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AULA #13

Projeto de Controladores
Projeto de Controladores

Depois de escolhido o tipo de controlador (P, PI ou PID),


ainda existe a questão de se escolher quais os valores de
seus parâmetros (Kc , τI e τD ).

Este procedimento é conhecido como Projeto de Con-


troladores ou Ajuste de Controladores, sendo baseado
na resposta estacionária e na resposta dinâmica do sis-
tema de controle.

Critério de Performance da Resposta Estacionária

O principal critério de performance neste caso é estabe-


lecer o erro igual a zero para o estado estacionário.

Tomando-se este critério, sabe-se que o controlador P, na


maioria das situações, não elimina o desvio permanente,
enquanto que o controlador PI sim. Além disso, em um
controlador PID, a medida que Kc aumenta, o ”offset”é
reduzido.

Critério de Performance da Resposta Transiente

A malha fechada deve satisfazer aos seguintes critérios de


performance:

• o sistema em malha fechada deve ser estável

• os efeitos da perturbação devem ser minimizados

• respostas rápidas, porém suaves, a variações no valor


de referência
– 1/4 de razão de declı́nio
– 5% de sobre-elevação
• evitar ações de controle excessivas (reduzir desgaste
da válvula de controle)

• o sistema de controle deve ser robusto: insensı́vel


a variações nas condições operacionais e a erros no
modelo do processo

Em problemas de controle é muito difı́cil atender a todos a


esses critérios, pois eles são muitas vezes conflitantes. Por
exemplo, diminuindo-se o valor da sobre-elevação através
da redução de Kc , torna a resposta em malha fechada
mais lenta. De uma maneira geral, ajustes de um con-
trolador PID que minimizam os efeitos da perturbação
tendem a aumentar a sobre-elevação para variações no
valor de referência. De forma semelhante, ajustes para
gerar uma resposta rápida e suave a variações no valor de
referência, geralmente resultam em respostas lentas para
perturbações.

Outro conflito muito comum é entre robustez e perfor-


mance: torna-se um sistema de controle robusto esco-
lhendo valores conservativos para os parâmetros do con-
trolador (por exemplo, Kc pequeno e τI grande). Entre-
tanto, essa escolha resulta em respostas lentas a variações
na carga e valor de referência. Isto é, a performance do
controlador é afetada.

Cabe, então, ao projetista saber balancear as caracterı́s-


ticas em conflito, a fim de se obter a melhor resposta
desejada.

Existem diversos procedimentos de ajuste de controlado-


res. O objetivo desses métodos é fornecer valores aproxi-
mados para os parâmetros de controladores PID a serem
implementados na planta. Em última instância, a sintonia
em campo é a que será efetivamente usada.
Método da Sı́ntese Direta

O Método da Sı́ntese Direta consiste em especificar o


comportamento da malha fechada (1a ordem, 2a ordem
subamortecido, etc), GCL(s), calculando a função de trans-
ferência do controlador, Gc (s), que forneça este compor-
tamento desejado. Portanto, a questão fundamental no
Método da Sı́ntese Direta é especificar a resposta em ma-
lha fechada desejada.

Seja o diagrama de blocos padrão para um sistema de


controle por realimentação

d (s )

+ e (s ) u (s ) + y (s )
G (s ) P r Go c ( e s s ) s o
y (s )
c
+
s p -

Gc (s)G(s) 1
y(s) = ysp (s) + d(s)
1 + Gc (s)G(s) 1 + Gc (s)G(s)
| {z } | {z }
Gservo (s) Gcarga (s)

Considerando operação servo


Gc (s)G(s)
y(s) = ysp (s) = GCL(s)ysp (s)
1 + Gc (s)G(s)
| {z }
Gservo (s)=GCL (s)

A função de transferência G(s) = Gf (s)Gp (s)Gm (s) re-


presenta a função de transferência do processo mais a
instrumentação pertinente, menos o controlador.
Resolvendo a equação da malha fechada para Gc (s)
1 GCL(s)
Gc (s) =
G(s) [1 − GCL(s)]

Observações Importantes:

• a função de transferência do controlador, Gc (s), pode


resultar em uma equação de projeto pouco prática,
pois a função de transferência G(s) normalmente não
é conhecida. Neste caso, um procedimento de pro-
jeto seria obtido aproximando-se G(s) pelo modelo
do processo G̃(s) = G̃f (s)G̃p (s)G˜m (s).

• observe que o controlador Gc (s) contém o inverso do


processo, 1/G(s). Portanto, o cancelamento pólo-
zero é usado na determinação de GCL(s): os pólos do
controlador cancelam os zeros do processo, enquanto
que os zeros do controlador cancelam os pólos do
processo.

• se o processo apresentar um pólo instável é matema-


ticamente possı́vel introduzir um zero no controlador
de mesmo valor.

• cancelamento pólo-zero exato é praticamente impos-


sı́vel de ser obtido, devido às imprecisões na loca-
lização dos pólos e zeros do processo. Um pólo
instável do processo, não exatamente cancelado pelo
zero do controlador, poderá redundar em uma ope-
ração instável.

• cuidado especial deve ser adotado na utilização do


Método da Sı́ntese Direta.
a). controle perfeito

No controle perfeito a variável controlada deve acompa-


nhar qualquer variação no valor de referência instantane-
amente e sem erro:
y(s) = ysp (s) ⇒ GCL(s) = 1
Com isso,
1 1 1 1
Gc (s) = =
G(s) 1 − 1 G(s) 0
Portanto, controle perfeito não é alcançado com controle
por realimentação, pois a saı́da acompanharia o valor de
referência somente se o ganho do controlador fosse in-
finito. Como não existe erro, a ação corretiva ”feed-
back”não ocorre.

Entretanto, pode-se aproximar o controle perfeito fazendo


Kc
Gc (s) =
G(s)
O controle perfeito seria, então, igual a
Kc
G(s)
G(s) Kc
GCL(s) = Kc
=
1 + G(s) G(s) 1 + Kc
O controle perfeito é aproximado no limite quando Kc →
∞, desde que GCL(s) → 1.

Observações Importantes:

• o controlador perfeito não será realizável se o pro-


cesso contiver atrasos ou mais pólos do que zeros

• se o processo contiver um zero positivo, o controlador


conterá também um pólo positivo e, portanto, será
instável
b). processos de fase mı́nima

Parece bem natural especificar que a resposta desejada


em malha fechada seja de primeira ordem, uma vez que
suas caracterı́sticas são bem conhecidas:
1
GCL(s) =
τc s + 1
Observe que τc é o único parâmetro a ser ajustado (parâ-
metro de projeto), representando a constante de tempo
da resposta em malha fechada:

• τc elevado → resposta lenta (mais robusta) em malha


fechada

• τc pequeno → resposta rápida em malha fechada

O ganho da malha fechada é feito igual a 1 para garantir


ausência de ”offset”. Portanto,
1
1 GCL(s) 1 τc s+1 1 1
Gc (s) = = 1
=
G(s) [1 − GCL(s)] G(s) 1 − τ s+1 G(s) τc s
c

Observe que o controlador obtido contém ação integral


(1/τc s) como resultado da especificação de ganho unitário
para a malha fechada.

b.1). processo de 1a ordem

Considere o processo de 1a ordem


Kp
G(s) =
τp s + 1
Resolvendo para Gc (s)
 
1 1 τp s + 1 1 τp 1
Gc (s) = = = 1+
G(s) τc s Kp τc s Kp τc τp s
Veja que o controlador obtido pelo Método da Sı́ntese
Direta para um processo de 1a ordem é simplesmente um
controlador PI, onde
   
