuição (5 kVA), os aterramentos primário e secundário,


foram construídos independentemente, um de cada lado do poste, visando evitar possíveis
transferências de potenciais perigosos para consumidores.

Os aterramentos no lado de baixa tensão foram executados de acordo com o padrão normalmente
adotado pela empresa, ou seja, 3 hastes de tubo de aço galvanizado com 3,0 m x 3/4", dispostas em
linhas com espaçamento mínimo entre elas de 3 m.

Quanto aos aterramentos primários, à semelhança do procedimento para o aterramento do


transformador de isolamento, em face das dificuldades encontradas, a resistência de aterramento
inicialmente pretendida para transformadores de distribuição teve seu valor recalculado com base no
fator de segurança de 1,5. Tal prática resultou em:

40/1,5
Rat max = = 42 Ω
5/7,96
Em cada transformador, inicialmente foram cravados 3 hastes de cobre 3 m x 3/4", alinhadas,
afastadas entre si de 3 m.

Após a cravação das mesmas, estas foram interligadas, sendo então efetuada a medição da
resistência de aterramento.

Se o valor encontrado fosse inferior ou igual a 42 Ω, o aterramento era concretizado.

Caso o valor encontrado estivesse no intervalo 42 Ω < x < 70 Ω, cravavam-se mais duas hastes de
3 m, obedecendo à configuração alinhada, afastadas entre si de 3 m.

Em seguida, essas hastes eram interligadas às outras três e efetuada outra medição.

Se o novo valor encontrado fosse igual ou inferior a 42 Ω, o aterramento era realizado.

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Caso a leitura efetuada com três hastes inicialmente interligadas fornecesse um valor superior a
70 Ω, eram seguidos os passos indicados no fluxograma a seguir apresentado.

Cabe ressaltar, que a rotina apresentada neste fluxograma, prescinde da utilização do martelete
pneumático que se encontrava defeituoso na ocasião. Nos casos em que sua aplicação não resolveu
o problema, a resistência pretendida foi obtida pela cravação. Já com o martelete, de hastes com
comprimento superior a 9 m, estando os resultados finais apresentados na tabela a seguir.

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Figura A-2

VALORES OBTIDOS

Os valores encontrados para as resistências de aterramento são indicados na Tabela A-8.

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Tabela A-8

TRANSF. RESIST. ARRANJO


o
(N.º) [Ω) N DE HASTES/COMPRIMENTO ESPAÇAMENTO
17837 22 3 hastes de 3 m 3m
17838 25 3 hastes de 3 m 3m
AAB, BC, CD, AH, HI = 3 m
17839 41 9 hastes, sendo 6 de 6 m e 3 de 3 m
BC, DE, EF =3 m
17840 41 3 hastes, sendo 1 de 6 m e 2 de 3 m 3m
17841 28 3 hastes de 3 m 3m
17842 20 5 hastes de 3 m 3m
17843 24 3 hastes de 3 m 3m
17844 40 5 hastes de 3 m 3m
17845 15 3 hastes de 3 m 3m
17846 16 3 hastes de 3 m 3m
17847 12 3 hastes de 3 m 3m

17848 25 4 hastes, sendo 2 de 9 m, 1 de 10 m e 1 de 9m


15 m
17849 26 4 hastes, sendo 1 de 3 m e 3 de 6 m 3m
17850 32 5 hastes de 3 m 3m
17851 12 3 hastes de 3 m 3m
AB = 3 m
17852 42 3 hastes, sendo 2 de 12 m e 1 de 18 m
BC = 6 m
17853 42 3 hastes de 3 m 3m
AB, BC = 3 m
17854 22 5 hastes de 6 m
CD, DE = 6 m
17855 42 5 hastes, sendo 2 de 3 m e 3 de 6 m 3m
17856 44* 5 hastes, sendo 2 de 3 m e 3 de 6 m 3m
17857 30 3 hastes de 3 m 3m
17858 18 3 hastes de 3 m 3m
17859 40 5 hastes, sendo 2 de 3 m e 3 de 6 m 3m
17860 25 5 hastes de 3 m 3m
17861 25 3 hastes de 3 m 3m
17862 42 3 hastes de 3 m 3m
17863 30 3 hastes de 3 m 3m
17864 15 3 hastes de 3 m 3m
(*) Valor aceito por exceção

Como se pode observar, do total de 28 transformadores, em 68% dos casos (19 transformadores),
foram utilizadas hastes de 3 m, sendo 15 deles construídos com o número mínimo padronizado de
hastes (3 unidades de 3 m x 3/4").

Da parte restante, 6 aterramentos (21%) exigiram número de hastes inferior ou igual a 5, com
profundidade limitada em 6 m. Apenas em 3 pontos (10% do total) foram encontradas características
desfavoráveis de solo, que exigiram maiores investimentos em termos de material e mão-de-obra.

ATERRAMENTO PARA SISTEMAS MRT - RER - 09


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MEDIÇÃO DOS POTENCIAIS DE PASSO E TOQUE

Após a execução dos aterramentos dos transformadores (de isolamento e distribuição) foram
efetuados medições de potenciais de passo, toque e transferência, tendo em vista a verificação das
condições de segurança do sistema.

Para tanto, foram simuladas cargas em dez dos transformadores de distribuição, pela instalação de
gambiarras com lâmpadas incandescentes de 500 W e 1500 W, totalizando a demanda aproximada
de 50 kVA (potência nominal do transformador de isolamento). Foram providenciadas duas placas de
alumínio, com superfícies bem polidas de dimensões 10 x 20 cm, para simularem a área do pé
humano, sendo usados para simulação de peso, placas de cimento de cerca de 50 kg, apoiadas
sobre cada placa através de tijolos.

MEDIÇÕES NO TRANSFORMADOR DE ISOLAMENTO

Estão assinalados na figura a seguir, os pontos escolhidos para as medições, bem como as
distâncias entre eles em [m].

Figura A-3

Na tabela a seguir são indicados os resultados obtidos:

ATERRAMENTO PARA SISTEMAS MRT - RER - 09


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Tabela A-9
POTENCIAIS
HORA CARGA
TRECHO [m] VOLT.
12:50 4.2 A–B 0.0008
12:50 5.0 A–G 0.190
12:55 5.0 * TI – G 1.400
12:55 5.0 * TI – A 1.400
13:10 5.2 * TI – 145 m 22.500
13:20 6.2 * TI – 145 m 27.000
13:30 6.2 * TI – 200 m 30.000
13:30 6.2 A–G 0.300
13:40 6.2 A–O 1.900
13:50 6.2 O–P 0.020
14:00 6.2 O–Q 0.080
14:00 6.2 O–M 0.480
14:05 6.2 * TI – M 4.600
14:10 6.2 M–M 0.440
14:10 6.2 M – M’ 0.760
14:15 6.2 M – N’ 0.980
14:20 6.2 M’ – S 4.800
14:30 6.2 * TI – S 12.000
14:30 6.2 S–T 0.570
14:35 6.2 T–U 0.540
14:40 6.2 M–I 0.200
14:45 6.2 I–J 1.600
14:45 6.2 J–K 1.500
14:50 6.2 A’ – B’ 0.200
14:50 6.2 B’ – C’ 0.040
14:50 6.2 C’ – D’ 0.030
14:55 6.2 D’ – E’ 0.050
15:00 6.2 W’ – X’ 0.030
15:00 6.2 X–Y 0.050
15:00 6.2 Y-Z 0.030
(*) Potencial de toque/transferência.

Pode-se verificar que o valor nominal da corrente (6,2 A) só foi atingido após certo tempo, uma vez
que as medições foram realizadas paralelamente à ligação dos blocos de carga.

Os resultados obtidos (todos à exceção de alguns potenciais de toque/transferência inferiores a 12 V)


comprovaram não haver qualquer risco para pessoas e animais.

MEDIÇÕES NOS TRANSFORMADORES DE DISTRIBUIÇÃO

Para os transformadores de distribuição, as medições foram realizadas em apenas três deles. Foram
escolhidas as zonas com valores de resistência mais elevados, por corresponderem à pior situação.

ATERRAMENTO PARA SISTEMAS MRT - RER - 09


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O esquema a seguir, onde são representados os pontos escolhidos para as medições, bem como as
distâncias (em m) mantidas entre eles, foi utilizado por ocasião das medições em cada uma das 3
zonas.

Figura A-4

Na tabela a seguir são apresentados os resultados obtidos, podendo-se observar terem sido todos, à
exceção de alguns potenciais de toque/transferência, bem inferiores a 12 V, que é considerado o
menor valor capaz de provocar “sensação de desconforto” em animais.

ATERRAMENTO PARA SISTEMAS MRT - RER - 09


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Tabela A-10
POTENCIAIS [V]
TRECHO
Z – 17 843 Z – 17 862 Z – 17 853
A-B 0,12 0,14 0,60
B-C 0,60 0,01 0,56
A-C 0,80 0,20 0,90
C–D 0,82 0,08 0,70
D-E 0,54 0,14 0,34
TD – A * 3,60 4,40 15,00
TD – B * - 4,40 16,00
TD – C * 5,00 4,40 17,00
TD – F * 3,40 4,80 16,00
TD – G * - 5,00 13,00
A–F 0,24 0,06 0,40
A–G 0,30 0,18 0,50
F–G 0,10 0,10 0,20
G–H 0,70 0,12 0,20
H–I 0,10 0,36 0,30
TD – J * 2,40 - -
TD – K * 3,00 - -
ATERRAM. 24 Ω 42 Ω 42 Ω
(*) Potencial de toque/transferência.

CUSTO DOS ATERRAMENTOS

• Elementos Considerados

Nos 29 aterramentos realizados foram utilizadas hastes cobreadas eletroliticamente, adotando-se em


cada ponto, sempre que possível, o padrão de 3 hastes em paralelo, distanciadas de 3 m,
interligadas ao transformador com fio de cobre nú nº 4 AWG.

Nos casos em que este aterramento não foi satisfatório, procurou-se corrigí-lo com a inserção de
hastes em paralelo, ou com o aprofundamento das existentes, manualmente ou com a ajuda de
martelete-compressor, que foi o equipamento disponível.

Os custos aqui considerados são referentes ao aterramento da rede primária a 7,96 kV. O
aterramento da rede secundária não foi considerado, porque é inerente a toda rede de distribuição,
em qualquer sistema.

ATERRAMENTO PARA SISTEMAS MRT - RER - 09


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EMPRESA DO SISTEMA ELETROBRÁS

Em resumo, o custo do aterramento atingiu a US$ 2.784,77 no Projeto Sardoal, com US$ 513,25
para o transformador de isolamento e US$ 79,47, em média, para cada transformador de distribuição.
O custo do aterramento de um transformador de distribuição foi de US$ 62,91 na situação mais
favorável e de US$ 182,12 no ponto de maior dificuldade.

Nos cálculos de custos, foram consideradas apenas as despesas de materiais e de mão-de-obra


diretamente aplicados, não se incluindo as despesas de deslocamento entre o Rio de Janeiro e o
local de serviço, uma vez que rotineiramente não se terá essa despesa. Pelo mesmo motivo não se
considerou o custo do compressor-martelete utilizado em alguns pontos de maior dificuldade.

Os preços são de setembro de 1981, convertidos para dólar da época, onde é considerada a média
dos índices da variação cambial do dólar para compra e venda no paralelo. 1 dólar = 302 cruzeiros
(Fonte: CD Financeiro da Folha de São Paulo).

TABELAS DE CUSTOS

Nas tabelas a seguir os preços são de junho de 1983, convertidos para dólar da época, onde é
considerada a média dos índices da variação cambial do dólar para compra e venda no paralelo. 1
dólar = 875 cruzeiros (Fonte: CD Financeiro da Folha de São Paulo).

Tabela A-11
Transformador de isolamento

Zona: 17836

CUSTO UNITÁRIO
MATERIAL LOTE QUANT. TOTAL
US$ (JUNHO/83)
Haste cobreada 3 m x 3/4" 357 – 463.4 0,64 22 14,08
Conector p/ aterramento 357 – 395.5 1,34 1 1,34
Fio Cu nú 4 AWG 323 – 086.6 0,63 8 5,04
Cartucho Cadweld 150 357 – 462.6 0,22 36 7,92
TOTAL MATERIAL 28,38

- Mão-de-obra

Foram considerados 100 Hh – (5 homens durante 5 h)

Valor Hh: US$ 1,48 (com encargos sociais)

Total: US$ 1,48 x 100 = US$ 148,00

Total Geral: US$ 148,00 + US$ 28,38 = US$ 176,38

NOTA: A equipe de trabalho foi de 5 homens em razão dos equipamentos utilizados, deslocados
manualmente, e do volume de medições realizadas.

ATERRAMENTO PARA SISTEMAS MRT - RER - 09


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Tabela A-12

Pontos de aterramento simples com 3 hastes de 3 m x 3/4", distanciadas de 3 m.

Zonas: 17837, 17838, 17841, 17843, 17845, 17846, 17847, 17848, 17851, 17858, 17861, 17862,
17863, 17864.

CUSTO UNITÁRIO
MATERIAL LOTE QUANT. TOTAL
US$ (JUNHO/83)
Haste cobreada 3 m x 3/4" 357 – 463.4 0,64 45 28,80
Conector p/ aterramento 357 – 395.5 1,34 45 60,30
Fio Cu nú 4 AWG 323 – 086.6 0,63 75 47,25
Cartucho Cadweld 150 357 – 462.6 0,22 - -
TOTAL MATERIAL 136,35

- Mão-de-obra

Foram considerados 135 Hh

Valor Hh: US$ 1,48

Total: US$ 1,48 x 135 = US$ 199,80

Total Geral: US$ 336,15

Tabela A-13

Pontos com aterramentos corrigidos, utilizando 5 hastes de 3 m x 3/4" com distância de 3 m.

Zonas: 17842, 17844, 17850, 17860.

CUSTO UNITÁRIO
MATERIAL LOTE QUANT. TOTAL
US$ (JUNHO/83)
Haste cobreada 3 m x 3/4" 357 – 463.4 0,64 20 12,80
Conector p/ aterramento 357 – 395.5 1,34 20 26,80
Fio Cu nú 4 AWG 323 – 086.6 0,63 34 21,42
Cartucho Cadweld 150 357 – 462.6 0,22 - -
TOTAL MATERIAL 61,02

- Mão-de-obra

Foram considerados 60 Hh

Valor Hh: US$ 1,48

Total: US$ 1,48 x 60 = US$ 88,80

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Total Geral: US$ 149,82

Tabela A-14

Ponto de aterramento corrigido com hastes profundas cravadas manualmente, sendo uma de 6 m e
duas de 3 m distanciadas de 3 m.

