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Preconceito, Barreiras, Dimensões

de Acessibilidade e Desenho
Universal

Profa. Andréa Poletto Sonza


O Preconceito e a Discriminação
Preconceito
 Preconceito é um pré-julgamento. A palavra fala por si:
"pré-conceito" - uma concepção que já existe sem que haja
fundamentação científica para tal opinião (BEZERRA,
2018).

 Enquanto o preconceito é um tipo de “juízo de valor”,


concebido sem grande fundamentação, a discriminação é a
maneira como o preconceito se manifesta (BEZERRA,
2018).

 Ofensas, assédio, intimidação, constrangimento, exclusão,


violação de direitos, dificuldades de acesso à educação e
ao mercado de trabalho fazem parte da rotina de mulheres,
negros, indígenas, gays e pessoas com deficiência. O
preconceito se reproduz nas famílias, escolas, ambiente de
trabalho (LANA, 2018) e na sociedade em geral.
Preconceito

Fonte: Ricardo Ferraz - Autorizado pelo Autor


Preconceito

Fonte: Ricardo Ferraz - Autorizado pelo Autor


As desigualdades
Brasil Desigual - Empregos

PcD
Contratados 2%
PcD em
Cargos 0,64%
Executivos
PcD em
Nível 0,41%
Gerencial
Dados: Revista CIPA Junho/2018 (Pesquisa ano base 2017)
Brasil Desigual - Empregos

Taxa
Desocupação 14,5%
Negros

Taxa
Desocupação
Brancos
9,5%
Taxa
Desocupação
Mulheres
13,4%
Taxa
Desocupação 10,5%
Homens
Dados: Revista CIPA Junho/2018 (Pesquisa ano base 2017)
Brasil Desigual – Renda Ambiente Laboral

25% menor
Renda
que a dos
Trabalhadoras homens

44% inferior
Renda Negros a dos
brancos

Renda
Mulheres 60% a
menos
negras
Dados: Revista CIPA Junho/2018 (Pesquisa ano base 2017)
Brasil Desigual – Ambiente Laboral

Representam
Negros
(pretos e mais de 50%
da população
pardos) brasileira

Negros em
Cargos de
Gerência nas 6,3%
Empresas
Negros no
Quadro
Executivo das
4,7%
Empresas
Dados: Revista CIPA Junho/2018 (Pesquisa ano base 2017)
Brasil Desigual – Formação Superior

Representam
51,4% da
Mulheres população
brasileira

52% têm
Mulheres Formação
Superior

28,3% têm
Homens Formação
Superior

Dados: Revista CIPA Junho/2018 (Pesquisa ano base 2017)


Brasil Desigual – Mulheres no Ambiente Laboral

Cargos Gerenciais
nas Empresas 31,3%

Quadro Executivo
das Empresas 13,6%

Dados: Revista CIPA Junho/2018 (Pesquisa ano base 2017)


População LGBTQ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Queer)

Comunidade Representa 9%
da população
LGBTQ brasileira

68% dos
Atitudes trabalhadores já
presenciou essas
Homofóbicas atitudes no trabalho

Dados: Revista CIPA Junho/2018 (Pesquisa ano base 2017)


As Barreiras
Barreiras

Barreiras: qualquer entrave, obstáculo, atitude ou


comportamento que limite ou impeça a participação social da
pessoa, bem como o gozo, a fruição e o exercício de seus
direitos à acessibilidade, à liberdade de movimento e de
expressão, à comunicação, ao acesso à informação, à
compreensão, à circulação com segurança, entre outros.
Segundo a LBI (Lei Brasileira da Inclusão) elas são
classificadas em:
a) barreiras urbanísticas;
b) barreiras arquitetônicas;
c) barreiras nos transportes;
d) barreiras nas comunicações e na informação;
e) barreiras atitudinais;
f) barreiras tecnológicas (BRASIL, 2015).
Barreiras

Fonte: Ricardo Ferraz - Autorizado pelo Autor


Barreiras

Fonte: Ricardo Ferraz - Autorizado pelo Autor


Barreiras

Fonte: Ricardo Ferraz - Autorizado pelo Autor


Barreiras

Fonte: Ricardo Ferraz - Autorizado pelo Autor

Fonte: Domínio Público


Barreiras

Fonte: Ricardo Ferraz - Autorizado pelo Autor


Removendo Barreiras - Acessibilidade
É preciso remover as barreiras - Acessibilidade

 Arquitetônicas (físicas);
 Instrumentais (nos utensílios, ferramentas e instrumentos
– Tecnologia Assistiva);
 Comunicacionais (comunicação interpessoal, escrita e
virtual);
 Metodológicas (em métodos e técnicas);
 Programáticas (embutidas em políticas, normas,
regulamentos);
 Atitudinais (estigmas, estereótipos, discriminações).
(SASSAKI, 2015)
Acessibilidade Atitudinal
(eliminar discriminações, estigmas, estereótipos)
Premissa Básica

Conheço Respeito Valorizo

Transformo
Mundo
a
melhor
Sociedade
Igualdade x Equidade - Justiça!

