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Nathalia Masson
Aula 05
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Direito Constitucional – Reforma e Revisão
Constitucional
Auditor Tributário ICMS-DF
Prof. Nathalia Masson
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Sumário
SUMÁRIO 2
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 72
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(2) Introdução
Olá, caríssimo aluno! Seja bem-vindo a mais um encontro de Direito Constitucional. O tema desta
aula é, além de interessante, muito incidente em provas. Será, portanto, um prazer estuda-lo e, depois,
acertar as questões sobre ele, não tenho dúvidas! Mas veja bem: antes mesmo de iniciarmos o estudo do
processo de alteração da nossa Constituição Federal, vou lhe convidar para fazermos uma breve
recapitulação sobre o poder constituinte originário.
Você se lembra que o poder constituinte originário é o responsável pela elaboração da
Constituição, norma superior que inicia a ordem jurídica e lhe confere fundamento de validade? E mais:
você se recorda que o titular do poder constituinte (aquele que o detém, estando apto a elaborar os
contornos normativos de um Estado) é hoje o povo? Aliás, nunca é demais rememorar que no transcorrer
dos vários séculos da Idade Média, a titularidade pertenceu aos soberanos, compreendidos como
verdadeiras reencarnações de entidades divinas. Foi só no final do século XVIII, às vésperas da Revolução
Francesa (1789), quando Sieyés publicou o panfleto intitulado O que é o terceiro Estado?, que a formulação
clássica da titularidade do poder constituinte como pertencente à nação surgiu. Modernamente, todavia,
você bem sabe que o conceito de “nação” – de matriz fortemente sociológica – foi substituído pelo de
povo – substancialmente jurídico –, na titularidade do poder constituinte. Por isso o poder constituinte
passou a ser, portanto, um poder do povo!
Avançando, também não podemos esquecer que segundo a ótica positivista, vigente em nosso
ordenamento, são quatro as características essenciais do poder:
a) inicial: pois o produto de seu trabalho, a Constituição, é a base do ordenamento jurídico; é o ponto a
partir do qual o Direito e o Estado começam;
b) ilimitado: pois o PCO não se submete ao regramento posto pelo direito precedente, sendo possuidor
de ampla liberdade de conformação da nova ordem jurídica;
Obs.: Vale frisar que a ausência de limites para o exercício do poder originário deve ser tratada com
certas reservas, pois é indiscutível a existência de alguns limites, como, por exemplo, os
geográficos/territoriais. Igualmente são limites as circunstâncias sociais e políticas que lhe dão
causa, pois se o poder constituinte é a expressão da vontade política soberana do pov o, não pode
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ser entendido sem a observância dos valores éticos, religiosos e culturais pelo povo partilhados e
motivadores de suas ações.
c) incondicionado: já que não se submete a qualquer regra ou procedimento formal prefixado pelo
ordenamento jurídico que o antecede;
d) autônomo: porque é capaz de definir o conteúdo que será implantado na nova Constituição, bem
como sua estruturação e os termos de seu estabelecimento (ressalte-se que, para alguns autores,
essa característica é só uma maneira diferente de expressar o fato de o poder ser ilimitado ).
Há, ainda, uma outra característica do poder constituinte muito útil à complementação do rol
apresentado. Podemos dizer que ele é um poder permanente, pois não se esgota quando da conclusão
da Constituição. Ele permanece em situação de latência (“hibernando”), podendo ser ativado quando o
“momento constituinte”, (de necessária ruptura com a ordem estabelecida), se apresentar novamente.
No entanto, apesar de ser um poder permanente, o PCO não se mantém organizado
(estruturado e em exercício), depois que finaliza seu trabalho, isto é, depois que conclui a confecção
da Constituição e a entrega ao povo. Foi exatamente por isso que, no processo de feitura da atual
Constituição federal de 1988, nossa Assembleia Nacional Constituinte, que se reuniu pela primeira
vez em 1° de fevereiro de 1987, se dissolveu em 05 de outubro de 1988, quando foi promulgada e
publicada nossa Constituição.
Assim, ao terminar seu trabalho e entregar a nova Constituição, o PCO sai de cena. Mas ele
deixa em seu lugar os chamados poderes instituídos (ou constituídos), com atribuições e tarefas já
previamente definidas.
Portanto, os poderes constituídos, que representam o objeto dessa nossa aula, nada mais são do
que poderes que foram criados pelo poder originário: são “poderes de direito” (possuidores de natureza
jurídica, e não política), que conhecem limitações e condicionamentos e subordinam-se de modo
irrestrito ao regramento imposto pelo poder originário no texto constitucional.
Um detalhe acerca da nomenclatura desses poderes: em meu sentir, como eles são “criaturas”,
devem ser chamados de poderes “constituídos”, pois foram criados pelo PCO, derivam dele. No entanto,
é muito comum que as bancas examinadoras usem o termo “constituinte” também para designa-los. Não
me parece algo muito técnico. Todavia, é bastante corriqueiro.
Bom, com essa digressão toda feita, já podemos começar nossa análise dos poderes instituídos
(ou constituídos).
São de duas espécies: o poder constituído derivado decorrente (ou poder constituinte decorrente)
e o poder constituído derivado reformador (ou poder constituinte reformador). Um conceito rápido
acerca da função de cada qual: o poder decorrente é o responsável pela feitura das Constituições
estaduais (e da Lei Orgânica do DF); já o poder reformador (representado pelo Congresso Nacional) tem
a função de modificar o texto constitucional, evitando que ele se torne ultrapassado (obsoleto). Veja o
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esquema1 abaixo:
Vamos tratar detalhadamente de cada um desses poderes derivados nos itens subsequentes. Em
frente!
1
MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 7ª. ed. Salvador: Juspodivm, 2019, p. 131.
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E como é que o poder originário viabilizou essa tarefa? Ele fez constar no art. 11 do ADCT (ato das
disposições constitucionais transitórias) a possibilidade de os integrantes eleitos para as Assembleias
Legislativas dos Estados em 1986 (os deputados estaduais), fossem investidas no poder decorrente.
Assim, eles teriam o prazo de um ano (a contar da promulgação da Constituição da República), para
poderem promulgar as constituições estaduais.
Se você abrir as Constituições estaduais, verá que a maioria realmente usou esse prazo de um ano
e, “aos 45 minutos do segundo tempo”, promulgou sua constituição estadual. Veja nas imagens abaixo
alguns exemplos:
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Um detalhe interessante citado pela doutrina é o seguinte: quando o poder decorrente cria a
Constituição do Estado ele é denominado “poder decorrente instituidor” e quando realiza as alterações
em seu texto, procedendo aos ajustes necessários para manter o documento estadual compatível com a
realidade, ele é chamado de “poder decorrente reformador”.
Outro aspecto importante para seu estudo, caro aluno, é referente à apresentação das
características do poder decorrente. Já sabemos que ele elabora um documento que será nomeado
“constituição” estadual. No entanto, podemos seguir convictos de que qualificá-lo como “poder
constituinte” é uma inadequação. Só quem “constitui” é o poder originário, de modo que me parece algo
muito impróprio mantermos o mesmo nome para realidades tão diferentes. Assim, prefiro chama-lo de
poder derivado decorrente, ou poder constituído decorrente (mas sempre te lembrando que sua banca
examinadora costuma ser pouco técnica e dizer “poder constituinte decorrente”).
Bom, em sendo, portanto, um poder derivado, criado pelo poder constituinte originário, o poder
decorrente é:
– um poder de direito, institucionalizado pela Constituição, possuidor, pois, de natureza jurídica;
– um poder limitado (ou subordinado),
– condicionado, e
– secundário ou de 2º grau.
Dando sequência ao nosso estudo, futuro auditor, vamos enfrentar agora uma polêmica
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doutrinária: o poder decorrente atua somente na elaboração das Constituições estaduais ou é também
o responsável pela elaboração dos documentos de organização do Distrito Federal e dos Municípios?
A resposta, até hoje, ainda divide a doutrina. De um lado temos a corrente minoritária, partidária
da tese de que o poder decorrente atua também nos Municípios e no DF. O argumento central é o
seguinte: apesar de a Constituição ter se valido da expressão “lei orgânica”, os documentos principais
desses dois entes são efetivas “constituições em sentido material", já que formatam e estruturam toda a
organização deles. Nessa perspectiva, se os estatutos que os disciplinam possuem natureza
constitucional, o poder que os apresenta é o decorrente.
De outro lado, temos a corrente majoritária, que vamos adotar, que defende que o poder
decorrente também existe na feitura da Lei Orgânica do Distrito Federal, mas não na feitura das Leis
Orgânicas dos Municípios. A argumentação que sustenta essa opinião pode ser construída a partir das
seguintes ponderações:
– o Distrito Federal tem, por força do art. 32, § 1º, CF/88, as mesmas competências legislativas reservadas
aos Estados-membros, dentre as quais se situa a atribuição estadual de elaborar sua própria
Constituição;
– a Lei Orgânica do Distrito Federal, assim como ocorre com as Constituições estaduais, é um documento
que só está submetido à Constituição da República (subordinação direta);
– esse parece ser o entendimento do STF sobre a questão: “Em uma palavra: a Lei Orgânica equivale, em
força, autoridade e eficácia jurídicas, a um verdadeiro estatuto constitucional, essencialmente
equiparável às Constituições promulgadas pelos Estados-membros”;
– quanto aos Municípios, eles são organizados por documentos condicionados simultaneamente à
Constituição estadual e à Constituição Federal, isto é, se sujeitam à uma dupla subordinação;
– o fato de termos esses “dois graus de imposição constitucional" tornaria um eventual poder decorrente
municipal em um poder de terceiro grau, vez que decorreria do poder decorrente estadual, que por sua
vez já é um poder de segundo grau (pois decorre do originário)! Em conclusão, o poder decorrente deve
extrair sua legitimidade diretamente do texto da Constituição, o que não ocorreria se vislumbrássemos
um poder decorrente municipal.
Em resumo, o poder constituído decorrente elabora as Constituições estaduais e a Lei Orgânica
do Distrito Federal, mas não é um poder que foi conferido aos Municípios.
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Vejamos agora como as bancas têm exigido esse ponto introdutório da matéria nas provas:
2 MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 7ª. ed. Salvador: Juspodivm, 2019, p. 137.
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Item correto. O poder constituinte derivado reformador tem a função de alterar a Constituição da República,
ajustando e atualizando o texto constitucional ao novo contexto social, através das emendas constitucionais
(art. 60, CF/88). Já o poder constituinte derivado decorrente surge a partir da capacidade de auto-
organização conferida aos Estados-membros, que elaborarão suas próprias Constituições, autorizados pelo
art. 11 do ADCT.
Gabarito: Certo
[FEPESE - 2018 - PGE-SC - Procurador do Estado - Adaptada] Em relação ao poder constituinte, julgue a
assertiva:
Tal poder poderá se apresentar como originário (poder criador), como derivado (reformador) ou ainda como
decorrente (dirigido aos estados-membros).
Comentário:
O poder constituinte originário é o poder responsável pela elaboração da Constituição, norma superior que
inicia a ordem jurídica e lhe confere fundamento de validade. Por outro lado, temos também os poderes
instituídos (ou constituídos), que são poderes que foram criados pelo poder originário. São duas as espécies:
o poder constituído decorrente e o poder constituído reformador. A assertiva é verdadeira. Repare que o
examinador se valeu de uma construção aqui por nós criticada (mas muito comum!): a de considerar os
poderes decorrente e reformador como poderes constituintes.