τp 1 1 Kc = Kτppτc
Gc (s) = 1+ ≡ Kc 1 +
Kp τc τp s τ s τI = τp
| {z } | {z I }
sı́ntese direta PI
Observações Importantes:

• observe que será necessário ajustar apenas um pa-


râmetro: a constante de tempo da malha fechada,
τc

• faz-se τI = τp e ajusta-se Kc ”on-line”até obter a


resposta em malha fechada desejada

b.2). processo de 2a ordem

Considere o processo de 2a ordem


Kp
G(s) =
(τp1 s + 1)(τp2 s + 1)
Resolvendo para Gc (s)
1 1 (τp1s + 1)(τp2 s + 1) 1
Gc (s) = =
G(s) τc s Kp τc s
τp1τp2 s2 + (τp1 + τp2 )s + 1 1
Gc (s) =
Kp τc s
τp1 + τp2 1 τp1τp2s
Gc (s) = + +
Kpτc Kp τc s Kpτc
 
τp1 + τp2 1 τp1τp2s
Gc (s) = 1+ +
Kpτc (τp1 + τp2)s τp1 + τp2
Veja que o controlador obtido pelo Método da Sı́ntese
Direta para um processo de 2a ordem é simplesmente um
controlador PID, onde
 
τp1 + τp2 1 τp1τp2 s
Gc (s) = 1+ + ≡
Kp τc (τp1 + τp2)s τp1 + τp2
| {z }
sı́ntese 
direta
   Kc = τp1K+τ p2

1 τ
p c
≡ Kc 1 + + τD s τI = τp1 + τp2
τI s  τ τ
| {z }  τD = τp1p1+τp2p2
PID
Observações Importantes:

• observe que será necessário ajustar apenas um pa-


râmetro: a constante de tempo da malha fechada,
τc

• faz-se τI = τp1 + τp2 e τD = τp1τp1+τ


τp2
p2
e ajusta-se Kc ”on-
line”até obter a resposta em malha fechada desejada
c). processos de fase não mı́nima
Processos de fase não mı́nima apresentam tempos mortos
(”time delays”) e zeros no semi-plano direito do plano
complexo (”RHP zeros”):
Kpe−τd s
G(s) = : tempo morto
τp s + 1
Kp(−as + 1)
G(s) = : RHP zero 1/a (a > 0)
τp s + 1

Seria natural também escolher um sistema de primeira


ordem para representar o comportamento da malha fe-
chada:
1
GCL(s) =
τc s + 1
Entretanto, essa escolha sem considerar o tempo morto
ou RHP zero tornará a malha fechada inviável de ser im-
plementada ou instável:

• tempo morto
 
1 1 τp s + 1 1 τp 1
Gc (s) = = = 1+ eτd s
G(s) τc s Kpe−τd s τc s Kpτc τp s
O controlador resultante corresponde a um controla-
dor PI com o termo adicional eτd s. Este termo não é
fisicamente realizável porque requer o conhecimento
de erros futuros para obter a ação de comando pre-
sente.

• RHP zero
1 1 τp s + 1 1
Gc (s) = =
G(s) τc s Kp(−as + 1) τc s
A presença de pólo RHP é devido a inversão do RHP
zero do processo, tornando o controlador instável e
a ação de controle não limitada (elemento final de
controle irá saturar).

Por esses motivos, um controlador fisicamente realizável


e estável pode ser obtido se a resposta desejada da ma-
lha fechada contiver o mesmo atraso e RHP zeros do
processo.
c.1). processos com tempo morto
Reformulando a resposta desejada para a malha fechada,
incluindo o tempo morto, tem-se
e−τdc s
GCL(s) =
τc s + 1
onde, agora, τc e τdc são parâmetros de projeto (o contro-
lador será fisicamente realizável se τdc ≥ τd ). Para τdc = τd ,
e−τds
1 GCL(s) 1 τc s+1
Gc (s) = =
G(s) 1 − τes+1
−τd s
G(s) [1 − GCL(s)]
c

1 e−τd s
Gc (s) =
G(s) τc s + 1 − e−τd s
Aproximando-se e−τd s ≈ 1 − τd s no denominador de Gc (s),
este assumirá a forma de um controlador PID padrão:
1 e−τd s
Gc (s) =
G(s) (τc + τd )s
Observe que não foi necessário efetuar a mesma apro-
ximação do e−τd s do numerador de Gc (s), pois este será
cancelado com termo idêntico em G(s).
c.1.1). processo de 1a ordem com tempo morto
Considere o processo de 1a ordem com tempo morto
Kpe−τd s
G(s) =
τp s + 1
Resolvendo para Gc (s)
1 e−τd s τp s + 1 e−τd s
Gc (s) = =
G(s) (τc + τd)s Kp e−τd s (τc + τd )s
 
τp 1
Gc (s) = 1+
Kp (τc + τd ) τp s
Veja que o controlador obtido pelo Método da Sı́ntese
Direta para um processo de 1a ordem com tempo morto
é simplesmente um controlador PI, onde
 
τp 1
Gc (s) = 1+
Kp(τc + τd) τp s
| {z }
 sı́ntese 
direta

1 Kc = Kp (ττcp+τd )
Gc (s) = Kc 1 +
τ s τI = τp
| {z I }
PI

c.1.2). processo de 2a ordem com tempo morto

Considere o processo de 2a ordem com tempo morto


Kpe−τd s
G(s) =
(τp1 s + 1)(τp2 s + 1)
Resolvendo para Gc (s)
1 e−τd s (τp1 s + 1)(τp2 s + 1) e−τd s
Gc (s) = =
G(s) (τc + τd )s Kp e−τd s (τc + τd )s
τp1τp2s2 + (τp1 + τp2)s + 1 1
Gc (s) =
K (τc + τd)s
p 
τp1 + τp2 1 τp1 τp2s
Gc (s) = 1+ +
Kp(τc + τd ) (τp1 + τp2 )s τp1 + τp2
Veja que o controlador obtido pelo Método da Sı́ntese
Direta para um processo de 2a ordem com tempo morto
é simplesmente um controlador PID, onde
 
τp1 + τp2 1 τp1τp2 s
Gc (s) = 1+ + ≡
Kp (τc + τd ) (τp1 + τp2)s τp1 + τp2
| {z }
sı́ntesedireta
   Kc = Kτpp1(τ+τ+τ
p2

d)
1 c
≡ Kc 1 + + τD s τI = τp1 + τp2
τI s  τ τ
| {z }  τD = τp1p1+τp2p2
PID

c.2). processos com um RHP zero 1/a (a > 0)

Reformulando a resposta desejada para a malha fechada,


incluindo o RHP zero 1/a (a > 0), tem-se
−as + 1
GCL(s) =
τc s + 1
onde, agora, τc e a são parâmetros de projeto. Assim,
−as+1
1 GCL(s) 1 τc s+1
Gc (s) = =
G(s) [1 − GCL(s)] G(s) 1 − −as+1
τ s+1 c

1 −as + 1
Gc (s) =
G(s) (τc + a)s
Observe que Gc (s) assume a forma de um controlador PID
padrão:
1 −as + 1
Gc (s) =
G(s) (τc + a)s

De forma semelhante, chegar-se-á às expressões para os


controladores PID considerando processos de 1a e 2a or-
dem com um RHP zero 1/a (a > 0):

c.2.1). processo de 1a ordem com um RHP zero


Considere o processo de 1a ordem com RHP zero 1/a (a >
0)
Kp(−as + 1)
G(s) =
τp s + 1
O controlador obtido pelo Método da Sı́ntese Direta para
um processo de 1a ordem com um RHP zero é simples-
mente um controlador PI, onde
 