Zonas: 17840.

CUSTO UNITÁRIO
MATERIAL LOTE QUANT. TOTAL
US$ (JUNHO/83)
Haste cobreada 3 m x 3/4" 357 – 463.4 0,64 4 2,56
Conector p/ aterramento 357 – 395.5 1,34 3 4,02
Fio Cu nú 4 AWG 323 – 086.6 0,63 6 3,78
Cartucho Cadweld 150 357 – 462.6 0,22 2 0,44
TOTAL MATERIAL 10,80

- Mão-de-obra

Foram considerados 9 Hh

Valor Hh: US$ 1,48

Total: US$ 1,48 x 9 = US$ 13,32

Total Geral: US$ 13,32 + US$ 10,80 = US$ 24,12

Tabela A-15

Ponto com utilização de martelete.

Zonas: 17839, 17848, 17849, 17852, 17855, 17856, 17859.

CUSTO UNITÁRIO
MATERIAL LOTE QUANT. TOTAL
US$ (JUNHO/83)
Haste cobreada 3 m x 3/4" 357 – 463.4 0,64 85 54,40
Conector p/ aterramento 357 – 395.5 1,34 12 16,08
Fio Cu nú 4 AWG 323 – 086.6 0,63 33 20,79
Cartucho Cadweld 150 357 – 462.6 0,22 82 18,04
TOTAL MATERIAL 109,31

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- Mão-de-obra

Foram considerados 25 Hh (3 homens x 3 dias)

Valor Hh: US$ 1,48

Total: US$ 1,48 x 25 = US$ 37,00

Total Geral: US$ 37,00 + US$ 109,31 = US$ 146,31

Tabela A-16

Pontos de maior dificuldade exigindo 5 hastes de 6 m, distanciadas de 6 m.

Zonas: 17854.

CUSTO UNITÁRIO
MATERIAL LOTE QUANT. TOTAL
US$(JUNHO/83)
Haste cobreada 3 m x 3/4" 357 – 463.4 0,64 10 6,40
Conector p/ aterramento 357 – 395.5 1,34 5 6,70
Fio Cu nú 4 AWG 323 – 086.6 0,63 38 23,94
Cartucho Cadweld 150 357 – 462.6 0,22 15 3,30
TOTAL MATERIAL 40,34

- Mão-de-obra

Foram considerados 15 Hh

Valor Hh: US$ 1,48

Total: US$ 1,48 x 15 = US$ 22,20

Total Geral: US$ 22,20 + US$ 40,34 = US$ 62,54

Tabela A-17

Materiais não aproveitados (hastes abandonadas).

CUSTO UNITÁRIO
MATERIAL LOTE QUANT. TOTAL
US$(JUNHO/83)
Haste cobreada 3 m x 3/4" 357 – 463.4 0,64 10 6,40
Cartucho Cadweld 150 357 – 462.6 0,22 68 14,96
TOTAL MATERIAL 21,36

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Tabela A-18

Materiais e ferramentas – Uso Geral.

CUSTO UNITÁRIO
MATERIAL LOTE QUANT. TOTAL
US$(JUNHO/83)
Cadinho GBC 18 357 – 464.2 1,96 3 5,88
Acendedor 329 – 567.0 0,45 2 0,90
Solvente n.º 27 357 – 999.3 1,00 3 3,00
Alinhador 357 – 460.0 1,31 1 1,31
Folha de serra 914 – 860.1 0,07 125 8,75
Massa Duccil 971 – 646.2 1,15 3 3,45
Pilhas de 1,5 V 360 – 114.8 0,09 96 8,64
Murim 975 – 288.2 1,01 1m 1,01
Lixa 980 – 012.2 0,06 28 1,68
TOTAL MATERIAL 34,62

TOTAL = US$ 929,94.

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APÊNDICE B - TEXTO DO RELATÓRIO “SCEI.12.03 DO CODI”

DETERMINAÇÃO DA RESISTIVIDADE DO SOLO

A determinação dos valores da resistividade do solo é de importância fundamental na elaboração de


um projeto de aterramento. Esses valores são determinados através de medições e são
posteriormente utilizados para se efetuar a estratificação do solo.
O método de medição aqui apresentado é o de Wenner ou Método dos Quatro Pontos, por ser
considerado o mais simples e preciso dentre os métodos existentes.

Este item apresenta, em detalhes, os métodos de Pirson, Yokogawa e Tagg para cálculo da
estratificação do solo, e também um método simplificado. Esses métodos têm a mesma
fundamentação teórica. O método Yokogawa utiliza procedimentos gráficos e seu grau de precisão
pode ser considerado satisfatório. Os métodos de Pirson e de Tagg são basicamente analíticos e,
embora menos rápidos , por sua natureza apresentam maior grau de precisão. A partir deste ponto
de vista e dentro das limitações desses dois métodos, é aconselhável ainda que, quando da sua
utilização, seja empregado o método de Tagg (item 2.3) na determinação da resistividade da primeira
camada e o método de Pirson (item 2.2) nas camadas subsequentes.

Cabe ressaltar que, a menos que se obtenham medições de resistividade com espaçamento entre
hastes superior a 32 m, os três primeiros métodos aqui apresentados são imprecisos na
determinação da estratificação do solo em profundidades superiores a 15 m, aproximadamente.

O método simplificado permite a estratificação do solo em apenas duas camadas e só oferece


resultados precisos para determinados tipos de solo.

B.1 - MÉTODO DE WENNER


O método consiste na utilização do aparelho MEGGER de quatro terminais, sendo dois de corrente e
dois de potencial. São utilizados quatro eletrodos de aproximadamente 50 cm de comprimento e
diâmetro entre 10 e 15 mm. Esses eletrodos devem ser de material não sujeito a corrosão e ter
resistência mecânica suficiente para resistir aos impactos de cravação.

Os eletrodos são dispostos conforme a Figura B-1.

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Figura B-1

Os eletrodos são cravados firmemente no solo, a uma mesma profundidade p (de 10 a 20 cm)
espaçados igualmente entre si, e posicionados simetricamente em relação ao aparelho.

Desse modo, o aparelho indicará um valor de R (em Ω) que, aplicado nas fórmulas B-1 ou B-2 resulta
em um valor de resistividade do solo no ponto A situado a uma profundidade igual ao espaçamento a
entre os eletrodos.

4 πaR
ρ= [Ωm] (B-1)
2a a
1+ −
a 2 + 4p2 a 2 + p2

Para a > 20 a fórmula (B-1) se reduz a:

ρ = 2πaR [Ωm] (B-2)


A medida poderá ser efetuada também com um Voltímetro e um amperímetro ligados conforme
mostra-se na Figura B-2. Através dos dois eletrodos externos (C1 e C2) faz-se circular uma corrente I
e, entre os dois eletrodos internos (P1 e P2), é medida a tensão V. A razão entre V e I resulta na
resistência R que aplicada na fórmula (B-1) ou (B-2) fornece o valor de ρ no ponto A.

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Figura B-2

Os cabos de interligação devem ter isolação de acordo com o nível de tensão no megger,
flexibilidade e resistência mecânica adequadas, e munidos de garra para facilitar a conexão ao
eletrodo.

B.1.1 - Critérios para Medição


Quando se elabora um projeto de aterramento, há necessidade de se conhecer o valor de
resistividade do solo a diversas profundidades. Isto é conseguido variando-se o valor de a.

Os valores comumente usados para espaçamentos entre eletrodos são: 2, 4, 8, 16 e 32 m.


dependendo da natureza do projeto estas distâncias poderão ser maiores ou menores.

Dessa maneira monta-se uma tabela de valores conforme a mostrada a seguir:

Tabela B-1
a [m] 2πa R [Ω] ρ = 2πaR [Ωm]
2 12,56
4 25,12 Valores Valores
8 50,25
16 100,50 Medidos Calculados
32 201,00

Durante as medições de resistividade alguns cuidados devem ser tomados:

• Os eletrodos deverão estar sempre alinhados.

• Os eletrodos deverão estar isentos de óxidos e gorduras para possibilitar bom contato com o
solo.

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• A condição do solo (seco, úmido, etc.) durante a medição deverá ser anotada.

• Deve-se utilizar calçados e luvas de isolação para efetuar as medições.

• Deve-se evitar a realização de medidas sob condições atmosféricas adversas tendo-se em vista
a possibilidade de ocorrência de descargas atmosféricas.

• Não tocar os eletrodos durante as medições e evitar que pessoas estranhas e animais se
aproximem dos mesmos.

O local escolhido para medições deverá ser sempre longe (cerca de 12 m) de áreas sujeitas a
interferências, tais como: torres metálicas de transmissão e respectivos contrapesos, pontos de
aterramento do sistema neutro aterrado, torres de telecomunicação, solos com condutores ou
canalizações metálicas, cercas aterradas, etc.
B.1.2 - Número de Pontos a serem Medidos
O número de pontos a serem medidos é determinado por dois fatores:

• dimensão e importância do local;

• variação dos valores encontrados nas várias medições.

Para equipamentos tais como reguladores de tensão, religadores, seccionalizadores, chave à óleo,
etc. é necessário apenas uma medida de resistividade no ponto de instalação do equipamento. Essa
medida será feita variando-se o espaçamento a entre os eletrodos, conforme colocado
anteriormente.

No caso de projeto de aterramento para linhas de distribuição, é necessário que se faça uma
medição a cada 500 m ao longo do traçado da mesma.

Em caso de localidades, indica-se pelo menos cinco pontos de medição para cada 4 km 2. Os pontos
devem ser escolhidos de modo a abranger toda a área.

As medidas devem ser efetuadas de preferência na periferia da área em questão a fim de se evitar
possíveis interferências.

Admite-se um desvio de 50% em relação à média aritmética dos valores medidos para cada
afastamento entre eletrodos nos diversos pontos. Os valores acima dessa média deverão ser
excluídos e encarados com uma área que necessita de um projeto diferente.
Cabe ao projetista a análise dos valores encontrados e a definição de projetos padrão para as áreas
delineadas pelos valores de resistividade próximos.

B.2 - ESTRATIFICAÇÃO DO SOLO


Quando se projeta um aterramento há necessidade de se empregar um valor de resistividade que
represente a situação do solo o qual o eletrodo abrangerá, ou seja, por onde o eletrodo fará escoar
correntes de defeito, de desequilíbrio, ou provenientes de surtos.

Os solos, na sua maioria, não são homogêneos e sim formados de diversas camadas de
resistividades diferentes.

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Essas camadas são normalmente horizontais e paralelas à superfície do solo. Existem casos em que
elas se apresentam inclinadas e até verticais, devido à alguma falha geológica. Porém, os estudos
apresentados para pesquisa do perfil do solo consideram as camadas aproximadamente horizontais,
uma vez que os casos são mais raros.

A estratificação do solo é exatamente a divisão do solo em camadas, determinando-se suas


resistividades e respectivas profundidades.

A pesquisa do solo é feita baseando-se nas medições prévias de resistividade através do método de
Wenner. Com os valores obtidos traça-se a curva de resistividade em função das distâncias
utilizadas entre os eletrodos durante a medição (Figura B-3).

Figura B-3 – Curva de ρ x a

Existem diversos métodos para se efetuar uma estratificação do solo; neste trabalho, porém, serão
apresentados apenas quatro, que são:

• método que consta do catálogo do aparelho Yokogawa;

• método de Pirson;

• 2o método de Tagg para determinação da resistividade da 1a camada;

• método simplificado para estratificação do solo em duas camadas.

B.2.1 - Método apresentado no Catálogo do Aparelho Yokogawa


Este processo para a determinação das camadas do solo parte de equações matemáticas,
desenvolvidas através de transformadas de Laplace e aplicação da equação de Bessel. A referência
10 (Tagg) mostra detalhadamente este processo. O catálogo do aparelho Yokogawa parte desse
processo matemático e desenvolve um processo analítico que nada mais é do que a transformação

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de valores tabelados em curvas características (curvas de Hummel), partindo-se das equações


acima citadas.

Na prática, e considerando o objetivo deste trabalho, é necessário o conhecimento das “Curvas


Padrão” e Curvas Auxiliares” e o modo de utilizá-las, conforme mostrado na referência 26 (catálogo
Yokogawa).

O procedimento para determinação das camadas do solo e respectivas profundidades, é o seguinte:

a) Traça-se a curva ρ x a em papel transparente, com escala logarítmica de módulo idêntico ao das
curvas padrão e auxiliar (Figuras B-9 e B-10).

b) Divide-se a curva ρ x a em trechos ascendentes e descendentes.

c) Coloca-se a curva ρ x a sobre as curvas padrão e pesquisa-se com qual das curvas padrão o
primeiro trecho da curva ρ x a mais se identifica, deslocando-se para tal a curva ρ x a sobre as
curvas padrão, mantendo-se os eixos paralelos.

d) Escolhida a curva com uma determinada relação ρ 2/ρ 1, transcreve-se a origem das curvas padrão
no gráfico ρ x a. Esse ponto fornece o primeiro pólo 01 (primeiro pólo, pois refere-se ao trecho
inicial da curva ρ x a).

e) Na curva ρ x a são lidas as coordenadas do pólo 01, ou seja, a1 e ρ 1, que representam a


profundidade e a resistividade da primeira camada do solo, respectivamente.

f) A resistividade da segunda camada (ρ 2) será calculada através do valor de ρ 2/ρ 1 da curva padrão
que mais se identificou com o trecho inicial da curva ρ x a, e de ρ 1 obtido através do pólo 01.

g) A seguir coloca-se o gráfico ρ x a sobre as curvas auxiliares, de modo que o pólo 01 coincida
com a origem das curvas auxiliares.