Gabarito: Certo
[CESPE - 2018 - EMAP - Analista Portuário - Área Jurídica] Julgue o item que segue, a respeito do poder
constituinte.
O poder constituinte originário outorgado aos estados federados permite que estes elaborem e atualizem
suas próprias constituições.
Comentário:
Entende-se por poder constituinte originário aquele que cria uma nova ordem jurídica, o que não acontece
quando os Estados-membros criam suas próprias Constituições Estaduais. O poder que permite a criação
das Constituições pelos Estados-membros é o poder constituinte (ou constituído) decorrente. Logo, a
assertiva apresentada é falsa.
Gabarito: Errado
[VUNESP - 2018 - Prefeitura de Bauru - SP - Procurador Jurídico] Enquanto o Poder Constituinte Originário
é a potência que funciona na etapa de elaboração genuína do texto básico, o Poder Constituinte Derivado
Reformador:
A) destrói a ordem jurídica existente, implantando outro ordenamento, recorrendo, até mesmo, ao recurso
da força.
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D) surge das relações político-sociais, porque seu fundamento reside nas necessidades econômicas,
culturais, antropológicas, filosóficas, entre outras, da sociedade.
Comentário:
Nossa resposta encontra-se na letra ‘b’, pois o poder constituído reformador tem a função de modificar
formalmente a Constituição da República, exercendo a relevante tarefa de ajustar o texto constitucional aos
novos ambientes formatados pela dinâmica social.
Gabarito: B
[CESPE - 2016 - TRE-PI - Analista Judiciário – Judiciária - Adaptada] Acerca do direito constitucional, julgue
a assertiva:
As várias reformas já sofridas pela CF, por meio de emendas constitucionais, são expressão do poder
constituinte derivado decorrente.
Comentário:
O poder constituído reformador que tem a função de modificar formalmente a Constituição da República,
exercendo a relevante tarefa de ajustar o texto constitucional aos novos ambientes formatados pela
dinâmica social. O item está incorreto.
Gabarito: Errado
[CESPE - 2016 - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Analista Judiciário - Área Judiciária - Adaptada] Acerca do poder
constituinte e dos princípios fundamentais da CF, julgue a assertiva:
O poder constituinte derivado reformador efetiva-se por emenda constitucional, de acordo com os
procedimentos e limitações previstos na CF, sendo passível de controle de constitucionalidade pelo
Supremo Tribunal Federal (STF).
Comentário:
As emendas constitucionais deverão seguir o rito e limitações previstos no art. 60 da CF/88. Caso não haja
observância do art. 60, as emendas poderão ser contestadas em sede de controle de constitucionalidade
pelo STF. Logo, a assertiva é verdadeira.
Gabarito: Certo
Após a resolução dessas questões, estamos preparados para a avançar! Passaremos a analisar cada uma
das limitações impostas pelo poder constituinte originário ao poder constituído reformador.
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Note, meu caro aluno, que a possibilidade de reapreciação da PEC só depende do respeito a uma
regra formal: tem que ter havido uma mudança de sessão legislativa. Não há um limite temporal, já que
não se leva em consideração o tempo transcorrido da rejeição da PEC até a nova apreciação daquela
matéria. Não importa que entre a rejeição e a reapreciação tenham se passado dois meses (por ex.:
rejeição em 10 de dezembro e reapreciação em 10 de fevereiro) ou onze meses (por ex.: rejeição em 10
de março e reapreciação em 10 de fevereiro), o que interessa é que estejamos em uma nova sessão
legislativa.
É por isso que concluímos que o § 5º do art. 60 representa uma limitação formal, pois não impede
que a CF/88 seja modificada dentro de um certo e específico lapso temporal, mas sim que ela seja
alterada sem que uma regra procedimental (mudança de sessão legislativa) tenha sido observada. O
dispositivo constitucional preceitua que a matéria constante de uma PEC rejeitada ou havida por
prejudicada não poderá ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. Só a partir de uma
próxima sessão legislativa é que essa PEC, rejeitada ou considerada prejudicada, poderá tramitar
novamente, jamais na mesma sessão.
Aproveitando o ensejo dessa regra procedimental, vou chamar sua atenção para alguns pontos
que podem ser cobrados em sua prova:
3.Cuidado caro aluno: existiu uma limitação temporal para o Poder Revisor do art. 3º do ADCT, já que nenhuma Emenda Revisional pode
ser feita entre outubro/1988 a outubro/1993. Veremos isso em um tópico mais adiante.
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(i) Não confunda “sessão legislativa” (que é o período anual de trabalho de Congresso Nacional,
conforme dispõe o art. 57, CF/88), com “legislatura” (que é o período de quatro anos, que corresponde
ao mandato dos deputados federais; art. 44, parágrafo único). Portanto, tome muito cuidado se o
examinador trocar a expressão “sessão legislativa” e colocar “legislatura”.
(ii) Existe uma regra parecida com esta do art. 60, § 5° que vale para a PEC para Medida Provisória
(MP), no art. 62, § 10, CF/88. De acordo com esse dispositivo, uma medida provisória rejeitada,
expressa ou tacitamente (perda de eficácia por decurso de prazo) não poderá, em hipótese alguma,
ser reeditada pelo Presidente da República em uma mesma sessão legislativa, só a partir de uma
próxima.
(iii) Assim como temos essa regra no art. 60, § 5° para PEC e no art. 62, § 10 para MP, temos também
uma regra específica para os projetos de lei (PL) no art. 67. Mas tome muito cuidado! Porque a regra
válida para o PL é bem diferente. Veja só: a matéria constante de projeto de lei poderá constituir
objeto de um novo projeto na mesma sessão legislativa, desde que haja uma proposta da maioria
absoluta dos membros de uma das Casas do Congresso Nacional (art. 67, CF/88). Ou seja, aquilo que
era impossível para uma PEC ou MP rejeitada (reapreciação ou reedição em uma mesma sessão
legislativa), é algo que pode acontecer para um projeto de lei, desde que seja observada uma condição
(um pedido feito pela maioria absoluta dos membros da Câmara dos Deputados – ao menos 257 dos
513 deputados federais – ou do Senado Federal – 41 dos 81 Senadores da República).
Veja na tabela4 posta abaixo se você consegue visualizar melhor as três situações que
comparamos: a da PEC, da MP e do PL.
Bom, podemos concluir que se uma PEC ou uma MP forem rejeitadas em uma sessão legislativa
específica, a matéria que elas veiculavam somente poderá ser objeto de nova discussão (no caso da PEC)
ou reedição (em se tratando de MP) quando uma nova sessão legislativa for inaugurada, no dia 02 de
fevereiro do ano seguinte (art. 57, CF/88). Por outro lado, a matéria constante de um projeto de lei que
tenha sido rejeitado numa sessão legislativa poderá constituir objeto de um novo projeto, numa mesma
4 MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. ª. ed. Salvador: Juspodivm, 2019, p. 900.
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sessão legislativa, bastando, para tanto, que haja um requerimento feito pela maioria absoluta dos
membros de quaisquer das Casas Legislativas do Congresso Nacional.
E antes de finalizamos esse ponto, você já sabe, teremos questões para resolvermos juntos:
A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada poderá ser objeto de nova
proposta na mesma sessão legislativa, desde que conte com a assinatura de 1/3 dos membros da respectiva
casa legislativa.
Comentário:
O item é falso, pois PEC rejeitada ou havida por prejudicada não poderá ser objeto de nova proposta na
mesma sessão legislativa.
Gabarito: Errado
A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de
nova proposta na mesma sessão legislativa.
Comentário:
A assertiva apresentada está correta, sendo a reprodução literal do art. 60, § 5°, CF/88!
Gabarito: Certo
[CESPE - 2015 - TRF - 1ª REGIÃO - Juiz Federal Substituto] A respeito da ordem constitucional brasileira,
julgue o item.
A matéria constante de proposta de emenda constitucional rejeitada ou havida por prejudicada não pode
ser novamente apresentada na mesma legislatura.
Comentário:
Consoante previsão do art. 60, § 5º da CF/88, a matéria de uma PEC rejeitada não poderá ser discutida na
mesma sessão legislativa. Logo, como a assertiva dispõe que a proposta não poderá ser discutida na mesma
legislatura, o item é falso. Afinal, legislatura é o período de 4 anos, que compreende 4 sessões legislativas.
Portanto, a matéria de uma PEC rejeitada em uma legislatura pode sim ser objeto de uma nova PEC na
mesma legislatura (não poderia ser se estivéssemos na mesma sessão legislativa).
Gabarito: Errado
[CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo - Consultor de Orçamento e Fiscalização
Financeira] Com base nas normas sobre processo legislativo constantes da Constituição Federal de 1988
(CF), julgue o item que segue.
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A matéria constante de proposta de emenda constitucional rejeitada ou havida por prejudicada somente
poderá ser reapresentada, na mesma sessão legislativa, mediante requerimento da maioria absoluta dos
membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional.
Comentário:
A matéria não poderá ser apresentada na mesma sessão legislativa, conforme prevê o art. 60, § 5º da CF/88.
Gabarito: Errado
Podemos extrair desse dispositivo que nossa Constituição não pode ser modificada no curso de
circunstâncias anormais e excepcionais. O intuito é preservar a autonomia e a livre manifestação do
Poder reformador, impedindo que as maiorias ocasionais, que sempre aparecem nos cenários de crise,
destruam o projeto constitucional com transformações impensadas e precipitadas.
É, portanto, impossível modificarmos a Constituição na vigência do estado de Sítio, do estado de
Defesa e da Intervenção Federal.
Do Estado de Sítio
Da Intervenção Federal
Aliás, meu caro aluno, lembre-se que foi justamente por causa dessa limitação que no ano de 2018
não foi feita nenhuma reforma no texto da Constituição de 1988! Afinal, estava em curso a intervenção
federal decretada pela União (em fevereiro de 2018) no Estado do Rio de Janeiro, o que impediu que
emendas constitucionais modificassem o documento constitucional.
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Comentário:
A assertiva é claramente falsa! Conforme preceitua o art. 60, § 1º, CF/88, a Constituição não poderá ser
emendada, ou seja, modificada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de
sítio.
Gabarito: Errado
Comentário:
Outra assertiva falsa, novamente baseada no art. 60, § 1º, CF/88. Extraímos da leitura desse dispositivo que
a Constituição não poderá ser emendada, ou seja, modificada na vigência de intervenção federal, de estado
de defesa ou de estado de sítio.
Gabarito: Errado
[FEPESE - 2018 - PGE-SC - Procurador do Estado - Adaptada] Em relação ao poder constituinte, julgue a
assertiva:
Não existe qualquer tipo de limitação circunstancial para a reforma da Constituição Federal.
Comentário:
O item está falso, visto que a limitação constante do art. 60, § 1º, CF/88, é uma limitação circunstancial
imposta ao poder de reforma.
Gabarito: Errado
[CONSULPLAN - 2018 - TJ-MG - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Remoção] Em relação ao Poder
Constituinte, julgue a assertiva:
A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou estado
de sítio.