τp 1
Gc (s) = 1+
K (τ + a) τp s
| p c {z }
 sı́ntese direta

1 Kc = Kp(ττcp+a)
Gc (s) = Kc 1 +
τ s τI = τp
| {z I }
PI

c.2.2). processo de 2a ordem com RHP zero

Considere o processo de 2a ordem com RHP zero 1/a (a >


0)
Kp(−as + 1)
G(s) =
(τp1 s + 1)(τp2 s + 1)
O controlador obtido pelo Método da Sı́ntese Direta para
um processo de 2a ordem com um RHP zero é simples-
mente um controlador PID, onde
 
τp1 + τp2 1 τp1 τp2s
Gc (s) = 1+ + ≡
Kp(τc + a) (τp1 + τp2)s τp1 + τp2
| {z }
sı́ntesedireta
  Kc = Kτpp1(τ+τ p2
+a)
1 c
≡ Kc 1 + + τD s τI = τp1 + τp2
τI s  τ τ
| {z }  τD = τp1p1+τp2p2
PID
Controle com Modelo Interno – IMC

Diferentemente do Método da Sı́ntese Direta, o Controle


com Modelo Interno (IMC) considera o modelo do pro-
cesso como parte integrante do controlador. Com o uso
explı́cito do conhecimento de processo, o projeto do con-
trolador:

• leva em conta as incertezas do modelo

• permite contrabalancear a performance com a robus-


tez do sistema de controle, a variações no processo
e erros de modelagem

a). desenvolvimento da estrutura IMC

Quando o processo está no estado estacionário, e não


há perturbações, então as entradas e saı́das são iguais a
zero (em variáveis-desvio). Considere, por exemplo, que
se deseja mudar a saı́da, y(s), de modo que ela siga o seu
valor de referência, ysp (s). Isso pode ser feito projetando
um controlador em malha aberta, G?c (s), tal que uma
relação desejada entre a y(s) e ysp (s) seja especificada
e tenha caracterı́sticas dinâmicas apropriadas (resposta
rápida sem muita sobre-elevação, sem ”offset”, etc):
y(s)
= G?c(s)G(s)
ysp (s)
onde G(s) = GF (s)Gp (s)Gm (s) relaciona o processo e toda
a instrumentação envolvida, menos o controlador.
y s p (s ) u (s ) y (s )
G *c(s ) P r Go c ( e s s ) s o

No entanto, na presença de incertezas no modelo do pro-


cesso e de perturbações, alguma forma de realimentação
é necessária para compensar o efeito delas sobre a res-
posta, y(s).

Embora o procedimento de projeto do IMC seja idêntico


ao procedimento de projeto de um controlador em ma-
lha aberta, a sua implementação resulta em um sistema
de controle por realimentação. Isto é, o IMC é capaz
de compensar para incertezas no modelo e perturbações,
enquanto que o controle em malha aberta não.

Além disso, para muitos processos, a estrutura IMC pode


ser formulada como a estrutura ”feedback”padrão. Com
isso, nesses casos, o IMC acaba por se assemelhar a
um controlador PID. Isso é muito saúdavel, já que é
possı́vel se utilizar equipamentos e algoritmos padrões
(controladores PID) para implementar conceitos de con-
trole avançado.

O desenvolvimento da estrutura IMC parte da estrutura


do controle em malha aberta:

• considere que um modelo do processo, G̃(s), está


disponı́vel e recebe a mesma variável manipulada que
chega ao processo real (planta)

y s p (s ) u (s ) y (s )
P r Go c ( e s s ) s o
s a íd a
G *c(s ) d o p ro c e s s o

~
~ y (s ) s a íd a
P r Go c ( e s s ) s o d o m o d e lo

• pode-se, agora, subtrair a resposta do processo (me-


dida real) da resposta do modelo (predição do mo-
delo) para determinar o erro do modelo
y s p (s ) u (s ) y (s )
G *c(s ) P r Go c ( e s s ) s o

~
~ y (s ) +
P r Go c ( e s s ) s o
-

~
y (s )-y (s )
e rro
d o m o d e lo

• a perturbação, também, pode ser incorporada ao sis-


tema
d (s )

y s p (s ) u (s ) + + y (s )
G * c(s ) P r Go c ( e s s ) s o

~
~ y (s ) +
P r Go c ( e s s ) s o
-

~
y (s )-y (s )
e r r o
d o m o d e lo

Assim, o cálculo da incerteza do modelo também in-


clui perturbações não-medidas.

• essa informação pode ser agora usada pelo contro-


lador para compensar os erros de modelagem e per-
turbações
d (s )
~
y s p (s ) y s p (s ) u (s ) + + y (s )
G *c(s ) P r Go c ( e s s ) s o
+ -

~
~ y (s ) +
P r Go c ( e s s ) s o
-
~ ~
d (s )= y (s )-y (s )

Forma-se, assim, a estrutura IMC, onde


d(s) = perturbação
˜
d(s) = perturbação estimada
G(s) = processo (planta)
G̃(s) = modelo do processo
G?c(s) = controle com modelo interno
ysp (s) = valor de referência
ỹsp (s) = valor de referência modificado
(corrige para erro no modelo e perturbações)
u(s) = variável manipulada (saı́da do controlador)
y(s) = variável de saı́da (medida) do processo
ỹ(s) = variável de saı́da do modelo
b). casos limites
b.1). modelo perfeito, sem perturbações
Se o modelo é perfeito (G̃(s) = G(s)) e não há per-
turbações (d(s) = 0), então o sinal de realimentação é
zero e
y(s) = G?c (s)G(s)ysp (s)
Note que esta relação é exatamente igual à relação obtida
com o controle em malha aberta. Isto é interessante, pois
se o controlador, G?c(s), é estável e o processo, G(s), é
também estável, o sistema em malha fechada é estável
(lembre que um controlador por realimentação padrão
pode se tornar instável com uma escolha incorreta dos
valores de seus parâmetros).

b.2). modelo perfeito, com perturbações

Se o modelo é perfeito (G̃(s) = G(s)) e há perturbações


˜
(d(s) 6= 0), então o sinal de realimentação é igual a d(s) =
d(s): realimentação é necessária para compensar o efeito
de perturbações não-medidas.

b.3). incerteza no modelo, sem perturbações

Se o modelo apresenta erros (G̃(s) 6= G(s)) e não há per-


turbações (d(s) = 0), então o sinal de realimentação é
˜
igual a d(s) = [G(s) − G?c (s)]u(s): realimentação é ne-
cessária para compensar o efeito das incertezas no mo-
delo.

Isso ilustra que, as razões para controle por realimentação


são:

• presença de perturbações não-medidas

• presença de incertezas no modelo

• respostas em malha fechada mais rápidas do que em


malha aberta

• estabilização de sistemas instáveis em malha aberta

c). controle IMC-PID

A estrutura IMC pode ser rearranjada para fornecer a es-


trutura PID padrão. Desta forma, consegue-se utilizar
explicitamente o modelo do processo em um controlador
PID:
d (s )
~
y s p (s ) y s p (s ) u (s ) + + y (s )
G *c(s ) P r Go c ( e s s ) s o
+ -

~
~ y (s ) +
P r Go c ( e s s ) s o
-
~ ~
d (s )= y (s )-y (s )

(IM C )
G (s ) d (s )
c

y s p (s ) e (s ) ~
y (s ) u (s ) + + y (s )
G *c(s ) P r Go c ( e s s ) s o
s p

+ - + +

~
~ P r Go c ( e s s ) s o
y (s )

(P ID )