Uso de imagem autorizado: https://ares.unasus.gov.br/acervo/static/files/Termos_de_uso.pdf

A justiça de um sistema escolar pode ser medida pelo modo como trata
os “mais fracos” e não somente pela criação de uma competição pura
(DUBET, 2004).
A nossa motivação...
As pessoas!

Fonte: Domínio Público


Acreditamos no potencial de todos

Fonte: Ricardo Ferraz - Autorizado pelo Autor


Acessibilidade Arquitetônica
(Física)
Buscando Acessibilidade do IFRS

 Desenvolvimento e aplicação de checklist de acessibilidade


física nas instalações de todas as unidades do IFRS
baseado no Roteiro de Vistoria do CREA/RS e considerando
a NBR 9050 da ABNT (2004/2015);
 Relatório com sugestões técnicas para adequações;
 Trabalhos e pesquisas sobre Tecnologia Assistiva;
 Grupo de Trabalho no IFRS para aplicação do checklist;
 Pontos de verificação de acessibilidade física,
comunicacional e instrumental;
 Modelo de checklist disponível no Capítulo 1 do Livro
“Soluções Acessíveis: experiências inclusivas no IFRS”;
 Confecção de mapas táteis.
Grupo de Trabalho Acessibilidade Física,
Comunicacional e Instrumental do IFRS

 Portaria 1018 (12/jul/13);

 acessibilidade arquitetônica (física): conhecimento e


levantamento métrico e fotográfico das áreas físicas dos
campi e reitoria, - checklist e relatório;

 acessibilidade comunicacional: refere-se às formas de


comunicação – especialmente existência de intérpretes de
Libras e acessibilidade virtual do site do IFRS (campi e
reitoria);

 acessibilidade instrumental: refere-se ao mapeamento dos


itens de Tecnologia Assistiva existentes em cada unidade
da instituição.
Exemplo: Rampas

Fonte: Bissolotti in Sonza [et al], 2013 - adaptado da NBR 9050 (Brasil, 2004)

 A inclinação transversal das rampas é de até 3% e a inclinação


longitudinal de no máximo 8,33%.
 Deve haver sinalização tátil de alerta antes e após o término da
rampa (SONZA et al, 2013).

Fonte: Bissolotti in Sonza [et al], 2013 - adaptado da NBR 9050 (Brasil, 2004)
Exemplo Checklist: Rampas
Bloco - Rampas (R1 e R2) - (Item 6.5 da NBR9050/04)
Descrição S N P NA Observações
R1= 1,40cm e R2 =
01. A largura mínima da rampa é de 120 cm? x 1,98 cm.
02. O piso da rampa e dos patamares é O piso é cimentado.
revestido com material antiderrapante?
x
03. A inclinação da rampa está em R1= 12,5%, porém não
conformidade com a tabela de possui patamar de
dimensionamento de rampas no anexo? mínimo 1,20 e nem
corrimão em duas
alturas e piso tátil. R2=
29,26%, ou seja, está
bem acima do
permitido, também
sem patamares,
x pisotátil e corrimão.
04. A inclinação transversal máxima é de 2% Não há inclinação
em rampa interna ou 3% em rampa externa? x transversal.
Exemplo de Relatório

Relatório Final – Campus XXXX

I - LISTA DE AÇÕES
[...]
4.1) Cantina- Bloco A
4.1.a) O quê: Recomendamos que sejam revistas as rampas e escadas,
pois estão muito íngremes. Sugerimos que seja trocado o piso granitina
por outro material de maior aderência, menos escorregadio, como
vinílico, e inserido o piso podotátil.
Como fazer: Solicitar o projeto das rampas junto ao setor de Engenharia
do câmpus e o quantitativo do piso e demais materiais. Após licitar por
dispensa caso o valor seja abaixo de R$ 8.000,00 a reforma do piso das
calçadas ou ainda licitar como item de uma concorrência. Para a troca do
piso poderá ainda ser solicitado carona de pregão de m² piso vinílico
com colocação.
Status: ■ ■ ■ (Prioritário)
Tempo da ação: ҉ ҉ (Média duração)
Mapa Tátil

