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Traumatologia- um traumatismo é uma lesão, interna ou externa, resultante de uma agressão mecânica
que actua do exterior (violência externa) sobre o organismo
Incapacidade do organismo de gerar forças internas para se defender das forças externa
Perceber como distinguir, origem, onde ocorrem as lesões, como evitá- las.
Diagnóstico- Como ocorreu a lesão? Processo evolutivo? Avaliar doente e lesão?
Execução de registos !
O osso longo tem a diáfise mais desenvolvida, e as duas extremidades chamadas cabeças ou epífises.
Diáfise- formada por tecido ósseo compacto e é percorrida longitudinalmente por um canal interno,
chamado canal medular, ocupado pela medula (fabrica os glóbulos do sangue, sejam os vermelhos ou os
brancos). Revestida por uma membrana fibrosa, o Periósteo (nutre o osso e faz crescer em espessura),
sem periósteo o osso morre.
Epífises- formadas por tecido ósseo esponjoso que na superfície é revestido por uma camada de tecido
ósseo compacto.
Fracturas de Baixa Energia (desequilíbrio e quedas fortuitas ao caminhar e correr). Ocorre na 3ª idade
(91%), 1ª idade (82%)- não são graves mas ocorrem em idades que é grave
Fracturas de Alta Energia (acidentes rodoviários e quedas em altura). Ocorre na 2ª idade (56%)- mais
perigosas as da coluna
Classificação:
Fractura Patologia- ocorre numa zona óssea previamente fragilizada por doença geral ou doença
local- vulgar em mulheres com osteoporose
Fractura simples- não contacta com o meio exterior, a pele está integra
Fractura exposta- há contacto entre o exterior e os topos de fractura por laceração da pele e partes
moles- rasgou tecido muscular e pele
Fractura completa- o traço da fractura divide o osso em 2 fragmentos. Esta pode ser transversal,
oblíqua ou espiral (saiem por movimento de rotação)
Fracturas por compressão ou esmagamento- ocorrem apenas em ossos formados por tecidos
ósseos trabecular ou esponjoso, como os corpos vertebrais, calcâneo ou epífises dos osso longos
Avaliação de Fracturas:
História- conhecer a presença ou não do trauma (energia, movimento, impacto, lesão á distância,
quanto tempo passou), intensidade do trauma, mecanismo, região topográfica afectada, tempo
transcorrido, meio ambiente em que ocorreu, antecedentes patológicos
Sintomas- dor, calor, edema, deformação local, crepitação óssea e mobilidade no local, incapacidade
funcional
Diagnóstico- para além do exame físico/ clínico devem existir meios auxiliares de diagnóstico (RX,
TAC, RM, Citolografia,...)
Tratamento- objectivo- diminuir a dor, criar condições que facilitem os processos biológicos
normais de consolidação, estabelecer uma posição adequada dos fragmentos ósseos, conseguir a máxima
recuperação funcional possível- fases de tratamento- redução, contenção (imobilização, reabilitação)
Redução- reduzir uma fractura é criar uma relação anatómica desejável entre os fragmentos ósseos para:
conseguir uma boa função, facilitar a consolidação
- Manipulação fechada
- Mediante controlo cirúrgico
Contenção/ Imobilização- o objectivo é manter a redução da fractura impedindo que os topos ósseos se
movam. Evitar maiores danos nos tecidos e favorecer uma reabilitação precoce do paciente. Podendo ser:
- Externa- gessos ou similares (talas), tracção cutânea (até 3Kg é aplicada a pele), tracção
esquelética (para valores mais elevados 7 ou 10Kg, é aplicada directamente ao osso por
intermédio de um cravo metálico que o atravessa)
- Interna- implica o implante cirúrgico de materiais no osso. Dependendo do local: varetas
intramedulares simples (de traço simples), varetas intramedulares com parafuso (cominutivas),
fixadores externos (expostas), parafusos ou arames, isoladas mas reforçadas externamente por
gessos
Reabilitação- deve ser iniciada o mais precocemente possível, tem por objectivo diminuir a dor,
favorecer uma boa evolução clínica e uma rápida recuperação funcional do segmento lesado.