Com a linha tracejada marca-se no gráfico ρ x a, em análise, a curva auxiliar de relação ρ 2/ρ 1
igual a da curva escolhida no item d.

h) Voltando-se às curvas padrão, faz-se coincidir o pólo 01 com a origem das mesmas. Desliza-se a
curva tracejada, obtida no item g, sobre a origem das curvas padrão até que se consiga uma
outra curva padrão que mais se assemelhe ao segundo trecho da curva ρ x a em análise. Ao
“deslizar” a curva tracejada sobre a origem, deverá ser mantido o paralelismo entre as linhas
verticais e horizontais do gráfico ρ x a respectivamente com as linhas verticais das curvas padrão.

i) Escolhida a nova curva padrão, marca-se a origem das curvas padrão sobre o gráfico ρ x a. Esse
ponto nos fornece o pólo 02. Obtém-se assim os valores de resistividade equivalente das
primeira e segunda camadas em relação a a e ρ. Desde que ρ 3/ρ 2’, nesse caso, corresponde ao
valor ρ 2/ρ 1 das curvas padrão, ρ 3 pode ser calculada a partir de ρ 3/ρ 2’ e de ρ 2’ , obtido a partir do
pólo 02. O valor de a2 será obtido diretamente da leitura da abcissa do pólo 02.

j) Havendo mais partes ascendentes e/ou descendentes, prossegue-se analogamente, obtendo-se


outros polos 03, 04 … etc.

De posse dos valores das resistividades das camadas do solo e as respectivas profundidades,
constrói-se o perfil de resistividades da Figura B-4.

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Figura B-4

B.2.2 - Método de Pirson


É realizada a partir da curva de resistividade ρ x a, construída conforme mostrado na Figura B-3,
seguindo-se os passos:

1) A resistividade da 1ª camada, ρ 1, é determinada através de uma série de medições com


pequenos espaçamentos de eletrodos (entre 1,5 a 6,0 m), prolongando a curva média dos
resultados obtidos até encontrar o eixo das resistividades. A interseção da curva no eixo
determina o valor de ρ (a1 ).

2) Supõe-se um valor de a1, contido na primeira parte da curva ρ x a, determinando-se sua


respectiva resistividade ρ (a1 ).

“As partes das curvas são definidas como trechos entre dois pontos de inflexão (d 2ρ/da2 = 0) da
curva ρ x a dada”.

3) Uma vez escolhido a1 e consequentemente determinado o valor de ρ (a1), estabelecer a seguinte


relação:

ρ 11 /ρ (a1 ) = ρ1 /ρ (a1 ) se a curva for ascendente (K > 0)

ρ (a1 )/ρ1 1 = ρ (a1)/ρ1 se a curva for descendente (K < 0)

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Tabela B-2
K
a/a n
- 0,10 - 0,20 - 0,30 - 0,40 - 0,50 - 0,60 - 0,70 - 0,80 - 0,90 - 1,00
0.0 0.8182 0.6667 0.5385 0.4286 0.3333 0.2500 0.1765 0.1111 0.0526 0.0
0.025 0.8185 0.6671 0.5389 0.4290 0.3337 0.2503 0.1767 0.1112 0.0527 0.0
0.050 0.8194 0.6683 0.5401 0.4301 0.3346 0.2510 0.1772 0.1116 0.0528 0.0
0.075 0.8208 0.6704 0.5423 0.4321 0.3364 0.2524 0.1782 0.1123 0.0532 0.0
0.100 0.8229 0.6733 0.5454 0.4350 0.3388 0.2544 0.1797 0.1132 0.0536 0.0
0.125 0.8255 0.6771 0.5496 0.4390 0.3423 0.2572 0.1818 0.1146 0.0543 0.0000
0.150 0.8287 0.6819 0.5548 0.4441 0.3469 0.2610 0.1847 0.1166 0.0555 0.0003
0.175 0.8324 0.6878 0.5613 0.4506 0.3530 0.2663 0.1890 0.1198 0.0575 0.0012
0.200 0.8366 0.6941 0.5691 0.4587 0.3607 0.2733 0.1950 0.1246 0.0610 0.0034
0.225 0.8412 0.7015 0.5781 0.4683 0.3703 0.2823 0.2031 0.1316 0.0667 0.0077
0.250 0.8461 0.7097 0.5882 0.4794 0.3817 0.2935 0.2136 0.1411 0.0750 0.0146
0.275 0.8512 0.7184 0.5993 0.4920 0.3949 0.3068 0.2265 0.1533 0.0862 0.0246
0.300 0.8566 0.7277 0.6113 0.5058 0.4097 0.3221 0.2418 0.1682 0.1004 0.0379
0.325 0.8621 0.7373 0.6239 0.5206 0.4260 0.3391 0.2592 0.1855 0.1174 0.0543
0.350 0.8676 0.7472 0.6371 0.5362 0.4434 0.3577 0.2785 0.2051 0.1370 0.0736
0.375 0.8732 0.7571 0.6506 0.5524 0.4616 0.3775 0.2994 0.2266 0.1588 0.0954
0.400 0.8787 0.7671 0.6642 0.5690 0.4805 0.3982 0.3215 0.2497 0.1825 0.1194
0.425 0.8841 0.7771 0.6779 0.5858 0.4999 0.4196 0.3444 0.2739 0.2076 0.1452
0.450 0.8894 0.7869 0.6916 0.6026 0.5193 0.4418 0.3680 0.2989 0.2338 0.1723
0.475 0.8946 0.7965 0.7050 0.6193 0.5388 0.4632 0.3918 0.3245 0.2607 0.2004
0.500 0.8996 0.8059 0.7182 0.6357 0.5582 0.4850 0.4157 0.3502 0.2881 0.2290
0.525 0.9045 0.8150 0.7310 0.6519 0.5772 0.5065 0.4395 0.3760 0.3155 0.2579
0.550 0.9092 0.8238 0.7435 0.6676 0.5958 0.5277 0.4630 0.4015 0.3428 0.2868
0.575 0.9136 0.8323 0.7555 0.6829 0.6140 0.5485 0.4861 0.4266 0.3698 0.3154
0.600 0.9179 0.8404 0.7671 0.6976 0.6315 0.5686 0.5086 0.4512 0.3963 0.3437
0.625 0.9220 0.8482 0.7783 0.7118 0.6485 0.5881 0.5304 0.4752 0.4222 0.3714
0.650 0.9259 0.8557 0.7890 0.7255 0.6649 0.6070 0.5516 0.4984 0.4474 0.3984
0.675 0.9296 0.8628 0.7992 0.7385 0.6806 0.6251 0.5720 0.5209 0.4718 0.4246
0.700 0.9331 0.8695 0.8089 0.7511 0.6957 0.6426 0.5916 0.5426 0.4954 0.4500
0.725 0.9365 0.8760 0.8182 0.7630 0.7101 0.6592 0.6104 0.5634 0.5181 0.4744
0.750 0.9396 0.8821 0.8270 0.7744 0.7238 0.6752 0.6258 0.5834 0.5399 0.4979
0.775 0.9426 0.8878 0.8354 0.7852 0.7369 0.6904 0.6457 0.6025 0.5608 0.5205
0.800 0.9455 0.8933 0.8434 0.7955 0.7494 0.7050 0.6622 0.6208 0.5809 0.5422
0.825 0.9481 0.8985 0.8509 0.8052 0.7612 0.7188 0.6779 0.6383 0.6000 0.5629
0.850 0.9507 0.9035 0.8581 0.8145 0.7725 0.7320 0.6928 0.6549 0.6182 0.5827
0.875 0.9531 0.9081 0.8649 0.8283 0.7832 0.7445 0.7070 0.6708 0.6356 0.6015
0.900 0.9554 0.9125 0.8713 0.8317 0.7934 0.7564 0.7206 0.6858 0.6522 0.6196
0.925 0.9575 0.9167 0.8774 0.8396 0.8030 0.7676 0.7334 0.7002 0.6680 0.6367
0.950 0.9595 0.9207 0.8832 0.8471 0.8121 0.7784 0.7456 0.7139 0.6830 0.6530
0.975 0.9615 0.9244 0.8887 0.8542 0.8208 0.7885 0.7572 0.7268 0.6973 0.6686

ATERRAMENTO PARA SISTEMAS MRT - RER - 09


Página 42 de 107
EMPRESA DO SISTEMA ELETROBRÁS

1.000 0.9633 0.9279 0.8938 0.8609 0.8290 0.7981 0.7682 0.7391 0.7108 0.6833
1.025 0.9650 0.9313 0.8987 0.8673 0.8368 0.8073 0.7786 0.7508 0.7237 0.6974
1.050 0.9666 0.9344 0.9033 0.8733 0.8442 0.8160 0.7885 0.7619 0.7359 0.7107
1.075 0.9681 0.9374 0.9077 0.8790 0.8512 0.8242 0.7979 0.7724 0.7476 0.7233
1.100 0.9696 0.9402 0.9119 0.8844 0.8578 0.8320 0.8068 0.7824 0.7586 0.7354
1.125 0.9710 0.9429 0.9158 0.8896 0.8641 0.8394 0.8153 0.7919 0.7691 0.7469
1.150 0.9723 0.9455 0.9195 0.8944 0.8701 0.8464 0.8233 0.8009 0.7790 0.7577
1.175 0.9735 0.9479 0.9231 0.8990 0.8757 0.8530 0.8309 0.8094 0.7885 0.7680
1.200 0.9746 0.9501 0.9264 0.9034 0.8811 0.8593 0.8382 0.8176 0.7975 0.7778
1.225 0.9757 0.9523 0.9296 0.9075 0.8861 0.8653 0.8450 0.8253 0.8060 0.7872
1.250 0.9768 0.9543 0.9326 0.9115 0.8910 0.8710 0.8516 0.8326 0.8141 0.7961
1.275 0.9778 0.9563 0.9354 0.9152 0.8955 0.8764 0.8577 0.8396 0.8218 0.8044
1.300 0.9787 0.9581 0.9381 0.9187 0.8999 0.8815 0.8636 0.8462 0.8291 0.8125
1.325 0.9796 0.9599 0.9407 0.9221 0.9040 0.8864 0.8692 0.8525 0.8361 0.8201
1.350 0.9804 0.9615 0.9431 0.9253 0.9079 0.8910 0.8745 0.8584 0.8427 0.8274
1.375 0.9812 0.9631 0.9455 0.9283 0.9117 0.8954 0.8796 0.8641 0.8490 0.8342
1.400 0.9820 0.9646 0.9477 0.9312 0.9152 0.8996 0.8844 0.8695 0.8560 0.8408
1.425 0.9827 0.9660 0.9497 0.9339 0.9186 0.9036 0.8889 0.8747 0.8607 0.8470
1.450 0.9834 0.9673 0.9517 0.9365 0.9218 0.9073 0.8933 0.8796 0.8661 0.8530
1.475 0.9841 0.9686 0.9536 0.9390 0.9248 0.9109 0.8974 0.8842 0.8713 0.8586
1.500 0.9847 0.9698 0.9554 0.9414 0.9277 0.9144 0.9014 0.8887 0.8762 0.8640
1.525 0.9853 0.9710 0.9571 0.9436 0.9305 0.9176 0.9051 0.8929 0.8809 0.8692
1.550 0.9858 0.9721 0.9583 0.9458 0.9331 0.9208 0.9087 0.8969 0.8854 0.8741
1.575 0.9864 0.9732 0.9603 0.9478 0.9356 0.9237 0.9121 0.9007 0.8896 0.8787
1.600 0.9869 0.9742 0.9618 0.9498 0.9380 0.9266 0.9154 0.9044 0.8937 0.8832
1.625 0.9874 0.9751 0.9632 0.9516 0.9403 0.9293 0.9185 0.9079 0.8976 0.8875
1.650 0.9878 0.9760 0.9646 0.9534 0.9425 0.9318 0.9214 0.9112 0.9013 0.8915
1.675 0.9883 0.9769 0.9658 0.9551 0.9445 0.9343 0.9242 0.9144 0.9048 0.8954
1.700 0.9887 0.9777 0.9671 0.9567 0.9465 0.9366 0.9269 0.9175 0.9082 0.8991
1.725 0.9891 0.9785 0.9682 0.9582 0.9484 0.9389 0.9295 0.9204 0.9114 0.9027
1.750 0.9895 0.9793 0.9694 0.9597 0.9502 0.9410 0.9320 0.9232 0.9145 0.9061
1.775 0.9899 0.9800 0.9704 0.9611 0.9520 0.9431 0.9343 0.9258 0.9175 0.9093
1.800 0.9902 0.9807 0.9715 0.9624 0.9536 0.9450 0.9366 0.9284 0.9203 0.9124
1.825 0.9906 0.9814 0.9724 0.9637 0.9552 0.9469 0.9388 0.9308 0.9230 0.9154
1.850 0.9909 0.9820 0.9734 0.9649 0.9567 0.9487 0.9408 0.9332 0.9256 0.9182
1.875 0.9912 0.9826 0.9743 0.9651 0.9582 0.9504 0.9428 0.9354 0.9281 0.9209
1.900 0.9915 0.9832 0.9751 0.9672 0.9596 0.9521 0.9447 0.9375 0.9305 0.9236
1.925 0.9918 0.9837 0.9759 0.9683 0.9609 0.9535 0.9465 0.9396 0.9327 0.9261
1.950 0.9920 0.9843 0.9767 0.9694 0.9622 0.9551 0.9482 0.9415 0.9349 0.9285
1.975 0.9923 0.9848 0.9775 0.9704 0.9634 0.9566 0.9499 0.9434 0.9370 0.9307
2.000 0.9925 0.9853 0.9782 0.9713 0.9646 0.9580 0.9515 0.9452 0.9390 0.9328