Mapa Tátil do Campus Bento Gonçalves/IFRS (Versão 1)


Fonte: CTA (Centro Tecnológico de Acessibilidade) - IFRS
Mapa Tátil

Mapa Tátil do Campus Bento Gonçalves/IFRS (Versão 2)


Fonte: CTA (Centro Tecnológico de Acessibilidade) - IFRS
O Desenho Universal
Desenho Universal

Desenho de produtos e ambientes para serem


utilizáveis por todas as pessoas, no limite do possível,
sem a necessidade de adaptação ou desenho
especializado.

 Seu propósito é atender as necessidades e viabilizar


a participação social e acesso aos bens e serviços à
maior gama possível de usuários.

Pressupõe Acessibilidade
Física e Virtual (Comunicacional)

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/discovirtual/aulas/1228/imagens/acessibilidade1.jpg
Desenho Universal ??

Fonte: Ricardo Ferraz - Autorizado pelo Autor


Desenho Universal

Fonte: Ricardo Ferraz - Autorizado pelo Autor


Desenho Universal

Fonte: Ricardo Ferraz - Autorizado pelo Autor


Desenho Universal

Fonte: Ricardo Ferraz - Autorizado pelo Autor


Acessibilidade Programática
(embutida em políticas, normas, regulamentos)
Política de Ações Afirmativas do IFRS
(Resolução 22/14)

Orientada a ações de inclusão para a promoção do respeito à


diversidade e defesa dos direitos humanos

Art. 1º, § 1º: Propor medidas especiais para o acesso, a


permanência e o êxito dos estudantes, em todos os cursos
oferecidos pelo Instituto, prioritariamente para pretos, pardos,
indígenas, pessoas com necessidades educacionais
específicas, pessoas em situação de vulnerabilidade
socioeconômica e oriundos de escolas públicas (IFRS, 2014,
p. 01).
Política de Ações Afirmativas do IFRS
(Resolução 22/14)
 Cotas:
 Cursos técnicos de nível médio e graduação: 50%: EEP, BR, PPI – Lei
12.711/12; 5% PcD;
 Cursos de pós-graduação (Resolução 30 de 28 de Abril/2015): 1 vaga
para Negros (P/P), 1 para Indígenas e 1 para PcD.

 Processos Seletivos: provas adaptadas (filmadas em Libras,


acessíveis a deficientes visuais e demais públicos); disponibilização de
Tecnologia Assistiva e atendimento diferenciado para candidatos com
necessidades educacionais específicas; Processo Seletivo específico
para indígenas (esse último em construção).

 CAPAAf (Comissão de Acompanhamento e Avaliação da Política de


Ações Afirmativas) – Composta por representantes dos Comitês de
Ensino, Extensão e Desenvolvimento Institucional, Assistência
Estudantil, Comissão Permanente de Avaliação, Núcleos de Ações
Afirmativas, Assessoria de Ações Afirmativas, Inclusivas e Diversidade.
Acessibilidade Instrumental
(nos utensílios, ferramentas e
instrumentos - TA)
Tecnologia Assistiva - Conceito

 Tecnologia Assistiva (TA) ou Ajuda Técnica: produtos,


equipamentos, dispositivos, recursos, metodologias,
estratégias, práticas e serviços que objetivem promover a
funcionalidade, relacionada à atividade e à participação da
pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida,
visando à sua autonomia, independência, qualidade de vida
e inclusão social (BRASIL, 2015).
 Serviços de TA: aqueles que auxiliam diretamente uma
pessoa com deficiência a selecionar, comprar ou utilizar os
recursos de TA (SARTORETTO e BERSCH, 2014).
Exemplos de TA

Documento impresso em Braille Teclado Adaptado

Sistema de Acesso ao computador


Prótese
Fonte: Domínio Público
Acessibilidade Comunicacional (comunicação
interpessoal, escrita e virtual)
Acessibilidade Virtual

 Todos devem poder acessar, compreender e


interagir com o computador e seus recursos.