A equivalência entre as duas estruturas acontece quando


a malha interna formada por G?c(s) e G̃(s) corresponde ao
controlador PID padrão igual a
u(s) G?c (s)
= Gc (s) = ou
e(s) 1 − G?c(s)G̃(s)
Gc (s)
G?c (s) =
1 + Gc (s)G̃(s)
Portanto, a seguinte relação em malha fechada para o
IMC pode ser obtida:
G?c(s)G(s)
y(s) = ?
ysp (s) +
1 + Gc (s)[G(s) − G̃(s)]
1 − G?c (s)G(s)
d(s)
1 + G?c (s)[G(s) − G̃(s)]

c.1). modelo perfeito, operação servo (d(s) = 0) ou


operação reguladora (ysp(s) = 0)
y(s) = G?c(s)G(s)ysp (s) + [1 − G?c (s)G(s)]d(s)

Se o modelo é perfeito (G̃(s) = G(s)), seja para operação


servo – deseja-se que y(s) = ysp (s) – ou operação regu-
ladora – deseja-se que y(s) = 0, o controlador IMC deve
ser igual ao inverso do modelo do processo
1
G?c(s) = controle perfeito
G̃(s)
Desta forma, com ou sem erro entre o processo e seu
modelo, o controlador IMC resultante pode ser inviável,
seja por ser instável ou requerer predição.

d). procedimento de projeto do IMC

O procedimento de projeto do IMC ocorre nas seguintes


etapas:

Etapa 1 desenvolva um modelo para o processo, G̃(s)

Etapa 2 fatore o modelo do processo em duas partes:


uma parte que possa ser invertida (parte boa do mo-
delo – G̃−(s)) e outra parte que não possa ser inver-
tida (parte ruim do modelo – G̃+ (s)). A parte ruim
do modelo é aquela que conterá quaisquer atraso
por transporte e zeros no semi-plano direito do plano
complexo (RHP zeros):
G̃(s) = G̃+(s)G̃− (s)
O objetivo dessa fatoração é garantir que o contro-
lador projetado seja estável e não requera predição.

Etapa 3 forme o controlador IMC ideal. O controlador


IMC ideal é aquele formado pelo inverso da parte
que pode ser invertida do modelo do processo, G̃−(s)
(parte boa do modelo):
1
G?c (s) =
G̃− (s)
Evita-se, assim, que o controlador IMC, G?c (s), con-
tenha elementos que o tornariam instável ou requeri-
riam predição (atraso por transporte e RHP zeros do
G̃+(s)).

Etapa 4 adicione um filtro, F (s), para tornar o contro-


lador próprio (uma função de transferência é própria
se a ordem do polinômio do denominador é maior ou
igual a ordem do polinômio do numerador);isto é, que
G?c(s) seja fisicamente realizável:
1
G?c(s) = F (s)
G̃−(s)
O filtro, F (s), pode assumir as seguintes formas:
• variação degrau no valor de referência: nor-
malmente o filtro assume a forma
1
F (s) =
(τc s + 1)r
onde r é selecionado para tornar o controlador
próprio ou que a ação derivativa ideal seja permi-
tida (a ordem do numerador excede a ordem do
denominador em 1).
• variação rampa no valor de referência: acon-
selha-se utilizar o filtro
rτc s + 1
F (s) =
(τc s + 1)r
• rejeição a perturbações degrau na carga e
processos integradores ou instáveis: o filtro
recomendado é o
τn s + 1
F (s) =
(τc s + 1)r
onde τn é selecionado para cancelar a constante
de tempo mais lenta do processo.

Etapa 5 ajuste a constante de tempo do filtro, τc , para


selecionar a velocidade da resposta da malha fechada
• τc elevado → resposta lenta (mais robusta) em
malha fechada
• τc pequeno → resposta rápida em malha fechada

Etapa 6 realize simulações em malha fechada para am-


bas as situações de modelo perfeito e com incertezas.
Ajuste τc balenceando performance e robustez. Va-
lores iniciais para τc estão na faixa de 1/3 a 1/2 da
constante de tempo dominante do processo.

d.1). modelo perfeito


y(s) = G̃+(s)F (s)ysp (s) + [1 − G̃+F (s)]d(s)

• operação servo, d(s) = 0: y(s) = G̃+(s)F (s)ysp (s)

• operação reguladora, ysp (s) = 0:


y(s) = [1 − G̃+F (s)]d(s)
Observe que, nestes casos, a parte ruim do modelo, G̃+ (s),
aparece na resposta da malha fechada: resposta inversa
para RHP zeros e tempo morto para atraso por trans-
porte.

e). projeto do IMC-PID

A estrutura IMC pode ser usada para obter os ajustes


PID de um controlador Gc (s) a uma grande variedade de
modelos de processos.

e.1). processo de 1a ordem

Considere o processo de 1a ordem


Kp
G̃(s) =
τp s + 1
passo 1 encontre a função de transferência própria do
controlador IMC, G?c (s), que inclua um filtro F (s):
Kp
G̃(s) = G̃+(s)G̃− (s) = |{z}
1 ·
τp s + 1
G̃+ (s) | {z }
G̃− (s)
1 τp s + 1 1
G?c (s) = F (s) =
G̃−(s) Kp τc s + 1
1 τp s + 1
G?c (s) =
Kp τc s + 1

passo 2 encontre o controlador por realimentação equi-


valente, Gc (s), usando a transformação:
1 τp s+1
G?c (s) Kp τc s+1 τp s + 1
Gc (s) = = 1 τp s+1 Kp
=
1 − G?c(s)G̃(s) 1− Kpτc s
Kp τc s+1 τp s+1
passo 3 rearranje a equação de Gc (s) para que fique se-
melhante a um PID. Neste caso, o controlador resultante
é um PI:
   
τp 1 1 Kc = Kτppτc
Gc (s) = 1+ ≡ Kc 1 +
Kp τc τp s τ s τI = τp
| {z } | {z I }
IMC PI
Observações Importantes:

• veja que o ganho proporcional Kc é inversamente rela-


cionado a constante de tempo da malha fechada, τc ,
o que faz sentido: se τc é pequeno (resposta rápida),
o ganho proporcional deve ser alto; se τc é grande
(resposta lenta), o ganho proporcional deve ser pe-
queno

• observe que será necessário ajustar apenas um parâ-


metro: a constante de tempo do filtro, τc

• faz-se τI = τp e ajusta-se Kc ”on-line”até obter a


resposta em malha fechada desejada

Este procedimento pode ser usado para desenvolver o


controlador PID equivalente para outras funções de trans-
ferência.
Ajuste do Controlador IMC-PID (Gc (s)) para Processos Estáveis
e Integradores

G̃(s) F (s) Kc τI τD τF

Kp 1 τp
A τp s+1 τc s+1 Kpτc
τp — —

Kp τn s+1 2τp −τc 2τp τc −τc2


Ba τp s+1 (τc s+1)2 Kpτc τp
— —

Kp 1 τp1 +τp2 τp1 τp2


C (τp1 s+1)(τp2 s+1) τc s+1 Kpτc
τp1 + τp2 τp1 +τp2

Kp 1 2ζτp τp
D τ s +2ζτp s+1
2 2
τc s+1 Kpτc
2ζτp 2ζ

p

Kp 1 ζτp τp τc
Eb τ s +2ζτp s+1
2 2 (τc s+1)2 Kpτc
2ζτp 2ζ 2
p

Kp(−βs+1) 1 2ζτp τp
Fc τp2 s2 +2ζτp s+1 (τc s+1) Kp(β+τc )
2ζτp 2ζ

Kp(−βs+1) −βs+1 2ζτp τp βτc


Gb,c τp2 s2 +2ζτp s+1 (−βs+1)(τc s+1) Kp(2β+τc )
2ζτp 2ζ 2β+τc
Ajuste do Controlador IMC-PID (Gc (s)) para
Processos Estáveis e Integradores

