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APOSTILA DE ADMINISTRAÇÃO

O que é Administração

A palavra administração tem origem no latim onde ad significa direção, tendência,


condução para e minister significa subordinação ou obediência. Quanto à definição, a
ampla literatura fornece várias, das quais destaca-se as seguintes:

a) Administração: é o ato de trabalhar com e através de pessoas para realizar os


objetivos tanto da empresa quanto de seus membros.

Esta definição considera, pelo menos, três aspectos padrões, quais sejam:

 Dá maior ênfase ao elemento humano na empresa.


 Focaliza a atenção nos resultados a serem alcançados, isto é, nos objetivos em
vez de nas atividades.
 Incluiu o conceito de que a realização dos objetivos pessoais de seus membros
deve ser integrada à realização dos objetivos empresariais.

b) Administração: é o ato de executar uma atividade qualquer, cujos objetivos e metas


foram pré-definidas e que, para atingi-las, devem estar fundamentados em habilidades
pessoais e conhecimentos conceituais, humanos e técnicos de forma que essa
atividade seja segura, satisfatória, sustentável e rentável e por tempo indeterminado.

c) Administração: é o ato de planejar, organizar, dirigir e controlar uma empresa,


conforme as metas e os objetivos a que se destina, exercendo a atividade por tempo
definido ou não e conforme as exigências de mercado (recursos/padrões/consumidor).

Nas definições deve-se atentar para alguns termos chave os quais servem de base para
as ações do administrador enquanto tomador de decisão na empresa que dirige.

Assim sendo:

 Administração: é administrar a ação através das pessoas e seus recursos


com objetivo e metas bem definidos.

 Administração: é o processo de tomar e colocar em prática decisões sobre


objetivos e utilização de recursos.

 Administração: é o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar o uso


de recursos (humanos e materiais) a fim de alcançar objetivos.

Então, em síntese tem-se o seguinte fluxograma:

Objetivos
(Metas)
(Empresa-Empregados)
Administrador

Recursos Decisões
(Fatores de Produção) (Padrões – Consumidor)

Pessoas (Mão-de-obra - Intelectual) Planejamento - Organização


Informação e conhecimento - Direção - Controle
Matéria-prima – Espaço – Tempo - Dinheiro Instalações - Máquinas e Equipamentos
Instalações - Máquinas e Equipamentos

 A partir de hoje você não pode pensar simplesmente como um executor de tarefas.
 Como administrador você deslocará dos trabalhos operacionais para o campo da
ação.
 Sairá das habilidades práticas de saber fazer certas coisas corretamente para
atividades administrativas, voltadas para o campo do diagnóstico e da decisão, onde
utiliza as habilidades conceituais de diagnosticar situações, definir e estabelecer
estratégias de ação adequadas.
 Atenderá a necessidade de se fundamentar em conceitos, valores e teorias que lhe
permitam o balizamento adequado de seu comportamento.

A administração é o processo de tomar e colocar em prática decisões sobre


objetivos e utilização de recursos

Em vez de se preocupar em como ensinar a fazer certas coisas (o como), a teoria da


administração ensina que as atividades devem ser feitas em determinadas situações (o
porquê). O que diferencia o administrador de um simples executor é exatamente o fato
de que, enquanto o primeiro sabe analisar e resolver situações problemáticas variadas
e complexas, pois aprendeu a pensar, a avaliar e a ponderar em termos abstratos,
estratégicos, conceituais e teóricos, o segundo sabe fazer certas coisas que aprendeu
mecanicamente (planos, organogramas, mapas, registros, lançamentos etc.), O segundo
é um mero agente de execução e operação. O primeiro é um agente de mudança e
inovação, pois adquire habilidade de entender e diagnosticar situações.

A administração não é uma coisa mecânica que dependa de certos hábitos físicos que
devem ser superados ou corrigidos a fim de se obter o comportamento correto.
Pode-se ensinar o que um administrador deve fazer, mas isto não irá capacitá-lo
efetivamente a fazê-lo em todas as empresas.
O sucesso de um administrador na vida profissional não está inteiramente relacionado
àquilo que lhe foi ensinado, ao seu brilhantismo acadêmico ou ao seu interesse pessoal
em praticar o que aprendeu nas escolas. Esses aspectos são importantes, porém estão
condicionados a características de personalidade, ao modo pessoal de agir de cada um.
O conhecimento tecnológico da Administração é importantíssimo, básico e
indispensável, mas depende, sobretudo, da personalidade e do modo de agir do
administrador, ou seja, de suas habilidades.
Há pelo menos três tipos de habilidades necessárias para que o administrador possa
executar eficazmente o processo administrativo: a habilidade técnica, a humana e a
conceitual.

Habilidade técnica: Consiste em utilizar conhecimentos, métodos, técnicas e


equipamentos necessários para a realização de suas tarefas específicas, através de sua
instrução, experiência e educação.

Habilidade humana: Consiste na capacidade e no discernimento para trabalhar com


pessoas, compreender suas atitudes e motivações e aplicar uma liderança eficaz.

Habilidade conceitual: Consiste na habilidade para compreender as complexidades da


organização global e o ajustamento do comportamento da pessoa dentro da
organização. Esta habilidade permite que a pessoa se comporte de acordo com os
objetivos da organização total e não apenas de acordo com os objetivos e as
necessidades de seu grupo imediato.
A adequada combinação dessas habilidades varia à medida que um indivíduo sobe na
escala hierárquica, de posições de supervisão a posições de alta direção.

Níveis da Administração Responsáveis Habilidades Necessárias

Institucional Alta Direção Conceituais

Intermediário Gerência Humanas

Técnicas
Operacional Supervisão

Figura 2 – Níveis da administração.

Alguns Conceitos Relacionados à Administração

Empreendimento
Refere-se à empresa (organização empresarial), que atua em um dos setores
isoladamente (primário: indústria, secundário: comércio ou terciário: prestação de
serviços) ou em mais de um, podendo ser pública, privada ou mista e, ainda, individual,
Cia. Ltda. ou S.A.
A organização
É a própria empresa, uma vez que segue princípios organizacionais, legais e de mercado
e, portanto, precisa ser organizada para ser sustentável na atividade e se manter no
mercado. É, também, o ato ou efeito de organizar. Consiste em atribuir a uma entidade
uma estrutura, ou seja, definir suas partes e estabelecer as funções das partes (setores),
como interagem, atribuições e responsabilidades, isto é, seu relacionamento ou
funcionamento, para que ela cumpra suas missões ou metas e atinja seus objetivos.
Organizar consiste em dispor os recursos, os meios materiais e as pessoas e em
estabelecer a maneira de interação, de modo a construir uma entidade pronta para
funcionar com vistas a um objetivo determinado.

As organizações podem ser naturais (unitárias ou sociais) ou intencionais ou artificiais.

Naturais: que ocorrem de forma espontânea, que tem objetivos porém com finalidades
de satisfazer as necessidade porém, mais momentâneas. São classificadas como
Naturais Unitárias (um ser vivo) e como Naturais Sociais: uma família, uma colméia.

Intencionais: compreendem todas as organizações montadas para satisfazer uma


necessidade ou cumprir um objetivo, tais como empresas públicas ou privadas. Podem
ser lucrativas ou não, permanentes (forças armadas) ou temporárias (um projeto), de
caráter administrativo (condomínio residencial), de caráter recreativo ou cultural (clubes,
teatros, cinemas).

Missão: o que a empresa vai desempenhar – qual o propósito que a orienta. Qual é o
objetivo ou qual é o negócio que a empresa pretende realizar.
A missão deve ser feita de forma participativa e deve ter referências aos clientes
(definindo-os), aos produtos e serviços (caracterizando-os), ao mercado (delimitando-o),
aos empregados (estabelecendo seus valores para a organização), aos
acionistas/proprietários (referindo-se à lucratividade e ao retorno) e a pontos específicos,
especialmente quanto à tecnologia, à ética, à cultura e ao relacionamento com a
sociedade em geral.

Tecnologia: ressalta-se por sua grande e crescente importância como conjunto


ordenado de conhecimentos científicos, técnicos, empíricos e intuitivos empregados no
desenvolvimento, na produção, na comercialização e na utilização de bens ou serviços.
(Lei de Direitos Autorais: Lei nº 9.610, de 19/02/1998.; Lei de Patentes: Lei nº 9.279, de
14/05/96).

Estrutura: corresponde às partes integrantes da organização, tem regras de


funcionamento da organização e desta com o ambiente.

A política: é a arte de estabelecer os objetivos e intenções de uma organização,


mediante a interpretação de sua missão, seus interesses e aspirações e de orientar a
obtenção ou a preservação daqueles objetivos.
Para aplicar a política e atingir objetivos, a organização precisa dispor de recursos
apropriados, que são as entradas dos processos da organização. Nesse sentido, os
recursos correspondem a essas entradas e podem ser classificados como:

Tangíveis
 Recursos físicos (instalações, máquinas, equipamentos etc.)
 Recursos humanos (técnicos, administrativos e operacionais)
 Recursos financeiros (capital, títulos).

Recursos
Intangíveis
 Conhecimentos, habilidades e informações
 Clientela, relacionamento com: o público, fornecedores, clientes
 Patentes, marcas
 Reputação, crédito

Os recursos tangíveis da empresa são os bens concretos de propriedade da empresa


que podem ser tocados. Englobam os denominados recursos de capital físico. São os
imóveis, as máquinas, os estoques, etc. (capital físico e financeiro).

Já os recursos intangíveis são as propriedades da empresa que, ao contrário, são


difíceis de se ver, de se tocar, mas que se percebe a sua existência. São os recursos de
capital humano e sua valorização, recursos de capital organizacional, a qualidade de sua
administração, sua estratégia, suas marcas, sua capacidade de se comunicar com o
mercado e com a sociedade, são valores e princípios morais, é a percepção de
perenidade que ela transmite, é uma boa governança corporativa, sua capacidade de
atrair e reter os melhores talentos, sua capacidade de inovação, seu estoque de
conhecimentos, etc.

Importância em se conhecer e aplicar a administração

1. Embora o processo administrativo seja importante em qualquer contexto de utilização


de recursos, a razão principal para se estudar a administração é seu reflexo sobre o
desempenho das organizações (empresas).

2. O principal motivo para a existência das organizações é o fato de que certos objetivos
só podem ser alcançados por meio da ação coordenada de grupos de pessoas.

3. Na atualidade, as organizações assumiram importância sem precedentes na


sociedade e na vida das pessoas.

Tente fazer uma lista das organizações com as quais você está envolvido ou se relaciona
de alguma forma. Da empresa onde você trabalha ao supermercado, da fábrica de seu
carro à concessionária, da prefeitura à companhia de eletricidade, da telefônica ao
sindicato de sua categoria profissional, a lista parece interminável. Há poucos aspectos
da sua vida que não sejam influenciados por alguma espécie de organização. A
sociedade moderna é uma sociedade organizacional, em contraste com as sociedades
comunitárias do passado.

É dramático o impacto do mau funcionamento de uma organização de grande porte sobre


a sociedade. Considere por exemplo a quebra de um banco, como aconteceu com o
Banco Econômico em 1995. Funcionários perdem o emprego e contribuintes são
obrigados a arcar com as conseqüências.

Pense numa cidade inundada e você vai lembrar-se da Prefeitura, pense em pessoas
despreparadas, e você vai lembra-se do baixo nível da educação, pense na necessidade
de pagar planos de saúde ou pensão, ou nas filas nos hospitais públicos, e você vai
lembrar-se do governo que não trabalha como deveria. Então pense na inexistência das
empresas.

Muitos problemas que você enfrenta têm sua origem na inexistência ou ineficiência de
algum tipo de organização. Organizações bem administradas são importantes por causa
desse impacto sobre a qualidade de vida da sociedade.

Administradores bem preparados, portanto, são recursos sociais importantes. Essa


predominância das organizações e sua importância para a sociedade moderna bem
como a necessidade de administradores competentes está na base do desenvolvimento
da teoria geral da administração.

A administração é praticada desde que existem os primeiros agrupamentos humanos. A


moderna teoria geral da administração hoje estudada é formada por conceitos que
surgiram e vêm se aprimorando há muito tempo, desde que os administradores do
passado enfrentaram problemas práticos e precisaram de técnicas para resolvê-los. Por
exemplo, a Bíblia relata que Moisés estava passando o dia cuidando de pequenas
causas que o povo lhe trazia. Então Jetro recomendou: procure homens capazes para
serem líderes de 10, 100 e 1.000. Este conselho foi dado a Moisés cerca de 3.500 anos
atrás. É tão antigo mas continua atual.

Já no século XXI, a administração e as organizações estão sofrendo grandes


transformações. As empresas privadas, em particular, operam dentro de um contexto
extremamente competitivo e precisam aprimorar continuamente sua eficiência: fazer
mais, com menor quantidade de recursos. E, atualmente, pense nas empresas virtuais e
consequências de sua inoperância devido a uma pane no sistema de comunicação.

Com isso, aumenta a importância da administração empreendedora que procura


estimular as pessoas a serem seus próprios patrões. Além disso, a idéia de
administração participativa ganha espaço com essa tendência, pois é preciso educar
funcionários operacionais para serem seus próprios gerentes. Ou seja, o funcionário não
deve apenas executar a tarefa mas opinar e participar de decisões relacionadas às suas
atividades.

O Administrador
Para o administrador adequar-se dentro das exigências do mercado, formar um novo
perfil é o primeiro passo para conquistar uma posição de respeito. É o que chamamos
de Empregabilidade (qualidade do que ou de quem é empregável).

Para conquistá-la o administrador precisa:


a) ter uma formação diversificada;
b) ser bom em todas as matérias que abrangem a administração e;
c) ser multilíngue (particularmente inglês), ter o domínio fluente em línguas estrangeiras.

Características que merecem atenção Visão Holística

 Visão Holística - Holística vem do grego "holos" que significa todo, inteiro. Visão
Holística é uma forma ampliada de percepção da realidade, que se baseia no
reconhecimento do estado de inter-relação e interdependência essencial entre todos
os processos da empresa, é o profissional ter uma visão ampla e articulada da
empresa como um "todo". Conhecer a fundo todo o processo, desde a chegada de
uma matéria prima até o produto final, saber qual é a reação gerada em um
determinado setor da produção após a tomada de uma decisão. Dentro de um
processo produtivo, apontar problemas existentes pode ser uma tarefa fácil para
muitos. Mas a competência para identificar problemas e apresentar soluções é mais
um dos requisitos básicos para o administrador novo perfil. É o profissional pensar
além do problema, e apresentar soluções que gerem resultados positivos para a
empresa. Saber lidar com pessoas é uma regra básica de sobrevivência desde que o
mundo é mundo. A habilidade de um administrador com Relacionamento Interpessoal
tem sido a diferença entre o sucesso e o fracasso de uma equipe de trabalho. É função
do administrador promover o bem-estar, um convívio social sustentável dentro de um
grupo. A capacidade de Administração Intrapessoal também é exigida, pois é
importante para o profissional saber conter-se, controlar seus sentimentos, seu
emocional, para que oscilações de humor não venham interferir no processo
produtivo. Vale salientar, também, a idéia do profissional de Ser Auto-Crítico, Saber
aceitar quando errou, administrar críticas externas e aprender com os erros. O
administrador tem que ter a consciência de que não existe verdade absoluta, que
dogmas e paradigmas existem para serem quebrados. Outra característica que
envolve o relacionamento humano dentro de um processo, e que é essencial para o
profissional é a Comunicação.

 Atuação face-to-face - O administrador tem que atuar no que chamamos de face-to-


face, cara a cara, e não ficar dentro de uma sala, atrás de um
computador simplesmente dando ordens. A Troca de experiências e informações com todos
os departamentos da empresa é uma ferramenta de gerenciamento, de visão para o
crescimento da empresa. Comunicar é saber vender suas idéias para os demais, fazer
o restante do processo pensar a visão holística da empresa, nãoo pensamento
individual.Ainda no âmbito comunicação, a Visão Compartilhada é uma idéia comum
que motivará as pessoas para caminhar por um projeto, por um sonho até a sua
realização. Diferentemente da visão pessoal, ela não precisa ser imposta,pois é
absorvida pela equipe gerando, assim, o comprometimento. Como exemplo, podemos
citar um planejamento estratégico, onde todas as etapas,pensamentos e visões foram
compartilhadas pela equipe. Desta forma, esse planejamento não será impositivo,
onde somente uma pessoa pensou e repassou à equipe o que deverá ser planejado
e executado.

 Sinergia Positiva - Ela é uma característica que não só o administrador, mas qualquer
pessoa, seja ela do processo produtivo ou não, tem que ter consigo. Sinergia positiva
nada mais é que a vontade que uma pessoa tem de ajudar a outra, é a necessidade
que temos de ver e fazer o bem por intermédio de outras pessoas. No processo
produtivo, a idéia de cooperativismo tem só a acrescentar no desenvolvimento
interpessoal da empresa. A Ética nos negócios não deixa de ser mais importante que
as características já citadas. Ser ético engloba várias atitudes dentro de uma empresa,
desde ser transparente na relação com funcionários, passando pela honra dos
compromissos com os fornecedores e chegando aos clientes e concorrentes,que é o
saber ganhar sem dar tombo em ninguém. Dentro deste termo,também se pode tratar
de outro ponto fundamental que é o Comprometimento Empresarial.

 Cumpridor de Promessas - Prometeu, cumpra. É extremamente desgastante para a


imagem, uma empresa que não cumpre prazos com clientes e fornecedores, quebra
regras de acordos comercias e trabalhistas. O Comprometimento Pessoal também é
uma característica requerida das empresas. É aquele profissional que se compromete
integralmente à empresa, cumpre horários, é ético com a equipe, tem um
comportamento de nível empresarial, exigido pelos padrões de moral e bons
costumes. Ter a capacidade de causar mudança é o que pode-se chamar de ser Pró-ativo.

 Capacidade de Antever - O administrador não tem que esperar as mudanças para


depois reagir, ser reativo. Ele tem que ter a vontade de mudar o processo para que o
processo acompanhe a sua mudança, e não vice-versa. Então ele deve ser mais que
reativo e sim proativo. Dentro deste enfoque, podemos citar a Criatividade, que é
outra característica muito valorizada no administrador novo perfil. Ser criativo não é
apenas o ato de criar. Sendo assim, o profissional tem que possuir uma visão ampla
tanto das necessidades de um determinado campo como das possibilidades de
viabilização da sua criação. O administrador criativo tem consigo a capacidade de
encontrar novas saídas para antigos problemas, ou na maneira de se remodelar o
processo produtivo na busca de melhores resultados. Ainda tratando do tema
mudança, pode-se citar os termos Resiliência e Flexibilidade.

 Resiliência e Flexibilidade - Mas qual a diferença entre os dois? O termo resiliência


podemos definir como a capacidade que o profissional tem de receber impactos de
diversas formas e nas mais variadas fontes, exógenas ou endógenas, e absorver
esses impactos, se moldando à nova realidade proposta. Já a flexibilidade é a
habilidade do profissional enfrentar as mais diversas variáveis existentes em um
processo produtivo e conseguir superá-las, devolvendo à empresa a visão do estado
anterior à existência das mesmas. O Empreendedorismo pode ser definido por uma
frase dita pelo Administrador e Presidente do CRA-MG Gilmar Camargo de Almeida
que diz "Atitude empreendedora é o arriscar para ganhar, ao invés de ganhar
para fazer resultado". É a capacidade que o administrador tem de enxergar mais
longe, investir na capacidade produtiva da empresa para que ela cresça.
Saber calcular esses riscos também é função do empreendedor. Uma conseqüência
do empreendedorismo é a remuneração variável. Um exemplo disto é a organização
onde os funcionários fazem parte dos lucros da mesma, quanto mais empreendedora
ela for, mais rentável será. No exemplo de o profissional fazer parte de uma equipe
de vendas, a remuneração por comissão também é hoje muito adotada. Para o
profissional, é básico saber lidar com uma remuneração variável.