Comentário:
Como você bem sabe, o item é verdadeiro, haja vista a impossibilidade de a Constituição ser emendada na
vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio.
Gabarito: Certo
Farei um último comentário antes de seguirmos para a análise das limitações formais: além dos
três “estados de legalidade extraordinária” que já foram citados e que impedem a modificação do texto
da Constituição Federal (intervenção federal, estado de sítio e estado de defesa), saiba que existe mais
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um: a intervenção estadual. Esta é a intervenção que o estado-membro decreta em um Município seu,
em razão de terem sido praticados atos que se enquadram no art. 35, CF/88. No entanto, o fato de ter
sido decretada a intervenção estadual (de um Estado em um Município seu) não impede que a
Constituição Federal seja alterada, já que tal fato não representa uma limitação circunstancial.
Já sabe que lhe pedirei cuidado neste ponto, certo? Afinal, se o examinador trocar a “intervenção
federal” pela “intervenção estadual” nossa resposta será totalmente distinta.
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membros, será de pouca valia, dada a dificuldade de ser engendrada. Muito mais simples é obter, por
exemplo, o apoio à proposta por um terço dos membros do Senado Federal.
Aliás, vou lhe passar duas informações bem curiosas sobre esse rol: (i) se fizermos um
levantamento das propostas de todas as emendas já apresentadas, a esmagadora maioria foi
apresentada pelo Presidente da República; (ii) outro detalhe: não existe sequer uma emenda
constitucional que tenha modificado a Constituição de 1988 que tenha sido apresentada pelas
Assembleias Legislativas.
Por fim, vale ressaltar que não existe qualquer previsão de iniciativa popular para a propositura
dessa espécie normativa. Ou seja, nós os cidadãos, não podemos nos organizar para apresentar uma
PEC visando modificar o texto da Constituição de 1988. Podemos, claro, nos organizar para
apresentarmos projetos de lei ordinária ou complementar, nos termos do art. 61, § 2°, CF/88.
Antes de passamos para as limitações formais objetivas, sugiro que façamos aquela importante
pausa na leitura para nos dedicarmos à resolução de mais algumas questões:
As assembleias legislativas estaduais dispõem de competência para propor emenda à CF, desde que a
iniciativa parta de mais da metade das assembleias das unidades da Federação e pela maioria relativa dos
membros de cada uma delas.
Comentário:
Item correto. Conforme disposição do art. 60, III, CF/88, as Assembleias Legislativas são competentes para
apresentar PEC, desde que que a iniciativa advenha de mais da metade das Assembleias das unidades da
Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.
Gabarito: Certo
As mudanças da Constituição Federal podem ocorrer mediante emenda constitucional proposta por
metade, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, pelo Presidente da
República ou mais da metade dos governadores das unidades da Federação.
Comentário:
De acordo com o art. 60, caput, CF/88, a Constituição poderá ser emendada mediante proposta de um terço,
no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, pelo Presidente da República
ou de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma
delas, pela maioria relativa de seus membros. Nesse sentido, a questão se equivocou ao afirmar que a
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Constituição poderá ser emendada por proposta de metade, no mínimo, dos membros da Câmara dos
Deputados ou mais da metade dos governadores das unidades da Federação.
Gabarito: Errado
[CESPE - 2018 - SEFAZ-RS - Técnico Tributário da Receita Estadual - Prova 2] A Constituição Federal de 1988
poderá ser emendada para incluir garantia social mediante proposta:
C) do presidente da República.
Comentário:
Foi fácil assinalar a letra ‘c’, certo? Das opções apresentadas, somente o Presidente da República está listado
no art. 60, caput, CF/88, como legitimado para apresentar proposta de emenda constitucional.
Gabarito: C
[INAZ do Pará - 2018 - CREFITO-16ª Região (MA) - Auxiliar Administrativo] De acordo com a Constituição
Federal, no art. 60, a constituição poderá ser emendada mediante proposta:
D) Do Presidente da República, ouvido o Conselho da República, com aprovação de moção por metade de
seus membros.
E) De mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma
delas, pela maioria relativa de seus membros.
Comentário:
A alternativa que deverá ser marcada é a letra ‘e’. Sabemos que proposta de emenda à Constituição pode
ser apresentada por mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação,
manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros, conforme dispõe o art. 60, caput,
CF/88.
Gabarito: E
[CESPE - 2008 - CGE-PB - Auditor de Contas Públicas - Adaptada] Em relação ao poder reformador, julgue
a assertiva:
A iniciativa popular para apresentação de proposição legislativa não pode dar início a proposta de emenda
à Constituição.
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Comentário:
A iniciativa para apresentação de uma PEC está organizada num rol taxativo no art. 60, caput, da CF/88.
Desta forma, não há qualquer previsão de iniciativa popular para esta espécie normativa. Não custa lembrar
que o art. 61, § 2°, CF/88 prevê a possibilidade de os cidadãos se organizarem para apresentarem (na Câmara
dos Deputados) projetos de lei (ordinária ou complementar).
Gabarito: Certo
(ii) Limitações formais objetivas: a deliberação e a votação da PEC ocorrerão em cada Casa do
Congresso Nacional (sessão bicameral), em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em
ambos, 3/5 dos votos dos respectivos membros (art. 60, § 2º, CF/88).
Note que podemos memorizar esse procedimento a partir de uma regra que eu chamo de 2235!
2= votação nas 2 Casas (Câmara dos Deputados e Senado Federal)
2= são 2 turnos em cada Casas
3/5= é a maioria de aprovação, em cada Casa, em cada turno
O procedimento da PEC tem, portanto, por exigência inafastável a aprovação de um texto igual,
em dois turnos de discussão e votação, pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal. Disto
decorre ser a emenda um ato nitidamente complexo. E é ato complexo igual, pois resultado de
vontades que estão postas num mesmo plano – a da Câmara dos Deputados e a do Senado Federal.
Sobre esse requisito (de termos dois turnos em cada Casa), é importante informar que não há na
Constituição Federal a fixação de um intervalo temporal mínimo entre os dois turnos de votação para
fins de aprovação de emendas à Constituição. Esse entendimento foi reforçado pelo Supremo
Tribunal Federal, conforme vemos na seguinte decisão:
ADI 4.425-DF, Rel. p/ o ac. Min. Luiz Fux: A Constituição Federal de 1988 não fixou um intervalo
temporal mínimo entre os dois turnos de votação para fins de aprovação de emendas à Constituição
(CF, art. 62, §2º), de sorte que inexiste parâmetro objetivo que oriente o exame judicial do grau de
solidez da vontade política de reformar a Lei Maior. A interferência judicial no âmago do processo
político, verdadeiro locus da atuação típica dos agentes do Poder Legislativo, tem de gozar de lastro
forte e categórico no que prevê o texto da Constituição Federal. Inexistência de ofensa formal à
Constituição brasileira.
A proposta de emenda à Constituição Federal será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional,
considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, dois terços dos votos dos respectivos membros.
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Comentário:
O item está incorreto, pois a proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois
turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.
Gabarito: Errado
A proposta de emenda à Constituição será discutida e votada em única sessão conjunta do Congresso
Nacional, considerando-se aprovada se obtiver dois terços dos votos dos seus membros.
Comentário:
Como você bem sabe, o item é falso, haja vista que a deliberação e a votação da PEC ocorrerão em cada
Casa do Congresso Nacional (sessão bicameral), em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em
ambos, 3/5 dos votos dos respectivos membros
Gabarito: Errado
E só para não perdemos a chance de abordar um tópico adicional aqui nessa aula, vou aproveitar
para lhe lembrar que os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem
aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos
respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais (art. 5º, § 3º, CF/88).
Observe que nesse caso também estamos seguimos o rito especial do 2235:
2 = a proposição é votada nas duas Casas do Congresso Nacional (CD e SF)
2 = a proposição é votada em dois turnos em cada Casa
3/5 = é a maioria exigida para aprovação em cada Casa, em cada turno
Para melhor compreensão, observe o esquema abaixo:
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Em 2 TURNOS 2235
Como acabamos de estudar um ponto que é muito explorado nas provas, observe como ele vem
sendo cobrado:
As mudanças da Constituição Federal podem ocorrer mediante aprovação, em cada casa do Congresso
Nacional, em dois turnos, por três quintos dos membros, de tratados internacionais sobre direitos humanos,
que serão equivalentes às emendas constitucionais.
Comentário:
Gabarito: Certo
A) leis federais.
B) súmulas vinculantes.
C) medidas provisórias.
D) leis complementares.
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E) emendas constitucionais.
Comentário:
Conforme disposição do art. 5º, §3º da Constituição Federal, os tratados e convenções internacionais
inseridos na ordem constitucional pelo rito do art. 60, CF/88, serão equiparados às emendas constitucionais.
Logo, a alternativa a ser marcada é a ‘E’.
Gabarito: E
[CESPE - 2013 - PRF - Policial Rodoviário Federal] Considerando o disposto na Constituição Federal de 1988
(CF), julgue o item a seguir, relativos aos direitos humanos:
Comentário:
Os tratados aprovados pelo rito do art. 60, CF/88, serão equivalentes às Emendas Constitucionais (que são
normas constitucionais derivadas), conforme previsão do art. 5º, § 3º, CF/88. As normas originárias são
elaboradas pelo poder constituinte originário.
Gabarito: Errado
[CESPE - 2016 - PC-PE - Delegado de Polícia] Com base na disciplina constitucional acerca dos tratados
internacionais, da forma e do sistema de governo e das atribuições do presidente da República, julgue a
assertiva:
Tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos, para que sejam equivalentes a emendas
constitucionais, deverão ser aprovados em cada Casa do Congresso Nacional, por maioria absoluta de votos,
em dois turnos de discussão e votação.
Comentário:
Para que sejam equivalentes às emendas constitucionais, os tratados e convenções internacionais deverão
seguir o rito previsto no art. 60, CF/88, que dispõe, em seu §3º, que o quórum de aprovação deverá ser de 3/5
(e não maioria absoluta, como indica a alternativa). Logo, a assertiva é falsa.
Gabarito: Errado
[CESPE - 2014 - ANATEL - Conhecimentos Básicos - Cargos 13, 14 e 15] A respeito do direito constitucional,
julgue o item que se segue considerando que a sigla CF refere-se à Constituição Federal de 1988:
Em respeito ao princípio da dignidade humana, previsto na CF, caso o Brasil seja signatário de determinado
tratado sobre direitos humanos, o referido tratado será recepcionado automaticamente como emenda
constitucional.
Comentário:
Não. O tratado, para ser equiparado à emenda constitucional, deverá ser introduzido na ordem
constitucional seguindo o rito previsto no art. 5°, § 3° da CF/88. A assertiva é incorreta.
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Gabarito: Errado
[CESPE - 2013 - PG-DF – Procurador] Com relação ao estatuto jurídico dos tratados internacionais no direito
brasileiro, julgue o próximo item:
Ao Congresso Nacional é vedado rejeitar tratado internacional que, firmado pelo presidente da República,
verse sobre direitos humanos.