ATERRAMENTO PARA SISTEMAS MRT - RER - 09


Página 43 de 107
EMPRESA DO SISTEMA ELETROBRÁS

Tabela B-3
K
a/a n
0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80 0,90 1,00
0.0 0.8182 0.6667 0.5385 0.4286 0.3333 0.2500 0.1765 0.1111 0.0526 0.0
0.025 0.8186 0.6676 0.5399 0.4306 0.3361 0.2538 0.1818 0.1188 0.0643 0.0180
0.050 0.8199 0.6702 0.5439 0.4353 0.3436 0.2634 0.1939 0.1336 0.0818 0.0361
0.075 0.8220 0.6743 0.5502 0.4446 0.3542 0.2762 0.2088 0.1506 0.1000 0.0541
0.100 0.8248 0.6798 0.5581 0.4549 0.3666 0.2907 0.2251 0.1682 0.1184 0.0722
0.125 0.8282 0.6862 0.5672 0.4655 0.3803 0.3063 0.2421 0.1861 0.1367 0.0902
0.150 0.8321 0.6935 0.5773 0.4790 0.3949 0.3224 0.2594 0.2042 0.1550 0.1082
0.175 0.8365 0.7014 0.5881 0.4921 0.4099 0.3388 0.2769 0.2222 0.1732 0.1263
0.200 0.8412 0.7097 0.5994 0.5057 0.4252 0.3555 0.2944 0.2403 0.1914 0.1443
0.225 0.8461 0.7184 0.6111 0.5196 0.4408 0.3723 0.3120 0.2584 0.2096 0.1624
0.250 0.8512 0.7274 0.6230 0.5337 0.4565 0.3891 0.3296 0.2764 0.2277 0.1804
0.275 0.8565 0.7366 0.6350 0.5479 0.4723 0.4060 0.3472 0.2943 0.2458 0.1984
0.300 0.8618 0.7458 0.6471 0.5621 0.4881 0.4228 0.3647 0.3123 0.2638 0.2165
0.325 0.8671 0.7551 0.6593 0.5763 0.5038 0.4396 0.3822 0.3301 0.2818 0.2345
0.350 0.8725 0.7643 0.6713 0.5905 0.5195 0.4563 0.3996 0.3479 0.2998 0.2525
0.375 0.8778 0.7735 0.6833 0.6046 0.5350 0.4729 0.4169 0.3656 0.3177 0.2705
0.400 0.8830 0.7825 0.6952 0.6185 0.5504 0.4894 0.4341 0.3833 0.3356 0.2885
0.425 0.8881 0.7914 0.7069 0.6322 0.5656 0.5057 0.4511 0.4008 0.3534 0.3064
0.450 0.8931 0.8001 0.7183 0.6457 0.5806 0.5218 0.4680 0.4182 0.3711 0.3243
0.475 0.8979 0.8086 0.7295 0.6590 0.5954 0.5377 0.4847 0.4364 0.3886 0.3421
0.500 0.9026 0.8168 0.7405 0.6719 0.6099 0.5533 0.5012 0.4524 0.4061 0.3599
0.525 0.9072 0.8248 0.7511 0.6846 0.6242 0.5687 0.5174 0.4693 0.4234 0.3775
0.550 0.9115 0.8325 0.7615 0.6970 0.6381 0.5839 0.5334 0.4860 0.4405 0.3949
0.575 0.9157 0.8400 0.7715 0.7090 0.6517 0.5987 0.5491 0.5024 0.4574 0.4123
0.600 0.9197 0.8472 0.7812 0.7207 0.6650 0.6131 0.5646 0.5185 0.4741 0.4294
0.625 0.9236 0.8541 0.7906 0.7321 0.6779 0.6273 0.5797 0.5344 0.4906 0.4464
0.650 0.9273 0.8608 0.7996 0.7430 0.6904 0.6411 0.5945 0.5500 0.5068 0.4631
0.675 0.9308 0.8671 0.8083 0.7536 0.7026 0.6545 0.6089 0.5653 0.5227 0.4796
0.700 0.9341 0.8732 0.8167 0.7639 0.7143 0.6675 0.6230 0.5802 0.5383 0.4958
0.725 0.9373 0.8790 0.8247 0.7737 0.7257 0.6802 0.6367 0.5948 0.5537 0.5118
0.750 0.9403 0.8846 0.8324 0.7832 0.7367 0.6925 0.6500 0.6090 0.5686 0.5274
0.775 0.9432 0.8899 0.8398 0.7924 0.7473 0.7043 0.6630 0.6229 0.5833 0.5428
0.800 0.9459 0.8949 0.8468 0.8011 0.7576 0.7158 0.6755 0.6363 0.5975 0.5578
0.825 0.9485 0.8998 0.8535 0.8095 0.7674 0.7269 0.6877 0.6494 0.6115 0.5724
0.850 0.9509 0.9043 0.8600 0.8176 0.7769 0.7376 0.6995 0.6621 0.6250 0.5868
0.875 0.9532 0.9087 0.8661 0.8253 0.7860 0.7479 0.7109 0.6745 0.6382 0.6007
0.900 0.9555 0.9129 0.8720 0.8327 0.7947 0.7579 0.7219 0.6864 0.6509 0.6143
0.925 0.9575 0.9168 0.8776 0.8398 0.8031 0.7674 0.7325 0.6979 0.6633 0.6275
0.950 0.9595 0.9205 0.8829 0.8465 0.8111 0.7766 0.7427 0.7091 0.6754 0.6404
0.975 0.9614 0.9241 0.8880 0.8530 0.8188 0.7854 0.7525 0.7199 0.6870 0.6528

ATERRAMENTO PARA SISTEMAS MRT - RER - 09


Página 44 de 107
EMPRESA DO SISTEMA ELETROBRÁS

1.000 0.9632 0.9275 0.8929 0.8592 0.8262 0.7939 0.7620 0.7303 0.6983 0.6649
1.025 0.9648 0.9307 0.8975 0.8650 0.8333 0.8020 0.7711 0.7403 0.7091 0.6766
1.050 0.9664 0.9338 0.9019 0.8707 0.8400 0.8098 0.7799 0.7500 0.7197 0.6880
1.075 0.9679 0.9367 0.9061 0.8760 0.8465 0.8178 0.7883 0.7593 0.7298 0.6989
1.100 0.9694 0.9394 0.9100 0.8812 0.8527 0.8245 0.7964 0.7682 0.7396 0.7095
1.125 0.9707 0.9420 0.9138 0.8860 0.8586 0.8314 0.8042 0.7769 0.7490 0.7198
1.150 0.9720 0.9445 0.9174 0.8907 0.8643 0.8379 0.8116 0.7851 0.7581 0.7296
1.175 0.9732 0.9469 0.9209 0.8952 0.8696 0.8442 0.8188 0.7931 0.7669 0.7392
1.200 0.9744 0.9491 0.9241 0.8994 0.8748 0.8503 0.8256 0.8008 0.7753 0.7484
1.225 0.9755 0.9512 0.9273 0.9084 0.8797 0.8560 0.8322 0.8081 0.7834 0.7573
1.250 0.9765 0.9533 0.9302 0.9073 0.8844 0.8616 0.8385 0.8152 0.7912 0.7658
1.275 0.9775 0.9552 0.9330 0.9110 0.8889 0.8668 0.8446 0.8220 0.7987 0.7740
1.300 0.9784 0.9570 0.9357 0.9145 0.8932 0.8719 0.8504 0.8285 0.8059 0.7820
1.325 0.9793 0.9588 0.9383 0.9178 0.8973 0.8767 0.8559 0.8347 0.8128 0.7896
1.350 0.9802 0.9604 0.9407 0.9210 0.9013 0.8814 0.8612 0.8407 0.8195 0.7969
1.375 0.9810 0.9620 0.9431 0.9241 0.9050 0.8853 0.8663 0.8464 0.8259 0.8040
1.400 0.9817 0.9635 0.9453 0.9270 0.9086 0.8900 0.8712 0.8519 0.8320 0.8108
1.425 0.9825 0.9649 0.9474 0.9298 0.9120 0.8941 0.8759 0.8572 0.8379 0.8173
1.450 0.9832 0.9663 0.9494 0.9324 0.9153 0.8980 0.8803 0.8623 0.8436 0.8236
1.475 0.9838 0.9676 0.9513 0.9349 0.9184 0.9017 0.8846 0.8672 0.8490 0.8296
1.500 0.9844 0.9688 0.9531 0.9374 0.9214 0.9052 0.8887 0.8718 0.8542 0.8355
1.525 0.9850 0.9700 0.9549 0.9397 0.9243 0.9086 0.8927 0.8763 0.8593 0.8410
1.550 0.9856 0.9711 0.9566 0.9419 0.9270 0.9119 0.8965 0.8806 0.8641 0.8464
1.575 0.9861 0.9722 0.9582 0.9440 0.9296 0.9150 0.9001 0.8847 0.8687 0.8516
1.600 0.9867 0.9732 0.9597 0.9460 0.9321 0.9180 0.9035 0.8887 0.8731 0.8565
1.625 0.9871 0.9742 0.9611 0.9479 0.9345 0.9209 0.9069 0.8925 0.8774 0.8613
1.650 0.9876 0.9751 0.9625 0.9498 0.9368 0.9236 0.9101 0.8961 0.8815 0.8659
1.675 0.9881 0.9760 0.9638 0.9515 0.9390 0.9262 0.9131 0.8996 0.8855 0.8703
1.700 0.9885 0.9769 0.9651 0.9532 0.9411 0.9287 0.9161 0.9029 0.8892 0.8745
1.725 0.9889 0.9777 0.9663 0.9548 0.9431 0.9311 0.9189 0.9062 0.8929 0.8786
1.750 0.9893 0.9785 0.9675 0.9554 0.9450 0.9335 0.9216 0.9092 0.8964 0.8825
1.775 0.9897 0.9792 0.9686 0.9578 0.9469 0.9357 0.9242 0.9122 0.8997 0.8863
1.800 0.9900 0.9799 0.9697 0.9593 0.9487 0.9378 0.9266 0.9151 0.9029 0.8899
1.825 0.9904 0.9806 0.9707 0.9606 0.9504 0.9398 0.9290 0.9178 0.9060 0.8934
1.850 0.9907 0.9812 0.9717 0.9619 0.9520 0.9418 0.9313 0.9204 0.9090 0.8967
1.875 0.9910 0.9819 0.9726 0.9632 0.9535 0.9437 0.9335 0.9230 0.9119 0.9000
1.900 0.9913 0.9825 0.9735 0.9644 0.9550 0.9455 0.9356 0.9254 0.9146 0.9031
1.925 0.9916 0.9830 0.9744 0.9655 0.9565 0.9472 0.9377 0.9277 0.9173 0.9061
1.950 0.9919 0.9836 0.9752 0.9666 0.9579 0.9489 0.9396 0.9300 0.9198 0.9090
1.975 0.9921 0.9841 0.9760 0.9677 0.9592 0.9506 0.9415 0.9321 0.9223 0.9119
2.000 0.9924 0.9846 0.9767 0.9687 0.9605 0.9523 0.9433 0.9342 0.9247 0.9144

ATERRAMENTO PARA SISTEMAS MRT - RER - 09


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EMPRESA DO SISTEMA ELETROBRÁS

A partir da relação definida anteriormente, extrair das Tabelas B-2 ou B-3 a série de valores de a/a1,
dada em função de valores de K.

NOTA: As tabelas foram elaboradas a partir da seguinte equação:

(B-3)

ρ n + 1 - ρn 1
Onde: K coeficiente de reflexão =
ρ n + 1 + ρ n1
4) Multiplicar a série de valores de a/a1 pelo valor de a1 escolhido no item 2, obtendo-se uma série
de valores de a.

5) Esta série de valores de a, com os respectivos valores de K , deverá ser lançada num gráfico
K x a, obtendo-se uma curva.

6) Repetir o procedimento desde item 2 até o 6, escolhendo um novo valor de a1 dentro da primeira
parte da curva.

7) As curvas obtidas nos itens 6 e 7 deverão se cruzar em dado ponto, que será o valor real de a1 e
K1 .

Para assegurar a precisão dos valores de a1 e K1 , o procedimento poderá ser repetido mais uma
vez.

8) O valor de a1 obtido no item 7 será a profundidade da 1a camada, e a resistividade da 2a camada


será:

1 + K1
ρ2 = ρ1 ⋅
1 – K1
9) Estimar a profundidade da 2 a camada pelo método de Lancaster-Jones.

Assim a2 = d1 + d2 = (2/3) ⋅ λ , onde λ é a distância até o ponto de inflexão do 2o trecho da curva


ρ x a.

10) Calcular a resistividade média ρ 2 1 das duas camadas de resistividades ρ 1 e ρ 2, paralelas, pela
fórmula de Hummel:

d1 + d2 d1 d2
= +
ρ 2
1
ρ1 ρ2

11) Repetir o procedimento dos itens 2 a 7. Isto dará uma série de curvas de K x a. Elas irão
convergir num ponto que dará um valor de a2 e o coeficiente de reflexão (K2 ).

ATERRAMENTO PARA SISTEMAS MRT - RER - 09


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EMPRESA DO SISTEMA ELETROBRÁS

ρ 23 ρ 1 ∴ ρ 3 = ρ21 1 + K2
k2 = ρ3 - 2
ρ3 1 – K2

12) Se a convergência não ficar definida, repetir o procedimento desde o item 10, usando o valor de
a2 obtido no item 11. Isso permitirá a obtenção de um resultado mais exato.

13) Para estimar aprofundidade da 3a camada, repetir o procedimento 9. Assim,


d1 + d2 + d3 = (2/3 ) ⋅ λ , sendo λ a distância até o ponto do 3o trecho da curva.

14) Calcular a resistividade média das três camadas em paralelo, ρ 1, ρ 2 e ρ 3.

d1 + d2 + d3 d1 d2 d3
= + +
ρβ 1
ρ1 ρ2 ρ3

15) Repetir o procedimento dos itens 2 a 10. O resultado será um valor de a 3 = d1 + d 2 + d 3 e um valor
de k3 = ρ 4 - ρ 31/ρ 4 + ρ 31

1 + K3
∴ ρ 4 - ρ 31 +
1 – K2

16) O processo poderá ser repetido para tantos pontos de inflexão quantos puderem ser definidos na
curva ρ x a.

B.2.3 – 2o Método de Tagg para Determinação da Resistividade da 1a camada

Definida a curva de resistividade ρ x a (vide Figura B-3) deve ser obedecida a seguinte metodologia
de cálculo:

1) Escolher um valor de a1 e respectivo ρ a1.

2) Escolher um valor de na1 e respectivo ρ na1 no primeiro trecho da curva ρ x a (n > 1).

