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LINHA DO TEMPO NA EXECUÇÃO
(anotar quadro da aula)

1. Título Executivo –
• Art. 876, CLT
• Art. 114, VII, CF
• Art. 13, IN 39/2016, TST

2 – Execução Provisória e Definitiva


• Art. 899, CLT

3 – Competência
• Art. 877, CLT – títulos judiciais
• Art. 877-A, CLT – títulos extrajudiciais

4 – Liquidação
Art. 879, CLT. Sendo ilíquida a sentença exeqüenda, ordenar-se-á, previamente, a sua liquidação, que poderá ser
feita por cálculo, por arbitramento ou por artigos.

5 – EXECUÇÃO

 CITAÇÃO:

- Art. 880, CLT


- Art. 880, §§ 1º e 2º, CLT – citação por oficial de justiça - pessoal.
- Multa do art. 523 do CPC – inaplicável no Processo do Trabalho (recurso de revista repetitivo).

Uma vez citado, o executado pode:

a) pagar;
b) Garantir a execução (exceto entidades filantrópicas e/ou àqueles que compõem ou compuseram a diretoria des-
sas instituições - art. 884, § 6º, CLT).
c) apresentação de seguro-garantia judicial;
d) Inerte: o juízo determina a penhora de bens observada a ordem do art. 835 do CPC.

Não garantido o juízo é possível a aplicação do art. 883-A da CLT.

Art. 883-A, CLT. A decisão judicial transitada em julgado somente poderá ser levada a protesto, gerar inscrição do
nome do executado em órgãos de proteção ao crédito ou no Banco Nacional de Devedores Trabalhistas (BNDT),
nos termos da lei, depois de transcorrido o prazo de quarenta e cinco dias a contar da citação do executado, se não
houver garantia do juízo.

 BENS IMPENHORÁVEIS

• Art. 833, CPC;


• Lei nº 8.009/90 – bem de família

I – os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução;


II – os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a residência do executado, salvo os de
elevado valor ou os que ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida;
III – os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de elevado valor;
IV – os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os proventos de aposentadoria, as
pensões, os pecúlios e os montepios, bem como as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao

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sustento do devedor e de sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal,
o
ressalvado o § 2 ;
V – os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros bens móveis necessários ou
úteis ao exercício da profissão do executado;
VI – o seguro de vida;
VII – os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem penhoradas;
VIII – a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família;
IX – os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação compulsória em educação, saúde ou
assistência social;
X – a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 (quarenta) salários -mínimos;
XI – os recursos públicos do fundo partidário recebidos por partido político, nos termos da lei;
XII – os créditos oriundos de alienação de unidades imobiliárias, sob regime de incorporação imobiliária, vinculados
à execução da obra.

• Residência do casal e de entidade familiar (abrange imóvel de pessoas solteiras, separadas e viúvas – Súmula
nº 364, STJ).

• Aplica-se aos trabalhadores da residência: Lei 150/2015 – art. 46;

 INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PESONALIDADE JURÍDICA NO CPC

Art. 133. O incidente de desconsideração da personalidade jurídica será instaurado a pedido da parte ou do Min-
istério Público, quando lhe couber intervir no processo.

o
§ 1 O pedido de desconsideração da personalidade jurídica observará os pressupostos previstos em lei.
o
§ 2 Aplica-se o disposto neste Capítulo à hipótese de desconsideração inversa da personalidade jurídica.
Art. 134. O incidente de desconsideração é cabível em todas as fases do processo de conhecimento, no cumpri-
mento de sentença e na execução fundada em título executivo extrajudicial.
o
§ 1 A instauração do incidente será imediatamente comunicada ao distribuidor para as anotações devidas.
o
§ 2 Dispensa-se a instauração do incidente se a desconsideração da personalidade jurídica for requerida na petição
inicial, hipótese em que será citado o sócio ou a pessoa jurídica.
o o
§ 3 A instauração do incidente suspenderá o processo, salvo na hipótese do § 2 .
o
§ 4 O requerimento deve demonstrar o preenchimento dos pressupostos legais específicos para desconsideraç ão
da personalidade jurídica.