Comentário:
Conforme previsão do art. 49, I da CF/88, competirá ao Congresso Nacional resolver, definitivamente, sobre
tratados, acordos ou atos internacionais capazes de resultar em encargos ou compromissos gravosos ao
patrimônio nacional. Deste modo, como o Congresso pode confirmar ou rejeitar o Tratado, devemos marcar
a assertiva como falsa.
Gabarito: Errado
Continuando o nosso estudo sobre as limitações formais imposta ao poder reformador, vamos
conhecer a última que tem natureza formal, constante do § 3° (já vimos as limitações dos §§ 2° e 5º).
Depois que a PEC é discutida e votada nas duas Casas do Congresso Nacional, se for aprovada
nos dois turnos em cada Casa, pela maioria exigida (que é de 3/5), a proposta se tornará uma emenda
constitucional, não sendo necessário submetê-la à deliberação executiva (sanção ou veto
presidencial). Na sequência, essa emenda já aprovada deverá ser promulgada, isto é, deverá receber
seu atestado formal de existência. Tal promulgação é tarefa das Mesas da Câmara dos Deputados e
do Senado Federal, conjuntamente, com o respectivo número de ordem (art. 60, § 3º, CF/88). A
publicação é também determinada pelo Congresso Nacional.
Antes de passarmos à análise das questões, vou mais uma vez destacar que o Presidente da
República só participa do processo legislativo de PEC se ele for o autor da proposta – afinal, ele não
sanciona, não veta, não promulga e não publica a emenda.
A emenda à Constituição será promulgada pelo Presidente da República, com o respectivo número de
ordem.
Comentário:
Eis uma questão muito interessante! Lembre-se a participação do Presidente da República no processo
legislativo das emendas constitucionais se resume na apresentação da proposta, visto que não existe
sanção/veto presidencial em PEC, ou seja, não há deliberação executiva. A emenda constitucional será
promulgada pelas Mesas das Casas legislativas (Câmara dos Deputados e Senado Federal). O item é falso.
Aproveito o ensejo para lhe lembrar que, nos termos do art. 66, § 7°, o Presidente da República promulga as
leis.
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Gabarito: Errado
[CESPE - 2018 - IPHAN - Auxiliar Institucional - Área 1] Acerca da organização dos poderes do Estado, julgue
o item subsequente:
O presidente da República é a autoridade competente para promulgar emendas à Constituição.
Comentário:
O item apresentado é falso! Conforme preceitua o art. 60, § 3º, CF/88, a emenda à Constituição será
promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de
ordem.
Gabarito: Errado
[IADES - 2019 - AL-GO - Procurador] No que concerne ao processo reformador na Constituição Federal
brasileira, assinale a alternativa correta:
B) O início da tramitação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) é sempre pela Câmara dos
Deputados.
C) Esse processo deve ser aprovado por dois turnos de votação no Congresso Nacional.
Comentário:
Esse é uma questão bem completa, pois revisa todos os pontos que trabalhamos até aqui. Nossa alternativa
correta é a da letra ‘a’: a deliberação e a votação da PEC ocorrerão em cada Casa do Congresso Nacional
(sessão bicameral). Vamos verificar o erro das demais assertivas?
- letra ‘b’: se a PEC é apresentada por 1/3 dos Senadores, ela irá nascer nessa Casa legislativa, não há porque
sua tramitação iniciar na Câmara dos Deputados. Dessa forma, quando a PEC é apresentada por Senadores,
o Senado Federal será a Casa iniciadora.
- letra ‘c’: a PEC realmente deve ser apreciada em dois turnos, entretanto, a proposta será discutida e votada
em cada Casa do Congresso Nacional (Senado Federal e Câmara dos Deputados), e não em uma sessão
unicameral no Congresso Nacional.
- letra ‘d’: não existe sanção ou veto presidencial em PEC. O Presidente só participa no processo de
elaboração das emendas constitucionais se ele for o autor da proposta.
- letra ‘e’: existe iniciativa de PEC para o Presidente da República, que é uma iniciativa extraparlamentar.
Gabarito: A
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Após a estruturação das limitações expressas ao pode reformador, vamos relembrar os principais
pontos analisando o esquema6 abaixo?
5
. MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 7ª. ed. Salvador: Juspodivm, 2019, p. 140.
6
. MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 7ª. ed. Salvador: Juspodivm, 2019, p. 152.
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Eventual proposta de emenda constitucional tendente a abolir o direito de propriedade não poderá ser
objeto de deliberação pelo Congresso Nacional.
Comentário:
Vez que o direito de propriedade está previsto no capítulo de Direitos e Garantias Individuais da Constituição
Federal, no rol do art. 5º, em seu inciso XXII, não poderá ser objeto de emenda constitucional que tenda à
sua abolição, conforme previsão do art. 60, § 4º, IV da CF/88 (que obsta a deliberação de propostas que
tendem a abolir direitos e garantias individuais). Deste modo, a assertiva é verdadeira.
Gabarito: Certo
[IADES - 2019 - AL-GO - Policial Legislativo - Adaptada] A respeito do disposto na Constituição Federal,
julgue o item:
Emendas constitucionais que revoguem direitos e garantias individuais não serão admitidas.
Comentário:
A assertiva é verdadeira. Conforme o art. 60, § 4º, IV, CF/88, os direitos e garantias individuais são cláusulas
pétreas, o que impede que uma emenda constitucional os revogue.
Gabarito: Certo
[CESPE - 2018 - TCM-BA - Auditor Estadual de Controle Externo] A CF proíbe a deliberação de proposta de
emenda constitucional que tenda a abolir:
O óbice para a deliberação de proposta de emenda constitucional que tende a abolir a separação de poderes
está previsto no art. 60, §4º, III da CF/88, logo, a alternativa que deve ser marcada é a ‘c’. Quanto às demais
alternativas: (a) a forma de governo é a republicana e não é cláusula pétrea; a forma federada de Estado é
cláusula pétrea; (b) a forma de Estado é federada e não republicana; (d) regime democrático não é cláusula
pétrea expressa (para muitos é implícita, pois está no art. 1°, que consagra os princípios fundamentais); (e)
o sistema presidencialista de governo não é considerado cláusula pétrea implícita, tanto que a doutrina (de
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forma majoritária) defende a possibilidade de tal sistema de governo ser alterado por emenda
constitucional).
Gabarito: C
Poderá ser objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir o voto direto, secreto, universal e
periódico.
Comentário:
A assertiva é falsa, pois não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir o voto direto,
secreto, universal e periódico, que é uma cláusula pétrea (art. 60, § 4º, II, CF/88).
Gabarito: Errado
[CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo - Consultor Legislativo Área XIX] Acerca do
processo legislativo e do Poder Legislativo, julgue o item:
Proposta de emenda constitucional a respeito da extinção do voto obrigatório pode ser objeto de
deliberação do Congresso Nacional.
Comentário:
Consoante prevê o art. 60, § 4º, II da CF/88, apenas não poderá ser objeto de proposta de emenda
constitucional a abolição do voto direto, secreto, universal e periódico, nada se falando de sua
obrigatoriedade. Sendo assim, a assertiva é verdadeira, de forma que o voto pode vir a ser transformado em
facultativo para todas as pessoas, por meio de uma emenda constitucional. Afinal, das características
petrificadas do voto, a obrigatoriedade não está incluída.
Gabarito: Certo
[FCC - 2018 - Câmara Legislativa do Distrito Federal - Consultor Legislativo - Constituição e Justiça]
Considere a hipótese de a República Federativa do Brasil vir a celebrar tratado internacional do qual conste
a possibilidade de imposição de pena de prisão perpétua pela prática de ato de discriminação atentatória
dos direitos e garantias fundamentais. Uma vez submetido à apreciação do Congresso Nacional, referido
tratado:
A) estará sujeito aos limites materiais impostos ao poder de reforma constitucional, a impedirem que seja
objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir os direitos e garantias individuais, dentre os
quais figura a proibição de instituição de penas de caráter perpétuo.
B) será equivalente a emenda constitucional, se aprovado em dois turnos, em cada casa do Congresso
Nacional, pelo voto de dois quintos dos respectivos membros, caso em que o ordenamento constitucional
brasileiro passará a prever uma hipótese de pena de caráter perpétuo, ainda que excepcional.
C) estará sujeito ao processo ordinário de apreciação das normas dessa espécie, estando, sob o aspecto
material, em conformidade com o princípio de regência das relações internacionais de promover o bem de
todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
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Pode assinalar a letra ‘a’, caro aluno. A Constituição Federal veda a imposição de penas que tenham caráter
perpétuo, conforme previsão do art. 5º, XLVII, ‘b’. Assim como uma emenda constitucional não poderia
extinguir essa impossibilidade de aplicação de penas que tenham caráter perpétuo, um tratado
internacional também não poderia, pois trata-se de uma garantia individual, ou seja, é uma cláusula pétrea
(art. 60, § 4º, IV, CF/88). Nesse sentido, podemos assinalar a assertiva ‘a’ como nossa resposta.
Gabarito: A
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Por fim, não pode haver supressão dos fundamentos da República Federativa do Brasil, descritos
no art. 1º, CF/88. Por serem valores supremos sob os quais a ordem constitucional se assenta, os
fundamentos consagrados no art. 1º, CF/88 – quais sejam, a soberania, a cidadania, a dignidade da
pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e o pluralismo político – são também
insuperáveis (cláusulas pétreas implícitas), por conferirem a autenticidade material da nossa
Constituição.
Para melhor compreensão, observe o esquema7 abaixo:
Bom, agora que já estudamos as limitações implícitas, precisamos treinar este assunto com
questões de provas que já cobraram este ponto da nossa matéria. Coragem, caro aluno! Vamos enfrentar
as questões!
No direito constitucional brasileiro, os limites materiais ao poder de reforma constitucional são os expressos
no artigo 60, § 4°, da Constituição, rejeitada pela doutrina majoritária a existência dos chamados limites
materiais implícitos.
Comentário:
Estamos diante de uma assertiva falsa, pois a doutrina majoritária não rejeita os limites materiais implícitos,
ao contrário, reconhece que esses existem. Nesse sentido, podemos afirmar que existem cláusulas pétreas
implícitas como, por exemplo, o art. 1º, CF/88, visto que ele não pode ser suprimido.
Gabarito: Errado
7
MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 7ª. ed. Salvador: Juspodivm, 2019, p. 159.
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[CESPE - 2017 - TRT - 7ª Região (CE) - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Federal - Adaptada] A
respeito das características do poder constituinte e de sua configuração em originário ou derivado, julgue o
item:
Comentário:
Por força da limitação implícita que proíbe qualquer reestruturação do art. 60, CF/88, veda-se o
procedimento conhecido como “dupla revisão”. Segundo este procedimento, seria válido alterar, num
primeiro momento, a cláusula protetora (inserida lá no art. 60, CF/88), com o intuito de suprimi-la ou
restringi-la, e, na etapa seguinte, modificar a cláusula protegida.
Gabarito: Errado
Bom, como estudar por meio das questões nunca é demais, lhe convido para fecharmos a parte
referente às limitações expressas e implícitas ao poder de reforma analisando juntos mais algumas
perguntas já feitas pelas bancas no passado. Vou começar com uma questão clássica, em que várias
limitações são cobradas em uma única pergunta:
C) matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de
nova proposta na mesma sessão legislativa.