3) Calcular a seguinte relação:

ρ a1
, se a curva neste trecho for ascendente;
ρ na1

ρ na1
, se a curva neste trecho for descendente.
ρ a1

4) Para a relação anterior, calcular os valores de a/a, a partir da equação (B-3) para:

K 0,1; 0,2; 0,3; 0,4; 0,5; 0,6; 0,7; 0,8; 0,9

ATERRAMENTO PARA SISTEMAS MRT - RER - 09


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EMPRESA DO SISTEMA ELETROBRÁS

(curva ascendente)

K - 0,1; - 0,2; - 0,3; - 0,4; - 0,5; - 0,6; - 0,7; - 0,8; - 0,9

(curva descendente)

NOTA: Para facilitar os cálculos, as Tabelas B-4 a B-9 dão os valores ρ a1/ρ na1 e ρ na1/ρ a1 para
n= 1,5; 2,0 e 3,0.

5) Multiplicar os valores (a/a 1 ) por a1 .

6) Plotar os valores de a e respectivos K num gráfico.

7) Repetir o item 1, escolhendo um novo a1 e respectivo ρ a1, dentro do primeiro trecho da curva ρ x a.

8) Repetir os itens 2 a 6.

9) Determinar a interseção das duas curvas, obtendo o valor de a 1 e K.

10) Substituir os valores de d = a1 , K e ρ a1 na equação (B-3) e calcular ρ 1.

11) A partir do valor de ρ 1 determinado para esta camada, procede-se de acordo com o método de
Pirson na determinação das resistividades das demais camadas, iniciando os cálculos
subsequentes na alínea 2 do item B.2.2 do referido método.

ATERRAMENTO PARA SISTEMAS MRT - RER - 09


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EMPRESA DO SISTEMA ELETROBRÁS

Tabela B-4
K
a/a1
0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0
0 1.0000 1.0000 1.0000 1.0000 1.0000 1.0000 1.0000 1.0000 1.0000 1.0000
0.1 0.9973 0.9936 0.9882 0.9807 0.9697 0.9533 0.9279 0.8869 0.8149 0.6667
0.2 0.9861 0.9700 0.9513 0.9295 0.9039 0.8740 0.8386 0.7962 0.7434 0.6667
0.3 0.9761 0.9516 0.9263 0.8996 0.8718 0.8407 0.8072 0.7696 0.7255 0.6667
0.4 0.9678 0.9373 0.9075 0.8780 0.8484 0.8180 0.7863 0.7524 0.7144 0.6670
0.5 0.9626 0.9282 0.8958 0.8647 0.8345 0.8046 0.7742 0.7428 0.7089 0.6683
0.6 0.9600 0.9236 0.8899 0.8581 0.8277 0.7981 0.7689 0.7391 0.7078 0.6718
0.7 0.9596 0.9227 0.8887 0.8569 0.8267 0.7976 0.7691 0.7466 0.7111 0.6781
0.8 0.9606 0.9245 0.8911 0.8598 0.8313 0.8016 0.7739 0.7463 0.7181 0.6872
0.9 0.9626 0.9277 0.8958 0.8555 0.8367 0.8090 0.7821 0.7553 0.7284 0.6990
1.0 0.9652 0.9326 0.9021 0.8731 0.8455 0.8188 0.7928 0.7671 0.7410 0.7131
1.1 0.9674 0.9377 0.9090 0.8817 0.8549 0.8299 0.8051 0.7804 0.7554 0.7287
1.2 0.9707 0.9430 0.9163 0.8907 0.8647 0.8419 0.8182 0.7946 0.7708 0.7453
1.3 0.9735 0.9483 0.9235 0.8997 0.8760 0.8539 0.8315 0.8090 0.7865 0.7623
1.4 0.9760 0.9531 0.9304 0.9084 0.8870 0.8657 0.8447 0.8236 0.8021 0.7792
1.5 0.9784 0.9573 0.9368 0.9166 0.8967 0.8770 0.8574 0.8376 0.8174 0.7958

ATERRAMENTO PARA SISTEMAS MRT - RER - 09


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EMPRESA DO SISTEMA ELETROBRÁS

Tabela B-5
K
a/a1
0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0
0 1.0000 1.0000 1.0000 1.0000 1.0000 1.0000 1.0000 1.0000 1.0000 1.0000
0.1 0.9960 0.9901 0.9326 0.9711 0.9516 0.9299 0.8919 0.8303 0.7224 0.5000
0.2 0.9606 0.9578 0.9310 0.8995 0.8622 0.8178 0.7647 0.7000 0.6184 0.5000
0.3 0.9657 0.9296 0.8916 0.8511 0.8075 0.7602 0.7085 0.6511 0.5854 0.5000
0.4 0.9526 0.9070 0.8622 0.8176 0.7726 0.7264 0.6783 0.6270 0.5703 0.5002
0.5 0.9429 0.8905 0.8412 0.7941 0.7483 0.7031 0.6576 0.6108 0.5607 0.5013
0.6 0.9369 0.8803 0.8284 0.7799 0.7340 0.6896 0.6460 0.6022 0.5565 0.5041
0.7 0.9346 0.8752 0.8220 0.7730 0.7259 0.6836 0.6414 0.5997 0.5570 0.5092
0.8 0.9335 0.8743 0.8210 0.7720 0.7277 0.6837 0.6426 0.6023 0.5616 0.5172
0.9 0.9347 0.8761 0.8237 0.7754 0.7306 0.6885 0.6483 0.6042 0.5701 0.5280
1.0 0.9372 0.8807 0.8293 0.7821 0.7382 0.6970 0.6577 0.6196 0.5816 0.5412
1.1 0.9398 0.8862 0.8367 0.7909 0.7483 0.7081 0.6698 0.6326 0.5956 0.5566
1.2 0.9439 0.8926 0.8453 0.8014 0.7601 0.7211 0.6838 0.6476 0.6116 0.5738
1.3 0.9467 0.8994 0.8545 0.8125 0.7729 0.7353 0.6991 0.6637 0.6286 0.5922
1.4 0.9515 0.9063 0.8639 0.8240 0.7862 0.7500 0.7151 0.6810 0.6174 0.6115
1.5 0.9552 0.9131 0.8704 0.8356 0.7989 0.7759 0.7314 0.6985 0.6656 0.6313

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Tabela B-6
K
a/a1
0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0
0 1.0000 1.0000 1.0000 1.0000 1.0000 1.0000 1.0000 1.0000 1.0000 1.0000
0.1 0.9946 0.9871 0.9766 0.9615 0.9395 0.9066 0.8559 0.7737 0.6295 0.3330
0.2 0.9779 0.9516 0.9201 0.8822 0.8361 0.7796 0.7096 0.6208 0.5039 0.3334
0.3 0.9572 0.9114 0.8624 0.8092 0.7512 0.6876 0.6173 0.5287 0.4486 0.3334
0.4 0.9394 0.8797 0.8202 0.7600 0.6983 0.6349 0.5688 0.4992 0.4240 0.3335
0.5 0.9250 0.8552 0.7889 0.7251 0.6627 0.6010 0.5392 0.4764 0.4106 0.3342
0.6 0.9146 0.8377 0.7673 0.7016 0.6395 0.5798 0.5215 0.4634 0.4037 0.3361
0.7 0.9075 0.8261 0.7530 0.6862 0.6243 0.5650 0.5102 0.4556 0.4005 0.3396
0.8 0.9035 0.8195 0.7450 0.6779 0.6173 0.5592 0.5052 0.4532 0.4012 0.3450
0.9 0.9018 0.8167 0.7421 0.6751 0.6141 0.5579 0.5053 0.4550 0.4053 0.3524
1.0 0.9021 0.8174 0.7429 0.6763 0.6161 0.5608 0.5092 0.4602 0.4123 0.3617
1.1 0.9032 0.8201 0.7465 0.6807 0.6213 0.5669 0.5163 0.4683 0.4216 0.3728
1.2 0.9062 0.8245 0.7522 0.6877 0.6292 0.5756 0.5257 0.4786 0.4329 0.3855
1.3 0.9094 0.8299 0.7595 0.6962 0.6388 0.5862 0.5371 0.4906 0.4458 0.3995
1.4 0.9130 0.8363 0.7678 0.7061 0.6499 0.5982 0.5500 0.5043 0.4601 0.4145
1.5 0.9169 0.8431 0.7769 0.7168 0.6620 0.6113 0.5639 0.5190 0.4754 0.4307

ATERRAMENTO PARA SISTEMAS MRT - RER - 09


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EMPRESA DO SISTEMA ELETROBRÁS

Tabela B-7
K
a/a1
-0.1 -0.2 -0.3 -0.4 -0.5 -0.6 -0.7 -0.8 -0.9 -1.0
0 1.0000 1.0000 1.0000 1.0000 1.0000 1.0000 1.0000 1.0000 1.0000 1.0000
0.1 0.9981 0.9967 0.9958 0.9951 0.9945 0.9942 0.9941 0.9941 0.9942 1.0000
0.2 0.9881 0.9778 0.9688 0.9608 0.9532 0.9452 0.9356 0.9210 0.8870 0.3333
0.3 0.9683 0.9874 0.9059 0.8726 0.8357 0.8486 0.8065 0.7405 0.6072 0.0885
0.4 0.9669 0.9327 0.8967 0.8575 0.8130 0.7599 0.6925 0.5998 0.4517 0.1834
0.5 0.9603 0.9188 0.8748 0.8268 0.7733 0.7119 0.6389 0.5456 0.4302 0.2651
0.6 0.9573 0.9128 0.8659 0.8156 0.7600 0.7001 0.6321 0.5534 0.4005 0.3473
0.7 0.9569 0.9123 0.8597 0.8170 0.7650 0.7091 0.6436 0.5934 0.5078 0.4240
0.8 0.9583 0.9156 0.8717 0.8240 0.7764 0.7285 0.6755 0.6191 0.5585 0.4932
0.9 0.9608 0.9214 0.8804 0.8388 0.7960 0.7518 0.7051 0.6579 0.6076 0.5548
1.0 0.9638 0.9273 0.8903 0.8529 0.8145 0.7757 0.7357 0.6946 0.6532 0.6885
1.1 0.9675 0.9338 0.9095 0.8670 0.8340 0.7988 0.7610 0.7287 0.6926 0.6433
1.2 0.9701 0.9402 0.9104 0.8505 0.8528 0.8203 0.7960 0.7504 0.7284 0.6970
1.3 0.9730 0.9459 0.9196 0.8930 0.8672 0.8399 0.8139 0.7862 0.7597 0.7328
1.4 0.9758 0.9514 0.9280 0.9043 0.8807 0.8574 0.8346 0.8106 0.7872 0.7639
1.5 0.9782 0.9568 0.9355 0.9145 0.8936 0.8729 0.8522 0.8317 0.8113 0.7908

ATERRAMENTO PARA SISTEMAS MRT - RER - 09


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EMPRESA DO SISTEMA ELETROBRÁS

Tabela B-8
K
a/a1
-0.1 -0.2 -0.3 -0.4 -0.5 -0.6 -0.7 -0.8 -0.9 -1.0
0 1.0000 1.0000 1.0000 1.0000 1.0000 1.0000 1.0000 1.0000 1.0000 1.0000
0.1 0.9971 0.9951 0.9936 0.9926 0.9918 0.9914 0.9912 0.9913 0.9918
0.2 0.9836 0.9700 0.9584 0.9484 0.9395 0.9308 0.9212 0.9078 0.8792
0.3 0.9674 0.9373 0.9050 0.8785 0.8471 0.8106 0.7634 0.6910 0.5455 0.0442
0.4 0.9521 0.9048 0.8568 0.8061 0.7506 0.6863 0.6066 0.4990 0.3358 0.0280
0.5 0.9405 0.8807 0.8192 0.7546 0.6847 0.6065 0.5156 0.4055 0.2637 0.0685
0.6 0.9333 0.8658 0.7968 0.7250 0.6488 0.5664 0.4755 0.3729 0.2532 0.1100
0.7 0.9295 0.8592 0.7875 0.7139 0.6373 0.5567 0.4711 0.3786 0.2771 0.1643
0.8 0.9294 0.8588 0.7876 0.7153 0.6366 0.5650 0.4855 0.4022 0.3142 0.2202
0.9 0.9310 0.8627 0.7936 0.7244 0.6544 0.5832 0.5099 0.4356 0.3582 0.2778
1.0 0.9340 0.8685 0.8035 0.7385 0.6733 0.6076 0.5412 0.4765 0.4052 0.3352
1.1 0.9382 0.8761 0.8152 0.7547 0.6944 0.6341 0.5737 0.5129 0.4516 0.3893
1.2 0.9418 0.8846 0.8281 0.7722 0.7168 0.6617 0.6068 0.5519 0.4967 0.4419
1.3 0.9460 0.8931 0.8410 0.7896 0.7386 0.6885 0.6386 0.5887 0.5395 0.4904
1.4 0.9502 0.9015 0.8536 0.8057 0.7601 0.7143 0.6689 0.6240 0.5794 0.5351
1.5 0.9542 0.9095 0.8656 0.8225 0.7814 0.7384 0.6871 0.6565 0.6161 0.5762

ATERRAMENTO PARA SISTEMAS MRT - RER - 09


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EMPRESA DO SISTEMA ELETROBRÁS

Tabela B-9
K
a/a1
-0.1 -0.2 -0.3 -0.4 -0.5 -0.6 -0.7 -0.8 -0.9 -1.0
0 1.0000 1.0000 1.0000 1.0000 1.0000 1.0000 1.0000 1.0000 1.0000 1.0000
0.1 0.9962 0.9931 0.9915 0.9901 0.9591 0.9885 0.9883 0.9888 0.9854
0.2 0.9818 0.9668 0.9543 0.9437 0.9341 0.9254 0.9158 0.9024 0.8741
0.3 0.9605 0.9252 0.8922 0.8601 0.8271 0.7899 0.7429 0.6727 0.5338
0.4 0.9407 0.8847 0.8301 0.7745 0.7155 0.6457 0.5675 0.4596 0.2961 0.0093
0.5 0.9239 0.8508 0.7787 0.7070 0.6285 0.5453 0.4506 0.3378 0.1950 0.0097
0.6 0.9114 0.8259 0.7418 0.6575 0.5712 0.4807 0.3834 0.2761 0.1537 0.0097
0.7 0.9032 0.8099 0.7188 0.6286 0.5380 0.4456 0.3500 0.2493 0.1412 0.0235
0.8 0.8986 0.8009 0.7062 0.6134 0.5260 0.4293 0.3362 0.2112 0.1428 0.0404
0.9 0.8967 0.7978 0.7016 0.6081 0.5164 0.4258 0.3352 0.2453 0.1538 0.0611
1.0 0.8969 0.7980 0.7029 0.6186 0.5207 0.4326 0.3458 0.2599 0.1743 0.0889
1.1 0.8991 0.8016 0.7084 0.6183 0.5209 0.4457 0.3634 0.2809 0.1998 0.1201
1.2 0.9015 0.8574 0.7170 0.6295 0.5154 0.4634 0.3835 0.3054 0.2288 0.1535
1.3 0.9051 0.8145 0.7274 0.6436 0.5625 0.4840 0.4077 0.3331 0.2606 0.1895
1.4 0.9092 0.8224 0.7339 0.6589 0.5815 0.5066 0.4339 0.3703 0.2942 0.2269
1.5 0.9136 0.8310 0.7517 0.6753 0.6016 0.5304 0.4612 0.3941 0.3288 0.2651

B.2.4 Método Simplificado para Estratificação do Solo em duas camadas


Este método oferecerá resultados razoavelmente precisos somente quando o solo puder ser
considerado estratificável em duas camadas, ou seja, quando a curva ρ x a tiver uma das formas
típicas indicadas na figura a seguir.