 Auto-Confiança - O profissional deve, mas principalmente o administrador, ter uma


crença, e acreditar em si mesmo, na sua capacidade; em sua empresa, que ela pode
gerar o retorno desejado; em sua equipe de trabalho, pois ela é a mola-mestra do
processo produtivo; em seu país, pois se você não acredita, que motivação terá para
permanecer nele?; E acreditar em Deus, que pode te ajudar a superar tudo. O
administrador moderno tem que ser o primeiro a acreditar nestes cinco pontos, pois é
dele a função de fazer todo o processo ver e crer nas mesmas crenças que ele. Se
ele não acreditar, quem mais irá? O administrador moderno tem que ser o
"Administrador Versátil”. Para isso, ele tem que ser Articulado. Ele tem que saber
definir prioridades, ter controle de sua agenda, saber dividir trabalho de vida pessoal,
pois para qualquer ser humano, ter uma vida social faz bem, um bem que se reflete
no ambiente de trabalho. Hoje, 50% do tempo de um administrador é resolvendo
problemas da empresa, outros 30% são respondendo a e-mails. Esse tempo tem que
ser racionalizado pelo administrador e canalizado às prioridades certas. A cada dia,
surgem novos conceitos criados por escritores de doutrinas de administração. Um
desses conceitos, e que deve ser uma habilidade do administrador novo perfil é a
Inteligência Múltipla.

 Inteligência Múltipla - Esse é um termo citado pelo autor Nilbo Ribeiro Nogueira, no
livro "Desenvolvendo as competências profissionais: Um novo enfoque por meio das
inteligências múltiplas". A inteligência múltipla é definida por ele como "um termo
relacionado com uma nova teoria, que contesta a inteligência como algo mensurável
e único, conforme o conceito anterior de inteligência medido pelo QI". Para Howard
Gardner, que segundo Nilbo, foi o autor dessa teoria, todos possuem capacidades que
podem ser desenvolvidas conforme os estímulos e as experiências ao longo de nossa
vida. Essa teoria demonstrada pelo autor do livro fala da pluralidade das inteligências,
que vai muita além das áreas Lógica-Matemática e Lingüística, mensuradas pelo teste
de QI. Segundo Gardner, o ser humano têm oito pontos de inteligência: (Lógico-
Matemática, Lingüística, Espacial, Musical, Corporal-Cinestésica, Naturalista,
Interpessoal e Intrapessoal). Cada uma dessas inteligências, desenvolvidas em maior
ou menor intensidade, contribuem para que o administrador tenha sucesso nas suas
relações empresariais.

 Conhecimento sobre a Empresa - Ter conhecimento de todo o processo da empresa, do


seu funcionamento é obrigação do administrador moderno. Para tanto, ele tem que
ser Curioso, saber perguntar acerca de todo o fluxograma dentro da empresa, se
interar das atribuições e cada departamento, para auxiliá-lo na visão do todo. Também, pode
se aproveitar a deixa para comentar de outra habilidade do administrador, que é Ser
Questionador. Essa é a característica de ser um rebelde com causa, questionar o
porquê disso ou daquilo, entender a fundo cada ponto, seja ele importante ou não,
dentro da empresa. A Liderança é a característica daquela pessoa que consegue
contar uma boa história, de tal sorte a levar um grupo a atingir um determinado
objetivo. Sendo assim, para contar uma boa história, um líder deverá ter bem
desenvolvidas, pelo menos, as capacidades de relacionamento interpessoal, citada
anteriormente e domínio da língua. No caso da criatividade, um sujeito criativo é
aquele que cria algo que seja útil e aceito em um determinado campo. Por fim e não
menos importante, uma das principais características do administrador, a Visão
Sistêmica.

 Visão Sistêmica - Ela derruba o pensamento linear e a postura limitada daqueles que
fogem do problema dizendo "isso não é da minha competência" ou "não sou
responsável por esse setor". O profissional, com uma visão sistêmica, enxerga na
empresa os problemas e as soluções deforma mais abrangente e ampla. Verifica no
macro-sistema os micro-universos e suas relações. Diferentemente do especialista,
que sabe muito de pouca coisa, ou do generalista, que sabe um pouco de muita coisa,
o visionário sistêmico possui competências técnicas específicas à sua área, porém
também consegue entender, opinar e participar de outras áreas da empresa. A visão
sistêmica de crescimento sustentável também é importante, pois a empresa tem que
estar em um ambiente onde todos crescem e não ela crescendo sozinha.

Além das formas tradicionais de aprendizado e as citadas nesse trabalho, existe uma
nova concepção de aprendizado, apresentada por Wick & León (1997), baseado no
S.A.B.E.R, composto de cinco passos interligados:

a) Selecionar: escolher uma meta que seja fundamental para você e para sua empresa;
b) Articular: determinar como você vai atingir a meta (processos e procedimentos);
c) Batalhar: colocar o plano articulado em prática (executar);
d) Examinar: avaliar o que e como você aprendeu (auto-crítica); e
e) Recomeçar: determinar sua próxima meta de aprendizagem.

"A transformação está ligada ao aprendizado em profundidade, que questiona e rompe


com os meios e resultados existentes ou 'antigos' e conduz a meios radicalmente novos"
(Gold, 1995, p.134).

O perfil do administrador deve abranger características que possibilitem APRENDER e


que disponha de alguns requisitos básicos para a aprendizagem organizacional como:
Curiosidade intelectual; Modéstia; Autocrítica vigilante; Capacidade de imaginar
futuros alternativos; Apetite pelo feedback; Mecanismos conscientes para criar,
coletar e disseminar conhecimentos; e Predisposição à experimentação.

Assim sendo, provavelmente, esse administrador terá mais disponibilidade para acatar
esses novos conhecimentos, tendo como alvo, sua qualificação e excelência como
profissional. Todas as características abordadas aqui são totalmente compatíveis à
nossa realidade. A procura das empresas pelos administradores modernos moldados e
com visão dentro do novo perfil tem fundamento, pois para a empresa, é extremamente
vantajosa a presença de um membro com todas essas qualidades em seu quadro de
colaboradores. A visão ampla que esse administrador possui e a seu domínio fluente de
várias línguas, abre as portas para o comércio exterior. A capacidade desse profissional
em relacionamentos interpessoais ajuda a dirimir problemas de comunicação dentro da
organização. Esses são somente alguns exemplos do que, na prática, é a função desse
administrador moderno.

Síntese dos Conceitos em Administração: visões tradicional e atual de elementos


importantes do campo administrativo
O artigo focaliza alguns dos principais elementos e fenômenos tratados no dia a dia dos
administradores e estudiosos da área gerencial, destacando as conotações que esses
componentes adquirem em cada momento da evolução da teoria administrativa. O texto
procura tratar esses conceitos de forma simples e direta, dentro de uma visão didática
de estímulo à discussão, sem pretender a profundidade em cada caso.

I. Introdução
A teoria administrativa assinala, em sua evolução, três momentos importantes desde que
Taylor e Fayol estabeleceram seus princípios de administração no início do século 20.
Esses primeiros passos, com Taylor estudando o trabalho na fábrica e Fayol
desenvolvendo uma visão mais estrutural da empresa, resultaram na conhecida Escola
Clássica da Administração na qual, pode-se ainda incluir a abordagem burocrática de
Max Weber. Mais tarde, em um segundo momento, os clássicos passam dividir as
atenções com a Escola de Relações Humanas que veio adicionar, à teoria existente, as
variáveis humanistas necessárias para suprir uma lacuna bem visível. No terceiro
momento, após a transição que destaca o movimento estruturalista, os impactos
causados pelo advento da abordagem sistêmica na administração ampliaram
substancialmente o alcance teórico e o porte da disciplina gerencial. A partir daí, sob a
influência da visão sistêmica, definiu-se, pelo lado humanista, a corrente do
desenvolvimento organizacional, buscando harmonizar de forma mais efetiva as
relações indivíduo-organização.
Pode-se dizer, que pelo lado clássico, a mesma influência sistêmica conduziu a
administração para a chamada abordagem contingencial. Esta vai se fortalecendo a
partir dos anos 70, impulsionada pela percepção de que a tecnologia será o fator
preponderante na transformação dos conceitos administrativos até então estabelecidos.
Essa visão consolida-se nos anos 80 e avança pela década seguinte com a
Administração sob impacto de um fluxo crescente de idéias e teorias emergentes e quase
sempre ruidosas, tendo como background uma incontrolável influência da explosão
tecnológica, notadamente, a tecnologia da informação.
Os conceitos, aqui sintetizados, refletem esses diversos momentos da formação e
evolução da teoria administrativa e são colocados como pontos de partida para estimular
a discussão e a reflexão. Componentes substanciais das teorias de gestão, os conceitos
condicionam a maneira de pensar e agir dos dirigentes e administradores em geral e,
muitas vezes, desenvolvem um ciclo de vida indeterminado e resistente diante das
mudanças. A seguir, os significados e tendências na interpretação dos elementos e
questões mais presentes no universo dos administradores.

II. Seqüência dos conceitos

Organização
Em uma definição acadêmica e genérica, organização é uma criação social estruturada
para realizar objetivos preestabelecidos. Entre os clássicos sobressai a idéia de que a
organização é um instrumento de produção. Uma máquina com um projeto definido. Pelo
viés humanista, a organização é vista como uma estrutura de relações interpessoais. A
abrangência da abordagem sistêmica concebe a organização como um sistema
sociotécnico no qual destacam-se: o subsistema social (que inclui as variáveis
humanas), e o subsistema técnico (neste pontificando os recursos tecnológicos). A par
dessa abordagem, a teoria administrativa reconhece que a maneira como as pessoas
agem e se comportam em relação às outras depende de suas personalidades, mas
depende também do sistema técnico do qual fazem parte (Litterer, 1980 p.38). A
tendência recente concebe uma visão contingencial da organização propondo uma
estrutura flexível e adaptável ao ambiente, para isso contando com a arma da tecnologia.
Outras concepções visualizam a organização como um encadeamento horizontal de
relações e processos ou, ainda, uma rede virtual de relações humanas amparada nas
tecnologias da informática e das telecomunicações.
Administração
A administração pode ser definida como uma função social que consegue que as coisas
sejam realizadas (Litterer,1980 p.4). Entre os clássicos destaca-se a idéia de que a
Administração constitui um recurso para a racionalização e condução do processo
produtivo. O conceito entre os humanistas refere-se à condução do processo de
cooperação e relações humanas no trabalho. Uma visão sistêmica coloca a
administração como uma técnica de conduzir o processo produtivo e as relações sociais
na organização, conforme solicitações do ambiente de tarefa (mercado) e do ambiente
geral (macro-ambiente). Na abordagem contingencial vigora o conceito de adocracia
(adocracia - é um sistema temporário variável e adaptativo, organizado em torno de
problemas a serem resolvidos por grupo de pessoas com habilidades e profissões
diversas e complementares. Constitui-se em uma opção à tradicional
Departamentalização): administração de situações e da incerteza. Neste caso, todos os
princípios gerenciais são válidos, tudo depende das circunstâncias.

Administrador
Define-se como toda e qualquer pessoa que pratica a Administração na posição de
comando ou chefia dentro da organização. O administrador é o responsável pela
condução do processo de trabalho na empresa, afirmam os clássicos, enquanto os
humanistas preferem colocá-lo como um condutor do processo de cooperação e
interações humanas no ambiente de trabalho.
A tendência atual, de eliminação ou abrandamento das estruturas hierárquicas, coloca o
administrador como um facilitador, interagindo nas relações decorrentes do processo
administrativo.
Concebe-o, também, como um intrapreneur (executivo e colaborador que tenha "postura
de dono de negócio”), um empreendedor interno que se antecipa aos impactos do
processo de mudança. Neste caso, cai-lhe bem o conceito de agente de transformações.
Interessante observar que, a redução do contingente de pessoas na organização,
substituídas pelos computadores ou outras formas de automação, acaba por estender a
definição de administrador para as pessoas que respondem pelos compartimentos de
produção ou de informações, compostos exclusivamente por máquinas. O gestor olha
como a empresa está; o intrapreneur olha como ela deveria estar.

Trabalho
O trabalho é a aplicação da energia humana, física e mental, no sentido de realizar algo.
É a atividade humana vinculada aos propósitos da empresa. A conceituação de trabalho
pode ser estabelecida a partir de uma gama de perspectivas, quando se deseja explorar
o tema de maneira mais profunda.
Num plano mais simples, para os clássicos, o trabalho constitui um esforço desagradável
ao qual se atende por obrigação e por necessidade de sobrevivência. Os humanistas,
ao contrário, enxergam o trabalho como uma função natural do ser humano, fonte de
satisfação e realização.
Torna-se evidente que as maneiras de gerenciar o processo de trabalho, envolvendo
pessoas, leva os gerentes a cultivarem uma atitude que reflete diretamente os conceitos
abraçados. A rigidez do estilo clássico de administrar, por exemplo, decorre da forma
como o trabalho é concebido nesta escola.
A tendência atual, decorrente da redução sistemática dos empregos causada pela
automação e pela tecnologia da informática, traduz o trabalho como uma oportunidade
que as empresas concedem às pessoas para demonstrarem suas habilidades e
conhecimentos em um determinado período. É uma situação que caracteriza o chamado
trabalho "just-in-time" (Rifkin,1995).

Homem
Em rápidas palavras, pode-se defini-lo como sendo um mamífero bípede dotado de
razão. A teoria clássica tradicional concebeu-o como "homem econômico" enfatizando
os interesses materiais que o cercam. Neste caso, os fatores que o motivam
correspondem sempre à medidas monetárias. Os humanistas tradicionais preferem
chamá-lo de homem social, um conceito firmado logo depois das pesquisas de
Hawthorne, quando Elton Mayo verificou que o ser humano é tipicamente grupal e
comporta-se de acordo com as normas do grupo a que pertence. As teorias mais
recentes, dos sistemas e contingencial, preferem chamá-lo de homem funcional
(sistemas), capaz de ajustar-se à papéis diversificados, ou de homem complexo
(contingência), em virtude de suas múltiplas facetas de comportamento e capacidades
(Chiavenato, 1976).

Treinamento
Nos limites da administração, constitui um recurso para desenvolvimento das habilidades
profissionais. Nos clássicos, o treinamento soa como um expediente para aumentar a
habilidade e perícia do trabalhador, tornando-o capaz de produzir sempre mais. Nos
humanistas o treinamento é visto como um recurso para melhorar a adaptação das
pessoas ao trabalho e induzir a autoconfiança através da competência.
Em uma visão sistêmica ou sociotécnica, o treinamento constitui um investimento das
empresas nos seus recursos humanos para impulsionar o potencial produtivo e favorecer
a evolução profissional. Nos dias atuais, a grande disponibilidade de recursos humanos,
gerada pelo desemprego tecnológico, tem alimentado a tendência nas empresas, de
descartar investimentos em treinamento de pessoal enquanto, ao mesmo tempo,
aumentam-se as exigências de qualificação para o emprego. A preparação de maior
alcance, hoje mantida em um número reduzido de organizações, está cedendo lugar ao
simples adestramento para as operações do dia a dia.
A palavra treinamento vem sendo substituída por "educação", no jargão empresarial. A
par disso, as escolas e universidades vêm procurando ajustar o processo de formação
profissional dos seus alunos às demandas e exigências do mundo organizacional. Essa
inclinação mais intensa das escolas para atender às demandas do mundo dos negócios,
contudo, não impede a percepção de que entre treinamento e educação cabe uma
distância considerável. No primeiro caso, vigora o interesse imediato das organizações,
que é restrito e pode ter um significado relativo na formação pessoal. Por outro lado, a
educação, no âmbito das escolas e universidades, tem sentido mais amplo e abrangente.
Além de preparar as pessoas para o desempenho profissional, as escolas devem,
simultaneamente, qualificá-las para pensar e criar, indicando-lhes os caminhos da
cidadania e ampliando-lhes a capacidade de contribuir para o bem do país.

Especialização
Concentração das habilidades e experiência em uma atividade ou um segmento do
conhecimento. No conceito clássico traduz-se como a maximização da habilidade para
realização de uma tarefa. Para os humanistas a especialização pode ser vista como um
nível de competência que se alcança, compatível com um desempenho profissional
satisfatório, estimulando a auto-suficiência e o sentimento de confiança.
Em certos segmentos do mercado de trabalho têm-se tornado correntes os argumentos
de que, na atualidade, os especialistas estão cedendo lugar aos generalistas, capazes
de se moverem de um ponto para outro da organização, conforme necessidades desta.
De acordo com os headhunters (recrutador) das consultorias de recursos humanos, essa
tendência é compatível com a flexibilidade estrutural que as empresas estão exercitando.
Estas, cada vez mais enxutas pelos constantes processos de downsizing (achatamento
ou diminuição de tamanho) é uma das técnicas da Administração contemporânea, que
tem por objetivo a eliminação da burocracia corporativa desnecessária, pois ela é focada
no centro da pirâmide hierárquica, isto é, na área de recursos humanos) e reengenharias,
reduzem os espaços dos especialistas ao mínimo necessário e concentram os interesses
naqueles profissionais que exibem a capacidade de atuação nos diversos segmentos
básicos da empresa. Esses profissionais são, naturalmente, cada vez mais favorecidos
pelos avanços da informática, jogando softwares no mercado, prontos para cada
necessidade empresarial.
A apologia dos MBAs, produzidos pelas universidades americanas e européias,
prestigiados e copiados no Brasil, tem ligação com essas idéias, percebendo-se, no
conteúdo desses cursos, o direcionamento para a formação daquele perfil profissional.

Motivação
Define-se como o processo de influenciar pessoas para a ação. No pensamento clássico,
em virtude da tendência materialista vigente, a motivação consiste na estimulação das
pessoas para o trabalho enfatizando a noção de compromisso e obrigação do
trabalhador em um jogo de recompensas e sanções. As necessidades materiais e a
estabilidade no emprego representam fatores explorados com freqüência nesse jogo.
A visão humanista enfoca a motivação como um processo que envolve uma cadeia de
necessidades e carências humanas que determinam o comportamento. Essas
necessidades começam no nível material, de sobrevivência, e se estendem para um
nível mais complexo no terreno psicológico e social. Torna-se necessário observar que
a tarefa de motivar os indivíduos para o trabalho, independentemente da postura clássica
ou humanista, constituiu sempre um interesse comum dos administradores, como parte
de uma atitude característica do processo de liderança nas empresas. No panorama
atual, os interesses estão mudando e a atitude que se pretende introduzir se caracteriza
pela exigência de "automotivação".
Muitas empresas estão preferindo que as pessoas sejam capazes de criar o próprio
entusiasmo. Essas pessoas têm um projeto bem definido, constroem suas próprias
esperanças e buscam na empresa um meio para atingir suas expectativas (Somoggi,
1999). A lógica da automotivação guarda proximidade com a tendência atual das
empresas em minimizar os compromissos com o treinamento. Enquanto isso, se colocam
como premissas da automotivação: ter metas precisas e bem definidas; buscar sempre
novos desafios, e transformar dificuldades e crises em oportunidades.

Relações humanas
Entendem-se como sendo todas e quaisquer formas de contatos entre os seres
humanos. No terreno da administração, em tom formal, os clássicos concebem-nas
como sendo as relações entre as pessoas, decorrentes do processo de trabalho. Para
os humanistas relações humanas significam algo mais: caracterizam-se pela disposição
de manter contatos sempre baseados no respeito, na consideração e valorização dos
indivíduos. Onde quer que seja, essa atitude prevê resultados otimistas nos contatos
pessoais, tornando-os gratificantes, eliminando barreiras e estabelecendo um clima de
boa vontade nas relações. Essa é uma visão sempre moderna e de validade indiscutível.

Eficiência/Eficácia
A eficiência está vinculada ao esforço necessário para fazer as coisas de maneira
correta. Quanto menor o esforço maior a eficiência. Por outro lado, Peter Drucker nos diz
que eficácia é fazer a coisa certa (Montana & Charnov, 1999).

Exemplos:
a) freqüentar a sala de aula (freqüência) é eficiência; enquanto que cumprir seus
preceitos (estudar, fazer as atividades corretamente) é a eficácia.
b) plantar árvores em áreas degradadas é eficiência; plantar a espécie certa e aplicar
os tratos silviculturais é eficácia.
c) economizar recursos é eficiência; empregar ou investir bem esses recursos é
eficácia.
d) votar para diretor é eficiência; votar no que fará melhor administração é eficácia.

Os clássicos enfatizam o zelo para com os procedimentos e métodos, embora os


humanistas vejam, como eficientes, os cuidados para com a liberdade e a criatividade
no trabalho.
Quanto à eficácia, os clássicos a vêem como uma medida de aferição de resultados, os
quais devem ser otimizados. Para os humanistas, isso acontece quando a medida acusa
resultados satisfatórios para os empregados e para a organização.

