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y-) C3

En Vivo hasta la muerte un filósofo se- (li'l)iilf din lii

esperanza de sobrevivir, al mismo tiempo (|iic M - ve i ii
Vivo hasta la muerte
.'•^ ^ la imposibilidad intelectual y espiritual de iiicpi,ii iil
' .^O guna visión ingenua de otro mundo que sea ti iliilili ( I
sc()ii¡(l() de c5 - 3 5

Fiagmentos
^ (N.. la copia de éste. Es preciso hacer el duelo dr inil.i I M I H S G,'
^ ^ 5™, gpi^^ ^^jg representación.
C E n 1996, a los 83 años, Paul Rietrur se picfi.iinlii iñ 1^
"¿Qué puedo decir de mi muerte?" ¿CViniu "luitri ••! ' • w
duelo de un querer existir después de la iiiuiMlr'V I NIU
\\\\\r
larga reflexión sobre el morir, sobre el moi iliiindii v "«ti
relación con la muerte, y asimismo sobre hi posvhhi o
(la resurrección), pasa por dos mediaciones: tcxlitn de
sobrevivientes de los campos (Semprún, icvl) v unii
confrontación con un libro del gran exénelii Xiivln -a
Léon-Dufour dedicado a la resurrección.
•<) La segunda parte del libro está compiicsi.i pm u v
tos escritos en 2004 y 2005, que el filósofo niisnio tic
nominó "fragmentos": sobre el "tiempo de la olinr' v <•!
"tiempo de la vida", el azar de haber nacido iiisliiinu,
la imputación de ser un filósofo cristiano, la iipiiiiu
versia, Derrida, el Notre Pére de Philoneiiko,,, i c H l o t
breves, escritos a veces por una mano lemiiloiosii,
cuando Ricoeur ya estaba muy cansado, lil úlliino, (li-
las Pascuas de 2005, fue escrito un mes antes de MI
muerte.

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5 . CD - -
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ISBN 17S-15D-557-7tl-3

? 1789505 577613
 HASTA L A MUERTE
DEL DUELO Y DE L A ALEGRÍA
[ E l texto q u e sigue se encontraba e n u n a carpeta de car-
tón titulada "Jusqu'á l a mort. D u deuil et de la gaieté. P. R . " [ E n la portada se lee:]
("Hasta la muerte. D e l duelo y de la alegría. P. R . " ) , abierta
s i n d u d a alrededor de 1996. L a carpeta t a m b i é n contenía
dos cartas, fechadas e l "20/1/96" y en " a b r i l del 96", así co- H a s t a la m u e r t e .
mo el texto d e l culto d e l domingo 28 de mayo de 1995.] D e l d u e l o y de la alegría.

1. Las f i g u r a s de l o i m a g i n a r i o .
2. D e l d u e l o y de la alegría.
3. Soy a ú n c r i s t i a n o .

[Luego, u n a n u e v a p á g i n a desarrolla u n p l a n , y e n
el margen i z q u i e r d o superior, l a palabra:]

Notas

L a queja y el d u e l o ';' ' jg^j^g 40

El consuelo y el d u e l o
L a i m p u g n a c i ó n y el d u e l o : c i m a de la queja
Q u i é n soy y o p a r a . . .
N o soy n a d a . . .
L a h i e r b a seca d e Isaías 40, 7-8

29
 HASTA L A MUERTE
30 VIVO HASTA L A MUERTE
¿El m o m e n t o b u d i s t a ? F i n a l d e l l i b r o d e Job:
R e c u p e r a c i ó n de la " t r i s t e z a d e l o f i n i t o " ( V o l . e I n v o l . )
m e p o n d r é la m a n o sobre la b o c a . . .
Duelo y consentimiento júbilo/alegría
L a esperanza - transgeneracional
[ S i g u e n p á g i n a s n u m e r a d a s en el manuscrito de 1 a 16,
- cosmopolítica
que corresponden globalmente al punto 1.1
- eclesial: la n u b e d e testigos
¿ L o s v i v o s y los muertos? N o : los v i v o s y e l r e c u e r d o
d e los m u e r t o s e n la m e m o r i a d e los v i v o s . L a z o d e
memoria.
¡Qué es el h o m b r e , q u e te acuerdas d e él! ^
Sólo los e n l u t a d o s serán consolados.

D i o s q u e se o c u l t a Salvador
V y

- » el o x í m o r o n Is. 45, 15
" E n v e r d a d , eres u n D i o s que se oculta, D i o s d e
Israel, Salvador" • •

- * (oculto - salvador)

Seguir la veta " n o tengas m i e d o "

desde la alocución al rey antes de la batalla
( A . T. T h . R o m e r ) p a s a n d o p o r N . T.
hasta la " c o n s o l a c i ó n " (en el s e n t i d o d e Isaías
40 y ss.) antes de la agonía.
La agonística hasta...
Retomar la tradición de la lamentación y de la queja
e n Salmos, J e r e m í a s , Isaías i i i
Es preciso dejar decir la queja c o m o la contracara última
del duelo.
D u e l o a través d e la queja ¿(hacer el) d u e l o
de la queja?

