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Plano básico ambiental de usina hidrelétrica

AUTORES

Ilario Luiz Filho


Discente da União das Faculdades dos Grandes Lagos – UNILAGO

Amanda Casagrande
Docente da União das Faculdades dos Grandes Lagos –UNILAGO

RESUMO

Existe uma grande necessidade de efetuar e criar novos mecanismos de mitigação de riscos e de impactos
ambientais direcionados à obtenção de energia advindo das usinas hidrelétricas, esses impactos reprodu-
zem discussões a nível mundial envolvendo interesses políticos, econômicos, sociais e principalmente am-
bientais. O Planejamento Ambiental voltado a construção de Usina Hidrelétrica visa possibilitar a diminuição
de impactos ambientais e sociais com programas que monitoram por exemplo: os Canteiros de Obras, o
Manejamento e Indenização de moradores a Recuperação de Áreas Degradadas, Flora e Fauna.

PALAVRAS-CHAVES

Planejamento, Hidrelétricas, Impactos


1. INTRODUÇÃO

Os desgastes das ações antrópicas causam muitas preocupações. Os recursos do Planeta não são ilimi-
tados como se pensava antes, eles têm limites e que, mesmo sabendo que a natureza possua um grande poten-
cial de autodepuração. Precisa-se ter uma definição sobre até qual ponto é necessário modificar a biosfera. O pla-
nejamento ambiental é uma das ações mitigatórias das contra sua degradação (VIEIRA, 2012).
Planejamento Ambiental, essa expressão criada depois da década de 90 na Conferência das Nações Uni-
das sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, ele visa a elaboração de propostas de modelos organizacionais
territoriais e soluções alternativas que minimizem possíveis impactos na natureza. O planejamento ambiental deve
ser um processo ativo, que se altera em função das modificações do meio e dos anseios da sociedade envolvida
(NAÇÕES UNIDAS,2018).
A falta de um Planejamento Ambiental reflete diretamente em formas desordenadas de utilização dos terri-
tórios e naturalmente provocam desequilíbrios sociais, econômicos e especialmente ambientais. Este impacto é
causado pelos processos de formação, produção e ocupação territorial inadequada e de forma desrespeitosa à
natureza, provocando desequilíbrios e fenômenos ambientais que acarretam situações poluidoras e de degrada-
ção ao meio ambiente (SANTOS; FERREIRA, 2011).
O atual procedimento de licenciamento ambiental de usinas hidrelétricas no Brasil, que se baseia da avali-
ação dos impactos ambientais de empreendimentos, funciona relativamente bem no controle e mitigação dos im-
pactos ambientais do projeto isolados, mas é limitado na avaliação dos efeitos cumulativos dos empreendimentos
e na escolha das bacias e projetos a serem desenvolvidos. Com o objetivo de dar mais celeridade e eficiência ao
processo, foi sugerida a aplicação da Avaliação Ambiental Estratégica na definição viabilidade ambiental de usinas
hidrelétricas. (SBPE, 2018)

1.1. JUSTIFICATIVA

Busca-se criar estruturas de planejamento, dispondo, organizando e associando o planejamento ambiental


como um todo. Esse tipo de planejamento é incorporado por temas transversais de modo a facilitar a compreen-
são da realidade unindo saberes acadêmicos com o conhecimento experimental, buscando desenvolver no aluno
a visão crítica que lhe permita um protagonismo ativo colaborando nas tomadas de decisões pessoais buscando a
justiça, a solidariedade a tolerância e a igualdade na sociedade complexa que se faz hoje, potencializando um es-
tilo de vida saudável apoiado pelo anteparo dos três pilares, econômico, social e ambiental onde seu objetivo prin-
cipal é manter a harmonia entre os componentes para garantir a integridade do planeta, da natureza e da socie-
dade no decorrer das gerações.

