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Resumo
O texto de Sofia Moutinho: gordura do bem, escrito pela jornalista carioca, especializada na cobertura de
ciência, saúde, tecnologia e meio ambiente e publicado no site Ciência Hoje, trata de gorduras do corpo que podem
ser benéficas no tratamento de cicatrização de queimaduras. Sofia Moutinho destaca uma pesquisa brasileira
comprometida a fazer uso da gordura corporal do paciente, como meio de cicatrizar as feridas, provenientes
de queimaduras, de forma mais rápida.
Segundo a jornalista, a técnica consiste em aspirar a gordura do paciente e aplicá-la, com uma gaze, sobre a
região da queimadura.
Ela menciona a explicação do dirigente da pesquisa, Marco Aurélio Pellon, pois, de acordo como
estudioso “as células de gordura, chamadas adipócitos, produzem uma série de substâncias que estimulam a
circulação sanguínea e a multiplicação das células da pele”. (MOUTINHO, 2011).
Continuando a explicação do estudo, Moutinho, novamente, pontua o esclarecimento do cirurgião plástico
sobre como a falta de oxigênio das células, retiradas do corpo, originam hormônios aceleradores da cicatrização
do ferimento. A jornalista explica que esse tratamento começou em 2010, com indivíduos que tiveram queimaduras
de segundo e terceiro grau, em mais de 60% do corpo.
No entanto, ressalta que não é possível estipular um tempo médio de cicatrização. Moutinho continua
apresentando o pensamento de Pellon acerca do tratamento. O médico afirma a agilidade do tratamento e a
qualidade da cicatrização, diminuindo a necessidade de enxertos. O cirurgião ressalta que a cicatrização deve ter
qualidade estética e garantir a funcionalidade dos movimentos da região. Sofia Moutinho prossegue informando
que o próximo passo da pesquisa é fazer uma parceria com o biólogo Radovan, da UFRJ, para conseguir destinar
a quantidade exata de oxigênio, recebidos pelas células de gordura, para que elas não morram, como costuma
acontecer. Conforme afirma o cirurgião, o trabalho está progredindo para o desenvolvimento de um novo
fármaco. Pellon ressalta ainda que a células do tecido adiposo são responsáveis por diversas funções do nosso
organismo, como: “o crescimento dos pelos, a reserva de energia, o controle da glicose, da pressão arterial, do
hormônio da fome e da saúde das artérias.” Também ressalta a capacidade regenerativa das células adipócitas,
ou seja, as células de gordura, ao que tudo indica, podem se transformar em outros tipos de células.
Concluiu o artigo destacando a visão do médico Pellon de que essas células serão testadas para tratamentos
como o infarto. Aplicaria-se a substância de gordura no coração infartado, alterando o tecido danificado e
melhorando a circulação sanguínea.
Texto original: MOUTINHO, Sofia. Gordura do bem. Disponível em http://cienciahoje.org.br/artigo/gordura-do-bem/
Acesso em 23 out. 2018.