Je ^ „ f ^/r^
A^w, ^^ 4
. ..... ^ - j t ^ * * , ^ ^ - , . » - '
HASTA L A MUERTE:
DEL DUELO Y DE L A ALEGRÍA
¿POR DÓNDE c o m e n z a r ese t a r d í o aprendizaje? ¿ P o r l o
esencial, d e i n m e d i a t o ? ¿ P o r la necesidad y la d i f i c u l t a d
de hacer el d u e l o de u n querer existir después de la m u e r -
te? ¿Por el júbilo, n o , mejor, p o r la alegría u n i d a a la gra-
cia esperada de existir v i v o hasta la muerte?
N o : l o esencial está d e m a s i a d o cerca y, p o r l o t a n t o ,
d e m a s i a d o e n c u b i e r t o , d e m a s i a d o d i s i m u l a d o . Se descu-
bre p o c o a poco, al f i n a l .
[Los tres p á r r a f o s que s i g u e n están tachados, con l a
& ^„il^>-^ 4Í /i Wí,
J'"
i n t e n c i ó n de t r a s l a d a r l o s m á s adelante. L o s i n s e r t a m o s
aquí porque no h u b o c o n t i n u i d a d donde hacerlo.]
C o m e n z a r é p o r l o m á s abstracto, y e n ese s e n t i d o l o
m á s fácil de decir, de articular. [ A l margen, frente a esta
wt^'i' ¡Jx it"<f*. -'v/^' 'W.»c- ^< frase, se lee u n a rectificación: N o , p o r l o i m a g i n a r i o q u e
encubre, y disimula.] ..u«jhi;-iM
¿ L o m á s abstracto? L o s e q u í v o c o s de la m u e r t e , de la
palabra m u e r t e .
Veo tres grandes significaciones - ¿ a c a s o m á s ? - q u e es
i m p o r t a n t e d i s t i n g u i r , pues su intrusión m u t u a y l a c o n -
f u s i ó n r e s u l t a n t e a l i m e n t a n la a n g u s t i a espesa de l a
m u e r t e . E n este aspecto, l o p i e n s o a q u í c o m o f r e n t e a
otras s i t u a c i o n e s de c o n f u s i ó n c o n c e p t u a l , la a c l a r a c i ó n
c o n c e p t u a l tiene ya v a l o r terapéutico. T a n t o en este p u n t o
c o m o e n o t r o s lugares, es la tarea m í n i m a de la reflexión
filosófica: analizar, aclarar. [ F i n de los p á r r a f o s tachados.]
33
 34 VIVO HASTA LA MUERTE
1 . H a y a n t e t o d o e l e n c u e n t r o d e l a m u e r t e d e o t r o ser
q u e r i d o , de los otros desconocidos. A l g u i e n ha desapa-
recido. U n a p r e g u n t a surge y resurge obstinadamente:
¿existe aún? ¿Y dónde? ¿En qué otro lugar? ¿Bajo qué
f o r m a i n v i s i b l e a n u e s t r o s ojos? ¿ V i s i b l e d e o t r a m a -
n e r a ? Esta p r e g u n t a l i g a l a m u e r t e a l m u e r t o , a l o s
m u e r t o s . Es u n a p r e g u n t a de v i v o s , t a l vez d e gente sa-
l u d a b l e , d i r é m á s a d e l a n t e . L a p r e g u n t a : ¿ q u é clase d e
seres son los m u e r t o s ? es t a n insistente q u e a u n e n n u e s -
tras sociedades secularizadas n o sabemos q u é hacer c o n
los m u e r t o s , es d e c i r , c o n los c a d á v e r e s . N o los a r r o j a -
m o s a la b a s u r a c o m o d e s e c h o s d o m é s t i c o s , cosa q u e ,
sin embargo, son físicamente. L o i m a g i n a r i o procede
p o r deslizamiento y generalización: m i m u e r t o , nues-
tros m u e r t o s , los m u e r t o s . G e n e r a l i z a c i ó n p o r d i s i p a -
c i ó n d e las d i f e r e n c i a s : el a m a d o e l tercero. L o s m u e r -
tos c o m o terceros desaparecidos, los d i f u n t o s . E l Día d e
l o s M u e r t o s . E l l u g a r d e la s e p u l t u r a , e n t r e los c r i t e r i o s
de h u m a n i d a d , j u n t o a la h e r r a m i e n t a , el lenguaje, la
n o r m a m o r a l y social, d a t e s t i m o n i o d e este h e c h o c i e r t o
[?]: n o n o s d e s e m b a r a z a m o s d e los m u e r t o s , j a m á s t e r -
m i n a m o s c o n ellos.
Y s i n e m b a r g o , es ese i n t e r r o g a n t e sobre l a suerte d e
los m u e r t o s l o q u e q u i e r o exorcizar, y c u y o d u e l o q u i e r o
hacer p a r a m í m i s m o . ¿ P o r q u é ? ri v i ' . ' > d e l d u e l o a l q u e q u i e r o e n t r a r , en trabajo de d u e l o . . . : la
¿Por qué? • :. r,;
Porque m i relación con la m u e r t e aún n o c u m p l i d a
está oscurecida, o b l i t e r a d a , alterada p o r la anticipación y
la interiorización d e la cuestión de la suerte de los m u e r -
tos y a m u e r t o s . L o que i m a g i n o es el m u e r t o d e m a ñ a n a ,
c o m o s i l o h i c i e r a , e n c i e r t o m o d o , e n a n t e f u t u r o . Y esa
i m a g e n d e l m u e r t o q u e seré p a r a los otros q u i e r e o c u p a r
HASTA L A MUERTE 35
t o d o e l l u g a r , c o n s u carga d e p r e g u n t a s : ¿ q u é s o n , d ó n d e
están, c ó m o s o n los m u e r t o s ?
M i b a t a l l a es c o n y c o n t r a esta imagen d e l m u e r t o d e
m a ñ a n a , de ese m u e r t o que y o seré p a r a los s o b r e v i v i e n -
tes. C o n y contra ese imaginario e n e l q u e la m u e r t e es, d e
a l g ú n m o d o , a s p i r a d a p o r e l m u e r t o y los m u e r t o s . Para
entrar en esa lucha con l o i m a g i n a r i o , r e t o m o el análisis e n
el p u n t o d o n d e i n t r o d u j e la referencia a los sobrevivientes.
E l h e c h o p r i m e r o es ése. O t r o s v i v o s s o b r e v i v e n a la
m u e r t e de los suyos. D e la m i s m a manera, otros m e sobre-
vivirán. Así, la cuestión d e la s u p e r v i v e n c i a es, ante t o d o ,
u n a c u e s t i ó n d e s o b r e v i v i e n t e s q u e se p r e g u n t a n si t a m -
b i é n los m u e r t o s s i g u e n e x i s t i e n d o , e n el m i s m o t i e m p o
cronológico o, al menos, e n u n registro t e m p o r a l p a r a l e l o
al de los v i v o s , a u n c u a n d o esta m o d a l i d a d t e m p o r a l sea
t e n i d a p o r i m p e r c e p t i b l e . Todas las respuestas dadas p o r
las c u l t u r a s acerca d e la s u p e r v i v e n c i a d e los m u e r t o s se
adosan a esta cuestión n o puesta en cuestión: paso a o t r o
estado de ser, expectativa de resurrección, r e e n c a r n a c i ó n
o, p a r a mentes m á s filosóficas, c a m b i o de estatus t e m p o -
ral, elevación a u n a e t e r n i d a d i n m o r t a l . Pero esas respues-
tas l o son a u n a p r e g u n t a hecha p o r los sobrevivientes, re-
lacionada con la suerte de los m u e r t o s ya m u e r t o s .
V u e l v o a la p a l a b r a clave d e m i respuesta a l p o r q u é
interiorización antes d e m i m u e r t e d e u n a p r e g u n t a p o s t
m ó r t e m , d e la p r e g u n t a : ¿ q u é son los m u e r t o s ? V e r m e y a
m u e r t o antes d e estar m u e r t o , y a p l i c a r m e a m í m i s m o ,
p o r a n t i c i p a d o , u n a p r e g u n t a de s o b r e v i v i e n t e . E n sínte-
sis, la o b s e s i ó n d e l a n t e f u t u r o . H e d i c h o , c o m o a l pasar,
que es u n a p r e g u n t a de gente saludable. E n efecto, su ca-
p a c i d a d d e obsesionar es m á s f u e r t e q u e n u n c a c u a n d o
 36 VIVO HASTA LA MUERTE
llega a agitar, desafiar, i n s u l t a r la i n s o l e n c i a d e l h a m b r e
de v i v i r i n v u l n e r a b l e . El a d j e t i v o i n v u l n e r a b l e marca
desde e l i n i c i o la d i f e r e n c i a c o n l o q u e diré m á s adelante,
m á s tarde, hacia e l f i n a l , si m i d i s c u r s o llega a él, sobre la
alegría de v i v i r hasta el f i n y, p o r t a n t o , sobre el h a m b r e
d e v i v i r coloreada p o r cierta d e s p r e o c u p a c i ó n q u e l l a m o
alegría. Pero n o nos a p r e s u r e m o s . N o estamos allí. A p e -
nas nos e n c o n t r a m o s e n e l c o m i e n z o . Es decir, e n las abs-
tracciones, las significaciones mezcladas, las confusiones
que deben aclararse.
[El párrafo que sigue está acompañado al m a r g e n
d e l a o b s e r v a c i ó n : ¿ e n s u l u g a r ? No.]
La tercera i d e a d e la m u e r t e es la m o r t a l i d a d , e l d e -
ber m o r i r a l g ú n día, el tener q u e m o r i r . Las filosofías de
la f i n i t u d se o c u p a r o n de l l e v a r esta categoría d e la exis-
tencia a la c i m a d e s u reflexión. La e r i g e n así e n u n c o r o -
l a r i o , u n a v a r i a n t e d e la f i n i t u d . Y l l e g a n hasta las últi-
m a s c o n s e c u e n c i a s d e sus p a l a b r a s c u a n d o p i e n s a n l a
f i n i t u d , e l ser hacia e l f i n o p a r a e l fín, d e s d e a d e n t r o , y
c o n e l l o q u i e r o d e c i r p o r u n a m i r a d a q u e se p r o h i b e l a
m i r a d a d e a r r i b a abajo, e l d e s p l o m e , sobre u n c o n f í n
desde el q u e se o b s e r v a r í a n los d o s l a d o s , desde l o a l t o .
Vista desde a d e n t r o , la f i n i t u d v a hacia u n límite a p a r t i r
d e l o s i e m p r e m á s a c á y n o hacia u n confín que la m i r a d a
f r a n q u e e , i n s t a u r a n d o l a p r e g u n t a : ¿quid después? En
cierto s e n t i d o , m i m e d i t a c i ó n está e m p a r e n t a d a c o n la de
los pensadores d e la f i n i t u d . Pero, al c o n t r a r i o de las apa-
riencias, la f i n i t u d es u n a idea abstracta. La idea d e q u e
s i n d u d a tendré q u e m o r i r u n día, n o sé c u á n d o n i c ó m o ,
v e h i c u l a u n a certeza (mors certa, hora incerta) demasiado
fluctuante p a r a h i n c a r los d i e n t e s e n el deseo, e n l o q u e
m á s a d e l a n t e l l a m a r é ( d i s t i n g u i e n d o las d o s e x p r e s i o -
37
HASTA LA MUERTE
nes): deseo d e ser, esfuerzo p o r existir. S é t o d o l o q u e se
h a d i c h o y se h a escrito sobre l a a n g u s t i a d e y a n o ser a l -
g ú n día. Pero, si debe r e t o m a r s e e l c a m i n o d e la f i n i t u d
aceptada, será d e s p u é s d e haber l u c h a d o con l o i m a g i n a -
r i o d e la m u e r t e d e l que a ú n n o he d i c h o m á s q u e u n a f i -
g u r a , la anticipación i n t e r i o r i z a d a d e l m u e r t o d e m a ñ a n a
q u e s e r é p a r a los s o b r e v i v i e n t e s , m i s sobrevivientes.
2. [ A l m a r g e n , d e l a n t e d e l n ú m e r o 2: Se trata d e f i g u r a s
de l o i m a g i n a r i o . ] U n a s e g u n d a significación se asocia a
la p a l a b r a m u e r t e . E l m o r i r c o m o a c o n t e c i m i e n t o : pasar,
finalizar, terminar. Por u n a parte, m i m o r i r de m a ñ a n a
está d e l m i s m o l a d o q u e m i estar y a m u e r t o d e m a ñ a n a .
Del lado del a n t e f u t u r o . L o que l l a m a m o s m o r i b u n d o
s ó l o es t a l p a r a q u i e n asiste a s u a g o n í a , p a r a q u i e n l o
asiste acaso e n s u a g o n í a ; m á s a d e l a n t e v o l v e r é a e l l o .
P e n s a r m e c o m o u n o d e esos m o r i b u n d o s es i m a g i n a r m e
c o m o el m o r i b u n d o q u e seré p a r a quienes asistan a l m o -
r i r . C o n t o d o , la d i f e r e n c i a e n t r e esas d o s s i t u a c i o n e s
i m a g i n a r i a s es g r a n d e . A s i s t i r a l a m u e r t e es m á s p r e -
ciso, m á s d e s g a r r a d o r q u e s i m p l e m e n t e s o b r e v i v i r . E l
asistir es u n a p r u e b a p u n t u a l , u n a p r u e b a d e l acontecer.
E l s o b r e v i v i r es u n l a r g o t r a y e c t o , en el m e j o r d e los ca-
sos e l d e l d u e l o , es decir, d e la s e p a r a c i ó n a c e p t a d a d e l
d i f u n t o q u e se aleja, se a p a r t a d e l v i v o p a r a q u e éste so-
b r e v i v a . Pero, c o m o sea, p a r a m í es a d e m á s u n a a n t i c i -
p a c i ó n i n t e r i o r i z a d a , la m á s a t e r r a d o r a , la d e l m o r i -
b u n d o que seré para quienes asistan a m i m u e r t e ,
q u i e n e s la asistan. ¡ P u e s b i e n ! D i g o q u e la a n t i c i p a c i ó n
d e la agonía c o n s t i t u y e el n ú c l e o concreto d e l " m i e d o a la
m u e r t e " , e n t o d a l a c o n f u s i ó n d e sus s i g n i f i c a c i o n e s y
la i n t r u s i ó n d e unas e n otras.
38 VIVO HASTA LA MUERTE
P o r eso q u i s i e r a e n f r e n t a r m e , e n p r i m e r l u g a r , c o n
esta idea de la m u e r t e c o m o a g o n í a a n t i c i p a d a . Para e l l o ,
m e esforzaré p o r liberar la i n e v i t a b l e anticipación d e l
m o r i r y de la a g o n í a m i s m a de la i m a g e n d e l m o r i b u n d o
en la m i r a d a d e l o t r o . M e a y u d a r á en ese c o m e t i d o , ante
t o d o , el t e s t i m o n i o d e m é d i c o s " e s p e c i a l i z a d o s " (?) e n
los c u i d a d o s p a l i a t i v o s b r i n d a d o s a sidosos y cancerosos
incurables: e n s u m a , e n f e r m o s t e r m i n a l e s . Esos p r o f e s i o -
nales n o d i c e n que sea fácil m o r i r . D i c e n dos o tres cosas
q u e m e r e s u l t a n m u y v a l i o s a s . Para e m p e z a r , l o s i -
g u i e n t e : m i e n t r a s e s t á n l ú c i d o s , los e n f e r m o s e n t r a n c e
d e m u e r t e n o se p e r c i b e n c o m o m o r i b u n d o s , c o m o
p r o n t o m u e r t o s , s i n o c o m o a ú n v i v o s , y ello, s e g ú n l o he
s a b i d o p o r la s e ñ o r a H a c p i l l e , i n c l u s o u n a m e d i a h o r a
antes d e l f a l l e c i m i e n t o . A ú n v i v o s : tales s o n las p a l a -
bras q u e i m p o r t a n . A c o n t i n u a c i ó n , t a m b i é n esto: l o q u e
o c u p a la c a p a c i d a d de p e n s a m i e n t o t o d a v í a p r e s e r v a d a
n o es l a p r e o c u p a c i ó n p o r l o q u e p u e d a h a b e r d e s p u é s
d e l a m u e r t e , s i n o l a m o v i l i z a c i ó n d e los r e c u r s o s m á s
p r o f u n d o s de la v i d a p a r a seguir a f i r m á n d o s e . L o s recur-
sos m á s p r o f u n d o s d e la v i d a : ¿ q u é d e c i m o s c o n ello?
A q u í , m e a n t i c i p o . N o p u e d o n o a n t i c i p a r m e . Pues esta
experiencia v a a a y u d a r m e a disociar la anticipación de
la a g o n í a de la a n t i c i p a c i ó n d e la m i r a d a p o s a d a p o r u n
espectador e x t e r i o r sobre el m o r i b u n d o . E l a g o n i z a n t e e n
cuanto distinto del m o r i b u n d o . El f o n d o del f o n d o del
t e s t i m o n i o de la m é d i c a de l a u n i d a d d e c u i d a d o s p a l i a -
t i v o s es que la gracia i n t e r i o r que d i s t i n g u e a l a g o n i z a n t e
d e l m o r i b u n d o consiste e n e l s u r g i m i e n t o d e l o Esencial
e n la t r a m a m i s m a d e l t i e m p o de la a g o n í a . E l v o c a b u l a -
r i o d e l o Esencial m e a c o m p a ñ a r á e n t o d a m i m e d i t a c i ó n .
M e a n t i c i p o , m e a n t i c i p o u n a v e z m á s : l o Esencial es e n
HASTA LA MUERTE 39
cierto s e n t i d o (que m á s adelante p r o c u r a r é expresar c o n
m a y o r e x a c t i t u d ) l o r e l i g i o s o ; es, si m e atrevo a d e c i r l o , lo
religioso común, q u e , e n e l u m b r a l d e la m u e r t e , t r a n s -
grede las l i m i t a c i o n e s consustanciales a l o r e l i g i o s o c o n -
fesante y confesado. L o diré l o suficiente: n o desprecio l o
que l l a m o , para i r de prisa, los " c ó d i g o s " (pienso en el
Great Code d e B l a k e r e t o m a d o p o r N o r t h r o p Frye);^ n o ,
p e r o l o r e l i g i o s o es c o m o u n l e n g u a j e f u n d a m e n t a l q u e
n o existe m á s q u e e n l e n g u a s n a t u r a l e s , h i s t ó r i c a m e n t e
l i m i t a d a s . A s í c o m o cada u n o nace e n una l e n g u a y sólo
accede a las o t r a s p o r u n a p r e n d i z a j e s e c u n d a r i o y, las
m á s d e las veces, ú n i c a m e n t e p o r la t r a d u c c i ó n , l o r e l i -
gioso, desde u n p u n t o de v i s t a c u l t u r a l , n o existe sino ar-
t i c u l a d o e n la l e n g u a y e l c ó d i g o de u n a r e l i g i ó n h i s t ó -
rica; l e n g u a y código que sólo a r t i c u l a n a condición de
f i l t r a r y, e n ese s e n t i d o , de l i m i t a r la a m p l i t u d , la p r o f u n -
d i d a d , l a d e n s i d a d de l o r e l i g i o s o q u e l l a m o a q u í l o
Esencial. D i c h o esto, l o que atestigua la m é d i c a de la u n i -
d a d de c u i d a d o s p a l i a t i v o s es la gracia c o n c e d i d a a a l g u -
n o s a g o n i z a n t e s d e a p e l a r a l o q u e he d e n o m i n a d o l a
m o v i l i z a c i ó n d e los recursos m á s p r o f u n d o s d e la v i d a ,
p a r a la v e n i d a a la l u z de l o Esencial, p a r a r o m p e r las U -
m i t a c i o n e s d e l o r e l i g i o s o confesional. Por eso, p a r a la ca-
l i d a d de d i c h o m o m e n t o de gracia, señala esa testigo, n o
es i m p o r t a n t e q u e e l a g o n i z a n t e se i d e n t i f i q u e , se reco-
nozca - p o r v a g a m e n t e que l o p e r m i t a la conciencia d e c l i -
n a n t e - c o m o el confesante de t a l o c u a l religión, t a l o c u a l
c o n f e s i ó n . Tal v e z n o sea sino f r e n t e a l a m u e r t e c u a n d o
1 Northrop Frye, Le Grand Code: la Bible et la littérature, traducción de C a -
therine Malamoud, prefacio de Tzvetan Todorov, París, Seuil, 1984 [trad.
esp.: El gran código: una lectura mitológica y literaria de la Biblia, Barcelona, Ge-
disa, 1988].
 HASTA L A MUERTE 41
40 VIVO HASTA L A MUERTE

m u y p r o n t o h a d e dejar d e v i v i r . L a m i r a d a q u e v e e n el
l o religioso se i g u a l a a l o Esencial, y c u a n d o se trasciende
a g o n i z a n t e a a l g u i e n a ú n v i v o , a l g u i e n que apela a los re-
la b a r r e r a entre las r e l i g i o n e s , i n c l u i d a s las n o r e l i g i o n e s
cursos m á s p r o f u n d o s d e l a v i d a y parece t r a n s p o r t a d o
(pienso, desde l u e g o , e n e l b u d i s m o ) . Pero p o r ser trans-
p o r el s u r g i m i e n t o de l o Esencial e n su v i v e n c i a d e q u i e n
c u l t u r a l , e l m o r i r es t r a n s c o n f e s i o n a l y, e n ese s e n t i d o ,
v i v e t o d a v í a , es o t r a m i r a d a . Es l a m i r a d a d e la c o m p a -
transreligioso: y e l l o e n la m e d i d a e n q u e l o Esencial tras-
sión y n o la d e l espectador q u e prevé a l y a m u e r t o .
pasa l a g r i l l a d e l e c t u r a d e las " l e n g u a s " d e l e c t u r a . Se
¿ C o m p a s i ó n , h a d i c h o usted? Sí, p e r o s i n d u d a h a y
trata quizá d e la ú n i c a situación en la q u e p u e d a hablarse
q u e entender u n a vez m á s el s u f r i r - c o n s i g n i f i c a d o p o r la
de experiencia religiosa. Por l o d e m á s , d e s c o n f í o d e l o i n -
p a l a b r a . N o es u n g e m i r - c o n , c o m o p o d r í a n serlo la p i e -
m e d i a t o , de l o f u s i o n a l , de lo i n t u i t i v o , de lo místico.
d a d o la c o n m i s e r a c i ó n , f i g u r a s de la d e p l o r a c i ó n ; es u n
H a y u n a e x c e p c i ó n e n la gracia d e cierto m o r i r .
l u c h a r - c o n , u n a c o m p a ñ a m i e n t o , a falta de u n c o m p a r t i r
E n este p u n t o , u n a objeción. C o m b a t o c o n t r a l o i m a -
i d e n t i f i c a n t e , q u e n o es p o s i b l e n i deseable; la j u s t a d i s -
ginario d e l m o r i r asociado a la m i r a d a d e l espectador
tancia sigue s i e n d o la regla t a n t o d e la a m i s t a d c o m o de
p a r a q u i e n e l a g o n i z a n t e es u n m o r i b u n d o , a q u e l d e
la j u s t i c i a . A c o m p a ñ a r es t a l vez la p a l a b r a m á s a d e -
q u i e n se p r e v é , se sabe c o n u n a p r e c i s i ó n v a r i a b l e , q u e
c u a d a p a r a designar la a c t i t u d e n v i r t u d de la c u a l la m i -
p r o n t o e s t a r á m u e r t o . Q u i e r o l i b e r a r m e d e esa m i r a d a
r a d a p o s a d a sobre el m u r i e n t e se v u e l v e hacia u n a g o n i -
desde afuera d i r i g i d a a l m o r i b u n d o , y de la anticipación
zante, q u e l u c h a p o r la v i d a hasta la m u e r t e [ a n o t a d o a l
i n t e r i o r i z a d a d e esa m i r a d a desde a f u e r a d i r i g i d a a m í ,
m a r g e n : c o m p r e n s i ó n + a m i s t a d ] , y n o hacia u n m o r i -
m o r i b u n d o . Sea. Pero, se d i r á , u s t e d apela a u n t e s t i m o -
b u n d o que p r o n t o será u n m u e r t o . Puede hablarse de
n i o , el t e s t i m o n i o d e u n a m é d i c a perteneciente a u n a u n i -
c o m p a r t i r a despecho d e la reserva concerniente a la i n -
d a d de c u i d a d o s p a H a t i v o s . U s t e d s i g u e s i e n d o t r i b u t a -
clinación f u s i o n a l d e l c o m p a r t i r i d e n t i f i c a n t e . Pero ¿ c o m -
r i o , p o r t a n t o , de u n a m i r a d a e n su i n t e n t o de disociar al
p a r t i r q u é ? E l m o v i m i e n t o de trascendencia - t r a s c e n d e n -
agonizante d e l m o r i b u n d o . Su ú n i c o acceso a la v i v e n c i a
cia i n m a n e n t e , o h p a r a d o j a - , de trascendencia í n t i m a d e
del a g o n i z a n t e e n sí y p a r a sí, si m e a t r e v o a d e c i r l o , pasa
lo Esencial a l desgarrar los velos de los c ó d i g o s d e l o r e l i -
por la interpretación de signos recogidos p o r la testigo
gioso confesional.
convocada p o r u s t e d a l t r i b u n a l de s u a r g u m e n t o . Buena
o b j e c i ó n , y b u e n i n t e r r o g a n t e a l cabo d e l a o b j e c i ó n . Sí, H a y p o r c i e r t o u n a s p e c t o p r o f e s i o n a l e n esta c u l -