1.2. OBJETIVOS

O presente trabalho tem por objetivo levar as usinas hidrelétricas uma forma de aprendizagem holística,
fortalecendo valores e atitudes a fim de permitir o desenvolvimento ambiental, proporcionando conceitos básicos
de meio ambiente de forma a oferecer aos funcionários e a comunidade, ferramentas de aprendizagem adequa-
das e motivadoras de modo integrado, auxiliar no desenvolvimento de posturas desencadeando interações que
proporcionem melhorias ao meio ambiente e à qualidade de vida da população, identificar os problemas locais e
buscar soluções com a própria comunidade e propiciar conhecimentos que possibilitem uma maior compreensão
sobre os mesmos e sua relação com o ambiente, estimular a preservação e divulgação do patrimônio histórico e
cultural, a fim de incentivar a sua conservação, valorizando a cultura local e sua diversidade.

2. METODOLOGIA

As técnicas adotadas para o desenvolvimento da pesquisa foram observações e levantamentos bibliográ-


ficos como Sites específicos de Usinas Hidrelétricas, artigos científicos, monografias, dissertações e teses a des-
crição qualitativa do local.
Os principais dados foram coletados dos (PBA´s) Plano Básico Ambiental das construções das Usinas Hi-
drelétricas de Santa Luzia do Alto, Jirau e o (PBA) da construção da Ferrovia de Integração Oeste Leste.

3. DESENVOLVIMENTO DO CONTEÚDO

Esse PBA passa por 12 fases sendo elas descritas a seguir:

TABELA 1: fases do PBA de uma Hidreletrica

01 Plano de Gestão Ambiental

02 Gestão ambiental do canteiro de Obras

03 Favorecimento à contratação de trabalhadores local

04 Programa de Remanejamento e Indenização da População Diretamente Atingida

05 Programa de Monitoramento Limnológico e de Qualidade da Água,

06 Programa de Monitoramento Sedimentológico

07 Proteção das Margens e Recuperação da Áreas Degradadas

08 Programa de Supressão Vegetal e Limpeza do Reservatório

09 Programa de Manejo e Conservação da Flora

10 Estímulo à Regularização da Reserva Legal

11 Programa de Resgate e Manejo da Fauna

12 Programa de Educação Ambiental

3.1 – Plano de Gestão Ambiental


Segundo a Normativa ISO14000 O Plano de Gestão Ambiental é baseado na série normativa, consiste
numa ferramenta de gerenciamento das atividades corriqueiras, relacionadas à questão ambiental, da fase de
construção das obras, de forma a evitar, minimizar e controlar os impactos ambientais relacionados. (MPBSANE-
AMENTO, 2006)
Esse plano consiste num documento a ser elaborado pela equipe de meio ambiente constituída para o gerencia-
mento ambiental cotidiano do empreendimento, em que serão estabelecidos a política ambiental e os procedimen-
tos de treinamento dos funcionários, identificação das não-conformidades, registro dessas evidências negativas,
notificação aos responsáveis acerca das não conformidades, e comunicação/orientação aos responsáveis sobre
medidas mitigadoras, práticas preventivas e aplicação adequada das medidas ambientais do PBA. (MPBSANEA-
MENTO, 2006)

3.2 - Gestão ambiental do canteiro de Obras

O primeiro objetivo da Gestão Ambiental no Canteiro de Obras é assegurar que elas ocorram com segurança evi-
tando danos ambientais às áreas de trabalho e seu entorno, e também às comunidades adjacentes onde medidas
ambientais são adotadas buscando melhorar:
- Melhorar a qualidade ambiental das áreas das unidades em beneficio da população em torno, dos trabalhadores,
do patrimônio paisagístico, ecológico e histórico.
- Menores custos de contrução na medida em que as ações preventivas de estabilização, de controle de erosão,
de manutenção de equipamentos, máquinas e veículos permita reduzir a frequência de ocorrências que exijam
intervenções corretivas muitas vezes de custos elevados, e que estão totalmente fora dos orçamentos. (SILVA,
2011)
A gestão ambiental do canteiro de obras contempla as medidas ambientais necessárias para evitar, controlar e/ou
minorar os impactos ambientais oriundos das fases de implantação e operação do canteiro de obras, o que contri-
bui para a manutenção de um melhor estado possível de qualidade ambiental e de vida das comunidades con-
templadas, assim como dos colaboradores envolvidos com essa obra, além de minimizar o uso de medidas corre-
tivas.
Com relação aos colaboradores envolvidos, destacam-se a preocupação também em estabelecer medidas relaci-
onadas com sua inserção na comunidade local, suas condições de segurança no trabalho, além das práticas de
higiene e saúde. (MPBSANEAMENTO, 2006)

