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sumário

SEJA BEM VINDO! ...................................................................... 3


UM BREVE HISTÓRICO.............................................................. 4
SE LIGA EM QUEM SOMOS......................................................... 5
ESSA É A NOSSA BASE................................................................ 7
ESSA É A NOSSA RAZÃO DE SER................................................ 9
PORTA DE ENTRADA:............................................................... 11
QUAL É O TIPO DA SUA LENTE? .............................................. 11
2.1 CRIAÇÃO:......................................................................... 12
2.2 QUEDA:............................................................................ 14
2.3 REDENÇÃO: ..................................................................... 19
O EVANGELHO E A RELIGIÃO................................................... 22
QUE IGREJA É ESSA RAPAZ?..................................................... 27
O EVANGELHO E O BATISMO................................................... 40
O EVANGELHO E O DINHEIRO.................................................. 44
ISSO É SÓ O COMEÇO................................................................ 53
SEJA BEM VINDO!

A Igreja Central está feliz de ter você aqui. Aliás, COM VOCÊ
AQUI É MUITO MELHOR!

Desejamos com esse material falar um pouco de nós. De


como entendemos Jesus e a vida e quais são essas
implicações para o nosso dia a dia.

Não queremos discutir o sexo dos anjos e nem se Messi é


melhor do que Neymar ou vice-versa. Queremos mesmo é
falar de como o Evangelho impacta e transforma a nossa
vida.

Acreditamos que é possível viver como diz na música


Superman do Fruto Sagrado “diferente igual a todo mundo”.
Com simplicidade, mas antenado.

Mostraremos como isso é possível.

Abra então o coração e vamos nessa VIBE juntos!

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UM BREVE HISTÓRICO

Essa igreja nasceu no coração de Deus há alguns anos numa


visão que Deus deu ao pastor Fernando Ralha. Entenda, não
é aquele tipo de visão onde desce trovão e fogo do céu. Foi
algo plantado – construído - por Deus durante anos no
coração.

Isso só começou a se tornar real após uma viagem


particular que ele fez para a Suíça onde descobriu que o
Evangelho poderia reunir em adoração a Jesus pessoas de
diferentes características. Porém, a única coisa que impedia
a entrada dessas pessoas ao Reino era a cultura
ultrapassada da igreja. As pessoas continuam sedentas pelo
Evangelho, mas não no formato como muitas vezes é
apresentado. Na volta ao Brasil encontrou o até então
“perdido” e “engraçado” André Santos, mais conhecido como
“André Bob”. Ele já tinha sido discípulo do pastor Fernando
há alguns anos e quis retomar o discipulado. Maravilhado
então com a Visão recebida multiplica a vida de Jesus em
diversos outros discípulos. A partir daí vieram Mírian,
Isabela, Felipe, Jéssica e Ismael que também retomou o
discipulado, até chegar a você hoje aqui!

Acreditamos mesmo que tudo isso só tem sido possível por


meio da Graça acolhedora e transformadora de Jesus.
Vamos nessa!

Tamu junto,
Equipe Pastoral

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CAPÍTULO 1

SE LIGA EM QUEM SOMOS

“Todos os que creram eram um só na mente e no coração.”


(Atos 4:32)

A igreja de Atos é o sonho de todo aquele que deseja fazer a


obra de Deus com seriedade e amor . A questão é que os
caras eram muito impactantes. Eles radicalizaram o mundo
sem revolução. Eram pessoas simples, mas autênticas.
Alguns eram iletrados, outros inteligentes, uns pescadores e
outros doutores. Mas apesar de tudo, estavam todos juntos
na mente e no coração.

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Jesus era o que os unia. Apesar da diferença, o amor a Ele é
o que trazia a unidade necessária para que a missão fosse
cumprida.

Queremos então ser uma igreja assim que não se importa


com o seu estereótipo, mas com o caráter. Que não se liga
no seu jeito de falar, mas que facilita a transformação de sua
mentalidade.

Isso tudo sem despersonalizar você, tornando-o apenas


igual a Jesus.

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ESSA É A NOSSA BASE

A GRAÇA QUE NOS DEFINE

“Pois é pela graça que vocês são


salvos, mediante a fé em Cristo.
Isso não vem de vocês mesmos; é
uma dádiva de Deus”.
(Efésios 2:8)

Cara se há algo que a gente acredita é a Graça. Ela é


maravilhosa porque nela encontramos o próprio Deus. Não
sei se já te falaram, mas Graça não é um mero conceito do
tipo: “favor imerecido”. Graça é uma pessoa que se
manifesta sempre que buscamos com o coração. E essa
pessoa é Jesus. Ele é a pura Graça de Deus. Mas ela é
também desafiadora, porque nos transforma. Jesus nos
recebe como somos: cheios de falhas e esquisitices, mas nos
impulsiona para o melhor. Ele não se contenta em deixar a
vida nos levar. Ele é quem nos conduz. Ele é o nosso guia.
De maneira mais formal:

Cremos que a Graça é acolhedora e transformadora.

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A RAIZ DE TUDO O QUE SOMOS

“Toda a Escritura nos foi dada


por inspiração de Deus e é útil
para nos ensinar o que é
verdadeiro e para nos fazer
compreender o que está errado
em nossas vidas[...]”.
(2 Timóteo 3:16-17)

A Bíblia para nós não é um mero desodorante dominical


onde só usamos debaixo do braço em direção a igreja. Ela é
o nosso guia de fé e de vida. Ela é nosso alimento diário que
nos ensina o caminho da verdadeira paz, alegria e
felicidade. A Palavra de Deus é a forma de Deus nos
governar. Ignorar ela é o mesmo que ignorar Deus. Porque
ela fala de nós exatamente como somos e de Deus
exatamente como Ele é. Ela traz a verdade e consolo, coisas
que todos nós precisamos. De maneira mais formal:

Cremos na Bíblia como autoridade absoluta, suficiente,


infalível e inerrante.

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ESSA É A NOSSA RAZÃO DE SER

NOSSA VISÃO

Sermos um povo que ama a


Jesus, o próximo e a vida.

A vida é maravilhosa e um dom de Deus e que bem vivida


glorifica seu Criador. Por isso, desejamos amar a Jesus
acima de tudo, e próximo como nós mesmos, para que
sejamos completos em nossa relação com Ele, com o
próximo e com a criação.

NOSSA MISSÃO
Conectar pessoas a Deus
e a vida de maneira acolhedora s
encorajando o desenvolvimento
de forma integral.

Gostamos de gente porque Deus ama a gente. Por isso,


entendemos que nossa missão é facilitar o relacionamento
das pessoas com Deus e com a vida, gerando trasformação
integral em todos os aspectos da vida. Sem neura,
aprendendo a viver com liberdade, mas responsabilidade.

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NOSSOS VALORES

Amor a Jesus e a vida;


Humildade; Compaixão;
Simplic idade; Respeito ao
diferente; Integridade;
Criatividade.

São as nossas raízes. Aquilo que deve estar entranh ado na


galera da Central para orientar nossos passos e direção.

NOSSA FILOSOFIA

Viver é bom com Jesus é muito


melhor.

Somente quando encontramos o Amor maior é que


passamos a amar as outras coisas na medida certa. E esse
amor só é possível em Jesus. Sem dúvida ninguém nos ama
mais do que Ele. Nele a vida fica mais desafiadora, mais feliz
e mais surpreendente.