sigo a p e l a n d o a u n a m i r a d a . Pero es a^ u n a m i r a d a d i s - tura de la m i r a d a de c o m p a s i ó n , de a c o m p a ñ a m i e n t o :

t i n t a d e la q u e v e a l [ a g o n i z a n t e ] c o m o m o r i b u n d o , que
^ E l texto dice "de". E n el párrafo anterior, RiccEur ha hecho una rectifii.i
ción: "de una mirada" [d'un regará] se convierte en "a una mirada" [n iiu ci'
gard], pero sin duda olvida hacer la corrección en la frase siguiente.
u n e n t r e n a m i e n t o p a r a d o m i n a r las e m o c i o n e s q u e i n -
c l i n a n a l o f u s i o n a l ; h a y t a m b i é n u n aspecto d e o n t o l ó -
gico c o n respecto a los c o m p o r t a m i e n t o s q u e es preciso
m o s t r a r ( p o r e j e m p l o , e n t r e esos d o s e x t r e m o s t a n
p r o n t o s a acercarse, e l e n c a r n i z a m i e n t o t e r a p é u t i c o y la
42 VIVO HASTA L A MUERTE
eutanasia pasiva, e incluso activa); pero h a y a s i m i s m o
u n a d i m e n s i ó n e s p e c í f i c a m e n t e é t i c a , e n l o t o c a n t e a la
c a p a c i d a d d e a c o m p a ñ a r e n la i m a g i n a c i ó n y l a s i m p a -
tía l a l u c h a d e l a g o n i z a n t e t o d a v í a v i v o , v i v i e n t e a ú n
hasta la m u e r t e .
¿ E s a o t r a m i r a d a s ó l o p o d r í a ser la d e l m é d i c o " e n -
t r e n a d o " para a c o m p a ñ a r a los enfermos al f i n a l de su
v i d a ? M e v i e n e aquí a la m e n t e o t r o t e s t i m o n i o , el de
Jorge S e m p r ú n e n La escritura o la vida (1994).3 Se t r a t a
del t e s t i m o n i o d e l s o b r e v i v i e n t e de los c a m p o s de de-
p o r t a c i ó n ( m á s a d e l a n t e h a b l a r é d e esa o t r a s i g n i f i c a -
c i ó n d e los t é r m i n o s s o b r e v i v i r , s o b r e v i v i e n t e , l i g a d a a
u n a s i g n i f i c a c i ó n d e la m u e r t e d i s t i n t a d e las c o n s i d e r a -
das hasta a q u í ) q u e e v o c a , a costa d e u n a l a r g a a g o n í a
c o m o escritor n a r r a d o r , la m u e r t e de M a u r i c e H a l b w a c h s
e n e l p a b e l l ó n d e a g o n i z a n t e s d e B u c h e n w a l d e n 1944.
A g o t a d o a l e x t r e m o , M a u r i c e H a l b w a c h s es a c o m p a -
ñ a d o p o r Jorge S e m p r ú n . A n t e t o d o , e n e l r e l a t o , los s i g -
nos m á s tenues p e r o m á s i m b o r r a b l e s d e l d a r - r e c i b i r , d e l
q u e Peter K e m p dice e n Éthique et médecine* q u e es el l a z o
i r r e d u c t i b l e de h u m a n i d a d ; e s t u v e a p u n t o de decir, p o r
a n t i c i p a r m e , de a m i s t a d e n e l m o r i r a c o m p a ñ a d o : " S o n -
reía m u r i e n t e , s u m i r a d a p o s a d a e n m í , f r a t e r n a l . [ . . . ] Yo
había t o m a d o la m a n o de H a l b w a c h s , que n o tenía
f u e r z a p a r a a b r i r l o s ojos. S ó l o h a b í a s e n t i d o u n a res-
p u e s t a d e sus d e d o s , u n a l i g e r a p r e s i ó n : m e n s a j e casi
imperceptible [el dar-recibir presente una vez más]".^
Jorge Semprún, L'Écriture ou la vie, París, Gallimard, 1994 [trad. esp.: la es-
critura o la vida, Barcelona, Tusquets, 1997]. [Esta nota no figura en la edición
francesa. (N. del T.)]
* Peter Kemp, Éthique et médecine, París, Tierce, 1987.
5 Las palabras entre corchetes son de Ricceur.
HASTA L A MUERTE 43
Y aquí el t e s t i m o n i o sobre el a f l o r a m i e n t o de l o Esen-
cial: en los ojos, " u n a l l a m a d e d i g n i d a d , de h u m a n i d a d
vencida pero incólume. El destello i n m o r t a l de u n a
m i r a d a q u e constata la c e r c a n í a d e la m u e r t e , q u e sabe
a q u é atenerse, q u e la h a v u e l t o d e l d e r e c h o y d e l r e v é s ,
q u e m i d e cara a cara sus r i e s g o s y sus d e s a f í o s , l i b r e ,
soberanamente". P e r o t a m b i é n era m e n e s t e r ayudar
c o n u n a p a l a b r a n o m é d i c a , n o c o n f e s i o n a l , p o é t i c a y,
e n ese s e n t i d o , p r ó x i m a a l o esencial, a l a g o n i z a n t e n o
moribundo: , ., , , .
Entonces, con u n pánico repentino, sin saber si puedo evocar
a algún Dios para acompañar a Maurice Halbwachs, cons-
ciente, sin embargo, de la necesidad de una plegaria, con u n
nudo en la garganta, digo en voz alta, tratando de d o m i -
narla, de darle el timbre preciso, algunos versos de Baude-
laire. Es lo úrüco que se me ocurre. • v
Oh muerte, viejo capitán, ya es hora, levemos andas... !• ,
La mirada de Halbwachs se vuelve menos borrosa, parece
asombrarse. Sigo recitando. Cuando llego a >i; ;
...nuestros corazones, que tú conoces, están colmados de rayos,
u n débil temblor se dibuja en los labios de Maurice Halb-
wachs. Sonríe, muriente, su mirada posada sobre mí, fra-
ternal (pp. 32 y 33). - ; + : ' : : Í U í ' .
Esta ú l t i m a frase d i c e t o d o . E n ese i n s t a n t e , M . H . e s t á
s o l o e n e l m o r i r , p e r o n o m u e r e s o l o . Esta r e f l e x i ó n se
c o m p r e n d e r á si se l a c o n t r a s t a c o n o t r o e p i s o d i o i g u a l -
 44 VIVO HASTA LA MUERTE
m e n t e e x t r e m o d e l m i s m o l i b r o . Se t r a t a d e l a v o z escu-
chada q u e canta e l Kadish.
¿Una voz? Queja inhumana, más bien. Gemido inarticu-
lado de animal herido. Melopea fúnebre, que hiela la san-
gre. [...] — ¿ Q u é es? —ha p r e g u n t a d o A l b e r t , con voz
blanca y baja. —La muerte —le dije. ¿Qué otra cosa? [...]
Era la muerte que canturreaba, sin d u d a , en alguna parte
en medio del amontonamiento de cadáveres. La vida de
la muerte, en suma, que se hacía oír. La agonía de la
muerte, su presencia i r r a d i a n t e y fúnebremente locuaz.
[...] A l b e r t se puso lívido. Aguzó el oído mientras me
apretaba el brazo hasta hacerme doler, con u n frenesí sú-
bito. —¡Yidis! — e x c l a m ó — ¡Habla y i d i s ! — . Así, la muerte
hablaba yidis.
Q u é d i f e r e n c i a c o n e l r e l a t o precedente: es cierto, se dice
u n a p a l a b r a . A d e m á s , es u n a p a l a b r a confesante, c o n f e -
s i o n a l : e l Kadish. Y toda u n a historia, toda una tradición
d e s u f r i m i e n t o s se r e s u m e e n e l l a . P e r o e l a g o n i z a n t e ,
solo e n e l m o r i r , m u e r e solo. N o es o t r o q u i e n dice e l Ka-
dish. Si e l n a r r a d o r s e ñ a l a q u e esa v o z es l a d e la m u e r t e ,
n o l o hace p o r a z a r n i p o r a r t i f i c i o l i t e r a r i o : " E r a l a
m u e r t e q u e c a n t u r r e a b a . . . " . U n m o r i r s i n c o m p a ñ í a hace
i n d i s c e r n i b l e a l m o r i b u n d o d e la m u e r t e m i s m a c o n v e r -
t i d a e n p e r s o n a j e . P o r eso, e l v o c a b u l a r i o se e n c u e n t r a
entonces a l a d e r i v a : e l a g o n i z a n t e , l a m u e r t e , l o s m u e r -
t o s : ¿ n o se l l a m a a l Kadish " p l e g a r i a de los muertos"?
¿Plegaria dicha para los m u r i e n t e s sobre ellos mismos?
¿ P o r otros c o n los m u r i e n t e s ? ¿ P o r la m u e r t e ? ¿ S o b r e los
m u e r t o s ? I n q u i e t a n t e v a c i l a c i ó n . Se p u e d e , s i n d u d a ,
concebir e l Kadish d i c h o p o r e l m u r i e n t e sobre sí m i s m o :
HASTA L A MUERTE 45
e n ese caso, es u n a p a l a b r a d e a c o m p a ñ a m i e n t o e n la q u e
se condensa t o d a la h i s t o r i a j u d í a ("en r e s u m i d a s cuentas,
n o tenía n a d a d e s o r p r e n d e n t e q u e la m u e r t e h a b l a r a y i -
d i s " , p . 39). S e r í a , entonces, u n a p a l a b r a d e a c o m p a ñ a -
m i e n t o i n t e r i o r i z a d a . Pero e n esa p a l a b r a d i c h a sobre sí
m i s m o falta la real c o m p a s i ó n d e l dar-recibir, q u e i m p l i c a
la " e x t e r i o r i d a d " e n e l s e n t i d o d e L é v i n a s .
V u e l v o a la c a l i d a d n o m é d i c a d e la m i r a d a y, sobre
t o d o , d e l gesto d e a c o m p a ñ a m i e n t o . É s t e m a r c a l a f u -
sión, e n la h e r m e n é u t i c a d e la m e d i c i n a d e c u i d a d o s p a -
l i a t i v o s , e n t r e l a c o m p r e n s i ó n y la a m i s t a d . L a c o m p r e n -
s i ó n se d i r i g e h a c i a e l v i v i r f i n a l i z a n t e y s u r e c u r s o a l o
esencial. L a a m i s t a d a y u d a n o s ó l o a l a g o n i z a n t e , s i n o a
la c o m p r e n s i ó n m i s m a .
3. E l l i b r o d e Jorge S e m p r ú n , c o m o e l d e P r i m o L e v i , Si
esto es un hombre, m e o b l i g a , u n p o c o a d i s g u s t o , a abor-
d a r c o m o u n a tercera configuración i m a g i n a r i a (con-
ceptual) la designación de la m u e r t e m i s m a c o m o u n
p e r s o n a j e a c t i v o . Se d i r á q u e n o s e n c o n t r a m o s e n e l
i m a g i n a r i o retórico, el m i s m o que engendra la prosopo-
p e y a , ese a r t i f i c i o d e la r e t ó r i c a q u e hace aparecer a l o s
m u e r t o s y los m u e s t r a p r e s e n t á n d o s e y p r o n u n c i a n d o
d i s c u r s o s . Pero las d o s c o n f i g u r a c i o n e s a n t e r i o r e s p a r t i -
cipaban ya de lo i m a g i n a r i o que me aplico a exorcizar
en una conducta de duelo. < . ir
A p r i m e r a v i s t a , n a d a h a y d e específico, e n l o concer-
n i e n t e a l s e n t i d o , e n l o q u e parece u n a f u s i ó n e n t r e 1) e l
muerto, sobre e l c u a l pesa [ e n t o r n o d e l c u a l merodea]^ la
<• Ricceur pone esta segunda formulación bajo la primera, sin tachar esta
última.

