PROFESSOR: EQUIPE DE PORTUGUÊS

BANCO DE QUESTÕES - PRODUÇÃO TEXTUAL - 6º ANO - ENSINO FUNDAMENTAL

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Texto 1

Nesta etapa, estudamos variadas fábulas, que estão entre as histórias mais antigas da
humanidade. Essas narrativas são curtas e, em geral, apresentam como personagens animais que
falam e adotam comportamentos semelhantes aos dos seres humanos. Em sua origem, as fábulas
eram contadas com o objetivo de difundir algum ensinamento, conhecido como "moral da história".
Leia abaixo um exemplo desse gênero textual.

O Sapo e o Coelho
O Coelho vivia zombando do Sapo. Achava-o preguiçoso e lerdo, incapaz de qualquer
agilidade. O sapo ficou zangado:
— Quer apostar corrida comigo?
— Com você? — assombrou-se o coelho.
— Justamente! Vamos correr amanhã, você na estrada e eu pelo mato, até a beira do rio...
O coelho riu muito e aceitou o desafio. O sapo reuniu todos seus parentes e distribuiu-os na
margem do caminho, com ordem de responder aos gritos do coelho.
Na manhã seguinte, os dois enfileiraram-se, e o coelho disparou como um raio, perdendo de
vista o sapo que saíra aos pulos. Correu, correu, correu, parou e perguntou:
— Camarada Sapo?
Outro sapo respondia dentro do mato:
— Oi?
O coelho recomeçou a correr. Quando julgou que seu adversário estivesse bem longe, gritou:
— Camarada Sapo?
— Oi? — coaxava um sapo.
Em vão, o Coelho corria e perguntava, sempre ouvindo o sinal dos sapos escondidos. Chegou
à margem do rio exausto, mas já encontrou o sapo, sossegado e sereno, esperando-o. O coelho
declarou-se vencido. E o sapo, muito esperto, ganhou a disputa e virou herói.
CASCUDO, Luís da Câmara. Os compadres corcundas e outros contos brasileiros.
Rio de Janeiro: Ediouro, 1997. p. 88.

01- A partir da leitura da fábula acima, responda:

a) Quais são os protagonistas da história?
R.: __________________________________________________________________________

b) Qual é o espaço onde se passa a história?

R.: __________________________________________________________________________

c) Qual é o tipo narrador e o foco narrativo?

R.: __________________________________________________________________________

02- Por que o Coelho ri e debocha do Sapo quando surge e apostam corrida?
R.: __________________________________________________________________________

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03- O Coelho é um animal que corre muito rápido.
 Qual estratégia foi utilizada pelo Sapo para vencer do Coelho na corrida?
R.: __________________________________________________________________________

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04- O Coelho teve sucesso em sua corrida com o Sapo? Justifique sua resposta.
R.: __________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

05- Podemos dizer que a atitude do Sapo é correta, seguindo os princípios éticos que conhecemos?
Justifique a sua resposta.
R.: __________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

06- Releia o trecho abaixo:

"[...] distribuiu-os na margem do caminho, com ordem de responder aos gritos do coelho."

 Retorne ao texto e indique a que elemento do texto a partícula "-os" faz referência.
R.: __________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

07- O ensinamento é uma das características presentes em fábulas, apólogos e parábolas.

 Explique com suas palavras qual é a moral subentendida na fábula "O Sapo e o Coelho".
R.: __________________________________________________________________________

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08- Assinale a alternativa em que o Sapo é caracterizado segundo a visão do Coelho:

(A) "Achava-o preguiçoso e lerdo, incapaz de qualquer agilidade."
(B) "[…] o coelho disparou como um raio, perdendo de vista o sapo que saíra aos pulos."
(C) "O coelho recomeçou a correr. Quando julgou que seu adversário estivesse bem longe […]"
(D) "Chegou à margem do rio exausto, mas já encontrou o sapo, sossegado e sereno […]"

09- Releia o trecho abaixo:

"[…] os dois enfileiraram-se e o coelho disparou como um raio […]"

 A partir da leitura, podemos dizer que o sentido da palavra destacada nos faz perceber que ela
introduz:
(A) uma exemplificação. (B) um comentário.
(C) uma comparação. (D) uma fala de um personagem.