Figura B-5

Definindo a curva de resistividade ρ x a, a rotina a ser seguida para estratificação do solo é a


seguinte:
1. Prolongar a curva até interceptar o eixo das ordenadas e determinar o valor da resistividade da
camada superior do solo (ρ 1).

ATERRAMENTO PARA SISTEMAS MRT - RER - 09


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EMPRESA DO SISTEMA ELETROBRÁS

2. Traçar a assintota à curva de resistividade e prolongá-la até o eixo das ordenadas. Sua
intercessão com esse eixo indicará o valor da resistividade da camada inferior do solo (ρ 2).

3. Calcular a relação ρ 2/ρ 1.

4. A partir do resultado do item 3, determinar o valor de Mo na Tabela B-10.

5. Calcular ρ m = Mo.ρ 1 .

6. Com o valor de ρ m definido no item 5, entrar na curva de resistividade ρ x a e determinar a


profundidade d da primeira camada do solo (camada superior).

7. Para determinação da resistividade aparente do solo (ρ a), de acordo com a rotina do item 3,
dever-se-á considerar:

ρ 1 = ρ eq.n

ρ2 = ρn + 1

d = deq.n

ATERRAMENTO PARA SISTEMAS MRT - RER - 09


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Tabela B-10
ρ 2/ρ1 Mo ρ 2/ρ1 Mo ρ 2/ρ1 Mo
0,0010 0,6839 0,70 0,9361 14,50 1,413
0,0020 0,6844 0,75 0,9480 15,00 1,416
0,0025 0,6847 0,80 0,9593 15,50 1,418
0,0030 0,6850 0,85 0,9701 16,00 1,421
0,0040 0,6855 0,90 0,9805 16,50 1,423
0,0045 0,6858 0,95 0,9904 17,00 1,425
0,0050 0,6861 1,00 1,0000 17,50 1,427
0,0060 0,6866 1,50 1,078 18,00 1,429
0,0070 0,6871 2,00 1,134 18,50 1,430
0,0080 0,6877 2,50 1,177 19,00 1,432
0,0090 0,6882 3,00 1,210 20,00 1,435
0,010 0,6887 3,50 1,237 30,00 1,456
0,015 0,6914 4,00 1,260 40,00 1,467
0,020 0,6940 4,50 1,278 50,00 1,474
0,030 0,6993 5,00 1,294 60,00 1,479
0,040 0,7044 5,50 1,308 70,00 1,482
0,050 0,7095 6,00 1,320 80,00 1,484
0,060 0,7145 6,50 1,331 90,00 1,486
0,070 0,7195 7,00 1,340 100,00 1,488
0,080 0,7243 7,50 1,349 110,00 1,489
0,090 0,7292 8,00 1,356 120,00 1,490
0,10 0,7339 8,50 1,363 130,00 1,491
0,15 0,7567 9,00 1,369 140,00 1,492
0,20 0,7781 9,50 1,375 150,00 1,493
0,25 0,7981 10,00 1,380 160,00 1,494
0,30 0,8170 10,50 1,385 180,00 1,495
0,35 0,8348 11,00 1,390 200,00 1,496
0,40 0,8517 11,50 1,394 240,00 1,497
0,45 0,8676 12,00 1,398 280,00 1,498
0,50 0,8827 12,50 1,401 350,00 1,499
0,55 0,8971 13,00 1,404 450,00 1,500
0,60 0,9107 13,50 1,408 640,00 1,501
0,65 0,9237 14,00 1,410 1.000,00 1,501

ATERRAMENTO PARA SISTEMAS MRT - RER - 09


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B.3 - CÁLCULO DA RESISITIVIDADE DO SOLO

B. 3.1 Aterramento com um único Eletrodo

Para se calcular a resistência de aterramento de uma única haste cravada num solo não homogêneo,
deve-se considerar apenas as resistividades das camadas atingidas por essa haste. A dispersão das
correntes se dará proporcionalmente ao valor da resistividade de cada camada e ao comprimento da
haste nela situada.

Raciocínio idêntico deve ser empregado para o cálculo da resistência de aterramento de uma anel,
desprezando-se, contudo, o comprimento do condutor enrolado para a formação da espira.

Assim sendo:

Figura B-6

Deste modo tem-se:

L1 + L 2
ρ= (B-4)
L1 L 2
+
ρ1 ρ 2

A resistividade calculada através da fórmula (B-4) é a que será utilizada no cálculo da resistência do
aterramento.

B.3.2 Aterramentos com mais de uma Haste

Sempre que se utiliza mais do que um eletrodo num sistema de aterramento, a resistividade
empregada para o cálculo da resistência é a resistividade aparente (ρ a).

Define-se como resistividade aparente o valor da resistividade equivalente das camadas de diversas
resistividades que compõem um solo não homogêneo, calculada para uma determinada dimensão do
sistema de aterramento em estudo.

Para se determinar a resistividade aparente do solo, procede-se da seguinte maneira:

ATERRAMENTO PARA SISTEMAS MRT - RER - 09


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A partir da estratificação do solo faz-se a redução das (n + 1) camadas do solo para apenas duas
camadas.

A redução é feita considerando-se o paralelismo de duas a duas camadas a partir da superfície,


utilizando-se a seguinte fórmula:

d1 + d2 [Ωm] (B-5)
ρ eq.1 2 =
d1 d2
+
ρ1 ρ2

A fórmula geral para redução direta de n camadas é:

d1 + d2 + d3 + … + dn
ρ eq.1 2 = [Ωm]
d1 d2 d3 dn (B-6)
+ + +…+
ρ1 ρ2 ρ3 ρn

onde: d1 = espessura da camada de resistividade ρ 1

d2 = espessura da camada de resistividade ρ 2

dn = espessura da camada de resistividade ρ n

Assim, chega-se a apenas duas camadas de solo, conforme Figura (B-7).

Figura B-7 – Perfil de resistividade do solo as n camadas reduzidas a uma camada equivalente

A partir das dimensões do sistema de aterramento, determina-se o coeficiente α, dado pela


fórmula (B-7).

r
α= deq.n (B-7)

onde:

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r = raio da hemisfera equivalente (tomado, em termos práticos, igual à metade da maior


dimensão do sistema de aterramento)

deq.n = profundidade da camada equivalente obtida na redução de n camadas

Para hastes alinhadas r é dado por:

(n – 1)e
r= (B-8)
2
Onde: n = número de hastes de aterramento

e = espaçamento entre hastes [m]

r = raio da hemisfera equivalente

OBS.: Para outras configurações r será dado por A/D, sendo A a área abrangida pelo sistema de
aterramento.

Sendo:

A = área do sistema de aterramento (m 2)

D = maior dimensão do sistema de aterramento [m]

De posse do coeficiente α e da relação β = (ρ n + 1)/ρ eq.n, através do gráfico da Figura B-8 determina-
se a relação N = ρ a /ρ eq.n,da qual extrai-se a resistividade aparente pela fórmula:

ρ a = N . ρ eq.n (B-9)

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Figura B-8

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Figura B-9

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Figura B-10 - CURVAS AUXILIARES

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B-4 - EXEMPLOS

B.4.1 - Estratificação do solo pelo método do Yokogawa

a) valores obtidos na medição

a [m] R [Ω] ρ [Ωm]


2 54,10 680
4 33,40 840
8 18,50 930
16 6,87 690
32 1,64 330

b) Com os valores obtidos acima, traça-se a curva ρ x a representativa do local.

c) Divide-se a curva ρ x a em trechos ascendentes e descendentes.

d) Coloca-se a curva ρ x a sobre as curvas padrão e encontra-se coincidência do trecho ascendente


com a curva padrão de relação ρ 2/ρ 1 = 3.

e) Marca-se o pólo 0 1 e tém-se as coordenadas do mesmo:

a1 = 0,69 m

ρ 1 = ρ 1 = 340 Ωm

Esses valores referem-se a primeira camada do solo.

f) Calcula-se o valor da resistividade da segunda camada através de:

ρ2
= 3 ∴ ρ 2 = 3.ρ1 = 3.340 = 1020 Ωm
ρ1
g) Coloca-se o gráfico ρ x a sobre as curvas auxiliares de modo que o pólo 01 coincida com a
origem das curvas auxiliares e copia-se (curva tracejada) a curva auxiliar de mesma relação
ρ 2/ρ 1. No caso, ρ 2/ρ 1 = 3.

h) Vai-se às curvas padrão, faz-se coincidir o pólo 01 com a origem das mesmas e desliza-se a curva
tracejada sobre esta origem até que se obtenha coincidência com o segundo trecho da curva ρ x a,
ou seja, com a curva padrão de relação ρ 2/ρ 1 = 1/6.

Encontra-se então o pólo 02 cujas coordenadas são:

a2 = 15 m

ρ 2 = 900 Ωm

i) Com os valores acima, determina-se a resistividade da terceira camada do solo:

ATERRAMENTO PARA SISTEMAS MRT - RER - 09


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ρ3 1 ρ 2’ 900
= ∴ ρ3 = = = 150 Ωm
ρ2 6 6 6

j) O perfil de resistividade do solo será dado por:

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ESTRATIFICAÇÃO DO SOLO

LOCAL Exemplo 1 REGIONAL

CONDIÇÃO DO SOLO MUITO ÚMIDO ¨

ÚMIDO ¨

NORMAL ý

SECO ¨

DATA ____ / ____ / ____

a [m] R [Ω] 2πa ρ = 2πa R [Ωm]


2 54,10 12,56 680
4 33,40 25,12 840
8 18,50 50,25 930
16 6,87 100,50 690
32 1,64 201,00 330

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B.4.2 - Determinação da resistividade aparente para uma localidade

a) Medições efetuadas no local:

PONTO1 PONTO2 PONTO3 PONTO4 PONTO5 PONTO6 PONTO7


a[m]
R1 [Ω] R2 [Ω] R3 [Ω] R4 [Ω] R5 [Ω] R6 [Ω] R7 [Ω]
2 25 20 22 24 23 27 26
4 15 12 13 22 18 14 17
8 4 6 7 5 3 4 7
16 2 1 2 1,5 1,4 1 1,2
32 0,6 0,6 0,3 0,4 0,5 0,8 0,6

b) Determinação do valor médio de resistividade:

a[m] Rmédia [Ω] ρ média [Ωm]


2 23,86 300
4 15,86 398
8 5,14 258
16 1,44 145
32 0,54 109

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c) Determinação dos desvios com relação a média:

PONTO1 PONTO2 PONTO3 PONTO4 PONTO5 PONTO6 PONTO7


a[m]
R1 [Ω] R2 [Ω] R3 [Ω] R4 [Ω] R5 [Ω] R6 [Ω] R7 [Ω]
2 4,78 16,18 7,80 0,59 3,60 13,16 8,97
4 5,42 24,34 18,03 38,71 13,49 11,73 7,19
8 22,18 16,73 36,19 2,72 41,63 22,18 36,19
16 38,89 30,56 38,89 4,17 2,78 30,56 16,67
32 11,11 11,11 44,44 25,93 7,41 48,15 11,11

Rm – R
δ% = . 100
Rm
Os desvios máximos em relação à média aritmética estão todos dentro do valor admissível (50%),
portanto, todos os pontos serão considerados.

d) Estratificação do solo pelo método do Yokogawa

ATERRAMENTO PARA SISTEMAS MRT - RER - 09


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EMPRESA DO SISTEMA ELETROBRÁS

a2=6,5m

e) Redução das camadas do solo – pela fórmula (B-1):

f) Determinação da resistividade aparente:

Utilizando hastes em paralelo, configuração linear.

Admitindo-se n = 9 hastes, tem-se:

(n – 1).e (9 – 1).3
2 2
α= = = 1,74
deq 6,9

ATERRAMENTO PARA SISTEMAS MRT - RER - 09


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EMPRESA DO SISTEMA ELETROBRÁS

ρn + 1 96
β= = = 0,31
ρ 313

da figura B-7 tem-se N = 0,8

logo: ρ a = N.ρ eq = 0,8.313 = 250 Ωm

ATERRAMENTO PARA SISTEMAS MRT - RER - 09


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EMPRESA DO SISTEMA ELETROBRÁS

ESTRATIFICAÇÃO DO SOLO

LOCAL Exemplo 2 REGIONAL


CONDIÇÃO DO SOLO MUITO ÚMIDO ¨
ÚMIDO ¨
NORMAL ý
SECO ¨
DATA ____ / ____ / ____
a[m] R[Ω] 2πa ρ = 2πa R [Ωm]
2 23,86 12,56 300
4 15,86 25,12 398
8 5,14 50,25 258
16 1,44 100,50 145
32 0,54 201,00 109

ATERRAMENTO PARA SISTEMAS MRT - RER - 09


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EMPRESA DO SISTEMA ELETROBRÁS

B.4.3 - Estratificação do solo pelo método do Yokogawa

a) Valores obtidos na medição

a[m] R1 R2 R3 R4 R5 R6 Rmédia 2πa ρ média


2 110 108 50 52 48 45 68,83 12,56 865
4 93 95 42 41 35 30 56,00 25,12 1407
8 71 67 25 20 34 20 39,50 50,25 1985
16 35 28 12 10 13 9 17,83 100,50 1792
32 8 6.5 7 5 3 4,5 5,67 201,00 1139

b) Verificação dos valores em relação à média:

a[m] PONTO1 PONTO2 PONTO3 PONTO5 PONTO6 PONTO7


2 59,81 56,91 27,36 24,45 30,26 34,62
4 66,07 69,64 25,00 26,78 37,50 46,43
8 79,69 69,57 36,68 49,33 13,91 49,33
16 96,32 57,05 32,70 43,92 27,09 49,53
32 41,07 14,63 23,44 11,81 47,07 20,62

ATERRAMENTO PARA SISTEMAS MRT - RER - 09


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EMPRESA DO SISTEMA ELETROBRÁS

Rm – R
δ% = . 100
Rm

Nota-se que os pontos 1 e 2 apresentam valores de resistividade com desvio em relação à média
aritmética maior que o admissível (50%). Portanto, estes pontos deverão ser isolados e considerados
como uma outra região, necessitando pois de um projeto especial.