Expansão
Entende-se como: o crescimento da organização através do desdobramento da
estrutura, nos níveis interno e externo, estimulado pelo incremento da produção e pela
diversificação de produtos e atividades. Sob um viés clássico, pode dizer que a expansão
consiste em uma demonstração de força e poder da empresa na conquista do mercado.
Por outro lado, os humanistas preferem entender a expansão da empresa como uma
oportunidade para ampliar sua função social de atender necessidades e gerar empregos.
O conceito de expansão, na atualidade, tem se transformado em virtude da necessidade
de as empresas ajustarem-se às exigências da globalização econômica, através da
definição de um foco principal no mercado e da agilização de suas estruturas que
precisam ser enxutas. Em vez de expansão física e diversificação, as empresas estão
buscando a expansão de resultados. Para isso, recorrem à estratégias variadas, como o
downsizing e a terceirização para evitar que funções não produtivas ocupem as energias
que devem ser aplicadas em seu objetivo focal, buscando uma maior competitividade do
mercado.

Hierarquia
De forma genérica, hierarquia é uma escala de poder na organização. É uma graduação
de autoridade necessária para conduzir o processo de trabalho produtivo, como dizem
os clássicos.
A hierarquia impulsiona a produtividade imprimindo uma dinâmica conduzida de cima
para baixo. Para os humanistas a hierarquia encerra uma definição de responsabilidades
e compromissos com o apoio e harmonização dos recursos humanos no trabalho.
A tendência atual contempla uma diminuição de tamanho e intensidade da escala
hierárquica, em virtude da drástica redução de cargos e da burocracia. Enfatiza-se, hoje,
mais o trabalho de grupo, diluindo as responsabilidades e contribuindo para uma maior
horizontalização da estrutura.

Burocracia
Modelo impessoal e racional de gerir as organizações para garantir-lhes a eficiência. Na
concepção de Max Weber, a organização burocrática, maximizando a racionalização,
tornar-se-ia mais eficiente resistindo melhor ao personalismo e subjetivismo dos
administradores.
Para os humanistas, essa racionalidade taylorista da burocracia constitui um empecilho
para o exercício da iniciativa e criatividade no ambiente de trabalho. A teoria da
burocracia, nos dias de hoje, padece de um esquecimento e desprestígio tal que, nem
parece ter sido, no passado, uma estratégia bem intencionada de gestão, concebida por
Weber.
O conceito atual costuma lembrar uma montanha de papel, uma teia viciosa de passos
desnecessários para resolver um problema e, sobretudo, o grande instrumento de
incompetência dos governos, aplicado nos procedimentos para atender suas obrigações
diante do público (burocracia  falcatrua).

Tecnologia
Por definição a tecnologia é um conjunto de conhecimentos empregado na produção de
bens e serviços pelas organizações. Para os clássicos, em sua visão utilitarista, a
tecnologia consiste em um instrumento de produção, inovação e incremento dos
negócios. As preocupações humanistas interpretam a tecnologia como um recurso que
deve ser aplicado para o bem estar social, evitando-se os impactos negativos sobre as
pessoas, direta ou indiretamente através dos efeitos destrutivos sobre a natureza. A
tecnologia tem um significado insuperável na trajetória da humanidade, marcando todos
os passos importantes que o homem deu em sua evolução e desenvolvimento. A história
da humanidade é a própria história da tecnologia. Do arado aos tratores; da escrita aos
fabulosos meios de comunicação de hoje; do ábaco à microinformática e aos velozes
meios de transporte que já alcançam outros planetas. Tudo isso contam 10 mil anos de
tecnologia, cujos avanços demonstram que as coisas estão apenas começando. O
crescimento tecnológico é um indicador de avanço social e de modificação.

Globalização
Difusão internacional da economia que vem se processando desde o mercantilismo, a
partir do século XV, promovendo as transações econômicas e a distribuição de bens
através dos continentes.
Coincide, essa fase, com os descobrimentos e a colonização do continente americano,
incluindo-se o Brasil. No sentido atual, consiste na interação e integração dos mercados
mundiais para a realização de todas as formas de transações comerciais e econômicas.
Nesse cenário, tem lugar um processo competitivo, dominado por países inseridos em
blocos econômicos favorecidos por tecnologias avançadas e grande poder financeiro. A
tecnologia da informação, os bancos, os meios de transporte e as telecomunicações
representam armas decisivas na determinação da hegemonia dos países componentes
desses blocos econômicos, tais como o Nafta e a União Européia.
Na América do Sul, o Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai (e outros) vêm ensaiando,
desde 1991, o chamado Mercosul, uma réplica sul-americana desses blocos montados
nos países ricos, que até o momento não conseguiu decolar, em virtude de conflitos
freqüentes e limitações econômicas dos próprios participantes.

Delegação
Entende-se como a transferência de poder, dos níveis mais altos da empresa para os
escalões inferiores. O administrador clássico serve-se desta alternativa para aliviar a
sobrecarga de trabalho ou para facilitar a solução de problemas recorrentes em
determinados pontos da organização.
Para os humanistas a delegação é um recurso necessário para o job enrichment (adição
de novas tarefas). Na tendência atual, a delegação transforma-se no empowerment
(descentralização de poderes), uma estratégia valiosa nos novos tempos, quando a
rapidez do processo decisório e a agilidade das ações determinam o sucesso das
empresas no mercado. O empowerment consiste em algo como conceder poderes ao
empregado para que este possa, no seu posto de trabalho, decidir e agir para atender
ao cliente naquilo que o computador não pode fazer. Ou seja, não há necessidade de
levar o resultado ao chefe para que ele tome a decisão; você mesmo a toma com base
nos resultados.

Centralização/Descentralização
A centralização faz parte da experiência clássica de administrar que, lastreada no
princípio da unidade de comando, tornou-se uma característica marcante da estrutura
linear. O conceito de centralização, na visão clássica, relaciona-se com uma filosofia de
uso do poder como força propulsora do processo de trabalho.
O avanço das teorias humanistas fez com que esse conceito fosse aos poucos ganhando
flexibilidade, aproximando-se mais da descentralização. Na própria trilha da
administração clássica, essa flexibilização aconteceu para dar espaço à estratégia de
administração por objetivos, dos neoclássicos Odiorne e Peter Drucker.
Nessa estratégia, os rígidos sistemas de controles tradicionais são descartados para
liberar as unidades de produção, ou de negócios, em suas decisões, ficando o controle
final restrito às avaliações dos resultados alcançados.
A aplicação generalizada, pelas empresas, da tecnologia da informação descaracterizou
e reduziu as estruturas tradicionais. Com isso, as escalas hierárquicas foram
minimizadas e a concentração de poder perde espaço para dar lugar ao trabalho de
equipes, cujos esforços priorizem o exterior da empresa. A descentralização torna-se
uma estratégia mais presente diante dessas circunstâncias, embora empobrecida dos
requisitos do job enrichment, tão desejados pelos humanistas tradicionais.
Na atualidade, a descentralização tem assumido formas drásticas. Em vez de deslocar
recursos, poderes e funções para diferentes pólos da organização, as empresas
passaram a descartar partes de sua estrutura através da terceirização.

Racionalização
No sentido tradicional taylorista, corresponde ao esforço para encontrar e determinar a
"melhor e única maneira" de fazer e resolver as coisas. A visão humanista conceberia a
racionalização como a busca de soluções para minimizar as condições adversas de
trabalho e adaptá-lo às pessoas, contribuindo para uma situação de bem-estar. O
alcance atual do conceito de racionalização é ditado pela tecnologia da informática. Nele,
os indivíduos são substituídos pela máquina em tudo que for possível, com insuperáveis
vantagens de velocidade e custos. Nada mais clássico e taylorista do que esse
tecnicismo exacerbado dos novos tempos! Taylorismo ou Administração científica é o
modelo de administração desenvolvido pelo engenheiro norte-americano Frederick
Taylor (1856-1915), considerado o pai da administração científica e um dos primeiros
sistematizadores da disciplina científica da Administração de empresas. O taylorismo
caracteriza-se pela ênfase nas tarefas, objetivando o aumento da eficiência ao nível
operacional.

Contingência
Caracteriza uma situação inesperada, de incerteza. A teoria da contingência recomenda
que todos princípios de administração são válidos e devem ser aplicados de acordo com
as características da situação. A tradução disto é a adocracia, um neologismo emergente
para identificar a administração das circunstâncias.
Neste caso, pressupõe-se que as empresas vivem a supremacia do transitório. Extraindo
suas características das demandas de um ambiente em constante mutação; empresa
não pode permanecer estanque no tempo.
Carece estar pronta para reagir aos desafios e às oportunidades que se apresentam
(Ferreira et al., 1999), dando o melhor dos cursos aos seus objetivos. Na teoria
contingencial considera-se a tecnologia como o mecanismo básico de capacitação das
empresas para superar os desafios e acompanhar as mudanças.

Considerações finais
Em cada conceito abordado, os impactos da evolução e das transformações sociais,
econômicas e tecnológicas transparecem claramente, colocando as idéias e formas de
pensar em planos diferentes para situações diferentes. Pode ser visto, também, que
alguns conceitos são muito resistentes, embora dotados de certa maleabilidade. O texto,
correspondente a um glossário mais elaborado, procura mostrar, sem perda de tempo,
as mudanças de rumo e as interpretações adquiridas por cada conceito em sua trajetória,
tudo de forma bem resumida.
Observe-se que o interesse predominante nessa trajetória é distinguir, sobretudo, as
conotações que os conceitos adquirem na visão de cada escola ou corrente da
administração. Finalmente, deve-se levar em conta que a discussão mais profunda sobre
cada um dos conceitos, em particular, demandaria um texto de consideráveis dimensões,
proposta descartada neste espaço, da mesma forma como não cabia abordar todos os
temas ou conceitos que cabem dentro de uma discussão no âmbito da teoria
administrativa.

Administrador do Passado versus Administrador do Terceiro milênio

Segundo Wick & León (1997), pode-se fazer uma comparação entre o
administrador do passado e o administrador do futuro, que na realidade pertence a um
futuro que já deveria estar presente nas organizações, como mostra o quadro abaixo:

Quadro 1 - Análise comparativa entre os Administradores do passado e os


Administradores do terceiro milênio

ADMINISTRADORES DO PASSADO ADMINISTRADORES DO TERCEIRO


MILÊNIO
Aprendiam quando alguém lhes ensinava Procuram deliberadamente aprender
Achavam que o aprendizado ocorria Reconhecem o poder do aprendizado
principalmente na sala de aula decorrente da experiência de trabalho
Sentem-se responsáveis pela sua própria
Responsabilizavam o chefe pela carreira carreira

Não eram considerados responsáveis pelo Assumem a responsabilidade pelo seu


próprio desenvolvimento próprio desenvolvimento
Acreditavam que sua educação estava
Encaram a educação como uma atividade
completa ou só precisava de pequenas
permanente para a vida toda
reciclagens
Não percebiam a ligação entre o que Percebem como o aprendizado afeta os
aprendiam e os resultados profissionais negócios

Deixavam o aprendizado a cargo da instituição Decidem intencionalmente o que aprender

Fonte: Wick & León (1997).

O quadro 1 demonstra que os administradores devem se responsabilizar pelo


próprio aprendizado e estar conscientes que os seus desenvolvimentos pessoais e
profissionais dependem muito mais das suas ações pessoais na busca de novos
conhecimentos.
Daí pode-se citar o caso de diferenças etárias nas organizações, onde ainda hoje
é visto como um problema. Há casos de pessoas jovens bem sucedidas e outras, de
maior idade, que não conseguem atingir os objetivos que traçaram há anos. Isso pode
ser perfeitamente explicado pelo quadro acima, tendo em vista a grande concorrência
no mercado de trabalho, onde os jovens estão buscando com mais ansiedade seus
objetivos, tendo maior poder de decisão sobre suas atitudes, poder de escolha entre o
que fazer ou não, aprender ou não, se responsabilizando pelos seus próprios atos.
De fato, sem se atualizar, qualquer profissional será descartado, tenha ele
70 ou 25 anos de idade. As pessoas têm a capacidade de surpreender, de se atualizar,
de virar o jogo. Portanto, ainda não inventaram nada melhor do que a experiência; sendo
assim, está sendo muito utilizado em grandes empresas, se colocar jovens
empreendedores, cheios de novos conceitos e idéias junto com veteranos para
trabalharem como incentivo à troca constante de experiências.
Dessa forma, as empresas devem contar com a experiência dos veteranos que
conhecem muito sobre ela e a força dos jovens, cheios de idéias e ideais. Ambos se
completam.

ABERTURA E ENCERRAMENTO DE EMPRESAS

1. Introdução
Uma empresa corresponde ao conjunto organizado de meios (localização, prédio, infra-
estrutura: vias de acesso, energia, sistema de comunicação, outros – matéria-prima,
máquinas, equipamentos, ferramentas, pessoal etc.), com vista a exercer uma actividade
particular, pública, privada ou de economia mista, que produz e oferece bens e, ou,
serviços, com o objetivo de atender a alguma necessidade humana.
As empresas de titularidade do Poder Público têm a finalidade de obter rentabilidade
social. Empresa pública é a pessoa jurídica administrada pelo Poder Público, instituído
pelo Estado, com a finalidade prevista em Lei e sendo de propriedade única do Estado.
A finalidade pode ser de atividade econômica ou de prestação de serviços públicos. É a
pessoa jurídica que tem sua criação autorizada por lei, dotada de personalidade de
direito privado. É constituída com capital formado unicamente por recursos públicos de
pessoa de administração direta ou indireta. Pode ser Federal, municipal ou estadual.
As empresas privadas podem ser individuais ou coletivas, dependendo do número de
sócios que as compõem e têm a finalidade de obter rentabilidade econômica, ou seja,
lucro.
O lucro, na visão moderna das empresas privadas, é conseqüência do processo
produtivo e o retorno esperado pelos investidores.
Neste capítulo toda referência relacionada ao assunto será voltada para a empresa
privada.

2. Abertura de uma empresa


Corresponde ao processo de registros documentais nos ambientes municipal, estadual
e federal, habilitando-se a atuar no ramo de mercado que lhe for conferido o direito,
conforme a legislação regulamentar existente no país e suas especificidades nos
estados e municípios.
Alguns passos gerais são necessários para a abertura de uma empresa, embora existam
particularidades em decorrência do ramo de atividade e tipo de empresa – com o que vai
operar. Alguns passos parecem simples, outros mais complexos, mas todos devem ser
cumpridos, sob a ótica da legislação federal, estadual ou municipal vigente.

Passos:
1 - Definir a atividade (o negócio)
Área de atuação: Indústria, Comércio, Prestação de Serviços
Local de instalação/Sede/Própria ou alugada/Melhor ponto: Exigências Prefeitura
(PDM)

2 – Definir se é Empresa Individual ou Empresa com Sócios


Sobre os Sócios  Amigo, Parente, Cônjuge

3 – Capital Inicial
Quanto será investido – De onde vem o recurso – Público/Privado
(Governo/Banco).
Contratar Serviços de Terceiro
Contador na abertura e depois
Máquinas e equipamentos – adquiridos ou alugados
Pessoal – formação/treinamento

4 – Nome da Empresa
Aspectos a considerar:
Não usar :
Nomes exóticos/Nomes compridos/Nomes gírias/Nomes engraçados/Nomes
consagrados/Evitar nomes que já existem. Deve consultar o INPI
(WWW.INPI.GOV.BR) – Inst. Nac. de Propriedade Intelectual – registro federal de
marcas de todo o país. Ex.: Padaria Itaú – vetado por lei.
Usar
Nomes que relacionem com o produto/que se relacione com coisas boas,
estimulem o consumo, que o público goste...
Logotipo: é bom mas não é obrigatório. Bom para relacionar o logotipo com o
produto (custo). Deve registrá-lo no INPI – 60 dias publicação – 60 dias recurso –
registro por 10 anos – registro definitivo para não perdê-lo.

Nome completo da empresa: nos documentos


Nome fantasia: Pau-Brasil Reflorestadora – Deve registrá-lo no INPI (10 anos)
para não perdê-lo.

Site: Busca no site www.registro.br, definir o nome www.nome.com.br. Com CPF


ou CNPJ.
5 – Empresa Individual, Ltda. ou S.A.
Empresa Individual (EI): formada por um único empreendedor – deve ser o nome do
seu titular.
Um Empreendedor: Nome do titular – João da Silva – Nome da Empresa – João da Silva.
Se já existe: J. da Silva ou João da Silva Florestas. (Não podem ser abreviados - Filho,
Júnior, Neto e Sobrinho).
Dois ou mais: João da Silva, Maria de Souza e Pedro Fonseca – Silva, Souza e Fonseca
ou Silva, Souza & Cia. ou Implantação, Manutenção e Colheita de Florestas.

No caso do Empresário Individual, uma única pessoa física constitui a empresa, cujo
nome empresarial deve ser composto pelo nome civil do proprietário, completo ou
abreviado, podendo aditar ao nome civil uma atividade do seu negócio ou um apelido.
Um empresário individual atua sem separação jurídica entre os seus bens pessoais e
seus negócios, ou seja, não vigora o princípio da separação do patrimônio. O proprietário
responde de forma ilimitada pelas dívidas contraídas no exercício da sua atividade
perante os seus credores com todos os bens pessoais que integram o seu patrimônio
(casas, automóveis, terrenos etc.) e os do seu cônjuge (se for casado num regime de
comunhão de bens). O inverso também acontece: o patrimônio integralizado para
explorar a atividade comercial também responde pelas dívidas pessoais do empresário
e do cônjuge. A responsabilidade é, portanto, ilimitada nos dois sentidos.

Limitada (Ltda.): De dois até 6 sócios – Responsabilidade pelas cotas que possui do
negócio/investimento na empresa.

Sociedade Limitada (ou Sociedade por Cotas de Responsabilidade Limitada) é


formada por duas ou mais pessoas que se responsabilizam solidariamente e de forma
limitada ao valor de suas quotas pela integralização do capital social, ou seja, a
responsabilidade de cada sócio é limitada (daí o seu nome) à quantidade de cotas que
ele possui. Cotas são a parcela de contribuição do sócio no que diz respeito ao capital
social da empresa.

Sociedade Anônima (S.A.): Formada por no mínimo 7 sócios e dividida em ações


(negociadas ou não em bolsas de valores). Quanto mais ações, maior a responsabilidade
– será ele ou indicará quem será o administrador

Sociedade Anônima, representada por S/A segundo a Lei 6.404, de 15 de dezembro


de 1976, “a companhia ou Sociedade Anônima terá o capital dividido em ações e a
responsabilidade dos sócios ou acionistas será limitada ao preço da emissão das ações
subscritas ou adquiridas.”

Algumas características de uma Sociedade Anônima são:

 Capital dividido em Ações.


 A responsabilidade dos sócios é limitada ao valor ou porcentagem de ações que ele
possui.
 É formada por, no mínimo, 2 sócios, chamados de acionistas.
 Uso exclusivo de denominação social ou nome fantasia (não utiliza firma ou razão
social).
 Uma Sociedade Anônima é sempre comercial.

Companhia ou Sociedade Anônima são termos que possuem o mesmo significado,


embora Companhia (Cia.) seja empregada no início da denominação social da empresa,
e S/A no fim.
Uma Sociedade Anônima pode ter seu Capital Aberto ou Fechado:
Capital Aberto – são as empresas que emitem títulos (ações) a serem negociados em
Bolsa de Valores ou em Mercado de Balcão (corretoras, instituições financeiras), e que
possuem registro na Comissão de Valores de Mercados (CVM). Uma empresa com
capital aberto precisa ainda contar com uma instituição financeira que realize a
intermediação.
Capital Fechado: são as empresas menores, com patrimônio inferior ao exigido pela
CVM, e que por isso não emitem ações a serem negociadas.
Uma parte dos lucros de uma Sociedade Anônima deve obrigatoriamente ser dividida
entre os acionistas. São os chamados dividendos. A outra parte deve ser dividida para
compor a chamada reserva legal e a reserva para contingências. A porcentagem do lucro
a ser dividida entre os acionistas é a que estiver estabelecida pelo Estatuto, ou deve ser
decidida em Assembléia, não podendo, segundo a Lei, ser menor do que 25% do lucro
líquido.
Os cargos administrativos em uma Empresa S/A podem ser ocupados por pessoas que
não são acionistas da empresa. Porém, somente os acionistas votam nas eleições para
o Conselho de Administração.