46 VIVO HASTA LA MUERTE
cuestión de los sobrevivientes: ¿vive aún, en otra parte,
d e o t r a m a n e r a ? , y 2) e l m o r i b u n d o , v i s t o d e s d e a f u e r a
p a r a q u i e n asiste a la m u e r t e s i n asistir a l m u r i e n t e y ac-
ceder a él c o m o a g o n i z a n t e / Sí, y o m e inclinaría a creer
q u e la m u e r t e p e r s o n i f i c a d a , a c t i v a y d e s t r u c t o r a , s u r g e
e n l o i m a g i n a r i o e n e l p u n t o d o n d e los m u e r t o s y a m u e r -
tos y los m o r i b u n d o s q u e v a n a estar m u e r t o s se t o r n a n
indistintos.
A s í sucede en el caso d e las g r a n d e s e p i d e m i a s - d e
peste, de c ó l e r a . . . - , y así s u c e d i ó en e l caso de los campos
d e c o n c e n t r a c i ó n , e n esa s i t u a c i ó n e x t r e m a e n la c u a l e l
s o b r e v i v i e n t e p r o v i s o r i o está r o d e a d o , c i r c u n s c r i t o , s u -
m e r g i d o p o r la masa i n d i s t i n t a de los muertos y los m o r i -
b u n d o s , y h a b i t a d o p o r el s e n t i m i e n t o d e la m u y g r a n d e
p r o b a b i l i d a d de su m u e r t e p r ó x i m a , de la i n m i n e n c i a de
esa m u e r t e . Entonces se i m a g i n a , se p e r c i b e c o m o si y a
f o r m a r a p a r t e d e esa masa indistinta de m u e r t o s y m o r i -
b u n d o s . Insisto e n el efecto de masa y el efecto d e i n d i s -
tinción. Sólo tienen vigencia en las situaciones límites q u e
he m e n c i o n a d o : e p i d e m i a , e x t e r m i n i o . Reservo la h i p ó t e -
sis de q u e todos los v i v o s p u e d e n e n ciertas circunstancias
de la v i d a , y hasta d e l s u e ñ o y d e la imaginación literaria,
p e r c i b i r t o d a la h u m a n i d a d ya m u e r t a y q u e d e b e m o r i r
c o m o masa (al hablar d e l pecado, Agustín habla d e massa
perdita), e n u n a especie d e a b r e v i a t u r a , de atajo. Pero deje-
m o s a la extrema v i v e n c i a l o q u e l o onírico p u e d e relevar,
e i n c l u s o suplir. L a m u e r t e e n masa: ése es el tema. Es ella
la q u e hace u n m o m e n t o "hablaba e n y i d i s " .
Masa i n d i s t i n t a d e m u e r t o s y m o r i b u n d o s .
' Agregado por encima, en la interlínea: "Otra clase de sobreviviente =
asistente".
HASTA LA MUERTE 47
L a obsesión q u e p o n e a Jorge S e m p r ú n , s a l i d o d e B u -
chenw^ald, f r e n t e a la a l t e r n a t i v a : o v i v i r a costa d e o l v i -
dar, o recordar, escribir, contar, pero verse i m p e d i d o d e v i -
vir, p o r q u e la m u e r t e superada sería el v e r d a d e r o real y la
v i d a , u n s u e ñ o , u n a ilusión. H a y q u e t o m a r en serio esta
a l t e r n a t i v a n o retórica, v i v i d a . Pero ¿qué es esta m u e r t e
m á s real que la vida? ¿Hasta q u é p u n t o n o es ella sino u n a
obsesión a d e s t i e m p o ? ¿ O es fiel e n la o b s e s i ó n m i s m a y
p o r la o b s e s i ó n - e n el s e n t i d o d e espectro, d e ghost- a l o
q u e se v i v i ó e n el e n t o r n o d e la m u e r t e , e n la f r e c u e n t a -
ción d e los m u e r t o s v i v o s , d e los agonizantes, m e z c l a d o s
c o n los m u e r t o s y a muertos? Ya e n el capítulo Kadish, es la
m u e r t e la q u e c a n t u r r e a : " l a v i d a d e la m u e r t e , e n s u m a ,
q u e se hacía o í r " ( p . 38). E l " h u m o d e l c r e m a t o r i o " c o m o
atestación de la m u e r t e " e n a c c i ó n " ( p . 39). E l agonizante,
boca d e la m u e r t e . C o n t a r es c o n t a r la m u e r t e . La i n d i s -
t i n c i ó n esencial: los m o r i b u n d o s , los " c a d á v e r e s a m b u -
l a n t e s " ( s i g n i f i c a d o s a p o s t e r i o r i p o r los "paseantes d e
G i a c o m e t t i " en la F u n d a c i ó n M a e g h t , p . 55). P a p e l d e l
contagio q u e d e u n v i v o hace u n m o r i b u n d o y, e n u n san-
t i a m é n , u n m u e r t o . E l c o n t a g i o q u e a g l u t i n a la massa per-
dita. Nace allí u n n u e v o s e n t i d o d e " s o b r e v i v i e n t e " : e n e l
e n t o r n o d e la massa perdita. Sobreviviente c o m o a q u e l que
había estado allí ( p o g r o m o s , O r a d o u r . . . ) . * H o r r o r d e las cá-
maras, d e las cuales n a d i e h a b r á d e ser sobreviviente. So-
b r e v i v i r : haber s i d o d i s p e n s a d o d e e l l o , los d i s p e n s a d o s
* Oradour es una alusión a Oradour-sur-Glane, aldea del departamento
francés de Haute-Vienne, donde, el 10 de junio de 1944, una división del ejér-
cito alemán masacró sin que mediara enfrentamiento alguno a 642 hombres,
mujeres y niños -prácticamente toda su población-, para luego saquear e in-
cendiar la localidad. Terminada la guerra, el gobierno de Francia decidió con-
servar "en ruinas" el sitio como testimonio y recordatorio perpetuos de la ma-
tanza. (N. del T.)
 48 VIVO HASTA L A MUERTE
d e l h o r r o r . E n o p o r t u n i d a d d e esta e v o c a c i ó n d e los s u -
p e r v i v i e n t e s d e l h o r r o r , s u r g e la f i g u r a d e M a l r a u x ,
c u a n d o reelabora La Lutte avec l'ange, o b r a de la q u e sólo
h a b í a a p a r e c i d o la p r i m e r a p a r t e -Los nogales del Alten-
burg-, e n recuerdo d e l ataque c o n gas desencadenado p o r
los alemanes e n el frente r u s o d e l Vístula e n 1916: "Pocos
'temas'", escribe M a l r a u x e n El espejo del limbo, ,.
resisten la amenaza de la muerte. Ésta pone en juego el
cara a cara con la fraternidad, con la muerte, así como con
la parte del hombre que busca hoy su nombre, que no es
por cierto el i n d i v i d u o . El sacrificio prosigue con el M a l
más p r o f u n d o y el más viejo diálogo cristiano: desde ese
ataque del frente ruso se sucedieron Verdún, el gas mos-
taza de Flandes, Hitler, los campos de exterminio.
Y M a l r a u x c o n c l u y e ( c i t o u n a v e z m á s a J. S.): " S i e n -
c u e n t r o esto, es p o r q u e busco la r e g i ó n c r u c i a l d e l a l m a
d o n d e el M a l a b s o l u t o se o p o n e a la f r a t e r n i d a d " ( p . 63).
Y esta frase se c o n v i e r t e e n e l e x e r g o - u n o d e l o s d o s
e x e r g o s - d e La escritura o la vida. L o i m p o r t a n t e es l o s i -
g u i e n t e : p a r a hacer c o a g u l a r l a massa perdita d e los m o r i -
b u n d o s y l o s m u e r t o s , es m e n e s t e r que la amenaza
m i s m a d e la m u e r t e , d i r i g i d a c o n t r a n o s o t r o s , a sabien-
das, sea puesta bajo e l s i g n o d e l M a l a b s o l u t o , en c u a n t o
o p u e s t o a la f r a t e r n i d a d . E l p a r M a l a b s o l u t o - f r a t e r n i -
d a d . " E l más viejo diálogo cristiano", dice M a l r a u x el
a g n ó s t i c o . ¿ N o es p r e c i s o entonces q u e e l M a l sea n o m -
b r a d o p a r a q u e la m u e r t e l o sea y, n o m b r a d a , avance ac-
t i v a c o n t r a nosotros? S i n e l c e m e n t o d e l m a l , la amenaza
m i s m a de la m u e r t e n o c o n f u n d i r í a a los m o r i b u n d o s y
la m u e r t e , e n u n a h o r r i b l e e p i d e m i a d e m u e r t e . A q u í , la
HASTA LA MUERTE 49
v i v e n c i a t r a n s f o r m a en obsesión la imaginería de la
M u e r t e a r m a d a d e s u F a l s e d a d . C o n t a g i o d e l a massa
perdita r e u n i d a p o r la a m e n a z a , c o n v o c a d a a s u v e z p o r
el " M a l a b s o l u t o " , el o t r o m u y f u e r t e d e la f r a t e r n i d a d .
Entonces, " u n a m i s m a m e d i t a c i ó n " ( p . 65) p u e d e e n v o l -
v e r a K a n t , M a l r a u x , el relato d e l s o b r e v i v i e n t e desde
- A u s c h w i t z hasta B u c h e n w a l d , la agonía de M a u r i c e
H a l b w a c h s . L a frase d e M a l r a u x c u m p l e e l p a p e l d e co-
n e c t o r p a r a ese " m i s m a " .
Entonces, m i p r e g u n t a : ¿la M u e r t e sería más real q u e
la v i d a a l m a r g e n d e la p r o s o p o p e y a d e l " M a l a b s o l u t o " ?
Esto p l a n t e a , es c i e r t o , o t r o p r o b l e m a c o n el que v o l -
v e r é a dar, s i n d u d a , m á s adelante: m i convicción de q u e
las f i g u r a s d e l m a l n o f o r m a n sistema, c o m o p u e d e s u p o -
n é r s e l o e n e l caso d e l b i e n . A u s c h w i t z y e l g u l a g s o n dis-
tintos. U n o n o es m á s q u e o t r o : i n c o m p a r a b l e s e n grado
d e m a l . ¿Es ésta u n a objeción a u n a e n u m e r a c i ó n q u e n o
se base e n l a c o m p a r a c i ó n ? ¿ E n la f i g u r a c i ó n , y p o r q u é
n o e n la e n c a r n a c i ó n (Jorge S e m p r ú n u t i l i z a u n a v e z l a
p a l a b r a p a r a r e f e r i r s e a las i r r u p c i o n e s d e la m u e r t e ) ?
C o m o q u i e r a q u e sea - a c a s o v o l v e r é a e l l o - , la m a y ú s -
cula n o corresponde a la m u e r t e sino al M a l , cuando el
contagio es exterminio, es decir, p r o g r a m a d e m u e r t e o r g a -
nizada p o r el M a l o .
¿ H a y q u e s u p o n e r entonces q u e , s i n las experiencias
l í m i t e s d e l a muerte infligida en masa, l a M u e r t e j a m á s se
h a b r í a p e n s a d o c o m o u n agente o p e r a t i v o ? E l g r a n
m i e d o . L o s g r a n d e s m i e d o s . Véase...** Pero e n ese caso,
* Referencia no proporcionada. Alusión, tal vez, a los trabajos de Jean Delu-
meau sobre el miedo: La Peur en Occident (xiV-xviii'' siecles), París, Fayard, 1978
[trad. esp.: El miedo en Occidente, siglos xiv-xvni: una ciudad sitiada, Madrid, Tau-
rus,2002]. ;, < ., • ,
 50 VIVO HASTA LA MUERTE
p a r a m a n t e n e r la p r i m a c í a d e l e x t e r m i n i o , es preciso q u e
en el i m a g i n a r i o p o p u l a r - e l n u e s t r o , de t o d o s - el conta-
gio d e las g r a n d e s e p i d e m i a s se p e r c i b a c o m o e m p r e s a
d e e x t e r m i n i o : p r i m e r a generalización p o r d e s l i z a m i e n t o
e n v i r t u d d e l c u a l la muerte violenta se c o n v i e r t e en f i g u r a
del M a l a b s o l u t o , d e la e n e m i s t a d (¿del D i a b l o ? ¿ D e
Dios? ¿ D e q u é D i o s v e n g a d o r ? ¿ A c a s o M a l o ? ) . E l c o n t a -
gio c o m o e x t e r m i n i o e n los g r a n d e s m i e d o s . Pero esto n o
basta: es m e n e s t e r q u e t o d a s las m u e r t e s - l a s m u e r t e s
p o r e n f e r m e d a d , de vejez, y p o r l o t a n t o , las m u e r t e s p o r
a g o t a m i e n t o d e la v i d a - sean asimiladas a la m u e r t e v i o -
lenta: entonces, el e x t e r m i n i o se r e d u c e al c o n t a g i o , q u e
p o r su p a r t e absorbe en sus m á r g e n e s la m u e r t e b a n a l .
N i n g u n a m u e r t e es y a b a n a l e n ese atajo antes m e n -
c i o n a d o , d o n d e t o d a s las m u e r t e s se a g l u t i n a n e n la
massa perdita. U n a teología d e l s u f r i m i e n t o c o m o castigo
h a f a c i l i t a d o c i e r t a m e n t e esa f u s i ó n - c o n f u s i ó n . Ya n o
h a y m á s q u e la m u e r t e poena, c u y a h u e l l a d e filiación se
h a p e r d i d o a p a r t i r d e l E x t e r m i n i o . Toda m u e r t e e x t e r -
m i n a . Eso es lo q u e t e n g o p o r tercer i m a g i n a r i o . N o se
t r a t a d e s i m p l e f u s i ó n d e l m u e r t o y el m o r i b u n d o , s i n o
d e catálisis d e la massa perdita p o r e l M a l a b s o l u t o . Massa
perdita se c o n v i e r t e s i n i e s t r a m e n t e e n la e x p r e s i ó n j u s t a
e n u n a teología [ ¿ p u n i t i v a ? ] q u e despoja a l m a l de s u f r i -
m i e n t o d e s u d i f e r e n c i a - d e s u r a z ó n , m e atrevería a d e -
cir-, s u p r i m i d a p o r el m a l de pecado a través d e l m a l de
p e n a . Entonces, el " v i e j o d i á l o g o c r i s t i a n o " b i e n i d e n t i f i -
c a d o p o r M a l r a u x e l a g n ó s t i c o es m a q u i l l a d o p o r u n a
atroz teología, víctima y agente responsable d e l terror
d e l o i m a g i n a r i o . L o q u e d e b e m o s hacer es v o l v e r a l l e -
var e l río a s u cauce, d e v o l v e r l o i m a g i n a r i o a s u l u g a r
d e o r i g e n (1). [ L a n o t a (1) c o r r e s p o n d i e n t e a esta r e m i -
HASTA L A MUERTE 51
s i ó n figura e s c r i t a a l m a r g e n : E n ese s e n t i d o , es l o q u e
hace J. S e m p r ú n e n s u l i b r o : " ¿ L o esencial? C r e o saber,
sí. C r e o q u e c o m i e n z o a saber. L o esencial es p o d e r l l e -
gar a superar la e v i d e n c i a d e l h o r r o r para tratar de a l -
c a n z a r l a r a í z d e l M a l r a d i c a l , das radikal Bose" ( p . 98).
V é a s e l o q u e he e s c r i t o e n Tiempo y narración, m,'^ sobre l o
tremendum horrendum, i n v e r s o de l o a d m i r a b l e . Lo horri-
ble, el horror de lo horrible. " P u e s el h o r r o r n o era el M a l , o,
al m e n o s , n o e r a s u e s e n c i a . S ó l o era s u e n v o l t u r a , s u
a d o r n o , s u a p a r a t o . L a a p a r i e n c i a , e n s u m a " ( p . 98).] E l
e x t e r m i n i o , l a m u e r t e i n f l i g i d a e n masa p o r el M a l o . E n -
tonces, la m a y ú s c u l a d e la M u e r t e se t o m a d e l M a l abso-
l u t o , el E n e m i g o d e l a f r a t e r n i d a d .
A l m i s m o t i e m p o , se p e r f i l a u n c a m i n o d i f í c i l : s i e l
Mal absoluto hace pareja c o n la f r a t e r n i d a d , el d u e l o
debe pasar p o r e l e x o r c i s m o d e los espectros g e n e r a d o s
p o r ese M a l a p a r t i r d e la p o d r e d u m b r e d e la massa per-
dita d o n d e m o r i b u n d o s y c a d á v e r e s se c o n f u n d e n e n s u
p o d e r d e c o n t a g i o p e s t i l e n t e . C o n esos espectros se bate
J. S e m p r ú n , sobreviviente d e los c a m p o s de la m u e r t e : son
ellos los q u e d a n o r i g e n a l a a l t e r n a t i v a d e v i v i r y o l v i d a r
o escribir (contar) y n o p o d e r y a v i v i r .
El espectro: q u e la M u e r t e sea m á s r e a l q u e la V i d a .
El h o r r o r d e l a m u e r t e n o es el M a l , s i n o s u apariencia.
El espectro: " n o s o m o s s u p e r v i v i e n t e s , s i n o a p a r e c i -
dos" (p. 99). • : •ífr,v,:í:-np-v...,v^'r." -K^ir-ir.tv
Los campos r e v e l a r o n l a v e r d a d e r a n a t u r a l e z a d e l h o -
r r o r d e la m u e r t e sobre la base d e la situación límite a ú n
Paul Ricoeur, Temps et récit, vol. 3: Le Temps raconté, París, Seuil, col. Points
Essais, 1995, pp. 340-342 [trad. esp.: Tiempo y narración, vol. 3: El tiempo narrado,
México, Siglo X X I , 1996]. . ,
 52
VIVO HASTA L A MUERTE
i g n o r a d a p o r K a r l Jaspers: e l e x t e r m i n i o , o b r a n o d e l a
m u e r t e , sino d e l M a l .
M i p r o b l e m a nace d e ahí: ¿en q u é c o n d i c i ó n la m i s m a
m u e r t e c o r r i e n t e q u e d a c o n t a m i n a d a p o r la m u e r t e lí-
m i t e , la m u e r t e horrible? ¿Y c ó m o l u c h a r contra esa f a l s i f i -
cación? [Anotado al margen: " E l reto n o será la d e s c r i p -
c i ó n d e l h o r r o r . N o s ó l o , e n t o d o caso, y n i s i q u i e r a
p r i n c i p a l m e n t e . E l r e t o s e r á l a e x p l o r a c i ó n [en] e l a l m a
h u m a n a d e l h o r r o r d e l M a l . [ . . . ] N o s h a r á falta u n D o s -
t o i e v s k i " (p. 138).]
J. S. i n c o r p o r a a l t e m a d e l a p a r e c i d o e l t e m a d e l o in-
decible. V e r d a d e r o p a r a t o d a m u e r t e , e n la q u e e l aconte-
c i m i e n t o n o está ahí n i p a r a e l asistente n i p a r a e l a g o n i -
zante c u a n d o " p a s a " . E l ú n i c o a c o n t e c i m i e n t o d e l q u e
j a m á s p o d r e m o s hacer la e x p e r i e n c i a i n d i v i d u a l m e n t e
(p. 99). S i n e m b a r g o , L u c r e c i o y los epicúreos n o c o n v e n -
cen. Su famosa p a l a b r a c o n s t i t u y e u n sofisma. P o r q u e no
se trata de experiencia s i n o d e imaginación, s i e m p r e a des-
tiempo, siempre inminente. Demasiado pronto, dema-
s i a d o t a r d e . " A n g u s t i a " , " p r e s e n t i m i e n t o " , "deseo f u -
n e s t o " ( p . 99). [ A n o t a d o a l m a r g e n : v é a s e L a n d s b e r g ,
citado e n p . 102, p . 178, p . 216, La experiencia de la muerte.]^^
J. S e m p r ú n [es] la p r i m e r a víctima d e l o i m a g i n a r i o en
l o recién pasado, i n v e r s o d e la i n m i n e n c i a . O , mejor, la i n -
m i n e n c i a r e m e m o r a d a e n l o recién p a s a d o equivale a la
muerte. " L a m u e r t e q u e y o quería o l v i d a r " (p. 119), " l a m e -
m o r i a d e la m u e r t e " ( p . 120). N ó t e s e : la m u e r t e . C o m o la
Alusión a Paul-Louis Landsberg, Essfl! sur I'expérience de la mort, París,
Seuil, 1951, reed. en la col. Points Sagesses en 1993 [trad. esp.: Ensayo sobre la
experiencia de la muerte, Madrid, Caparros, 1995]. P. R. había hecho una reseña
de ese libro en Esprít, 1951 (texto reeditado en Lectures, vol. 3: Aux frontiéres de
la philosophie, París, Seuil, 1994).
53
HASTA L A MUERTE
q u e c a n t u r r e a b a e l Kadish. [Anotado aLmargen: ( " u n a
parcela d e la m e m o r i a c o l e c t i v a d e n u e s t r a m u e r t e " ,
massa perdita, c i t a d o e n p . 131).] N o separar: " m e m o r i a d e
la m u e r t e " y " a p a r e c i d o " . S ó l o los espectros se a c u e r d a n
d e la m u e r t e . I n i c i o d e l d u e l o : " h e p e n s a d o q u e era p r e -
ciso h a b e r vivido s u m u e r t e , c o m o n o s o t r o s l o h a b í a m o s
h e c h o , n o s o t r o s , q u e h a b í a m o s sobrevivido a su muerte
- p e r o q u e n o s a b í a m o s a ú n si h a b í a m o s s o b r e v i v i d o a l a
n u e s t r a - , para posar sobre ellos u n a m i r a d a p u r a y frater-
n a l " . L a m i r a d a q u e d e b e r í a m o s p o s a r sobre n u e s t r a
m u e r t e , pretenciosamente a s i m i l a d a a la m u e r t e e x t e r m i -
n a d o r a . " L o s m u e r t o s horribles y fraternales" ( p . 133). " N e -
cesitaban que v i v i é r a m o s , s i m p l e m e n t e , q u e v i v i é r a m o s
c o n todas nuestras fuerzas en la m e m o r i a d e s u m u e r t e . "
[Parte i n f e r i o r de l a p á g i n a p a r c i a l m e n t e t r u n c a d a ; s o n
legibles las palabras: l a m e m o r i a cura lo imaginario.]
Pero l a m e m o r i a n o es n a d a s i n e l contar. Y e l c o n t a r n o
es n a d a s i n el escuchar. E l p r o b l e m a d e J. S.: " ¿ C ó m o c o n -
t a r u n a v e r d a d p o c o c r e í b l e , c ó m o suscitar l a i m a g i n a -
c i ó n d e l o i n i m a g i n a b l e , c o m o n o sea e l a b o r a n d o , t r a b a -
j a n d o la r e a l i d a d , p o n i é n d o l a e n p e r s p e c t i v a ? ¡ C o n u n
poco d e a r t i f i c i o , p u e s ! " ( p . 135).
¿ M e alejo a q u í d e m i p r o p i a c u e s t i ó n , d e m i p r o p i a
a n g u s t i a , d e m i p r o p i o i m a g i n a r i o ? D e n i n g ú n m o d o , el
rodeo es éste: si e l m o d e l o d e l h o r r o r es el e x t e r m i n i o , p a r a
c o n j u r a r e l h o r r o r o r d i n a r i o h a y q u e pasar, entonces, p o r
el trabajo d e m e m o r i a y e l trabajo d e d u e l o (en la segunda
p a r t e se v e r á q u e s o n s o l i d a r i o s u n o d e o t r o ) c u m p l i d o s
p o r quienes volvieron d e la m u e r t e p o r e x t e r m i n i o , d e l h o -
r r o r e x t r a o r d i n a r i o , y q u e d e a p a r e c i d o s se c o n v i r t i e r o n
e n testigos, y así s u p e r a r o n -Aufhehung- la a l t e r n a t i v a d e
 54
VIVO HASTA LA MUERTE
la l i t e r a t u r a o l a v i d a . [ A n o t a d o a l m a r g e n : " L a v e r d a d
esencial d e la experiencia n o es t r a n s m i s i b l e [...] o, mejor,
sólo l o es p o r la escritura l i t e r a r i a " , p . 136.]
Eso es l o q u e M a l r a u x [ h a ] a n t i c i p a d o : " b u s c a r " - ¿ y
e n c o n t r a r ? - la " r e g i ó n c r u c i a l d e l a l m a d o n d e e l M a l a b -
s o l u t o se o p o n e a l a f r a t e r n i d a d " . Esa b ú s q u e d a , a m i j u i -
cio, pasa p o r e l d u e l o , y é s t e t i e n e p o r r e l e v o , p o r soco-
r r o , p o r r e c u r s o , el t r a b a j o d e m e m o r i a d e q u i e n e s h a n
hecho prevalecer la v i d a sobre " l a m e m o r i a d e la m u e r t e " .
A y u d a f r a t e r n a l de los aparecidos c o n v e r t i d o s otra vez
e n v i v o s e n t r e n o s o t r o s . P o r eso la transmisión d e s u ex-
p e r i e n c i a es e l c a m i n o o b l i g a d o d e la t e r a p i a d e l m o r i r
ordinario. [ A n o t a d o al m a r g e n : Aquí el encuentro con
C l a u d e - E d m o n d e M a g n y " y s u Lettre sur le pouvoir d'écrire
(p. 147, passim).]
L o q u e e l h o r r o r p o n e a l d e s n u d o es l a e x p e r i e n c i a
q u e la v i d a t i e n e d e sí m i s m a y q u e e l e s p a ñ o l vivencia
d i c e m e j o r q u e e l f r a n c é s vécu e i n c l u s o , t a l v e z , q u e e l
a l e m á n Erlebnis. L o i m a g i n a r i o d e la m u e r t e , c u y a e x é g e -
sis d e s e n t i d o acabo d e i n t e n t a r d e s d e e l e x t e r m i n i o
hasta la massa perdita, está t a n a n c l a d o e n la vivencia* que
ésta resulta i n d i s c e r n i b l e d e la " n u d a a n g u s t i a d e v i v i r "
e n s u c a r á c t e r d e " s u e r t e " . E l luck d e la t r a g e d i a , s e g ú n
M a r t h a N u s s b a u m . ' ^ ¿ P o r q u é m i hijo? ¿ P o r q u é n o yo?
S o b r e v i v i r c o m o cada c u a l s i n m é r i t o y, p o r c o n s i g u i e n t e ,
t a m b i é n sin c u l p a . , i. ,,
" Claude-Edmonde Magny, Lettre sur le ¡mivoir d'écrire, París, P. Seghers,
1947. Magny es citado en el texto de Semprún.
* En español en el original. (N. del T.)
Martha Nussbaum, The Fragility ofGoodness: Luck and Ethics in Creek Tragedy
and Philosophy, Cambridge, Cambridge University Press, 1986 [trad. esp.: ha fragi-
lidad del bien: fortuna y ética en la tragedia y lafilosofíagriega, Madrid, Visor, 1995].
HASTA LA MUERTE 55
[ A n o t a d o a l m a r g e n : ¿ C ó m o c o m p r e n d e r l o s versos
d e C é s a r V a l l e j o : " E n s u m a , n o p o s e o p a r a expresar m i
v i d a s i n o m i m u e r t e " ( p . 154)? ¿ E s t á n aún demasiado cerca
d e l o i m a g i n a r i o n o e x o r c i z a d o ? A ú n m á s cerca d e l h o -
r r o r : " t o d a esta v i d a n o era m á s q u e u n s u e ñ o , n o era
m á s q u e i l u s i ó n " ( p . 164), " e l saber m o r t í f e r o " ( p . 166),
" E s c u c h a r las voces d e la m u e r t e . . . " ( p . 167). T e n t a c i ó n
d e l olvido, c o n t r a "esa desdicha d e la m e m o r i a " ( p . 171).]
Entre el espectro y l a v i d a : " m e sentía flotar e n e l p o r -
v e n i r d e esta m e m o r i a " ( p . 150). C u r a r la m e m o r i a c o n -
t a n d o , s i n m o r i r p o r e l l o . É s e es e l " p o d e r d e e s c r i b i r " ,
s e g ú n C l a u d e - E d m o n d e M a g n y . " T a l es m i s i t u a c i ó n :
s ó l o p u e d o v i v i r si a s u m o esa m u e r t e p o r l a e s c r i t u r a ,
p e r o la e s c r i t u r a m e p r o h i b e l i t e r a l m e n t e v i v i r " ( p . 174).
Pero: " ¿ T e n í a y o d e r e c h o a v i v i r e n e l o l v i d o ? ¿ A v i v i r
gracias a ese o l v i d o , a sus expensas?" ( p . 194); léanse pp.
218 a 235. ¿ Q u é p u e d e s i g n i f i c a r e n t o n c e s e l p a s o p o r
S c h e l l i n g , a saber, q u e el M a l n o es i n h u m a n o , d a d o q u e
la m i s m a l i b e r t a d f u n d a m e n t a l p r o d u c e l o h u m a n o y l o
i n h u m a n o ? ¿ E s , c o m o e n Nabert,'"* l o i n j u s t i f i c a b l e m á s
allá d e l m á s a c á d e las n o r m a s ; a q u í , m á s allá d e l m á s a c á
d e l o i n h u m a n o ? " L a f r o n t e r a d e l M a l n o es l a d e l o i n h u -
m a n o , es m u y o t r a cosa" ( p . 175). ¿¿Hacia u n a ética d e la
L e y separada d e las teodiceas {ibid.)?7
La d i f i c u l t a d de escribir, de contar p o r escrito: " M i
p r o b l e m a - a u n q u e n o es t é c n i c o , s i n o m o r a l - es q u e n o
l o g r o , m e d i a n t e la e s c r i t u r a , p e n e t r a r e n el presente d e l
" Jean Nabert, Essai sur le mal, París, I ' U F , col. Épiméthée, 1955; reed. en Pa-
rís, Aubier, 1970 [trad. esp.: Ensayo sobre el mal, Madrid, Caparros, 1998). Cf.
Paul Ricoeur, Lectures, vol. 2: La Contrée des philosophes, París, Seuil, col. Points
Essais, 1999, pp. 237-252 (capítulo tihilado "L'Essai sur le mal", 1959).
 56
VIVO HASTA LA MUERTE
c a m p o , c o n t a r l o e n presente. [ . . . ] C o m o s i h u b i e r a u n a '
prohibición d e la figuración d e l presente".
E x t e n d e r esa p r o h i b i c i ó n a l o i m a g i n a r i o d e l a
m u e r t e o r d i n a r i a . N a d a d e figuración e n presente, a sa-
ber, el m o m e n t o d e l m o r i r c o m o pasaje. A q u í W i t t g e n s -
t e i n : "Der Tod ist kein Ereignis des Lebens. Den Tod erlebt
man nicht" ( c i t a d o e n p . 180). L a m u e r t e n o es u n a expe- i
riencia v i v i d a , n o h a y vivencia* p a r a mi m u e r t e . [ A n o -
tado al margen: Char, Sólo permanecen.V^^
- * L a u n i ó n d e l t r a b a j o d e la m e m o r i a y e l t r a b a j o
d e d u e l o : "ese l a r g o t r a b a j o d e d u e l o d e l a m e m o r i a "
( p . 196). " . • . . i
Es éste e l q u e m e a y u d a e n e l t r a b a j o d e d u e l o d e l o
imaginario, en cuanto su antefuturo y a m e ha s u m e r g i d o
p o r a n t i c i p a d o e n l a massa perdita d e l o s m o r i b u n d o s y
los cadáveres. Entonces, e l c a m i n o d e los a p a r e c i d o s , d e
aquellos que h a n vuelto y h a n m a r c h a d o hacia la v i d a , e l
c a m i n o de m e m o r i a , se c o n v i e r t e e n e l c a m i n o de la a n t i -
c i p a c i ó n d e l a i n m i n e n c i a d e ser d e v o r a d o , a m i v e z , e n
la massa perdita. Para p o d e r escuchar a B a u d e l a i r e : " O h
m u e r t e , v i e j o c a p i t á n , y a es h o r a , l e v e m o s a n c l a s . . . " , es-
cucharlo c o m o l o e s c u c h ó H a l b w a c h s .
Q u e e l horror c o n t a m i n a toda m u e r t e . C l a u d e - E d -
m o n d e M a g n y y s u e v o c a c i ó n de Keats:
There ivas a listening fear in her regará • '
As ifcalamityhadjustbegun{p. 203). .
* E n español en el original. (N. del T.)
" Rene Char, Sculs demeurent, texto de 1945, publicado en la recopilación
de obras poéticas del autor titulada Fureur et mystere, París, Gallimard, 1948
[trad. esp.: Sólo permanecen, en Furor y misterio, Madrid, Visor, 2002].
57
HASTA L A MUERTE
T o d o e l " n o tengáis m i e d o " está a q u í en n e g a t i v o : " l a f a -
l l a e n e l c o r a z ó n d e t o d a e x i s t e n c i a " ( p . 203).
L a a l t e r n a t i v a d e l t í t u l o d e Jorge S e m p r ú n : s ó l o u n
s u i c i d i o p o d r í a signar, p o n e r f i n de m a n e r a v o l u n t a r i a a
ese t r a b a j o d e " d u e l o i n c o n c l u s o " ( p . 204) c o n m i n a d o
a " e l e g i r entre la e s c r i t u r a y l a v i d a " . ( ¿ ¿ N o es - d i c h o sea
de p a s o - otra figura de la muerte: el suicidio...??)
Tal vez era preciso, ante t o d o , elegir la v i d a c o n t r a la
escritura para poder, algún día, escribir y v i v i r . ¿Pasaje
d e t o d o s , d e m í t a m b i é n , p o r l a afasia? Pero ¿ n o s a l g o
acaso d e ese estado a l escribir estas p á g i n a s ? ¿ " D u e l o d e
la e s c r i t u r a " c o n vistas a l d u e l o d e l a m e m o r i a ? P u e s t o
q u e n o somos fuertes. H a y q u e recoger u n p o c o las velas,
d u r a n t e m u c h o t i e m p o , antes d e e n f r e n t a r la t o r m e n t a .
Pues l o que d e b o aceptar es t a m b i é n su s u i c i d i o . A q u í m e
toca la p r e g u n t a d e J. S.: " ¿ D e veras he v u e l t o ? " ( p . 206).
N o h a y anamnesis s i n " e x o r c i s m o " ( p . 209).
M a l c u r a d a , la m e m o r i a n o ofrece a ú n m á s q u e " e l re-
flejo g l a c i a l y n o obstante a r d i e n t e " d e l M a l : " l a r e a l i d a d
r a d i c a l , e x t e r i o r i z a d a , d e l M a l . . . " ( p . 210).
E l r e t o r n o d e l recuerdo: "era así, p o r el r e t o m o d e ese
r e c u e r d o , d e la d e s d i c h a d e v i v i r , q u e h a b í a s i d o e x p u l -
sado d e la d i c h a loca d e l o l v i d o " ( p . 229). D e c i r adiós a l o l -
v i d o ("a L o r é n e , i n o l v i d a b l e a m a n t e d e l o l v i d o " , p . 230).
235, sobre la estrategia d e l o l v i d o .
H a s t a q u e p u e d a p r o n u n c i a r s e : la Escritura o la
muerte, p . 2 4 1 . '
Q u i z á P r i m o L e v i h a y a m u e r t o d e eso. P a r a é l , l a
v i d a después n o h a b r í a d e ser " s i n o u n s u e ñ o d e n t r o d e
o t r o s u e ñ o " ( p . 2 4 4 ) . . . ¿ N o es e l c a m i n o d e l s u i c i d i o ?
Q u e la massa perdita es m á s r e a l q u e la c o m u n i d a d d e los
v i v o s . E n t o n c e s , ella aspira a ella. R e u n i r s e c o n l a massa
 58 VIVO HASTA LA MUERTE 59
HASTA LA MUERTE