Exemplos de Ações da Gestão Ambiental no Canteiro de Obras:

TABELA 2: Etapas para formação de um canteiro de obras

01 Sistemas de Abastecimento de Água para Higiene


02 Sistemas de Abastecimento de Água de Uso Industrial
03 Sistemas de Tratamento de Esgoto Sanitário
04 Sistemas de Tratamento de Efluente Industrial
06 Armazenamentos Temporários de Resíduos Sólidos
07 Armazenamentos de Produtos Químicos Perigosos (Aditivos para Concreto, Óleos e Graxas)
Ref.: tabela própria

3.3 – Programa para Favorecimento à contratação de trabalhadores local


Fomentando o desenvolvimento socioeconômico Regional e conforme necessidades estabelecidas pelas empre-
sas envolvidas na construção dessa obra. Importante considerar a contratação, ao máximo, de trabalhadores que
residem nos municípios da Área de Influência Direta (AID) do empreendimento e/ou das localidades vizinhas, pois
isso fomenta o desenvolvimento socioeconômico da região, através da geração de empregos para integrantes das
comunidades vizinhas ao empreendimento. (2017, portalsaofrancisco)
Comumente trabalhadores de alta especialização não costumam ser encontrados nas regiões onde é construído
esse tipo de empreendimento, o que ocorre também nesse caso, requerendo que esses profissionais sejam trazi-
dos, na maioria das situações, de fora, estando mais disponibilizados para as comunidades locais funções que
não exigem muita especialização. Além disso, através da priorização em contratar trabalhadores locais, há dimi-
nuição do porte dos alojamentos e áreas de lazer para acomodação dos trabalhadores oriundos de fora da região,
além da redução da geração de esgoto sanitário e resíduos sólidos, e da contribuição para minimizar os impactos
sócio-econômicos negativos às comunidades envolvidas. (PBA, 2006)

3.4 – Programa de Remanejamento e Indenização da População Diretamente Atingida

As desapropriações, não bastasse ser condição inicial para o início das obras, são bastante complexas, visto que
além de envolver assuntos técnicos e jurídicos, inferem de maneira substancial no aspecto social, sendo necessá-
rio específico cuidado vez que geram impactos significativos no cotidiano das famílias atingidas, principalmente as
de baixa renda. A fim de minimizar estes impactos, é necessário que a implementação do Programa de Desapro-
priações seja acompanhado de ações voltadas para a comunicação e acompanhamento social, buscando partici-
pação das comunidades envolvidas objetivando assim mitigar os impactos no modo de vida da população direta-
mente atingida. (VALEC, 2013)
Esse processo deverá ser feito de forma participativa e transparente, subsidiado pelo Programa de Comunicação
Social, a fim de informar a população interessada sobre todas as etapas de levantamento e negociação.
É necessário que se faça o cadastro socioeconômico e físico das famílias e propriedades, respectivamente, cons-
tituindo num instrumento imprescindível para a formulação dos planos de ações objeto do referido programa, cuja
elaboração vai além dos aspectos materiais e físicos decorrentes da implantação do reservatório e canteiro de
obras, gerando conflitos entre expectativas e realidades, necessitando ser medidas por critérios e diretrizes que
permitam a formulação de acordos.
A possibilidade de construção de acordos e negociações exige informações sobre as famílias e as propriedades, e
os vínculos existentes entre elas para que seja possível, também nos casos de conflito, uma análise justa de direi-
tos, de modo que os impactos produzidos pelo empreendimento sejam compensados da forma mais adequada
possível. (MPBSANEAMENTO, 2006)