Sociedade anônima (normalmente abreviado por S.A., SA ou S/A) é uma forma jurídica
de constituição de empresas na qual o capital social não se encontra atribuído a um
nome em específico, mas está dividido em ações que podem ser transacionadas
livremente, sem necessidade de escritura pública ou outro ato notarial.1 Por ser uma
sociedade de capital, prevê a obtenção de lucros a serem distribuídos aos acionistas.

Há duas espécies de sociedades anônimas:


 A companhia aberta (também chamada de empresa de capital aberto), que capta
recursos junto ao público e é fiscalizada, em Portugal, pela CMVM (Comissão de
Mercado de Valores Mobiliários) e, no Brasil, pela CVM (Comissão de Valores
Mobiliários)
 A companhia fechada (também chamada de empresa de capital fechado), que
obtém seus recursos dos próprios acionistas.
Em contrapartida, numa sociedade limitada existe uma escritura pública (no Brasil,
contrato social), que define a quem pertence o capital da empresa.
As ações podem ser classificadas em:
 Quanto à natureza dos direitos atribuídos ao seu titular:
o Ações ordinárias;
o Ações preferenciais; ações de gozo ou fruição.
 Quanto à forma de circulação:
o Ação nominativa: é uma ação cujo certificado é nominal ao seu
proprietário. O certificado, entretanto, não caracteriza a posse, que só é
definida depois do lançamento no livro de Registro das Ações Nominativas
da empresa emitente.
o Ação escritural: É uma ação que circula nos mercados de capitais sem a
emissão de certificados ou cautelas. São escrituradas por um banco que
atua como depositário das ações da empresa e que processa os
pagamentos e transferências por meio da emissão de extratos bancários.
Não existe, portanto, movimentação física de ações.

6 – Pelo Código Civil

Empresário: atuar sozinho, sem sócios. Independe do tipo de negócio.

Sociedade Simples: os sócios exercem atividades de prestação de serviço como


as atividades civis, intelectuais, artísticas e cooperativas.

Sociedade Empresária: dois ou mais sócios com o objetivo de atuar na produção


ou na comercialização de bens e serviços.
Autônomo: não é pessoa jurídica – IRPF 27,5% do valor bruto mensal.

7 - Declaração de Empresário ou Contrato Social


Declaração de Empresário: Proprietário individual: não tem Contrato Social,
apenas registro na junta comercial para obter a Declaração de Empresário.
Contrato Social: Quando existem sócios: o Contrato Social é a formalização
(estatuto) da existência da empresa. Necessário para abertura de conta bancária da
empresa, fornecedores, órgãos municipais, estaduais e federais.
Contrato Social regulamenta o funcionamento da empresa.
Informações sobre o nome da empresa, atividades, capital inicial, nomes dos
sócios, responsabilidades dos sócios, forma de remuneração dos sócios, procedimentos
em caso de saída de um sócio da empresa, entrada de sócios, quem responde pela
empresa. Deve ser assinado por todos e reconhecida firma em cartório.

8 – Registro da Empresa
De posse do nome da empresa e do contrato social, deve-se registrar a empresa nos
órgãos públicos que regulam e fiscalizam as empresas. É tarefa difícil em função de filas,
morosidade, preenchimento de muitos formulários, funcionários indispostos, ... . Haja
paciência. Lembre-se, um contador ou advogado nesta hora é bem visto.

Registro municipal: Carteira de Identidade, CPF, comprovante de endereço da empresa


e IPTU do imóvel, contrato de locação ou escritura do imóvel. Se existirem sócios,
documentos deles também.

De 30 a 152 dias, dependendo do tipo de empresa. A Internet tem facilitado um pouco.


País Brasil Hong Cingapura U.S.A. Canadá Austrália
Kong
Tempo 152 11 8 4 3 2
(dias)
De acordo com dados do Banco Mundial (2014) o prazo para se abrir um negócio no
Brasil é de 107 dias. Se você tiver sorte e uma boa assessoria, talvez consiga reduzir
esse prazo.

 Registro na Junta Comercial: de 5 a 30 dias. Documentos: C.I., CPF, Endereço,


Contrato Social e documentos dos sócios – formulários (registro da empresa ou
contrato social registrado). Empresa do tipo Sociedade Simples: registro em Cartório
e não na Junta
 Comercial. Precisa-se de C.I., CPF, Comprovante de endereço. Assinatura de
testemunhas.
 Registro na Receita Federal: Para este registro preencher formulários fornecidos no
site www.receita.fazenda.gov.br e entregá-los. A Receita libera o DBE (Documento
Básico de Entrada) que informa os documentos que devem ser entregues à RF e em
que endereço – pessoalmente ou via SEDEX. Tempo de 8 dias, se tudo estiver em
ordem. Se o titular ou sócios tiverem pendências com a RF, deverão saná-las
primeiro. Estando tudo certo sua empresa será registrada na RF e você receberá o
número do registro (xx.xxx.xxx/xxxx-xx).

9 – Alvará de Funcionamento - AF
Registro junto à Prefeitura. Inscrição no Cadastro de Contribuinte Mobiliário na
Secretaria de Finanças do Município. Documentos: Contrato Social ou Declaração de
Empresário, RG do representante da empresa, comprovante de IPTU, do imóvel,
contrato de locação ou escritura do imóvel e CNPJ da empresa. Após vistoria dos fiscais,
a Prefeitura emitirá o AF.

10 – Inscrição Estadual
Secretaria da Fazenda do Estado, para empresas do ramo de comércio ou
indústria – Inscrição Estadual: xx.xxx.xxx-x. Após fiscalização. Pode ser solicitado via
internet, site da Secr. da Faz. do Estado.

11 – Alvará de Segurança – AS
Corpo de Bombeiros: Registro junto ao Corpo de Bombeiros, dependendo do
ramo de negócio. Bares, Lanchonetes,...

12 – Alvará da Vigilância Sanitária – AVS


Fiscais da Vigilância Sanitária: ramo de saúde e alimentação. Condições de
higiene do local (Água – Esgoto – Higiene – Conservação dos Produtos - ...).

12 – Alvará da ANVISA – Órgão Federal


Agência Nacional de vigilância Sanitária: ramo de fabricação de remédios.

13 – Alvará de Controle Ambiental – ACA


Órgão Ambiental do Estado/Município: caso do ramo de indústria – Movelaria,
Serraria. Em decorrência da matéria-prima e dos resíduos/poluição.
14 – Os impostos
No Brasil, em cada R$ 100,00, em torno de R$ 36,50 são impostos e taxas.

Em 2016, o “impostômetro” registrou a arrecadação estimada de R$ 2,2 trilhões. De


01/01/2017 a 12/04/2017 a arrecadação estimada foi de R$ 6,34 bilhões.

Imposto sobre uma empresa é de 34% sobre a receita da mesma. O País tem carga
tributária acima da média mundial que é de 27,1% e acima da média latino-americana,
de 28,1%.

Salvo uns dois ou três pequenos enclaves (não são países) todos as nações organizadas
cobram impostos. Os países do norte da Europa, por exemplo, cobram cerca de 35% da
renda do cidadão e, em compensação, oferece saúde e educação, de alta qualidade,
gratuitamente, do nascimento até à morte.

Ironia de hoje:

Na America Latina, o único país que cobra cerca de 45% da renda a título de impostos,
em troca proporciona hospitais de alta especialização, remédios, escolas entre as
primeiras do mundo e mantém um plantel de servidores e governantes de grande
categoria e incorruptíveis, povo bem alimentado, sadio, morando bem desde o operário
mais humilde ao mais abonado, idosos com justas aposentadorias, total segurança e
uma infância bem cuidada, protegida do problema das drogas, é o nosso BRASIL,
inclusive com a criação de 14 milhões de empregos e tudo nestes últimos oito anos...

Vivemos no paraíso e não entendo ´porque milhares de brasileiros estão emigrando para
exercer tarefas desprezadas pelos nacionais de outros países não tão felizes...

O Imposto de Renda (A mordida do leão)

País - Suécia

Alíquota máxima do IR* - 58,2% Carga tributária total (em % do PIB**) - 53,2%

País - Alemanha

Alíquota máxima do IR* - 51,2% Carga tributária total (em % do PIB**) - 36,4%

País - Espanha

Alíquota máxima do IR* - 48,0% Carga tributária total (em % do PIB**) - 35,2%

País - EUA

Alíquota máxima do IR* - 46,1% Carga tributária total (em % do PIB**) - 29,6%

País - Japão
Alíquota máxima do IR* - 45,5% Carga tributária total (em % do PIB**) - 27,1%

País - Chile

Alíquota máxima do IR* - 45,0% Carga tributária total (em % do PIB**) - 17,3%

País - Canadá

Alíquota máxima do IR* - 43,2% Carga tributária total (em % do PIB**) - 35,2%

País - Coréia do Sul

Alíquota máxima do IR* - 41,8% Carga tributária total (em % do PIB**) - 26,1%

País - México

Alíquota máxima do IR* - 40,0% Carga tributária total (em % do PIB**) - 18,3%

País - Argentina

Alíquota máxima do IR* - 35,0% Carga tributária total (em % do PIB**) - 17,4%

País - Brasil

Alíquota máxima do IR* - 27,5% Carga tributária total (em % do PIB**) - 36,4%

SOCIEDADE EMPRESÁRIA LIMITADA

Na sociedade empresária limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor


de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital
social.

A sociedade limitada rege-se, nas omissões, pelas normas da sociedade simples.

Entretanto, admite-se que o contrato social estabeleça a regência supletiva da


sociedade limitada pelas normas da sociedade anônima.

O contrato mencionará, no que couber, as indicações obrigatórias, e, se for o caso, a


firma social.

DIVISÃO DO CAPITAL - QUOTAS


O capital social divide-se em quotas, iguais ou desiguais, cabendo uma ou diversas a
cada sócio.
Pela exata estimação de bens conferidos ao capital social respondem solidariamente
todos os sócios, até o prazo de cinco anos da data do registro da sociedade.
É vedada contribuição que consista em prestação de serviços.
A quota é indivisível em relação à sociedade, salvo para efeito de transferência, caso
em que se observará o disposto no artigo seguinte.
No caso de condomínio de quota, os direitos a ela inerentes somente podem ser
exercidos pelo condômino representante, ou pelo inventariante do espólio de sócio
falecido.
Os condôminos de quota indivisa respondem solidariamente pelas prestações
necessárias à sua integralização.
CESSÃO DE QUOTAS
Na omissão do contrato, o sócio pode ceder sua quota, total ou parcialmente, a quem
seja sócio, independentemente de audiência dos outros, ou a estranho, se não houver
oposição de titulares de mais de um quarto do capital social.
A cessão terá eficácia quanto à sociedade e terceiros, a partir da averbação do
respectivo instrumento, subscrito pelos sócios anuentes.

SÓCIO REMISSO
Não integralizada a quota de sócio remisso, os outros sócios podem tomá-la para si ou
transferi-la a terceiros, excluindo o primitivo titular e devolvendo-lhe o que houver pago,
deduzidos os juros da mora, as prestações estabelecidas no contrato mais as
despesas.
LUCROS - REPOSIÇÃO
Os sócios serão obrigados à reposição dos lucros e das quantias retiradas, a qualquer
título, ainda que autorizados pelo contrato, quando tais lucros ou quantia se
distribuírem com prejuízo do capital.

ADMINISTRAÇÃO
A sociedade limitada é administrada por uma ou mais pessoas designadas no contrato
social ou em ato separado.

A administração atribuída no contrato a todos os sócios não se estende de pleno direito


aos que posteriormente adquiram essa qualidade.

A designação de administradores não sócios dependerá de aprovação da unanimidade


dos sócios, enquanto o capital não estiver integralizado, e de 2/3 (dois terços), no
mínimo, após a integralização.

O administrador designado em ato separado investir-se-á no cargo mediante termo de


posse no livro de atas da administração.

Se o termo não for assinado nos trinta dias seguintes à designação, esta se tornará
sem efeito.

Nos dez dias seguintes ao da investidura, deve o administrador requerer seja averbada
sua nomeação no registro competente, mencionando o seu nome, nacionalidade,
estado civil, residência, com exibição de documento de identidade, o ato e a data da
nomeação e o prazo de gestão.
O exercício do cargo de administrador cessa pela destituição, em qualquer tempo, do
titular, ou pelo término do prazo se, fixado no contrato ou em ato separado, não houver
recondução.

Tratando-se de sócio nomeado administrador no contrato, sua destituição somente se


opera pela aprovação de titulares de quotas correspondentes, no mínimo, a dois terços
do capital social, salvo disposição contratual diversa.

A cessação do exercício do cargo de administrador deve ser averbada no registro


competente, mediante requerimento apresentado nos dez dias seguintes ao da
ocorrência.

A renúncia de administrador torna-se eficaz, em relação à sociedade, desde o


momento em que esta toma conhecimento da comunicação escrita do renunciante; e,
em relação a terceiros, após a averbação e publicação.

FIRMA OU DENOMINAÇÃO SOCIAL


O uso da firma ou denominação social é privativo dos administradores que tenham os
necessários poderes.
BALANÇO
Ao término de cada exercício social, proceder-se-á à elaboração do inventário, do
balanço patrimonial e do balanço de resultado econômico.
Base: artigos 1.052 a 1.065 do Código Civil.

CONTRATO SOCIAL

A sociedade constitui-se mediante contrato escrito, particular ou público, que, além de


cláusulas estipuladas pelas partes, mencionará:

I - nome, nacionalidade, estado civil, profissão e residência dos sócios, se pessoas


naturais, e a firma ou a denominação, nacionalidade e sede dos sócios, se jurídicas;

II - denominação, objeto, sede e prazo da sociedade;

III - capital da sociedade, expresso em moeda corrente, podendo compreender


qualquer espécie de bens, suscetíveis de avaliação pecuniária;

IV - a quota de cada sócio no capital social, e o modo de realizá-la;

V - as prestações a que se obriga o sócio, cuja contribuição consista em serviços;

VI - as pessoas naturais incumbidas da administração da sociedade, e seus poderes e


atribuições;

VII - a participação de cada sócio nos lucros e nas perdas;


VIII - se os sócios respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais.

INEFICÁCIA
É ineficaz em relação a terceiros qualquer pacto separado, contrário ao disposto no
instrumento do contrato.
PRAZO DE REGISTRO
Nos trinta dias subsequentes à sua constituição, a sociedade deverá requerer a
inscrição do contrato social no Registro Civil das Pessoas Jurídicas do local de sua
sede.
CONDIÇÕES PARA REGISTRO
O pedido de inscrição será acompanhado do instrumento autenticado do contrato, e, se
algum sócio nele houver sido representado por procurador, o da respectiva procuração,
bem como, se for o caso, da prova de autorização da autoridade competente.
Com todas as indicações atendidas, será a inscrição tomada por termo no livro de
registro próprio, e obedecerá a número de ordem contínua para todas as sociedades
inscritas.
MODIFICAÇÕES
As modificações do contrato social, que tenham por objeto matéria indicada nos itens I
a VIII acima, dependem do consentimento de todos os sócios; as demais podem ser
decididas por maioria absoluta de votos, se o contrato não determinar a necessidade
de deliberação unânime.
Qualquer modificação do contrato social será averbada, cumprindo-se as formalidades
previstas.
SOCIEDADE SIMPLES
A sociedade simples que instituir sucursal, filial ou agência na circunscrição de outro
Registro Civil das Pessoas Jurídicas, neste deverá também inscrevê-la, com a prova da
inscrição originária.
Em qualquer caso, a constituição da sucursal, filial ou agência deverá ser averbada no
Registro Civil da respectiva sede.
Base: artigos 997 a 1.000 do Código Civil.

MODELO BÁSICO DE CONTRATO SOCIAL – SOCIEDADE LIMITADA


CONTRATO DE CONSTITUIÇÃO DE: ______________

1. Fulano de Tal, (qualificação completa: nacionalidade, estado civil (se casado indicar
o regime de bens), profissão, no do CPF, identidade (carteira de identidade, ou
carteira de estrangeiro, indicando o seu no, órgão expedidor e estado emissor),
residente e domiciliado na (endereço completo: tipo e nome do logradouro, n o,
complemento, bairro, cidade, CEP e UF) e,

2. Beltrano de Tal, (qualificação completa: nacionalidade, estado civil (se casado


indicar o regime de bens), profissão, no do CPF, identidade (carteira de identidade,
ou carteira de estrangeiro, indicando o seu no, órgão expedidor e estado emissor),
residente e domiciliado na (endereço completo: tipo e nome do logradouro, n o,
complemento, bairro, cidade, CEP e UF), constituem uma sociedade limitada
mediante cláusulas.
1ª - A responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos
respondem solidariamente pela integralização do capital social.

2ª - As quotas são indivisíveis e não poderão ser cedidas ou transferidas a terceiros sem
o consentimento do outro sócio, a quem fica assegurado, em igualdade de condições e
preço, o direito de preferência para sua aquisição se postas à venda, formalizando, se
realizada a cessão delas, a alteração contratual pertinente.

3ª - A sociedade iniciará suas atividades em ______ e seu prazo de duração é por tempo
indeterminado. (art 967 , CC/2002)

4ª - A administração da sociedade caberá ___________________ com os poderes e


atribuições de __________________ (constar poderes que terá o administrador . Por
ex.: Representar a sociedade perante órgãos públicos), podendo os sócios assinar
na forma isoladamente ou em conjunto (a empresa que deverá decidir se as
atribuições designadas aos sócios deverão ser feitas de forma isolada ou em
conjunto), autorizado o uso do nome empresarial, vedado, no entanto, em atividades
estranhas ao interesse social ou assumir obrigações seja em favor de qualquer dos
quotistas ou de terceiros, bem como onerar ou alienar bens imóveis da sociedade, sem
autorização do outro sócio.

5ª - Ao término da cada exercício social, em 31 de dezembro, o administrador prestará


contas justificadas de sua administração, procedendo à elaboração do inventário, do
balanço patrimonial e do balanço de resultado econômico, cabendo aos sócios, na
proporção de suas quotas, os lucros ou perdas apurados.

6ª - A sociedade poderá levantar balanços ou balancetes patrimoniais em períodos


inferiores a um ano, e o lucro apurado nessas demonstrações intermediarias, poderão
ser distribuídos mensalmente aos sócios cotistas, a título de Antecipação de Lucros,
proporcionalmente às cotas de capital de cada um (clausula facultativa, onde os
sócios manifestam a possibilidade da retirada de lucros e apuração de perdas em
períodos inferiores a um ano).

10ª - Opções de cláusula para solucionar divergências ocorridas na sociedade:

Opção 1: Da Eleição Do Foro

Fica eleito o foro de _______ para o exercício e o cumprimento dos direitos e obrigações
resultantes deste contrato.

Opção 2: Cláusula Compromissória

Todas as controvérsias originadas ou em conexão com o presente contrato, sua


execução ou liquidação, serão resolvidas por Conciliação, Mediação e/ou Arbitragem,
de forma definitiva, nos termos do que dispõe o regulamento da Câmara Brasileira de
Mediação e Arbitragem Empresarial – CBMAE – Regional Bauru, da 12ª Região
Administrativa da FACESP, entidade eleita pelas partes para administrar a conciliação,
mediação e/ou o procedimento arbitral, por um ou mais conciliadores, mediadores ou
árbitros nomeados conforme o disposto no referido regulamento. A conciliação,
mediação e/ou arbitragem terá como sede a RA-12 da FACESP, situada na Rua
Bandeirantes, 8-79, na cidade de Bauru/SP, podendo esta indicar qualquer outra área
de sua abrangência regional. (Sede poderá ser citada a de cada regional)

Obs.: Deverá ser utilizada apenas uma das opções citadas acima.

11ª - (Os) Administrador (es) declara(m), sob as penas da Lei, de que não est(ão)
impedidos de exercer a administração da sociedade, por lei especial, ou em virtude de
condenação criminal, ou por se encontrar(em) sob os efeitos dela, a pena que vede,
ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos; ou por crime falimentar, de
prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato, ou contra a economia popular,
contra o sistema financeiro nacional, contra normas de defesa de concorrência, contra
as relações de consumo, fé pública, ou a propriedade. (art. 1.011, § 1º, CC/2002).

Leitura Complementar

LTDA significa limitada, ou sociedade limitada. Nesse tipo de constituição de sociedade


empresarial regulada pelo Código Civil. Nesse modelo de sociedade, a principal
característica é a responsabilidade dos sócios se limitar ao valor da sua cota
integralizada no capital social da empresa.

S.A. por sua vez é regulada pela Lei 6.404/76, que a define como companhia ou
sociedade anônima. Nesse caso o capital da empresa é dividido em ações, e a
responsabilidade dos sócios ou acionistas será limitada ao preço de emissão das
ações subscritas ou adquiridas.
As diferenças entre LTDA e S.A.