perdita. Leer e l t e x t o d e P r i m o L e v i c i t a d o , p . 245: " A l a l - e s c r i b i r : Nulla era vero all'infuori del lageo [?].* // resto era
cance d e l a m a n o , esta c e r t i d u m b r e : l o único v e r d a d e r o breve vacanza, inganno dei sensi, sogno..., c i t a d o e n p . 260.
es e l c a m p o , t o d o e l resto n o h a b r á s i d o m á s q u e u n [Nota al margen: v é a s e E u g e n K o g o n , L'Enfer organisé.V^
s u e ñ o , desde entonces". T r i u n f o d e l a n t e f u t u r o : n o h a b r á
Eso es l o q u e amenaza a c u a l q u i e r a que esté obsesio-
s i d o . . . La tregua d e P r i m o L e v i . [Anotado al m a r g e n :
n a d o p o r la massa perdita.
" U n s u e ñ o d e n t r o de o t r o s u e ñ o , s i n d u d a . E l s u e ñ o d e la
Si la e s c r i t u r a t i e n e a l g u n a p o s i b i l i d a d d e r e c o n c i -
m u e r t e , ú n i c a r e a l i d a d d e u n a v i d a q u e , en sí m i s m a , n o
liarse c o n la v i d a , c u a n d o está a l s e r v i c i o d e la " m e m o r i a
es m á s q u e u n s u e ñ o " , p . 252. Es la definición d e l a ines-
d e la m u e r t e " , n o t o d o debe esperarse d e la t é c n i c a d e l
peranza, s e g ú n la o p o r t u n a p a l a b r a d e G a b r i e l M a r c e l . E l
r e l a t o , d e l a r t i f i c i o . Es menester, a d e m á s , q u e la m e m o -
s u i c i d i o : firma d e ese v e r e d i c t o . ]
ria m i s m a u n a trabajo de m e m o r i a y trabajo de duelo.
¿ P o r q u é J. S e m p r ú n p u d o v i v i r y escribir, y n o P r i m o :
E s t o es lo q u e i m p o r t a p a r a e l b u e n u s o d e l a m e m o r i a
Levi? ' M
d e l a m u e r t e d u r a n t e e l e x o r c i s m o d e las a n t i c i p a c i o n e s
¿ A causa d e s u estrategia d e l o l v i d o ? " E l coraje d e
i m a g i n a r i a s d e esa m e m o r i a q u e a d h i e r e n a la e l e v a c i ó n
a f r o n t a r la m u e r t e a través de la e s c r i t u r a " (p. 251). V é a s e ,
d e la m u e r t e p o r e n c i m a d e la massa perdita, en u n l u g a r
A b e l sobre e l coraje T i l l i c h , The Courage to Be.^^
u s u r p a d o q u e c o r r e s p o n d e al " M a l a b s o l u t o " n o m b r a d o
L a tentación d e l s u i c i d i o [de] P r i m o L e v i . R e g r e s i ó n : ¡
p o r M a l r a u x . Vencer la o b s e s i ó n n a c i d a d e l a e x p e r i e n -
" C o m p r e n d í q u e la m u e r t e estaba d e n u e v o e n m i p o r v e -
cia d e la m u e r t e , d e la presencia de la m u e r t e e n la s i t u a -
n i r , e n el h o r i z o n t e d e l f u t u r o " . E n efecto, e n e l d u e l o
c i ó n l í m i t e d e l e x t e r m i n i o . [ A l m a r g e n : la vivencia de
apenas i n i c i a d o d e l r e c u e r d o d e la m u e r t e , " y o v i v í a e n
aquella antigua muerte,** p . 290.] O b s e s i ó n q u e sólo p u e d e
la i n m o r t a l i d a d d e s e n v u e l t a d e l a p a r e c i d o " . E l a n u n c i o
e n f r e n t a r s e s i se l a e n c a u z a h a c i a " l a r e g i ó n c r u c i a l d e l
d e la m u e r t e d e P r i m o L e v i : " y o v o l v í a a ser m o r t a l " . . .
a l m a d o n d e e l M a l a b s o l u t o se o p o n e a l a f r a t e r n i d a d "
" L a m u e r t e h a b í a alcanzado a P r i m o L e v i . " Y s i n e m b a r -
(Malraux).
g o , t a m b i é n él se h a b í a s e n t i d o t e n t a d o d e sanar d e l a
Se d e s c u b r e entonces, t a l v e z , q u e j a m á s h u b o p a r a
m u e r t e p o r l a e s c r i t u r a ( c i t a d o e n p . 258). E l fracaso d e l
n a d i e v i v e n c i a d e l a m u e r t e . W i t t g e n s t e i n sería m á s v e -
l i b r o . P r i m o L e v i hace a l r e v é s e l c a m i n o de J. S e m p r ú n ,
siendo así que, ante t o d o , la experiencia fue la inversa (p. 259). r a z q u e la o b s e s i ó n d e l o s [falta l a parte i n f e r i o r de l a