3.5 – Programa de Monitoramento Limnológico e de Qualidade de Água

Com a formação do reservatório, os resíduos lançados a montante e a própria vegetação remanescente na área
de inundação destacam-se como os principais consumidores de oxigênio e causadores da eutrofização do reser-
vatório.
A mudança no regime de escoamento de lótico para lêntico e a quantidade represada de matéria orgânica no re-
servatório contribuem para reduzir a qualidade hídrica dos lagos artificiais. Esse efeito pode ser minorado através
do monitoramento dos usos praticados na bacia de drenagem, a montante, e da aplicação adequada dos progra-
mas ambientais descritos no PBA, relacionados ao reservatório. (2013, guanhaesenergia)

A adoção do programa de monitoramento possibilitará um diagnóstico preventivo das mudanças no ecossistema


aquático uma vez que serão avaliadas as modificações na qualidade da água e em parâmetros hidrobiológicas
advindas da transformação dos ambientes lóticos em lênticos e suas conseqüências nas comunidades aquáticas.
Além disto o programa poderá contribuir para o estabelecimento de diretrizes básicas referentes à proteção da
bacia do reservatório quanto às potencialidades de interferências nas águas do sistema hídrico. 3. Objetivos O
programa tem como objetivos. (2013 guanhaesenergia)

Caracterização do corpo d’água no trecho de interesse em termos de suas características físicas, químicas, bacte-
riológicas e hidrobiológicas;

Identificação de tendências e avaliação de riscos para a qualidade das águas; Acompanhamento da evolução do
corpo d’água;

Sugerir ações para o controle e prevenção da poluição;

Por isso é necessário elaborar diagnósticos de modo a definir intervenções necessárias à mitigação dos impactos
indesejáveis antes e depois do enchimento do reservatório; estabelecer os usos permitidos, de acordo com a clas-
se em que o rio se enquadra, e ações de remediação, caso haja necessidade de conhecer o quadro atual da qua-
lidade das águas.

FIGURA 01 – Monito-
ramento Limnológico e
da Qualidade da Água

Fonte:pchgarcabranca
3.6 - Programa de Monitoramento Sedimentológico

As intervenções inerentes às obras, associadas com outras ações antrópicas na bacia hidrográfica de contribui-
ção, podem ocasionar um aumento da turbidez das águas superficiais, com prejuízos para a qualidade da água do
rio e para a vida e atividades que dela dependem. Assim sendo, fazem-se necessárias medidas que forneçam in-
formações capazes que propiciar a tomada de decisões que venham, em tempo hábil, coibir ou minimizar esses
impactos negativos.
Considerando que a presença de sólidos sedimentáveis está diretamente relacionada com processos erosivos e
assoreamento, este programa deve ser implantado junto com os demais programas ambientais relacionados ao
reservatório, o qual se propõe a controlar esses impactos indesejáveis, impedindo e/ou eliminando a degradação
das áreas utilizadas pelas obras e do entorno do reservatório. (MMA, 2010)
A deposição de sedimentos na extremidade superior do reservatório é de particular preocupação. Quando a água
a partir de um rio entra num reservatório, a velocidade da água diminuem subitamente e as maiores partículas
suspensas precipitam para o fundo. Ao mesmo tempo, as partículas maiores na carga do leito (por exemplo, a
areia grossa) param de se deslocar e formam bancos de areia. Grandes acumulações de material geralmente for-
mam nas extremidades superiores de reservatórios, mesmo em rios onde a quantidade de sólidos transportada é
apenas uma pequena fração da quantidade encontrada no rio Madeira. O acúmulo de sedimentos atua como uma
espécie de barragem, represando a água no trecho do rio logo acima do reservatório propriamente dito. (2014,
amazoniareal)

