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- Introdução à Transferência de calor;

- Transferência de calor por condução;


- Superfícies estendidas;
- Transferência de calor por convecção;
- Introdução à permuta de calor por radiação.

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 2
Sílvia Santos
- 2 Avaliações Contínuas – Mini Testes (A.C)
- 2 Provas Parcelares (P.P.)
- 1 Exame de Época Normal (Exame)
- 1 Exame de Época de Recurso (Recurso)

R Exame  0,3A.C.  0,7P.P.  0,4  Exame  0,6 


R Exame recurso  0,4  R Exame  0,6  R Recurso
Escala 0-20: Aprovado ≥ 10
Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 3
Sílvia Santos
Bibliografia existente na biblioteca:

- Incropera/DeWitt/Bergman/Lavine, Fundamentos de transferência


de calor e de massa
- Bird, R.B., Stewart, W.E., Fenômenos de Transporte;

Bibliografia complementar:

- Welty, J.R., Wicks, C.E., Wilson, R.E., Fundamentals of


Momentum, Heat, and Mass Transfer, 3ª ed. John Wiley and
Sons, New York, 1984
Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 4
Sílvia Santos
Como e Porquê ?????
O que é a transferência de calor?
É energia térmica em trânsito devido a uma diferença de temperaturas

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 5
Sílvia Santos
Como e Porquê ?????

 Condução – quando o gradiente de temperaturas existe em meio


estacionário (pode ser um sólido ou um fluido);
 Convecção – refere-se à transferência de calor que existe entre uma
superfície e um fluido em movimento que estejam a temperaturas diferentes;
 Radiação – todas as superfícies emitem energia na forma de ondas
electromagnéticas. Na falta de um meio interveniente, existe transferência
de calor por radiação entre duas superfícies a temperaturas diferentes.

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 6
Sílvia Santos
Fenómenos de Transporte
1º semestre, 2015 7
Sílvia Santos
Fenómenos de Transporte
1º semestre, 2015 8
Sílvia Santos
A transferência de calor e a sua ligação à Engenharia

 Problemas de refrigeração de motores,


 Ventilação,
Engª Mecânica:  Ar condicionado,
etc …

 Processos pirometaúrgicos,
Engª Metalúrgico:  Processos hidrometalúrgicos,
 Fornos,
 etc…

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2014 9
Sílvia Santos
A transferência de calor e a sua ligação à Engenharia

 Evaporação,
 Condensação,
Engª Químico:  trabalhos em refinarias,
 Reactores,
 etc…

Engª Eléctrica:  Isolamentos de edifícios


 etc…

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 10
Sílvia Santos
Metodologia para resolução de problemas em transferência
de calor
1. SABER: Leia cuidadosamente o problema
2. ACHAR: Descubra o que é pedido
3. ESQUEMATIZAR: Desenhe um esquema do sistema. Anote o valor das
propriedades
4. RESOLVER: Desenvolver a resolução mais completa possível antes de
substituir os valores numéricos. Realizar os cálculos para a obtenção dos
resultados
5. ANALISAR: Analise os resultados. São coerentes? Comente se necessários

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 11
Sílvia Santos
Condução: Lei de Fourier
É possível quantificar a transferência de calor por condução, através da
equação conhecida como a Lei de Fourier

 Barra metálica ligada a dois recipientes, um contendo água em


ebulição e outro contendo uma mistura de água e gelo;
 Barra está isolada lateralmente;
 J. Fourier, observou que a T varia linearmente por toda a barra;
 O fluxo de calor através da barra é proporcional à área de
Joseph Fourier secção, A, da barra e à diferença de T e inversamente
1768 - 1830 proporcional ao comprimento, L, da barra.
Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 12
Sílvia Santos
Lei de Fourier
Para uma parede plana com uma distribuição de temperaturas, a
quantidade de calor transferida é dada por:

dT • qx” (W/m2) é o fluxo de


q x  k
"
transferência de calor na direcção x;
dx • k (W/m.K) é a condutividade
térmica (característica do material);
• o sinal – é uma consequência do
transporte ocorrer na direcção do
decréscimo de T.