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10- Na fábula, os animais agem e falam como seres humanos. Todas as alternativas abaixo indicam
ações totalmente concluídas no momento em que são narradas.
 Assinale a opção que não apresenta essa característica.
(A) "O Coelho vivia zombando do Sapo."
(B) "– Com você? – assombrou-se o coelho."
(C) "O coelho declarou-se."
(D) "O coelho riu muito e aceitou o desafio."

Texto 2

O apólogo é uma narrativa que busca ilustrar lições de sabedoria através do uso de
personagens inanimados, como objetos, que apresentam personalidades humanas diversas. Bem
parecido com a fábula em sua estrutura, o apólogo é um tipo de narrativa que personifica os seres
inanimados, transformando-os em personagens da história.

O Martelo e o Prego
Um certo dia um prego falou a um martelo:
— O que você faria da vida se eu não existisse?
— Ora muito que você seria útil sem mim, retrucou o martelo.
— Pois veremos, qualquer objeto resistente consegue bater na minha cabeça e fazer com que
eu afunde em uma madeira.
O martelo que escutou o carpinteiro chegar ficou quieto o prego logo percebeu sua presença e
se calou. O carpinteiro que logo continuou o serviço do dia anterior, utilizou o prego e o martelo.
Chegando ao final do dia o carpinteiro já cansado, colocou o martelo de lado e saiu de sua
marcenaria. O martelo então após refletir fala ao prego:
— Eu pensei e cheguei à conclusão que você tem razão: não serviria para nada sem você.
— Pois eu também pensei e percebi que para nada nós serviríamos se trabalhássemos em
conjunto.
O fato é que, depois desse dia, nem o prego nem o martelo discutiram mais.
Disponível em: http://8cem.blogspot.com.br/2009/11/o-prego-e-o-martelo.html
Acesso em 19 jun. 2017 (Adaptado)

11- Qual situação dá origem ao conflito entre os personagens?

R.: __________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

12- Transcreva o primeiro argumento utilizado pelo prego para justificar a sua importância.
R.: __________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

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13- Por que podemos dizer que não houve nenhum vencedor na competição entre o prego e o
martelo?
R.: __________________________________________________________________________

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14- Assinale abaixo o ensinamento que é mais coerente com a narrativa lida. Justifique sua resposta.
(A) Quem com ferro fere, com ferro será ferido.
(B) A união faz a força.
(C) Quem não tem cão caça com gato.
(D) Em terra de cego, quem tem um olho é rei.

15- Se utilizássemos a mesma moral da história, qual mudança em relação aos personagens seria
necessária para transformar o apólogo acima em uma fábula?
R.: __________________________________________________________________________

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Texto 3

O gênero parábola corresponde a um texto escrita em forma de narração, no qual as

personagens são seres humanos ou ideias apresentadas como se fossem pessoas, apresentando
uma lição de sabedoria em linguagem simbólica. Leia o texto abaixo, classificado como uma
parábola.

A Verdade e a Parábola
Um dia, a Verdade decidiu visitar o mundo dos homens, sem roupas e sem adornos, tão nua
como seu próprio nome. E todos que a viam lhe viravam as costas de vergonha ou de medo, e
ninguém lhe dava as boas-vindas.
Assim, a Verdade percorria os confins da Terra, criticada, rejeitada e desprezada. Uma tarde,
muito melancólica, encontrou a Parábola. Diferentemente, a Parábola passeava alegremente,
trajando um belo vestido e muito elegante.
— Verdade, por que você está tão abatida? — perguntou a Parábola.
— Porque devo ser muito feia e antipática, já que os homens me evitam tanto! — respondeu
para a amargurada Parábola.
— Que bobagem! — Sorriu a Parábola. — Não é por isso que os homens evitam você. Tome.
Vista algumas das minhas roupas e veja o que acontece.
Então, a Verdade pôs algumas das lindas vestes da Parábola. De repente, por toda parte onde
passava era bem-vinda e aclamada.
Disponível em: http://mensagenstododia.blogspot.com/2009/03/verdade-e-parabola.html
Acesso em 19 jun. 2017 (Adaptado)

16- Qual foi a reação dos homens quando viram a Verdade?