Os pontos 3, 4, 5 e 6 constituirão uma outra região, para a qual a média aritmética do valor de
resistividade poderá ou não ser mantida, dependendo do número de aterramentos a serem
executados.

Nesse caso, serão considerados os valores médios calculados para toda a região, ou seja, para os
seis pontos.

c) Estratificação do solo para os pontos 1 e 2:

a[m] R1 R2 Rm [Ω] 2πa ρ m[Ωm]


2 110 108 109,00 12,56 1369
4 93 95 94,00 25,12 2361
8 71 67 69,00 50,25 3467
16 35 28 31,50 100,50 3166
32 8 6,5 7,25 201,00 1457

ATERRAMENTO PARA SISTEMAS MRT - RER - 09


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EMPRESA DO SISTEMA ELETROBRÁS

polo 01

polo 02

d) Estratificação do solo para a região dos pontos 3, 4, 5 e 6:

Considerando a mesma média anterior se terá:

ATERRAMENTO PARA SISTEMAS MRT - RER - 09


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EMPRESA DO SISTEMA ELETROBRÁS

a[m] Rm [Ω] 2πa ρ m[Ωm]


2 68,83 12,56 865
4 56,00 25,12 1407
8 39,50 50,25 1985
16 17,83 100,50 1792
32 5,67 201,00 1139

NOTA: A escolha dos valores médios a serem admitidos deve ser cuidadosa para que não se incorra
erros e custos elevados devido à quantidade excessiva de material utilizado. Convém observar que a
análise feita neste exemplo vale para regiões pequenas onde o número de aterramentos seria
também pequeno. Para grandes regiões dever-se-ia calcular uma nova média com as resistências
obtidas nos pontos 3, 4, 5 e 6.

ATERRAMENTO PARA SISTEMAS MRT - RER - 09


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EMPRESA DO SISTEMA ELETROBRÁS

ESTRATIFICAÇÃO DO SOLO

LOCAL Exemplo 3 - Pontos 1 e 2 REGIONAL

CONDIÇÃO DO SOLO MUITO ÚMIDO ¨

ÚMIDO ¨

NORMAL ¨

SECO ¨

DATA ____ / ____ / ____

a[m] R[Ω] 2πa ρ = 2πa R [Ωm]


2 109,00 12,56 1369
4 94,00 25,12 2361
8 69,00 50,25 3467
16 31,50 100,50 3166
32 7,25 201,00 1457

ESTRATIFICAÇÃO DO SOLO

LOCAL Exemplo 3 – Pontos 3, 4, 5 e6 REGIONAL

ATERRAMENTO PARA SISTEMAS MRT - RER - 09


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EMPRESA DO SISTEMA ELETROBRÁS

CONDIÇÃO DO SOLO MUITO ÚMIDO ¨


ÚMIDO ¨
NORMAL ¨
SECO ¨

DATA ____ / ____ / ____

a[m] R[Ω] 2πa ρ = 2πa R [Ωm]


2 68,83 12,56 865
4 56,00 25,12 1407
8 39,50 50,25 1985
16 17,83 100,50 1792
32 5,67 201,00 1139

ATERRAMENTO PARA SISTEMAS MRT - RER - 09


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EMPRESA DO SISTEMA ELETROBRÁS

B.4.4 - Estratificação do solo pelo método do Yokogawa

a)Valores obtidos nas medições:

a[m] R1 R2 R3 R4 R5 Rmédia 2πa ρ média


2 85 89 37 87 86 76,80 12,56 965
4 33 34 15 35 45 32,40 25,12 814
8 20 22 9 26 23 20,00 50,25 1005
16 10 9,7 3,8 9,2 12,5 9,04 100,50 909
32 3,3 3,1 1,5 3,5 3,8 3,04 201,00 611

b)Verificação dos valores em relação à média:

a[m] PONTO1 PONTO2 PONTO3 PONTO4 PONTO5


2 10,66 15,86 51,74 13,26 11,96
4 1,85 4,94 53,77 8,03 38,93
8 0,00 10,00 55,00 30,00 15,00
16 10,62 7,30 57,95 1,77 38,27
32 8,55 1,97 50,65 15,13 25,00

Rm – R
δ% = . 100
Rm

NOTA: Neste caso, o ponto 3 constituirá uma região a parte; ele será isolado, e uma nova média será
calculada para os demais pontos pois os valores do ponto 3 estão a seguir da média. Se for
considerado o ponto 3, os aterramentos estarão subdimensionados.

c) Estratificação do solo para os pontos 1, 2, 4, e 5:

a[m] Ponto 1 Ponto 2 Ponto 4 Ponto 5 Rm [Ω] 2πa ρ m[Ωm]


2 85 89 87 85 86,75 12,56 1090
4 33 34 35 45 36,75 25,12 923
8 20 22 26 23 22,75 50,25 1143
16 10 9,7 9,2 12,5 10,35 100,50 1040
32 3,3 3,1 3,5 3,8 3,45 201,00 688

ATERRAMENTO PARA SISTEMAS MRT - RER - 09


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EMPRESA DO SISTEMA ELETROBRÁS

O1

O2

O3

ATERRAMENTO PARA SISTEMAS MRT - RER - 09


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EMPRESA DO SISTEMA ELETROBRÁS

d) Estratificação do solo para o ponto 3:

a[m] Ponto 3 2πa ρm


2 37 12,56 485
4 15 25,12 377
8 9 50,25 452
16 3,8 100,50 382
32 1,5 201,00 302

ATERRAMENTO PARA SISTEMAS MRT - RER - 09


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EMPRESA DO SISTEMA ELETROBRÁS

ATERRAMENTO PARA SISTEMAS MRT - RER - 09


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EMPRESA DO SISTEMA ELETROBRÁS

ESTRATIFICAÇÃO DO SOLO

LOCAL Exemplo 4 – Pontos 3 REGIONAL


CONDIÇÃO DO SOLO MUITO ÚMIDO ¨
ÚMIDO ¨
NORMAL ¨
SECO ¨
DATA ____ / ____ / ____

a[m] R[Ω] 2πa ρ = 2πa R [Ωm]


2 37 12,56 465
4 15 25,12 377
8 9 50,25 452
16 3,8 100,50 382
32 1,5 201,00 302

ATERRAMENTO PARA SISTEMAS MRT - RER - 09


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EMPRESA DO SISTEMA ELETROBRÁS

ESTRATIFICAÇÃO DO SOLO

LOCAL Exemplo 4 – Pontos 1,2, 4, 5 REGIONAL


CONDIÇÃO DO SOLO MUITO ÚMIDO ¨
ÚMIDO ¨
NORMAL ¨
SECO ¨
DATA ____ / ____ / ____

a[m] R[Ω] 2πa ρ = 2πa R [Ωm]


2 86,75 12,56 1090
4 36,75 25,12 923
8 22,75 50,25 1143
16 10,35 100,50 1040
32 3,43 201,00 688

B.4.5. - Estratificação do solo pelo método de Pirson


a) Dados

ATERRAMENTO PARA SISTEMAS MRT - RER - 09


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EMPRESA DO SISTEMA ELETROBRÁS

a[m] R[Ω] ρ= 2πa R [Ωm]


1 1900 11.938
2 1250 15.770
4 690 17.341
8 220 11.058
16 50 5.026
32 19 3.820

A curva ρ x a está plotada na Figura B-11.

b) ρ 1 é determinado extrapolando a curva ρ x a até encontrar o eixo das resistividades. Assim


ρ 1 = 8.600 Ωm.

c) a1 e ρ 2 são determinados da seguinte forma:

• Supondo a1 = 4 m, tem-se ρ(a1) = 17.341 Ωm.

Estabelecendo a relação ρ1 já que neste trecho a curva ρ x a é o ascendente


ρ(a1 )
(K > 0), tem-se:

ρ1 8.600
= = 0.4959
ρ(a1 ) 17.341
Utilizando a Tabela B-2 (K > 0), para ρ 1/ρ(a1) = 0.4959, tem-se:

a/a1 a/a1 x 4 = a
K
0,4 0,18 0,72
0,5 0,31 1,24
0,6 0,41 1,64
0,7 0,49 1,69
0,8 0,57 2,28

A curva K x a está representada na Figura B-12.

• Supondo a1 = 1 m, tem-se ρ(a1) = 11.938 Ωm.

ρ1 8.600
= = 0,7204, K > 0
ρ(a1 ) 11.938

ATERRAMENTO PARA SISTEMAS MRT - RER - 09


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EMPRESA DO SISTEMA ELETROBRÁS

Utilizando a Tabela B-2, para ρ 1/ρ(a1) = 0,7204, tem-se:

K a/a1 a/a1 x 1 = a
0,2 0,23 0,23
0,3 0,46 0,46
0,4 0,60 0,60
0,5 0,72 0,72
0,6 0,81 0,81
0,7 0,89 0,89
0,8 0,98 0,98

A curva K x a está representada na Figura B-12.

• Como a convergência não está definida, escolher-se-á um novo valor de a1.

Assim, para a1 = 2 m, tem-se ρ(a1) = 15.707 Ωm.

ρ1 8.600
= = 0,5475, K > 0
ρ(a1 ) 15.707

Utilizando a Tabela B-3, para ρ 1/ρ(a1) = 0,5475, tem-se:

a/a1 a/a1 x 2 = a
K
0,3 0,05 0,10
0,4 0,28 0,56
0,5 0,40 0,80
0,6 0,49 0,98
0,7 0,57 1,14
0,8 0,65 1,30

A curva K x a está representada na Figura B-12.

• As curvas se interceptaram no ponto:

a1 = 0,64 m

1 + K1 1 + 0,43
K1 = 0,43 → ρ 2 = ρ1 = 8.600
1 – K1 1 – 0,43
ρ 2 = 21.575 Ωm

ATERRAMENTO PARA SISTEMAS MRT - RER - 09


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EMPRESA DO SISTEMA ELETROBRÁS

d) Determinação de a2 (profundidade da 2 a camada) e ρ 3 :

• Estimando a profundidade da 2 a camada como sendo:

a2 = d1 + d2 = (2/3) . 2 = 1,33
d1 = 0,64
d2 = 1,33 – 0,64
d2 = 0,69
1,33 0,64 0,69
ρ 21 será: = +
ρ2 1
8.600 21.575
ρ 21 = 12.500 Ωm

• Supondo a2 = 2 m, tem-se ρ(a2) = 15.707 Ωm.

ρ 21 12.500
= = 0,7985, K > 0
ρ(a2) 15.707

Da Tabela B-3 tem-se para ρ 21/ρ(a2) = 0,7958

K a/a2 a/a2 x 2 = a
0,2 0,44 0,88
0,3 0,64 1,28
0,4 0,79 1,58
0,5 0,90 1,80
0,6 1,01 2,02
0,7 1,10 2,20
0,8 1,18 2,36

A curva K x a está na Figura B-12.

• Supondo a2 = 3 m tem-se ρ(a2) = 16.950 Ωm.

ρ 21 12.500
= = 0,7375, K > 0
ρ(a2) 16.950

Da Tabela B-3 tem-se:

ATERRAMENTO PARA SISTEMAS MRT - RER - 09


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EMPRESA DO SISTEMA ELETROBRÁS

K a/a1 a/a1 x 3 = a

0,2 0,28 0,84

0,3 0,49 1,47

0,4 0,64 1,92

0,5 0,76 2,28

0,6 0,85 2,55

0,7 0,94 2,82

A curva K x a está na Figura B-12.

• As curvas se cruzam no ponto:

a2 = 0,93 Como a2 = d1 + d2 e d1 = 0,64

d2 = 0,93 – 0,64 = 0,29

1 + K2 1 + 0,21
K2 = 0,21 → ρ 3 = ρ2 1 - = 12.500 x
1 – K2 0,79
ρ 3 = 19.146 Ωm

e) Determinação de a3 e ρ 4.

• Estimando a profundidade da 3 a camada como sendo:

a3 = d1 + d2 + d3 = (2/3) . 8 = 5,33

d3 = 5,33 – 0,64 – 0,29 = 4,4

5,33 4,40 0,29 0,64


= + +
ρ 3
1
19.146 21.575 8.600
ρ = 16.778 Ωm
3
1

• Supondo a3 = 8 m tem-se ρ(a3) = 11.058 Ωm.

ρ(a3 ) 11.058
=
= 0,6591, K > 0
ρ 31 16.778
Da Tabela B-2 para ρ(a3)/ρ 31 = 0,6591, tem-se:

ATERRAMENTO PARA SISTEMAS MRT - RER - 09


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EMPRESA DO SISTEMA ELETROBRÁS

K a/a3 a/a3 x 8 = a
-0,3 0,39 3,12
-0,4 0,54 4,32
-0,5 0,64 5,12
-0,6 0,75 5,80
-0,7 0,79 6,32
-0,8 0,86 6,88
-0,9 0,91 7,28
-1,0 0,96 7,68

A curva K x a está na Figura B-13.

• Supondo a3 = 12 m tem-se ρ(a3) = 6.400 Ωm.

ρ(a3 ) 6.400
= = 0,3814, tem-se:
ρ 31 16.778
Da Tabela B-2 para ρ(a3)/ρ 31 = 0,3814, tem-se:

K a/a3 a/a3 x 12 = a
-0,5 0,25 3,00
-0,6 0,39 4,68
-0,7 0,47 5,64
-0,8 0,54 6,36
-0,9 0,59 7,08
-1,0 0,63 7,56

A curva K x a está na Figura B-13.