Desde o capital social da empresa até os votos e a divisão dos lucros, existem muitas
diferenças entre empresas de Sociedade Limitada (Ltda) e Sociedade Anônima (SA).
Veja abaixo quais são elas em 5 elementos que compõem uma organização.

Regulamentação
As empresas de Sociedade Limitada (Ltda) são reguladas pelo Código Civil. Já as
Sociedades Anônimas (SA) seguem o disposto na Lei 6.404/76, que dispõe sobre as
sociedades por ações.

Capital Social
Nas empresas de Sociedade Limitada, o capital social é dividido através de cotas
definidas em contrato social e distribuídas entre os sócios. A responsabilidade passa
a ser proporcional ao capital investido pelos empreendedores, inclusive em caso de
futuras dívidas. Já no caso da Sociedade Anônima, o capital é dividido através de
ações.

Nas chamadas empresas S.A., existem três tipos de classificação relativas às ações:
companhia aberta (quando as ações podem ser comercializadas no mercado),
companhia fechada (quando as ações devem ser comercializadas apenas entre os
próprios acionistas) e debênture (título de crédito representativo de empréstimo).

Administração
A Sociedade Limitada possibilita que a administração seja feita por uma ou mais
pessoas, desde que esteja previsto em contrato. Além disso, a Ltda também pode ser
administrada por profissionais qualificados em gestão de empresas, mesmo que eles
não sejam sócios.
Para que isso ocorra, também deve estar estipulado no contrato social. Não há
necessidade de prazo de mandato para os administradores.
Já a lei da Sociedade Anônima prevê transitoriedade no cargo. Ou seja, tanto diretoria
quanto conselho não podem permanecer mais de três anos nos cargos sem que haja
uma votação para os cargos. No entanto, a reeleição é permitida.
Os administradores podem ser profissionais da área de administração de empresas,
mesmo que não façam parte do grupo de acionistas, mas deve haver o cumprimento
da lei.

Direito a voto
Na Sociedade Ltda, o direito a voto é proporcional ao número de cotas de cada
membro, e cada cota dá direito a um voto. Na Sociedade Anômia, o sistema é
parecido: o voto acontece por meio de ações ordinárias nominativas. Quanto maior
esse número, maior a responsabilidade do acionista em relação ao poder
administrativo.

Participação nos lucros


Na Sociedade Limitada, se não houver nenhuma decisão prévia estipulada em
contrato, irá prevalecer a decisão da maioria. Os lucros podem ser utilizados para
investimentos ou distribuídos entre os sócios da empresa.

Já na Sociedade Anônima a divisão dos lucros está prevista em lei, e é feita


obrigatoriamente em função de uma parcela estabelecida em estatutos.

Empresa S.A.
A empresa S.A. é regulada por lei própria. O capital social da organização é dividido
em ações, cuja responsabilidade dos sócios ou acionistas é limitada pelo preço da
emissão das ações.

Essa modalidade de empresa pode ser classificada como sociedade de capital aberto
ou fechado. No primeiro caso, os sócios são detentores de uma autorização especial
para que consigam negociar suas ações. Caso a escolha seja pelo capital fechado, a
empresa pertence a um grupo exclusivo de sócios, com certa liberdade contratual.

Nessa modalidade, os investidores são mais fragmentados e estão mais ligados aos
resultados financeiros e à valorização das ações na bolsa de valores. Em relação à
administração dos recursos, as empresas S.A. possuem um conselho de administração
e ou são geridas pela diretoria.
A distribuição do lucro da empresa é feita de maneira em que cada sócio ou acionista
receba como dividendo uma parcela do faturamento previamente estabelecida no
estatuto da empresa.

Empresa Ltda.
A empresa Ltda. é regulada pelo Código Civil Brasileiro e sua principal característica é
que a responsabilidade é limitada aos sócios (dois ou mais), ou seja, cada sócio
investe determinado valor no capital social da companhia, que é a parcela do
patrimônio líquido de uma instituição, representado na forma de quotas. Cada sócio é
responsável diretamente pelo seu montante.

Nas sociedades limitadas os investidores costumam ser sócios e interferem


diretamente nas decisões da empresa. Os recursos da companhia são administrados
por uma ou mais pessoas que podem ser sócios ou não da empresa.

Caso não tenha sido definida nenhuma regra em contrato, a divisão dos lucros da
empresa deve respeitar a decisão da maioria, assim, o faturamento pode ser
direcionado para investimentos ou distribuído entre os sócios.

Tanto no modelo de empresa S.A. quanto no Ltda. a contratação dos funcionários


segue a legislação trabalhista vigente no país. Além disso, cada empresa se organiza e
monta sua equipe da maneira que achar mais conveniente para seu tipo de negócio.

Tipos de Empresas: Ltda, ME, Epp, MEI, SA e Individual

O que significa LTDA ou Sociedade Limitada? Qual a diferença entre LTDA e SA? O que
pode ser considerado Microempresa, Empresa de Pequeno Porte ou empresário
individual?

As empresas podem ser classificadas de diversas formas, podendo ser pelo porte dela,
o ramo de atividade, o tipo de produto ou serviço que ela presta, entre outras. Pode
também ser classificada pela sua natureza jurídica, ou seja, a forma legal que ela foi
constituída. Abaixo veremos alguns exemplos de naturezas jurídicas e algumas
diferenças entre elas.

LTDA
O termo LTDA ou Sociedade Limitada é usado para designar o tipo de empresa que
exige uma escritura pública ou contrato social que define entre outras coisas quem são
os sócios da empresa, quantos são e como as quotas de capital estão distribuídas
entre eles. Por exemplo: uma empresa tem dois sócios, sendo que o primeiro detém
90% do capital da empresa e o segundo 10%.

Na sociedade limitada a responsabilidade dos sócios está limita à sua proporção no


capital da empresa.

Vale lembrar que boa parte das empresas no Brasil são LTDA. Aparentemente ela é
uma modalidade que oferece vantagens e por ser bastante abrangente para qualquer
tipo de empresas, sem oferecer quase nenhuma limitação.
SA – Sociedade Anônima
Já a SA ou Sociedade Anônima é um tipo de empresa onde o capital da empresa está
distribuído em ações e essas ações podem ser negociadas em bolsa de valores sem a
necessidade de uma escritura pública. Em outras palavras significa que uma pessoa ao
comprar ações de determinada empresa, torna-se sócia da empresa, mas isto não
requer a inclusão daquela pessoa no contrato social, como seria o caso na LTDA.

As Sociedades Anônimas também são conhecidas como empresas de capital aberto.


Para abrir o capital de uma empresa e negociar ações em bolsa de valores é
necessário protocolar um pedido de registro na Comissão de Valores Mobiliários
(CVM), que é o órgão regulador e fiscalizador do mercado de capitais brasileiro e em
seguida solicitar a listagem na BM&FBovespa.

No Brasil a BM&FBovespa é a bolsa de valores onde as ações de empresas S.A. são


negociadas. Veja aqui como é o processo de abertura de capital de uma empresa.

ME – Microempresa
São consideradas Micro e Pequena Empresa a sociedade empresária, a sociedade
simples e o empresário individual que estejam regularizadas perante a Junta comercial
do estado e que enquadre em uma das situações abaixo descritas.

De acordo com a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, uma empresa será
considerada microempresa se no ano-calendário a receita bruta for igual ou inferior a
R$ 360.000,00. Por ano-calendário entenda-se o ano em que houve operações da
empresa. Por exemplo: No ano de 2016 foi feito a apuração de resultados da empresa
referente ao ano 2015, portanto 2015 é o ano calendário neste caso.

EPP – Empresa de Pequeno Porte


Ainda de acordo com a lei Geral da Micro e Pequena Empresa, para ser considera
pequena empresa ou Empresa de Pequeno Porte, a mesma deverá ter faturamento
bruto anual superior a R$ 360.000,00 (duzentos e quarenta mil reais) e igual ou inferior
a R$ 3.600.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais).

Individual
A empresa individual ou empresário individual é considerado microempresa nos
mesmos termos explicados acima, contudo difere no fato de não haver sociedade e,
portanto dispensa o contrato social. Eu tenho o registro de empresário individual,
trabalho com criação de sites e conteúdo para a internet e pelo meu faturamento ainda
sou uma microempresa.

Esse tipo de empresa é ideal para algumas atividades, especialmente na prestação de


serviços onde você pode exercer individualmente a atividade sem precisar estabelecer
uma sociedade limitada com outra pessoa.

MEI – Microempreendedor Individual


A mais nova modalidade de empresa no Brasil é o MEI ou Microempreendedor
Individual. É uma modalidade extremamente simplificada onde alguns tipos de
profissionais podem abrir uma empresa pela internet, pagando valores irrisórios para a
formalização do seu negócio. A ideia do MEI foi permitir que muita gente que
trabalhava informalmente pudesse legalizar suas atividades.

Algumas características sobre o MEI:


 Só pode ter um funcionário;
 Faturamento anual de até R$ 60.000,00;
 Tem CNPJ como qualquer outra empresa;
 Pode emitir nota fiscal, inclusive nota eletrônica NFe;
 O único custo é o valor fixo mensal de R$ 45,00 (comércio ou indústria), R$
49,00 (prestação de serviços) ou R$ 50,00 (comércio e serviços), que será
destinado à Previdência Social e ao ICMS ou ao ISS;
 Entre outros.

Leitura complementar
Lei Complementar nº 155, de 27 de outubro de 2016.
Altera a Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006, para
reorganizar e simplificar a metodologia de apuração do imposto devido por
optantes pelo Simples Nacional; altera as Leis nos 9.613, de 3 de março de
1998, 12.512, de 14 de outubro de 2011, e 7.998, de 11 de janeiro de 1990; e
revoga dispositivo da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991.
Lei Complementar nº 147/2014
Altera Lei Complementar nº 123/2006, com Simplificação de processos e
procedimentos, impede o aumento de IPTU, cobranças de taxas diversas e
normatiza o processo cobranças de taxas associativas para o MEI, bem como
modifica partes da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa - Lei Complementar
123/2006.
Decreto nº 6.884/2009
Cria o Comitê para Gestão da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e
da Legalização de Empresas e Negócios - CGSIM.

Como abrir a empresa

Onde registro a empresa?

Se a ocupação do empreendimento for empresarial (e não intelectual, como no caso de


profissionais autônomos), ele deverá ser registrado em vários órgãos.

Se a atividade empresarial for individual, será preciso obter registros nesses locais:

 Junta Comercial;
 Receita Federal;
 Previdência Social;
 Secretaria da Fazenda do Estado (para contribuintes do ICMS);
 Prefeitura;
 Sindicato.

Se a atividade empresarial for coletiva, será necessário obter registros nos mesmos
locais. A diferença é que será preciso elaborar um contrato social e registrá-lo na Junta
Comercial.

Preciso tirar licenças?


Sim, mas haverá diferenças de acordo com a natureza da atividade. Podem ser
necessárias licenças ambiental (indústria), do Ibama (reflorestadora) ou liberação da
Polícia Federal (segurança privada).

Quanto tempo demora para abrir empresa de micro ou pequeno porte?

De 30 a 40 dias, mais o prazo para saírem as licenças. A Lei Geral das Micro e Pequenas
Empresas deveria abreviar esse périplo, pois prevê um cadastro único, em que todos os
documentos seriam entregues a um só órgão, além de alvará provisório para atividades
de baixo risco. Porém, isso depende de regulamentação municipal.

Em São Paulo, a prefeitura permite ao empreendedor emitir, gratuitamente e pela


internet, a licença de funcionamento, com a Licença Eletrônica de Atividades.

A medida vale apenas para os negócios abrigados em imóveis com até 1.500 m² e para
atividades compatíveis com vizinhança residencial.

Fonte: Especial "Guia do Empreendedor", publicado na Folha de S.Paulo

Plano de negócios

É no plano de negócios que o empreendedor define como vai tirar sua ideia do papel.
Para desenvolvê-lo, é preciso refletir sobre objetivos e levantar informações importantes
para o novo negócio.

Nesse plano, o empreendedor deve definir seu setor de atividade, o sistema tributário e
a origem do capital que será investido. Também não podem faltar análise de mercado,
planos de marketing, financeiro e operacional e uma boa avaliação estratégica.

O empreendedor pode fazer o plano de negócios sozinho, mas o ideal é ter


acompanhamento de profissionais que tenham outro ponto de vista e ofereçam análise
mais distanciada _excesso de otimismo, por exemplo, resulta em avaliação que
negligencia certos riscos.

Também será preciso descrever como pretende colocar o plano de negócios em prática
e que ações devem ser tomadas em caso de eventualidades.

Por onde começo o plano de negócios

Os itens essenciais para esse planejamento são:

 1) Definição do mercado

Levante dados como tamanho do público-alvo, fatores comportamentais desses


consumidores que indiquem a possibilidade de sucesso, onde estão essas pessoas e
outros dados que ajudem a traçar o cenário do mercado.
Essas informações também podem ser obtidas em instituições de pesquisa (IBGE, Ipea,
Fipe e Sebrae, por exemplo) ou em entidades de classe. Outra saída é fazer uma
pesquisa com uma amostra de pessoas que representem seu público.

 2) Estudo de tendências
Avalie os possíveis movimentos do mercado para o futuro; uma maneira de fazer isso é
usar análises históricas desse mercado e somá-las ao comportamento do público-alvo e
às tendências macroeconômicas.
Analise também quais são as necessidades do mercado que o produto ou serviço vai
preencher, avaliando conceito, modo de produção e entrega.

 3) Identificação de concorrentes

Não basta identificar apenas as empresas similares ao negócio que se pretende montar
é preciso ficar de olho nas alternativas que atendem a necessidades semelhantes.
Uma pizzaria que entrega em domícilio, por exemplo, tem como concorrentes não só as
demais pizzarias mas também quem entrega sanduíche e comida japonesa.

 4) Perfil do cliente

Avalie quais são seus diferentes níveis de clientes e de que maneira a empresa vai
trabalhar com cada um deles. Uma indústria alimentícia, por exemplo, deve pensar tanto
no consumidor final como em redes de supermercados.

 5) Mapeamento de fornecedores

Verifique se o mercado é dominado por um ou poucos fornecedores e como a matéria-


prima é fornecida, para planejar alternativas em caso de falta de insumos ou de falha de
fornecedores.

 6) Análise de riscos

Mapeie todos os riscos operacionais, ambientais, de mercado a que o negócio estará


sujeito. O ideal é traçar três cenários: um pessimista, um conservador e um otimista. Não
se esqueça de ponderar questões como a possibilidade de o produto ou serviço não ter
aceitação tão rápida no mercado e até a possibilidade de novos concorrentes.

Sistemas de tributação

O empresário deve escolher entre três modelos de tributação: Supersimples, lucro


presumido e lucro real. O enquadramento mais vantajoso depende da atividade e do
tamanho da empresa.

O que é Supersimples?

Cobrança que inclui quase todos os impostos em uma alíquota única, para empresas
que faturam até R$ 2,4 milhões anuais.

Essa alíquota varia de 4%(setor de comércio; faturamento de até R$ 120 mil anuais) a
22,9% (segmento de serviços; faturamento de R$ 2,28 milhões a R$ 2,4 milhões anuais).

Com ele, a empresa paga percentuais menores de impostos, como a contribuição


previdenciária patronal (em geral de 20% sobre a folha de pagamento) e o ICMS.
O Supersimples é apontado por especialistas como o melhor regime de tributação para
empresas recém-inauguradas. A taxação única é geralmente mais barata do que os
tributos incidentes nos outros regimes.

Os tributos englobados pelo Supersimples são:

 IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica);


 IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados);
 CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido);
 Cofins (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social);
 PIS (Programa de Integração Social);
 INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) patronal;
 ICMS (imposto sobre circulação de mercadorias e serviços de transporte);
 ISS (Imposto sobre Serviços).

Para se enquadrar no Supersimples, a empresa não pode ser sociedade anônima, ter
como sócio outra pessoa jurídica nem realizar cessão ou locação de mão de obra.
Também não se enquadram cooperativas que não sejam de consumo.

Como é a tributação por lucro presumido?

Regime para empresas que faturam até R$ 48 milhões anuais e que não sejam
instituições financeiras.

Define-se o lucro presumido com alíquotas preestabelecidas: 8% (IRPJ) e 12% (CSLL),


no comércio e na indústria, e 32% (IRPJ e CSLL), nos serviços.

Sobre essa base, incidem 15% de IRPJ, 10% de adicional de IRPJ (quando o lucro real
ultrapassar R$ 20 mil mensais) e 9% de CSLL.

Outros impostos, como ICMS (imposto sobre circulação de mercadorias e serviços de


transporte) e IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), são recolhidos à parte.

Como é a tributação por lucro real?

Regime de tributação obrigatório para empresas com faturamento superior a R$ 48


milhões anuais e para instituições financeiras.

Apurado o lucro, incidem as alíquotas de IRPJ (15%), adicional de IRPJ (10%), quando
a base exceder R$ 20 mil, e CSLL (9%). Como na modalidade delucro presumido, outros
impostos também devem ser pagos à parte.

A vantagem é que, se há prejuízo, não se recolhem tributos incidentes sobre o lucro,


como nas outras modalidades.

TRIBUTOS
Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa
exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante
atividade administrativa plenamente vinculada.
Tributo é a obrigação imposta as pessoas fisicas e pessoas jurídicas (empresas –
organizações) de recolher valores ao Estado (município, Estado, país), ou entidades
equivalentes (por exemplo: tribos e grupos revolucionários).
É vulgarmente chamado por imposto, embora tecnicamente este seja mera espécie
dentre as modalidades de tributos.
As obrigações que resultem de aplicação de pena ou sanção (por exemplo: multa de
trânsito), estão todas excluídas do conceito de tributo.
Os tributos sempre são obrigações que resultam de um fato regular ocorrido.
Os tributos podem ser pagos em dinheiro ou em trabalho, como na figura medieval da
corvéia (corvéia: trabalho gratuito que no tempo do feudalismo os servos e camponeses
deviam prestar ao seu senhor feudal ou ao Estado durante três ou mais dias por semana,
como previa o contrato). Modernamente, nos sistemas tributários capitalistas, somente
o dinheiro é aceito como pagamento, subsistindo a corvéia em Estados tradicionais e
pré-capitalistas.
Os tributos formam a receita da União, Estados e Municípios e abrangem impostos,
taxas, contribuições e empréstimo compulsórios.Eles podem ser diretos ou indiretos.No
primeiro caso, são os contribuintes que devem arcar com a contribuição, como ocorre no
Imposto de Renda.Já os indiretos incidem sobre o preço das mercadorias e serviços.
Uma emenda à Constituição Brasileira inseriu a contribuição de iluminação pública
no lugar de Taxa de Iluminação Pública que, julgada pelo STF se manifestou
favoravelmente sobre a sua natureza, por acreditarem os doutrinadores que se trata
mesmo de uma contribuição.

Função dos tributos

No Brasil, os tributos podem ter função:

 Fiscal: Quando tem como objetivo a arrecadação de recursos financeiros para o


Estado. Imposto de Renda, por exemplo;
 Extrafiscal: Quando o objetivo é interferir no domínio econômico, buscando
regular determinados setores da economia. As mudanças no IPI possuem essa
função;
 Parafiscal: Quando ocorre a delegação, pela pessoa política (União, Estados-
Membros, Distrito Federal e Municípios), mediante lei, da capacidade tributária
ativa à terceira pessoa (de direito público ou privado), de forma que esta arrecade
o tributo, fiscalize sua exigência e se utilize dos recursos auferidos para a
consecução de seus fins. Por exemplo, a contribuição anual paga pelos
advogados à OAB.