L e v i h a b í a t e n i d o é x i t o d o n d e Jorge S e m p r ú n h a b í a f r a - página]. • '

casado. Y a d e m á s , la i n v e r s i ó n s e c u n d a r i a q u e i n d u c e a
" Alusiones al libro (inédito) de Olivier Abel sobre el desaliento y al de
Paul Tillich, publicado en francés con el título de Le Courage d'ctre, traducción
de Fernand Chapey, París, Seuil, col. Livre de vie, 1971 [trad. esp.: El coraje de
existir, Barcelona, Estela, 1968].
* La palabra dudosa es lager, "campo". Las frases en italiano pertenecen al
párrafo con que termina La tregua, el libro de Primo Levi. (N. del T.)
Alusión a una obra de Eugen Kogon, L'Enfer organisé, París, La Jeune Par-
que, 1947; texto reeditado en L'État SS: le systemc des camps de concentration alle-
mands, París, Seuil, col. Points Histoire, 1993 [trad. esp.: El Estado de la SS: el sis-
tema de los campos de concentración alemanes, Barcelona, Alba, 2005].
** E n español en el original. (N. del T.)
 HASTA L A MUERTE 61
60 VIVO HASTA L A MUERTE

L o q u e hace falta es la palabra q u e H e i d e g g e r n o p r o - ¡No mueras, te amo tanto!

Pero el cadáver ¡ayl siguió muriendo*
n u n c i ó a pesar de la s o l i c i t u d acuciante de C e l a n , consig-
n a d a e n el p o e m a " T o d t n a u b e r g " i ^ q u e cita J. S e m p r ú n ,
( p e r o el c a d á v e r , ay, siguió m u r i e n d o . . . ) . E l v e r b o e n p a -
p p . 298 y 299, " l a línea escrita von einer Hojfnung, heute"}^
sado: e l a n t e f u t u r o asediado p o r e l pasado.]
" L a esperanza de u n a palabra d e l pensador que venga
d e l c o r a z ó n . " É s a s e r í a la p a l a b r a q u e s i g n a r í a e l e x o r - La f r a t e r n i d a d había i n d u c i d o al detenido comunista

c i s m o d e l espectro. Pero el n o d i c h o h e i d e g g e r i a n o es e l q u e recibía al recién l l e g a d o a escribir " S t u k a t e u r " [ e s t u -

n u e s t r o , m i e n t r a s e l espectro d e la m u e r t e q u e m a t a n o c a d o r ] y n o " e s t u d i a n t e " : " U n a i d e a d e la f r a t e r n i d a d

sea d e v u e l t o a s u estatus d e a p a r i e n c i a c o n respecto a l q u e a ú n se o p o n e a l d e s p l i e g u e f u n e s t o d e l M a l abso-
M a l a b s o l u t o , e l o t r o d e s u o t r o , la f r a t e r n i d a d . E l silencio l u t o " ( p . 312). Sí, alcanzar e l p u n t o d o n d e l a verdad q u e
sobre la insistencia y la consistencia d e l M a l , ú n i c a " v e r - e x p u l s a l o s espectros es ésta: l a eterna l u c h a entre la f r a -
d a d " d e l espectro. t e r n i d a d y el M a l absoluto. .

¿El p o e t a se m a t ó , c o m o P r i m o L e v i , p o r q u e l a p l e -
g a r i a d e P a u l C e l a n -einer Hoffnung, heute- no f u e escu-
chada? iv'
Q u é difícil y a r d u o - h a b r í a d i c h o S p i n o z a - es el ca-
m i n o q u e C.-E. M a g n y s e ñ a l a b a a l f u t u r o escritor: " N a -
d i e p u e d e escribir si n o tiene el c o r a z ó n p u r o , es decir, si
n o está l o bastante d e s p r e n d i d o d e s í " ( p . 303). " L a escri-
t u r a , si p r e t e n d e ser m á s q u e u n j u e g o , o u n a apuesta, n o
es sino u n l a r g o , i n t e r m i n a b l e trabajo d e ascesis, u n a m a -
n e r a d e d e s p r e n d e r s e d e sí c o m p r o m e t i é n d o s e : c o n v i r -
t i é n d o s e e n sí m i s m o p o r h a b e r r e c o n o c i d o , t r a í d o a l
m u n d o a l o t r o q u e s i e m p r e es u n o " (p. 304). • '
Tal e l n u d o : t r a b a j o de m e m o r i a es trabajo d e d u e l o .
Y u n o y o t r o son p a l a b r a d e esperanza, arrancada a l o n o
dicho. [ A l margen: De lo contrario, no hay réplica para
los versos d e C é s a r Vallejo:

" Todtnauberg es el nombre de la aldea de la Selva Negra donde Heideg-

ger vivía.
* E n español en el original. (N. del T.)
"De una esperanza, hoy."
 L A MUERTE

[El texto que sigue es u n manuscrito n u m e r a d o de 1 a 8

que constituye en apariencia la tercera parte anunciada' el desapego perfecto
e n el manuscrito precedente; cf. antes, p. 33.] Dos líneas de pensamiento
la c o n f i a n z a e n
\ , el c u i d a d o de D i o s .

1. Sobre la p r i m e r a línea de p e n s a m i e n t o : el desmantela-

m i e n t o , i m p u l s a d o s i n restricciones, de l o i m a g i n a r i o d e
la s u p e r v i v e n c i a .
a) E l c u m p l i m i e n t o hasta el f i n a l d e l trabajo d e d u e l o :
ejercerlo a expensas d e l apego a sí. E l " d e s a p e g o " , s e g ú n
el m a e s t r o E c k h a r t , l l e v a d o hasta la r e n u n c i a a las p r o -
y e c c i o n e s i m a g i n a r i a s d e l sí i d e n t i t a r i o tras la m u e r t e
p r o p i a : l o mismo ( ¿ i n d i s t i n t a m e n t e idem e ipse?) en el
mismo t i e m p o , el de la p r o p i a v i d a antes de la m u e r t e y el
d e los s o b r e v i v i e n t e s q u e me s o b r e v i v i r á n : eso es l o q u e
debe perderse. L a m u e r t e es en v e r d a d el f i n de la v i d a e n
el t i e m p o c o m ú n a mí, v i v o , y a quienes m e sobrevivirán.
L a s u p e r v i v e n c i a son los otros.
b ) ¿ L a d i m e n s i ó n ética d e ese d e s a p e g o c o n d u c e
hasta su final? N o es e l coraje de la r e n u n c i a a las p r o y e c -
ciones i m a g i n a r i a s - a u n q u e ese c o m p o n e n t e "estoico"
n o sea poca c q s a - , s i n o la t r a n s f e r e n c i a a l otro d e l a m o r
p o r la v i d a . A m a r al o t r o , m i s o b r e v i v i e n t e . Este c o m p o -
n e n t e d e " á g a p e " d e la r e n u n c i a a la s u p e r v i v e n c i a p r o -
p i a c o m p l e t a e l " d e s a p e g o " m á s acá de la m u e r t e : n o es
s ó l o p é r d i d a , s i n o g a n a n c i a : l i b e r a c i ó n p a r a l o esencial.