Ser conhecedores de possíveis complicações após fractura: edema, rigidez, atrofia (reforço muscular
isométrico, electroterapia)
Mobilização das articulações supra e infrajacentes
Retorno á vida activa
Quadros Derivam do efeito da contusão sobre as estruturas locais, pode ocorrer contacto
Patológicos do meio exterior com o meio interno (perfuração) sendo esta a situação mais
grave pois pode levar a uma artrite séptica.
Contusão Simples (benigna)- derrame sanguíneo nos tecidos mais superficiais originando uma
reacção inflamatória (edema), entre as 12/48h o edema atinge os tecidos articulares. A sinovial cria
derrame articular (aumento da produção do líquido sinovial pela presença da inflamação), aumento a
pressão intrarticular.
Avaliação- articulação tumefacta (edema local), rubor (superficial), calor, dor á mobilidade (função
articular comprometida), rx negativo.
Tratamento- RICE REGIME (Rest- repouso, Ice- gelo, Compression- compressão/ contenção, Elevation-
elevação), MICE= RICE mas o repouso é substituído por movimento controlado e limitado aos
movimentos sem dor.
Bursite Aguda- irritação aguda (após contusão) das serosas e tecidos laxos existentes entre a pele e as
extremidades ósseas que diminuem o atrito de apoio (rótula e olecrâneo) diminuindo assim o risco de ser
comprimido entre duas estruturas rígidas. Agressão traumática da bolsa.
Avaliação- dor em picadas, rubor, calor, com grande sensibilidade á pressão, atrito subcutâneo á palpação
(esmagar neve), hemorragia intracavitária (dilatação esférica)
Tratamento- gelo, drenagem cirúrgica
Houve uma fractura que libertou um pedacinho de osso mas leva uma célula óssea e articulação produz
condrocitos para a envolver em cartilagem para a articulação continue a mover.
Tensão Selectiva- só aquela estrutura específica está sob pressão, face anterior- nunca é meniscos, é
ligamentos coronoides (prendem o menisco) á tíbia
Lesão Ligamentar- lesão dos ligamentos. Grau I- lesão de algumas fibras mas sem lesão
macroscópica há pequena lesão não visível, fibras inflamam. Grau II- parte do ligamento rompe
macroscopicamente. Grau III- rotura completa do ligamento (cria instabilidade articular)
Avaliação- Grau I- reacção inflamatória (hidrartrose ou hemartrose)- porque rompeu o ligamento o
líquido inflamatório vai descendo atingindo a capsula, incapacitante com o tempo, pois o ligamento
irritado continua a ser solicitado; Grau II- reacções mais exuberantes que a anterior (hemartrose); Grau
III- “ouvi aquilo rasgar”, dor violenta, rotura audível ou perceptível, incapacidade funcional grande e
imediata
Luxação- perda do contacto entre as duas superfícies articulares por desaparecimento total da
congruência. Pressupõem rotura de ligamentos (completa em articulações de pequenas amplitudes ou
incompletas em articulações muito flexíveis
Princípio do kiss- keep it simple stupid- mantenham as coisas simples não sejam estúpidos
Entorse- (já não se usa o termo) Joelho- lesão ligamentar; tornozelo- lesão ligamentar externa da tíbio
társica. É um termo ambíguo. Refere- se á lesão ligamentar isolada e em geral tem o sentido anatómico de
lesão ligamentar grau I entorse da tíbio társica é a “entorse” por excelência, possuindo os 3 graus.
Patologias Musculares sem Lesão Anatómica
Caimbra- contracção muscular involuntária, brutal, intensa, dolorosa, transitória, acompanhada de um
deslocamento segmentar incontrolável: caimbra do esforço (contracções prolongadas) mecanismo
saturado, caimbra nocturna (posturas prolongadas)
Contractura- estado de contracção involuntária e inconsciente, dolorosa, localizado num músculo todo
ou parte deste. Á palpação sente- se um nódulo pontiforme ou fusiforme.