Art. 135. Instaurado o incidente, o sócio ou a pessoa jurídica será citado para manifestar-se e requerer as provas
cabíveis no prazo de 15 (quinze) dias.

Art. 136. Concluída a instrução, se necessária, o incidente será resolvido por decisão interlocutória.

Parágrafo único. Se a decisão for proferida pelo relator, cabe agravo interno.

Art. 137. Acolhido o pedido de desconsideração, a alienação ou a oneração de bens, havida em fraude de ex-
ecução, será ineficaz em relação ao requerente.

Em síntese:

– Em nosso ordenamento jurídico temos duas teorias:

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a) a maior: com fundamento nos arts. 50, CC, e 28 caput, do CDC, que determina que para desconsideração exige-
se a demonstração do abuso da personalidade jurídica: pelo desvio de finalidade ou confusão patrimonial.
b) a menor: pautada no art. 28, § 5º, do CDC, que institui que a simples insuficiência de patrimônio justifica a
desconsideração da personalidade jurídica.
A teoria menor aplica-se no Processo do Trabalho.
- A personalidade jurídica da empresa poderá ser desconsiderada quando essa personalidade constituir óbice ao
ressarcimento dos prejuízos causados ao consumidor, a quem pela sua condição de hipossuficientes.
– O atual Código de Processo Civil não trouxe os requisitos para a desconsideração, mas sim o procedimento para
tanto.
– Os arts. 133 e seguintes do CPC determinam que o incidente será processado da seguinte maneira:
– requerimento da parte ou do MP;
– suspensão do feito;
– citação dos sócios;
– a decisão será interlocutória
– Art. 134, § 2º, do CPC: dispensa-se o incidente se a desconsideração for requerida na inicial.
– art. 137: acolhido o pedido, a alienação ou oneração de bens, havida em fraude de execução, será ineficaz em
relação ao requerente.

6 - EXECUÇÃO DE PRESTAÇÕES SUCESSIVAS

Art. 890, CLT. A execução para pagamento de prestações sucessivas far-se-á com observância das normas
constantes desta Seção, sem prejuízo das demais estabelecidas neste Capítulo.

Art. 891, CLT. Nas prestações sucessivas por tempo determinado, a execução pelo não-pagamento de uma
prestação compreenderá as que lhe sucederem.

Art. 892, CLT. Tratando-se de prestações sucessivas por tempo indeterminado, a execução compreenderá
inicialmente as prestações devidas até a data do ingresso na execução.

7 - EXECUÇÃO CONTRA A MASSA FALIDA

• Art. 6º, § 2º, Lei 11.105/2005

8 - EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA

• Não há penhora ou expropriação;


• A Fazenda é citada para embargar;
• Pagamento por precatório ou RPV;

9 - EMBARGOS DE TERCEIRO

Art. 674, CPC. Quem, não sendo parte no processo, sofrer constrição ou ameaça de constrição sobre bens que
possua ou sobre os quais tenha direito incompatível com o ato constritivo, poderá requerer seu desfazimento ou
sua inibição por meio de embargos de terceiro.

§ 1º Os embargos podem ser de terceiro proprietário, inclusive fiduciário, ou possuidor.


§ 2º Considera-se terceiro, para ajuizamento dos embargos:

I – o cônjuge ou companheiro, quando defende a posse de bens próprios ou de sua meação, ressalvado o disposto
no art. 843;
II – o adquirente de bens cuja constrição decorreu de decisão que declara a ineficácia da alienação realizada em
fraude à execução;

 Prazo:

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Art. 675, CPC. Os embargos podem ser opostos a qualquer tempo no processo de conhecimento enquanto não
transitada em julgado a sentença e, no cumprimento de sentença ou no processo de ex ecução, até 5 (cinco) dias
depois da adjudicação, da alienação por iniciativa particular ou da arrematação, mas sempre antes da assinatura
da respectiva carta.

- Execução por carta precatória – embargos de terceiro: art. 676, parágrafo único, do CPC e súmula 419 do TST.

Art. 676, CPC. Os embargos serão distribuídos por dependência ao juízo que ordenou a constrição e autuados em
apartado.