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CAPÍTULO 2

PORTA DE ENTRADA:
QUAL É O TIPO DA SUA LENTE?

Cosmovisão é a estrutura compreensiva da crença de uma


pessoa sobre as coisas.
(Albert M. Wolters, A criação restaurada)

Por mais que não pareça todo mundo faz teologia. Quando o
assunto é Deus todos tem sua razão. Faça um teste! Busque
a primeira pessoa que encontrar na rua e lhe pergunte o
que pensa sobre Deus. Certamente conseguirá algo. Agora,
faça o mesmo quando o assunto for da área médica por
exemplo. Alguns vão sugerir um especialista para resolver
tal questão. A diferença de abordagem nos dois exemplos
demonstra que todos somos propensos a ter uma visão
própria de Deus. O simples fato de dizer que Deus não

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existe já é um ponto de vista. Enfim, todos temos nossas
convicções acerca das coisas “do outro mundo”. Chamamos
isso na verdade de cosmovisão: as crenças básicas que nos
induz a uma percepção específica da realidade; é uma
maneira de enxergar a vida a partir de um ponto de vista
diferente do outro. Isto é semelhante a lente de um óculos.
Dependendo do modelo escolhido proporcionará uma
percepção diferenciada do que se vê. Por incrível que
pareça há muitas pessoas usando óculos sem saber o tipo
de lente determinado.

QUAL É O TIPO DE LENTE QUE A IGREJA CENTRAL


UTILIZA?

Nossa lente possui três perspectivas fundamentais:

CRIAÇÃO QUEDA REDENÇÃO

Acreditamos que estes três elementos estão presentes em


toda a história da salvação e nos ajuda a entender a
Escritura e a realidade com coerência e integridade.

2.1 CRIAÇÃO:

A base de nossa fé sobre o mundo é que a criação ou o


cosmo - palavra grega para “ornamento”, “arranjo bonito” -
foi criado por Deus. Apesar de saber que existem outras

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teorias, e que todas elas dependem de fé para sustentar
seus argumentos, optamos pela revelação das Escrituras
acima da especulação humana. Não ignoramos a ciência e
apreciamos a sabedoria de Deus nela. Apenas não a
consideramos como nossa verdade absoluta porque é finita
e mutável. E como não é o assunto principal desse material
falaremos adiante sobre nossa perspectiva bíblica sobre a
criação e o mundo:

Cremo s que a criação de Deus é boa . Em Gênesis 1


vemos que o Senhor se alegrou com ela: “Deus viu que a luz
era boa e a separou da escuridão.” (Gn 1:4); “Deus pôs na
parte seca o nome de “terra” e nas águas que se haviam
ajuntado ele pôs o nome de “mares.”. E Deus viu que o que
havia feito era bom.” (Gn 1:10); “E Deus viu que tudo o que
havia feito era muito bom. A noite passou, e veio a manhã.
Esse foi o sexto dia.” (Gn 1:31). Ao olhar os textos citados
fica claro que Deus não se irritou ou se frustrou por ter feito
algo tão belo. Mas pelo contrário, Ele se alegrou e o
qualificou como bom.

Cremo s também que a criação de Deus revela a glória


de seu Criador. “O céu anuncia a glória de Deus e nos
mostra aquilo que as suas mãos fizeram.” (Sl 19:1). A criação
torna o homem indesculpável quanto a existência de Deus.
Olhar para a grandeza do universo e a complexidade da
criação deveria nos conduzir ao louvor ao invés da
descrença.

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A criação também revela parte de quem Deus é, ou seja,
parte de seus atributos. “Desde que Deus criou o mundo, as
suas qualidades invisíveis, isto é, o seu poder eterno e a sua
natureza divina, têm sido vistas claramente.” (Rm 1:24). A
criação revela que além de poderoso Ele também é
Majestoso.

Portanto, se Deus considera como boa a sua criação


como podemos desprezá-la?
Conhecer essas verdades liberta -nos de uma visão ascética
(desprezo pelas coisas boas da criação) da realidade e pass a
a nos inspirar a uma vida mais feliz e plena. Valorizar a vida
(criação) é uma das formas de glorificar o seu Autor.
Desprezá-la é ignorar sua Majestade e Bondade.

2.2 QUEDA:

A Bíblia ensina que a queda de Adão e Eva no jardim do


Éden não foi apenas um ato isolado de desobediência, mas
um acontecimento que trouxe consequências devastadoras
para a criação como um todo. Não apenas a raça humana,
mas também todo o mundo não humano foi afetado. Neste
sentido, os efeitos do pecado tocaram toda a criação: a
família, as estruturas sociais, a arte, a sexualidade, a
tecnologia, a política, e assim vai.

Ligado nessa verdade podemos dizer que a Queda:

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Contaminou a criação com a corrupção do pecado.
“Você fez o que a sua mulher disse e comeu a fruta da árvore
que eu o proibi de comer. Por causa do que você fez, a terra
será maldita.” (Gn 3:17). A criação saiu do estado de
inocência e perfeição para a degeneração e escravidão:
“Porém existe esta esperança: Um dia o próprio Universo
ficará livre do poder destruidor que o mantém escravo e
tomará parte na gloriosa liberdade dos filhos de Deus. Pois
sabemos que até agora o Universo todo geme e sofre como
uma mulher que está em trabalho de parto” (Rm 8:23).
Repare que Paulo afirma que o Universo está sujeito ao
poder destruidor do pecado. Isto pode ser visto nas
inúmeras doenças, nos sofrimentos, na degeneração do
corpo humano e na própria morte.

Distorceu o relacionamento do ser humano com o seu


próximo. “Nesse momento os olhos dos dois se abriram, e
eles perceberam que estavam nus. Então costuraram umas
folhas de figueira para usar como tangas” (Gn 3:7). O relato
bíblico evidencia o que vivemos hoje: vergonha e medo.
Necessitamos de máscaras para encobrir nossas
imperfeições e nos proteger da maldade alheia. Além disso,
também provocou o primeiro ato de violência vingativa
entre irmãos como no caso de Caim e Abel (Gn 4:8).
Elementos estes que passaram a fazer parte do nosso dia a
dia mediante a nossa corrupção e maldade interiores.

Quebrou o relacionamento do homem com Deus. “Deus


expulsou o homem e no lado leste do jardim pôs os querubins
e uma espada de fogo que dava voltas em todas as direções.

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Deus fez isso para que ninguém chegasse perto da árvore da
vida.” (Gn 3:24). No início éramos dependentes de Deus e
vivíamos em plena comunhão com o Criador. Haja vista que
Adão e Eva se encontrava sempre com Deus no crepúsculo
da tarde: “Naquele dia, quando soprava o vento suave da
tarde, o homem e a sua mulher ouviram a voz do Senhor
Deus, que estava passeando pelo jardim” (Gn 3:8). A queda
tornou o ser humano um ser paradoxal: criado a imagem de
Deus, mas caído; rebelde, autônomo e egoísta.

A neurose do “Mundo” pervertido

Algumas denominações cristãs olham o mundo como um


verdadeiro caldeirão do inferno e por isso é preciso se
isolar dele. O problema é que isso é impossível. Estamos
nele e ficaremos nele enquanto vivermos. Esse pensamento
se dá assim por conta da crença de que o mundo é divido
em: sagrado e profano. Para eles tudo o que é produzido
dentro do contexto evangélico é considerado santo. Porém,
o que é realizado fora dessa área é profano.

