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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

CENTRO DE EDUCAÇÃO
CURSO DE PEDAGOGIA

Trabalho: Fichamento de citação com comentário.

ADORNO, T.W.; HORKHEIMER, Max. O conceito de esclarecimento. In:


Dialética do esclarecimento. Rio de Janeiro: Jorge Zahar,1985, p. 17 – 46.

“No sentido mais amplo do progresso do pensamento, o esclarecimento


tem perseguido sempre o objetivo de livrar os homens do medo e de
investi-los na posição de senhores” (p.17).

Com o esclarecimento que tanto os homens buscam por meio da racionalidade


das coisas, a razão é supervalorizada no sentido de desmistificar os objetos, os
fenômenos da natureza a fim de dominá-los, prevê-los, planejar as formas de
brecá-los compreender como funcionam, de que são feitos, conhecendo-os para
saber agir sobre eles. Essa posição imperiosa dar-se em relação ao
conhecimento que o homem passa a ter do mundo e lhe dá uma posição de
senhor que pode modificar a seu bel-prazer a geografia de qualquer lugar que
queira transformar, mais não só isso por ser o único que pode fazer isso no
planeta, o único que tem a possibilidade de fazê-lo.

“Mas, a terra totalmente esclarecida resplandece sob o signo de uma


calamidade triunfal. O programa do esclarecimento era o desencantamento
do mundo” (p.17).
Acreditava-se que por meio do esclarecimento, da razão o homem seria e viveria
mais pleno e mais feliz, não é o que vemos na realidade nunca se produziu tanto,
nunca se teve uma tecnologia tão avançada como nos últimos anos, a
informação em tempo real e o estreitamento das relações em tempo e espaço
entre as pessoas que vivem distantes muito se avançou mais essa felicidade não
foi conquistada por que parece que o conhecimento sobre as coisas e o que se
tem nunca é o bastante, é preciso mais e mais, quanto mais tem mais se quer,
a satisfação não consegue ser atingida e as pessoas estão tristes, sem
esperança, depressivas, ansiosas... Esse dessecamento da realidade e das
coisas do mundo também tem promovido essa angustia, o encanto, a alma, a
magia das coisas se perdeu, o esmiuçar, o desvendar da ciência sobre tudo e
todos não traz apenas benesses e na maioria das vezes não é usado para o bem
de todos, a qualidade de vida da coletividade e sim com fim à manipulação das
pessoas como objetos do consumo capitalista, que enriquece uns e degrada
outros.

“O que os homens querem aprender da natureza é como empregá-la para


dominar completamente a ela e aos homens. Nada mais importa. Sem a
menor consideração consigo mesmo, o esclarecimento eliminou com seu
cautério o último resto de sua própria autoconsciência ” (p.18).
O que Adorno traz nesse texto é à crítica ao conhecimento científico mostrando
suas mazelas, em contraponto aos que muitos defendem mostrando que essa
forma de conhecer o mundo não é a única forma que se tem de compreender a
realidade e sim uma das formas. O pessoal da academia em sua grande maioria
despreza os outros saberes que também são validos e ricos como o senso
comum, a arte, o cinema, o teatro e tantas outras. O conhecimento construído
nem sempre é usado em benefício da população e também não chega a ela, fica
restrito a um pequeno grupo de pessoas “os intelectuais” é utilizado para dominar
a natureza, explora-la sem o mínimo de proteção, sem ideais e práticas de
sustentabilidade, o ser humano não vê que agindo assim está se autodestruindo.

“Desencantar o mundo é destruir o animismo” (p.18).