Parágrafo único. Nos casos de ato de constrição realizado por carta, os embargos serão oferecidos no juízo de-
precado, salvo se indicado pelo juízo deprecante o bem constrito ou se já devolvida a carta.
Súmula 419, TST. COMPETÊNCIA. EMBARGOS DE TERCEIRO. EXECU- ÇÃO POR CARTA PRECATÓRIA .
JUÍZO DEPRECADO. (al- terada em decorrência do CPC de 2015) - Res. 212/2016, DEJT divulgado em 20, 21 e
22.09.2016

Na execução por carta precatória, os embargos de terceiro serão ofe- recidos no juíz o deprecado, salvo se indicado
pelo juíz o deprecante o bem constrito ou se já devolvida a carta (art. 676, parágrafo único, do CPC de 2015).

 Execução por carta precatória – embargos à execução

Art. 914, CPC. O executado, independentemente de penhora, depósito ou caução, poderá se opor à execução por
meio de embargos.
o
- § 2 Na execução por carta, os embargos serão oferecidos no juízo deprecante ou no juízo deprecado, mas a
competência para julgá-los é do juízo deprecante, salvo se versarem unicamente sobre vícios ou defeitos da pe-
nhora, da avaliação ou da alienação dos bens efetuadas no juízo deprecado.

10 - Atos de Encerramento da Execução

• Art. 888 da CLT.

 Adjudicação:

• O exequente incorpora o bem ao seu patrimônio;


• O valor não pode ser inferior ao de avaliação (art. 876, CPC);
• O executado será intimado do pedido (art. 876, § 1º, CPC)
• Acolhida a adjudicação: 5 dias para impugnação (simples petição) pelo executado(art. 903, § 2º, CPC)
• Decidida a impugnação ou decorrido o prazo de 5 dias será expedida: a carta de adjudicação e o mandado de
imissão na posse (se bem imóvel) e a carta de entrega (se bem móvel).

 Arrematação

• Art. 888, CLT

 Alienação por iniciativa particular:


 Consiste na venda do bem penhorado por iniciativa do exequente ou por corretor ou leiloeiro público, credenciado
perante o órgão judiciário (art. 880, CPC).
 Art. 888, § 3º, CLT. ”Não havendo licitante, e não requerendo o exeqüente a adjudicação dos bens penhorados ,
poderão os mesmos ser vendidos por leiloeiro nomeado pelo Juiz ou Presidente.”
 As condições são fixadas pelo juiz: prazo, publicidade, preço mínimo, condições de pagamento, garantias, co-
missão de corretagem e etc.
 O valor poderá ser inferior ao da avaliação;
 Será emitido carta de alienação e imissão na posse (no caso de bens imóveis) e ordem de entrega (no caso de
bens móveis.

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INQUÉRITO, HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO EXTRAJUDICIAL, AÇÃO RESCISÓRIA E MANDADO DE SEGU-
RANÇA

1 - INQUÉRITO JUDICIAL PARA APURAÇÃO DE FALTA GRAVE

 Hipóteses :

• dirigente sindical: estabilidade prevista nos arts. 8º, VIII, CF e art. 543, §3º, CLT e inquérito estabelecido nas
súmulas 197 do STF e 379 do TST;

empregados membros do Conselho Nacional da Previdência Social (art. 3º, §7º, Lei 8213/91);

• empregados eleitos diretores de sociedade cooperativa (art. 55, lei 5764/71).


• estável decenal (art. 492, CLT)

 Faculdade do empregador suspender o empregado.

Art. 494, CLT. O empregado acusado de falta grave poderá ser suspenso de suas funções, mas a sua despedida
só se tornará efetiva após o inquérito e que se verifique a procedência da acusação.

 Reclamação por escrito e prazo decadencial:

Art. 853, CLT. Para a instauração do inquérito para apuração de falta grave contra empregado garantido com esta-
bilidade, o empregador apresentará reclamação por escrito à Junta ou Juízo de Direito, dent ro de 30 (trinta) dias,
contados da data da suspensão do empregado.