FIGURA – 2 Sedimentação

Fonte.: brasilescola.uol.com.br/geografia/assoreamento-rios.htm
IMAGEM – 3 Monitoramento sedimentométrico/sedimentológico (Banco de Areia)

Fonte.: geometrisa

3.7 – Proteção das Margens e Recuperação das Áreas Degradas

Quando não houver mais atividade alguma, relacionada à implantação da hidrelétrica, sobre as áreas necessárias
para tal finalidade, essas áreas devem ser recuperadas visando o restabelecimento da sua qualidade ambiental.
Através da recuperação da qualidade dos solos, estará mais viabilizado o plantio de espécies vegetais nativas nas
áreas degradadas, de forma reintegrando-as à paisagem típica da região. A cobertura vegetal nativa dessas áreas
desempenhará importante função em relação à própria estabilização dos solos, evitando e/ou reduzindo a geração
de sedimentos aos mananciais de superfície, além de contribuir para a preservação da fauna e flora regionais.
Nas áreas que sofrerão alterações temporárias em função do uso nas obras de construção da Hidrelétrica, como
canteiros de obras, áreas de empréstimo para fornecimento de matéria-prima e parte das vias de serviço, são ob-
jetos de recuperação do programa de recuperação de áreas degradadas.( FACURI, 2004)

Mesmo que o uso desses locais seja temporário, as suas áreas adjacentes, que constituem margens de manan-
ciais de superfície, devem ser protegidas, especificamente contra processos erosivos, de forma a evitar carrea-
mento de sedimentos para esses mananciais. Esse mesmo princípio é válido para o reservatório, em que suas
margens devem ser protegidas através de restauração da faixa ciliar, conforme estabelecido no seu programa es-
pecífico. Este programa tem por objetivo principal a revegetação de todas as áreas atingidas pelas obras de im-
plantação da hidrelétrica, visando à proteção aos solos e mananciais hídricos contra os processos erosivos e as-
soreamento, assim como à reintegração paisagística dessas áreas e à integridade do próprio empreendimento,
evitando a exposição do futuro reservatório aos processos de assoreamento. (MMA, 2011)

3.8 – Programa de Supressão Vegetal e Limpeza do Reservatório

Este programa apresenta os procedimentos para a remoção da vegetação, resíduos sólidos e outros materiais que
possam contaminar a água ou flutuar durante o enchimento do reservatório. Essas ações serão subsidiadas por
ações de retirada, resgate e aproveitamento da flora, bem como de afugentamento da fauna terrestre das áreas
destinadas ao canteiro de obras e seus acessos, e das áreas marginais ao atual leito do rio que será inundado no
período de enchimento do reservatório. Mesmo esse programa sendo relacionado com o salvamento da flora, a
estratégia a ser adotada para este programa visa compatibilizar a supressão da vegetação com o monitoramento
da fauna, permitindo ações mais sensatas de afugentamento natural, de forma ordenada e gradativa da fauna,
considerado como manejo indireto. Propiciar a limpeza satisfatória das áreas a serem alagadas, de forma a deixar
somente os troncos, fixados naturalmente ao solo, com o corte raso, o que reduz, ao máximo, a quantidade de
nutrientes decorrentes da decomposição da vegetação submersa, possibilitando assim a minimização dos efeitos
negativos sobre a qualidade da água; Diminuir o processo alteração na qualidade das águas do reservatório; •
Propiciar, em conjunto com o Programa de Proteção a Fauna, o afugentamento natural ordenado da fauna terres-
tre existente na faixa de inundação do reservatório; Orientar a retirada da vegetação de modo a reduzir os impac-
tos sobre a flora e a fauna; Realizar o resgate da Flora; Propiciar o aproveitamento econômico da matéria-prima
florestal. (PHCDOTRIGRE, 2014)

