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CESUFOZ – Centro de Ensino Superior de Foz do Iguaçu

TRABALHO
DE
DIREITO CIVIL

Contrato Distrato e Cláusula Resolutiva

Acadêmicos: Professor: Egon Suek


Diane da Silva Rosa
Vanessa Schitkoski
Roy Eddie M. Filho
Diogo Poncio Turma: 6º período
Fernando Lucio
Aniely Caroline
Jeferson Demitte

Foz do Iguaçu, 14 de Novembro de 2017.


CESUFOZ – Centro de Ensino Superior de Foz do Iguaçu

CONTRATO DISTRATO

O QUE É CONTRATO DISTRATO?

O distrato é a rescisão ou anulação de um contrato anteriormente


pactuado entre as partes.

Ele pode ser consensual que é quando as partes contratantes chegam a


um consenso sobre a forma da rescisão; ou unilateral que é quando apenas
uma das partes contratantes o rescinde.

Conforme o conceito de Orlando Gomes, o distrato constitui uma


espécie de resilição do negócio jurídico. Fundamentalmente, o distrato não
resile o contrato, porque não o dissolve, ou desfaz, desde o início (resolução,
eficácia ex tunc) ou a partir de certo momento (resilição, eficácia ex nunc). O
distrato elimina a eficácia do negócio quanto ao futuro. De modo que o contrato
que foi, continua sendo, embora acabado, encerrado e desprovido de efeitos.

Disso resulta, em suma, que o distrato é o trato em sentido contrário. É o


contrato pelo qual os figurantes eliminam o vínculo, para o futuro, que
anteriormente estabeleceram entre si.

Da remissão de dívida distingue-se, perfeitamente, o distrato. E isso,


porque a remissão, implicitamente reconhecendo a dívida, libera o devedor. De
outro modo, o pacto dos distratantes assume outro sentido, dispondo para o
futuro e, ao contrário da remissão, não eliminará somente a dívida, recíprocas
ou não, mas todo o vínculo e seus efeitos jurídicos em conjunto.

O distrato tem por finalidade extinguir as obrigações estabelecidas em


um contrato celebrado anteriormente. É importante que o contrato a ser extinto
ainda não tenha sido executado em sua totalidade.

O distrato deve ser feito seguindo as mesmas regras que se fizeram


próprias à formação do contrato. Por exemplo: para aqueles contratos nos
quais a lei exige o instrumento público, o distrato também deverá ser feito por
esta forma.

A extinção do contrato pelo distrato depende do consentimento de


ambas as partes. Porém, também pode ocorrer por vontade de apenas uma
delas, mediante notificação à outra parte de sua intenção, desde que haja
previsão legal para tal.
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QUAIS SÃO AS ESPÉCIES DE DISTRATO?

Existem duas espécies de distrato: o extintivo e o modificativo.

Em relação ao distrato extintivo, a disposição das partes atuará em


maior ou menor profundidade, distinguindo-se, então, o distrato com eficácia ex
tunc e ex nunc. Por sua vez, o distrato modificativo respeita à extensão do
contrarius consensus, e, não, à sua profundidade, verificando-se semelhante
espécie nos negócios jurídicos em que há prestações múltiplas. Sendo que, no
distrato modificativo, não possui eficácia retroativa.

QUAIS SÃO OS REQUISITOS DO DISTRATO?

A lei impõe um requisito formal ao distrato: ele deve seguir,


necessariamente, a forma do contrato que será distratado (art. 472 do CC).
Trata-se do princípio da simetria da forma. No Código Civil de 1916, impunha-
se que o distrato se fazia pela mesma forma do contrato. O Código de 2002
fala que o distrato deve seguir a forma exigida para o contrato que será
desfeito.

Por isso, só se aplica o princípio da simetria da forma (ou atração da


forma) para o distrato daqueles contratos aos quais a lei impõe uma forma, ou
seja, aos contratos formais ou solenes, pois nestes a lei exige forma, de modo
que o distrato deverá seguir a mesma, admitindo-se ainda, que o distrato, nesta
hipótese, derive de um fato, como a restituição de tudo quanto os contratantes
receberam um do outro.

Por exemplo, o distrato de compra e venda de bem imóvel realizada por


instrumento público dependerá da mesma forma.

