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10/12/2017

Profa. Juliana A. Lukiantchuki

1. Introdução
2. Técnicas de rebaixamento
2.1. Bombeamento direto
2.2. Ponteiras filtrantes
2.3. Poços profundos
3. Dimensionamento do sistema de rebaixamento
4. Considerações finais 1

1. Introdução
2. Técnicas de rebaixamento
2.1. Bombeamento direto
2.2. Ponteiras filtrantes
2.3. Poços profundos
3. Dimensionamento do sistema de rebaixamento
4. Considerações finais 2

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Introdução

Na Engenharia Civil é de fundamental importância o estudo da água. Na sua condição


superficial ela altera o relevo, gera energia e abastecimento. As águas subterrâneas também
são utilizadas para o abastecimento e alteram as propriedades dos solos onde serão
construídas as edificações.

Os aquíferos encontram-se em
profundidades variadas, dependendo do
local e da topografia. Quando não são
muito profundos podem interferir nas
obras executadas abaixo da superfície
tais como subsolos, infra-estrutura
subterrânea, túneis, entre outras.

Introdução

O rebaixamento do lençol freático é a ação pontual ou setorial do nível do lençol


freático, provocado por meio de ponteiras filtrantes ou poços de bombeamento
(Fonte:FundSolo)

O rebaixamento do lençol freático


permite a realização de trabalhos de
construção em condições de umidade
aceitáveis:
 Construção de túneis;
 Assentamento de tubulações;
 Execução de fundações; e
 Escavação de subsolos

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Introdução

O rebaixamento do lençol freático é indicado em todos os casos em que seja necessária a construção
de qualquer obra civil que esteja situada parcialmente ou totalmente abaixo do lençol freático, até que
possam ser instalados os sistemas de drenagem e impermeabilização que forneçam a segurança e a
estabilidade da obra (Fonte: Fundações e Obras Geotécnicas)

A implantação de um sistema de rebaixamento do lençol


freático se faz necessária nos casos em que novas obras serão
construídas, ou obras já existentes serão reformadas ou
apenas submetidas a uma manutenção preventiva ou
corretiva, estando estas obras em cota inferior à do lençol
local. O rebaixamento permite que os trabalhos sejam feitos
com melhores condições de acesso e segurança, e muitas
vezes proporcionem economia de recursos em relação à
situação de trabalho submerso.

Aspecto geral das fundações da Barragem San Juan em


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solo residual jovem com passagens de rocha alterada

Introdução

POR QUE A ÁGUA É UM INCONVENIENTE?


A água percolada que emerge dos
taludes e fundo de escavações acarreta
em:
 Afofamento ou amolecimento do
terreno do fundo de escavações;
 Instabilidade de taludes laterais;
 Empuxos hidrostáticos sobre
estruturas de arrimo provisórias;
 Carreamento de partículas de solo; e
 Dificuldade de tráfego de veículos e
máquinas.
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Introdução

O rebaixamento do lençol freático é uma técnica muito utilizada, podendo ser


temporário ou permanente

O rebaixamento diminui a pressão


neutra do solo, provocando o
adensamento e podendo ocorrer
recalques em níveis indesejáveis!

Torna-se fundamental um estudo


detalhado para adequar o projeto e a
obra utilizando os recursos do
rebaixamento do lençol freático quando
necessário. 7

Introdução

AQUÍFERO

Aquífero: É toda formação geológica


subterrânea, permeável, que tem
capacidade de armazenar água
possibilitando que essa se movimente.

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Fonte: http://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/28001-o-que-e-um-aquifero

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Introdução

TIPOS DE AQUÍFEROS

Aquíferos livres ou freáticos: São reservatórios


formados por rochas permeáveis, parcialmente
saturados de água, cuja base é formada por uma
camada impermeável (por exemplo, argila) ou
semipermeável. O topo pode ser limitado por
uma superfície livre de água (superfície freática)
que se encontra sob pressão atmosférica.