 Testemunhas

Art. 821, CLT. Cada uma das partes não poderá indicar mais de 3 (três) testemunhas, salvo quando se tratar de
inquérito, caso em que esse número poderá ser elevado a 6 (seis).

2 – HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO EXTRAJUDICIA L

• Art. 855-B a 855-E da CLT


• petição conjunta, sendo obrigatória a representação das partes por advogado (art. 855-B, CLT);
• as partes não poderão ser representadas por advogado comum (art. 855-B, § 1º, CLT);
• o trabalhador poderá ser assistido pelo advogado do sindicato de sua categoria (art. 855-B, § 2º, CLT);
• no prazo de quinze dias a contar da distribuição da petição, o juiz analisará o acordo, designará audiência se
entender necessário e proferirá sentença (art. 855-D, CLT);
• A petição de homologação de acordo extrajudicial suspende o prazo prescricional da ação quanto aos direitos nela
especificados. O prazo prescricional voltará a fluir no dia útil seguinte ao do trânsito em julgado da decisão que
negar a homologação do acordo (art. 855-E, CLT);
• O pedido de homologação de acordo extrajudicial não afasta a aplicação da multa prevista no § 8o art. 477 desta
Consolidação por atraso no pagamento das verbas rescisórias (art. 855 – C, CLT);

3 - AÇÃO RESCISÓRIA

Art. 836, CLT. É vedado aos órgãos da Justiça do Trabalho conhecer de questões já decididas, excetuados os
casos expressamente previstos neste Título e a ação rescisória, que será admitida na forma do disposto no Capítulo
IV do Título IX da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 – Código de Processo Civil, sujeita ao depósito prévio de
20% (vinte por cento) do valor da causa, salvo prova de miserabilidade jurídica do autor.

Parágrafo único. A execução da decisão proferida em ação rescisória far-se-á nos próprios autos da ação que lhe
deu origem, e será instruída com o acórdão da rescisória e a respectiva certidão de trânsito em julgado.

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Art. 968, CPC. A petição inicial será elaborada com observância dos requisitos essenciais do art. 319, devendo o
autor:

I – cumular ao pedido de rescisão, se for o caso, o de novo julgamento do processo;


II – depositar a importância de cinco por cento sobre o valor da causa, que se converterá em multa caso a ação
seja, por unanimidade de votos, declarada inadmissível ou improcedente.

HIPÓTESES DE CABIMENTO

Art. 966, CPC. A decisão de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando:

I – se verificar que foi proferida por força de prevaricação, concussão ou corrupção do juiz;
II – for proferida por juiz impedido ou por juízo absolutamente incompetente;
III – resultar de dolo ou coação da parte vencedora em detrimento da parte vencida ou, ainda, de simulação ou
colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei;
IV – ofender a coisa julgada;
V – violar manifestamente norma jurídica;
VI – for fundada em prova cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal ou venha a ser demonstrada na
própria ação rescisória;
VII – obtiver o autor, posteriormente ao trânsito em julgado, prova nova cuja existência ignorava ou de que não pôde
fazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar pronunciamento favorável;
VIII – for fundada em erro de fato verificável do exame dos autos.

Art. 966, § 2º, CPC. Nas hipóteses previstas nos incisos do caput, será rescindível a decisão transitada em julgado
que, embora não seja de mérito, impeça:

I - nova propositura da demanda; ou


II - admissibilidade do recurso correspondente.

 Prazo: 2 anos (art. 975, CPC).


Súmula nº 100, TST. I – O prazo de decadência, na ação rescisória, conta-se do dia imediatamente subsequent e
ao trânsito em julgado da última decisão proferida na causa, seja de mérito ou não.

II – Havendo recurso parcial no processo principal, o trânsito em julgado dá-se em momentos e em tribunais dife-
rentes, contando-se o prazo decadencial para a ação rescisória do trânsito em julgado de cada decisão, salvo se o
recurso tratar de preliminar ou prejudicial que possa tornar insubsistente a decisão recorrida, hipótese em que flui a
decadência a partir do trânsito em julgado da decisão que julgar o recurso parcial.