Durante muito tempo fomos dominados por essa


cosmovisão.

Agora, pela Graça de Deus, pensamos de maneira diferente.


Conseguimos discernir melhor o que é de Deus e o que não
é. Sabemos que há hoje muita música ruim e anticristã
sendo feita no meio evangélico. A cultura gospel brasileira
em grande parte é brega e surreal. Fala uma linguagem
extraterrestre que somente eles entendem. Se Steve

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Spielberg conhecesse um pouco mais dessa cultura seria
capaz de fazer um remake do filme “O ET”. Brincadeira a
parte, entendemos que é totalmente possível produzir algo
mundano mesmo de dentro da igreja. Assim como também
é possível encontrar algo que revela a beleza de Deus na
vida comum.

Fala sério! Vamos jogar no lixo as coisas que retratam a


beleza de Deus só porque não foram feitas por cristãos? O
que dizer da música Paciência do Lenine, ou do livro O
Senhor dos Anéis do Tolkien, ou alguns escritos de Machado
de Assis? Pelo amor de Deus! O apóstolo Paulo não nos
desmente. Na verdade o que estamos falando está baseado
no pensamento e orientação dele para Timóteo: “ Tudo o que
Deus criou é bom, e, portanto, nada deve ser rejeitado” (1Tm
4:4).

Agora é claro, não devemos ser inocentes e ignorantes


quanto à realidade. Não podemos dormir diante da
mentalidade demoníaca que preside o mundo: as injustiças
sociais, a ganância, a perversão sexual, a violência, a perda
dos valores morais, enfim tudo aquilo que de fato é
contrário a mentalidade cristã. Neste sentido, o apóstolo
João fala do cuidado que devemos ter: “Não amem o mundo,
nem as coisas que há nele. Se vocês amam o mundo, não
amam a Deus, o Pai. Nada que é deste mundo vem do Pai” (1
João 2:15-16)

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Talvez você esteja confuso. Não parece que uma coisa
contraria a outra? Isso se resolve com o entendimento
correto da palavra MUNDO.

Resolvendo nossa neurose do “Mundo” pervertido

A confusão se dá por conta da interpretação equivocada que


é feita da palavra MUNDO. A Bíblia possui um só significado
e uma só verdade dentro do contexto de cada passagem.
Porém, uma mesma palavra só pode ter um significado
diferente quando o contexto muda. O que quero dizer com
isso é que a palavra MUNDO no texto de 1 João 2:15-16 não
se refere a CRIAÇÃO como um todo, mas a MENTALIDADE
demoníaca contrária aos valores do Reino de Deus . Mas a
mesma palavra MUNDO se refere a CRIAÇÃO como obra de
Deus em outras passagens.

Preste atenção nos seguintes exemplos :

A palavra MUNDO quando se refere a mentalidade


demoníaca:

“Chegou a hora de este mundo ser julgado, e aquele que


manda nele será expulso.” (Jo 12:31);

“Os maus desejos da natureza humana, a vontade de ter o que


agrada aos olhos e o orgulho pelas coisas da vida, tudo isso
não vem do Pai, mas do mundo.” (1 João 2:17).

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Agora a palavra MUNDO como sinônimo da criação
divina:

“No entanto, por toda a terra se faz ouvir a sua voz, E as suas
palavras, até aos confins do mundo.” (Sl 19:4);

“O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele
Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos por
mãos humanas.” (At 17:24);

Nos dois primeiros textos bíblicos a palavra mundo não


pode ser interpretada como sinônimo da criação. Naquele
contexto só pode ter esse significado. Da mesma forma as
duas últimas passagens.

Portanto, podemos apreciar a graça comum de Deus mesmo


estando num mundo corrompido pelo pecado.

Você ainda não entendeu tudo? É assim mesmo! Não


abandone o material e nem peque nos julgando. Continue,
vamos chegar lá na Redenção! Graças a Deus!

2.3 REDENÇÃO:

Redimir significa “comprar de volta”. É a pessoa que foi


sequestrada e escravizada e que só pode se tornar livre
após o pagamento do resgate. Quem faz o pagamento
compra de volta a liberdade original do preso. Também
pode significar “reconciliação”. Aqui a imagem é de antigos

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amigos que brigaram e declararam guerra um ao outro. Eles
se reconciliaram e voltaram ao estado original. Por fim,
podemos interpretar também como “renovo”. A ideia de que
o que era novo e que um dia foi gasto pelo uso agora é
“renovado”, ou seja, trazido de volta à sua qualidade antiga.

Redenção então quer dizer que Deus não abandonou a obra


de suas mãos. Ele continua trabalhando para restaurá -la. E
sacrificou o próprio Filho para salvar o seu projeto original.
A redenção não é uma questão de acrescentar uma
dimensão sobrenatural ou espiritual à vida humana; antes,
é uma questão de dar nova vida e vitalidade ao que já estava
lá o tempo todo.

Neste sentido, não devemos então ignorar a criação de Deus


e as coisas boas que há no mundo: o prazer não deve ser
abolido, mas redimido; o casamento não deve ser evitado,
mas santificado; as emoções não devem ser reprimidas, mas
purificadas; a sexualidade não deve simplesmente ser
evitada, mas restaurada; a arte não deve ser demonizada,
mas reivindicada para Cristo; o s negócios não devem mais
ser relegados ao mundo secular, mas ser feitos novamente
de acordo com os padrões que honram a Deus.

Embora a criação possa ser usada de modos pecaminosos


ou egoístas, e possa desviar de Deus o nosso afeto, assim
mesmo não devemos deixar que o mau uso da ordem da
criação nos afaste da beleza do Senhor no mundo. A criação

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material ainda é boa aos olhos de Deus e deve também ser
vista por nós da mesma maneira.

Devemos então trabalhar pela renovação do mundo e pela


restauração do plano original de Deus se comunicando com
uma linguagem acessível. Plantando a cultura do Reino na
cultura dos homens. É claro que estaremos lutando contra a
correnteza, mas não precisamos dizer que o mar é do diabo
porque ele não é dono nem do inferno. De us sempre foi, é e
sempre será Soberano sobre sua criação.

Nossa cosmovisão então nos orienta a olhar o mundo a


partir de três óticas fundamentais:

1) A Criação originalmente boa;


2) Que por conta da Queda foi corrompida pelo pecado;
3) E que por meio do Evangelho é REDIMIDA
(restaurada).

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CAPÍTULO 3

O EVANGELHO E A RELIGIÃO

A mensagem cristã é a de que não somos salvos devido a


nosso histórico; por isso, o Cristianismo não é religião nem
irreligião, mas algo totalmente diverso.
(Tim Keller, A fé na era do ceticismo)

Falar do Evangelho é ao mesmo tempo fácil e difícil. Fácil


porque ele em sua essência não fala de nós, mas de Cristo ;
porque narra uma história pronta, uma obra completa, o
fato consumado. Difícil porque só faz sentido se for vivido e
experimentado. Isto implica em relacionamento com Deus
que induz a um redirecionamento no estilo de vida, na
forma como enxergamos a nós mesmos e o mundo. Isso sim,
diz respeito a nós.