Não cede espontaneamente com repouso. Contractura por defesa após lesão osteo- artro- ligamentar
Ruptura- Grau I- Micro- rupturas das miofibrilhas em resposta a uma solicitação excessiva do músculo
para além das suas capacidades visco- elásticas. Grau II- Ruptura propriamente dita- ruptura parcial das
fibras musculares em resposta a uma contracção e/ ou estiramento com uma tensão superior ás
possibilidades do músculo. Grau III- Perda da solução de continuidade total do músculo ou seio do corpo
muscular, em resposta a uma contracção e/ ou estiramento muscular ultrapassando claramente as
possibilidade bio- mecânicas do tecido muscular- CIRURGIA
Desinserção- junção teno óssea se separa do osso. Perda da solução de continuidade parcial ou total do
músculo numa das extremidades por arrancamento da zona de inserção aponevrótica, em resposta a uma
contracção e/ ou estiramento ultrapassando claramente a resistência biomecânicas das inserções
Contusão- acidente muscular resultante de um choque directo acompanhado de uma sideração (defesa,
contracção muscular) muscular transitória e caracterizada por uma lesão anatómica variável em função do
traumatismo.
Dilaceração- acidente muscular devido a uma agressão externa por um objecto pontiagudo/ cortante
acompanhado de uma avolusão cutânea e as lesões musculares variáveis (Grau 1, 2, 3)
Hérnia- ruptura da aponevrose que envolve o músculo. O seu aparecimento pode ser devido a uma lesão
intrínseca (contracção) ou extrínseca (contusão) e é acompanhada de lesões musculares variáveis
Hematoma- acumulação sanguínea de volume variável, difuso (intra- fascicular ou intra- muscular) ou
agrupado no seio do músculo acompanhado de lesão muscular anatómica (ruptura, desinserção, contusão,
dilaceração, ou hérnia)
Evolução das Lesões Musculares com Lesão Anatómica por Fases
1ª Fase- Vasculo- Exsudativa- criação de hematoma, aparece precocemente dura 2 a 3 dias,
caracteriza- se por uma vasodilatação dos capilares intactos, formação de hematoma resultante da
destruição de capilares e por edema intersticial. O tratamento conservador tem por objectivo limitar o
hematoma e o edema peri- lesional: 1º ligadura compressiva, 2º gelo- vasoconstrição
2ª Fase- Celular- dolorosa, dura cerca de 10 dias, acção dos linfócitos e macrófagos a fim de
destruíram os tecidos necrosados conjuntamente com a fixação de plaquetas a fim de regularizarem as
lesões vasculares, o tratamento deve favorecer a reabsorção hemática (crioterapia, contenção, etc.) e
aliviar a dor
Articulações do Ombro:
- Gleno Umeral;
- Esterno Clavicular;
- Acrómio Clavicular;
- Escápulo Torácica
Fractura da Clavícula- Características- o ombro aparece mais baixo que o outro, aparece uma
elevação entre o pescoço e o ombro. Tratamento- redução, imobilização por gessos ou por suporte
Fractura do 1/3 Distal do Rádio- por vezes associada a fractura dos ossos do punho, onde é difícil
a redução trata- se por fixação de fixadores externos
Luxação Intrafalangica média- Tratamento- puxe com força o dedo para cima. O dedo voltará ao
seu lugar. Depois aplica- se a tala. Mão flectida a 45º
Lesões Típicas dos Membros Inferiores
Entorse do Joelho- sem tradução ao rx convencional se não existir fracturas, necessidade de rx sobre
stress para confirmação de lesão ligamentar. Tratamento- 1º 2º Grau- ligadura funcional, 3º grau- cirurgia
Luxação do Joelho- mecanismo de lesão- impacto lateral do joelho, perda do contacto tíbia /fémur
Lesões dos Meniscos- menisco externo/ lateral- O; menisco interno/ medial- C do menisco interno
são 20 vezes mais frequentes as lesões do que o menisco interno.