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 13
Sílvia Santos
Lei de Fourier
Em estado estacionário:
dT T2  T1

dx L

T2  T1
q  k
"
x
taxa de calor L

q x  q "x  A (W)
Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 14
Sílvia Santos
Exemplo prático
Consideremos que o Engenheiro responsável pela construção de um forno
necessita de reduzir as perdas térmicas pela parede do forno por razões
económicas. Ele pode:
Objectivo Variável Acção
Mudar o material da parede
K↓ por outro de menor
condutividade térmica
Reduzir a área superficial do
A↓
↓q forno
Aumentar a espessura da
L↑
parede
Reduzir a temperatura
DT↓
interna do forno

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2º semestre, 2015 15
Sílvia Santos
Exemplo prático
Trocar o material da parede ou reduzir a temperatura interna do forno
podem ser medidas difíceis de implementar, mas colocando um
isolamento térmico sobre a parede cumpre as acções de:

• Redução da condutividade térmica;


• Aumento da espessura da parede.

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 16
Sílvia Santos
Exercício
A parede de um forno industrial é construída em tijolos com 0,15 m de
espessura com uma condutividade térmica de 1.7 W/m.K. Foram
efectuadas medidas em estado estacionário que revelaram temperaturas
de 1400 e 1150 K no interior e no exterior das paredes, respectivamente.
Determine a taxa de transferência de calor através da parede, sabendo
que as dimensões são de 0,5 m de altura por 1,2 m de largura?

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 17
Sílvia Santos
Convecção:
Resulta da acção combinada de condução de calor, armazenamento de
energia e movimento da mistura.

• A velocidade na interface
superfície/fluido é muito baixa, logo
a transferência de calor ocorre por
condução;
• Na zona das velocidades mais
elevadas, as partículas são
transportadas transferindo energia
para as partículas mais frias.

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 18
Sílvia Santos
Convecção Forçada:
• A convecção é FORÇADA, quando se deve à aplicação de um agente
externo (ventoinha ou uma bomba); 1. A velocidade da camada de ar próxima à
superfície é muito baixa.
2. Nesta região o calor é transferido por
condução. Ocorre armazenamento de energia
pelas partículas presentes nesta região.
3. À medida que estas partículas passam para a
região de alta velocidade, elas são
Exemplo: Uma ventoinha a arrefecer
componentes eléctricos transportadas pelo fluxo transferindo calor para
as partículas mais frias.
Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 19
Sílvia Santos
Convecção Natural:
• A convecção é NATURAL, quando o movimento das partículas não é
forçado. As moléculas recebem calor por condução, ficam mais leves e
sobem, e trocam calor com as partículas mais frias.

1. As partículas que estão próximas à superfície


recebem calor por condução e armazenam a energia.
2. Estas partículas têm a sua temperatura elevada e,
portanto a densidade reduzida. Já que são mais leves
elas sobem e trocam calor com as partículas mais frias
Exemplo: O aquecimento de água (e mais pesadas) que descem.
Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 20
Sílvia Santos
Convecção - Lei de Newton :
Nos processos em que ocorre transferência de calor por convecção, para
além do calor sensível devido à existência de uma variação de T, por vezes
é necessário contabilizar o calor latente devido à existência de mudança
de fase. Por exemplo: passagem de líquido para vapor.
• qx” (W/m2) é o fluxo de
transferência de calor convectivo;
• TS é a Temperatura da superfície;

q"  h(TS  T ) • T∞ é a Temperatura do fluido;


• h (W/m2.K) é o parâmetro de
transferência de calor por convecção

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 21
Sílvia Santos
Convecção - Lei de Newton :