R.: __________________________________________________________________________

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17- Que sentimentos a Verdade teve por causa da reação dos homens?
R.: __________________________________________________________________________

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18- Qual a diferença na vestimenta entre a Verdade e a Parábola?
R.: __________________________________________________________________________

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19- Depois que a Parábola emprestou suas vestes para a Verdade, como os homens reagiam à
presença da Verdade?
R.: __________________________________________________________________________

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20- Explique, com suas próprias palavras, o ensinamento subentendido na história.

R.: __________________________________________________________________________

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21- Releia atentamente os trechos a seguir, observando as palavras destacadas.

 Após isso, assinale a alternativa na qual conste uma palavra que substituta o termo em
destaque sem mudar o seu sentido.
a) "Uma tarde, muito melancólica, encontrou a Parábola."
(A) deprimida. (C) contente.
(B) enfurecida. (D) assustada.

b) "Diferentemente, a Parábola passeava alegremente, trajando um belo vestido e muito

elegante."
(A) calçando. (C) vestindo.
(B) costurando. (D) imaginando.

c) "De repente, por toda parte onde passava era bem-vinda e aclamada."
(A) convidada. (C) desmerecida.
(B) festejada. (D) observada.

Texto 4

Os contos maravilhosos são narrativas nas quais aparecem seres encantados e elementos
mágicos pertencentes a um mundo imaginário. Esses contos são histórias muito antigas que
pertencem à tradição oral, sendo transmitidas de boca em boca e passadas de geração para
geração. Leia abaixo um exemplo de um conto maravilhoso.

A menina dos fósforos

Isto foi num desses países onde a neve cai durante o inverno – e fazia um horrível frio naquela
noite. Dentro da noite, a menina seguia, de pés descalços, pois, ao atravessar a rua, perdera os
chinelos. Quando voltou para procurá-los, viu que um moleque havia apanhado um pé, saindo a
correr com ele na mão. "Vou fazer um berço deste chinelo!", dizia ele.

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 Por isso lá ia a menina de pés nus. Era uma vendedeira de fósforos, do tempo em que os
fósforos se vendiam soltos e não em caixa.
Em certo ponto, a menina sentou-se próximo a uma parede. Como não tivesse vendido
nenhum fósforo, não se animava a voltar para casa. Seu pai com certeza a surraria.
Teve uma ideia: acender um fósforo para aquecer os dedos endurecidos. Riscou um fósforo na
parede: Chit! Que luz bonita e que agradável quentura!
A menina riscou outro, e, à luz dele, a parede da casa a que estava encostada tornou-se
transparente, deixando ver o que se passava lá dentro. Estava uma grande mesa, com prataria de
porcelana; no centro, um ganso recheado de maçãs e ameixas. De repente o ganso ergueu-se e,
ainda com a faca e o garfo espetados no peito, veio na direção dela.
Nisto, o fósforo apagou-se e tudo desapareceu.
— Alguém está morrendo, pensou a menina com a lembrança de sua avó.
A menina acendeu outro fósforo — e desta vez apareceu sua própria vovó, brilhante como um
espírito e com o olhar meigo.
— Vovó! Leve-me consigo! Eu sei que a senhora vai sumir quando este fósforo chegar ao fim,
como aconteceu com o ganso.
E para que isso não acontecesse, a menina tratou de acender um atrás do outro, sem esperar
que a chama morresse. E os fósforos foram ardendo com luz brilhante, e sua vovó nunca lhe
apareceu tão bela. Tomou a netinha nos braços e com ela voou, radiante, para o céu.
No outro dia encontraram o corpo da menina esticado na calçada, com as faces roxas e um
sorriso nos lábios. Havia morrido de fome e frio na última noite de dezembro.
O sol do novo ano veio passear sobre o pequenino cadáver. Os passantes olhavam e diziam:
"A coitada procurou aquecer-se com os fósforos", mas ninguém suspeitou as lindas coisas que ela
viu, nem o deslumbramento com que começou o ano novo em companhia de sua avó.
LOBATO, Monteiro. Novos contos de Andersen.
São Paulo: Brasiliense, 1968. p. 16-21 (Adaptado).