G̃(s) F (s) Kc τI τD τF

Kp 1 1
H s τc s+1 Kpτc
— — —

Kp 2τc s+1 2
Id s (τc s+1)2 Kpτc
2τc — —

Kp 1 1
J s(τp s+1) τc s+1 Kpτc
— τp —

Kp 2τc s+1 2τc +τp 2τc τp


Kd s(τp s+1) (τc s+1)2 Kp τc2
2τc + τp 2τc +τp

Observações Importantes:
aO controlador é projetado para melhorar a rejeição a
2
perturbações na carga: τn = 2τp ττcp−τc . Observe que deseja-
se τn > 0, o que conduz a τc < 2τp .
bO
hcontrolador
2
i éh um iPID com atraso dinâmico: Gc (s) =
Kc τI τD s τ+τ
I s
I s+1
· τF
1
s+1
.
c
Assume-se β > 0 (resposta inversa, RHP zeros).
dO controlador é projetado para variação rampa no va-
lor de referência. Também conduz a melhor rejeição a
perturbações.
e.2). processo de 1a ordem com tempo morto
Considere o processo de 1a ordem com tempo morto
Kpe−τd s
G̃(s) =
τp s + 1
passo 1 use aproximação
τd
de Padé de 1a ordem para o
− s+1
tempo morto e−τd s ≈ τd2s+1 , tal que agora
2

Kp(− τ2d s + 1)
G̃(s) =
(τp s + 1)( τ2d s + 1)

passo 2 fatore G̃(s)


τd Kp
G̃(s) = G̃+ (s)G̃− (s) = (− s + 1) · τd
| 2 {z } |(τp s + 1)(
{z 2
s + 1)
}
G̃+ (s)
G̃− (s)

passo 3 forme o controlador idealizado


1 (τp s + 1)( τ2d s + 1)
G?c (s) = =
G̃−(s) Kp
passo 4 adicione um filtro F (s)
1 (τp s + 1)( τ2d s + 1) 1
G?c(s) = F (s) =
G̃−(s) Kp τc s + 1
Observe que, propositadamente, G?c(s) não é feita própria.
Do contrário não seria obtido um controlador PID. Usa-se
a opção derivativa, onde permite-se o numerador ser uma
ordem de grandeza maior do que o denominador.

passo 5 encontre o controlador PID equivalente Gc (s)


τ
(τp s+1)( 2d s+1) 1
G?c(s) Kp τc s+1
Gc (s) = = τd
(τp s+1)( 2 s+1) 1
τ
Kp(− 2d s+1)
1 − G?c (s)G̃(s) 1− τ
Kp τc s+1 (τp s+1)( 2d s+1)
(τp s + 1)( τ2d s + 1)
Gc (s) =
Kp(τc + 12 )s
1
τ τ s2
2 p d
+ (τp + 12 τd)s + 1
Gc (s) =
Kp(τc + 12 )s
τp + 21
Multiplicando a equação de Gc (s) por τd
+ 12 τd
, encontra-se
τp

os parâmetros do controlador PID


" #
1
τp + 2 τd 1 τp τd s
Gc (s) = 1 + + ≡
Kp (τc + 21 τd ) (τp + 21 τd )s 2τp + τd
| {z }
IMC
 τp + 21 τd
   Kc =

1 Kp(τc + 12 τd )
≡ Kc 1 + + τD s τI = τp + 12 τd
τI s 
| {z }  τD = τp τd
2τp +τd
PID
Observações Importantes:

• recomenda-se que τc > 0, 8τd devido à aproximação


de Padé realizada
• observe que será necessário ajustar apenas um parâ-
metro: a constante de tempo do filtro, τc

• faz-se τI = τp + 21 τd e τD = 2ττpp+τ
τd
d
e ajusta-se Kc ”on-
line”até obter a resposta em malha fechada desejada

Este procedimento pode ser usado para desenvolver o


controlador PID equivalente para outras funções de trans-
ferência com tempo morto.
Ajuste do Controlador IMC-PID (Gc (s)) para
Processos Estáveis com Tempo Morto

G̃(s) F (s) Kc τI τD τF Notasa

Kpe−τd s 1 τp + 21 τd τp τd
A τp s+1 τc s+1 Kp (τc + 12 τd )
τp + 12 τd 2τp +τd
— 1

Kpe−τd s 1 τp
B τp s+1 τc s+1 Kpτc
τp — — 2

Kpe−τd s 1 τp
C τp s+1 τc s+1 Kp(τc +τd )
τp — — 3

Kpe−τd s τn s+1 2τc +τd


D s (τc s+1)2 Kp (τc +τd )2
2τc + τd — — 3

τ2
1 τd τd τd 2τc2 − 6d
Eb Kpe−τd s (τc s+1)2 Kp(4τc +τd ) 2 6 4τc +τd
4
Observações Importantes:
a
IMC-PID é baseado na aproximação de 1a ordem de Padé
para o tempo morto, a não ser que se diga o contrário:

1. G?c(s) é imprópria; recomendando-se τc > 0, 8τd

2. tempo morto é desprezado; recomenda-se τc > 1, 7τd

3. tempo morto é aproximado por aproximação de séries


de Taylor: (−τd s + 1)

4. uma aproximação de 2a ordem de Padé foi utilizada


para o tempo morto

b
O hcontrolador i éh um iPID com atraso dinâmico: Gc (s) =
2
Kc τI τD s τ+τ
Is
I s+1 1
· τF s+1 .

Em todos os casos recomenda-se fazer τc > 0, 2τp .

e.3). processo de 1a ordem instável

Considere o processo de 1a ordem instável, com pólo 1/τp


Kp
G̃(s) =
−τp s + 1

passo 1 encontre a função de transferência do controla-


dor IMC, G?c (s),
1 (−τp s + 1) τn s + 1
G?c (s) = F (s) =
G̃− (s) Kp (τc s + 1)2
Escolha um filtro de segunda ordem para tornar o con-
trolador G?c (s) próprio, com numerador e denominador
de mesma ordem. Deve-se, agora, encontrar τn tal que
F (s = 1/τp) = 1:
 
τn (1/τp ) + 1 τc
F (s = 1/τp ) = = 1 ∴ τn = τc +2
[τc (1/τp )s + 1]2 τp

passo 2 após algum algebrismo, encontre o controlador


PID equivalente Gc (s)
−τp s+1 τn s+1
G?c(s) Kp (τc s+1)2
Gc (s) = =
1 − G?c(s)G̃(s) 1 − −τK
p s+1 τn s+1

p (τc s+1)2
τn (τn s + 1)
Gc (s) =
Kp (2τc − τn ) τ s
 n 
τn 1
Gc (s) = 1+ ≡
Kp (2τc − τn ) τn s
| {z }
IMC
  ( Kc = τn
1 Kp(2τc −τ
n) 
≡ Kc 1 + τc
τ s τI = τn = τc τp + 2
| {z I }
PI
Ajuste do Controlador IMC-PID (Gc (s)) para Processos Instáveis

G̃(s) F (s) Kc τI τD Notas

Kp τn s+1 τn
A −τp s+1 (τc s+1)2 Kp(2τc −τn )
τn — 1

Kp τn s+1 −τp1 (τn +τp2 ) τn τp2


B (−τp1 s+1)(τp2 s+1) (τc s+1)2 Kpτc2
τn + τp2 τn +τp2
2
 
Kp(τp3 s+1) τn s+1 −1 2τp1
C (−τp1 s+1)(τp2 s+1) (τc s+1)2 Kp
1 + τc τn — 2,3
Observações Importantes:
 
τc
1. τn = τc τp
+2

 
τc
2. τn = τc τp1
+2

h i
τI s+1
3. controlador é um PI com filtro: Gc (s) = Kc τI s
·
h i
τp2 s+1
τp3 s+1
Método de Ajuste Baseado na Oscilação em Malha
Fechada

Este foi o primeiro método de ajuste dos parâmetros de


um PID amplamente utilizado. Ele foi apresentado por
Ziegler e Nichols em 1942.

a). método de Ziegler-Nichols em malha fechada

A técnica de ajuste de Ziegler-Nichols em malha fechada


(ou simplesmente método de Ziegler-Nichols – ZN) foi
talvez o primeiro método rigoroso de ajuste de controla-
dores PID. A técnica não é hoje mais utilizada extensa-
mente, porque o comportamento da malha fechada tende
a se tornar oscilatório e sensı́vel a incertezas. Ela é apre-
sentada mais por razões históricas e porque ela é similar
às técnicas usadas em controle auto-ajustáveis (”auto-
tuning”).