Introdução

TIPOS DE AQUÍFEROS

Aquíferos confinado ou artesiano: Nestes


reservatórios, a parte superior e inferior são
formadas por material rochoso impermeável.
Além disso, ele está completamente saturado de
água. A água subterrânea está confinada sob uma
pressão maior que a pressão atmosférica. Por
este motivo, quando se perfura para a extração
de água (um furo artesiano), ela sobe para um o
nível muito superior, podendo até jorrar.

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Introdução

TIPOS DE AQUÍFEROS

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Introdução

VANTAGENS DO REBAIXAMENTO
 Intercepta de percolação d’água que emerge nos taludes ou fundo
de escavações;
 Aumenta a estabilidade dos taludes, evitando o carreamento dos
solos;

 Reduz a carga lateral em estruturas de escoramento;

 Reduz ou elimina a necessidade de utilização de ar comprimido na


escavação de túneis;

 Melhora as condições de escavação e reaterro (rapidez e economia);

 Permite manter inalteradas as condições de suporte do terreno


localizado subjacente a estrutura a ser construída.
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1. Introdução
2. Técnicas de rebaixamento
2.1. Bombeamento direto
2.2. Ponteiras filtrantes
2.3. Poços profundos
3. Dimensionamento do sistema de rebaixamento
13
4. Considerações finais

Sistemas para rebaixamento

Independente do sistema de rebaixamento utilizado ocorre uma diminuição das


pressões neutras no solo, e consequentemente, um aumento nas tensões efetivas.
Isto pode acarretar a ocorrência de recalques em estruturas situadas no raio de
influência do rebaixamento.

É conveniente durante o rebaixamento,


instalar medidores do nível d’água em
pontos estratégicos, para acompanhar a
variação do nível do lençol freático e
compará-la com o previsto no projeto.

Rebaixamento por ponteiras 14

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Sistemas para rebaixamento

Bombeamento Direto

Consiste na coleta da água em valetas, executadas no fundo da escavação, que são ligadas a um
ou vários poços, estrategicamente dispostos, onde a água é acumulada e à medida que atinge
um determinado volume é recalcada para fora da zona de trabalho.

Sistema de rebaixamento por bombeamento direto 15

Sistemas para rebaixamento

Bombeamento Direto
Apesar de simples este método não é muito indicado, inclusive quando as paredes são suportadas por sistemas
impermeabilizantes e que geram elevados gradientes hidráulicos, sob a pena de rompimento do fundo da escavação e
taludes, se for o caso. Outro fato que deve ser observado é se existe o carreamento de finos (piping) na água que sai das
bombas, já que podem resultar recalques em construções e obras vizinhas. A remediação pode ser feita pela instalação de
filtros ou pela instalação de drenos sub-horizontais profundos.

Sistema de rebaixamento por bombeamento direto 16

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Sistemas para rebaixamento

Bombeamento Direto
Apresenta baixo custo e fácil implementação, é bastante utilizado em obras de curta duração

Probabilidade de carreamento das partículas finas do solo pela água. Ocorrência de recalques
em estruturas vizinhas.

Bombeamento direto com utilização de filtros 17

Sistemas para rebaixamento

Bombeamento Direto
Nas escavações em terrenos permeáveis, devido à diferença de carga, o nível d’água interno abaixa
mais rapidamente que o nível externo, causando um fluxo d’água para dentro da escavação pelo
fundo da vala. Nestes casos, quando o gradiente hidráulico atingir o seu valor crítico, ocorre o
fenômeno da areia movediça.

Ocorrência de subpressão
Escavação em terreno permeável com diferença de carga

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Sistemas para rebaixamento

Bombeamento Direto: Execução


O método é econômico e bastante empregado quando a camada permeável possui pequena
espessura em relação à profundidade da escavação. Localizada sobre uma camada impermeável.