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Existem pelo menos três formas de nos relacionarmos com
Deus que chamaremos aqui de: religião, irreligião e
Evangelho.

Sabemos que religião em seu sentido original positivo no


latim quer dizer “religare”: a tentativa do homem de se ligar
com o transcendente. Porém, a Bíblia a descreve de maneira
negativa. Seu princípio base é:

EU PORTANTO
OBEDEÇO SOU ACEITO

A religião supõe que podemos ser salvos por conta de nossa


capacidade natural. Eu vivo bem e por isso sou aceito por
Deus.

Já o Evangelho diz o seguinte:

SOU ACEITO POR POR MEIO PORTANTO


DEUS DA OBRA DE OBEDEÇO
JESUS

O princípio do Evangelho é: “sou aceito por Deus, por meio


de Jesus e por isso vivo bem”. O Dr. Tim Keller diz que o
Evangelho é muito óbvio do inicio ao fim da Bíblia: “Deus
resgata os israelitas e só depois dá a Lei; Ele os salva e depois
os ensina como viver”. Deus não fala: “obedeça os meus 10

23
mandamentos por 5 ou 6 anos e eu te livrarei do Egito”. Mas
pelo contrário, os liberta primeiro para depois ensiná -los a
vida.

Os dois princípios falados até agora são totalmente opostos.


Pense em duas pessoas que frequentam a mesma igreja.
Uma vive o Evangelho e a outra a religião: sentadas no
mesmo banco de uma igreja, aparentemente tentarão fazer
as mesmas coisas; vão orar, vão tentar ajudar aos pobres,
irão aos cultos, ouvirão o sermão, entretanto, farão essas
coisas por motivos completamente diferentes. Uma faz por
medo “Ou eu vivo uma boa vida ou Deus vem me pegar” a
outra faz por completa alegria: “Deus me salvou” e por isso
vivo bem. A religiosa busca viver por barganha para receber
as bênçãos de Deus por ser merecedora das boas obras. A
outra, que entende o Evangelho, faz porque já sabe que tem
tudo o que realmente necessita. Na superfície essas coisas
não são tão distintas, até porque o homem valoriza o
exterior, já Deus vê o coração.

A irreligião é um outro estilo de vida. Possui duas linhas


gerais de pensamento que chamarei aqui de irreligião
evidente e irreligião mascarada .

A irreligião evidente é mais fácil de entender porque


possuem opiniões mais claras. São aqueles que vivem a vida
de maneira autônoma negando totalmente Deus (ateus) ou
simplesmente não se importando com Ele (agnósticos). O
princípio base é:

24
EU SOU NÃO PRECISO POR ISSO
DONO DE DE DEUS VIVO BEM
MIM MESMO

Já a irreligião mascarada é uma falsa representação da


espiritualidade. Os que fazem parte desse estilo de vida são
aqueles que não acreditam na religião, mas querem algum
contato com o transcendente:
MAS SOU
EU ACREDITO POR ISSO
DONO DE
EM DEUS VIVO BEM
MIM MESMO

O grande problema da irreligião mascarada é que faz a


pessoas acreditarem que estão agradando a Deus. A
verdade é que ninguém é salvo para se tornar dono de si
mesmo. É um contrassenso.

Há também aqueles que vivem a irreligião mascarada


dentro do Evangelho. Querem Jesus apenas como Salvador,
e não Senhor. Isso é um problema sério porque faz a pessoa
acreditar falsamente que está vivendo o Evangelho. Como
vimos anteriormente a obra da Redenção significa compra
dos direitos. Sendo assim, nossa vida passa a não ser mais
nossa, mas de Deus. Somos salvos então por Jesus para
sermos dele e de seu Reino. E Seu Reino é representado
aqui na terra pela igreja. Não fazer parte de uma é também
ser salvador de si mesmo. O autor de Hebreus adverte seus

25
leitores sobre essa questão: “Não descuidemos dos nossos
deveres na igreja, nem das suas reuniões, como algumas
pessoas fazem, mas animemo-nos e nos admoestemo-nos uns
aos outros [...]” (Hebreus 10:25).

O Evangelho, portanto não é religião como descrito na


Bíblia porque seu princípio motivador é o da fé e não das
obras: “Esta boa-nova nos diz que o homem só pode ser justo
diante de Deus através da fé, de fato, a justiça de Deus, do
princípio ao fim é pela fé. Tal como a Escritura afirma: ‘O
justo viverá por fé’” (Rm 1:17). Também não é irreligião
porque nos salva para fazer parte de um povo, de uma
nação, de um Reino e de uma promessa. Sendo assim,
apesar de se expressar na cultura de forma exterior
semelhante a uma religião, não é nem isto e nem aquilo,
mas algo totalmente diverso.

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CAPÍTULO 4

QUE IGREJA É ESSA RAPAZ?

Uma comunidade missional é uma igreja que nasce no


coração de Deus para o mundo.
(Fernando Ralha)

Certa vez caminhando na rua encontrei um amigo e


iniciamos uma conversa bacana, pois havia tempo que não
nos víamos. Num certo momento me perguntou sobre como
estava a vida e o que tinha de novo. Falei de tudo o que
estava acontecendo e ele ficou feliz. Porém, quando
comentei da visão da igreja se surpreendeu e me perguntou
de maneira espantosa: “Que igreja é essa rapaz?” Na hora eu
tive vontade de rir, mas me contive porque percebi que ele
ficou “meio tenso”.

27
A verdade é que o conceito atual de igreja está tão
distorcido que quando procuramos vivê -la de acordo com a
Bíblia assusta as pessoas. Falaremos aqui então o que
pensamos a respeito e como queremos ser igreja.

IGREJA COMO COMUNIDADE

Em primeiro lugar, igreja não é templo. É biblicamente


errado dizer “vou à igreja” se referindo ao prédio onde a
comunidade se reúne, pois o que define a igreja não é o
lugar, mas as pessoas. A igreja é o povo de Deus (1 Pd
2:10) composta por todos os crentes em Jesus; são os
chamados e eleitos pelo próprio Senhor para anunciar as
suas maravilhosas virtudes. Pedro transmite essa idéia ao
descrever o cristão como “pedras vivas” (1 Pd 2:5) e Jesus
como a “pedra fundamental” na edificação da “casa
espiritual” de Deus (1 Pd 2:9-10).

Também não é e nem pode ser reduzida a idéia de uma


mera instituição. O cristianismo surgiu como um
movimento (Atos 1-2) e se organizou como uma instituição
séculos mais tarde por meio do imperador Constantino. O
grande perigo de associar igreja a instituição é o de
transformar o movimento em um monumento1.

1
Profes s or Eval do: “Não s e falava em i r à igreja, ma s em se r Igreja. Os
edifícios, d enominaçõe s, contribui ções e insti tuições só surgi ram porque
aqueles que e ram a Ig reja de C ris to cres ce ram s e organizara m e as sim o
movimen to do caminho de C risto s e insti tucionalizou. O g rande ris co da
neces sária institucionaliza ção é matar o movimen to. O movi mento cri stão
de ser ig reja transfo rma-s e, muitas ve zes , e m monum ento que le mbra
vagamente o que foi o movimen to original”.

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A igreja é o corpo de Cristo que vive como um
organismo vivo (Ef 4:12, 15): nasce pelo poder do Espírito
Santo, se move e se estabelece como uma comunidade e
cresce em constante ajuste na direção de Cristo: o guia de
todo o corpo (Ef 4:16).