Quando se estuda minunciosamente qualquer coisa e se descobre todos os
detalhes e como todo o conjunto cada estrutura funciona sentimentos por
exemplo isso provoca um desencantamento a magia se perde já se compreende
o porquê de cada coisa a alma daquele sentimento se perde o encantamento se
esvai porque já se entende racionalmente a reação e o arrebatamento deixa de
existir.
“Mas, os mitos que caem vítimas do esclarecimento já eram produto do
próprio esclarecimento” (p. 18).
Como foi visto os mitos já são uma tentativa de esclarecimento para explicar algo
de que não se tinha o conhecimento, uma explicação lógica, científica. Criavam
os mitos histórias inventadas para explicar algum fenômeno da natureza por
exemplo ou para o que existia no mundo, que aos poucos foram substituídos e
caem por causa da explicação científica dos mesmos que tem como artificio o
embasamento que determina “a coisa” por meio dos saberes historicamente
produzidos, continuados, aprofundados e modificados pelo homem, todos frutos
da tentativa de dessecar a realidade para poder compreendê-la melhor.
“O mito converte-se em esclarecimento, e a natureza em mera objetividade.
O preço que os homens pagam pelo aumento de seu poder é a alienação
daquilo sobre o que exercem o poder. O esclarecimento comporta-se com
as coisas como o ditador se comporta com os homens” (p.21).
Quem tem o conhecimento se acha no direito e na posição de ditar o que deve
ser feito, como as coisas devem ser postas e como tudo deve caminhar, por ter
o saber e ver que nem todos o possuem se acha um Deus melhor do que os
outros que não os tem acesso. O mito se tornou uma forma de entender a origem
das coisas (encadeia-se fatos e resultados numa conjuntura que tem um certo
sentido de coerência para dar uma explicação sobre algo tendo até uma certa
intencionalidade como em Ulisses na Odisseia de Homero- para provar quanto
o homem pode ser destemido e poderoso), a natureza virando mera objetividade
é que tudo virou objeto de investigação o magia não é mais aceita a de haver
um conhecimento sistemático sobre, o todo será analisado milimetricamente em
busca dos segredos para que nada passe desapercebido, para posterior
catalogação e saber do homem sobre a natureza para saber como melhor agir
sobre ela para dominá-la. Se acha o senhor do universo e não vê que na verdade
é um miserável por ter interesses vãos olhando apenas para suas necessidades
e não para o bem-estar coletivo de todos.

“Os homens sempre tiveram de escolher entre submeter-se à natureza ou


submeter a natureza ao eu. Com a difusão da economia mercantil
burguesa, o horizonte sombrio do mito é aclarado pelo sol da razão
calculadora, sob cujos raios gelados amadurece a sementeira da nova
barbárie” (p.38).
O mundo com todo esse conhecimento que se tem hoje, deveria estar cada vez
melhor, mas o homem não enxerga que destruindo a natureza está destruindo a
sua casa e se autodestruindo. Quando o homem percebeu que podia transformar
o ambiente a natureza adaptando a suas necessidades de existência, deu um
salta qualitativo na história exemplo: Quando deixou de ser nômade para sentar
morado em um canto só. Mas, o problema reside nos dias atuais na ambição,
ganância nada nunca é suficiente, sempre se quer mais e mais nunca está
satisfeito retira abusivamente recursos naturais sem nenhuma ou pouca
consideração com a sustentabilidade do planeta achando que os recursos
disponíveis são inesgotáveis o que não é verdade. Não vê que está traçando sua
própria sentença de morte se não para si pelo menos para as futuras gerações.
Pelo conhecimento que se tem, todos os trabalhos que já se desenvolveram
positivos sobre saúde, educação, segurança, arquitetura e urbanismo, sociologia
e tantos outros era para vivermos melhor e o contrário é o que encontramos
estamos cada vez mais distantes um do outro, a fraternidade e outros valores
tão positivos na vida estão se perdendo, não há tempo.... Tudo é muito corrido
para um abraço, uma conversa amigável, dar uma palavra amiga... a
competitividade, individualismo a necessidade de procurar meios para
sobreviver é mais gritante. Os serem humanos os “civilizados” cometem
barbaridades como se fossem animais selvagens. Como na história os Romanos
cometiam atrocidades e para eles e os rebeldes e bárbaros eram os outros, a
sociedade através dos tempos não deveria escrever as mesmas histórias com
outros atores nem tampouco regredir seja em que aspecto for deveríamos
melhorar cada vez mais, avançar cada vez mais com o tempo e não o contrário.
Não somente em termos matérias do TER e sim também essência evoluir no
SER, em valores, sensibilidade e dignidade para todas as pessoas na terra.

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