O método de ZN consiste nas seguintes etapas:

1. com controle proporcional apenas (τI → ∞ e τD =


0), aumenta-se o valor do ganho proporcional Kc até
surgir uma oscilação contı́nua da variável controlada.
d (s )

+ e (s ) u (s ) + y (s )
G (s ) P r Go c ( e s s ) s o
y (s )
c
+
s p -
K c = K u

2. o valor do ganho proporcional que provoca essa os-


cilação contı́nua é chamado de ganho crı́tico ou
último, Ku. Com esse valor do ganho proporcional,
a malha se encontra no limite de estabilidade (margi-
nalmente estável) com um controlador proporcional.
O perı́odo de oscilação observado quando Kc = Ku
(o intervalo de tempo entre dois picos sucessivos)
chama-se perı́odo crı́tico ou último, Pu .

Oscilação Contínua com Controle Proporcional: Kc=Ku


3

2.5 P
u

1.5

1
y

0.5

−0.5

−1
0 5 10 15
tempo

3. os ajustes de ZN são calculados a partir de Ku e Pu ,


conforme mostra a tabela

Ajuste de ZN em Malha Fechada

Controlador Kc τI τD

P 0, 5Ku — —
Pu
PI 0, 45Ku 1,2

Pu Pu
PID 0, 6Ku 2 8
Observações Importantes:

• normalmente, o distúrbio na malha é introduzido pelo


valor de referência. Pode-se variar o seu valor com
pequenos degraus em torno da condição de operação
normal do processo. Cuidado especial deve ser ado-
tado quando o ganho proporcional aumenta, pois isso
pode levar a válvula e o sensor a saturação.

• as relações de sintonia propostas por Ziegler e Ni-


chols foram desenvolvidas para fornecer uma razão
de declı́nio 1/4.

• o ajuste de ZN freqüentemente conduz a malha a


oscilações indesejáveis para um processo tı́pico.

• os parâmetros de ajuste também não são muito ro-


bustos; isto é, são muito sensı́veis às incertezas do
processo.

• a malha pode se tornar instável com a mudança das


condições operacionais.
b). método de Tyreus e Luyben em malha fechada

Tyreus e Luyben sugeriram regras de ajuste de parâmetros


que provocam menos oscilações e que são menos sensı́veis
às mudanças nas condições operacionais e às incertezas
do processo:

Ajuste de Tyreus-Luyben em Malha Fechada

Controlador Kc τI τD

Ku
PI 3,2
2, 2Pu —

Ku Pu
PID 2,2
2, 2Pu 6,3

Em ambos os casos, observe que a ação proporcional é


reduzida quando ação integradora é adicionada (PI). Já
quando a ação derivativa é incorporada, pode-se elevar
o efeito da ação proporcional, conseguindo uma resposta
mais rápida (PID).
Método de Ajuste Baseado na Curva de Reação de
Processo
O método de ajuste de ZN é baseado em testes que
forçam o processo a oscilar continuamente. O grande
problema desse procedimento é levar o sistema ao limite
da instabilidade, além de necessitar de um considerável
intervalo de tempo para obter a oscilação contı́nua.
Uma alternativa a esse método foi proposta por Cohen
e Coon, em 1953, que apresentaram relações de projeto
baseadas em modelos de processos obtidos a partir de
teste degrau em malha aberta.
a). método de Cohen-Coon (CC)
O procedimento de Cohen e Coon ficou conhecido como
Método da Curva de Reação de Processo. A aplicação
do método baseia-se nos seguintes procedimentos:

• abra-se a malha entre o controlador e o elemento


final de controle.

• introduz-se uma perturbação degrau de amplitude A


na variável que atua sobre o elemento final de con-
trole.

• registra-se o valor da variável de saı́da com o tempo.


A curva y(t) é a chamada Curva de Reação de
Processo. A função de transferência entre y(s) e
u(s) chama-se Função de Transferência da Malha
Aberta
y(s)
= G(s) = Gf (s)Gp (s)Gm (s)
u(s)
e representa a função de transferência do processo
mais a instrumentação pertinente, menos o contro-
lador.
A
d (s )
u (s )
+ e (s ) + y (s )
G (s ) P r Go c ( e s s ) s o
y (s )
c
+
s p -

Cohen e Coon observaram que uma grande variedade de


processos possuem curvas de reação de processo seme-
lhantes e com forma S chamada sigmoidal

Curva de Reação de Processo: resposta ao degrau


350

300

250
y

200

150
−1 −0.5 0 0.5 1 1.5 2 2.5 3
tempo

Esta curva pode ser adequadamente aproximada pela res-


posta ao degrau de um sistema de primeira ordem com
tempo morto (”FOPDT”)
y(s) Kp e−τd s
= G(s) ≈
u(s) τp s + 1
Os parâmetros Kp, τp e τd podem ser estimados a partir da
curva de reação do processo, seguindo os passos abaixo:

1. Kp – ganho estacionário do processo


ele pode ser facilmente determinado lendo-se o valor
final de y(t) e calculando
∆y B
Kp = =
∆u A
Curva de Reação de Processo: resposta ao degrau
350

300

u
1 5 0 B
A 250
y

1 0 0 0 t

200

150
−1 −0.5 0 0.5 1 1.5 2 2.5 3
tempo

2. τp – constante de tempo do processo


ela é calculada a partir da inclinação, S, da reta tan-
gente ao ponto de inflexão de y(t)
∆y B
= τp =
S S
Lembre que, para a resposta ao degrau de um sistema
de 1a ordem, a maior inclinação da reta tangente
ocorre a t = 0 (ou a t = τd, quando com tempo
morto), sendo igual a
∆y B
S= =
τp τp

Curva de Reação de Processo: resposta ao degrau


350

reta tangente ao
ponto de inflexão

300

250
y

S=B/τ
p
200
τd τ
p
resposta real
1a ordem + tempo morto
150
−0.5 0 0.5 1 1.5 2 2.5
tempo

A presença de ruı́dos de medida é a principal desvan-


tagem em utilizar a inclinação da reta tangente no
ponto de inflexão em y(t) para determinar τp . Torna-
se muito difı́cil identificar o ponto de inflexão.

3. τd – tempo morto do processo


tempo decorrido do inı́cio da perturbação até o inı́cio
em que a resposta sente a perturbação. Ele é encon-
trado a partir da interseção da reta tangente com a
abscissa, sendo considerado tempo morto aparente.