63
 64 VIVO HASTA LA MUERTE
L o s grandes m í s t i c o s renapos n o s ó l o se " n e g a r o n " , t a m -
b i é n se p u s i e r o n a d i s p o s i c i ó n d e l o esencial. A l e x t r e m o
de m o s t r a r u n a asombrosa a c t i v i d a d : creadores de ó r d e -
nes, profesores, viaieros, fundadores (en n u m e r o s a s acep-
ciones d e l t é r m i n o ) . Es q u e estaban a b i e r t o s a l o f u n d a -
m e n t a l gracias al " d e s a p e g o " c o n respecto a l o inesencial.
¡Pues b i e n ! , la disponibilidad para lo fundamental m o t i v a la
t r a n s f e r e n c i a a l o t r o d e l a m o r p o r l a v i d a . H a y u n a re-
l a c i ó n r e c í p r o c a e n t r e d i s p o n i b i l i d a d p a r a l o esencial,
p a r a l o f u n d a m e n t a l , y l a transferencia a l p r ó j i m o que m e
sobrevive: la d i s p o n i b i l i d a d para l o f u n d a m e n t a l , libe-
r a d a p o r e l "desapego",/iundfl l a transferencia; l a transfe-
r e n c i a verifica, atestigua, pone a prueba, " e x p e r i m e n t a " e l
desapego en su d i m e n s i ó n de g e n e r o s i d a d .
2. Sobre la s e g u n d a línea de p e n s a m i e n t o : las i m p l i c a c i o -
nes de la c o n f i a n z a e n D i o s . É s t a s c o n c i e r n e n a l s e n t i d o ,
la i n t e l i g i b i l i d a d , la j u s t i f i c a c i ó n d e la e x i s t e n c i a . Pero
pensarlas s i n c o n c e s i ó n a l g u n a a la s u p e r v i v e n c i a e n u n a
t e m p o r a l i d a d paralela a la s u p e r v i v e n c i a de los otros.
O t r a cosa q u e l a s u p e r v i v e n c i a . O t r a cosa q u e u n a s p r o -
yecciones i m a g i n a r i a s .
C a r á c t e r p u r a m e n t e e x p l o r a t o r i o d e esta a v a n z a d a .
a) A m e n u d o m e sentí tocado p o r u n a idea q u e , creo, p r o -
v i e n e de W h i t e h e a d : la memoria de D i o s . D i o s se acuerda
d e m í . Difícil n o p o n e r l o e n f u t u r o : D i o s se acordara d e
m í . R i e s g o d e hacer d e e l l o u n a f o r m a h i p ó c r i t a de l a
proyección imaginaria, d e l "consuelo" como concesión a
l o i m a g i n a r i o ; e n r e s u m e n , c o m o desapego imperfecto.
A p a r e c e aquí, p o r p r i m e r a v e z , la c u e s t i ó n de la relación
vertical e n t r e t i e m p o y eternidad. L a frase "Dios se
65
HASTA LA MUERTE
a c u e r d a d e m í " se d i c e e n p r e s e n t e e t e r n o , q u e es e l
t i e m p o d e l o f u n d a m e n t a l , d e l o esencial. Pero, e n r a z ó n
d e la f i n i t u d d e la c o m p r e n s i ó n h u m a n a , p e r f e c t a m e n t e
expresada e n l o r e f e r i d o a l t i e m p o e n la estética trascen-
d e n t a l d e l a p r i m e r a Crítica k a n t i a n a , n o p u e d o sino "es-
q u e m a t i z a r " ese presente e t e r n o d e l c u i d a d o d i v i n o . Es
ese " e s q u e m a t i s m o " d e l o e t e r n o e l q u e se expresa, m e
parece, e n la process theology, c o m o " d e v e n i r " d e D i o s .
C o n respecto a ese d e v e n i r de D i o s , entonces, el sen-
tido d e u n a existencia e f í m e r a p u e d e , a s u t u r n o , esque-
m a t i z a r s e c o m o " m a r c a " e n D i o s . C a d a existencia "makes
a difference" e n D i o s .
L a d i f i c u l t a d i n m e n s a r a d i c a e n n o representar esa
" d i f e r e n c i a " c o m o s u p e r v i v e n c i a , e n l o que Hamo la t e m -
p o r a l i d a d paralela, o t o r g a d a p o r l a i m a g i n a c i ó n a los d i -
f u n t o s , c o m o t e m p o r a l i d a d bis d e éstos. P r o p i a m e n t e h a -
b l a n d o : t e m p o r a l i d a d d e las almas espectros.
¿ Q u é p u e d e a y u d a r m e a separar el " e s q u e m a t i s m o "
d e l m e m o r i a l d i v i n o d e l desapego imperfecto?
S ó l o l a i d e a d e l a gracia. La confianza en la gracia.
N a d a se m e debe. N o espero n a d a p a r a m í ; n o p i d o n a d a ;
he r e n u n c i a d o - ¡ t r a t o d e r e n u n c i a r ! - a reclamar, a r e i v i n -
dicar. D i g o : D i o s , harás lo que quieras de mí. Acaso
n a d a . A c e p t o n o ser m á s .
Entonces, se eleva o t r a esperanza q u e n o es e l deseo
d e seguir e x i s t i e n d o . ' . , ,,
¿ P u e d e a ú n pensarse esa esperanza e n l a m e m o r i a d e
D i o s s e g ú n las categorías de la " s a l v a c i ó n " ? Difícilmente:
a costa d e u n a r a d i c a l p u r i f i c a c i ó n c o n respecto a la h e -
rencia p a u l i n a de la redención de los pecados. Se trata d e
u n salvamento infinitamente más radical que la justifica-
ción d e los pecadores: la justificación d e la existencia.
 66 VIVO HASTA LA MUERTE
b ) H e c r e í d o p e r c i b i r a l g o de esa justificación d e la exis-
tencia e n la r e c o n s t r u c c i ó n q u e X a v i e r L é o n - D u f o u r hace
d e la a c t i t u d d e J e s ú s f r e n t e a la m u e r t e , m á s a c á d e la i n -
t e r p r e t a c i ó n p a u l i n a ; e l n ú c l e o está [ c o n s t i t u i d o ] p o r la
p a r a d o j a r e p e t i d a seis (?) veces e n los Sinópticos:^ Lucas
17, 33, "Todo el que procure salvar su vida, la perderá; y todo
el que la pierda, la salvará". .. i, s l o m i s m o , p e r o c o n s i d e r a b l e m e n t e m á s difícil, d e s m i t o -
E l c o m e n t a r i o d e X. L é o n - D u f o u r , p p . 61 y ss. d e Tace
a la mort: ]ésus et Vaul? Cf. " s e c c i ó n : la v i d a a t r a v é s d e l a
m u e r t e " . Pero, y a antes, p . 56: " E l l e n g u a j e d e l o e t e r n o
en el t i e m p o " ; p p . 56 y ss.: " J e s ú s utilizó u n lenguaje d i s -
t i n t o d e l l e n g u a j e d e la p o s m u e r t e y e l f i n d e l o s t i e m -
p o s , y e n e l l o se a p a r t a d e la t r a d i c i ó n p r o f é t i c a " , e n la
q u e t o d o está en futuro. S e g ú n esta tradición, la s u p e r v i -
v e n c i a p e r s o n a l se i n c l u y e y se deja l l e v a r e n e l i m p u l s o
hacia los " ú l t i m o s t i e m p o s " , pensados p o r su parte de
m a n e r a precrítica, c o m o t i e m p o ulterior. T o d a l a retórica
d e l J u i c i o v e n i d e r o e x p l o t a esa f u t u r i d a d e s c a t o l ó g i c a .
¿ J e s ú s p e n s ó e n e l l í m i t e d e esta f u t u r i d a d ? H u e l l a s e n
los Sinópticos: el Reino de D i o s " e s t á entre n o s o t r o s "
(Lucas 17, 21). ^. ' >m;'V>í
Lo que se sugiere en los Sinópticos termina por ser perfec-
tamente claro con el cuarto Evangelio. El juicio se actualiza
en la actitud de la acogida o el rechazo frente a Jesús que
habla. La "resurrección en el último día" no sólo será con-
<, cedida en el f i n de los tiempos; ya ahora el creyente "ha
pasado de la muerte a la v i d a " (Juan 5, 24).
' Los Sinópticos son los tres primeros Evangelios, los de Mateo, Marcos y
Lucas.
2 Xavier Léon-Dufour, Face a la mort: Jésus et Paul, París, Seuil, 1979 [trad.
esp.:/esús y Pflb/oflnfeífl mweríe, Madrid, Cristiandad, 1982]. ,¿ „, .
HASTA L A MUERTE 67
¿ E s o es l o q u e significa "pasar de la m u e r t e a la v i d a " , s i n
c o n c e s i ó n a l o i m a g i n a r i o de la supervivencia?
Acaso haya que d e s m i t o l o g i z a r en f o r m a r a d i c a l la
idea d e juicio, n o sólo a causa de s u d e p e n d e n c i a d e m a -
siado g r a n d e d e l castigo así c o m o d e la salvación abso-
lución y, p o r l o t a n t o , d e l " p e c a d o " . O , l o que v i e n e a ser
l o g i z a r " p e c a d o " ; infracción a la L e y c o m o s e p a r a c i ó n d e
D i o s . A h o r a b i e n , la memoria d e D i o s es " p e r d ó n " , m á s
q u e e n el s e n t i d o j u r í d i c o de a b s o l u c i ó n o i n d u l t o , e n e l
sentido de p r o x i m i d a d recuperada. Desde el p u n t o de
v i s t a a r g u m e n t a t i v o , es m á s e c o n ó m i c o sortear la catego-
ría d e p e c a d o e i r d i r e c t a m e n t e a la c a t e g o r í a sen-
t i d o / s i n s e n t i d o . N o s a v e n t u r a m o s entonces a e v i t a r l a
d i c o t o m í a después/antes de l a m u e r t e .
c) ¿ L a c u e s t i ó n d e l s e n t i d o p u e d e pensarse c o m o recapi-
tulación d e l a e x i s t e n c i a , e n u n a t e m p o r a l i d a d n o suce-
s i v a , u n a t e m p o r a l i d a d a c u m u l a t i v a , densa, r e d u c i d a a l
instante totalizante?
¿Se p u e d e entonces t r a t a r de repensar redención ya no
c o m o rescate, s i n o c o m o : salvar el sentido? J u a n es s i n
d u d a q u i e n m á s lejos f u e en esa dirección, al compensar,
s e g ú n el parecer d e X. L é o n - D u f o u r , e l antes/después de la
p e r s p e c t i v a profética c o n e l ya ahí d e l a p e r s p e c t i v a a p o -
calíptica (Juan 5, 24-29). .--ia
¿ P o d e m o s , p o r e n d e , c o n s e r v a r a l g o d e la f u t u r i d a d
d e l Juicio c o m o u n " e s q u e m a t i s m o " de l o Eterno? Sí, t a l
v e z , si l o c o m p e n s a m o s c o n u n " e s q u e m a t i s m o " i n v e r s o
m á s p r ó x i m o a la memoria. Pero u n a m e m o r i a d i s t i n t a e n
sí m i s m a de la evocación del recuerdo. U n a m e m o r i a i r r e -
d u c t i b l e a l a p a s e i d a d d e l " n o m á s " y, d e a l g ú n m o d o .
 HASTAIA^"^^^' 1
68 VIVO HASTA L A MUERTE
^psapego perfecto. D i o s es e l
exaltada c o m o preservación del haber sido, e l " a ú n a h í " d e l seo de vida bajo el signo delde ^J^^ ^^^^ ^^-3^^ ¿ e a r :
pasado " s a l v a d o " d e l no más, c o m o e q u i l i b r i o y simétrico D i o s d e los v i v o s y n o de ^^^^^^^^^^^ como d i f u n t o s se-
d e l " y a a h í " d e l f u t u r o , salvado d e l " a ú n n o " . y n o d e los m u e r t o s ? Delos"^^^^ ^^^^^^ ^^^^^ i m a g i n a r i o
P r o s e g u i r e n l a l í n e a d e la preservación del haber sido g ú n l o i m a g i n a r i o . Los «'"'^''^^^g/espectral.
c o m o e s q u e m a t i z a c i ó n " e n p a s a d o " d e l cuidado de D i o s , de la s u p e r v i v e n c i a fantasii>^ ^ ^^^^ ^ . g s q u e m a t i z a -
e s q u e m a t i z a d o a s u vez c o m o m e m o r i a d e D i o s . E l lenguaje p u e d e ayudar en
N a d a se p i e r d e d e l o q u e h a s i d o . S i g n i f i c a c i ó n m í - ción: preservar ^ conservar.
n i m a : n a d i e p o d r á hacer que ese ser n o h a y a existido. Pero . i distinción ipse/idem?