1. Abertura de valetas para a coleta da água

Sistemas para rebaixamento

Bombeamento Direto: Execução


O método é econômico e bastante empregado quando a camada permeável possui pequena
espessura em relação à profundidade da escavação. Localizada sobre uma camada impermeável.
2. No contorno de escavação executa-se uma vala profunda atingindo a camada
impermeável ou o lençol freático. Instalam-se as bombas de recalque que devem operar
para a extração da água do maciço

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Sistemas para rebaixamento

Bombeamento Direto: Execução


O método é econômico e bastante empregado quando a camada permeável possui pequena
espessura em relação à profundidade da escavação. Localizada sobre uma camada impermeável.

3. Escava-se o maciço, executando a proteção do talude onde houver desbarrancamento

Sistemas para rebaixamento

Drenos Horizontais Profundos (DHP) e Drenos de Alívio

DHP (Drenos Horizontais Profundos) : são bastante utilizados quando


é necessária a drenagem de camadas ou determinadas feições
geológicas de forma localizada. Pode ser instalado levemente
inclinado para baixo, para evitar a colmatação das entradas por
precipitados de compostos ferrosos, sendo recomendado o uso de
bombas de vácuo para melhorar sua eficiência. O sistema permite o
alívio de poropressões em pontos distantes da face de escavação,
taludes de corte e fundação de aterros, melhorando a estabilidade,
útil na drenagem de obras subterrâneas (aquíferos confinados).
Apesar da eficiência esse sistema é dependente da
compartimentação estrutural e hidrogeológica do maciço, e muitas
vezes sua instalação é feita por tentativa e erro.

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Sistemas para rebaixamento

Drenos Horizontais Profundos (DHP) e Drenos de Alívio


Drenos de Alívio: Da mesma forma que os DHPs podem ser
instalados em camadas e feições geológicas, os drenos de alívio têm
como objetivo principal a redução da subpressão, principalmente na
fundação de barragens de concreto. Devido a sua grande utilização
neste tipo de obra, eles são responsáveis, no caso de fundações em
maciços rochosos por drenar a água que percola as
descontinuidades mais permeáveis do maciço, sendo instalados no
interior das galerias de drenagem.

Quando o maciço de fundação é composto por solo, são utilizados


os chamados drenos de areia (devido ao seu preenchimento por
este material) também verticais, que podem ser empregados na
consolidação da fundação, como também aplicados em aterros, ou
no caso de solos de baixa permeabilidade de poços de alívio
(utilizados para transferência de volumes maiores de água, em
relação aos outros métodos, além da prevenção de piping).

Sistemas para rebaixamento

Ponteiras Filtrantes

Esse sistema também é conhecido como poços filtrantes, as ponteiras permitem executar o
rebaixamento do lençol freático de toda a área de trabalho.

Confeccionadas com ferro galvanizado ou


tubo de PVC . Perfuradas e envolvidas com
tela de nylon ou geotêxtil

As ponteiras executam a drenagem através


de um sistema de vácuo. O fluxo ocorre
devido a diferença de pressão entre o vácuo
efetivamente aplicado ao nível da ponteira
e a pressão atmosférica que atua no lençol
freático. Sistema de ponteiras filtrantes 24

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Sistemas para rebaixamento

Ponteiras Filtrantes
A câmara de vácuo é um recipiente constituído por um cilindro ou prisma quadrangular,
estanque, ligado a uma bomba de vácuo e ao tubo coletor por onde é extraída a água do solo
por meio de sucção através das ponteiras.

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Câmara de vácuo

Sistemas para rebaixamento

Ponteiras Filtrantes
As bombas de vácuo são acopladas à câmara de vácuo ou a uma tubulação de descarga
disposta ao longo das ponteiras. A bomba retira o ar reduzindo a pressão atmosférica no
interior da tubulação da câmara, fazendo a sucção da água do solo por meio das ponteiras
filtrantes e do coletor.