 Legitimidade:

Art. 967, CPC. Têm legitimidade para propor a ação rescisória:

I – quem foi parte no processo ou o seu sucessor a título universal ou singular;


II – o terceiro juridicamente interessado;
III – o Ministério Público:

a) se não foi ouvido no processo em que lhe era obrigatória a intervenção;


b) quando a decisão rescindenda é o efeito de simulação ou de colusão das partes, a fim de fraudar a lei;
c) em outros casos em que se imponha sua atuação;

IV – aquele que não foi ouvido no processo em que lhe era obrigatória a intervenção.

Súmula nº 407, TST. AÇÃO RESCISÓRIA. MINISTÉRIO PÚBLICO. LEGITIMIDADE "AD CAUSAM" PREVISTA NO
ART. 967, III, “A”, “B” E “C” DO CPC DE 2015. ART. 487, III, "A" E "B", DO CPC DE 1973. HIPÓTESES MERA-
MENTE EXEMPLIFICA TIVAS (nova redação em decorrência do CPC de 2015) - Res. 208/2016, DEJT divulgado
em 22, 25 e 26.04.2016

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A legitimidade "ad causam" do Ministério Público para propor ação rescisória, ainda que não tenha sido parte no
processo que deu origem à decisão rescindenda, não está limitada às alíneas "a", "b" e “c” do inciso III do art. 967
do CPC de 2015 (art. 487, III, “a” e “b”, do CPC de 1973), uma vez que traduzem hipóteses meramente exemplificati -
vas (ex-OJ no 83 da SBDI-II - inserida em 13.03.2002)

4 - MANDADO DE SEGURANÇA

Art. 5º, LXIX, da CF. Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por
habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou
agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público; [...]

Art. 1º, Lei nº 12.016/2009. Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não ampa-
rado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física
ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e
sejam quais forem as funções que exerça.

1.1. Competência da Justiça do Trabalho

Contudo, “o advento da EC 45/2004, que modificou substancialmente o artigo 114 da CF, parece-nos que a Vara
do Trabalho será funcionalmente competente para processar e julgar mandado de segurança em que o empregador
pretenda discutir a validade do ato praticado – penalidade – pela autoridade administrativa encarregada da fiscali-
zação das relações do trabalho.” LEITE. Carlos Henrique Bezerra. Curso de direito processual do trabalho. 7. ed.
São Paulo: Ltr, 2009. p. 997.

Art. 114, VII, da CF. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: [...] VII – as ações relativas às penalidades
administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; [...]

1.2. Alguns Dispositivos Relevantes

Art. 23, Lei nº 12.016/2009. O direito de requerer mandado de segurança extinguir-se-á decorridos 120 (cento e
vinte) dias, contados da ciência, pelo interessado, do ato impugnado.

Súmula nº 632, STF. É constitucional lei que fixa PRAZO DE DECADÊNCIA para a impetração do Mandado de
Segurança.

Súmula nº 512, STF. Não cabe condenação em honorários de advogado na ação de mandado de segurança.
Súmula nº 105, STJ. Na ação de mandado de segurança não se admite condenação em honorários advocatícios.
Súmula nº 418, TST. MANDADO DE SEGURANÇA VISANDO À HOMOLOGA - ÇÃO DE ACORDO (nova redação
em decorrência do CPC de 2015) - Res. 217/2017, DEJT divulgado em 20, 24 e 25.04.2017
A homologação de acordo constitui faculdade do juiz, inexistindo di- reito líquido e certo tutelável pela via do man-
dado de segurança.

OJ nº 98, SDI-2, do TST. É ilegal a exigência de depósito prévio para custeio dos honorários periciais, dada a
incompatibilidade com o processo do trabalho, sendo cabível o mandado de segurança visando à realização da
perícia, independentemente do depósito.

Súmula nº 417, TST. I – MANDADO DE SEGURANÇA. PENHORA EM DINHEIRO (alterado o item I, atualizado o
item II e cancelado o item III, modulando-se os efeitos da presente redação de forma a atingir uni- camente as
penhoras em dinheiro em execução provisória efeti- vadas a partir de 18.03.2016, data de vigência do CPC de 2015)
- Res. 212/2016, DEJT divulgado em 20, 21 e 22.09.2016

I - Não fere direito líquido e certo do impetrante o ato judicial que de- termina penhora em dinheiro do executado
para garantir crédito exe- quendo, pois é prioritária e obedece à gradação prevista no art. 835 do CPC de 2015 (art.
655 do CPC de 1973).