^^^''^^
e n esta significación falta la gracia d e l sentido preservado. d ) ¿ P u e d e ser de u t i l i d a d ^.^ i m a g i n a r i o ) ¿re-
N o h a b e r e x i s t i d o e n v a n o : " d e s d e e l p u n t o de v i s t a Soy p r u d e n t e : ( t a l a la ¡psidad? -
d e D i o s " (?) es v e r d a d l o q u e l o i m a g i n a r i o p r o y e c t a f u g i o e n e l ipse? ¿Renunciar „^^^¿ismo", t o d a v e z que
c o m o p r o v i d e n c i a p r o t e c t o r a , d i s p e n s a d o r a , a saber: n o
A q u í p u e d e ser de ^P^^^^ ocultarse u n a resisten-
se te cae u n s o l o p e l o d e la cabeza s i n q u e D i o s l o h a y a e n m i t e m a de la atestación P^^
c o n s e n t i d o . Esto q u i e r e d e c i r : t o d o t i e n e s e n t i d o , n a d a cia a l " d e s a p e g o " . , ^^^e para u n a ética d e
sucede e n v a n o . ¿ E s q u e m a ? I n s c r i p c i ó n e n la m e m o r i a H o y diría: defensa filoso^.^ j ^ ^ ^ ^ c i a a l ipse p a r a u n a
d e D i o s . [ A l margen: E n t r e v i s t a c o n O l i v i e r A b e l . ] la r e s p o n s a b i l i d a d y la jus'>^^ '
A c a s o p u e d a agregarse entonces: r e c u p e r a c i ó n d e la p r e p a r a c i ó n p a r a la muerta-
paradoja " l o s últimos serán los p r i m e r o s " : en la preserva- nniunto las d o s l í n e a s : p o r u n
ción del haber sido, aquellos que en apariencia menos 3. ¿ P u e d e n p e n s a r s e e n C ) ^^^^^ renuncia a lo
h a n " r e c i b i d o " y " d a d o " recibirán m á s . Se m a n t i e n e así l a d o , e l " d e s a p e g o " , extre^J.^ ^^^^^ confianza en
a l g o de la idea de reparación de las injusticias e n o t r a v i d a . i m a g i n a r i o de la supervive ' ^ ^ „ ^^mo m e m o r i a de
Tema q u e h a m o t i v a d o m u c h o s alegatos p o r la s u p e r v i - el c u i d a d o de D i o s , "esq"'^^ ^^^^,,^0 e n c i m a de d u r a -
vencia. Pero pensarlo de o t r o m o d o que c o m o s u p e r v i v e n - D i o s y p r e s e r v a c i ó n áur^^^^^
cia de l o m i s m o . Inscripción correctiva en lo Eterno. dera: perenne] d e l haber si^^^^ ^gconstrucción d e l a p a r a -
L a d i f i c u l t a d : ¿ c ó m o c o n s e r v a r a l g o d e la temporali- Aquí: X. Léon-DufourY ^ .,
dad vivida (pasado, presente, f u t u r o ) , pero como "es- doja d e J e s ú s :
q u e m a d e la e t e r n i d a d " ? É s a es l a d i m e n s i ó n t e m p o r a l en forma definitiva a través de la
d e l o f u n d a m e n t a l . U n a m a n e r a de " p e n s a r " c o n f o r m e a la existencia se asegura aradoja pertenece sin lugar
este e s q u e m a t i s m o : e q u i l i b r a r memoria (preservación d e l muerte. En su sustancia- jgsús. Ahora bien, la
haber s i d o ) c o n espera (el q u e v i e n e , epxo|j.evo5). Pero c o n a dudas a las palabras auten ^ ^^^epcionalmente en seis
la espera se corre el m a y o r riesgo d e r e i n t r o d u c i r la super- tradición evangélica la ''^^ ^jj^ importancia que le
vivencia c o m o f r a u d e . Para e l l o , a r r a i g a r la espera e n e l de-
oportunidades; se advi^'^
 70 VIVO HASTA LA MUERTE
reconocía. Detrás de las diversas reseñas de la paradoja,
los críticos estiman en su mayor parte que se puede re-
constituir en el origen la palabra siguiente:
Quien quiera salvaguardar su psique la perderá.
Quien pierda su psique la salvaguardará.
[Nota al margen: léase X. L é o n - D u f o u r , p p . 61 y ss., [con
referencia a] M a r c o s 8, 35; Lucas, 9, 24; Lucas 17, 33; M a -
teo 10, 39; Juan 12, 25.]
[ E l pasaje que sigue está c o n s t i t u i d o por notas d i s -
persas, escritas en forma de c o l u m n a s . ] : :l-
L e o e n esa p a r a d o j a la u n i ó n paradójica d e l desapego
perfecto:
perder la psique - » renunciar a la supervivencia
querer salvaguardar la psique * querer sobrevivir.
Q u i e n p i e r d a su p s i q u e l a s a l v a g u a r d a r á preservar e n
el c u i d a d o d e D i o s .
J u a n 12, 25 expresa d e m a n e r a m u y p a r e c i d a : Q u i e n
se apega a s u existencia l a pierde, y q u i e n n o se a p e g u e a
S u e x i s t e n c i a e n este m u n d o la conservará en la v i d a
eterna.
Pensar l a p a r a d o j a e n l a v e r t i c a l i d a d , t e m p o r a l i d a d ,
e t e r n i d a d / s a l v a g u a r d a r [ = ] aferrarse a la v i d a , p e r d e r
[=] desasirse, soltar la presa.
C o m e n t a r i o excelente d e Juan 12, 25, p p . 69 y 70: so-
sai/apolesei [ = ] apegarse p e r d e r -*• conservar.
X . L é o n - D u f o u r p r o p o n e , p . 63:
"Quien quiera salvaguardar su existencia la perderá,
Quien haya perdido su existencia la salvaguardará".
71
HASTA L A MUERTE
Pero n o es tiempo de supervivencia, p a r a l e l o , p a r a los d i -
f u n t o s espectros, a l t i e m p o d e los sobrevivientes.
¿ C ó m o i m p e d i r q u e el f u t u r o d e la p a r a d o j a v u e l v a a
i n t r o d u c i r c o m o f r a u d e el f u t u r o i m a g i n a r i o de la super-
vivencia? E n la f r o n t e r a d e l " e s q u e m a t i s m o " de la e t e r n i -
d a d y d e l o i m a g i n a r i o t e m p o r a l . . . E n la f r o n t e r a d e la
esperanza y de la p r o y e c c i ó n i m a g i n a r i a . Es t o d a la cues-
tión d e la escatología y d e su i m p o s i c i ó n i m p e r i o s a d e l f u -
t u r o d e los " ú l t i m o s t i e m p o s " .
E n este p u n t o es e j e m p l a r la m o t i v a c i ó n f u n d a m e n t a l
de J e s ú s , e n la m e d i d a en q u e la idea de servicio transfiere
al f u t u r o d e los sobrevivientes el s e n t i d o d e la m u e r t e i n -
manente.
L o que debe destacarse aquí n o es la certeza de la p r o -
.é
p i a resurrección, q u e t a l vez e incluso p r o b a b l e m e n t e [sea]
. •, í^
;
u n a p r o y e c c i ó n d e l a fe pascual d e los discípulos, releva-
d o s p o r los evangelistas. Si así f u e r a , J e s ú s n o h a b r í a
m u e r t o como u n h o m b r e corriente, n i siquiera como el
m á s escarnecido de los condenados. E l h i m n o de E i l i p e n -
ses 2 sobre el descenso y la kenosis/necrosis quedaría despo-
j a d o d e t o d o s e n t i d o . T o d o [debe] ponerse a l d e s n u d o , y
aislarse de ese c o n t e x t o p a s c u a l el m o r i r de J e s ú s . N o se
trata entonces de su resurrección segura, sino de la transmi-
sión del [al] otro de su obediencia en el servicio. J a m á s se i n -
sistirá l o suficiente sobre la correlación, en la categoría d e l
servicio, d e l " d e s a p e g o " (de sí m i s m o ) y d e la "transferen-
cia al o t r o " d e l a eficacia d e ese desapego, l o q u e antes
l l a m é la ética p o s i t i v a d e l desapego. L a p r e d i c a c i ó n d e l
R e i n o d e D i o s conjuga el desapego n e g a t i v o ( r e n u n c i a r a
sí m i s m o ) y la fuerza p o s i t i v a d e l desapego, la d i s p o n i b i l i -
s. d a d para l o esencial q u e gobierna la transferencia de todas
m i s expectativas vitales a l otro que es mi supervivencia.
 HASTA L A MUERTE 73
72 VIVO HASTA LA MUERTE

forma?] el desapego en beneficio para el otro. O t r a vez,

J e s ú s sabe q u e s u c o n f r o n t a c i ó n y sus frecuentaciones
el i m a g i n a r i o t e o l ó g i c o reaparece e n s u p l e n i t u d c o m o
c o n d u c e n a la m u e r t e (X. L é o n - D u f o u r c o n s i d e r a a u t é n -
"muerte redentora".
t i c o M a r c o s 2, 19 y 20: " M a s v e n d r á n d í a s c u a n d o el es-
M u y b e l l o t e x t o d e U r s v o n Balthasar, c i t a d o p o r X .
p o s o les será q u i t a d o , y entonces en aquellos días a y u n a -
L é o n - D u f o u r , p . 91.^ D i s p o n i b i l i d a d p a r a e l a c o n t e c i -
r á n " ) . Pérdida para los a m i g o s ; s u d u e l o a n t i c i p a d o . J e s ú s
m i e n t o . C u m p l i r s u p a p e l hasta e l fin. P e r o p a p e l q u e
faltará. Palabra [que] resuena c o n v e r a c i d a d , s i n la sobre-
tiene s u s e n t i d o [falta u n final de frase e n l a parte i n f e -
carga d e las " p r o f e c í a s r e d a c t a d a s a p o s t e r i o r i " {op. cit.,
rior de l a p á g i n a ] . E n ese s e n t i d o , se p u e d e r e t o m a r M a -
p . 78). U n a m u e r t e v i o l e n t a a n u n c i a d a , acogida e n la obe-
teo 20, 28 [ y ] M a r c o s 10, 45. E l H i j o d e l H o m b r e h a v e -
diencia y e l dolor. J e s ú s p u d o (o d e b i ó ) a d j u d i c a r s e a sí
n i d o . . . a dar su vida p a r a r e d e n c i ó n d e la m u l t i t u d {lytron
m i s m o la s u e r t e t r á g i c a d e los p r o f e t a s . Por eso e l " e r a
antí pollón). Sea l o q u e fuere d e la c o n c e s i ó n a la i d e o l o g í a
n e c e s a r i o " . " E l H i j o d e l H o m b r e q u e él [es] d e b e s u f r i r
d e la sustitución victimarla [anotado al m a r g e n : l o sa-
m u c h o y ser d e s p r e c i a d o " ( p . 83), "Es n e c e s a r i o q u e e l
g r a d o y la v i o l e n c i a . ] E l cortocircuito: d a r la v i d a [por la]
H i j o d e l H o m b r e s u f r a m u c h o y sea r e c h a z a d o " (Marcos
m u l t i t u d es s u f i c i e n t e , s i n p a s a r n e c e s a r i a m e n t e p o r l a
8, 3 1 ; Lucas 17,25).
r e s u r r e c c i ó n m a t e r i a l , c o r p o r a l . L a Cruz y Pentecostés en
L a m u e r t e v i o l e n t a . Lucas 11, 47-51; M a t e o 23, 29-34.
c o r t o c i r c u i t o . A b a n d o n o d e u n o , liberación d e m u c h o s
L a m u e r t e d e l Justo p e r s e g u i d o .
institución eucarística. Ésta es m i sangre d e r r a m a d a p a r a
J e s ú s , d i c e X. L é o n - D u f o u r , n o es e l s u j e t o d e l a ac-
la m u l t i t u d . Sangre ^ sacrificio s a n g r i e n t o . Sangre = vida.
ción, sino el objeto de la decisión d i v i n a , u n "es necesario"
E n este p u n t o , X. L é o n - D u f o u r es s ó l i d o : " L a r e d e n c i ó n
q u e , s i n l u g a r a d u d a s , se r e l a c i o n a c o n e l d e s i g n i o d e
n o es u n t é r m i n o s a c r i f i c i a l " . C o n t r a i n t e r p r e t a c i ó n sacri-
D i o s ( p . 88).
ficial d e m u e r t e v i o l e n t a a n u n c i a d a . L i b e r a el c a m p o p o r
A s i m i s m o , Lucas 22, 22: " E l H i j o d e l H o m b r e v a , se-
el p u r o p e n s a m i e n t o d e l d o n d e la v i d a para. Por l o d e -
g ú n l o q u e está d e t e r m i n a d o " .
m á s , m i e n t r a s q u e la paradoja (véase antes) se r e p i t e cinco
N o q u e r r í a caer e n n i n g ú n f a t a l i s m o t e o l ó g i c o , e n
o seis veces, u n s o l o t e x t o d e M a r c o s y M a t e o , y n o d e
n i n g u n a " t r a g e d i a " , sin marcar al menos su contrapar-
Lucas, recurre a l lenguaje sacrificial d e redención.
t i d a : designio anticipado y aceptado. M u e r t e s i t u a d a e n u n a
L a m a r c a d e J e s ú s se basta a sí m i s m a : " y o e s t o y e n -
tradición d e l m o r i r v i o l e n t o d e l p r o f e t a .
tre v o s o t r o s c o m o e l q u e s i r v e " (Lucas 22, 27). L a i n v e r s a
Precisamente e n ese n u d o [se] c o n j u g a n el desapego
d e la dominación política: M a r c o s 10, 42-45; L u c a s 22, 25-
d e sí, p o r o b e d i e n c i a a la m i s i ó n , y el t r a s l a d o a los otros.
M o r i r en beneficio de. Ese lazo, q u e se teorizó en u n a teolo-
gía s a c r i f i c i a l d u d o s a c o m o s u s t i t u c i ó n v i c t i m a r l a , está ' E l texto aludido de Hans Urs von Balthasar está en La Foi du Christ, trad.
en el centro de los Cánticos d e l Siervo Sufriente c o m o de Jacques Guillet, Jean-Louis Schlegel y Dominique Pecoud, París, Aubier,
1968, p. 181.
morir para. D a r [ ¿ e s ? ] v i d a . E l don transfiere [¿trans-
74 VIVO HASTA L A MUERTE

27. X. L é o n - D u f o u r acierta al atreverse a decir q u e M a r -

cos 10, 45: " d a r s u v i d a e n rescate p o r m u c h o s " , es u n
agregado, y q u e e l contexto [es] el servicio. '•
E l servicio solo, l i g a d o a l don d e l a v i d a , a la v e z des-
FRAGMENTOS
t i n o y obediencia.
Por m i p a r t e , v e o e n ello el v í n c u l o Cruz-Pentecostés al
que v o l v e r é e n m i crítica de los relatos de resurrección fí-
sica. L a m u e r t e s i n s u p e r v i v e n c i a cobra s e n t i d o e n el don
servicio que e n g e n d r a u n a c o m u n i d a d .
E l H i j o d e l H o m b r e h a v e n i d o n o p a r a ser s e r v i d o
s i n o p a r a servir. E l l a z o muerte-supervivencia en el otro se
a n u d a e n el servicio para..., asociado al don de la vida.
V í n c u l o entre servicio y c o m i d a . L a Cena u n e el m o r i r
(de sí) [ y ] el servicio (del otro) e n el c o m p a r t i r de la comida
que u n e al h o m b r e de la m u e r t e a la m u l t i t u d de s o b r e v i -
vientes r e u n i d o s e n ecclesia.
- Es n o t a b l e q u e e l p r o p i o J e s ú s n o h a y a teorizado esa
relación, y n u n c a h a y a d i c h o qué era. Tal v e z n o l o supo;
la h a b í a vivido e n el gesto eucarístico q u e u n e la i n m i n e n -
cia de la m u e r t e y s u m á s allá c o m u n i t a r i o .
Léase X. L é o n - D u f o u r , p p . 96-100 (insistencia e n H b , *
en el s u f r i m i e n t o d e J e s ú s ) . Juan: tránsito a la g l o r i a . Pero
n i n g u n a perspectiva sacrificial. > ¡, • k. . -

I < " 1 • , ' • ' ,

^ Hb = carta a los hebreos.