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Câmara de vácuo

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Sistemas para rebaixamento

Ponteiras Filtrantes: Execução

1. A área onde o lençol freático será rebaixado dever ser totalmente envolvida com uma linha
coletora ligada à bomba

2. Inicialmente faz se a instalação das


ponteiras. Poços com diâmetro de 10 a 15 cm,
para a colocação das ponteiras.

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Ponteiras Filtrantes

Sistemas para rebaixamento

Ponteiras Filtrantes: Execução

3. Vedação na parte superior do poço (selo de argila)

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Esquema de perfuração do poço

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Sistemas para rebaixamento

Ponteiras Filtrantes: Execução

Obs: A profundidade que as ponteiras serão instaladas deve ser um pouco maior do que a do
ponto mais baixo da escavação e o espaçamento entre elas não deve ser inferior a 15 vezes o
diâmetro do tubo. Reduzindo suficientemente a influência recíproca de uma sobre as outras.

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Instalação de ponteiras

Sistemas para rebaixamento

Ponteiras Filtrantes: Execução


O tubo coletor está ligado ao sistema de bombas, que aspira a água do solo através das
ponteiras. Deste sistema sai um tubo de descarga, da capacidade do coletor, que conduz a
água para um local mais apropriado.

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Sistema em funcionamento

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Sistemas para rebaixamento

Ponteiras Filtrantes: Execução


Em casos onde será necessário maior profundidade , o rebaixamento poderá ser executado
em mais de um estágio, sendo que as etapas subsequentes operam a partir do rebaixamento
da etapa anterior.

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Ponteiras filtrantes em três estágios

Sistemas para rebaixamento

Poços profundos

São utilizados em profundidades superiores a 5 m. Este tipo de sistema pode ser realizado por meio de dois processos
distintos; o primeiro são poços injetores: escavações pouco profundas, caracterizadas pela simplicidade de instalação,
baixo custo de instalação e manutenção, além de ser um rebaixamento localizado, porém o método usa baixa vazão com a
necessidade de instalação de vários poços junto à escavação, dessa forma, não alcança grandes profundidades, bem como
utiliza sistemas de alimentação de energia reserva para manutenção da operação.

O segundo método é por meio de poços de bombeamento que utilizam bombas de recalques submersas. Este é mais
indicado para escavações profundas e subterrâneas, ou em lençóis confinados permitindo a instalação em qualquer
profundidade, sem limitador para o rebaixamento, além da execução que pode ser feita afastada da área escavada com o
uso de vazões elevadas. Todavia, o seu custo e operação são elevados e necessita de um sistema auxiliar de geração de
energia com impacto em grande área.

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Sistemas para rebaixamento

Poços profundos

Este método foi introduzido para superar a limitação de profundidade dos outros sistemas de
rebaixamento. O sistema pode ser de dois jeitos: através do emprego de injetores e bombas de
recalque submersa.
Injetores (Tubo Venturi)
O bombeamento do aquífero é feito através
de injetores instalados no fundo dos tubos
perfurados dos poços.
São utilizados poços com diâmetro de 200 e
400 milímetros e profundidade de 40
metros, onde são instalados os injetores. A
distância entre os poços varia de 4 a 8 Detalhes do injetor
metros. 33

Sistemas para rebaixamento

Poços profundos
Esse sistema trabalha como um circuito
semi-fechado. Utiliza-se um bomba d’água
instalada em uma casa de bombas, que
injeta água numa tubulação de distribuição
geral. A água é injetada com uma
determinada vazão e sob uma determinada
pressão.
A água injetada penetra em cada injetor
através do tubo de injeção do poço e após
atravessar (sob alta pressão) o bico do
injetor, sobe pelo tubo coletor do poço,
carregando a água do aquífero. 34
Sistema de tubos concêntricos

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Sistemas para rebaixamento

Poços profundos

Os tubos de retorno estão acoplados a uma tubulação que conduz a água a um


reservatório.