Tipos de tributos

Impostos
São tributos cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer
atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. Os impostos se caracterizam por
serem de cobrança compulsória e por não darem um retorno ao contribuinte sobre o fato
gerador. Por exemplo, um imposto sobre posse de automóvel não necessariamente
será revertido em melhorias das condições das vias urbanas ou rodovias. Principais
Tipos de Impostos:
FEDERAIS - No caso dos impostos federais, somente a União tem competência para
instituí-los. Os principais são:
 II - Imposto sobre Importação
 IE - Imposto sobre Exportação
 IR – Imposto de Renda : tributo pago ao Estado a partir de um cálculo feito em cima
das remunerações (salários, lucros, juros, dividendos e aluguéis.) Há dois tipos de IR:
o IRPF (Imposto de Renda de Pessoa Física) e IRPJ (Imposto de Renda de Pessoa
Jurídica).
 IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados: tributo pago a todo produto
industrializado, mesmo que este esteja em fase intermediária, parcial ou incompleta
de industrialização. O IPI é regulamentado pelo Decreto 4.544 de 2002 (RIPI/2002).
São imunes ao IPI:
I – os livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão;
II – os produtos industrializados destinados ao exterior;
III – o ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial;
IV – a energia elétrica, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País.
 IOF – Imposto sobre Operações Financeiras (Crédito, Câmbio, Seguro, ou relativas
a Títulos e Valores Imobiliários): tributo pago pelos envolvidos nas operações, com
base de cálculo diferenciada para cada uma delas.
 ITR – Imposto sobre Territorial Rural: tributo pago por proprietário de terras fora do
perímetro urbano. A base de cálculo é apenas em cima da terra em si, sem levar
em consideração beneficiamentos, tais como plantações.

ESTADUAIS - Os impostos Estaduais são de competência dos Estados e do Distrito


Federal. Os principais são:
 ITCMD - Imposto de Transmissão "causa mortis" e Doação, de quaisquer bens ou
direitos.
 ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços: tributo pago por
qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize operações com intuito comercial e
prestação de serviços. Casos que o ICMS não é cobrado:
I – operações com livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão;
II – operações e prestações que destinem ao exterior mercadorias, inclusive produtos
primários e produtos industrializados semi-elaborados, ou serviços;
III – operações interestaduais relativas a energia elétrica e petróleo, inclusive
lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, quando destinados à
industrialização ou à comercialização;
IV – operações com ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento
cambial;
V – operações relativas a mercadorias que tenham sido ou que se destinem a ser
utilizadas na prestação, pelo próprio autor da saída, de serviço de qualquer natureza
definido em lei complementar como sujeito ao imposto sobre serviços, de competência
dos Municípios, ressalvadas as hipóteses previstas na mesma lei complementar;
VI – operações de qualquer natureza de que decorra a transferência de propriedade de
estabelecimento industrial, comercial ou de outra espécie;
VII – operações decorrentes de alienação fiduciária em garantia, inclusive a operação
efetuada pelo credor em decorrência do inadimplemento do devedor;
VIII – operações de arrendamento mercantil, não compreendida a venda do bem
arrendado ao arrendatário;
IX – operações de qualquer natureza de que decorra a transferência de bens móveis
salvados de sinistro para companhias seguradoras. Equipara-se às operações de que
trata o item II a saída de mercadoria realizada com o fim específico de exportação para
o exterior, destinada a: a) empresa comercial exportadora, inclusive tradings ou outro
estabelecimento da mesma empresa; b) armazém alfandegado ou entreposto aduaneiro.
 IPVA – Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores : tributo pago
anualmente pelos proprietários de automotores terrestres (automóveis,
motocicletas). O imposto varia de acordo com o Estado, o modelo do automotor,
estado de conservação e quilometragem e sua base de cálculo é em cima do valor
de mercado.

MUNICIPAIS - Os principais impostos municipais são:


 IPTU – Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana: tributo pago
anualmente por pessoas física ou jurídicas, proprietários de imóveis em áreas
urbanas. O cálculo do tributo é baseado no valor de mercado dos imóveis, por
meio de critérios estabelecidos em lei municipal e da aplicação de alíquotas
diferenciadas.
 ITBI – Imposto sobre Transmissão Inter Vivos de Bens e Imóveis: sua hipótese de
incidência, ou fato gerador in abstrato, é, genericamente, a transmissão, por ato
oneroso, de bens imóveis, excluindo-se a sucessão (causa mortis). Tem a
legislação própria de cada município. O ITBI não incide sobre a transmissão dos
bens ou direitos: I – quando efetuada para sua incorporação ao patrimônio de
pessoa jurídica em pagamento de capital nela subscrito; II – quando decorrente
da incorporação ou da fusão de uma pessoa jurídica por outra ou com outra.
 ISS – Impostos sobre Serviços: tributo pago sobre a mão-de-obra utilizada para a
execução dos serviços. Considera-se que mão-de-obra é tudo que sobrar após o
desconto dos valores referentes as notas fiscais de compra de materiais. A base
de cálculo varia conforme o município.

Existe uma distinção entre impostos diretos e impostos indiretos.


Diretos: são pagos diretamente pelo contribuinte (Ex.: o Imposto de Renda); e
Indiretos: têm o valor embutido no preço da transação (Ex.: o ICMS). Impostos indiretos
também não têm qualquer variação na renda do contribuinte.

Taxas
As taxas são tributos incidentes sobre um fato gerador e que são aplicados em
contrapartida a esse fato gerador, ou seja, a taxa é a contrapartida que o contribuinte
pago em razão de um serviço público que lhe é prestado ou posto à sua disposição. Além
da contrapartida de um serviço público prestado ou posto à disposição, as taxas também
estão relacionadas ao poder de polícia da administração, englobando fiscalizações e
licenciamentos em geral.
Uma taxa só pode ser instituída por uma entidade tributante da mesma competência. Por
exemplo: taxas de luz pública só podem ser cobradas pelos municípios. Não
necessariamente o pagante da taxa vai usar o serviço, apenas terá o serviço à
disposição.

Contribuições de melhoria
As contribuições de melhoria são tributos que têm como fato gerador o benefício
decorrente das obras públicas. Cobradas somente na região beneficiada pela obra. Não
necessariamente essas contribuições refletem em "melhoria", uma vez que algumas
obras públicas em determinadas regiões tendem a desvalorizar os imóveis locais. O
fundamental para o fato gerador é o benefício decorrente da obra pública.
Assim, a contribuição de melhoria é instituída para custear obras públicas das quais
decorram em valorização de bens imóveis e tem como limite total da cobrança o custo
da obra e limite individual, a valorização acrescida a cada imóvel.

Contribuições Especiais
Também chamadas de contribuições sociais ou parafiscais, estão previstas nos artigos
149 e 149-A da Constituição Federal, sendo tributos cuja característica principal é a
finalidade para a qual é destinada sua arrecadação. Podem ser: sociais, de intervenção
no domínio econômico, de interesse de categorias econômicas ou profissionais e para
custeio do serviço de iluminação pública (COSIP).
As contribuições especiais possuem finalidade e destino certo, definidos na lei que institui
cada contribuição.

Empréstimo compulsório
Segundo o art. 148 da Constituição Federal, a União poderá instituir, mediante lei
complementar, empréstimos compulsórios:
1. para atender às despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de
guerra externa ou sua iminência;
2. no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse
nacional.

O Brasil é um dos países em que mais se paga impostos, taxas e tributos no planeta.
Estimativas indicam que os tributos no Brasil, consomem, quase 5 meses do seu
trabalho.
OS TRIBUTOS NO BRASIL

Notas Preliminares:

Por tributo, entende-se toda prestação pecuniária compulsória em moeda ou cujo valor
nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada
mediante atividade administrativa plenamente vinculada – art.3º do Código Tributário
Nacional (CTN).
Nos termos do artigo 145 da nossa Constituição Federal e do artigo 5º do CTN, existem
3 tipos de tributos: Impostos, taxas e contribuições.

 Impostos: é todo o montante de dinheiro que os cidadãos de um país devem pagar


ao Estado para garantir a funcionalidade de serviços públicos e coletivos.
Pagar os impostos deve ser uma obrigação tanto para pessoas físicas como para
pessoas jurídicas, com o objetivo de custear as despesas com saúde, educação,
segurança, saneamento, transporte, cultura e etc.
É obrigação do Estado, no entanto, utilizar o dinheiro obtido dos impostos e investir em
obras, ações e serviços de qualidade para a população. Infelizmente, esta não é uma
realidade presente em grande parte dos países, principalmente os em
desenvolvimento, como o Brasil.
Existem diversos tipos diferentes de imposto, como o imposto de importação, o IPTU
(Imposto Predial e Territorial Urbano), o ICMS, o IPVA e o IOS.

 Taxas: tributo arrecadado pela União, ou pelos estados ou pelos municípios, a título
de prestar certos serviços à população em geral. Ex.: taxa de água e esgotos, taxa de
corte de uma árvore. Ou, cobrança feita pela União, Estados ou Municípios em razão
do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços
públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição.
Será cobrada mediante prestação estatal de um serviço público específico e divisível
(artigo 79 do CTN)

 Contribuições: contribuição de melhorias decorrentes de obras públicas.

As contribuições parafiscais ou especiais integram o sistema tributário nacional, já que a


nossa Constituição Federal (CF) ressalva quanto à exigibilidade da contribuição sindical
(art. 80, inciso IV, CF – Art. Xx, Lei xxxx, de 2017), das contribuições previdenciárias
(artigo 201 CF), sociais (artigo 149 CF), para a seguridade social (artigo 195 CF) e para
o PIS — Programa de Integração Social e PASEP — Programa de Formação do
Patrimônio do Servidor Público (artigo 239 CF). As contribuições são uma espécie de
tributo destinada a custear atividades estatais específicas que não são inerentes ao
Estado. Têm, como destino, a intervenção no domínio econômico (exemplo: Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço), o interesse das categorias econômicas ou profissionais
(exemplo: Contribuição Sindical) e o custeio do sistema da seguridade social (exemplo:
previdência social) com as contribuições sociais que integram o Fundo Nacional de
Assistência Social (FNAS - instituído pelo Decreto 91.970/85 e ratificado pelo Decreto
Legislativo 66/90)..
Como contribuições especiais temos ainda as exigidas a favor da OAB, Conselhos de
Profissionais (CREA, CRM, CRC e outros órgãos reguladores do exercício de atividades
profissionais.
Os empréstimos compulsórios são regulados como tributos, conforme artigo 148 da
Constituição Federal o qual se insere no Capítulo I – Do Sistema Tributário Nacional.
POR QUE LAUDÊMIO, AFORAMENTO, PEDÁGIO E TARIFAS NÃO SÃO
CONSIDERADOS TRIBUTOS?

LAUDÊMIO
Laudêmio é o valor pago pelo proprietário do domínio útil ao proprietário do domínio
direto (ou pleno) sempre que se realizar uma transação onerosa do imóvel. É feito, por
exemplo, na venda de imóveis que originariamente pertencem à União, como todos os
que se localizam na orla marítima (Áreas da União, Áreas da Marinha, Áreas de terras
da Igreja).
Quem paga o laudêmio é o vendedor.
O laudêmio não é um tributo (este sim, cobrável na forma que a lei determinar, em razão
da soberania do ente público), mas uma relação contratual, de direito obrigacional, na
qual o ente público participa na condição de contratante e como tal sujeito aos princípios
gerais dos contratos.

AFORAMENTO
Transferência do domínio útil e perpétuo de um imóvel, mediante pagamento de um foro
anual, certo e invariável; enfiteuse (arrendamento por prazo longo ou perpétuo de terras
públicas a particulares, mediante a obrigação, por parte do adquirente (enfiteuta), de
manter em bom estado o imóvel e efetuar o pagamento de uma pensão ou foro anual
(vectigal), certo e invariável, em numerário ou espécie, ao senhorio direto (proprietário).
Este, através de um ato jurídico, inter vivos ou de última vontade, atribui ao enfiteuta, em
caráter perpétuo, o domínio útil e o pleno gozo do bem).
O Decreto Lei 9.760/1946 estabelece, a partir do artigo 99, as condições de utilização de
bens imóveis da União. O artigo 101 do referido Decreto Lei (na redação determinada
pela Lei 7.450/1985), fixa que os terrenos aforados pela União ficam sujeitos ao foro de
0,6% (seis décimos por cento) do valor do respectivo domínio pleno, que será
anualmente atualizado.
O foro, o laudêmio e a taxa de ocupação não são tributos, receitas derivadas, mas sim
receitas originárias, às quais a União tem direito em razão do uso por terceiros de seus
bens imóveis. Não estão sujeitos, portanto, às normas do Código Tributário Nacional.

PREÇOS PÚBLICOS - RECEITAS NÃO TRIBUTÁRIAS


Dentre as diversas receitas públicas que o Estado aufere, algumas são de índole não
tributária, como, por exemplo:
- preços em decorrência de vendas efetuadas pelo Estado;
- as rendas referentes a multas administrativas;
- doações que o Estado recebe.

O preço público não é nenhuma espécie de tributo (não é receita tributária), pois sua
exigência não é compulsória e nem tem por base o poder fiscal do Estado.
O preço público representa um valor monetário (em termos de moeda, em dinheiro) que
o Estado (órgão público empresa associada, permissionária ou concessionária) exige,
do adquirente (pessoa física ou jurídica), pela venda de um bem material (produto,
mercadoria ou simples bem material) ou imaterial (serviços, locação e outros).
O porte, por exemplo, é um preço público cobrado nos serviços de correios.

TARIFAS
As tarifas são cobradas pelas empresas associadas concessionárias ou permissionárias
de serviços públicos federais estaduais e municipais, para permitir a justa remuneração
do capital, o melhoramento e a expansão dos serviços e assegurar o equilíbrio
econômico e financeiro do contrato.

Tarifa é receita originária empresarial, ou seja, uma receita proveniente da intervenção


do Estado, através dos seus associados, permissionários ou concessionários, na
atividade econômica.
A taxa é uma receita pública derivada, isto é, retirada de forma coercitiva do patrimônio
dos particulares, vindo a se integrar no patrimônio do Estado.
A tarifa visa o lucro, a taxa visa o ressarcimento.
Na tarifa o serviço é facultativo, sendo, pois, o pagamento voluntário, isto é, paga-se
somente se existir a utilização do serviço. A tarifa é uma contraprestação de serviços de
natureza comercial ou industrial.
A taxa é uma contraprestação de serviços de natureza administrativa ou jurisdicional; é
um preço tabelado.
Exemplos de Tarifas: a tarifa postal, telegráfica, de transportes, telefônica, de gás, de
fornecimento de água e outras.
A tarifa é uma espécie de preço público.

PEDÁGIO
Receita cobrada sob a forma de taxa ou tarifa pela utilização de qualquer via de
transporte por pessoa, veículo ou animal, com ou sem carga, levando-se em
consideração seu peso, unidade e capacidade de carga, destinada à construção,
conservação e melhoramentos das mesmas vias.

O pedágio, em geral, é um preço público cobrado pela utilização de pontes ou rodovias.


A quantia cobrada a título de pedágio é exigida em razão da utilização, pelo fato de
circular numa determinada obra (ponte ou outra) ou via de comunicação (estrada), com
o fim de amortizar o custo da obra e de atender despesas com a sua manutenção.
A receita pública auferida sob o título de pedágio é originária e facultativa.
Regra geral, a formalização da cobrança do pedágio ocorre através da instalação, em
determinado lugar estratégico de uma via natural de comunicação, de uma guarita de
cobrança, havendo a obrigação de pagar certa contribuição por parte das pessoas que
passam pelo referido local, que recebe serviços de infra-estrutura.
Por estar citado no art. 150 da Constituição Federal, o STF declarou sua natureza
tributária (taxa), em julgado de 1999 (RE 181.475). Porém, o julgamento em questão
tratou do "selo-pedágio", cobrado na época de todos os usuários de veículos que
trafegassem em estradas federais (Lei 7.712/1988). O pagamento do selo era mensal,
independentemente se o veículo transitasse pelas vias federais uma única vez no mês
ou diariamente. O "selo pedágio" não mais existe atualmente, passando a cobrança de
pedágio ser realizada por empresas concessionárias, onde a cobrança é efetuada por
trânsito, e não por taxa fixa mensal.
Desta forma, o julgado do STF foi específico para tal forma de cobrança (chamada
"cobrança não concessionada"), pelo conclui-se que pedágio, quando concessionado
(que é o modelo atual de cobrança de pedágio utilizado no Brasil), é tarifa.

Complementação
Conceito de tributo e suas espécies
Segundo o artigo 3º do Código Tributário Nacional (CTN), um tributo é “toda prestação
pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não
constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade
administrativa plenamente vinculada”. A CF em seus arts. 145, 149, 149-A, classifica os
tributos pela Pentapartição (impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimos
compulsórios e contribuições especiais). E o CTN em seu art. 5º segue a teoria da
Tripartição (impostos, taxas e contribuições de melhoria): “Os tributos são impostos,
taxas e contribuições de melhoria”.

Impostos
Segundo o Art. 16 do CTN (Código Tributário Nacional - Lei 5172/66), imposto “é o
tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer
atividade estatal específica, relativa ao contribuinte”.
É considerado o tributo mais importante, pois incide independentemente da vontade do
contribuinte. Entre os principais impostos do Brasil, podemos citar:
 Imposto s/Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS): incide sobre
prestações de serviços de transporte interestadual, intermunicipal e de
comunicação;
 Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA): incide sobre os
proprietários de veículos, devendo ser pago anualmente.
 Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU): é de
competência dos municípios e incide sobre a propriedade predial e territorial
urbana, tendo por fato gerador a propriedade.
 Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza (IR – pessoa física
e jurídica): incide sobre o produto do capital ou trabalho dos contribuintes, ou
seja, sobre o rendimento.
 Imposto sobre Operações de Crédito (IOF): incide sobre as pessoas físicas e
jurídicas que realizarem operações de crédito, câmbio e seguro ou afins.
 Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS): tem como fato gerador a
prestação de serviços constantes.

Taxas
De acordo com o artigo 77º do CTN, taxa é um tributo “que tem como fato gerador o
exercício regulador do poder de polícia, ou a utilização efetiva e potencial, de serviço
público específico e divisível”.
Algumas taxas são:
 Taxa de Emissão de Documentos (níveis municipais, estaduais e federais):
como por exemplo, para emissão de Carta de Identidade, CPF e RG.
 Taxa de Licenciamento Anual de Veículo – art. 130 da Lei 9.503/1997: esta taxa
é cobrada para gerar, anualmente, o novo documento do veículo.m
 Taxas do Registro do Comércio (Juntas Comerciais): Taxa cobrada para registro
do Contrato Social de uma empresa, por exemplo.
Contribuições de melhoria
Segundo o artigo 81º do CTN, “é um tributo cobrado pela União, pelos Estados, pelo
Distrito Federal e pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, para
fazer face ao custo de obras públicas de que decorra a valorização imobiliária, tendo
como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que
da obra resultar para cada imóvel beneficiado”. É um tributo pouco usual.

Contribuições
Diferentemente do item acima, essas contribuições são um tributo com destinação
específica. Ou seja, são criados para atender determinadas demandas.
Como exemplo, temos:
 CIP: Contribuição destinada à iluminação pública, tributo cobrado diretamente na
conta de energia elétrica.
 Contribuição Sindical Laboral: Contribuição destinada aos sindicatos de cada
classe, tributo cobrado diretamente na folha de pagamento do colaborador.
Empréstimos Compulsórios
De acordo com o artigo 148 da Constituição Federal, esses tributos “somente podem
ser criados diante de situações específicas (guerra externa ou sua iminência e
calamidade pública, ou investimento público de caráter relevante), e a aplicação dos
recursos provenientes de sua arrecadação é vinculada à despesa correspondente, que
justificou sua instituição”.
Exemplos desse tipo de tributo foram os empréstimos compulsórios realizados durante
o Plano Collor, em que as poupanças dos brasileiros foram confiscadas como um
empréstimo ao governo. Contudo, é um tributo pouco usual.

Contribuições Parafiscais
Esses tributos são utilizados para financiar atividades públicas. Como exemplo,
podemos citar: contribuições para alguma atividade desenvolvida pelo SENAI, SESC,
SENAC, SEBRAE, etc.
Como você pôde ver, o conceito de tributos é bastante simples. Contudo, por ser divido
em algumas espécies, pode gerar confusão.

Os 5 Sensos

1. Introdução

Os sensos representam atitudes das pessoas diante de suas atividades sejam elas
individuais ou coletivas, particulares ou públicas, de pessoas físicas ou jurídicas.
Os 5 sensos ou simplesmente o 5S é uma metodologia utilizada para melhorar a
organização dos ambientes, neste particular o ambiente de trabalho, devido à mudança
de atitude das pessoas ao seguirem os 5 passos recomendados pelo programa.
A metodologia 5S torna os processos mais eficientes e melhora o bem estar do
trabalhador. Sua principal contribuição é a redução do desperdício de materiais, de
tempo e de espaço. Foi desenvolvido por Kaoru Ishikawa, no Japão após a Segunda
Guerra Mundial, provavelmente devido ao grande caos em que se encontrava o país.
Alguns autores acrescentaram outros sensos chegando até 12, com justificativas
próprias e conforme a necessidade e visão de cada autor.
Considera-se que o 5S é o primeiro e o principal passo para qualquer programa de
gestão da qualidade. Sua implantação nas organizações requer profissionais
experientes na metodologia, em treinamento e na gestão de mudanças.
O nome 5S provém de cinco palavras do idioma japonês, iniciadas com a letra "S" e que
designam cada um dos princípios a serem adotados (Figura 1).