D) emenda à Constituição será promulgada pelo Presidente da República, com o respectivo número de
ordem.
E) proposta de emenda será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos,
considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, a maioria absoluta dos votos dos respectivos membros.
Comentário:
Nossa alternativa correta é a da letra ‘c’, pois reproduz a previsão constante do art. 60, § 5º, CF/88. Todas as
demais alternativas são falsas. Vejamos o porquê:
- Na letra ‘a’ o erro deriva da afirmação de que a Constituição Federal não poderá ser emendada na vigência
de intervenção estadual. Sabemos que a Constituição só não poderá ser emendada na vigência de
intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio.
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- Na assertiva da letra ‘b’, o erro consiste em afirmar a Constituição Federal poderá ser emendada mediante
proposta de metade dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; e de mais de um terço
das Assembleias Legislativas das unidades da Federação. O art. 60, caput, CF/88, preceitua que a
Constituição poderá ser emendada mediante proposta: (i) de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara
dos Deputados ou do Senado Federal; (ii) do Presidente da República; (iii) de mais da metade das
Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria
relativa de seus membros.
- A assertiva ‘d’ peca ao afirmar que a emenda à Constituição será promulgada pelo Presidente da República.
Como já vimos, o Presidente da República só participa do processo legislativo de uma PEC se ele for o autor.
A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com
o respectivo número de ordem (art. 60, § 3º, CF/88).
- Na letra ‘e’, o equívoco foi o de mencionar que a emenda constitucional será aprovada por maioria absoluta.
Em verdade, a proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos,
considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.
Gabarito: C
[FUNDATEC - 2018 - SPGG - RS - Analista de Planejamento, Orçamento e Gestão] No que diz respeito à
reforma constitucional, admite-se a emenda à Constituição brasileira desde que observados requisitos
específicos, tais como:
I. Proposta de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se,
cada uma delas, pela maioria absoluta de seus membros.
II. A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-
se aprovada se obtiver, em ambos, dois terços dos votos dos respectivos membros.
III. A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de
nova proposta na mesma sessão legislativa.
A) Apenas I.
B) Apenas III.
C) Apenas I e III.
D) Apenas II e III.
E) I, II e III.
Comentário:
Das assertivas apresentadas, somente o item III está correto por estar de acordo com o art. 60, § 5º, CF/88.
O item I está equivocado, pois a Constituição poderá ser emendada mediante proposta de mais da metade
das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria
relativa (e não absoluta) de seus membros. Por fim, o item II está falso, visto que a proposta de emenda só
será aprovada se obtiver, nos dois turnos de votação, três quintos dos votos dos respectivos membros.
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Gabarito: B
(I) Um grupo de cento e vinte Deputados Federais subscreveu proposta de emenda constitucional;
(II) a proposta tinha como objetivo adotar a forma unitária de Estado;
(III) nesse período, parte do país foi atingida por calamidade natural de grandes proporções;
(IV) a proposta foi aprovada, em dois turnos de votação, em cada Casa do Congresso Nacional, pelo voto de
três quintos dos respectivos membros;
Considerando a forma de exercício do poder constituinte derivado, é correto afirmar que somente estão em
harmonia com a sistemática constitucional, os itens:
A) II, III e V.
B) I, II e IV.
C) I, IV e V.
D) I e V.
E) III e IV.
Comentário:
O item I está incorreto, pois no art. 60, I, CF/88, diz que a Constituição poderá ser emendada mediante
proposta de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal. Observe,
portanto, que a proposta deve ser apresentada no mínimo por 171 Deputados Federais, ou 27 Senadores.
Em relação ao item II, proposta de emenda não pode ter como objetivo adotar a forma unitária de Estado,
pois a forma federativa de Estado é cláusula pétrea. No que tange ao item III, podemos considerar que está
correto, pois o examinador só narra que parte do país foi atingida por calamidade natural de grandes
proporções, não diz que foi decretado nenhuma medida extraordinária (intervenção federal, de estado de
defesa ou de estado de sítio). Em relação ao item IV, este também está correto, visto que está em
conformidade com o art. 60, § 2º, CF/88. Por fim, podemos assinalar o item V como falso, isto porque não
há deliberação executiva no processo legislativo de PEC. Portanto, tendo em conta as opções apresentadas,
podemos assinalar a letra ‘e’ como resposta.
Gabarito: E
A) A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
B) A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada poderá ser objeto de
nova proposta na mesma sessão legislativa.
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C) A forma federativa de Estado poderá ser objeto de emenda Constitucional desde que aprovada por três
quintos dos membros de cada casa legislativa.
D) A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-
se aprovada se obtiver, em ambos, dois quintos dos votos dos respectivos membros.
Comentário:
Nossa resposta está na letra ‘a’, visto que está em harmonia com o art. 60, § 3º, CF/88. As demais assertivas
estão falsas. Veja:
- letra ‘b’: está equivocada, pois a proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não poderá ser
objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa (art. 60, § 5º, CF/88).
- letra ‘c’: está falsa, pois a forma federativa de Estado não poderá ser objeto de emenda Constitucional,
visto que está prevista no art. 60, § 4º, I, CF/88, como cláusula pétrea. Trata-se de uma limitação material ao
poder de reforma.
- letra ‘d’: realmente a proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois
turnos, entretanto, só será aprovada se obtiver, em ambos, três quintos (e não dois quintos) dos votos dos
respectivos membros.
Gabarito: A
[IBFC - 2017 - TJ-PE - Analista Judiciário - Função Administrativa] Sobre as emendas à Constituição, analise
os itens abaixo:
I. A proposta de emenda rejeitada no Congresso Nacional não poderá ser objeto de nova proposta.
II. É vedada a elaboração de emenda que tenha por objetivo estabelecer novo sistema eleitoral por meio de
voto indireto.
III. É prerrogativa do cargo de Presidente da República a propositura de emendas à Constituição.
A) Apenas I é incorreto
B) I e II são incorretos
D) II e IV são incorretos
E) I, II, III e IV são incorretos
Comentário:
Observe que o item I está incorreto, pois a proposta de emenda rejeitada no Congresso Nacional poderá ser
objeto de nova proposta, o que o texto constitucional veda é a reapreciação da proposta na mesma sessão
legislativa que ela tenha sido rejeitada. O item II está correto, pois o voto direto é uma cláusula pétreas,
conforme preceitua o art. 60, § 4º, II, CF/88. No que tange o item III, também é verdadeiro. Conforme dispõe
o art. 60, II, CF/88, o Presidente da República pode apresentar proposta de emenda constitucional. Por
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último, o item IV também está em conformidade com o texto constitucional, lembre-se que a Constituição
não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio, de
acordo com o art. 60, § 1º, CF/88. Dessa forma, nossa resposta encontra-se na letra ‘a’.
Gabarito: A
Art. 3º, ADCT: A revisão constitucional será realizada após cinco anos, contados da promulgação da
Constituição, pelo voto da maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional, em sessão
unicameral.
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O procedimento era mais simplificado do que aquele que hoje temos para a elaboração de
emendas constitucionais: sessão unicameral (Deputados e Senadores eram tratados indistintamente
como congressistas revisores) e aprovação por maioria absoluta dos membros.
De acordo com o art. 4º, § 3º da Resolução nº 01 do Congresso Nacional, bem como entendimento
firmado pelo STF, o Poder Revisional também teve que obedecer aos limites circunstanciais e materiais
impostos nos §§ 1º e 4º do art. 60 para a reforma.
Feita a revisão, o art. 3º do ADCT ficou com a eficácia exaurida, com a aplicabilidade esgotada.
Assim, parcela da doutrina entende que não se pode falar em novo procedimento revisional, já que o PCO
só consentiu com uma única convocação de procedimento revisional. Todavia, há quem defenda a
viabilidade de uma emenda constitucional que altere o art. 3º do ADCT, propiciando uma nova revisão.
Essa alteração, porém, só se legitimaria se grandiosas e significativas mudanças fossem sentidas na
sociedade, tornando necessária uma revisão global do texto.
Para finalizarmos esse ponto, vamos resolver algumas questões?
O poder constituinte originário fixou as condições do exercício do poder de revisão constitucional; contudo,
no Brasil, o legislador pode ampliar as hipóteses de revisão, desde que haja autorização popular por meio de
plebiscito.
Comentário:
O poder constituinte originário, no art. 3º do ADCT, somente previu uma única convocação de procedimento
de revisão da Constituição. Deste modo, o item é falso.
Gabarito: Errado
[CESPE - 2012 - TCE-ES - Auditor de Controle Externo - Auditoria Governamental] No que se refere ao poder
constituinte, julgue o item seguinte.
Criado pelo poder constituinte originário, o poder de reforma abrange o poder de revisão do texto
constitucional, não abrangendo, contudo, o poder de emenda à CF.
Comentário:
Assertiva falsa. Tais poderes não se confundem (uma coisa é a reforma constitucional; outra é a revisão
constitucional). O poder de revisão está previsto no art. 3º do ADCT; por sua vez, o poder de reforma no art.
60, da CF/88.
Gabarito: Errado
[VUNESP - 2018 - TJ-SP - Juiz Substituto - Adaptada] Sobre a reforma e revisão constitucional, julgue o
próximo item:
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Inicialmente prevista apenas no artigo 3° do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, a revisão
constitucional acabou incorporada ao corpo da Constituição como mecanismo permanente de reforma,
mediante edição de emendas de revisão.
Comentário:
O item está incorreto, pois a revisão constitucional era um mecanismo provisório (e não permanente) que
seria utilizado uma única vez e após se esgotaria. Nesse sentido, a revisão constitucional é um meio
excepcional e precário que permite a alteração formal da Constituição, desde que o Poder Revisor (criado
pelo poder constituinte originário e a ele subordinado) respeite os condicionamentos constitucionalmente
impostos.
Gabarito: Errado
As mudanças da Constituição Federal podem ocorrer mediante revisão constitucional periódica, realizada a
cada cinco anos, a partir de sua promulgação, pelo voto da maioria absoluta dos membros do Congresso
Nacional.
Comentário:
Não há revisões periódicas que serão realizadas a cada 5 anos. Tivemos uma única revisão que, conforme o
art. 3º do ADCT, só poderia ser feita depois de passados cinco anos da promulgação da Constituição Federal.
O item está equivocado, podemos marca-lo como falso.
Gabarito: Errado
[CESPE - 2016 - PC-PE - Delegado de Polícia] Acerca do poder de reforma e de revisão constitucionais e dos
limites ao poder constituinte derivado, assinale a opção correta:
A) Além dos limites explícitos presentes no texto constitucional, o poder de reforma da CF possui limites
implícitos; assim, por exemplo, as normas que dispõem sobre o processo de tramitação e votação das
propostas de emenda não podem ser suprimidas, embora inexista disposição expressa a esse respeito.
B) Emendas à CF somente podem ser apresentadas por proposta de um terço, no mínimo, dos membros do
Congresso Nacional.
C) Emenda e revisão constitucionais são espécies do gênero reforma constitucional, não havendo, nesse
sentido, à luz da CF, traços diferenciadores entre uma e outra.
D) Não se insere no âmbito das atribuições do presidente da República sancionar as emendas à CF, mas
apenas promulgá-las e encaminhá-las à publicação.