Valores típicos do coeficiente de transferência de calor por convecção


Processo h (W/m2.K)
Convecção natural
Gases 2-25
Líquidos 50-100
Convecção forçada
Gases 25-250
Líquidos 100-20000
Convecção com mudança de fase 2500-100000

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 22
Sílvia Santos
Radiação:
A radiação pode se definida como o processo pelo qual calor é transferido
de um superfície a alta temperatura para um superfície a temperatura
mais baixa quando tais superfícies estão separados no espaço, ainda que
exista vácuo entre elas. A energia assim transferida é chamada radiação
térmica e é feita sob a forma de ondas eletromagnéticas.

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 23
Sílvia Santos
Radiação -exemplo:

O calor que recebemos do sol. Esta energia chega até nós na forma de
ondas eletromagnéticas. As ondas eletromagnéticas são comuns a muitos
outros fenómenos: raio-X, ondas de rádio e TV e microondas.
As emissões de ondas eletromagnéticas podem ser atribuídas a variações
das configurações eletrónicas dos constituintes de átomos e moléculas, e
ocorrem devido a vários fenómenos.

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 24
Sílvia Santos
Radiação - características

• Todos corpos com temperatura acima do zero absoluto emitem


continuamente radiação térmica;
• As intensidades das emissões dependem somente da temperatura e da
natureza da superfície emitente;
• A radiação térmica viaja à velocidade da luz (300.000 Km/s)

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 25
Sílvia Santos
Mecanismos combinados

Na maioria das situações práticas ocorrem ao mesmo tempo dois ou mais


mecanismos de transferência de calor actuando ao mesmo tempo. Nos
problemas da engenharia, quando um dos mecanismos domina
quantitativamente, soluções aproximadas podem ser obtidas
desprezando-se todos, exceto o mecanismo dominante.

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2º semestre, 2015 26
Sílvia Santos
Mecanismos combinados

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2º semestre, 2015 27
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Mecanismos combinados

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 28
Sílvia Santos
Exercício
As superfícies internas de um grande edifício são mantidas a 20 ºC, enquanto que
a temperatura na superfície externa é de -20 ºC. As paredes medem 25 cm de
espessura e foram construídas com tijolos de condutividade térmica de 0,6
Kcal/hmºC.
a) Calcule a perda de calor por cada m2 de superfície por hora.
b) Sabendo que a área total do edifício é de 1000 m2 e que o poder calorífico do
carvão é de 5500 Kcal/Kg, determine a quantidade de carvão a ser utilizada no
sistema de aquecimento durante um período de 10h. Suponha que o rendimento
do sistema de aquecimento é de 50%.
Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 29
Sílvia Santos
Equações para condução de calor em regime estacionário:

Coordenadas
cartesianas

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 30
Sílvia Santos
Equações para condução de calor em regime estacionário:

  T    T    T  T
k    k    k   q  C p
x  x  y  y  z  z  t

 2T  2T  2T q 1 T
• Se a condutividade térmica for constante:  2  2  
x 2
y z k  t

  T    T    T 
• Em regime estacionário: k    k    k   q  0
x  x  y  y  z  z 

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2º semestre, 2015 31
Sílvia Santos
Equações para condução de calor em regime estacionário:

Coordenadas
cilíndricas
Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 32
Sílvia Santos
Equações para condução de calor em regime estacionário:

 T T T 
q  kT  k  i
"
j k 
 r  z 
T " T " T
q  k
"
; q  k ; q z  k
r  z
r

1   T  1   T    T  T
 kr   2  k    k   q  C p
r r  r  r     z  z  t

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 33
Sílvia Santos
Equações para condução de calor em regime estacionário:

Coordenadas
esféricas
Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 34
Sílvia Santos
Equações para condução de calor em regime estacionário:

 T 1 T 1 T 
q  kT  k  i
"
j k 
 r r  rsen( )  
T " k T " k T
q  k
"
; q   ; q  
r r  rsen  
r