Com base no modelo aproximado (primeira ordem com


tempo morto), Cohen e Coon propuseram relações de
projeto baseadas em uma resposta com 1/4 de razão de
declı́nio (como Ziegler e Nichols):

Ajuste de Cohen-Coon em Malha Aberta


Curva de Reação de Processo

Controlador Kc τI τD
 
1 τp τd
P Kp τd
1+ 3τp
— —
 
PI 1 τp
Kp τd
9
10
+ τd
12τp
τd 30+3τd /τp
9+20τd /τp

 
1 τp 5 τd 6−2τd /τp
PD Kp τd 4
+ 6τp
— τd 22+3τ d /τp

 
1 τp 4 τd 32+6τd /τp 4
PID Kp τd 3
+ 4τp
τd 13+8τd /τp
τd 11+2τd /τp

b). método de Ziegler-Nichols (ZN)

Ziegler e Nichols também obtiveram diferentes expressões


para o ajuste dos parâmetros dos controladores, através
de um procedimento semelhante ao utilizado por Cohen
e Coon. Os resultados foram os seguintes:
Ajuste de Ziegler-Nichols em Malha Aberta
Curva de Reação de Processo

Controlador Kc τI τD

1 τp
P Kp τd
— —

0,9 τp
PI Kp τd
3, 3τd —

1,2 τp
PID Kp τd
2τd 0, 5τd

Observações Importantes:

• um problema importante nesses métodos é que eles


normalmente não são muito robustos; isto é, pe-
quenas variações nos parâmetros do processo podem
causar a instabilidade do sistema em malha fechada.

• esses métodos utilizam apenas um ponto para estimar


a constante de tempo, τp .

• para processos que apresentam atraso por transporte


muito pequeno; isto é, τd próximo de zero, a curva
de reação do processo fica semelhante à resposta ao
degrau de um sistema de primeira ordem simples. Os
ajustes de CC e ZN indicarão um valor extremamente
elevado de Kc . Escolhe-se o maior valor possı́vel para
reduzir o desvio permanente, quando um controlador
proporcional for empregado.
Modelos Empı́ricos

Para muitos processos é mais vantajoso, por questão de


tempo e/ou esforço, desenvolver modelos empı́ricos do
que fundamentais. Particularmente, se o interesse princi-
pal é ajustar uma malha de controle especı́fica, é mais in-
teressante obter um modelo entrada-saı́da, do tipo função
de transferência, a partir de um teste na planta.

O teste na planta mais utilizado é realizar uma pertur-


bação degrau na variável manipulada de interesse (saı́da
do controlador) e observar a resposta da saı́da medida do
processo. A partir de então, um modelo é desenvolvido
de modo a obter a melhor semelhança entre a saı́da do
modelo e a saı́da do processo observada.

Uma das principais considerações na hora de desenvol-


ver um modelo entrada-saı́da é selecionar o melhor parea-
mento (casamento) entre as possı́veis variáveis de entrada
e saı́da do processo.

Feita essa seleção, traz-se o processo para uma condição


estacionária consistente e desejável, antes da perturbação
degrau ser aplicada. Uma importante decisão diz respeito
a amplitude do degrau a ser implementado na variável de
entrada:

• se o degrau tem amplitude muito pequena, a saı́da


medida pode não mudar significativamente para de-
senvolver o modelo. Este fato é particularmente im-
portante quando o sinal medido apresenta muito ru-
ı́do. Neste caso, a amplitude do degrau na entrada
deve ser tal que a relação sinal de saı́da / ruı́do seja
alta o suficiente para se obter um bom modelo.

• se o degrau tem amplitude muito elevada, a variável


de saı́da pode variar tanto, que o produto fica fora
de especificação durante muito tempo, enquanto o
teste é realizado (claramente, essa não é uma solução
economicamente recomendável). Também, se o de-
grau é elevado, efeitos não-lineares podem predomi-
nar, conduzindo o processo a condições operacionais
bem diferentes das desejadas.

Claramente, a perturbação deve ser de tal magnitude que


seja possı́vel observar o comportamento da variável de
saı́da (ela deve ir acima do ruı́do), mas não tão ele-
vada de modo a provocar grandes alterações no seu valor
(causando problemas econômicos e/ou produzindo efeitos
não-lineares significativos).

O modelo mais utilizado para o projeto de sistemas de


controle é o modelo representado por uma função de
transferência de primeira ordem com tempo morto.

a). sistema de 1a ordem com tempo morto:


resposta ao degrau

A resposta ao degrau de amplitude A de um sistema de


1a ordem com tempo morto
y(s) Kp e−τd s
= G(s) =
u(s) τp s + 1
tem a seguinte expressão:

 0  
, 0 ≤ t < τd
y(t) = −
t−τd

 Kp A 1 − e τp
, t ≥ τd

Os três parâmetros do processo Kp, τp e τd podem ser


estimados a partir de um único teste na planta:

• o ganho do processo, Kp, é obtido calculando-se a


razão entre o variação total da resposta ao degrau,
∆y, e a variação total da entrada perturbada com
um degrau de amplitude A, ∆u = A

• o tempo morto, τd , corresponde ao intervalo de


tempo observado entre o instante inicial da pertur-
bação degrau e o momento inicial quando a resposta
começa a se alterar

Diversos métodos para determinar a constante de tempo


do sistema, τp, podem ser utilizados:

a.1). tempo para atingir 63,2% da variação final da


resposta

Fazendo-se t = τp + τd na equação da resposta ao degrau,


de um sistema de 1a ordem com tempo morto, obtém-se
  h i
τ +τ −τ
− p τpd d −(1)
y(τp + τd ) = Kp A 1 − e = Kp A 1 − e

y(τp + τd ) = 0, 632KpA = 0, 632∆y = 0, 632B


Portanto, t63,2% = τp + τd corresponde ao intervalo de
tempo para a resposta do sistema atingir 63,2% de sua
variação final.
Curva de Reação de Processo: resposta ao degrau
350

300

250
y

0,632 B

200
τ τ
d p

150
−0.5 0 0.5 1 1.5 2 2.5
tempo

a.2). método da inclinação máxima

A máxima inclinação da reta tangente a resposta ao de-


grau, aplicado a t = 0, de um sistema de primeira ordem
com tempo morto ocorre em t = τd :
∆y Kp ∆u B
τp == =
S S S
Portanto, a maior inclinação à curva de reação de pro-
cesso, y(t), é utilizada na determinação de τp . Essa maior
inclinação ocorre no ponto de inflexão de y(t), sendo igual
a S.
Curva de Reação de Processo: resposta ao degrau
350

reta tangente ao
ponto de inflexão

300

250
y

S=B/τ
p
200
τd τ
p
resposta real
1a ordem + tempo morto
150
−0.5 0 0.5 1 1.5 2 2.5
tempo

Observe que, os dois métodos de cálculo de τp anteriores


são baseados em apenas um ponto da curva de reação de
processo.

a.3). método com dois pontos

Os métodos a seguir utilizam dois pontos da curva de


reação do processo para a determinação de τp .

a.3.1). tempo para atingir 28,3% e 63,2% da


variação final da resposta

A constante de tempo τp e o tempo morto τd podem ser


obtidos das seguintes relações
τp = 1, 5(t63,2% − t28,3% )
τd = t63,2% − τp
onde t28,3% e t63,2% são os tempos para atingir 28,3% e
63,2% da variação final da resposta, respectivamente.
Curva de Reação de Processo: resposta ao degrau
340

320

300

280
B
260
y

0,632 B
240

220 0,283 B
200
t28,3% t
63,2%
180

160

−0.5 0 0.5 1 1.5 2 2.5


tempo

a.3.2). tempo para atingir 35,3% e 85,3% da


variação final da resposta

Sundaresan e Krishnaswamy, em 1977, propuseram o cálculo


de τp e τd a partir de dois pontos da curva de reação do
processo, utilizando as seguintes relações
τp = 0, 67(t85,3% − t35,3% )
τd = 1, 3t35,3% − 0, 29t85,3%
onde t35,3% e t85,3% são os tempos para atingir 35,3% e
85,3% da variação final da resposta, respectivamente.
Curva de Reação de Processo: resposta ao degrau
350

300

0,853 B
250
y

0,353 B

200
t t
35,3% 85,3%

150
−0.5 0 0.5 1 1.5 2 2.5
tempo

a.4). regressão linear

Pode-se determinar a constante de tempo ajustando os


pontos da curva de reação do processo a uma linha reta.
Para tanto, rearranja-se a solução ao degrau de um sis-
tema de primeira ordem com tempo morto, tal que
   
t−τd t−τd
− −
y(t) = KpA 1 − e τp = y∞ 1 − e τp

y∞ − y(t) t−τ
− τp d
= e
y∞
 
y∞ − y(t) t τd
ln = − +
y∞ τp τp
onde y∞ = KpA = B é o valor final da resposta do sistema,
em variável-desvio. y(t) também está em variável-desvio.