A vantagem desse sistema é


rebaixar o nível do lençol freático a
grandes profundidades, tornando-
se economicamente vantajoso
quando comparado com o sistema
de ponteiras em mais de três níveis
(Alonso, 1999)

Sistema de injetores

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Sistemas para rebaixamento

Poços profundos

Bombas de recalque submersa


O sistema de rebaixamento por poços de bombeamento é utilizado para qualquer tipo de solo
e de rocha. A perfuração do poço e a instalação do tubo filtrante é semelhante ao processo
para o uso de injetores.

A extração da água do aquífero é realizada através de bombas submersas instaladas no interior


do tubo perfurado (tubo filtrante). O acionamento e o desligamento das bombas são
realizados automaticamente por eletrodos ligados ao motor da bomba, que são acionados pelo
contato com a água.
O eletrodo superior desliga a bomba quando não tiver água, impedindo que a bomba trabalhe
a seco. O eletrodo inferior religa a bomba quando detecta-se a presença de água
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Sistemas para rebaixamento

Poços profundos

Bombas de recalque submersa

A descarga da água bombeada é feita normalmente,


através de um mangote, ou de um tubo metálico, em
um canal revestido, ou em um grande tubo que
circula a área a rebaixar e recolhe as águas de todos
os poços, para despejá-la fora da área de influência
do rebaixamento.

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Bomba submersível (Dobereiner e Vaz, 1998)

Sistemas para rebaixamento

Poços profundos

Bombas de recalque submersa


O rebaixamento do lençol freático executado por
este sistema pode atingir grandes áreas, em formato
de cone, chamado cone de rebaixamento.
Este sistema é utilizado quando é necessário o
bombeamento com longa duração e para elevadas
vazões e profundidades.
Esta técnica se torna adequada para grandes
abaixamentos do lençol freático (superior a 5 m) em
aquíferos muito permeáveis e quando a vazão é
superior a 6 m3/h. 38
Bomba submersível (Dobereiner e Vaz, 1998)

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Sistemas para rebaixamento

Poços profundos

Bombas de recalque submersa

Existem vários tipos de bombas centrífugas, cada


qual destinada a situações com características
específicas!!!

Fonte: FundSolo 39

Sistemas para rebaixamento

Galeria de Drenagem

É um sistema geralmente utilizado em grandes


obras, quando há a necessidade de aporte de
elevados volumes de água, ou o uso dos outros
sistemas anteriormente citados. Ele não é
aplicável ou funcional e costuma ser usado
especificamente em fundações de barragens,
drenagem em túneis e taludes de cava de
mineração, apresentando elevado custo.
Representa uma sequência de drenos horizontais
profundos em maciços de solo ou drenos de alívio

em maciços rochosos.

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1. Introdução
2. Técnicas de rebaixamento
2.1. Bombeamento direto
2.2. Ponteiras filtrantes
2.3. Poços profundos
3. Dimensionamento do sistema de rebaixamento
4. Considerações finais 41

Dimensionamento para sistema de rebaixamento

Considerações Básicas

O dimensionamento de um rebaixamento se inicia pelo cálculo da vazão necessária a retirar do


subsolo a partir da Equação de Darcy:

Q  kiA
Com base nesta fórmula e na Lei da Continuidade (regime de fluxo laminar, estabilidade e
contínuo) podem ser deduzidas diversas fórmulas que permitem prever o comportamento dos
sistemas de rebaixamento.

No entanto o projeto de dimensionamento deve ser encarado como um pré-dimensionamento


que será ajustado no campo após o início da operação do sistema.
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Dimensionamento para sistema de rebaixamento

Ensaios de Campo: Permeabilidade

Valores de permeabilidade dos solos (m/s)

10-8 10-5 10-2


argilas siltes areias pedregulhos

Finos Grossos

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Dimensionamento para sistema de rebaixamento

Ensaios de Campo: Permeabilidade

Devido a variabilidade (anisotropia) e a


dificuldade de se coletar amostras
indeformadas deve-se preferir a realização
de ensaios de campo.

