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Em face do Estado de São Paulo, a ser Representado pela Procuradoria do Estado de São
Paulo, que poderá ser citada no endereço ........., pelas razões fáticas e jurídicas a seguir
expostas:
I – DOS FATOS:
1. Joaquim José da Silva é um pequeno comerciante da cidade de São José do Rio Preto. Ao
chegar em seu estabelecimento comercial esta manhã foi surpreendido com a visita de um
fiscal da Fazenda Estadual Paulista, que o apresentou uma Notificação de Lançamento
exigindo-lhe R$10.000,00 (dez mil reais) à título de ICMS referente às operações de circulação
de mercadorias realizadas por ele nos últimos três meses.
2. Ao ler tal documento, Joaquim constatou que o fundamento legal para tal exigência era o
Decreto de n. 12567/98.
II- DO DIREITO
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo -se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade,
à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
Não é preciso grande esforço para se perceber que o princípio da legalidade é a vig a mestra
do nosso Ordenamento Jurídico, até porque fundamento do Estado de Direito.
A conduta praticada pelo Estado de São Paulo fere de morte o princípio da legalidade, vez que
o nosso ordenamento jurídico não admite que, em regra, um tributo seja instit uído por meio de
outro instrumento que não seja uma Lei Ordinária, exceto às hipóteses previstas na
Constituição, em que se admite a criação de impostos por meio de Lei Complementar, o que
não é o caso presente.
Sendo assim, o ICMS ao ser criado por um Decreto está eivado de ilegalidade formal, vez que
não foi instituído pelo veículo introdutor de norma adequado, daí porque espera -se que Vossa
Excelência o considere inconstitucional e afaste a presente exigência que o tem como
fundamento legal.
Segundo os artigos 294 e 300 do Novo Código de Processo Civil, assim preveem:
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
§ 1o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real
ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a
caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê -la.
§ 2o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.
§ 3o A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de
irreversibilidade dos efeitos da decisão.
IV – DO PEDIDO:
Termos em que,
Pede deferimento.
São Paulo, .... de ... de ....
ADVOGADO
OAB/___ _____