Não tem como sermos igreja vivendo de forma


individualista e isolada uns dos outros, a não ser que
enxerguemos igreja como templo e instituição. Neste
sentido, fracassaremos como tem acontecido com muitos:
multidões de indivíduos aglomerados num só lugar sem
compartilhar de si mesmo com ninguém, vivendo apenas
em busca de seu bezerro de ouro. Isto não é ser igreja!

Somos então Igreja quando somos igreja em


comunidade, quando vivemos uns com os outros, quando
participamos da vida de cada um numa relação
interdependente exatamente como é no corpo humano.
Somos igreja em comunidade quando nos tornamos um
grupo de pessoas que participam de uma missão comum e
que juntos compartilham a vida (1 Ts 2:8), os bens (At
4:32), o evangelho (Fp 1:5), o sofrimento e a glória de
Cristo (2 Co 1:6-7, 1 Pd 4:13).

Concluímos então com o comentário de Tim Chester sobre


a necessidade da comunidade na vida do cristão2: “Ao
tornar-me cristão, pertenço a Deus e aos meus irmãos. Não é
como se eu pertencesse a Deus e então tomasse a decisão de
me tornar membro de uma igreja. Estar em Cristo significa

2
CHES TER , Ti m. Igreja Tot al. Edi tora Tempo d e Col hei ta . pp. 41

29
estar em Cristo junto com os outros que estão em Cristo. Essa
é a minha identidade. Essa é a nossa identidade. Não assumir
a nossa identidade coletiva em Cristo é algo análogo ao ato
do adultério: podemos ser cristãos e praticá-lo, mas não é o
que os cristãos devem praticar. Os laços da nova comunidade
desbancam até mesmo os laços biológicos (Mt 10:34-37; Mc
3:31-35; Lc 11:27 -28). Se a igreja é o corpo de Cristo, então
não devemos viver como cristãos sem corpo”.

QUE PARADA É ESSA DE MISSIONAL?

Missional vem do substantivo missão e é um adjetivo que


qualifica o tipo de cristão que q ueremos ser. Neste sentido,
o que estamos falando é: somos missionais porque somos
missionários. Missionário não é apenas aquela pessoa que
vai para um outro país de uma cultura totalmente diferente.
Missionário também é todo aquele que vive o Evangelho na
cultura em que foi plantado por Deus.

Uma comunidade missional é então uma comunidade de


pessoas que vivem e atuam como missionários em sua
cultura, enviadas em missão para o evangelismo de não
cristãos que fazem parte do seu convívio pessoal, como por
exemplo: vizinhos, amigos do trabalho, família, etc. A base
para o evangelismo não é o anúncio da mensagem cristã
imediata e explícita, mas o testemunho de vida pessoal de
amor a Deus, amor aos irmãos da fé e amor ao pecador.
Sendo menos discurso e mais prática.

A base para este conceito de igreja se encontra no texto de


João 20:21 quando Jesus disse: “[...]Assim como o Pai me

30
enviou, eu os estou enviando”. A ideia central aqui é a de um
Deus missionário que enviou a si mesmo. Seguindo seu
exemplo devemos ser parte de sua missão permitindo
sermos enviados pelo Pai ao mundo que clama para ser
amado. Mark Driscoll resume bem essa verdade: “Deus é um
Deus de envio, um Deus missionário, que chamou o Seu povo,
a igreja, para ser agentes missionários de Seu amor e glória.
O conceito missional sintetiza esta ideia 3”.

Portanto, a Igreja tem uma missão porque Jesus tem uma


missão. E a missão da Igreja é a missão de Jesus para o
contexto cultural na qual ela foi enviada.

Uma igreja missional

IGREJA EVANGELHO CULTURA

A igreja missional é uma igreja centrada no Evangelho , na


Palavra de Deus viva no coração das pessoas: ensinando -as
a amar a Deus. Também no discipulado radical, na
transformação da vida integral do cristão: ensinando-os a
amar a Deus e ao próximo. E na missão, na proclamação do
Evangelho no dia a dia da vida comum: ensinando -as a amar
o pecador como um agente de transformação do mundo.

3
Dris coll , Ma rk. Igreja Vintage.

31
A igreja missional planta a cultura do Reino na cultura em
que a comunidade está localizada, sendo assim uma
comunidade transformadora da realidade local. Ela não
estigmatiza a cultura como demoníaca, pois entende que
toda a cultura por pior que seja expressa em sua essência a
imagem do Deus criador. O papel então da comunidade é
redimir essa cultura com os valores do Reino de Deus.

A igreja missional também valoriza o Evangelho na vida


comum, nas tarefas diárias, no cotidiano. O Evangelho
precisa fazer parte de nosso dia a dia e não apenas dentro
do templo onde a comunidade se reúne.

O TIPO DE IGREJA QUE NÃO PRETENDEMOS SER

Uma igreja fundamentalista

Caracteriza-se pelo apego ao conservadorismo e


tradicionalismo. Que significa colocar o ensino dos cristãos
do passado, ou de uma comunidade específica, como regra
de fé para a vida e prática cristãs no mesmo nível de
autoridade das Escrituras 4 . Vemos nisso um grande
equívoco, pois como cristãos precisamos estar em
constante renovação. Aliás, esse é um lema da Reforma:
“Reformado sempre se reformando”.

4
Shedd e m seu li vro Lei , Gra ça e San tifi ca ção: “O tradicionalista mostra zelo pela
‘lei’ de sua igreja e denominação, porque entende que aí ele encontra o receptáculo
4
da sabedoria dos séculos” .

32
Uma dificuldade comum nessa visão de igreja é a de
comunicar o evangelho para os pecadores. Isso acontece
porque no consciente coletivo de seus membros as pessoas
para entrarem no Reino de Deus precisam se conformar aos
seus padrões de conduta e regras morais antes mesmo de
aprenderem a amar a Jesus. Alguns a têm denominado de
igreja monástica por conta do isolamento e da dificuldade
de diálogo com a cultura: os de fora. Eles costumam ver a
cultura numa perspectiva negativa e pessimista
caracterizando-a, muitas vezes, como demoníaca.

IGREJA EVANGELHO CULTURA

Uma igreja liberal

É uma igreja que procura comunicar o evangelho de


maneira influente na cultura, se envolvendo na sociedade
na tentativa de se articular, porém afrouxando os princípios
inegociáveis do Evangelho. Acabam assim por enfraquecer
o testemunho de Deus. A igreja liberal não é geralmente
uma igreja centrada no Evangelho e na Palavra de Deus , ela
é normalmente humanista e subjetiva. Vive um Evangelho
sem cruz.

33
IGREJA CULTURA EVANGELHO

Uma igreja de eventos

É uma igreja que funciona e vive em torno de atividades e


eventos. Essa estratégia funcionou bem num certo período
da história. Porém, hoje as pessoas encontram muitos
motivos para não irem à igreja. Algumas nem sabem
exatamente o que é e como é isso. Neste sentido, uma
estratégia mais eficaz é a igreja ir até eles e não ficar
esperando do lado de dentro. Além disso, o custo de se
preparar um grande evento é muito alto. A mesma energia
quando canalizada para a ação missional é muito mais
eficaz.