E) Se uma proposta de emenda à CF for considerada prejudicada por vício de natureza formal, ela poderá
ser reapresentada após o interstício mínimo de dez sessões legislativas e ser apreciada em dois turnos de
discussão e votação.
Comentário:
A alternativa ‘b’ é incorreta pois a proposta de emenda deve ser apresentada por 1/3 dos membros da
Câmara dos Deputados ou do Senado Federal. Caso não seja aprovada, a emenda somente poderá ser
reapresentada na próxima sessão legislativa, consoante disposição do art. 60, § 5º da CF/88, motivo pelo
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qual a alternativa ‘e’ está errada. Quanto à alternativa ‘c’, esta não poderá ser considerada uma vez que a
revisão constitucional se refere à revisão do texto constitucional realizada após 5 anos da promulgação da
Constituição (prevista no art. 3°, ADCT, que já está com a eficácia exaurida, com a aplicabilidade esgotada),
enquanto a reforma constitucional tem a função de alterar a Constituição, ajustando-a ao novo contexto
social. Por fim, a alternativa ‘a’ deve ser marcada sob a justificativa de que o poder reforma não pode alterar
regras às quais ele mesmo deve se submeter.
Gabarito: A
[CESPE - 2018 - SEFAZ-RS - Assistente Administrativo Fazendário] Emenda à Constituição consiste em uma
B) reforma, atribuída ao presidente da República, que tem o poder de vetar ou sancionar a proposta que a
originou.
Comentário:
A emenda à Constituição consiste na manifestação do poder reformador, sendo assim, podemos excluir as
alternativas ‘A’ (pois dispõe que a reforma é oriunda do poder constituinte decorrente), ‘C’ e ‘D’ (que dispõem
que a emenda à Constituição consiste em revisão do texto constitucional). Quanto à alternativa ‘B’, o
Presidente da República não tem o poder de vetar ou sancionar a proposta de emenda, que será discutida e
votada seguindo o rito do art. 60 da CF/88. Logo, a assertiva correta é a ‘E’.
Gabarito: E
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Denomina-se mutação constitucional o processo informal de mudança da constituição por meio do qual a
ela se atribui novo sentido, sem que se altere seu texto.
Comentário:
Gabarito: Certo
[MGA - 2015 - TCE-CE - Direito] Sobre a alteração da Constitucional Federal, especificamente a mutação
constitucional, assinale a alternativa CORRETA:
A) Refere-se à alteração da Constituição por Súmula Vinculante.
Comentário:
A mutação constitucional é um mecanismo informal que não gera mudanças no texto da Constituição, que
permanece intacto; as alterações que este procedimento propicia são de ordem interpretativa: o texto é o
mesmo, mas o sentido que ele possui é alterado. Nossa resposta encontra-se na letra ‘c’.
Gabarito: C
[FUNRIO - 2016 - Prefeitura de Itupeva - SP - Procurador Municipal] O Supremo Tribunal Federal ao aplicar
determinada norma prevista na Constituição, sem que houvesse ocorrido qualquer emenda constitucional,
modifica o seu entendimento anterior e apresenta nova interpretação adequada à contemporaneidade. Em
termos de hermenêutica constitucional esse ato é inserido na denominada:
B) instabilidade decisória
C) visualização prospectiva
D) mutação constitucional
E) democratização judicial
Comentário:
A letra ‘d’ é a nossa resposta. A mutação constitucional propicia um renascimento de dispositivos que vão
ser relidos, vale dizer, cuja norma que está anteposta ao texto receberá nova significação.
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Gabarito: D
[CESPE - 2015 - TRE-MT - Analista Judiciário – Judiciária - Adaptada] Com relação ao poder constituinte,
julgue a assertiva:
O fenômeno da mutação constitucional é um processo informal de alteração do significado da CF,
decorrente de nova interpretação, mas não de alteração, do texto constitucional.
Comentário:
A assertiva está correta, pois traz a exata definição de mutação constitucional. A mutação constitucional
consiste num processo não formal de mudanças das Constituições rígidas, por via da tradição, dos costumes,
de alterações empíricas e sociológicas, pela interpretação judicial e pelo ordenamento de estatutos que
afetem a estrutura orgânica do estado.
Gabarito: Certo
A) é fenômeno reconhecido apenas pela doutrina, uma vez que o STF evita aplicá-la.
Comentário:
A mutação constitucional se trata de alteração interpretativa do texto constitucional, alterando o sentido
do texto de acordo com a nova realidade sem alterar a sua literalidade, a fim de adaptar a Constituição às
mudanças sociais. Vez que não altera o texto, a alternativa ‘c’ não deverá ser marcada.
O fenômeno é reconhecido pelo STF, que já renovou o entendimento antes aplicado no inciso XLVI do art.
5º da CF/88 (no que se refere à revisão da antiga jurisprudência que vedava a progressão de regime nos
crimes de hediondo), sendo assim, a alternativa ‘a’ não deverá ser marcada.
Quanto à alternativa ‘b’, a mutação constitucional decorre da natureza polissêmica do texto, não devendo
ser assinalada.
Não tem o condão, ainda, de alterar dispositivos legais, apenas dispositivos constitucionais, razão pela qual
a alternativa ‘d’ está incorreta.
Gabarito: E
[VUNESP - 2018 - TJ-MT - Juiz Substituto] O Supremo Tribunal Federal pacificou o entendimento de que,
“para efeito de progressão de regime no cumprimento de pena por crime hediondo, ou equiparado, o juízo
da execução observará a inconstitucionalidade do art. 2º da Lei no 8.072, de 25 de julho de 1990, sem
prejuízo de avaliar se o condenado preenche, ou não, os requisitos objetivos e subjetivos do benefício,
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podendo determinar, para tal fim, de modo fundamentado, a realização de exame criminológico.” Para
chegar a essa decisão, o STF utilizou-se da interpretação denominada:
A) integração normativa.
C) mutação constitucional.
D) clássica.
Na lei de crimes hediondos tínhamos uma determinação de que o regime de cumprimento de pena seria o
integral fechado. O Supremo Tribunal Federal determinou que uma nova interpretação fosse feita, em que
caberia progressão de regime para crimes hediondos também. Nesse sentido, a Suprema Corte
reinterpretou (promoveu uma releitura) de uma norma constitucional para dizer que caberia a progressão
de regime em qualquer crime, inclusive nos hediondos. Dessa forma, temos um exemplo claro de incidência
do fenômeno da mutação constitucional: o texto da CF permaneceu o mesmo, mas o sentido dele extraído
foi alterado.
Gabarito: C
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QUESTÃO 06
[CESPE - 2016 - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Analista Judiciário - Área Judiciária - Adaptada] Acerca do
poder constituinte e dos princípios fundamentais da CF, julgue a assertiva:
O poder constituinte derivado reformador efetiva-se por emenda constitucional, de acordo com os
procedimentos e limitações previstos na CF, sendo passível de controle de constitucionalidade pelo
Supremo Tribunal Federal (STF).
QUESTÃO 07
[FEPESE - 2018 - PGE-SC - Procurador do Estado - Adaptada] Em relação ao poder constituinte, julgue a
assertiva:
A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada poderá ser objeto de
nova proposta na mesma sessão legislativa, desde que conte com a assinatura de 1/3 dos membros da
respectiva casa legislativa.
QUESTÃO 08
[CONSULPLAN - 2018 - TJ-MG - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Provimento - Adaptada]
Em relação ao processo legislativo, julgue a assertiva:
A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de
nova proposta na mesma sessão legislativa.
QUESTÃO 09
[CESPE - 2015 - TRF - 1ª REGIÃO - Juiz Federal Substituto] A respeito da ordem constitucional brasileira,
julgue o item:
A matéria constante de proposta de emenda constitucional rejeitada ou havida por prejudicada não pode
ser novamente apresentada na mesma legislatura.
QUESTÃO 10
[CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo - Consultor de Orçamento e Fiscalização
Financeira] Com base nas normas sobre processo legislativo constantes da Constituição Federal de 1988
(CF), julgue o item que segue:
A matéria constante de proposta de emenda constitucional rejeitada ou havida por prejudicada somente
poderá ser reapresentada, na mesma sessão legislativa, mediante requerimento da maioria absoluta dos
membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional.
QUESTÃO 11
[FCC - 2018 - SEAD-AP - Assistente Administrativo - Adaptada] Julgue a assertiva:
As mudanças da Constituição Federal podem ocorrer mediante emenda constitucional, na vigência de
estado de defesa ou de estado de sítio, ouvido o Conselho de Defesa Nacional.
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QUESTÃO 12
[FCC - 2018 - SEAD-AP - Assistente Administrativo - Adaptada] Julgue a assertiva:
As mudanças da Constituição Federal podem ocorrer mediante emenda constitucional, na vigência de
intervenção federal, ouvido o Conselho da República, tendo em vista o seu caráter consultivo.
QUESTÃO 13
[FEPESE - 2018 - PGE-SC - Procurador do Estado - Adaptada] Em relação ao poder constituinte, julgue a
assertiva:
Não existe qualquer tipo de limitação circunstancial para a reforma da Constituição Federal.
QUESTÃO 14
[CONSULPLAN - 2018 - TJ-MG - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Remoção] Em relação ao
Poder Constituinte, julgue a assertiva:
A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou
estado de sítio.
QUESTÃO 15
[CESPE - 2018 - Instituto Rio Branco - Diplomata - Prova 1] No que tange aos direitos e garantias
fundamentais e ao processo legislativo, conforme disposto na Constituição Federal de 1988 (CF), julgue
(C ou E) o item subsequente:
As assembleias legislativas estaduais dispõem de competência para propor emenda à CF, desde que a
iniciativa parta de mais da metade das assembleias das unidades da Federação e pela maioria relativa
dos membros de cada uma delas.
QUESTÃO 16
[FCC - 2018 - SEAD-AP - Assistente Administrativo - Adaptada] Julgue a assertiva:
As mudanças da Constituição Federal podem ocorrer mediante emenda constitucional proposta por
metade, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, pelo Presidente da
República ou mais da metade dos governadores das unidades da Federação.
QUESTÃO 17
[CESPE - 2018 - SEFAZ-RS - Técnico Tributário da Receita Estadual - Prova 2] A Constituição Federal de
1988 poderá ser emendada para incluir garantia social mediante proposta:
A) da maioria simples dos membros da Câmara dos Deputados.
B) de três quintos dos membros do Senado Federal.
C) do presidente da República.
D) de organização sindical, se a proposta for relativa a direito dos trabalhadores.
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QUESTÃO 23
[CESPE - 2018 - SEFAZ-RS - Assistente Administrativo Fazendário] Tratados e convenções internacionais
sobre direitos humanos, depois de aprovados internamente em cada casa do Congresso Nacional, em
dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, são considerados equivalentes a:
A) leis federais.
B) súmulas vinculantes.
C) medidas provisórias.
D) leis complementares.
E) emendas constitucionais.
QUESTÃO 24
[CESPE - 2013 - PRF - Policial Rodoviário Federal] Considerando o disposto na Constituição Federal de
1988 (CF), julgue o item a seguir, relativos aos direitos humanos:
Equivalem às normas constitucionais originárias os tratados internacionais sobre direitos humanos
aprovados, em cada casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos
respectivos membros.