FASES DA SUPRESSÃO VEGETAL

Figura 1 – Fase 1
Figura 2 – Fase 2
3.9 – Programa de Manejo e Conservação da Flora

Este programa tem a finalidade de conhecer, resgatar e preservar em outros locais, como as áreas de faixa ciliar e
reserva legal, representantes das principais espécies vegetais existentes nas áreas a serem inundadas pelo re-
servatório, assim como na área do canteiro de obras.
Uma das primeiras ações para determinar as áreas a serem monitoradas é o estudo do mapa de cobertura vege-
tal, assim como dos inventários florístico e faunístico, com a identificação dos corredores importantes para o des-
locamento natural da fauna e das espécies características da região. Esse programa deve estar intimamente as-
sociado aos demais programas do PBA, principalmente o Programa de Educação Ambiental, que deverá atuar
junto à população da área de influência, orientando quanto à importância dos estudos em desenvolvimento, bem
como quanto à compreensão da presença do empreendimento na região e dos esforços que estarão sendo des-
pendidos para a conservação ambiental.

As espécies resgatadas, especialmente aquelas ameaçadas de extinção, devem ser mantidas em condições tais
que permitam seu aproveitamento no futuro, seja na constituição da faixa ciliar ou na recuperação de áreas de-
gradadas em geral. Nisso, o Programa de Manejo e Conservação da Flora necessita de uma infra-estrutura ope-
racional básica composta por um viveiro para cultivo de mudas, bem como ter o apoio de instituições científicas
para o aproveitamento do material botânico resgatado.(MPBSANEAMENTO, 2006)

Deve-se promover a coleta de sementes das espécies nativas e encaminhá-las ao viveiro; elaborar e executar,
preferencialmente, um projeto que contemple um viveiro; produzir mudas de espécies nativas, efetuar convênios
com as Prefeituras Municipais para o desenvolvimento do projeto de viveiro florestal; estruturar um Centro Opera-
cional para o manejo da flora nativa na área de influência do empreendimento, podendo esse centro ser comparti-
lhado com os Programas de Resgate e Manejo da Fauna e Ictiofauna. (MPBSANEAMENTO, 2006)

Banco de Sementes Manejo de Flora

Fonte.: flavioanto-
niosilva
Fonte.: sostri-
lhas.com

3.10 – Estímulo a
Regularização da
Reserva Legal

Além da restauração da faixa ciliar do reservatório, que é importante para propiciar melhor qualidade ambiental
das águas do reservatório, beneficiando a fauna e flora aquática e reduzindo a deposição de sedimentos, além de
evitar processos erosivos e assoreamento, servindo para fomentar a biodiversidade local, é interessante estimular
os proprietários, vizinhos à faixa ciliar do reservatório, a implantar e averbar as suas áreas de reserva legal ane-
xadas à faixa ciliar, o que aumentaria o fragmento de vegetação para a preservação da flora, especialmente das
espécies ameaçadas de extinção, e da fauna nativas. Esse programa requer um grande trabalho de educação
ambiental, de forma a convencer esses proprietários lindeiros a implantar e regularizar as áreas de reserva legal, e
que essas sejam implantadas anexas à faixa ciliar, pois isso trabalha com as questões de conscientização e com-
portamento das pessoas, o que geralmente é um processo longo, além da regularização da reserva legal das pro-
priedades lindeiras não estar ligada direta e legalmente ao empreendedor.(LORENZE, 2002)

3.11 - Programa de Resgate e Manejo da Fauna

Conforme diagnosticado no EIA/RIMA, a criação da Usina Hidrelétrica acarretará em impactos sobre a fauna nati-
va, entre os quais a perda de habitats e de indivíduos, a diminuição da riqueza local e alterações ecológicas entre
as comunidades faunísticas. Além disso, espera-se que as alterações ambientais de um sistema lótico para lêntico
afetem de forma direta animais de hábitos semi-aquáticos como alguns representantes da entomofauna, herpeto-
fauna, avifauna e mastofauna, os quais terão que se adaptar à formação de um novo habitat.
Resgate de Fauna