22- Ao final do conto maravilhoso, observamos que sua mensagem pode ser classificada como:
(A) positiva, pois o pai da menina a surrou, já que não vendeu os fósforos e ficou na rua.
(B) negativa, pois a menina aprendeu a realizar tarefas interessantes, como ver através da parede.
(C) negativa, pois mostrou que nem mesmo o sonho é capaz de aliviar o sofrimento.
(D) positiva, pois, embora a menina tivesse morrido, viu coisas lindas e ficou ao lado da avó.

23- Releia o trecho a seguir:

"Isto foi num desses países onde a neve cai durante o inverno"

 A que se refere a palavra "isto" no fragmente acima?

(A) À falta de dinheiro da pobre menina.
(B) À perda dos chinelos pela protagonista.
(C) A toda história da menina dos fósforos.
(D) À surra que a protagonista levara do pai.

24- Além de aquecer, os fósforos desempenham na história a função de:

(A) fazer a menina ser vista pelas pessoas da casa.
(B) aquecer a comida que a família serviu à menina.
(C) proteger a menina do ganso espetado com garfo e faca.
(D) tornar reais, na imaginação da menina, os desejos que ela sentia.

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25- No início do conto maravilhoso que você acabou de ler, encontram-se palavras como "neve",
"frio", "horrível".
 O emprego dessas palavras ajuda a caracterizar um espaço:
(A) de prazer, que faz bem à menina.
(B) de sonho, que livra a menina de sofrer.
(C) de melancolia, que contribui para o sofrimento da menina.
(D) de conforto, que conduz a menina à morte

26- Releia o seguinte fragmento:

"Riscou um fósforo na parede – Chit!"

 A palavra em destaque é uma onomatopeia, que representa o som:

(A) do fósforo se tornando um toquinho queimado.
(B) da menina tentando reproduzir o som do fósforo.
(C) do fósforo sendo riscado na parede.
(D) da voz da menina ao acender o fósforo.

27- Releia o trecho abaixo:

"Vou fazer um berço dessa chinela!"

 As aspas foram utilizadas para:

(A) mostrar o duplo sentido da frase.
(B) marcar a inclusão de uma fala.
(C) citar parte de uma outra história.
(D) intensificar a fala do narrador.

Gabarito

01- a) O Sapo e o Coelho.

b) Em uma floresta, onde há uma mata e um rio.
c) O narrador é observador, com foco narrativo em 3ª pessoa.

02- O Coelho ri pois se considera um animal mais veloz do que o Sapo.

03- O Sapo juntou todos os seus parentes e os colocou pelo caminho, a fim de enganar o Coelho e
fingir ter vencido a corrida.

04- Não teve sucesso, pois ao final o Sapo saiu como vencedor.

05- Não é correta. Apesar de receber zombarias, o Sapo utiliza-se de trapaça para vencer a corrida.

06- O termo se refere a "todos os seus parentes".

07- A moral é que nunca devemos zombar dos outros, pois no fim das contas podemos nos dar mal.

08- (A)

09- (C)

10- (A)

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11- A situação que dá origem à discussão entre os personagens é o fato de um se julgar mais
importante do que o outro.

12- "— Pois veremos, qualquer objeto resistente consegue bater na minha cabeça e fazer com que
eu afunde em uma madeira."

13- No fim do texto, ambos os personagens chegam à conclusão de que os dois têm importância.

14- (B)

15- Para ser uma fábula, os personagens protagonistas precisariam ser animais humanizados.

16- Todos os homens que viam a Verdade lhe viravam as costas de vergonha ou de medo, e
ninguém lhe dava as boas-vindas.

17- Por conta da rejeição, a Verdade ficou muito triste e desanimada.

18- Enquanto a Verdade estava nua, a Parábola trajava um vestido elegante.

19- Quando já estava vestida, a Verdade foi bem aceita pelos homens.

20- As pessoas se preocupam mais com as aparências, isto é, com o exterior, do que com a
essência das pessoas, como elas verdadeiramente são.

21- a) (A)
b) (C)
c) (B)

22- (D)

23- (C)

24- (D)

25- (C)

26- (C)

27- (B)

FM/1706/BANCO DE QUESTOES/PRODUCAO TEXTUAL/2017/PRODUCAO TEXTUAL - 6O ANO- 2a ETAPA - 2017. DOC

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