IGREJA EVENTOS CULTURA

Uma igreja celular

A igreja celular funciona, de maneira geral, de uma forma


muito mecânica e “marketeira”. Seu foco é meramente
evangelístico e não integral. Possuem até alguns princípios
interessantes acerca do discipulado , mas não consegue

34
manter o padrão de qualidade: cresce em quantidade, mas
perde em qualidade. Deixa de ser sal e luz para o mundo
porque valoriza mais a salvação da alma do que a
transformação integral da mesma.

IGREJA SALVAÇÃO CRUZ

Apesar de tudo não somos melhores que ninguém

O que apresentamos até agora são modelos e não pessoas.


Não estamos nos dirigindo a ninguém especificamente, mas
ao nosso entendimento bíblico do que é e como ser igreja.
Também não estamos dizendo que temos a solução mágica
de como ser igreja perfeita. Estamos apenas apresentando
nosso modo de ser igreja e nossa perspectiva acerca das
outras que nos difere delas. Tampouco queremos
estigmatizar a mesma. Há muitas igrejas sérias que são
missionais em sua essência, mas que adotaram alguma das
formas apresentadas anteriormente e que cumprem bem o
seu papel no contexto ao qual foi chamado . Nós aqui da
Igreja Central, por exemplo, somos simpáticos a forma de
organização da igreja em células. Adotamos alguns
princípios desta visão que diz respeito a organização da
mesma, mas sem mudar a nossa essência. O que nos
importa de fato é o princípio e não a forma.

35
NOSSO FORMATO

Vivemos o Evangelho na Igreja Central num processo


muito simples que possui apenas três etapas:

Conectar -> Pessoas a Deus em todas as nossas redes de


relacionamentos; em nossa vizinhança, em nossas famílias,
trabalho, faculdade, escola, cidade...;

Encorajar -> Promovendo o desenvolvimento pessoal e


coletivo por meio da pregação de domingo, dos grupos
de rede e local, e com discipulado,

Influenciar -> Ensinando tudo que aprendemos, usando


nossos recursos , nossos talentos, nosso conhecimento e nosso
tempo para mudar a realidade da cultura local corrompida em
nossa volta;.

Conectar

Encorajar

Influenciar

36
Conectar –> (viver) é restaurar o relacionamento das
pessoas com Deus

A comunhão do homem com


Deus foi rompida (Gn 3).
Por isso, nossa principal missão
é ser agentes de transformação,
restaurando e facilitando o
relacionamento das pessoas
com Jesus e a vida.

A comunidade missional que conecta as pessoas a Deus é


na verdade uma grande rede composta de inúmeros Grupos.
Por isso é perfeitamente possível existir em uma
comunidade missional grupos completamente distintos
fazendo parte de um mesmo corpo, seguindo o padrão
bíblico de que o evangelho é para todas as tribos, nações,
povos e raças. Chamamos estes grupos de (Grupo de rede).

Características do Grupo de rede;

Se encontram diariamente ou semanalmente; vivem e


proclamam o Evangelho de forma simples; partilham
refeições juntos; fazem eventos, se divertem e riem
bastante; contam testemunho do que Deus está fazendo na
vida de cada um; e v e n g e l i z a m o s n ã o c r i s t ã o s ; oram
pela comunidade que pretendem alcançar para Jesus;
realizam praticas missionais nas casa dos amigos, nas
praças, em festas, no shopping, num bar, etc.;

37
Encorajar –> (amar) é tratar o carater e desenvolver a
vida do cristão da Igreja Central

O encorajamento tem como alvo gerar trasformação.


É tratar o carater e desenvolver de forma integral a vida
do cristão da Igreja Central. É um treinamento pessoal
e/ou coletivo com base bilica que ensina como devem ser
os valores morais, intelectuais, relacionais e espirituais de
um cristão.

Encorajamos porque acreditamos que crescendo e se


desenvolvendo, aprendermos viver constantemente o
amor de Cristo de forma plena e integral, com mudança
real de vida. Fazemos tudo isso no (Grupo local).

Características do Grupo local;

É o grupo de membros da igreja, se reúnem de duas formas,


em encontros semanais no templo e nas casas dos irmãos,
nas casas os lideres de grupo reproduzem a pregação de
domingo, estudam a Escritura juntos (principalmente aquilo
que Deus tem falado por meio do líder da comunidade); as
pessoas adoram a Deus com louvores; oferecem
encorajamento e força aos irmãos por meio do
discipulado e da oração; se confraternizam; marcam
eventos. O grupo nos lares tem em média de 15 a 30
pessoas, quando atinge números maiores é sinal de que é a
hora de multiplicar e iniciar um novo grupo. Cremos que a
transformação de uma pessoa acontece por meio da
eficácia da Palavra de Deus.
É por ela que Deus governa nossa vida e a igreja. É ela
que penetra o nosso interior e muda o nosso coração:
38
“Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante
do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à
divisão da alm a e do espírito, e das juntas e medulas, e é
apta para discernir os pensamentos e intenções do coração”
(Hb 4:12).

Para algumas pessoas a experiência de ouvir a Palavra de


Deus é tediosa e enfadonha. Para nós é animadora.
Primeiro, porque fala ao nosso coração. Segundo porque
toca nossa alma e nos reanima. E terceiro porque trasfroma
nossas vidas. Nossas reuniões tanto no templo quanto nas
casas são normalmente vibrantes e transformadoras.

Influenciar –> (servir) é redimir a cultura local que


está corrompida em nossa volta

O mundo para nós não se resume as quatro paredes da


igreja. O Evangelho precisa ser vivido e o melhor lugar para
isso não é dentro do templo, mas sim fora, com os irmãos
e com os não cristãos. É com eles que devemos nos
relacionar para servir , influenciar e amar.

Entendemos que mudar a realidade e melhorar a qualidade


de vida das pessoas em nossa volta é uma das prioridades da
nossa missão. E para isso, usamos nossos recursos, nossos
talentos, nossos conhecimentos e nosso tempo para redimir a
cultura local que está corrompida em nossa volta.

Um cristão missional da Igreja Central sabe se comunicar


com quem não é. Ele está antenado ao mundo para
reconciliá-lo com Deus e gerar trasaformação por meio do
amor de Jesus.

39
CAPÍTULO 5

O EVANGELHO E O BATISMO

O batismo é um selo de quem se identificou verdadeiramente


com a morte e ressurreição de Cristo
(Fernando Ralha)

O batismo é um assunto divergente em muitas


denominações cristãs. Falaremos aqui de nossa posição
reformada a respeito do assunto.

O que é o batismo?

O batismo cristão é um testemunho externo de uma fé


interna na obra redentora de Jesus para a salvação . É
também um ato de obediência ao mandato de Jesus:

“Portanto, vão a todos os povos do mundo e façam com que


sejam meus seguidores, batizando esses seguidores em nome
do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:19).

40
É uma declaração visível da transformação operada no
coração por meio do Evangelho. O batismo é para anunciar
nosso arrependimento de uma vida distante de Deus e
também para nos identificar co m Cristo em sua morte e
ressurreição. Quando um cristão é batizado é mergulhado
nas águas para representar sua morte para o pecado e o
sepultamento de uma velha vida. Porém, se levanta para o
ressurgimento de uma nova.

O batismo também é um rito de entrada para identificar os


cristãos com a igreja (1 Co 12:13, At 2:41, Mt 28:19).