QUESTÃO 25
[CESPE - 2016 - PC-PE - Delegado de Polícia] Com base na disciplina constitucional acerca dos tratados
internacionais, da forma e do sistema de governo e das atribuições do presidente da República, julgue a
assertiva:
Tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos, para que sejam equivalentes a emendas
constitucionais, deverão ser aprovados em cada Casa do Congresso Nacional, por maioria absoluta de
votos, em dois turnos de discussão e votação.
QUESTÃO 26
[CESPE - 2014 - ANATEL - Conhecimentos Básicos - Cargos 13, 14 e 15] A respeito do direito
constitucional, julgue o item que se segue considerando que a sigla CF refere-se à Constituição Federal
de 1988:
Em respeito ao princípio da dignidade humana, previsto na CF, caso o Brasil seja signatário de
determinado tratado sobre direitos humanos, o referido tratado será recepcionado automaticamente
como emenda constitucional.
QUESTÃO 27
[CESPE - 2013 - PG-DF – Procurador] Com relação ao estatuto jurídico dos tratados internacionais no
direito brasileiro, julgue o próximo item:
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Ao Congresso Nacional é vedado rejeitar tratado internacional que, firmado pelo presidente da
República, verse sobre direitos humanos.
QUESTÃO 28
[CONSULPLAN - 2018 - TJ-MG - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Provimento - Adaptada]
Em relação ao processo legislativo, julgue a assertiva:
A emenda à Constituição será promulgada pelo Presidente da República, com o respectivo número de
ordem.
QUESTÃO 29
[CESPE - 2018 - IPHAN - Auxiliar Institucional - Área 1] Acerca da organização dos poderes do Estado,
julgue o item subsequente:
O presidente da República é a autoridade competente para promulgar emendas à Constituição.
QUESTÃO 30
[IADES - 2019 - AL-GO - Procurador] No que concerne ao processo reformador na Constituição Federal
brasileira, assinale a alternativa correta:
A) O processo legislativo é bicameral.
B) O início da tramitação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) é sempre pela Câmara dos
Deputados.
C) Esse processo deve ser aprovado por dois turnos de votação no Congresso Nacional.
D) Só é válido após sanção presidencial.
E) Não há iniciativa extraparlamentar.
QUESTÃO 31
[CESPE - 2018 - MPE-PI - Conhecimentos Básicos - Cargos de Nível Superior] Acerca do direito de
propriedade, julgue o item a seguir à luz das disposições da CF:
Eventual proposta de emenda constitucional tendente a abolir o direito de propriedade não poderá ser
objeto de deliberação pelo Congresso Nacional.
QUESTÃO 32
[IADES - 2019 - AL-GO - Policial Legislativo - Adaptada] A respeito do disposto na Constituição Federal,
julgue o item:
Emendas constitucionais que revoguem direitos e garantias individuais não serão admitidas.
QUESTÃO 33
[CESPE - 2018 - TCM-BA - Auditor Estadual de Controle Externo] A CF proíbe a deliberação de proposta
de emenda constitucional que tenda a abolir:
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I. Proposta de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-
se, cada uma delas, pela maioria absoluta de seus membros.
II. A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos,
considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, dois terços dos votos dos respectivos membros.
III. A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto
de nova proposta na mesma sessão legislativa.
Quais estão corretas?
A) Apenas I.
B) Apenas III.
C) Apenas I e III.
D) Apenas II e III.
E) I, II e III.
QUESTÃO 41
[FGV - 2018 - AL-RO - Advogado] Analise a narrativa a seguir:
(I) Um grupo de cento e vinte Deputados Federais subscreveu proposta de emenda constitucional;
(II) a proposta tinha como objetivo adotar a forma unitária de Estado;
(III) nesse período, parte do país foi atingida por calamidade natural de grandes proporções;
(IV) a proposta foi aprovada, em dois turnos de votação, em cada Casa do Congresso Nacional, pelo voto
de três quintos dos respectivos membros;
(V) a proposta foi promulgada pelo Presidente da República.
Considerando a forma de exercício do poder constituinte derivado, é correto afirmar que somente estão
em harmonia com a sistemática constitucional, os itens:
A) II, III e V.
B) I, II e IV.
C) I, IV e V.
D) I e V.
E) III e IV.
QUESTÃO 42
[CONSULPLAN - 2018 - Câmara de Belo Horizonte - MG - Procurador] A Constituição Federal é a norma
maior do Estado e exigirá procedimentos mais rigorosos para que possam ser alteradas algumas de suas
regras. Neste sentido, poderá a Constituição ser emendada mediante proposta de, no mínimo, 1/3 dos
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[CESPE - 2012 - TCE-ES - Auditor de Controle Externo - Auditoria Governamental] No que se refere ao
poder constituinte, julgue o item seguinte:
Criado pelo poder constituinte originário, o poder de reforma abrange o poder de revisão do texto
constitucional, não abrangendo, contudo, o poder de emenda à CF.
QUESTÃO 46
[VUNESP - 2018 - TJ-SP - Juiz Substituto - Adaptada] Sobre a reforma e revisão constitucional, julgue o
próximo item:
Inicialmente prevista apenas no artigo 3° do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, a revisão
constitucional acabou incorporada ao corpo da Constituição como mecanismo permanente de reforma,
mediante edição de emendas de revisão.
QUESTÃO 47
[FCC - 2018 - SEAD-AP - Assistente Administrativo - Adaptada] Julgue a assertiva:
As mudanças da Constituição Federal podem ocorrer mediante revisão constitucional periódica,
realizada a cada cinco anos, a partir de sua promulgação, pelo voto da maioria absoluta dos membros do
Congresso Nacional.
QUESTÃO 48
[CESPE - 2016 - PC-PE - Delegado de Polícia] Acerca do poder de reforma e de revisão constitucionais e
dos limites ao poder constituinte derivado, assinale a opção correta:
A) Além dos limites explícitos presentes no texto constitucional, o poder de reforma da CF possui limites
implícitos; assim, por exemplo, as normas que dispõem sobre o processo de tramitação e votação das
propostas de emenda não podem ser suprimidas, embora inexista disposição expressa a esse respeito.
B) Emendas à CF somente podem ser apresentadas por proposta de um terço, no mínimo, dos membros
do Congresso Nacional.
C) Emenda e revisão constitucionais são espécies do gênero reforma constitucional, não havendo, nesse
sentido, à luz da CF, traços diferenciadores entre uma e outra.
D) Não se insere no âmbito das atribuições do presidente da República sancionar as emendas à CF, mas
apenas promulgá-las e encaminhá-las à publicação.
E) Se uma proposta de emenda à CF for considerada prejudicada por vício de natureza formal, ela poderá
ser reapresentada após o interstício mínimo de dez sessões legislativas e ser apreciada em dois turnos de
discussão e votação.
QUESTÃO 49
[CESPE - 2018 - SEFAZ-RS - Assistente Administrativo Fazendário] Emenda à Constituição consiste em
uma:
A) reforma, oriunda do poder constituinte decorrente.
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B) reforma, atribuída ao presidente da República, que tem o poder de vetar ou sancionar a proposta que
a originou.
C) revisão, oriunda do poder constituinte originário.
D) revisão, atribuída ao Supremo Tribunal Federal, que tem o poder de julgar a proposta que a originou.
E) reforma, oriunda do poder constituinte derivado.
QUESTÃO 50
[CESPE - 2012 - TCE-ES – Auditor] Com relação ao controle de constitucionalidade previsto no direito
brasileiro e à interpretação das normas constitucionais, julgue o item a seguir:
Denomina-se mutação constitucional o processo informal de mudança da constituição por meio do qual
a ela se atribui novo sentido, sem que se altere seu texto.
QUESTÃO 51
[MGA - 2015 - TCE-CE - Direito] Sobre a alteração da Constitucional Federal, especificamente a mutação
constitucional, assinale a alternativa CORRETA:
A) Refere-se à alteração da Constituição por Súmula Vinculante.
B) Refere-se à alteração da Constituição pelo Poder Constituinte Originário.
C) Refere-se à alteração da Constituição sem que se tenha alterado seu texto constitucional.
D) Refere-se à alteração da Constituição por emenda constitucional.
QUESTÃO 52
[FUNRIO - 2016 - Prefeitura de Itupeva - SP - Procurador Municipal] O Supremo Tribunal Federal ao
aplicar determinada norma prevista na Constituição, sem que houvesse ocorrido qualquer emenda
constitucional, modifica o seu entendimento anterior e apresenta nova interpretação adequada à
contemporaneidade. Em termos de hermenêutica constitucional esse ato é inserido na denominada:
A) volatilidade das decisões
B) instabilidade decisória
C) visualização prospectiva
D) mutação constitucional
E) democratização judicial
QUESTÃO 53
[CESPE - 2015 - TRE-MT - Analista Judiciário – Judiciária - Adaptada] Com relação ao poder constituinte,
julgue a assertiva:
O fenômeno da mutação constitucional é um processo informal de alteração do significado da CF,
decorrente de nova interpretação, mas não de alteração, do texto constitucional.
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QUESTÃO 54
[CESPE - 2017 - DPE-AC - Defensor Público] A mutação constitucional:
A) é fenômeno reconhecido apenas pela doutrina, uma vez que o STF evita aplicá-la.
B) ocorre em razão da natureza monossêmica do texto constitucional.
C) acarreta a alteração da configuração verbal do texto constitucional.
D) decorre da técnica de declaração de nulidade de dispositivos legais pelo controle concentrado.
E) é justificada pelas modificações na realidade fática e na percepção do direito.
QUESTÃO 55
[VUNESP - 2018 - TJ-MT - Juiz Substituto] O Supremo Tribunal Federal pacificou o entendimento de que,
“para efeito de progressão de regime no cumprimento de pena por crime hediondo, ou equiparado, o
juízo da execução observará a inconstitucionalidade do art. 2º da Lei no 8.072, de 25 de julho de 1990,
sem prejuízo de avaliar se o condenado preenche, ou não, os requisitos objetivos e subjetivos do
benefício, podendo determinar, para tal fim, de modo fundamentado, a realização de exame
criminológico.” Para chegar a essa decisão, o STF utilizou-se da interpretação denominada:
A) integração normativa.
B) conforme a constituição com redução de texto.
C) mutação constitucional.
D) clássica.
E) conforme a constituição sem redução de texto.
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GABARITO
13 – F 25 – F 37 – F 49 – E
1–V
14 – V 26 – F 38 – F 50 – V
2–V
15 – V 27 – F 39 – C 51 – C
3–F
16 – F 28 – F 40 – B 52 – D
4–B
17 – C 29 – F 41 – E 53 – V
5–F
18 – E 30 – A 42 – A 54 – E
6–V
19 – V 31 – V 43 – A 55 – C
7–F
20 – F 32 – V 44 – F
8–V
21 – F 33 – C 45 – F
9–F
22 – V 34 – F 46 – F
10 – F
23 – E 35 – V 47 – F
11 – F
24 – F 36 – A 48 – A
12 – F
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[CESPE - 2008 - STJ - Analista Judiciário] Acerca dos princípios fundamentais da CF e das emendas à CF,
julgue o seguinte item:
O poder constituinte derivado decorrente consiste na possibilidade que os estados-membros têm, em
virtude de sua autonomia político-administrativa, de se auto organizarem por meio das respectivas
constituições estaduais, sempre respeitando as regras estabelecidas pela CF.