1   2 T    T    T  T
 kr  
1
 k  
1
 ksen    
q  C
r 2 r  r  r 2 sen2       r 2 sen      t
p

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2º semestre, 2015 35
Sílvia Santos
Condições iniciais:

Temperatura da superfície constante


T(0,t)=TS – Condição de Dirichilet

Fluxo térmico na superfície constante


a) Fluxo térmico diferente de zero
T " Condição de Neumann
k x 0  q
x
S

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2º semestre, 2015 36
Sílvia Santos
Condições iniciais:

Fluxo térmico na superfície constante


b) Superfície adiabática
T Condição de Neumann
x 0  0
x

Condição de convecção na superfície


T
k x 0  hT  T 0, t 
x

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2º semestre, 2015 37
Sílvia Santos
Exercício
A distribuição de temperaturas ao longo de uma parede com espessura de 1 m num certo
instante de tempo é dada por: T(x)=a+bx+cx2, na qual T está em ºC e x em m, enquanto
a=900 ºC, b=-300 ºC/m e c=-50 ºC/m2. Uma geração de calor uniforme, q =1000 W/m3,
está presente na parede, cuja área é de 10 m2. O seu material possui as seguintes
propriedades: =1600 kg/m3, k=40 W/(mºC) e Cp=4 kJ/(kgºC).
a) Determine a taxa de transferência de calor que entra na parede (x=0) e que deixa a
parede (x=1 m).
b) Determine a taxa de variação de energia acumulada na parede.
c) Determine a taxa de variação da temperatura em relação ao tempo.

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2º semestre, 2015 38
Sílvia Santos
Exercício
Um tubo de aço de diâmetro interno 0,742 in e espessura da parede 0,154 in,
encontra-se sujeito a uma temperatura interior de 200 ºF e a uma temperatura
exterior de 160 ºF. Calcule o fluxo de calor por unidade de tempo e as taxas de
transferência de calor baseados nas áreas das superfícies interna e externa,
supondo um tubo de 1 m de comprimento (k=26 Btu/h.ft.ºF)

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 39
Sílvia Santos
Superfícies estendidas
• É o termo usado para descrever a transferência de calor por condução
no interior do sólido e por convecção nas fronteiras do sólido;
• Numa superfície estendida, a transferência de calor por convecção nas
fronteiras ocorre perpendicularmente à transferência de calor no interior
do sólido;
• Existem superfícies estendidas que são usadas especificamente para
aumentar a taxa de transferência de calor entre um sólido e um fluido
adjacente – ALETAS (ALHETAS).
Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 40
Sílvia Santos
ALETAS
possuem uma grande variedade de aplicações de engenharia:
• Transformadores,
• Motores de combustão interna,
• Compressores,
• Motores elétricos,
• Permutadores de calor,
• Etc…

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 41
Sílvia Santos
ALETAS - exemplos

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 42
Sílvia Santos
Taxa de transferência de calor em ALETAS - Suposições
• Assumir condições unidimensionais na direcção x;
• Temperatura uniforme ao longo da espessura da aleta (as variações de T no seu
interior são pequenas quando comparadas com a diferença de temperatura entre
a aleta e o exterior);
• Regime estacionário;
• Condutividade térmica constante;
• Desprezar a radiação na superfície;
• Sem geração de calor;
• h uniforme ao longo da superfície.

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 43
Sílvia Santos
Taxa de transferência de calor em ALETAS – eq geral

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 44
Sílvia Santos
Taxa de transferência de calor em ALETAS – eq específicas
A resolução da equação anterior exige o conhecimento da geometria da
aleta e a definição das condições fronteira T(0) e T(L). Podemos ter 4
casos:

CASO A – Transferência de calor por convecção na extremidade da aleta

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 45
Sílvia Santos
Taxa de transferência de calor em ALETAS – eq específicas
CASO B – Perda de calor por convecção na extremidade da aleta pode ser
desprezada

CASO C – A temperatura na extremidade da aleta é especificada

CASO D – A aleta é muito longa L→∞

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 46
Sílvia Santos
Taxa de transferência de calor em ALETAS – eq específicas

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 47
Sílvia Santos
Desempenho das Aletas

Embora as aletas sejam usadas para aumentar a área de transferência de calor,


elas também representam uma resistência à condução a partir da parede.