Quem deve ser batizado?

Somente aqueles que querem realmente mudar de vida.


Ninguém deve ser batizado, mesmo dizendo que crê em
Jesus, se não se arrepender. Não podemos nos batizar
apenas porque achamos Jesus um cara legal e o pessoal da
igreja uma galera maneira. Só faz sentido se quisermos
realmente abandonar o velho para viver o novo e
mergulhar e viver a vida que o Evangelho oferece.

Não batizamos bebês

Os bebês não possuem capacidade de discernimento para o


arrependimento e a fé em Jesus. Todos os batismos do Novo
Testamento são precedidos disso: arrependimento do
pecado e da fé em Jesus (At 2:38-41; 8:12; 9:18-19; 10:44-
48; 16:14-15; 18:8; 19:1-7; 22:16). Além disso, há muitos
testemunhos de filhos de cristãos reformados que foram
batizados enquanto bebês e depois se desviaram da fé.

41
Seguindo tal pensamento , optamos por não batizar os
bebês.

Por que Jesus então foi batizado se ele não tinha pecado?

Jesus inaugurou um batismo muito mais pleno que o do


João Batista. O batismo de Jesus foi a sua própria morte e
ressurreição, coisa que nenhum homem seria capaz de
realizar. Contudo, realizou o batismo de João para testificar
da obra de Deus no mundo para os homens pecadores. Jesus
seguiu uma lógica diferente da nossa no batismo: ele entro u
limpo e saiu sujo por causa dos nossos pecados; nós
entramos sujos e saímos limpos por causa de sua santidade.

Serei salvo mesmo não tendo sido batizado?

Claro. O ladrão da cruz não foi batizado e mesmo assim


Jesus disse que iria encontrá-lo no céu. Porém, não
devemos esquecer que se temos a possibilidade de nos
batizar devemos fazê-lo, pois foi uma ordenança de Cristo.
Contudo, o batismo não garante a salvação d e quem não
teve o coração atingido pelo Evangelho. Para aqueles que
fazem isso será apenas um banho.

Como pensamos que o batismo deve ser ministrado?

Cremos que o batismo deve ser realizado por imersão. A


palavra grega utilizada para batismo no NT significa
mergulhar e imergir. João Batista batizava as pessoas dessa
maneira no rio Jordão. Jesus também se batizou assim com

42
João. Neste sentido, fecho o pensamento com o do Driscoll
quando diz:

“O batismo é, em um sentido muito verdadeiro, a lembrança e


a identificaç ão com a morte, o sepultamento, e a ressurreição
de Jesus. Seria inconcebível entender o assassinato brutal de
Jesus como algo borrifado sobre ele em vez de um
sepultamento total na morte e no túmulo. Somente a imersão
mostra com precisão a morte de Jesus e seu sepultamento,
com a posterior imersão das águas na ressurreição”.
(Mark Driscoll. Igreja Vintage, pp. 107).

Contudo, em situações de rara necessidade, como no caso


de alguém paraplégico, faremos por aspersão.
Não deixaremos de batizar tal pessoa crente em Jesus
porque simplesmente não é imersão. O que vale em todos os
casos é o princípio e não a forma. Mas a ordem natural mais
bíblica é a imersão e não aspersão.

43
CAPÍTULO 6

O EVANGELHO E O DINHEIRO

A forma como usamos nosso dinheiro é uma das melhores


maneiras de mostrar quem realmente somos. (Fernando
Ralha)

Algumas pessoas tem um sério problema com o dinheiro.


Chegam a deturpar o texto bíblico dizendo que ele é “a raiz
de todos os males”. Na verdade não. O dinheiro não é uma
maldição, o problema é a nossa cobiça. A forma como
lidamos com o dinheiro demonstra muito quem somos e
onde está o nosso coração. As nossas ações são
consequências do nosso amor a algo. E se esse amor não
estiver focado em Jesus certamente preencherá o espaço
com outra coisa. O dinheiro torna -se apenas mais uma
opção para a nossa idolatria. Jesus disse isso: “Pois, onde

44
estiver o seu tesouro, ali estará também o seu coração”
(Lucas 12:34).

Quem fala muito bem sobre esse tema é Paulo:

“Você será verdadeiramente próspero se exercer a piedade


com contentamento. Afinal de contas, não trouxemos nenhum
dinheiro conosco quando viemos ao mundo, e nada podemos
levar quando morrermos. Portanto, devemos sentir -nos bem
satisfeitos se tivermos alimento e roupa suficiente. Mas as
pessoas que querem se tornar ricas caem em tentações e
ciladas e em muitos desejos tolos e nocivos, que lhes causam
dano e ruína, e finalmente levam à destruição. Pois o amor ao
dinheiro é a raiz de todos os tipos de males. Algumas pessoas
até voltaram as costas a Deus por causa do amor ao dinheiro
e, como resultado, afligiram a si mesmas com muitos
sofrimentos.” (1 Tm 6:6-10).

O texto mostra como é possível usar o dinheiro de maneira


negativa e positiva.

Usando o dinheiro de maneira negativa

Usamos o dinheiro de maneira negativa quando mudamos


sua natureza e sua ordem de importância em nosso coração.

A natureza do dinheiro

“Afinal de contas, não trouxemos nenhum dinheiro conosco


quando viemos ao mundo, e nada podemos levar quando
morrermos.” (VS.7)

45
O dinheiro não é algo eterno. Foi criado pelo homem e
assim como ele passará. Quando morrermos ele não irá
conosco. Tudo o que adquirimos aqui permanecerá aqui.
Tudo o que construímos ficará e com o tempo sumirá.
Sendo assim, não devemos nunca tratar o dinheiro de
maneira diferente do que realmente é : temporário. Nós,
porém somos seres eternos. Nossa decisão aqui influenciará
nossa vida na eternidade se será com Deus (paraíso) ou sem
Ele (inferno).

A ordem de importância

“Mas as pessoas que querem se tornar ricas caem em


tentações e ciladas e em muitos desejos tolos e nocivos, que
lhes causam dano e ruína, e finalmente levam à destruição.”
(VS. 9)

Ganhar dinheiro nunca deve ser o propósito de uma vida.


Não devemos viver em busca disso. O dinheiro não é mesmo
garantia de felicidade! Ele pode sustentar o conforto, a
facilidade, mas nunca a verdadeira paz e alegria. Eu tenho
um amigo pedreiro que é muito mais feliz e realizado do
que muitas pessoas que conheço de alto nível financeiro. Ele
não ganha muito e nem vive em busca disso , mas tem uma
ótima casa, uma ótima família e amigos sinceros. Há riqueza
maior do que isso?

Muitas pessoas tem vendido a alma por causa da ganância.


O apóstolo disse que isso pode se tornar um ídolo em nosso

46
coração: “Portanto, fora com as coisas pecaminosas e
terrenas: a imoralidade sexual, a impureza, a paixão, os
desejos vergonhosos, e a ganância, pois ela é idolatria” (Cl
3:5)

Um exemplo prático disso é a forma como os jovens estão


escolhendo sua vocação. Muitos têm optado pela vida
profissional tendo como base o dinheiro proporcional à
carreira. Abandonam as aptidões naturais porque não veem
o suficiente para manter o padrão hollywoodiano 5 de vida.
Conheço pessoalmente alguns que se arrependeram
profundamente disso. A questão é que a felicidade do
dinheiro dura apenas dois degraus na escada da vida. E seu
gosto no fim é amargo como o fel.