As curvas se cruzam.

• Supondo a3 = 10 m tem-se ρ(a3) = 7.500 Ωm.

ρ(a3 ) 7.500
= = 0,4479, K < 0
ρ 3
1
16.778
Da Tabela B-2 para tem-se:

ATERRAMENTO PARA SISTEMAS MRT - RER - 09


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EMPRESA DO SISTEMA ELETROBRÁS

K a/a3 a/a3 x 10 = a
-0,5 0,355 3,55
-0,6 0,455 4,55
-0,7 0,530 5,30
-0,8 0,590 5,90
-0,9 0,650 6,50
-1,0 0,690 6,90
A curva K x a está na Figura B-13.

• As curvas se cruzam, agora, no ponto:

a3 = 4,4 m

logo: d3 = 4,4 – 0,29 – 0,64 = 3,47

1 − 0,58
k3 =0,58 ρ 4 = 16778 ⋅
1 + 0,58

ρ 4 = 4460 Ωm.

f) Determinação de a4 e ρ 5:

• d4 = d1 + d2 + d3 + d4 = (2/3) . 16 = 10,67

d4 = 10,67 – 0,64 – 0,29 – 3,47 = 6,27

10,67 0,64 0,29 3,47 6,27


= + + +
ρ 4
1
8.600 21.575 19.146 4.460

ρ 41 = 6.255 Ωm

• Supondo a3 = 16 m tem-se ρ(a4) = 5.026 Ωm.

ρ(a4 ) 5.026
= = 0,8035, K < 0
ρ 4
1
6.255

ATERRAMENTO PARA SISTEMAS MRT - RER - 09


Página 89 de 107
EMPRESA DO SISTEMA ELETROBRÁS

K a/a4 a/a4 x 32 = a
-0,3 0,690 10,00
-0,4 0,820 13,10
-0,5 0,925 14,80
-0,6 1,020 16,30
-0,7 1,090 17,40

A curva K x a está na Figura B-13.

• Supondo a3 = 32 m tem-se ρ(a4) = 3.820 Ωm.

ρ(a4 ) 3820
= = 0,6107, K < 0
ρ 4
1
6.255

K a/a4 a/a4 x 32 = a
-0,3 0,290 9,3
-0,4 0,465 14,9
-0,5 0,565 18,1
-0,6 0,655 21,0
-0,7 0,725 23,2
-0,8 0,780 25,0

A curva K x a está na Figura B-13.

• As curvas se cruzam no ponto: a4 = 11,8 m

logo: d4 = 11,8 – 4,4 = 7,4

1 − 0,33
K4 =0,58 ρ 5 = 6255 ⋅
1 + 0,33

ρ 5 = 3.151 Ωm.

ATERRAMENTO PARA SISTEMAS MRT - RER - 09


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EMPRESA DO SISTEMA ELETROBRÁS

ATERRAMENTO PARA SISTEMAS MRT - RER - 09


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EMPRESA DO SISTEMA ELETROBRÁS

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EMPRESA DO SISTEMA ELETROBRÁS

ATERRAMENTO PARA SISTEMAS MRT - RER - 09


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EMPRESA DO SISTEMA ELETROBRÁS

B.4.6 - Estratificação do solo pelo Método de Pirson, calculando a resistividade da primeira camada
pelo 2o Método de Tagg

a) Dados:

a[m] R[Ω] ρ = 2πa R [Ωm]


1 1900 11.938
2 1250 15.707
4 690 17.341
8 220 11.058
16 50 5.026
32 19 3.820

A curva ρ x a está plotada na Figura B-11.

b) Determinação da resistividade ρ 1, da primeira camada pelo 2o Método de Tagg:

• Supondo a1 = 1 m, tem-se; da curva ρ x a:

ρ·a1 = 11.938 Ωm

• Supondo n = 2, tem-se: n·a1 = 2 x 1 = 2 m; da curva ρ x a:

ρ·na1 = 15.707 Ωm

• Como o trecho é ascendente (K > 0)

ρ·a1 11.938
= = 0,7600
ρ n·a1 15.707

• Calculando a/a1 para n =2, tem-se pela Tabela B-5:

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EMPRESA DO SISTEMA ELETROBRÁS

K a/a1 a = a/a1 x 1
0,5 0,50 0,50
0,5 1,20 1,20
0,6 0,30 0,30
0,6 1,44 1,44
0,7 0,21 0,21
0,8 1,60 1,60
0,9 0,09 0,09
1,0 0,05 0,05

A curva K x a está plotada na Figura B-14.

• Supondo a1 = 1,5 m, tem-se; da curva ρ x a:

ρ·a1 = 13.500 Ωm

• Supondo n = 2, tem-se: n·a1 = 2 x 1,5 = 3 m; da curva ρ x a:

ρ n· a1 = 17.000 Ωm

• Como o trecho é ascendente (K > 0)

ρ·a1 13.500
= = 0,7941
ρ n·a1 17.000

• Calculando a/a1 para n =2, tem-se pela Tabela B-5:

K a/a1 a = a/a1 x 1,5


0,4 0,50 0,75
0,4 1,14 1,71
0,5 0,33 0,50
0,5 1,46 2,19
0,6 0,24 0,36
0,7 0,17 0,26
0,8 0,13 0,20
0,9 0,06 0,09
1,0 0,04 0,06

A curva K x a está plotada na Figura B-14.

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EMPRESA DO SISTEMA ELETROBRÁS

• Pela Figura B-14 verifica-se que as curvas se interceptam em:

a1 = 0,5 m

K = 0,5

• Como para a 1 a camada a espessura (d) é igual a profundidade (a):

d = a1 = 0,5; substituindo na fórmula (B-3), para a = 1 m

– ρ·a1 = 11.938 Ωm

Considerando apenas os três primeiros termos do somatório vem:

11.938
= 1 + 4 (0,1299 + 0,0234 + 0,0049)
ρ1

11.938
= 1 + 0.6328
ρ1

11.938
ρ1 = = 7.311 Ωm
1,6328

ρ 1 = 7.311 Ωm

c) Determinação das resistividades das camadas subsequentes e das espessuras, pelo método
de Pirson

• Determinação de a1 e ρ 2

- Supondo a1 = 1 m, tem-se, da curva ρ x a

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ρ(a1) = 11.938 Ωm

- Como a curva é ascendente (K > 0)

ρ1 7.311
= = 0,6124
ρ(a1 ) 11.938

- Da Tabela B-3 para ρ 1/ρ(a1) = 0,6124, tem-se

K a/a1 a/a1 x 1 = a
0,2 - -
0,3 0,23 0,23
0,4 0,39 0,39
0,5 0,51 0,51
0,6 0,60 0,60
0,7 0,68 0,68
0,8 0,76 0,76
0,9 0,83 0,83
1,0 0,90 0,90

A curva K x a está plotada na Figura B-14.

- Supondo a1 = 2 m, tem-se; da curva ρ x a:

ρ·na1 = 15.707 Ωm

• Como a curva é ascendente (K > 0)

ρ·a1 7.311
= = 0,4655
ρ·na1 15.707

- Da Tabela B-3 para ρ 1/ρ(a1) = 0,4655, tem-se

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EMPRESA DO SISTEMA ELETROBRÁS

K a/a1 a/a1 x 2 = a
0,4 0,12 0,24
0,5 0,26 0,52
0,6 0,36 0,72
0,7 0,45 0,90
0,8 0,52 1,04
0,9 0,59 1,18
1,0 0,65 1,30

A curva K x a está plotada na Figura B-14.

- Pela Figura B-14 verifica-se que as curvas se interceptam no ponto

a1 = 0,5 m

1 + 0,495
K1 = 0,495 ρ 2 = ρ 1 = 21.643 Ωm
1 – 0,495

• Determinação de a2 e ρ 3:

- Estimando a profundidade da 2 a camada como sendo

a2 = d1 + d2 = (2/3) . 2 = 1,33

d1 = 0,5 m

d2 = 1,33 – 0,5 = 0,83 m

- Pela fórmula de Hummel

1,33 0,5 0,83


= +
ρ 2
1
7.311 21.463
ρ = 12.460 Ωm
2
1

- Supondo a2 = 2 m, tem-se

ρ(a2 ) = 15.707 Ωm

- Como a curva é ascendente (K > 0)

ρ 21 12.460
= = 0,7933
ρ(a2 ) 15.707
- Da Tabela B-3 para ρ 21/ρ(a2) = 0,7933, tem-se

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K a/a2 a/a2 x 2 = a
0,2 0,43 0,86
0,3 0,63 1,26
0,4 0,78 1,56
0,5 0,90 1,80
0,6 1,00 2,00
0,7 1,09 2,18

A curva K x a está plotada na Figura B-14.

- Supondo a2 = 3 m, tem-se

ρ(a2) = 16.950 Ωm

- Como a curva é ascendente (K > 0)

ρ 21 12.460
= = 0,7351
ρ(a2 ) 16.950
- Da Tabela B-3 para ρ 21/ρ(a2) = 0,7351, tem-se

K a/a2 a/a2 x 3 = a
0,2 0,27 0,81
0,3 0,49 1,47
0,4 0,63 1,89
0,5 0,75 2,25
0,6 0,85 2,55
0,7 0,93 2,79

A curva K x a está plotada na Figura B-14.

- Pela Figura B-14, verifica-se que as curvas se interceptam no ponto

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ρ 3 = 19.084 Ωm
• Determinação de a3 e ρ 4:

- Estimando a profundidade da 3 a camada como sendo

a3 = d1 + d2 + d3 = (2/3) . 6 = 4

d3 = 4– 0,5 – 0,41 = 3,09 m

d1 = 3,09 m

- Pela fórmula de Hummel

4 0,5 0,41 3,09


= + +
ρ 3
1
7.311 21.463 19.084
ρ = 16.166 Ωm
3
1

- Supondo a3 = 8 m, tem-se

ρ(a3) = 11.058 Ωm

- Como a curva é descendente (K < 0)

ρ(a3 ) 11.058
= = 0,6840
ρ 31 16.166
- Da Tabela B-2 para ρ(a3)/ρ 31 = 0,6840, tem-se

K a/a3 a/a3 x 8 = a
-0,4 0,575 4,60
-0,5 0,680 5,44
-0,6 0,760 6,08
-0,7 0,830 6,64
-0,8 0,890 7,12
-0,9 0,950 7,60

A curva K x a está plotada na Figura B-14.

- Supondo a3 = 16 m, tem-se

ρ(a3) = 5.026 Ωm

- Como a curva é ascendente (K < 0)

ρ(a3) 5.026
1
= = 0,3109
ρ3 16.166

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- Da Tabela B-2 para ρ(a3)/ρ 31 = 0,3109, tem-se

K a/a3 a/a3 x 16 = a
-0,6 0,275 4,40
-0,7 0,380 6,08
-0,8 0,460 7,36
-0,9 0,520 8,32
A curva K x a está plotada na Figura B-14.

- Pela Figura B-15, verifica-se que as curvas se interceptam no ponto

1 – 0,77
ρ 4 = 16.250 = 2.112 Ωm
1 + 0,77
• Determinação de a4 e ρ 5:

- Estimando a profundidade da 4a camada como sendo

a4 = d1 + d2 + d3 + d4 = (2/3) . 16 = 10,67

d4 = 10,67 – 7,0 = 3,67 m

d4 = 3,67 m

- Pela fórmula de Hummel

10,67 0,5 0,41 6,09 3,67


= + + +
1
ρ4 7.311 21.643 19.084 2.112
ρ = 4.976 Ωm
4
1

- Supondo a4 = 24 m, tem-se

ρ(a4) = 4.100 Ωm

- Como a curva é descendente (K < 0)

ρ(a4 ) 4.100
= = 0,8240
ρ 4
1
4.976
- Da Tabela B-2 para ρ(a4)/ρ 41 = 0,8240, tem-se

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K a/a4 a/a4 x 2 = a
-0,2 0,55 13,2
-0,3 0,74 17,8
-0,4 0,88 21,1
-0,5 0,99 23,8
-0,6 1,07 25,8
-0,7 1,16 27,8
-0,8 1,22 29,3
A curva K x a está plotada na Figura B-15.

- Supondo a2 = 32 m, tem-se

ρ(a4) = 3.820 Ωm

- Como a curva é descendente (K < 0)

ρ(a2 ) 3.820
= = 0,7677
ρ 2
1
4.976
- Da Tabela B-2 paraρ(a4)/ρ 41 = 0,7677, tem-se

K a/a4 a/a4 x 32 = a
0,2 0,400 12,8
0,3 0,600 19,2
0,4 0,725 23,2
0,5 0,840 26,9
0,6 0,925 29,6
0,7 0,990 20,8
0,8 1,060 33,9

A curva K x a está plotada na Figura B-15.

- Pela Figura 15, verifica-se que as curvas se interceptam no ponto

a4 = 13,5 m; K4 = - 0,205

logo: d4 = 14,5 – 7,0 = 6,5 m

1 – K4
ρ 5 = ρ 41
1 + K4
1 – 0,205
ρ 5 =4.976 = 3.283 Ωm
1 + 0,205

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• A estratificação do solo é a seguinte:

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B.4.7 - Estratificação do solo em duas camadas pelo método simplificado


a) Valores obtidos na medição:

Distância entre Resist. Média [Ωm] Resistividade


hastes [m] A B C D Média [Ωm]

2 3300 3478 3392 3385 3389


4 2072 1729 1945 1855 1900
8 683 486 595 575 585
16 670 466 536 600 568
32 981 665 830 816 823

Os desvios máximos em relação à média aritmética estão todos dentro do valor admissível (50%),
portanto todos os pontos serão considerados.

b) A curva ρ x a está plotada na Figura B-16, de onde tiram-se os valores:

ρ 1 = 3.550 Ωm

ρ 2 = 630Ωm

c) Cálculo de ρ 2/ρ 1:

ρ2 630
= = 0,18
ρ1 3553

d) Da Tabela B-10:

ρ
= 0,18 Mo = 0,7695
ρ2
ρ1

e) Cálculo de ρ m :

ρ m = Mo · ρ1 = 0,7695 · 3.550 = 2.732 Ωm


f) Da curva de resistividade ρ x a:

Para ρ m = 2.732 Ωm d = 3,1 m

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