Não há nenhuma garantia que a utilização de aletas permita aumentar a taxa de


transferência de calor

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 48
Sílvia Santos
Desempenho das Aletas
O desempenho da aleta pode ser apresentado de 3 formas:

1) Eficiência (rendimento) da Aleta: Razão entre o calor real transmitido pela


aleta e o calor transmitido se toda aleta estivesse à temperatura da base:

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 49
Sílvia Santos
Desempenho das Aletas

2) Efectividade da Aleta: Razão entre o calor transmitido pela aleta e calor


transmitido pelo objeto se ele não possuísse aletas

onde Ac,b é a área da seção transversal da aleta na base

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 50
Sílvia Santos
Desempenho das Aletas

3) Eficiência Global de um conjunto de aletas : Razão entre o calor


transmitido pela aleta e calor transmitido pelo objeto se ele não possuísse
aletas

onde At é a área superficial total das aletas, qt a soma do calor transferido em


todas as aletas

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2º semestre, 2015 51
Sílvia Santos
Desempenho das Aletas

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2º semestre, 2015 52
Sílvia Santos
Desempenho das Aletas

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 53
Sílvia Santos
Exercício 1
Um bastão muito longo, com 5 mm de diâmetro, tem uma das suas
extremidades mantidas a 100 ºC. A superfície do bastão está exposta ao
ar ambiente a 25 ºC com um coeficiente de transferência de calor por
convecção de 100 W/(m2.K).

Determine as distribuições de temperaturas ao longo de bastões


construidos em cobre puro, liga de alumínio 2024 e aço inoxidável AISI
316. Quais as perdas de calor nos bastões?
Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 54
Sílvia Santos
Exercício 1
ACHAR: Distribuição de temperaturas e perdas de calor em bastões fabricados
com cobre, com uma liga de alumínio, ou com aço inoxidável.

Considerações:
- Regime estacionário;
- Condução unidimensional;
- Propriedades constantes;
- Radiação desprezada;
- h uniforme;
- Bastão com L→∞

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 55
Sílvia Santos
Exercício 1

Propriedades tabeladas
- k (cobre) = 398 W/(m.K);
- k( Alumínio 2024) = 180 W/(m.K);
- k (Aço inoxidável) = 14 W/(m.K).

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 56
Sílvia Santos
Exercício 1
As distribuições de temperaturas são determinadas pela equação
correspondente à hipótese de comprimento infinito da aleta:


 e  mx
b
  T  T T  T  Tb  T e  mx

 b   0  Tb  T

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 57
Sílvia Santos
Exercício 1

1 1
 hP  2
 4h  2
m    m 
 kAtr   kD 

P = perímetro (para um bastão cilíndrico = πD)


Atr = área transversal (para um bastão cilíndrico = πD2/4

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 58
Sílvia Santos
Exercício 1
• Substituir os valores de h e D;
• Substituir as condutividades térmicas do cobre, da liga de alumínio e do aço
inoxidável.

