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Este é essencialmente o argumento principal do que Vogel e

estas outras marxistas posteriores chamam de “teoria da


reprodução social”. A teoria da reprodução social mostra como a
“produção de bens e serviços e a produção da vida são partes de
um processo integrado”, como expressou Meg Luxton. Se a
economia formal é o local da produção de bens e serviços, as
pessoas que produzem tais coisas se produzem a si mesmas
fora do âmbito da economia formal a um custo muito baixo
para o capital.

Em geral, a força de trabalho é reproduzida por três processos


interconectados

1 – Por atividades que regeneram a trabalhadora fora do


processo de produção e que a permitem regressar a ele. Estas
incluem, entre muitas outras, comida, uma cama para dormir,
mas também os cuidados com o as questões psíquicas que
mantém uma pessoa inteira.

2 – Por atividades que mantém e regeneram aos não


trabalhadores fora do processo de produção – quer dizer
aqueles que são trabalhadores futuros ou passados, como as
crianças e os adultos fora da força de trabalho por N razões,
quer seja a velhice, a invalidez ou o desemprego.

3 – Reproduzindo novos trabalhadores, através do parto

Estas atividades, que formam a base mesma do capitalismo no


sentido de que reproduzem o trabalhador, são feitas
completamente grátis para o sistema por mulheres e homens
dentro dos lares e da comunidade. Nos Estados Unidos, as
mulheres ainda carregam uma parte desproporcional desse
trabalho doméstico.
Mas, claro, também temos que agregar a esta já formidável lista
tarefas adicionais não indexáveis, tais como fornecer atenção
psíquica e apoio tanto aos empregados como aos não
empregados do lar. Qualquer uma que tenha precisado acalmar
uma criança depois de um dia duro em seu próprio local de
trabalho ou cuidar de um pai idoso depois de um turno
esgotante, sabe o quão importante podem ser essas tarefas
aparentemente não materiais.

A ideia mais importante da teoria da reprodução social é que o


capitalismo é um sistema unitário que pode integrar com êxito,
ainda que de maneira desigual, a esfera da reprodução e a
esfera da produção. As mudanças em uma esfera têm efeito na
outra. Salários baixos e a tendência neoliberal a redução dos
custos no trabalho podem gerar execuções hipotecárias e
violência doméstica no lar.

Por que esta é a ideia mais importante? Porque dá substância


histórica real a compreensão de: a) quem é um “trabalhador” e
b) de que maneiras o trabalhador pode lutar contra o sistema. O
mais importante é que esta teoria nos ajuda a compreender que
qualquer vitória pelos direitos de gênero que realizarmos tanto
na economia formal quanto fora dela somente pode ser
temporária porque a base material da opressão das mulheres
está ligada ao sistema em seu conjunto. Qualquer conversa
sobre o fim da opressão e da emancipação necessita recorrer a
uma conversa simultânea sobre o fim do sistema em si.

Muitos podem se deleitar com a invasão das salas de reunião


corporativas por um punhado de mulheres. Estas salas de
reunião e seus campos de golfe contíguos têm sido os bastiões
do privilégio masculino de classe alta durante séculos. Contudo,
isso nos leva a uma pergunta central: quais são os direitos de
gênero se os separarmos da questão da classe? Atuarão as
mulheres CEO (diretoras-executivas) no interesse de todas as
mulheres?

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