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Setembro de 2019
Tanto a video-eletroencefalografia quanto a eletroencefalografia tem suas utilizades
diagnósticas da pediatria infantil. Essa revisão de artigos busca avaliar a utilidade dessas
medidas tanto na classificação do diagnóstico como na propedêutica seguinte e na
definição de conduta.
As convulsões ocorrem em até 1,4% dos recém-nascidos a termo e 20% dos prematuros.
As convulsões podem ser um problema neonatal grave e necessitam de avaliação imediata.
A maioria das convulsões neonatais é focal, provavelmente porque no recém-nascido a
generalização da atividade elétrica é impedida por falta de mielinização e formação
incompleta dos dendritos e sinapses cerebrais.
Etiologias mais comuns na infância: Processo intracraniano primário (p. ex., meningite,
acidente isquêmico, encefalite, hemorragia intracraniana, tumor, malformação) ou
problemas sistêmicos (p. ex., hipoxia isquêmica, hipoglicemia, hipocalcemia, hiponatremia,
outras disfunções metabólicas)
Conclusões: Esses resultados demonstram que o vídeo-EEG tem uma alto rendimento na
mudança de diagnóstico e manejo. O monitoramento de vídeo-EEG deve ser incluído como
um estudo usual de diagnóstico em uma unidade de neurofisiologia e a técnica deve ser
considerada como um primeiro passo diagnóstico em crianças com eventos paroxísticos
frequentes. Quanto à relevância, o monitoramento de vídeo-EEG é fundamental quando o
diagnóstico é de suspeita de distúrbios epiléticos. É necessário um diagnóstico cuidadoso
devido ao tratamento específico de que necessitam.
O resultado, em resumo, foi de que 35 crianças foram admitidas com convulsões neonatais,
e destas apenas 28 convulsões de EEG foram confirmadas. Encefalopatia Isquêmica
Hipóxica foi a etiologia mais frequente, sendo a mesma convulsão tônica generalizada
correspondendo a 45,3%. Descargas multifocais e anormalidades de EEG moderada e
acentuadas foram associadas desfecho desfavorável. Com o tratamento com
anticonvulsivantes, o controle clínico foi obtido em 85% dos pacientes, e apenas em 65%
aa clínica e a evolução eletroencefalográfica foi desfavorável. Como conclusão, foi
demonstrado que a utilidade do EEG na confirmação neonatalconvulsões e a importância
de registrar a atividade epiléptica antes e depois do tratamento de medicamentos
anticonvulsivantes é de alta relevância .Além disso foi concluído que a atividade convulsiva
não detectada e não tratada aumenta a sequela e consequência negativa ao cérebro
neonatal.
O resultado foi a partir do seguimento médio do paciente desde o início foi de 5 anos de
idade. Uma causa idiopática foi encontrada em sete pacientes, causa estrutural em oito, e
etiologia desconhecida nos dois restantes. O início da síndrome ESES incomum foi em
média daos 7 anos. Durante a fase ESES, 15 crianças desenvolveram novos tipos de
crises, mioclonia negativa foi observada em sete pacientes, mioclonia positiva em cinco e
crises de ausências em nove. Seis pacientes apresentaram comprometimento motor, dois
tiveram agnosia verbal auditiva e dois tiveram comprometimento motor da fala. Transtorno
do déficit de atenção e hiperatividade foram observados em quatro, agressividade em seis,
déficit de memória em dois e orientação temporo-espacial prejudicada em quatro. Os
pacientes com ESES focal na região frontal apresentaram distúrbios comportamentais e /
ou motores com deterioração, e naqueles com envolvimento temporo-occipital as
manifestações clínicas dominantes foram distúrbios de linguagem e / ou comportamentais.
Conclusão: Nossos pacientes com manifestações clínicas típicas da síndrome da ESES,
mas com EEG de padão incomum podem ser variantes dessa síndrome.
Convulsões neonatais são geralmente focais e podem ser difíceis de distinguir da atividade
neonatal normal porque podem se manifestar como movimentos de mastigação ou de
bicicleta. São comuns os movimentos bruscos clônicos migratórios das extremidades,
alternando com hemiconvulsões e convulsões subcorticais primitivas (que causam parada
respiratória, movimentos de mastigação, desvio ocular persistente ou nistagmo e episódios
de alteração da tonicidade muscular). As convulsões tônico-clônicas generalizadas são
raras.
Enquanto o diagnóstico envolve exames como EEG. Testes laboratoriais (p. ex., glicose
sérica, eletrólitos, análise do LCR, culturas de sangue e urinau e Usualmente imagem
craniana, a avaliação começa com histórico familiar detalhada e exame físico.
Cerca de 50% dos recém-nascidos com convulsões por hipoxia isquêmica desenvolvem-se
normalmente.
A maioria dos neonatos com convulsões por hemorragia subaracnoide, hipocalcemia ou
hiponatremia evolui bem.
Aqueles com hemorragia intraventricular grave têm alta taxa de morbidade.
Para convulsões idiopáticas ou convulsões decorrentes de malformações, o início precoce
está associado a resultados de neurodesenvolvimento piores.
Referências Bibliográficas:
https://www-
sciencedirect.ez27.periodicos.capes.gov.br/science/article/pii/S1059131114002702
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%3Dihub
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/distúrbios-neurológicos-em-
crianças