Material do bastão m (m-1)


Cobre puro 14,2
Liga de alumínio 2024 21,2
Aço inoxidável AISI 316 75,6

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 59
Sílvia Santos
Exercício 1
As distribuições das temperaturas podem ser representadas graficamente:

Há pouca transferência de calor


adicional associado à extensão
do comprimento do bastão
além de 50 mm (cobre), 200
mm (liga de alumínio), 300 mm
(aço inoxidável)

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 60
Sílvia Santos
Exercício 1
A perda de calor nos bastões é determinada por:

qa  M
M  hPkAtr  b

Material do bastão q (W)


Cobre puro 8,3
Liga de alumínio 2024 5,6
Aço inoxidável AISI 316 1,6

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 61
Sílvia Santos
Exercício 2
Um longo bastão circular de alumínio tem uma das suas extremidades fixa
a uma parede aquecida e transfere calor por convecção para um fluido
frio.

a) Se o diâmetro do bastão fosse triplicado, qual seria a mudança na taxa


de remoção de calor através do bastão?
b) Se um bastão de cobre com o mesmo diâmetro fosse usado, qual
seria a mudança na taxa de remoção de calor através do bastão?
Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 62
Sílvia Santos
Exercício 2 a)
Considerações:
- Regime estacionário;
- Condução unidimensional;
- Propriedades constantes;
- Radiação desprezada;
- h uniforme;
- Bastão com L→∞
Propriedades tabeladas
- k (cobre puro) = 400 W/(m.K)
- k( Alumínio puro) = 240 W/(m.K)

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 63
Sílvia Santos
Exercício 2 a)
qa  M
M  hPkAtr  b

1
 2
  3
D
 
2 1
qa   hDk
 
  b  hk 2 D 2
b
 4  2

q
Se o diâmetro for triplicado: a
3 D  3
 3 2  5,2
A transferência de calor

qa  D 
é aumentada 420%

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 64
Sílvia Santos
Exercício 2 b)
Se mudarmos para um bastão de cobre:

1
qa  k 2

1 1
qa Cu   kCu   400 
2 2
     1,29
qa  Al   k Al   240 
A transferência de calor
é aumentada 29%

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 65
Sílvia Santos
Exercício 3
Uma aleta plana fabricada com a liga de alumínio 2024 (k=185 W/(m.K))
tem uma espessura na base de 3 mm e um comprimento de 15 mm. A sua
temperatura na base é de Tb=100 ºC e está exposta a um fluido para o
qual T∞=20 ºC e h=50 W/(m2.K). Para as condições anteriores e uma aleta
de largura unitária, compare a taxa de transferência de calor na aleta e a
eficiência para os perfis rectangular e triangular.

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 66
Sílvia Santos
Exercício 3

Considerações:
- Regime estacionário;
- Condução unidimensional;
- Propriedades constantes;
- Radiação desprezada;
- h uniforme.

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 67
Sílvia Santos
Exercício 3
Para cada aleta: qa'  qmax
'
  a hAa' b
1
 2h  2
A eficiência da aleta, por sua vez depende do valor de m: m   
 kt 
Para a aleta rectangular:

a Aa'

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 68
Sílvia Santos
Exercício 3

Para a aleta triangular:

a Aa'

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 69
Sílvia Santos
Exercício 1
A base de concreto de um porão tem 11 m de comprimento, 8 m de
largura e 0,20 m de espessura. Durante o Inverno as temperaturas são
normalmente de 17 ºC e 10 ºC nas suas superfície superior e inferior,
respectivamente. Se o concreto tiver uma condutividade térmica de 1,4
W/(m.K), qual é a taxa de perda de calor através da base? Se o porão é
aquecido por um forno a gás com uma eficiência de 90% e o gás natural
custar 0,01$/MJ, qual o custo diário da perda térmica?

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 70
Sílvia Santos
Exercício 1

Forno
Gás natural
Base de concreto

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 71
Sílvia Santos
Exercício 1
A perda de calor é dada por:

O custo associado é dado por:


Colocando uma camada de isolamento as
perdas de calor podem ser reduzidas!!!