Fonte.: sefac

2.12 – Programa de Educação Ambiental

Este programa tem como objetivo orientar as ações de divulgação e informação que serão empregados durante a
realização do empreendimento, garantindo às comunidades afetadas/envolvidas o acesso às informações sobre o
empreendimento, importância da hidrelétrica no contexto regional e nacional, os principais impactos e as ações e
planos ambientais que serão implantados.
Destina-se também ao atendimento da Lei 9795/99, que dispõe sobre a Educação Ambiental, estabelecendo um
Programa de Educação Ambiental e de Capacitação dos Trabalhadores no Plano Ambiental de Construção dirigi-
do ao pessoal direta e indiretamente afetado pelo empreendimento. Em suma é a criação de um canal de comuni-
cação contínuo entre o empreendedor e a sociedade, especialmente a população afetada diretamente pelo em-
preendimento e os trabalhadores envolvidos nas obras, no sentido de coibir ações predatórias sobre a fauna e
flora, lançamento de resíduos em locais inadequados ou outras atitudes nocivas ao meio ambiente e a vizinhança.
(VALEC, 2013)

Então, para a implantação desse programa estão relatadas as diretrizes básicas, cujas atividades ao longo da im-
plantação do empreendimento devem ser consideradas para aprimorar melhor as atividades a serem aplicadas,
conforme o contexto e momento de sua aplicação, de forma a se alcançar com mais eficiência e eficácia os seus
objetivos e a aplicação do conceito de desenvolvimento sustentável.

Atividades Educacionais a Serem Realizadas

1 – Realização de Seminários Ambientais e Mostras de Ações Ambientais: atividades a serem realizadas nos mu-
nicípios abrangidos pelo empreendimento, voltadas a toda a comunidade, e abordando temas relacionados com a
água, o lixo, prática agrícolas adequadas, agrotóxicos, saúde, entre outros. Atividade

2 – Atividades específicas de educação ambiental voltadas a alunos de ensino fundamental e médio: através de
atividades específicas, como concurso de fotografia, de redação, práticas de horticultura agroecológica ou outras
atividades relacionadas com o tema, para alunos de escolas públicas nos municípios abrangidos pelo empreendi-
mento. Atividade

3 - Atividades específicas de educação ambiental voltadas a professores e lideranças: por meio de atividades es-
pecíficas de educação ambiental, para professores e lideranças dos municípios abrangidos pelo empreendimento,
como cursos de formação e oficinas.

4 – Atividades da Educação ambiental voltada ao público interno: por meio de atividades específicas de educação
ambiental voltadas aos colaboradores da Hidrelétrica e empresas contratadas, com o objetivo de abordar os cui-
dados ambientais nas atividades relacionadas com os serviços de manutenção e apoio à operação prestados.

5 – Ações que visam garantir a continuidade ao Programa de Resgate Socioambiental da Paisagem: para isso
será utilizado o imóvel restaurado e transformado em "Casa de Memória" , com a finalidade de conservar, valorizar
e divulgar as diversas formas os registros dos elementos de valor cultural, histórico e paisagístico da região.

ORGANOGRAMA DAS ATIVIDADES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

4. CONCLUSÕES

Os impactos ambientais causados por usinas hidrelétricas são sempre motivos de acirrados debates e di-
fícil consenso. Como praticamente qualquer atividade econômica, as hidrelétricas causam impactos negati-
vos, principalmente ao meio ambiente. Segundo o Ministério do Meio Ambiente o fundamental é que se crie
instrumentos que sejam compostos por ações preventivas e normativas que permitam controlar os impactos
territoriais negativos dos investimentos público-privados sobre os recursos naturais componentes das cida-
des. O Planejamento ambiental leva aos cientistas a saber qual a real dimensão desses impactos e como
eles podem ser amenizados, já que dentro das fontes energéticas atuais, a energia das águas é considerada
fonte renovável e limpa.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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