QUESTÃO 08
[CESPE - 2012 - AGU - Advogado] A respeito das disposições constitucionais transitórias, da
hermenêutica constitucional e do poder constituinte, julgue o item subsequente:
O sistema constitucional brasileiro não admite a denominada cláusula pétrea implícita, estando as
limitações materiais ao poder de reforma exaustivamente enumeradas na CF.
QUESTÃO 09
[CESPE - 2011 - TRF 3ªR - Juiz Federal - Adaptada] Com relação a poder constituinte originário, tipologia
das constituições, hermenêutica e mutação constitucional, analise a assertiva abaixo:
Conforme determinação expressa do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, cabe aos estados,
ao DF e aos Municípios exercer o poder constituinte decorrente, entendido como a capacidade desses
entes federativos de se auto-organizarem de acordo com suas próprias constituições, respeitados os
princípios impostos, de forma explícita ou implícita, pela CF.
QUESTÃO 10
[CESPE - 2012 - MPE - TO - Promotor de Justiça - Adaptada] Com referência à CF e ao poder constituinte,
julgue as assertivas:
I - A proposta de emenda constitucional não pode tratar de temas que formem o núcleo intangível da CF,
tradicionalmente denominado como cláusulas pétreas, como, por exemplo, a separação de poderes e os
direitos e garantias individuais.
II - Poder constituinte derivado decorrente é o poder que os entes da Federação (Estados, DF e
Municípios) têm de estabelecer sua própria organização fundamental, nos termos impostos pela CF.
QUESTÃO 11
[CESPE - 2012 - TJCE - Juiz - Adaptada] Com relação ao poder constituinte, julgue a assertiva:
Quando uma nova Constituição é criada pelo poder constituinte originário, a jurisprudência reconhece a
legitimidade da invocação de direitos adquiridos contrários à Constituição em vigor.
QUESTÃO 12
[CESPE - 2012 - MPE - PI - Analista Ministerial] Julgue o item subsequente, que diz respeito ao poder
constituinte no ordenamento jurídico nacional:
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O poder constituinte derivado de reforma está sujeito a limitações formais, as quais têm relação com os
órgãos competentes e procedimentos a serem observados na alteração do texto constitucional.
QUESTÃO 13
[CESPE - 2011 - TRF 1ªR - Juiz] Acerca do poder constituinte, da CF e do ADCT, analise a assertiva abaixo:
Segundo disposição literal da CF, os Estados e Municípios dispõem do chamado poder constituinte
derivado decorrente, que deve ser exercido de acordo com os princípios e regras dessa Carta.
QUESTÃO 14
[CESPE - 2012 - TJCE - Juiz - Adaptada] Com relação ao poder constituinte, julgue a assertiva:
O poder constituinte derivado reformador submete-se tanto a limitações expressas na CF quanto a
limitações implícitas.
QUESTÃO 15
[CESPE - 2014 - PGE - PI - Procurador do Estado/PGE/PI/2014] Analise a assertiva em relação à disciplina
constitucional do poder constituinte no Brasil:
A CF não poderá ser emendada na constância do emprego da Força Nacional de Segurança.
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GABARITO COMENTADO
QUESTÃO 01
[CESPE - 2014 - DPU - Defensor Público da União] No tocante ao poder constituinte e aos limites ao
poder de reforma, julgue o item que se segue:
A proteção dos limites materiais ao poder de reforma constitucional não alcança a redação do texto
constitucional, visando sua existência a evitar a ruptura com princípios que expressam o núcleo essencial
da CF.
Comentário:
Eis uma assertiva correta apresentada pela CESPE. A justificativa da imposição de limites materiais ao
poder de reforma encontra-se na necessidade de preservar a identidade básica do projeto constitucional,
assegurando a manutenção da essência da Constituição e do núcleo de decisões políticas e valores
fundamentais que legitimaram sua criação. A locução “tendente a abolir” constante do art. 60, § 4º,
CF/88, só ampara o núcleo essencial do tema que o constituinte quis proteger, não garantindo sua
absoluta intangibilidade. Nesse sentido, o que se veda é a desfiguração completa da obra do poder
originário, descaracterizando o projeto axiológico por ele estruturado. E não meras alterações
redacionais ou na disciplina do tema. Se o núcleo essencial da cláusula permanecer intocado, não há
porque rechaçarmos a emenda.
QUESTÃO 02
[CESPE - 2009 - TRF 1ª R - Juiz – Adaptada] Analise o item seguinte, relativo aos poderes constituintes
originário e derivado:
Respeitados os princípios estruturantes, é possível a ocorrência de mudanças na Constituição, sem
alteração em seu texto, pela atuação do denominado poder constituinte difuso.
Comentário:
Assertiva verdadeira! Tais mudanças são as chamadas “mutações constitucionais”, realizadas pelo poder
difuso, um poder também derivado (mas não escrito), capaz de dar nova interpretação (novo significado)
à norma (que paira subjacente ao texto)
QUESTÃO 03
[CESPE - 2012 - DPE - RO - Defensor Público- Adaptada] Julgue a assertiva a respeito do poder
constituinte:
Compete ao poder constituinte decorrente elaborar e modificar as constituições dos estados-membros
da Federação.
Comentário:
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O item é verdadeiro, pois o poder constituinte decorrente é aquele que confere aos Estados-membros
da Federação a capacidade de elaborar suas próprias constituições estaduais (art. 25 da CF/88) e, diante
das necessidades, modifica-las.
QUESTÃO 04
[CESPE - 2012 - DPE - RO - Defensor Público- Adaptada] Julgue o item a seguir a respeito do poder
constituinte:
O poder constituinte reformador é, por característica, incondicionado.
Comentário:
O item deverá ser assinalado como falso, uma vez que o poder constituinte derivado é limitado,
condicionado e secundário. É um poder de 2º grau.
QUESTÃO 05
[CESPE - 2012 - DPE - RO - Defensor Público- Adaptada] Julgue a assertiva apresentada a respeito do
poder constituinte:
A mutação constitucional é expressão do poder constituinte derivado.
Comentário:
A assertiva trazida pelo CESPE está incorreta, pois a mutação constitucional é fruto da atuação do poder
constituinte difuso.
QUESTÃO 06
[CESPE - 2014 - PGE - Procurador do Estado/PGE/PI/2014 - Adaptada) Analise a assertiva em relação à
disciplina constitucional do poder constituinte no Brasil:
A matéria constante de proposta de emenda constitucional rejeitada ou havida por prejudicada somente
poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposição da maioria
absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional.
Comentário:
Item falso! A matéria objeto de proposta de emenda à Constituição que tenha sido rejeitada ou havia por
prejudicada somente poderá ser objeto de novo projeto de emenda a partir de uma próxima sessão
legislativa, conforme nos dita o art. 60, §5º da CF/88. Repare que o examinador, no intuito de lhe
confundir, trouxe a redação do art. 67, CF/88 (que vale somente para projetos de lei).
QUESTÃO 07
[CESPE - 2008 - STJ - Analista Judiciário] Acerca dos princípios fundamentais da CF e das emendas à CF,
julgue o seguinte item:
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QUESTÃO 14
[CESPE - 2012 - TJCE - Juiz - Adaptada] Com relação ao poder constituinte, julgue a assertiva:
O poder constituinte derivado reformador submete-se tanto a limitações expressas na CF quanto a
limitações implícitas.
Comentário:
O item está correto. O poder constituinte derivado reformador submete-se a limitações expressas e
implícitas.
QUESTÃO 15
[CESPE - 2014 - PGE - PI - Procurador do Estado/PGE/PI/2014] Analise a assertiva em relação à disciplina
constitucional do poder constituinte no Brasil:
A CF não poderá ser emendada na constância do emprego da Força Nacional de Segurança.
Comentário:
A assertiva deve ser marcada como falsa, uma vez que os limites circunstanciais que impedem que a
Constituição seja emendada estão previstos no art. 60, §1º da CF/88 e são os seguintes: o estado de sítio,
o estado de defesa e a intervenção federal.
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Os poderes instituídos (ou constituídos) foram criados pelo poder originário, isto é, são
“poderes de direito” (possuidores de natureza jurídica, e não política), que conhecem
Introdução
limitações e condicionamentos e subordinam-se de modo irrestrito ao regramento
imposto no texto constitucional.
Espécie (ii) Poder decorrente reformador: realiza as alterações no texto da Constituição estadual,
procedendo aos ajustes necessários para manter o documento estadual compatível com
a realidade.
O poder decorrente é:
– secundário ou de 2º grau.
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Adotar
(i) que a Constituição Federal pode ser modificada; e
documentos
constitucionais (ii) que o procedimento escolhido para a modificação é mais complexo e dificultoso do
rígidos, significa que aquele estabelecido para a feitura da legislação infraconstitucional (das leis
duas coisas: ordinárias e das leis complementares).
Limitações ao
poder de reforma - Materiais
(ii) Limitações expressas - Circunstanciais
- Formais
- Os limites expressos são aqueles que podem ser encontrados no texto constitucional, no art. 60, pois
foram explicitados pelo poder constituinte originário.
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- No que se refere ao § 5º do art. 60, alguns autores já disseram que representa uma
limitação temporal; para a grande maioria, no entanto, é uma limitação de cunho formal,
pois não impede que a CF/88 seja modificada dentro de um certo lapso temporal, mas
sim que ela seja alterada sem que uma regra procedimental (mudança de sessão
legislativa) tenha sido observada.
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Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir (art. 60, § 4º,
CF/88):
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Revisão constitucional
O art. 3º do ADCT determinou que a revisão só poderia ser feita depois de passados cinco
Limitação anos da promulgação da Constituição Federal (ou seja, somente a partir de outubro do
temporal ano de 1993).
- O procedimento era mais simplificado do que aquele que hoje temos para a elaboração
de emendas constitucionais: sessão unicameral (Deputados e Senadores eram tratados
indistintamente como congressistas revisores) e aprovação por maioria absoluta dos
Procedimento membros.
- O Poder Revisional também teve que obedecer aos limites circunstanciais e materiais
impostos nos §§ 1º e 4º do art. 60 para a reforma.
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Mutação constitucional
A mutação é feita pelo poder difuso (que também é um poder, mas não escrito) e propicia
Poder difuso um renascimento de dispositivos que vão ser relidos, vale dizer, cuja norma que está
anteposta ao texto receberá nova significação.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional. São Paulo: Malheiros, 2017.
BULOS, Uadi Lammêgo. Curso de direito constitucional. 11ª ed. São Paulo: Saraiva, 2018.
BULOS, Uadi Lammêgo. Constituição Federal anotada. 12ª ed. São Paulo: Saraiva, 2017.
MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 7ª. ed. Salvador: Juspodivm, 2019.
MENDES, Gilmar Ferreira; COELHO, Inocêncio Mártires; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de
Direito Constitucional. 13ª ed. São Paulo: Saraiva, 2018.
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional positivo. 41ª ed. atual. São Paulo: Malheiros,
2018.
SILVA, José Afonso da. Comentário contextual à Constituição. 9ª ed. São Paulo: Malheiros, 2014.
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