Ensaio de Infiltração

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Dimensionamento para sistema de rebaixamento

Ensaios de Campo: Permeabilidade

Devido a variabilidade (anisotropia) e a


dificuldade de se coletar amostras
indeformadas deve-se preferir a realização
de ensaios de campo.

Ensaio de Bombeamento

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Dimensionamento para sistema de rebaixamento

Considerações Básicas: Vazão


Na prática utiliza-se dimensionar o sistema
de bombas e demais componentes do
rebaixamento (tubulações, ponteiras,
injetores, etc.) para uma vazão 10%
superior àquela calculada. Esta majoração
leva em conta o fato de que quando se
inicia o rebaixamento a vazão ainda não
está estabilizada. No início de
rebaixamento as bombas (e todo o
sistema) necessitam extrair uma vazão
maior que a de cálculo até o sistema entrar
em regime. 46

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Dimensionamento para sistema de rebaixamento

Bombeamento direto

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Dimensionamento para sistema de rebaixamento

Bombeamento em Profundidade
y
R
2rp
Superfície

N.A antes do rebaixamento


k. .(H 2  hd )
2
Q
 R
dy
ln 
dx r 
H  p
hd

Camada impermeável

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Dimensionamento para sistema de rebaixamento

Bombeamento em Profundidade
Raio do poço equivalente Raio de influência

A R  3000 H  hd  k
rp 
 Vazão individual de cada
ponteira
Vazão total do sistema

k  (H 2  hd )
2 2    rw  h f  k
Q Q
15
 R
ln  
r 
 p rw: raio do poço onde serão instalada
as ponteiras

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Dimensionamento para sistema de rebaixamento

Alterações
O rebaixamento do lençol freático impõe uma diminuição das pressões neutras no solo e,
consequentemente, um aumento das tensões efetivas. Aumento de tensões efetivas podem provocar
recalques absolutos ou diferenciais nas estruturas que estejam dentro do raio de influência do
rebaixamento em curso. Estes recalques, dependendo das características dos solos e das estruturas,
podem comprometer o desempenho e até mesmo a segurança de algumas construções.

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Dimensionamento para sistema de rebaixamento

Cuidados
Antes do início do processo de rebaixamento recomenda-se vistoriar e registrar a condição em que se encontram as
estruturas existentes no raio de influência previsto do rebaixamento, para que se possa acompanhar depois eventuais
efeitos danosos do processo. Outra medida importante é monitorar, por meio de instrumentação específica, as estruturas
mais sensíveis à variação do nível do lençol e também a posição do lençol durante o processo de rebaixamento. O
monitoramento do próprio rebaixamento é fundamental para evitar o carreamento de materiais, e também para evitar o
surgimento ou agravamento de patologias em imóveis vizinhos.

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Dimensionamento para sistema de rebaixamento

Ações Protetivas

Além da vistoria inicial e da instrumentação indicada, vistorias periódicas na região feitas por especialistas podem
ajudar na identificação de sinais que apontem a iminência de danos ou riscos às estruturas, o que pode auxiliar na
tomada de decisões em curto intervalo de tempo, sem que haja prejuízos à obra e às estruturas vizinhas.

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Dimensionamento para sistema de rebaixamento

EXERCÍCIO
Calcular o número de ponteiras e o comprimento de cada uma, necessários para a execução do
rebaixamento do nível freático de uma área retangular, conforme dados a seguir:
Coeficiente de permeabilidade: k = 10-2 cm/s = 10-4 m/s
Diâmetro do tubo das ponteiras: dt = 1 ¼’’
Altura filtrante: hf = 1 m
Diâmetro do poço em que serão instaladas as ponteiras: dw = 4’’