 Garantida pela LBI (Lei 13.146/15) - Art. 63. ”É


obrigatória a acessibilidade nos sítios da internet
mantidos por empresas com sede ou
representação comercial no país ou por órgãos de
governo, para uso da pessoa com deficiência, [...]”
(BRASIL, 2015).
Recomendações Brasileiras de Acessibilidade Virtual

 e-MAG 3.1: Modelo de Acessibilidade em Governo


Eletrônico. É um documento com recomendações a
serem consideradas para que o processo de
acessibilidade dos sítios e portais brasileiros seja
conduzido de forma padronizada e de fácil
implementação – Recomendações e Cursos e-MAG.

 Portaria 03 de 07 de maio de 2007 (MPOG)


institucionaliza o e-MAG como modelo brasileiro de
acessibilidade de sites.
Site do IFRS Acessível

Fonte: http://www.ifrs.edu.br/site/
Site Modelo de Acessibilidade Virtual

Fonte: http://cta.ifrs.edu.br/
Site Modelo - Recursos de Acessibilidade

Fonte: http://cta.ifrs.edu.br/
Site Modelo - Recursos de Acessibilidade

Fonte: http://cta.ifrs.edu.br/
Blog Ações Inclusivas Acessível

Fonte: http://blog.aai.ifrs.edu.br/
Acessibilidade Metodológica
(em métodos e técnicas -
produção de material didático-pedagógico
acessível ou adaptado)
Construção material didático-pedagógico
acessível
Série de modelos distintos de
organização de topologias de
redes - Linha, Estrela, Anel,
Árvore, Barramento, Malha
Regular, Malha Irregular e
Estrela Estendida - construídos
com tampinhas, EVA, barbante e
informações em Braille.

Produção de Materiais Adaptados por


Bolsistas Projeto Ensino IFRS-BG/2017.
Fonte: Napne (Núcleo de Atendimento às
Pessoas com Necessidades Educacionais
Específicas IFRS-BG e CTA (Centro
Tecnológico de Acessibilidade) IFRS
Construção material didático-pedagógico
acessível

Produção de Materiais Adaptados – Caderno de


pauta ampliada e representações do Sistema Android
Por Bolsistas Projeto Ensino IFRS-BG 2017

Fonte: Napne IFRS-BG e AAI (Assessoria de Ações Inclusivas) / CTA (Centro


Tecnológico de Acessibilidade) - IFRS
Material didático-pedagógico acessível

Produção de Materiais Adaptados –


Bolsistas, Estudantes, Servidores

Fonte: Napne IFRS-BG e AAI/CTA


IFRS
Produção de Material Digital Acessível

Acessibilidade em:
 Textos;
 apresentações de slides;
 PDF;
 Conteúdos Multimídia.

Fonte: CTA IFRS


Link para download do Manual:
http://cta.ifrs.edu.br/publicacoes/visualizar/137
Referências

ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). NBR 9050:


Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos.
2. ed. Rio do Janeiro: ABNT, 2004; ABNT, 2015.

BEZERRA, Juliana. Preconceito. Toda a Matéria. Disponível em:


<https://www.todamateria.com.br/preconceito/>. Acesso em: jul/18.

BRASIL. Lei 13.146/15. Lei Brasileira da Inclusão da Pessoa com


Deficiência. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2015/lei/l13146.htm>. Acesso em: jul/18.

CREA/RS. Roteiro de Vistoria, 2007. Disponível em <http://www.crea-


rs.org.br/crea/pags/acessibilidade/roteiro_vistoria.pdf> Acesso em: mai/18.

DUBET, François. O que é uma escola justa? Cadernos de Pesquisa, v.


34, n. 123, p. 539-555, set./dez. 2004.
Referências
FERRAZ, Ricardo. Ilustrador e Cartunista. Disponível em:
<http://www.cadetudo.com.br/ricardoferraz/> Acesso em: jul/18.

LANA, Luciana. Um ambiente saudável é inclusivo. Revista CIPA –


Caderno Informativo de Prevenção de Acidentes. Junho/2018. Ano 40, nº
465.

SARTORETTO, Mara Lúcia; BERSCH, Rita. Tecnologia Assistiva. 2014.


Disponível em <http://www.assistiva.com.br/tassistiva.html> Acesso em:
mar/18.

SASSAKI. Terminologia. Escola de Gente. Disponível em


<http://www.escoladegente.org.br/terminologia.php> Acesso em: jun/18.

SONZA, Andrea Poletto. [et al] org. Acessibilidade e Tecnologia


Assistiva: pensando a inclusão sociodigital de pessoas com
necessidades especiais. CORAG, 2013.
Agora vamos acessar os demais
materiais e dialogar no Fórum?

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