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Logística verde e questões ambientais

Não há nada mais difícil de controlar, mais perigoso de conduzir ou mais incerto no
seu sucesso do que liderar a introdução de uma nova ordem. (Nicolau Maquiavel,
1469-1527)

A logística reversa é a área da logística que trata dos aspectos de retorno de


produtos, embalagens ou materiais ao seu centro produtivo. Apesar de ser um
tema extremamente atual, esse processo já podia ser observado há alguns anos
nas indústrias de bebidas que reutilizavam seus vasilhames, isto é, o produto
chegava ao consumidor, era usado e depois retornava ao centro produtivo para que
sua embalagem fosse reutilizada e chegasse, novamente, ao consumidor. Esse
processo era contínuo, mas aparentemente cessou quando as embalagens
passaram a ser descartáveis.

Contudo, empresas incentivadas pelas Normas ISO 14.000 e preocupadas com a


gestão ambiental, também conhecida como logística verde, começaram a reciclar
materiais e embalagens descartáveis, como latas de alumínio, garrafas plásticas e
caixas de papelão, que passaram a se destacar como matéria-prima e deixaram de
ser tratadas como lixo. Dessa forma, podemos observar a logística reversa no
processo de reciclagem, uma vez que esses materiais retornam a diferentes centros
produtivos em forma de matéria-prima.

Preocupadas com questões ambientais, as empresas estão acompanhando com


mais atenção o ciclo de vida de seus produtos. Isso se torna cada vez mais claro
quando observamos um crescimento considerável no número de empresas que
trabalham com reciclagem de materiais. Um exemplo dessa preocupação é o
Projeto Replaneta, que consiste na coleta de latas de alumínio e garrafas PET para
posterior reciclagem e tem como bases para o sucesso do negócio a automação e
uma eficiente operação de logística reversa.

As novas regulamentações ambientais, em especial as referentes aos resíduos, vêm


obrigando a logística a operar nos seus cálculos com os custos e benefícios
externos. E, em função disso, entende-se que a logística verde pode ser vista como
um novo paradigma no setor.

A logística verde ou ecológica age em conjunto com a logística reversa no sentido


de minimizar o impacto ambiental não só dos resíduos nas esferas da produção e
do pós-consumo, mas ao longo de todo o ciclo de vida dos produtos.

O processo de logística reversa é composto por uma série de atividades que a


empresa realiza, como coletas de embalagens, separações e expedição até os locais
de reprocessamento. E ele precisa ainda ser sustentável, pois trata de questões
muito amplas e não somente de simples devoluções: os materiais envolvidos
podem retornar ao fornecedor, ser revendidos, recondicionados e reciclados ou
simplesmente descartados e substituídos.

No Brasil, não existe uma legislação que abranja essa questão, por isso o processo
de logística reversa ainda está em difusão e não é encarado pelas empresas como
um processo necessário, visto que a maioria delas não possui um departamento
específico para gerir esse problema. Assim, algumas resoluções são utilizadas,
como, por exemplo, a Conama n.º258, de 26/08/99, que estabelece que as
empresas fabricantes e importadoras de pneus ficam obrigadas a coletar e dar uma
destinação final ambientalmente adequada aos pneus que não têm mais serventia,
o que praticamente obriga as empresas desse segmento a sustentarem políticas de
logística reversa.

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A adesão ao processo está em constante crescimento no Brasil e no mundo, e fica
claro que as empresas, cada vez mais, têm se preocupado em considerar os custos
adicionais e as reduções de custos ocasionadas por essa aceitação. Na verdade,
todas as empresas trabalham com o conceito de logística reversa, porém nem
todas encaram esse processo como parte integrante e necessária para o bom
andamento, mesmo que gere aumento nos seus custos. Apenas o utilizam e não
dispensam maior importância nem investem em pesquisas. Uma empresa que
recebe um produto como fruto de devolução por qualquer motivo já está aplicando
conceitos de logística reversa, bem como aquela que compra materiais recicláveis
para transformá-los em matéria-prima novamente.

Esse interessante processo pode ser visto com enfoques diferentes pelas empresas:
para algumas, esse processo trará benefícios diversos, a começar pela redução de
custos; para outras, pode ser um grande problema, pois representa custos que
precisam ser controlados. No segundo caso, observamos que existe uma grande
preocupação com o processo, que deve ser controlado a fim de reduzir custos, pois
a extinção do processo de logística reversa numa empresa é praticamente
impossível.

Fonte
ZENE , Fabio. Logística verde e questões ambientais. Disponível em:
<http://www.educacional.com.br/articulistas/outrosOutros_lista.asp?
artigo=artigo0064>. Acesso em: 06 out. 2005.

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