Os parâmetros do modelo de primeira ordem com tempo


morto são assim calculados:
• o ganho do processo, Kp, é obtido calculando-se
y∞
Kp =
A

• a constante de tempo, τp , é calculada do coefici-


ente angular da reta ajustada, α,
1
τp = −
α

• o tempo morto, τd , é calculado do coeficiente linear


da reta ajustada, β,
τd = βτp

Regressão Linear
2
resposta real
1 τ /τ regressão linear
d p

−1
ln(y −y/y )

−2

−3 α = −1/τ
p
−4

−5

−6
0 0.5 1 1.5 2 2.5
tempo
Após o ajuste linear, obtém-se o seguinte modelo de pri-
meira ordem com tempo morto, representado na figura
abaixo e comparado à curva de reação de processo

Curva de Reação do Processo: resposta ao degrau


350

300

250
y

200

resposta real
regressão linear: 1a ordem+tempo morto
150
0 0.5 1 1.5 2 2.5
tempo
Método de Ajuste Baseado na Minimização da
Integral do Erro

Os parâmetros de ajuste baseados na razão de declı́nio


igual a 1/4 não são únicos.

Na tentativa de criar relações de projeto únicas, foram


desenvolvidos critérios de performance da malha fechada
que minimizavam o desvio entre o valor de referência e o
valor da variável controlada, ou o erro.

Como o erro é uma função do tempo, a soma do erro


a cada instante deve ser minimizada. Como as relações
de projeto pretendem minimizar a integral do erro, este
método é conhecido com Minimização da Integral do
Erro.

e (t) o p . r e g u la d o r a

0
t
in te g r a l d o e r r o

e (t) o p . s e rv o

in te g r a l d o e r r o

1
t

Como a integral do erro não pode ser minimizada di-


retamente, pois um erro negativo muito grande seria o
mı́nimo, são utilizadas diferentes formulações para a inte-
gral:

a.1). integral do erro absoluto (”IAE”)


Z ∞
IAE = |e(t)|dt
0

O IAE é utilizado principalmente para suprimir erros pe-


quenos. Lembrando que o e(t) = ysp (t) − y(t).

a.2). integral do quadrado do erro (”ISE”)

Z ∞
ISE = e2 (t)dt
0

O ISE é utilizado principalmente para suprimir erros mai-


ores, pois contribuem mais para o valor da integral do que
|e(t)| < 1. Esses erros maiores normalmente ocorrem no
inı́cio da resposta, do que erros pequenos, que ocorrem
ao final da mesma.

Entretanto, na tentativa de reduzir os erros iniciais, o


critério ISE resulta em ganhos proporcionais maiores e
respostas mais oscilatórias (razão de declı́nio alta), com
o erro oscilando ao redor de zero por um tempo relativa-
mente longo.

Este fenômeno sugere que o critério de performance de-


veria conter uma penalidade que incluı́sse o tempo de
resposta.

a.2). integral do erro absoluto ponderado pelo


tempo (”ITAE”)

Z ∞
IT AE = t|e(t)|dt
0
Esse critério é principalmente utilizado para suprimir erros
que persistem por um longo tempo, ampliando o efeito
mesmo dos pequenos erros no valor da integral.
a.2). integral do quadrado do erro ponderado pelo
tempo (”ITSE”)

Z ∞
IT SE = te2(t)dt
0

Observações Importantes:

• os critérios de performance da integral do erro utili-


zam toda a resposta da malha fechada, indo de t = 0
até o novo estado estacionário.

• a menos que limt→∞ e(t) = 0, os ı́ndices de perfor-


mance tendem a infinito.

• quando limt→∞ e(t) não tende a zero, pode-se definir


o erro como
e(t) = y(∞) − y(t)
Desta forma tem-se ı́ndices de performance finitos.
Este é o caso quando não se usa ação integral, onde
o erro não é forçado a zero.

• diferentes critérios de performance conduzem a dife-


rentes projetos de controladores.

• a forma da perturbação considerada (degrau, rampa,


etc.) também afeta os parâmetros do controlador
projetado.

• o modo de operação da malha de controle (op. re-


guladora ou op. servo) conduz a projetos diferentes.
Fórmulas de ajuste para atender os critérios de perfor-
mance da integral do erro foram calculadas para variações
degrau na carga e no valor de referência, considerando o
modelo do sistema como de primeira ordem com tempo
morto (Gp (s) = Gd(s)) e controlador PID:

Fórmulas para a Minimização do Erro Integral


Operação Servo

Kp e−τds
Modelo do Processo G(s) = τp s+1
 
1
Controlador PI Gc (s) = Kc 1 + τI s

Integral do Erro IAE ITAE


 b1 a1 = 0,758 0,586
a1 τd
Kc = Kp τp b1 = -0,861 -0,916

τp a2 = 1,02 1,03
τI = τd

a2 +b2 τp b2 = -0,323 -0,165
 
1
Controlador PID Gc (s) = Kc 1 + τI s
+ τD s

Integral do Erro IAE ITAE


 b1 a1 = 1,086 0,965
a1 τd
Kc = K p τp b1 = -0,869 -0,855

τp a2 = 0,740 0,796
τI = τd

a2 +b2 τp b2 = -0,130 -0,147
 b 3 a3 = 0,348 0,308
τd
τD = a3τp τp b3 = 0,914 0,9292

para 0, 1 ≤ τd/τp ≤ 1, 0
Fórmulas para a Minimização do Erro Integral
Operação Reguladora

Kp e−τds
Modelo do Processo G(s) = τp s+1

Controlador P Gc (s) = Kc

Integral do Erro ISE IAE ITAE


 b a= 1,411 0,902 0,490
Kc = Kp ττdp
a
b= -0,917 -0,985 -1,084
 
1
Controlador PI Gc (s) = Kc 1 + τI s

Integral do Erro ISE IAE ITAE


 b1 a1 = 1,305 0,984 0,859
a1 τd
Kc = Kp τp b1 = -0,959 -0,986 -0,977
 b 2 a2 = 0,492 0,608 0,674
τp τd
τI = a2 τp b2 = 0,739 0,707 0,680
 
1
Controlador PID Gc (s) = Kc 1 + τI s
+ τD s

Integral do Erro ISE IAE ITAE


 b1 a1 = 1,495 1,435 1,357
a1 τd
Kc = Kp τp b1 = -0,945 -0,921 -0,947
 b 2 a2 = 1,101 0,878 0,842
τp τd
τI = a2 τp b2 = 0,771 0,749 0,738
 b 3 a3 = 0,560 0,482 0,381
τd
τD = a3τp τp b3 = 1,006 1,137 0,995

para 0, 1 ≤ τd/τp ≤ 1, 0

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