2. Os 5 Sensos

2.1. Seiri: Senso de Utilização – Também pode ser interpretado como Senso de Seleção.
Consiste em deixar no ambiente de trabalho apenas os materiais úteis, descartando ou
destinando os demais da maneira mais adequada aos seus respectivos lugares. Isso
implica em, sempre, separar o útil do inútil, eliminando o desnecessário.
Nesta fase, o trabalho começa a ser colocado em ordem, para que só se utilize o que for
realmente necessário e aplicável. Por isso, é importante ter o necessário, na quantidade
adequada e controlada para facilitar as operações. É essencial saber separar e
classificar os objetos e dados úteis dos inúteis levando em consideração:

 o que é usado sempre: colocar próximo ao local de trabalho.


 o que é usado quase sempre: colocar próximo ao local de trabalho.
 o que é usado ocasionalmente: colocar um pouco afastado do local d trabalho.
 o que é usado raramente, mas necessário: colocar separado, em local determinado.
 o que for desnecessário: deve ser reformado, vendido ou eliminado, pois ocupa
espaço necessário e atrapalha o trabalho.

Vantagens:

 Reduz a necessidade e gastos com espaço, estoque, armazenamento, transporte e


seguros.
 Facilita o transporte interno, o arranjo físico, o controle de produção.
 Evita a compra de materiais e componentes em duplicidade e também os danos a
materiais ou produtos armazenados.
 Aumenta a produtividade das máquinas e pessoas envolvidas.
 Traz maior senso de humanização, organização, economia, menor cansaço físico e
maior facilidade de operação.
 Diminui riscos acidentais do uso destes materiais pelo pessoal, Todos da equipe
devem saber diferenciar o útil do inútil, o que é realmente necessário e o que não é.
Na terminologia da qualidade, denomina-se “bloqueio de causas” ou ação preventiva.
Na prática: Escolha uma área de sua vida para iniciar o trabalho do SEIRI - iniciando
por uma área bem crítica para que todos percebam claramente os resultados. Classifique
objetos - documentos, roupas, máquinas, móveis, instrumentos - segundo uma escala
de 1 a 5: Absolutamente necessários
1. Necessários
2. Pouco necessários
3. Não necessários
4. Absolutamente desnecessários.
Defina então:
a. O que deve ser mantido - deixe tudo isso em perfeita ordem e limpeza.
b. O que deve ser doado ou jogado fora.
Faça isso pelo menos uma vez por ano.

Seiton: Senso de Organização - Consiste em estabelecer um lugar para cada material,


identificando-os e organizando-os conforme a freqüência do uso. Se utilizado
freqüentemente o material deve ficar perto do trabalhador, caso contrário, deve ser
armazenado em um local mais afastado, para que não prejudique as tarefas rotineiras.
A organização pode ser estabelecida partindo-se do princípio de que todas as operações
serão executadas sem perda de tempo. Organização corresponde à alocação melhor
dos fatores de produção inclusive o fator humano e dos produtos no espaço (local) e no
tempo (momento). Assim sendo, considere as duas situações na figura xx.
O objetivo é identificar e arrumar tudo, para que qualquer pessoa possa localizar
facilmente o que precisa e a visualização seja facilitada.
Nesta fase é importante:
• padronizar as nomenclaturas.
• usar rótulos e cores vivas para identificar os objetos, seguindo um padrão.
• guardar objetos diferentes em locais diferentes.
• expor visualmente os pontos críticos, tais como extintores de incêndio, locais de alta
voltagem, partes de máquinas que exijam atenção, etc.
• determinar o local de armazenamento de cada objeto
• onde for possível, eliminar as portas.
• Não deixar objetos ou móveis no meio do caminho, atrapalhando a
locomoção no local.
Vantagens:
• Menor tempo de busca do que é preciso para operar, ler, enviar, etc.
• Menor necessidade de controles de estoque e produção.
• Facilita transporte interno, controle de documentos, arquivos ou pastas, além de facilitar
a execução do trabalho no prazo.
• Evita a compra de materiais e componentes desnecessários ou repetidos ou danos a
materiais ou produtos armazenados.
• Maior racionalização do trabalho, menor cansaço físico e mental, melhor ambiente.
• Melhor disposição dos móveis e equipamentos
• Facilitação da limpeza do local de trabalho
A ordenação eficiente do material de trabalho deve ser implantada com uma
nomenclatura padronizada e divulgada dos arquivos, pastas, documentos, salas,
estoques, etc e com a indicação correta do local de estocagem. As pessoas devem saber
onde procurar cada coisa quando necessário e todos devem seguir as regras. É
importante fazer uma análise da situação atual da instituição, como as coisas estão
organizadas e onde. Sempre que possível, deve-se trabalhar para reduzir os estoques e
qual o melhor local para guardar cada coisa. A idéia principal nesta fase é: “Um lugar
para cada coisa e cada coisa em seu lugar.”

Na prática: Defina com racionalidade os lugares em que os objetos deverão ficar.


Movimentos deverão ser reduzidos, no uso, bem como no esforço.
 Defina a quantia ideal para cada coisa - ela deve ser reduzida ao mínimo.
 Tudo o que for usado deve voltar ao lugar certo imediatamente após o uso.

Seisou: Senso de Limpeza - Consiste em manter os ambientes de trabalho limpos e em


ótimas condições operacionais. Este princípio diz: "melhor que limpar é não sujar".

Também pode ser definido como Senso de Zelo. Cada pessoa deve saber a importância
de estar em um ambiente limpo e dos benefícios de ambiente com a máxima limpeza
possível. O ambiente limpo traduz qualidade e segurança.
O desenvolvimento do senso de limpeza proporciona:
• Maior produtividade das pessoas, máquinas e materiais, evitando o refazer o trabalho.
• Evita perdas e danos de materiais e produtos.
Para isto, é importante que o pessoal tenha consciência e habitue-se a:
• Procurar limpar os equipamentos após o seu uso, para que o próximo a usar encontre-
o limpo.
• aprender a não sujar e eliminar as causas da sujeira.
• definir responsáveis por cada área e sua respectiva função.
• manter os equipamentos, ferramentas, etc, sempre na melhor condição de uso
possível.
• Após usar um aparelho, deixá-lo limpo e organizado para o próximo utilitário
• Cuidar para que se mantenha limpo o local de trabalho, dando atenção para os cantos
e para cima, pois ali acumula-se muita sujeira
• Não jogar lixo ou papel no chão
• Dar destino adequado ao lixo, quando houver
Inclui-se ainda neste conceito, de um modo mais amplo, manter dados e informações
atualizados, procurar ser honesto no ambiente de trabalho e manter bom relacionamento
com os colegas. Tudo isto é fundamental para a imagem (interna e externa) da empresa.

Na prática:

 Crie normas e procedimentos para a manutenção de tudo limpo e em ordem;


 Envolva as outras pessoas nesse processo;
 Reserve algum tempo do dia para a limpeza e ordenação das coisas.

Seiketsu: Senso de Saúde ou Melhoria Contínua - Este princípio pode ser interpretado
de duas formas. Na aplicação de ações que visam a manutenção e melhoria da saúde
do trabalhador e nas condições sanitárias e ambientais do trabalho. Como melhoria
contínua, aplica-se o princípio do kaizen, melhorando e padronizando os processos.
Também pode ser definido como Senso de Asseio e Integridade. Higiene é manutenção
de limpeza, e ordem. Quem exige qualidade cuida também da aparência. Em um
ambiente limpo, a segurança é maior. Quem não cuida bem de si mesmo não pode fazer
ou vender produtos ou serviços de qualidade O pessoal deve ter consciência da
importância desta fase, tomando um conjunto de medidas:
• ter os três S's previamente implantados.
• capacitar o pessoal para avaliem se os conceitos estão sendo aplicados realmente e
corretamente
• eliminar as condições inseguras de trabalho, evitando acidentes ou manuseios
perigosos
• humanizar o local de trabalho numa convivência harmônica.
• difundir material educativo sobre a saúde e higiene.
• respeitar os colegas como pessoas e como profissionais,
• colaborar, sempre que possível, com o trabalho do colega,
• cumprir horários,
• entregar documentos ou materiais requisitados no tempo hábil,
• não fumar em locais impróprios, etc.
Ter a empresa limpa e asseada requer gastos com sistema e matérias de limpeza.
Requer manutenção da ordem, da limpeza e principalmente disciplina. Cada membro da
equipe deve ter consciência da importância de se trabalhar num local limpo e organizado.
As vantagens são:
• melhor segurança e desempenho do pessoal.
• Prevenção de danos à saúde dos que convivem no ambiente.
• Melhor imagem da empresa internamente e externamente.
• Elevação do nível de satisfação e motivação do pessoal para com o trabalho
Algumas medidas importantes e úteis nesta fase também podem ser colocar avisos ou
instruções para evitar erros nas operações de trabalho, bem como designações, avisos
e identificação dos equipamentos (recursos visuais).
Quando importantes, os avisos devem ser vistos à distância, bem destacados e
acessíveis a todos do setor.
É importante nesta fase conferir se o programa está sendo realmente implantado,
verificando cada etapa, se o pessoal está preparado e motivado a cumprir o programa.

Na prática:

 Atente para todos os detalhes de sua aparência pessoal - e mantenha uma rigorosa
disciplina de cuidados diários;
 Mantenha a regularidade na visita ao cabeleireiro, dentista;
 Cuidados especiais e rigorosos com mãos e pés, escovação de dentes, asseio das
roupas, barba.

Shitsuke: Senso de Autodisciplina - Autodisciplina é um estágio avançado de


comprometimento das pessoas, que seguem os princípios independente de supervisão.
Para atingir este estágio é necessário ter atendido satisfatoriamente os 4 princípios
anteriores do 5S.

Atitudes importantes:
• Usar a criatividade no trabalho, nas atividades.
• Melhorar a comunicação entre o pessoal no trabalho.
• Compartilhar visão e valores, harmonizando as metas.
• Treinar o pessoal com paciência e persistência, conscientizando-os para os 5s's .
• De tempos em tempos aplicar os 5s's para avaliar os avanços.
É importante cumprir os procedimentos operacionais e os padrões éticos da instituição,
sempre buscando a melhoria. A auto-disciplina requer a consciência e um constante
aperfeiçoamento de todos no ambiente de trabalho. A consciência da qualidade é
essencial.
Com o tempo, a implantação do programa traz benefícios:
• Reduz a necessidade constante de controle.
• Facilita a execução de toda e qualquer tarefa/operação.
• Evita perdas oriundas de trabalho, tempo, utensílios, etc.
• Traz previsibilidade do resultado final de qualquer operação.
• Os produtos ficam dentro dos requisitos de qualidade, reduzindo a necessidade de
controles, pressões, etc.

Na prática:
 Incorpore os princípios dos 5 S, como uma filosofia de vida;
 Invista em sua mudança pessoal rumo ao aperfeiçoamento constante; e
 Busque desenvolver, assumir e manter padrões éticos de conduta e focalize seu
conhecimento sem visar resultados imediatistas.

CEP
CONTROLE ESTATÍSTICO DO PROCESSO

O CEP
Toda empresa, qualquer que seja o ramo de atividade e até mesmo o indivíduo,
necessita constantemente avaliar suas atividades, para decidir se o processo ou a forma
que está sendo usada para executá-las é satisfatória. Essa avaliação permanente requer
que seja feito o controle do processo em todas as fazes de produção ou em todas as
atividades, permitindo com isso repetir o processo, aferi-lo ou substituí-lo. Ressalta-se
que a satisfação do interessado corresponde a diversos aspectos, mas, principalmente,
corresponde à qualidade do produto final e ao lucro. Ou seja, o produto final deve atender
as especificidades definidas pela administração.
Para avaliar o processo é necessário o uso de técnicas sistematizadas e uma ferramenta
útil que pode ser aplicada é o CEP – Controle Estatístico do Processo. Esta ferramenta
é entendida como uma filosofia aplicada que considera princípios de gerenciamento com
um conjunto de técnicas e habilidades, com procedimentos Estatísticos e de Engenharia
de Produção, onde teve a sua origem. Essa ferramenta auxilia o controle da qualidade
das atividades e do produto, em todas as etapas do processo, em especial em processos
de produção repetitiva, de acordo com parâmetros e padrões de produção (normas
legais), mercado (lucro) e consumo (consumidor). A aplicação desses procedimentos
visa garantir a estabilidade e a melhoria contínua de um processo de produção. Em
síntese, o CEP visa o controle e a melhoria do processo, conforme critérios pré-
estabelecidos.
Qualquer setor produtivo pode e deve fazer uso do CEP e no setor florestal, muitas
atividades podem ser controladas e avaliadas com o uso dessa ferramenta, embora
ainda pouco difundido (TRINDADE et al., 2007), porém, muito eficiente.

Objetivos do CEP
O resultado que se deseja será buscado e conseguido em decorrência dos objetivos pré-
definidos e, estes, são definidos em função do que se espera conseguir. Ou seja, não se
deve produzir sem objetivo e nem definir objetivo sem prever e almejar determinados
resultados em especial quanto à qualidade do produto e da rentabilidade. Assim, alguns
objetivos do CEP são expostos de forma generalizada e, recomenda-se que estes sejam
definidos conforme a necessidade pontual de cada etapa. O muito importante que os
objetivos sejam claros e que sejam factíveis. Fundamentando-se em Trindade et al.
(2007), pode-se considerar os seguintes objetivos:
a) identificar as possíveis causas de problemas;
b) organizar as ações corretivas e substitutivas de pessoas e de materiais;
c) melhorar a habilidade e qualidade do pessoal;
d) atribuir responsabilidades ao pessoal;
e) melhorar a qualidade das máquinas, dos equipamentos e materiais;
f) reduzir a repetição de atividades, as perdas materiais e financeiras;
g) tornar e manter capazes os processos;
h) obter previsibilidade e estabilidade do processo;
i) assegurar a qualidade do produto e, ou, serviço final;
j) fornecer base mais racional e objetiva e menos emocional e subjetiva para a
tomada de decisão; e
k) eliminar o medo na troca de informações em todos os níveis da organização
(horizontal e vertical).

As Atividades
As atividades, independente do ramo operacional da empresa, podem ser divididas em:
Diferentes ou não repetidas  propriamente diferentes ou executadas sem frequência
- Ex.: derrubada, desgalhamento, toragem.
Iguais ou repetidas  as mesmas atividades são feitas repetitivamente - Ex.: abertura
de covas com perfurador de solo.
Em particular, as atividades diferentes ou não repetidas acontecem conforme a
necessidade e por não terem freqüência quanto ao acontecimento, tornam-se mais
difíceis de serem avaliadas, pois precisam ser avaliadas individualmente.
As atividades iguais ou repetidas, podem ser agilizadas (automação, treinamento,
adequação) para aumentar a produtividade e reduzir os custos de produção, mas é
necessário que sejam preservadas a qualidade do produto e a segurança do operador.
Desta forma, caminha-se efetivamente para a satisfação em termos de eficiência e
eficácia do processo.
Mas para que um processo seja considerado satisfatório, é necessário que se estabeleça
uma forma de avaliação do mesmo, sendo esta criteriosa, contínua e com especificações
técnicas que atendam às exigências de mercado, considerando-se para isso parâmetros
ou padrões aos quais os produtos produzidos em série serão comparados.
Vários fatores levam a adoção (necessidade) de um sistema de controle da atividade
dentre eles a redução de custos, melhoria da qualidade, padronização das
características (forma, dimensões,...) exigências do consumidor, concorrência, queda
nas vendas, redução no preço do produto, redução na margem de lucros,...., substituição
de máquinas, substituição/reciclagem de mão-de-obra,..., recombinação de fatores etc.

O Controle
O controle da atividade, dentre outros resultados, favorece a qualidade de um processo
produtivo e, conseqüentemente, do produto final. Assim, o controle pode ser do
processo (etapas) e, ou, do produto. Ou seja, pode-se aferir se o equipamento
perfurador de solo (processo/etapa) está regulado adequadamente para o operador e,
ou, se a cova (produto final) tem as dimensões especificadas após o uso do perfurador.
A diferença primordial é que, controlando-se as atividades nas etapas do processo,
tende-se ao produto final desejado com possibilidade maior de detectar
instantaneamente as possíveis irregularidades em cada uma das etapas e, ao controlar-
se o produto, a detecção do problema tenderia a ser somente após o término do
processo. Neste caso, considera-se que o efeito negativo já faria parte do produto e todas
as etapas deveriam ser revistas até encontrar o “problema”. Aqui, também, com o
produto acabado, restaria uma correção, se possível, ou o descarte do mesmo e, em
ambos os casos implica em mais custos de produção.
Para efetivar o controle da atividade em sua totalidade, algumas etapas consecutivas
devem ser consideradas, quais sejam:

a) definição de um padrão (parâmetro) a ser atingido;


b) inspeção (medir o que foi produzido e comparar com o padrão);
c) diagnóstico das não-conformidades (descrição do desvio entre o produto e o
padrão);
d) identificação das causas das não-conformidades e defeitos;
e) ação corretiva para eliminação das causas; e
f) atualização dos padrões (produto ou processo).

A Necessidade de Controlar o Processo


O processo de produção deve passar por um controle porque o produto pode ser não-
conformes e, ou, defeituosos ou a porcentagem de defeituosos pode variar ao longo do
tempo. O que causa a produção de defeituosos é a existência de variação nos materiais,
nas condições do equipamento, nos métodos de trabalho, na inspeção, nas condições
da mão-de-obra, e em outros insumos, etc.
A variação que ocorre num processo de produção pode ser desmembrada em duas
componentes: uma de difícil controle, chamada variação aleatória, e outra chamada
variação controlável.
Assim a equação da variação total de um processo pode ser escrita como sendo:

Variação Total = Variação Aleatória (ou Comum) + Variação Especial

Se as variações forem conhecidas, controladas e reduzidas, os índices de produtos


defeituosos certamente serão reduzidos. Esses dois tipos de variação exigem esforços
e capacitação, técnica e gerencial, diferenciados para o seu controle.
O CEP auxilia na identificação e priorização das causas de variação da qualidade
(separação entre as poucas causas vitais e as muitas comuns) e objetiva o controle ou
eliminação (aprisionamento) das causas fundamentais dos defeitos.
O controle do processo prevê a identificação e priorização das causas da variação da
qualidade e visa a eliminação das causas fundamentais. Quando a variabilidade de um
processo é devida somente a causas comuns, ele é suficientemente estável para se
predizer sua qualidade, comportamento e resultados. E assim se diz que o processo está
sob controle e tem um comportamento previsível (Figura 1).

Figura 1 – Processo sob controle em casos cujas causas comuns.


No entanto, todo processo está sujeito a defeitos, os quais podem ser separados em dois
grupos, conforme a ocorrência a que estão sujeitos. Assim, os defeitos podem ser
separados em:

 defeitos crônicos (são inerentes ao próprio processo, estão sempre presentes); e


 defeitos esporádicos (representam desvios em relação ao que o processo é
capaz de fazer; são mais facilmente detectáveis).

Os defeitos, no entanto, são em conseqüência de algumas causas e separadas em:

 causas comuns (aleatórias, naturais ou não controláveis) - são inerentes ao


próprio processo, são relativamente difíceis de serem identificadas, consistem num
número muito grande de pequenas causas; e
 causas especiais (assinaláveis ou controláveis) - representam um descontrole
temporário do processo, são possíveis de serem identificadas e corrigidas, as
causas e os efeitos são facilmente observáveis.

Agora, sejam as causas aleatórias ou especiais, elas possuem características as quais


são expostas na Tabela 1, obtida em TOLEDO (2012).

