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Ensinar a língua por meio dos gêneros do discurso implica mudar a perspectiva
com que se olham os textos. Pensar nos gêneros como ponto de partida para as
atividades de leitura e de escrita significa pensar no propósito social desempenhado pelo
texto escolhido. Por exemplo, quando o professor escolhe um conto para subsidiar uma
atividade didática, pode identificar, junto com os alunos, o contexto de situação em que
os contos são criados. Qual é o tema (CAMPO) do conto? Que atividade social esse
conto integra? Que relações interpessoais (RELAÇÕES) esse conto medeia? Quem está
envolvido na tarefa de contar uma estória e de ouvi-la? Por que as pessoas se reúnem
para contar e ouvir estórias? Que semioses (MODO) são usadas para contar a estória:
escrita, oralidade, figuras, videos, sons, movimentos? As repostas a essas questões
proveem o Contexto de Situação do conto escolhido para ser o foco da aprendizagem.
Em um segundo momento, o professor e os estudantes podem examinar o
domínio social de comunicação do gênero, seus aspectos tipológicos e as capacidades
de linguagem dominantes (Cf. o quadro acima sobre agrupamento dos gêneros). Os
aspectos tipológicos dos textos são as estruturas sequenciais que organizam os
conteúdos, de acordo com a síntese apresentada no quadro abaixo (Butt et al, 2003:9-
13):