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1) A teoria da reprodução social argumenta que a produção de bens e serviços e a reprodução da força de trabalho são partes integradas do capitalismo.
2) A força de trabalho é reproduzida por atividades fora do trabalho, como cuidados com a saúde, alimentação e descanso dos trabalhadores, e também por atividades que mantêm aqueles fora da força de trabalho, como crianças e idosos.
3) Essas atividades de reprodução da força de trabalho, feitas principalmente por mulheres dentro de lares, sustent
1) A teoria da reprodução social argumenta que a produção de bens e serviços e a reprodução da força de trabalho são partes integradas do capitalismo.
2) A força de trabalho é reproduzida por atividades fora do trabalho, como cuidados com a saúde, alimentação e descanso dos trabalhadores, e também por atividades que mantêm aqueles fora da força de trabalho, como crianças e idosos.
3) Essas atividades de reprodução da força de trabalho, feitas principalmente por mulheres dentro de lares, sustent
1) A teoria da reprodução social argumenta que a produção de bens e serviços e a reprodução da força de trabalho são partes integradas do capitalismo.
2) A força de trabalho é reproduzida por atividades fora do trabalho, como cuidados com a saúde, alimentação e descanso dos trabalhadores, e também por atividades que mantêm aqueles fora da força de trabalho, como crianças e idosos.
3) Essas atividades de reprodução da força de trabalho, feitas principalmente por mulheres dentro de lares, sustent
Este é essencialmente o argumento principal do que Vogel e
estas outras marxistas posteriores chamam de “teoria da
reprodução social”. A teoria da reprodução social mostra como a “produção de bens e serviços e a produção da vida são partes de um processo integrado”, como expressou Meg Luxton. Se a economia formal é o local da produção de bens e serviços, as pessoas que produzem tais coisas se produzem a si mesmas fora do âmbito da economia formal a um custo muito baixo para o capital.
Em geral, a força de trabalho é reproduzida por três processos
interconectados
1 – Por atividades que regeneram a trabalhadora fora do
processo de produção e que a permitem regressar a ele. Estas incluem, entre muitas outras, comida, uma cama para dormir, mas também os cuidados com o as questões psíquicas que mantém uma pessoa inteira.
2 – Por atividades que mantém e regeneram aos não
trabalhadores fora do processo de produção – quer dizer aqueles que são trabalhadores futuros ou passados, como as crianças e os adultos fora da força de trabalho por N razões, quer seja a velhice, a invalidez ou o desemprego.
3 – Reproduzindo novos trabalhadores, através do parto
Estas atividades, que formam a base mesma do capitalismo no
sentido de que reproduzem o trabalhador, são feitas completamente grátis para o sistema por mulheres e homens dentro dos lares e da comunidade. Nos Estados Unidos, as mulheres ainda carregam uma parte desproporcional desse trabalho doméstico. Mas, claro, também temos que agregar a esta já formidável lista tarefas adicionais não indexáveis, tais como fornecer atenção psíquica e apoio tanto aos empregados como aos não empregados do lar. Qualquer uma que tenha precisado acalmar uma criança depois de um dia duro em seu próprio local de trabalho ou cuidar de um pai idoso depois de um turno esgotante, sabe o quão importante podem ser essas tarefas aparentemente não materiais.
A ideia mais importante da teoria da reprodução social é que o
capitalismo é um sistema unitário que pode integrar com êxito, ainda que de maneira desigual, a esfera da reprodução e a esfera da produção. As mudanças em uma esfera têm efeito na outra. Salários baixos e a tendência neoliberal a redução dos custos no trabalho podem gerar execuções hipotecárias e violência doméstica no lar.
Por que esta é a ideia mais importante? Porque dá substância
histórica real a compreensão de: a) quem é um “trabalhador” e b) de que maneiras o trabalhador pode lutar contra o sistema. O mais importante é que esta teoria nos ajuda a compreender que qualquer vitória pelos direitos de gênero que realizarmos tanto na economia formal quanto fora dela somente pode ser temporária porque a base material da opressão das mulheres está ligada ao sistema em seu conjunto. Qualquer conversa sobre o fim da opressão e da emancipação necessita recorrer a uma conversa simultânea sobre o fim do sistema em si.
Muitos podem se deleitar com a invasão das salas de reunião
corporativas por um punhado de mulheres. Estas salas de reunião e seus campos de golfe contíguos têm sido os bastiões do privilégio masculino de classe alta durante séculos. Contudo, isso nos leva a uma pergunta central: quais são os direitos de gênero se os separarmos da questão da classe? Atuarão as mulheres CEO (diretoras-executivas) no interesse de todas as mulheres?
DE DECCA, Edgar Salvadori. "A Ciência Da Produção: Fábrica Despolitizada." IN: Revista Brasileira de História. São Paulo/Rio de Janeiro, Anpuh/Marco Zero, No. 6, 1984, Pp. 47-79