EFICÁCIA DO DISTRATO

O distrato denomina-se, também, resilição bilateral, ou seja,


impedimento de eficácia (“trancamento” da eficácia) por força do acordo das
duas partes.

Assim, a mesma vontade que criou o contrato volta-se, agora,


contra ele, para extinguir o seu efeito fundamental: o vínculo entre as partes.
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Logo, embora se fale em extinção do contrato, o distrato opera no plano da


eficácia, de forma que se mantém intacta a existência e a validade do contrato ,
pois, de regra, sobretudo nos contratos de execução sucessiva ou de trato
sucessivo , o distrato tem efeitos ex nunc, ou seja, “a partir do momento em
que se ajusta, não retroagindo para alcançar as consequências pretéritas, que
são respeitadas.

Se nenhum dos figurantes ainda prestou, desaparecem todos os efeitos


do contrato desfeito; do contrário, surge pretensão à restituição, criando-se
uma nova relação jurídica, destinada à liquidação do contrato.

Todavia, sendo o distrato um novo consenso ou acordo das partes


(agora para extinguir o contrato), podem elas ajustar em sentido contrário, ou
seja, podem eliminar todos os efeitos pretéritos produzidos pelo contrato,
conferindo, consequentemente, efeitos ex tunc ao distrato.

No entanto, qualquer que seja o efeito do distrato, ele não atinge


os terceiros que adquiriram direitos em virtude da existência do contrato
extinto. Ademais, o contrato que já foi executado e, portanto, extinto pela
quitação, torna logicamente incabível o distrato. Por isso não é cabível o
distrato nos contratos de execução imediata, pois neste caso a obrigação é
cumprida instantaneamente no momento da celebração do contrato.

Porém, no caso de solidariedade, aplica-se o art. 272, por analogia:


nenhum dos credores poderá reclamar os efeitos do contrato do devedor,
respondendo o distratante perante eles.

CLÁUSULA RESOLUTIVA

O QUE É A CLÁUSULA RESOLUTIVA?

Cláusula Resolutiva (Rescisória, Resolutória) é uma das formas de


extinção dos contratos.

Entende-se como Cláusula Resolutiva a disposição contratual que prevê


o término do contrato pela inexecução, por parte de um dos contratantes, das
obrigações que nele se contraíram.
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A parte prejudicada pelo inadimplemento do contrato pode pedir sua


resolução ou exigir-lhe o cumprimento. Em qualquer caso, porém, haverá
indenização por perdas e danos (Art. 475, C.C).

QUAIS SÃO AS ESPÉCIES DE CLÁUSULAS RESOLUTIVAS?

São duas: expressa e tácita (implícita).

A cláusula resolutiva que estiver expressa no contrato possui eficácia


plena; já aquela implícita (tácita) depende de interpelação judicial (Art 474,
C.C).

A diferença fundamental entre o pacto ou cláusula expressa ou tácita, no


que atine aos seus efeitos, “é que, se a cláusula não está expressa no contrato,
pode ele, também, resolver-se por inadimplemento, mas a notificação é
essencial para conferir ao devedor uma última oportunidade de cumpri-lo.” Se a
cláusula vem expressa, o contratante inocente limita-se a comunicar ao
inadimplente sua vontade de resolver o contrato.

Quando as partes nem sequer cogitaram acerca do inadimplemento


contratual, fala-se, de maneira distinta, de uma cláusula resolutiva tácita ou
implícita, pois em todo contrato bilateral, por força da interdependência das
obrigações, o descumprimento culposo por uma das partes deve constituir justa
causa para a resolução do contrato. Uma vez que, se um é a causa do outro,
deixando-se de cumprir o primeiro, perderia o sentido o cumprimento do
segundo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GAGLIANO, Pablo Stolze; FILHO, Rodolfo Pamplona; Novo Curso de Direito


Civil – Contratos; Volume IV; 3ª Edição; Editora Saraiva; 2007; Capítulo XVI:
Extinção do Contrato.

GOMES, Orlando; Contratos; 25ª Edição, Atualização e notas de Humberto


Theodoro Júnior; Editora Forense; Rio de janeiro; 2002; Capítulo XV e XVI:
Resolução, Resilição e Rescisão dos Contratos.

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