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II - Havendo discordância do credor, em execução definitiva, não tem o executado direito líquido e certo a que os
valores penhorados em dinheiro fiquem depositados no próprio banco, ainda que atenda aos requisitos do art. 840,
I, do CPC de 2015 (art. 666, I, do CPC de 1973). (ex-OJ no 61 da SBDI-2 - inserida em 20.09.2000).

DISSÍDIOS COLETIVOS

 Cumprimento – ação de cumprimento: art. 872. CLT


• Art. 7º, § 6º, Lei 7.701/88

”§ 6º - A sentença normativa poderá ser objeto de ação de cumprimento a partir do 20º (vigésimo) dia subseqüent e
ao do julgamento, fundada no acórdão ou na certidão de julgamento, salvo se concedido efeito suspensivo pelo
Presidente do Tribunal Superior do Trabalho.”

 Efeito suspensivo

Art. 14, Lei 10192/2001. O recurso interposto de decisão normativa da Justiça do Trabalho terá efeito suspensivo,
na medida e extensão conferidas em despacho do Presidente do Tribunal Superior do Trabalho.
 Extensão:

Art. 868, CLT. Em caso de dissídio coletivo que tenha por motivo novas condições de trabalho e no qual figure
como parte apenas uma fração de empregados de uma empresa, poderá o Tribunal competente, na própria decisão,
estender tais condições de trabalho, se julgar justo e conveniente, aos demais empregados da empresa que forem
da mesma profissão dos dissidentes.

Parágrafo único - O Tribunal fixará a data em que a decisão deve entrar em execução, bem como o prazo de sua
vigência, o qual não poderá ser superior a 4 (quatro) anos.

Art. 869 - A decisão sobre novas condições de trabalho poderá também ser estendida a todos os empregados da
mesma categoria profissional compreendida na jurisdição do Tribunal:

a) por solicitação de 1 (um) ou mais empregadores, ou de qualquer sindicato destes;


b) por solicitação de 1 (um) ou mais sindicatos de empregados;
c) ex officio, pelo Tribunal que houver proferido a decisão;
d) por solicitação da Procuradoria da Justiça do Trabalho.

Art. 870 - Para que a decisão possa ser estendida, na forma do artigo anterior, torna-se preciso que 3/4 (três quartos )
dos empregadores e 3/4 (três quartos) dos empregados, ou os respectivos sindicatos, concordem com a extensão
da decisão.

§ 1º - O Tribunal competente marcará prazo, não inferior a 30 (trinta) nem superior a 60 (sessenta) dias, a fim de
que se manifestem os interessados.
§ 2º - Ouvidos os interessados e a Procuradoria da Justiça do Trabalho, será o processo submetido ao julgament o
do Tribunal.

Art. 871 - Sempre que o Tribunal estender a decisão, marcará a data em que a extensão deva entrar em vigor.

 Revisão

Art. 873 - Decorrido mais de 1 (um) ano de sua vigência, caberá revisão das decisões que fixarem condições de
trabalho, quando se tiverem modificado as circunstâncias que as ditaram, de modo que tais condições se hajam
tornado injustas ou inaplicáveis.

Art. 874 - A revisão poderá ser promovida por iniciativa do Tribunal prolator, da Procuradoria da Justiça do Trabalho,
das associações sindicais ou de empregador ou empregadores interessados no cumprimento da decisão.

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Parágrafo único - Quando a revisão for promovida por iniciativa do Tribunal prolator ou da Procuradoria, as asso-
ciações sindicais e o empregador ou empregadores interessados serão ouvidos no prazo de 30 (trinta) dias. Quando
promovida por uma das partes interessadas, serão as outras ouvidas também por igual prazo.

Art. 875 - A revisão será julgada pelo Tribunal que tiver proferido a decisão, depois de ouvida a Procuradoria da
Justiça do Trabalho.

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