Tabela 1 - Causas comuns e causas especiais em processos de produção


Comuns Especiais
(Aleatórias, Naturais ou Não (Assinaláveis ou Controláveis)
Controláveis)
1- São inerentes ao processo e estão 1- São desvios do comportamento "normal"
sempre presentes. do processo. Atuam esporadicamente.
2- Muitas pequenas causas que produzem 2- Uma ou poucas causas que produzem
individualmente pouca influência no grandes variações no processo.
processo.
3- Sua correção exige grande mudança no 3- Sua correção é, em geral, justificável e
processo. Nem sempre justificável pode ser feita na própria linha
economicamente.
4- A melhoria da qualidade do produto, 4- A melhoria da qualidade pode, em grande
quando somente causas comuns estão parte, ser atingida através de ações locais
presentes, necessita de decisões gerenciais que não envolvem investimentos
que envolvem investimentos significativos. significativos
5- São exemplos: treinamento inadequado, 5- São exemplos: máquina desregulada,
produção apressada, manutenção ferramenta gasta, oscilação temporária de
deficiente, equipamento deficiente etc. energia etc.

As causas de variações podem, ainda, descrever a porcentagem de probelmas do


processo, justificando com isso a sua implantação, conforme mostrado na Figura 2 .
Causas Causas
Comuns Especiais

Ação sobre o Ação no local


sistema do trabalho

Resolve 85% Resolve 15%


dos problemas dos problemas
do processo do processo

A Ferramenta 5W + 2H na Avaliação do Processo e do Produto

Avaliar o processo ou o produto significa estabelecer o controle necessário e


compreender essa necessidade de avaliação e, com isso, promover sempre a melhoria
e a qualidade total. Como forma de auxiliar na definição de “o que avaliar”, ou seja, quais
os parâmetros que devem ser avaliados, pode-se usar a ferramenta “5w + 2H”.
O 5W2H, basicamente, é um checklist de determinadas atividades que precisam ser
desenvolvidas com o máximo de clareza possível por parte dos colaboradores da
empresa. Ele atua como um mapeamento destas atividades, onde ficará estabelecido o
que será feito, quem fará o quê, em qual período de tempo, em qual área da empresa e
todos os motivos pelos quais esta atividade deve ser feita. Em um segundo momento,
deverá figurar nesta tabela (procedimento feito em uma tabela) como será feita esta
atividade e quanto custará à empresa tal processo.
Esta ferramenta é extremamente útil para as empresas, uma vez que elimina por
completo qualquer dúvida que possa surgir sobre um processo ou sua atividade. Em um
meio ágil e competitivo como é o ambiente corporativo, a ausência de dúvidas agiliza e
muito as atividades a serem desenvolvidas por colaboradores de setores ou áreas
diferentes. Afinal, um erro na transmissão de informações pode acarretar diversos
prejuízos à sua empresa, por isso é preciso ficar atento à essas questões decisivas, e o
5W2H é excelente neste quesito.
O nome desta ferramenta foi assim estabelecido por juntar as primeiras letras dos nomes
(em inglês) das diretrizes utilizadas neste processo. A seguir pode ser vista cada uma
delas e o que elas representam:

1 - What – O que será feito (etapas)


2 - Why – Por que será feito (justificativa)
3 - Where – Onde será feito (local)
4 - When – Quando será feito (tempo)
5 - Who – Por quem será feito (responsabilidade)
1 - How – Como será feito (método)
2 - How much – Quanto custará fazer (custo)

Há ainda outros 2 tipos de nomenclatura para esta ferramenta, o 5W1H (onde se exclui
o “H” referente ao “How much”) e o mais recente 5W3H (onde inclui-se o “H” referente
ao “How many”, ou Quantos). Todas elas podem ser utilizadas perfeitamente
dependendo da necessidade do gestor, respeitando sempre as características
individuais.
Utilizando o 5W2H
Antes de utilizar o 5W2H é preciso que você estabeleça uma estratégia de ação para
identificação e proposição de soluções de determinados problemas que queira sanar.
Para isso pode-se utilizar de brainstorm para se chegar a um ponto comum. É preciso
também ter em conta os seguintes pontos:
 Tenha certeza de estar implementando ações sobre as causas do problema, e
não sobre seus efeitos;
 Tenha certeza que suas ações não tenham qualquer efeito colateral, caso
contrário deverá tomar outras ações para eliminá-los;
 É preciso propor diferentes soluções para os problemas analisados, certificando-
se dos custos aplicados e da real eficácia de tais soluções.

Exemplo – Programando uma Viagem

Ao planejar determinada atividade gerencial, você deve responder às 7 perguntas


citadas com clareza e objetividade. Logo após, você deverá elaborar uma tabela
explicativa sobre tudo o que foi planejado. Abaixo segue o esboço bem simples de uma
planilha de 5W2H. Ela pode ser configurada da maneira que o utilizador achar melhor
(linhas, colunas, cores etc). Mas sempre seguindo o modelo de especificar, ao máximo,
todas as etapas do processo. Caso contrário o 5W2H perde a sua função.
Esta ferramenta é uma das mais fáceis de ser implementada e traz grandes benefícios
para os gestores e suas atividades organizacionais. Por isso, não deixe de utilizá-la em
seu dia-a-dia empresarial. Você só tem a ganhar!
Como toda atividade exige um planejamento prévio, a programação de uma viagem
precisa ser muito bem pensada e esquematizada para não haja imprevistos na hora do
seu momento de lazer mais esperado do ano. Por isso, a utilização do 5w2h pode ser
uma excelente alternativa para auxiliá-lo no planejamento de sua viagem de férias ou de
fim de ano, por exemplo.
Abaixo, um exemplo de planilha 5w2h pronta, embora de maneira simples, mas com
alguns detalhes dos aspectos do planejamento de uma viagem à Natal para lazer.

Tabela 2 – Exemplo da aplicação da ferramenta 5W2H

What O que? Uma viagem de fim de ano


Whay Por quê? Lazer - descanso com familiares
Who Quem? Pai, mãe e dois filhos
Where Onde? Em Natal - RN
When Quando? Entre 20/10 e 24/10
How Como? 1 De táxi até ao aeroporto de Congonhas-SP no dia 20/10, às 12:00
2 Pegaremos o vôo da Gol às 13:00h até o aeroporto de Natal, sem escalas
3 De táxi até o Hotel Verdes Mares, onde nos hospedaremos
4 Passaremos os três dias pela manhã na praia Ponta Negra
5 Passaremos as tardes na Ilha Pequena
6 Passaremos as três noites no Hotel - restaurante, teatro e cinema
7 Dia 23/10 retornaremos para o aeroporto de Natal as 14:30 horas
8 Retornaremos para São Paulo em um vôo da Gol saindo às 16:00 horas
9 Chegaremos no aeroporto em São Paulo às 19:15h
10 Chegaremos em casa às 20:30 h
How much Quanto custa? O total será de US$ 5.400,00 (máximo).
Ressalta-se que a viagem mencionada é apenas um exemplo fictício, sem qualquer
compromisso em ser fiel a lugares e preços da viagem. É apenas para que você tenha
uma idéia de como ficaria um planejamento de viagem com o 5W2H. Assim, em casos
reais é necessário que a descrição das atividades sejam mais específicas. Esta forma é
apenas para visualizar como será a viagem.

 Fundamentos estatísticos no controle e validação dos resultados


 Variáveis e atributos

Leiam os Textos das Página 118 a 130 e 136 a 142 (Na copiadora).

Adoção do CEP

Os princípios fundamentais para implantação e gerenciamento do CEP são:


 pensar e decidir baseado em dados e fatos;
 pensar separando a causa do efeito (buscar sempre conhecer a causa fundamental
dos problemas e dificuldades);
 reconhecer a existência da variabilidade na produção e administrá-la;
 usar raciocínio de prioridade (Pareto);
 girar permanente e metodicamente o ciclo de controle (Ciclo PDCA: Plan = Planejar,
Do = Executar, Check = Checar, Action = Agir), visando a melhoria contínua do
desempenho;
 definir o próximo processo/etapa/posto de trabalho como cliente da etapa anterior. O
cliente define a qualidade esperada;
 identificar instantaneamente focos e locais de disfunção e corrigir os problemas a
tempo; e
 educar, treinar e organizar a mão-de-obra visando uma administração participativa e
o auto controle.

Algumas das principais técnicas de apoio ao CEP são:

 Amostragem (Inspeção, Planos de  Diagrama: de Causa e Efeito/de


Amostragem); Ishikawa/Espinha de Peixe/6M/4P;
 Folha de Verificação;  Estratificação;
 Histograma/Gráficos;  Gráficos de Controle (Gráficos de
Shewhart); e
 Diagrama de Pareto;  Diagrama de Correlação.

Atualmente, a inovação fundamental em relação ao CEP é que esses princípios e


técnicas devem ser compreendidos e aplicados, por todas as pessoas da organização e,
não apenas pelos técnicos e engenheiros da área de Qualidade.

Sobre o PDCA

 Planejar (Plan): Definir objetivos e metas e as estratégias ou métodos para


alcançá-los. O que se quer e como deverá ser feito para consegui-lo.
 Executar (Do): executar o planejado, observando e medindo cada etapa (atividade)
a fim de obter dados para a verificação do processo (e não do produto), na etapa
seguinte.
 Checar (Check): analisar os dados gerados pelo processo (CEP) para verificar se
o mesmo está adequado ao padrão definido. Verificar desvios e propor mudanças.
 Agir (Act): efetivar as mudanças propostas na etapa anterior, voltando à primeira
etapa e corrigindo o método ou as metas no planejamento.
Aplicação do CEP

Na implantação de um povoamento de eucalipto, as covas com diâmetro de 30,0 cm


foram feitas com uso de um perfurador. Pelas definições técnicas essas covas tinham
que ter 30,0 cm de profundidade. Pra verificar se as mesmas estavam dentro dos
padrões pré-definidos foram sorteadas 5 covas por amostra as quais foram medidas as
profundidades. Na tabela 3 estão as profundidades das covas feitas com perfurador de
solo para o plantio de eucalipto, totalizando 25 amostras, sendo 5 medidas de
profundidade (j = 1 a 5) por amostra. Das 5 medidas de profundidade por amostra, foram
obtidas a amplitude (R), a média (𝒙̅) e o desvio-padrão (s). Dessas estimativas (média,
amplitude e desvio-padrão) foi obtida uma nova média de profundidade (chamada de
média das médias, com i = 1 a 25), a média para a amplitude e para o desvio-padrão
(Tabela 3). Para obter essas estatísticas foram usadas as fórmulas a seguir.

a) Amplitude (R) : 𝑅 = 𝑉𝑚á𝑥𝑗 − 𝑉𝑚í𝑛𝑗 , (j = 1,..., k);

∑𝑘
𝑗=1 𝑥𝑗
b) Média da amostra (𝑥̅ ) : 𝑥̅ = , (j = 1,..., k);
𝑘

∑𝑘
𝑗=1(𝑥𝑗 −𝑥̅ )
2
c) Desvio-padrão da Amostra (s): 𝑠=√ , (j = 1,..., k);
𝑘−1
𝑛
∑ 𝑥̅
d) Média de Médias (𝑋̿): 𝑋̿ = 𝑖=1 𝑖,(i = 1,...,n); em que:
𝑘

x = observação (em cm), com j = 1, 2, ..., k=5;


k = número de medições dentro da amostra (em cm), k = 5; e
n = número de amostras, com i = 1, 2, ... n = 25.

Observe que para a amplitude (R) e os desvios (s) foram obtidas as respectivas médias
aritméticas (𝑥̅ ).
Tabela 3 – Avaliação da profundidade da cova com perfurador para plantio de eucalipto
Amost Observações Amplitude Média Desvio-
ra Medidas das Profundidades (cm) (R) ̅)
(𝒙 Padrão (s)
1 30 31 32 33 30 3,0 31,20 1,30384
2 28 29 30 31 32 4,0 30,00 1,58114
3 27 30 31 32 31 5,0 30,20 1,92354
4 31 30 32 31 30 2,0 30,80 0,83666
5 34 32 30 28 29 6,0 30,60 2,40832
6 29 28 30 31 30 3,0 29,60 1,14018
7 30 34 33 28 30 6,0 31,00 2,44949
8 35 32 33 30 29 6,0 31,80 2,38747
9 29 34 30 32 28 6,0 30,60 2,40832
10 30 31 32 35 30 5,0 31,60 2,07364
11 30 28 27 32 30 5,0 29,40 1,94936
12 27 26 30 29 31 5,0 28,60 2,07364
13 28 27 31 32 29 5,0 29,40 2,07364
14 30 34 31 28 29 6,0 30,40 2,30217
15 27 25 29 32 34 9,0 29,40 3,64692
16 33 36 30 29 28 8,0 31,20 3,27109
17 31 33 30 36 29 7,0 31,80 2,77489
18 27 26 33 30 29 7,0 29,00 2,73861
19 30 32 30 31 30 2,0 30,60 0,89443
20 34 36 31 30 29 7,0 32,00 2,91548
21 29 30 32 28 30 4,0 29,80 1,48324
22 27 33 30 31 32 6,0 30,60 2,30217
23 34 32 29 30 28 6,0 30,60 2,40832
24 28 29 31 30 27 4,0 29,00 1,58114
25 30 32 33 30 30 3,0 31,00 1,41421
Médias das médias (𝑋̿) 5,20 30,41 2,09368
Fonte: Adaptada de TRINDADE et al. (2007).

Para gerar os gráficos das figuras 2, 3, 4 e 5 foram calculados os limites superior de


controle (LSC), limite médio (LM) e limite inferior de controle (LIC), observados os
seguintes procedimentos.

I - Considerando a dispersão pela média e a amplitude - Figura 2

Os limites de controle superior e inferior foram obtidos da seguinte forma:


Limite de Controle = m ± A2 . R;
sendo A2 obtido na Tabela 1A (anexa no final), com n = 5 observações (medições) por
amostra. Neste caso A2 = 0,577. Então com a média igual a 30,4080 cm (Limite médio)
e a amplitude média de 5,20, pode-se obter os limites:

Limite de Controle = 30,41 ± 0,577 . 5,20

LIC = 30,4080 - 0,577 . 5,20 LIC = 27,4096 cm


LM = LM = 30,4080 cm
LSC = 30,4080 + 0,577 . 5,20 LSC = 33,4104 cm
De posse desses valores foram geradas as linhas limítrofes no gráfico. Em seguida se
distribui os valores das médias calculadas por amostra, tendo no eixo Y esses valores
observados para as 25 amostras que estão no eixo X, conforme mostrado na Figura 2.
Como para gerar os limites utilizou-se a média, a amplitude e valor tabelado, se diz que
a dispersão é pela média e a amplitude.

Média e Amplitude
34.0
Média e Amplitude

LSC
32.0 Média
LM
30.0

28.0
LIC
26.0

24.0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
Amostras

Figura 2 – Dispersão considerando a média e a amplitude de profundidade de covas para 25 amostras.

II - Considerando a dispersão pela amplitude - Figura 3 (17042019)

Os limites superior e inferior foram obtidos com o valor da amplitude (5,20) e os valores
tabelados D3 = 0 (limite inferior - não considerado) e D4 = 2,114 (limite superior), obtidos
na Tabela 1A. Assim, a dispersão para a amplitude foi obtida da seguinte forma:
Limite de Controle = D x R

D3 = Não considerado na tabela = 0; D4 = 2,114 - na tabela. LM = 5,20 cm;


LIC = D3 . R LIC = 0 . 5,20 LIC = 0,00 cm;
LSC = D4 . R LSC = 2,114 . 5,20 LSC = 10,9928 cm.

Com os valores limítrofes e os valores de amplitude para cada amostra foi gerado o
gráfico da Figura 3.

12.0
Amplitude
LSC
10.0
Amplitude

8.0
6.0 LM
4.0
2.0 Amplitude
0.0 LIC
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
Amostras
Figura 3 – Dispersão pela amplitude de profundidade de covas para 25 amostras.
III - Considerando a dispersão pelo desvio e média - Figura 4

Os limites superior e inferior foram obtidos da seguinte forma:


Limite de Controle = m ± A1 . sm;
sendo A1 obtido na Tabela 1A (anexa), com n = 5 observações (medições) por amostra.
Neste caso A1 = 1,427. Então com a média igual a 30,4080 cm (Limite médio) e a
amplitude média de 2,0936, pode-se obter os limites:

Limite de Controle = 30,4080 ± 1,427 . 2,0936

LIC = 30,4080 - 1,427 . 2,0936 LIC = 27,4272 cm


LM = LM = 30,4080 cm
LSC = 30,4080 + 1,427 . 2,0936 LSC = 33,2934 cm

Com isso foram geradas as linhas limítrofes no gráfico e distribuídos os valores das
médias calculadas por amostra, tendo no eixo Y esses valores observados para as 25
amostras que estão no eixo X, conforme mostrado na Figura 4. Como para gerar os
limites utilizou-se a média, a média dos desvios padrões e valor tabelado, se diz que a
dispersão é pela média e o desvio-padrão.

Dispersão pela Média e DP


Profundidade da Cova

34.0
LSC
32.0 Média
30.0 LM

28.0 LIC
26.0

24.0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25

Amostras

Figura 4 – Dispersão considerando o desvio em relação à média de profundidade de


covas para 25 amostras.

IV - Considerando a dispersão pelo desvio-padrão - Figura 5

Os limites superior e inferior foram obtidos com o valor do desvio-padrão (sm = 2,0936)
e os valores tabelados B3 = 0 (limite inferior - não considerado) e B4 = 2,089 (limite
superior), obtidos na Tabela 1A. Assim, a dispersão para o desvio-padrão foi obtida da
seguinte forma: Limites de Controle = B x sm

B3 = Não considerado = 0; B4 = 2,0890 - na tabela. LM = 2,0936 cm;


LIC = B3 . sm LIC = 0 . 2, 0936 LIC = 0,00 cm;
LSC = B4 . sm LSC = 2,0890 . 2, 0936 LSC = 4,3735 cm.
Com os valores limítrofes e os valores do desvio-padrão para cada amostra foi gerado o
gráfico da Figura 5.

Dispersão pelo desvio Padrão


Desvio Padrão da Amostra

5.0
4.5 LSC
4.0
3.5
3.0
2.5
2.0 LM
1.5
1.0
DP
0.5
0.0 LIC
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25

Amostras

Figura 5 – Dispersão pelo desvio-padrão (s) de profundidade de covas para 25


amostras.

Em todas as figuras pode-se observar que os valores de médias, amplitude e desvio


tiveram o comportamento dentro dos limites mínimo e máximo. A análise pelas médias,
amplitude e desvio mostrou resultados consistentes e, dessa forma, indicam a
estabilidade do processo, com as variações aleatórias estabilizadas.

Agora, use os dados da Tabela 4 e repita essa análise com discussão dos resultados
para melhor aprendizado. Verifique se o processo é estável. Comente as dispersões.

Tabela 4 – Espaçamento entre covas de eucalipto com 15 amostras

Observações Amplitude Média Desvio-


Amostra Medidas entre covas (m) (R) ̅)
(𝒙 Padrão (s)
1 3,0 3,1 3,2 3,3 3,0
2 2,8 2,9 3,0 3,1 3,2
3 2,7 3,0 3,1 3,2 3,1
4 3,1 3,0 3,2 3,1 3,0
5 3,4 3,2 3,0 2,8 2,9
6 2,9 2,8 3,0 3,1 3,0
7 3,0 3,4 3,3 2,8 3,0
8 3,5 3,2 3,3 3,0 2,9
9 2,9 3,4 3,0 3,2 2,8
10 3,0 3,1 3,2 3,5 3,0
11 3,0 2,8 2,7 3,2 3,0
12 2,7 2,6 3,0 2,9 3,1
13 2,8 2,7 3,1 3,2 2,9
14 3,0 3,4 3,1 2,8 2,9
15 3,2 3,3 3,2 3,2 3,6
Tabela 1A - Coeficientes para cálculo dos limites de controle dos gráficos de média e de
dispersão

N. Obs. na Gráf. de Gráfico da Amplitude Gráfico de Gráfico do Desvio Padrão


Amostra Média/Ampl Média/DP
(n) A2 D3 D4 A1 B3 B4
2 1,880 - 3,267 2,659 - 3,267
3 1,023 - 2,574 1,954 - 2,568
4 0,729 - 2,282 1,628 - 2,266
5 0,577 - 2,114 1,427 - 2,089
6 0,483 - 2,004 1,287 0,030 1,970
7 0,419 0,076 1,924 1,182 0,118 1,882
8 0,373 0,136 1,864 1,099 0,185 1,815
9 0,337 0,184 1,816 1,032 0,239 1,761
10 0,308 0,223 1,777 0,975 0,284 1,716
Fonte: Trindade et al. (2007) de Lourenço Filho (1981).

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