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Nome do formando: Ana Alina Tripon Turma EFA 6 N.º 1 Data: 24/ 10/ 2010
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ÍNDICE
Introdução...................................................................................................................... 3
Biografia......................................................................................................................... 3
Contexto Histórico.......................................................................................................... 5
Ortónimo e Heterónimos................................................................................................ 5
Heterónimos................................................................................................................... 7
Alberto Caeiro................................................................................................................. 7
Álvaro de Campos.......................................................................................................... 9
Ricardo Reis.................................................................................................................. 11
Obra............................................................................................................................. 13
Conclusão..................................................................................................................... 13
Bibliografia................................................................................................................... 14
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Introdução
Este trabalho foi realizado no âmbito das Novas Oportunidades para a disciplina
Cultura, Língua e Comunicação e tem como tema o poeta Fernando Pessoa, uma das
personalidades mais representativas não só da literatura portuguesa, como da literatura
universal do séc. XX.
Biografia
Juventude em Durban
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Contexto Histórico
O grande Fernando Pessoa viveu entre 1888 e 1935. Atravessa, por isso, uma época
conturbada e conflituosa em Portugal.
Em 1910, é implantada a República. No período de 16 anos (de 1910 a 1926) que se
seguiu houve 7 Parlamentos, 8 Presidentes da República e cerca de 50 governos. A
Ditadura Nacional ou Ditadura militar foi a denominação do regime militar autoritário
instaurado em Portugal pelo General Gomes da Costa, através do Golpe de 28 de Maio
de 1926.
Havia grande instabilidade política, aproveitada pela Oposição, a par de uma crise
económica e financeira que tinha estado na origem da contestação, o que mostrava a
inoperância dos governos republicanos. Esta situação agravou-se com a participação de
Portugal na 1ª Grande Guerra. A permanente interferência do Congresso na actividade
governativa tornava ineficaz a acção dos governos. Os constantes desentendimentos
entre os partidos com assento parlamentar geravam impasses irresolúveis e que,
facilmente, por questões secundárias, faziam cair governos e presidentes.
Dá-se ainda em vida do poeta a ascensão do fascismo e de Salazar, com o Estado
Novo, a Constituição de 1933 e a cessação das liberdades individuais e colectivas.
Ortónimo e Heterónimos
Pessoa ortónimo
Fernando Pessoa recebe influências muito diversas (saudosismo, decadentismo,
simbolismo1, futurismo) mas o grande valor da sua obra está na profunda, quase chocante
originalidade da sua poesia: ele nunca pensa nem diz como os outros, ainda mesmo
quando “imita”. A força do seu estilo está no imprevisto, no escândalo do anormal, no
choque do paradoxo e, sobretudo, no jogo artístico do fingimento. Para o poeta, a arte é
um jogo, conseguindo sintetizar, como verdadeiro motor da sua arte, a sensibilidade e a
razão: «o que em mim sente está pensando».
A própria criação dos heterónimos (o seu “drama em gente”) é o fingimento supremo,
a maior e mais genial das metáforas. É o Fernando Pessoa ortónimo que estabelece a
ligação com a poesia tradicional portuguesa. Pessoa exprime as suas vivências íntimas
em tom quase sempre triste de quem se recorda de uma infância perdida (Ex.: “O sino da
minha aldeia”). Afasta-se no entanto de outros poetas tradicionais pelo seu natural anti-
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Os simbolistas caracterizam-se:
- pela busca do eu profundo, numa zona obscura do ser, só captável através de sonhos, devaneios, visões, alucinações. Esse eu
profundo é igualmente atingível pela intuição, pela percepção da unidade última dada pelas correspondências entre o mundo
visível e invisível, ou entre as sensações que se interpenetram e evocam entre si;
- pela noção de que o poeta é um decifrador de símbolos, um vidente, procurando palavras e associações de palavras
plurissignificativas que a cada leitura signifiquem mais e diferentemente;
- pela busca de uma linguagem nova, rica de imagens, alegorias, metáforas, desconexões lógicas, sinestesias, musicalidade,
hermetismo;
- busca de uma “poesia poética”, “inútil”, não metafísica, não social, não pragmática, de arte pela arte.
Para os simbolistas, a poesia é um canto de alma, todo em sugestões, cujos temas são a vida imediata, a melancolia, a decadência, o
humor triste. O poeta é um decifrador que a partir do desregramento de todos os sentidos acede à visão de um mundo novo.
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sentimentalismo e pela ausência de toda a biografia «Eu simplesmente sinto/ Com a
imaginação/ Não uso o coração». O saudosismo que se encontra na obra de Pessoa é
segundo ele próprio o diz, uma “atitude literária” a vivência de um estado imaginário. Foi
esta atitude anti-sentimentalista que o levou a separar-se de A Águia e da Renascença
Portuguesa.
Há no entanto um conjunto de poemas de Pessoa que estão dentro da tradição
poética portuguesa, não só pela sua métrica popular mas também pela expressão da
saudade da infância, do tédio, do pessimismo.
Heterónimos
Alberto Caeiro
• O objectivismo;
• O sensacionismo;
• A antimetafísica (recusa do conhecimento das coisas);
• Panteísmo naturalista (adoração pela natureza).
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Álvaro de Campos
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Ricardo Reis
A obra de Fernando Pessoa é muito vasta. Ainda hoje existem textos inéditos.
Algumas das suas obras são:
-Poesias do Cancioneiro
-Poesias de Fernando Pessoa - Poesia Lírica & Épica
-Poesias Coligidas;
-Mensagem;
-Poesias Inéditas (1919-1930);
- Poesias Inéditas (1930-1935);
-Poemas Para Lili;
-Excertos de Fausto: Tragédia Subjectiva
-Passos da Cruz;
-Poesias de Orpheu;
-Quadras ao Gosto Popular
-Canções de Beber
-Poesia Inglesa I
-Poesias Dispersas
Conclusão
Com a realização deste trabalho, concluí que Fernando Pessoa foi um poeta
extraordinário do início do século XX. É uma personagem de grande pluralidade e
densidade psicológica, pois ele era capaz de se “subdividir” em várias personalidades
completamente diferentes da sua, os heterónimos.
Cada um tinha uma maneira completamente distinta de escrever, tendo despertado
grande curiosidade e levando muitos especialistas a estudar Pessoa
A obra de Pessoa está traduzida em várias línguas e pode ser dividida em duas
grandes categorias – ortónima e heterónima.
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Bibliografia
J. Prado Coelho, Diversidade e Unidade em Fernando Pessoa, Editorial Verbo.
Magalhães, Olga, Costa, Fernanda, Entre Margens, Português 12, Porto Editora,
2006
António Afonso Borregana, Fernando Pessoa e Heterónimos, Texto Editores, 2000
Sites consultados :
http://faroldasletras.no.sapo.pt/fernando_pessoa.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fernando_Pessoa
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