15 m
OBS: Considerar 1 m para cada lado, na
área limitada pelas ponteiras

Área a rebaixar 20 m

53

Dimensionamento para sistema de rebaixamento

EXERCÍCIO

Solução:
Área Limitada pelos poços:
A = (15 m + 1 m + 1 m) x (20 m + 1 m + 1 m) = 374 m2
Raio do poço equivalente:

A 374 m 2
rp    11m
 
Raio de influência do rebaixamento:

R  3.000( H  hD ) k  3.000(12,5m  9,0m) 10 4 m / s  105m

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Dimensionamento para sistema de rebaixamento

EXERCÍCIO

Q

k    H 2  hD2
 
10 4 m / s    (12,5m) 2  (9,0 m) 2
 0,0105m 3 / s
R 105m
ln ln
rp 11m

Como corresponde ao funcionamento do rebaixamento quando este estiver estabilizado, a vazão


deverá ser majorada em 10%:

Q projeto  1,1  Q  1,1  0,0105m 3 / s  0,0116m 3 / s  42m 3 / h


rw  d w / 2  ( 4  0,0254m) / 2  0,0508m

Capacidade de vazão de cada ponteira:

2    rw  h f  k 2    0,0508m 1m  10 4 m / s
Q   2,13 x10  4 m 3 / s
15 15
Q  2,13x10 4 m 3 / s  0,8m 3 / h 55

Dimensionamento para sistema de rebaixamento

EXERCÍCIO

Número de ponteiras:

n  ( 42 m 3 / h) /( 0,8m 3 / h)  53 ponteiras

Espaçamento entre ponteiras:

2P 2  17 m  22m 
Q   1,50m
nespaços 52

Para calcular o comprimento da ponteira deve-se comparar a altura freática (h0)


no eixo das ponteiras com a altura do rebaixamento (hd). Como no caso das
ponteiras não se forma cone de depressão junto às mesmas adota-se para efeito
de projeto: h0 = hd
Logo, pelo desenho temos: L= 0.5+3.5+1.0 = 5.0 m
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Dimensionamento para sistema de rebaixamento

EXERCÍCIO

Tomando como base o exercício anterior, determine o rebaixamento do nível


freático correspondente à utilização de apenas 45 ponteiras.

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Dimensionamento para sistema de rebaixamento

EXERCÍCIO

Tomando como base o exercício anterior, determine o rebaixamento do nível


freático correspondente à utilização de apenas 45 ponteiras.

Vazão de projeto:
Q projeto  (0,8m 3 / h)  45  36,8m 3 / h  0,0102m 3 / s
Q  Q projeto / 1,1  (0,0102m 3 / s ) / 1,1  0,0092m 3 / s
Cálculo do rebaixamento a partir da vazão:

Q

k    H 2  hD2

10 4 m / s    (12,5m) 2  hD2 
 0,0092 m 3 / s
R 3.000(12,5m  hD ) 10 m / s4
ln ln
rp 11m
Resolvendo por tentativas, chega-se a hD = 10 m. 58

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1. Introdução
2. Técnicas de rebaixamento
2.1. Bombeamento direto
2.2. Ponteiras filtrantes
2.3. Poços profundos
3. Dimensionamento do sistema de rebaixamento
4. Considerações finais 59

Considerações finais

 Com o crescimento dos centros urbanos as cidades estão cada vez mais sem espaço.
Desta forma a utilização dos subsolos urbanos através da construção de túneis, subsolos
em edifícios e a infra-estrutura subterrânea torna-se imprescindível;

 O rebaixamento é uma técnica que foi desenvolvida para possibilitar as escavações sob
o nível do lençol freático, facilitando e viabilizando as construções subterrâneas;

 Deve-se tomar cuidado com as restrições impostas à utilização de determinadas


técnicas;

 A escolha do sistema de rebaixamento depende de determinadas características, sendo


as mais importantes: Tipo de obra, Condições de superfície, Altura de rebaixamento,
Quantidade de água a ser bombeada e Natureza do aquífero.

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