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Joaquim José da Silva é um pequeno comerciante da cidade de São José do Rio

Preto/SP. Ao chegar em seu estabelecimento comercial esta manhã foi surpreendido


com a visita de um fiscal da Fazenda Estadual Paulista, que o apresentou uma
Notificação de Lançamento exigindo-lhe R$10.000,00 (dez mil reais) à título de ICMS
referente às operações realizadas por ele nos últimos três meses. Ao ler tal
documento Joaquim constatou que o fundamento legal para tal exigência era o
Decreto de n. 12567/98.
Considerando os fatos narrados acima, que medida judicial ou administrativa, Joaquim
deve tomar para que não se submeta a tal exigência indevida? Desenvolva a peça
correspondente.

AÇÃO ANULATÓRIA DE DÉBITO FISCAL COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DA FAZENDA PÚBLICA


DO ESTADO DE SÃO PAULO.

JOAQUIM JOSÉ DA SILVA, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), (endereço eletrônico),


residente e domiciliado (endereço), inscrito no CPF sob o n. __________e no RG sob o
n._________, por meio do seu Representante Legal que a esta subscreve, vem perante Vossa
Excelência, com fulcro no art. 38 da Lei 6830/80 e nos arts. 294, 300 e 319 do Novo CPC,
propor

AÇÃO ANULATÓRIA DE DÉBITO FISCAL COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA

Em face do Estado de São Paulo, a ser Representado pela Procuradoria do Estado de São
Paulo, que poderá ser citada no endereço ........., pelas razões fáticas e jurídicas a seguir
expostas:

I – DOS FATOS:

1. Joaquim José da Silva é um pequeno comerciante da cidade de São José do Rio Preto. Ao
chegar em seu estabelecimento comercial esta manhã foi surpreendido com a visita de um
fiscal da Fazenda Estadual Paulista, que o apresentou uma Notificação de Lançamento
exigindo-lhe R$10.000,00 (dez mil reais) à título de ICMS referente às operações de circulação
de mercadorias realizadas por ele nos últimos três meses.

2. Ao ler tal documento, Joaquim constatou que o fundamento legal para tal exigência era o
Decreto de n. 12567/98.

3. Inconformado com tal exigência, Joaquim resolveu intentar a presente ação.

II- DO DIREITO

A nossa Carta Magna em seus artigos 5º, 37 e 150, I estabelece o seguinte:

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo -se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade,
à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;

Não é preciso grande esforço para se perceber que o princípio da legalidade é a vig a mestra
do nosso Ordenamento Jurídico, até porque fundamento do Estado de Direito.

A conduta praticada pelo Estado de São Paulo fere de morte o princípio da legalidade, vez que
o nosso ordenamento jurídico não admite que, em regra, um tributo seja instit uído por meio de
outro instrumento que não seja uma Lei Ordinária, exceto às hipóteses previstas na
Constituição, em que se admite a criação de impostos por meio de Lei Complementar, o que
não é o caso presente.

Sendo assim, o ICMS ao ser criado por um Decreto está eivado de ilegalidade formal, vez que
não foi instituído pelo veículo introdutor de norma adequado, daí porque espera -se que Vossa
Excelência o considere inconstitucional e afaste a presente exigência que o tem como
fundamento legal.

III – DA TUTELA ANTECIPADA:

Segundo os artigos 294 e 300 do Novo Código de Processo Civil, assim preveem:

Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência.


Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida
em caráter antecedente ou incidental.

Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
§ 1o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real
ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a
caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê -la.
§ 2o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.
§ 3o A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de
irreversibilidade dos efeitos da decisão.

A violação ao princípio da legalidade, por si só, já evidencia a probabilidade do direito,


enquanto que o lançamento realizado e já devidamente informado, por meio da notificação,
sujeitando o Autor àquela exação descabida e ilegal, revela o perigo de dano e o risco ao
resultado útil do processo, haja vista que se a exigibilidade do crédito em litígio não for
suspensa, a presente lide terá seu êxito comprometido.

IV – DO PEDIDO:

Em vista do exposto, requer o Autor:

a) A concessão da tutela de urgência, a fim de seja suspensa a exigibilidade do crédit o


tributário em litígio;
b) Caso Vossa Excelência não reconheça o pedido liminar, o que se cogita por mero exercício
argumentativo, que seja autorizado o depósito integral do montante em discussão;
c) Que seja citado o Estado de São Paulo, por meio de seus procuradores, a fim de contestar a
presente demanda;
d) A produção de todas as provas admitidas em direito;
e) Ao final, que seja a julgada procedente a presente demanda, anulando -se o débito objeto
desta ação, nos termos acima mencionados, em face da violação ao princípio da legalidade,
extinguindo-o definitivamente;
f) E, ainda a condenação do Réu pelo pagamento das custas ora adiantadas e dos honorários
sucumbenciais.

Dá-se a causa o valor de R$___________ (por extenso).

Termos em que,
Pede deferimento.
São Paulo, .... de ... de ....

ADVOGADO
OAB/___ _____

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