Usando o dinheiro de maneira positiva

A melhor forma de nos relacionarmos com o dinheiro é


tratando como um utilitário. O dinheiro não pode ser nosso
grande amor, amigo e nem companheiro. John Wesley dizia:
“Não gosto de ficar com dinheiro muito tempo na mão para
que não tome o caminho do coração”. Ele deve ter um
destino claro e um bom propósito que justifique seu uso.

Paulo diz que a piedade com contentamento é a


verdadeira felicidade. O que ele quer dizer na verdade é que
quando fazemos de Jesus nosso tudo, o dinheiro passa a ser
apenas mais uma coisa. Neste sentido, a Bíblia não

5
É um es ti l o de vi da pompos o e os tentos o.

47
demoniza o dinheiro e nem quem é rico, pois Deus faz rico
quem quiser.

Portanto, não temos problemas com isso, pois há muitas


pessoas de boa condição financeira que são simples de
coração. Assim como há muitas de baixa renda
extremamente arrogantes.

Jesus não foi materialista e nem antimaterialis ta. Ele


ensinou o princípio da dignidade humana para que todos
pudessem viver sem a miséria e egoísmo.

A igreja e o dinheiro

Vivemos num tempo difícil quando esse assunto é falado


por conta dos falsos pastores e mestres que fazem mau uso
do dinheiro. Esses utilizam a igreja e o Reino de Deus em
benefício pessoal, para o próprio enriquecimento e para
alimentar a EGOLATRIA. Nós aqui da Igreja Central
repudiamos esse tipo de comportamento e tratamos a
questão com muito temor a Deus, amor ao Reino e as
pessoas.

Nós aqui da Igreja Central pensamos e procuramos agir da


seguinte maneira:

Deus não precisa do nosso dinheiro, pois Ele é pleno em


si mesmo. Acreditamos que Ele é quem sustenta a sua igreja
e o seu Reino. As pessoas são mais importantes do que
aquilo que ela pode oferecer (Mt 6:33).

48
Nossos líderes são pessoas de bom caráter e bem
resol vidos vocacionalmente. Nenhum ministro da Igreja
Central se torna pastor porque é um frustrado em outras
vocações. O ministério pastoral não é um cabide para a
egolatria. Por isso, trabalhamos com muita seriedade o
caráter de nossos líderes: “Nunca tenha pressa em impor as
mãos sobre alguém.” (1 Tm 5:22).

Consideramos legítimo o pastor receber pelo trabalho


realizado para o Reino por meio da igreja . A Bíblia diz
que o trabalhador é digno do seu salário:

“Porque diz a Escritura: Não ligarás a boca ao boi que


debulha. E: Digno é o obreiro do seu salário.“ (1 Timóteo
5:18).

O pastor ou outro líder que trabalhe de maneira dedicada a


igreja precisa ter o sustento para a sua família. Porém, que
seja um salário que o permita viver com dignidade, mas
sempre respeitando o padrão de vida da comunidade: com
contentamento e sem ostentação. Não toleramos o
enriquecimento financeiro dos ministros obtidos por meio
dos recursos da igreja e do Reino.

Consideramos o compromisso financeiro dos irmãos


com a comunidade como um princípio bíblico. Como já
vimos, a salvação nos atinge por completo e nos faz
participante de um novo Reino e um novo povo. Não somos
salvos para uma vida individual, mas coletiva, em
comunidade. Sendo parte desse povo temos o compromisso
na sua manutenção. Compartilhamos não somente a nossa

49
vida, mas também nossos recursos. Conforme disse o
apóstolo Pedro em 1 Pedro 2 somos tijolos da casa
espiritual de Deus.

De que maneira então devemo s nos comprometer


financeiramente com a igreja?

O Novo Testamento não fala especificamente do dízimo e


também não o nega explicitamente. Apenas poucas
passagens tratam do assunto (Lc 11:42, Lc 18:12, Hb 7:2,
Hb 7:4). Porém, há alguns trechos que falam disso de
maneira mais ampla o que quer dizer que devemos tratar a
questão na base do princípio ao contrário da regra.

O princípio bíblico da contribuição:

"Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com


tristeza, ou por necessidade; porque Deus am a ao que dá com
alegria." (2 Coríntios 9:7-8)

Não por obrigação, mas por amor.

Deus não recebe a contribuição feita de maneira religiosa.


Jesus mesmo condenou a atitude dos fariseus ao dizimar
dessa maneira:

“Porém, ai de vocês fariseus! Pois embora sejam cuidadosos


em dar o dízimo até a hortelã, da arruda e de todas as
verduras, esquecem completamente a justiça e o amor de
Deus” (Lc 11:42)

50
A prioridade de Deus nunca é o dinheiro , mas a justiça e o
amor a Ele. Jesus disse que onde está o nosso tesouro
também estará o coração.

Não um valor pré-determinado, mas o que propôs no


coração.

É importante ressaltar que o importante é contribuir com


liberalidade conforme o que Deus colocar no coração.
Contudo, não quer dizer que não devemos contribuir. A
contribuição é um princípio que deve se tornar uma prática
e um hábito. Outra coisa é que precisamos nos lembrar de
que nossa tendência natural não é a de sermos generosos ,
mas egoístas e avarentos. Para algumas pessoas a
generosidade é um desafio tremendo. Por isso, devemos
sempre procurar superar os nossos limites pessoais acerca
desse assunto.

Não por necessidade, mas por alegria.

Jesus também falou que devemos tratar o Reino de Deus


como a nossa maior riqueza.

“O Reino dos céus é como um tesouro escondido num campo.


Certo homem, tendo-o encontrado, escondeu-o de novo e,
então, cheio de alegria, foi, vendeu tudo o que tinha e
comprou aquele campo.” (Mt 13:44).

Se amarmos Jesus de fato amaremos também seu Reino. E a


maior demonstração de amor por algo é quando
depositamos a vida por completo e isso envolve também
nossas finanças. A doação passa a ser então um termômetro

51
de nossa espiritualidade. Se não doamos coisa alguma é
porque amamos pouco ou nada.

Portanto, ninguém é obrigado a contribuir 10% de sua


renda. Contribua conforme se propôs no coração. Contudo,
por conta de nosso egoísmo e avareza, pode-se dizer que
10% é um bom início para se viver o princípio da
contribuição.

52
ISSO É SÓ O COMEÇO

Foi maravilhosa essa jornada com você. Mas não pense que
acabamos por aqui. O treinamento foi só o início dessa
caminhada.

Esperamos mesmo contar com sua presença aqui na Igreja


Central de maneira mais efetiva. Aliás, como sabe, COM
VOCÊ AQUI É MUITO MELHOR!

Apresentamos aqui o que consideramos de mais essencial


acerca de nossa visão. Justamente para que você pudesse
ter uma ideia mais clara de quem somos. Acreditamos ser
isso suficiente para facilitar a sua decisão.

Ore, pense, mas tome uma decisão. Não fique em cima do


muro e nem em dois lugares ao mesmo tempo. Para que
você frutifique para o Reino é necessário uma coisa ou
outra.

Fazer parte da Igreja Central é se comprometer com aquilo


que compartilhamos aqui nesses dias.

Daqui em diante depende só de você!

53

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