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 72
Sílvia Santos
Exercício 2
Um cilindro com raio r0, comprimento L e condutividade térmica k está
imerso num fluido de coeficiente de transferência de calor por convecção
h e temperatura desconhecida T∞. Num certo instante de tempo, a
distribuição de temperaturas no cilindro é T(r) =a +br2, na qual a e b são
constantes. Obtenha as expressões para a taxa de transferência de calor
em r0 e para a temperatura do fluido.

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 73
Sílvia Santos
Exercício 2

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 74
Sílvia Santos
Exercício 2
A lei de Fourier para um sistema cilíndrico é dada por:

Substituindo a distribuição da temperatura no cilindro dada por


T(r)=a +br2:

Para r=r0, a taxa de transferência de calor por condução é dada por:

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 75
Sílvia Santos
Exercício 2
Fazendo um balanço de energia em r=r0:

Substituindo o qr=r0 e resolvendo em ordem a T∞:

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 76
Sílvia Santos
Exercício 3
Ar no interior de uma câmara a T∞,i=50 ºC é aquecido por convecção, com
hi=20 W/(m2.K), por uma parede com 200 mm de espessura,
condutividade térmica de 4 W/(m.K) e com geração uniforme de calor a
uma taxa de 1000 W/m3. Para evitar que qualquer calor gerado no interior
da parede seja perdido para o lado de fora da câmara, a T∞,e=25 ºC e he=5
W/(m2.K), uma fita aquecedora eléctrica muito fina é colocada sobre a
superfície externa da parede para fornecer um fluxo térmico uniforme,
q”0.
Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 77
Sílvia Santos
Exercício 3

a) Esboce a distribuição de temperaturas na parede, num sistema de


coordenadas T-x, para a condição na qual nenhum calor gerado no seu
interior é perdido para o lado de fora da câmara.

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 78
Sílvia Santos
Exercício 3 a)

Se nenhum calor gerado na parede é perdido para fora da câmara, o


gradiente em x=0 tem que ser zero. Como o calor gerado é uniforme, a
distribuição de temperaturas apresenta um perfil parabólico e T(L)>T∞,i

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 79
Sílvia Santos
Exercício 3 a)

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 80
Sílvia Santos
Exercício 3
b) Quais são as temperaturas nas superfícies da parede T(0) e T(L), para a
condição na qual nenhum calor gerado no seu interior é perdido para o
lado de fora da câmara

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 81
Sílvia Santos
Exercício 3 b)
Sabendo que a equação geral que descreve o perfil de temperaturas com
geração uniforme de energia é dada por:

1ª condição fronteira:

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 82
Sílvia Santos
Exercício 3 b)
2ª condição fronteira:

Obtém-se:

De onde se pode obter T(0) e T(L)

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 83
Sílvia Santos
Exercício 3
c) Determine o valor de q”0 que deve ser fornecido pela fita aquecedora
de modo a que todo o calor gerado no interior da parede seja transferido
para o interior da câmara.

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 84
Sílvia Santos
Exercício 3 c)
Quando T(0) =T1=65 ºC

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 85
Sílvia Santos
Condução em regime transitório:
- Soluções analíticas (exactas e aproximadas) da equação da difusão do calor
para condução unidimensional para sistemas planos;
- Soluções analíticas (exactas e aproximadas) da equação da difusão do calor
para condução unidimensional para cilindros infinitamente longos e esferas
- Condução unidimensional em sólidos: análise do efeito do número de
Biot sobre a forma dos perfis de temperatura;
- Calor trocado desde o instante inicial até um certo tempo de arrefecimento
ou aquecimento;
- Modelo do sólido semi-infinito.
Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 86
Sílvia Santos
Transferência de calor por condução na direcção x:

T1 sólido Lei de Fourier:


dT
q  kA
dx
T2

Transferência de calor por convecção

Lei de arrefecimento de Newton:


sólido fluido
q  hA(Ts  T )
Ts
T

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 87
Sílvia Santos
Placas: transferência de calor na direcção x
Fluido: T
 Condução térmica em regime:
Sólido
Sólido
estacionário : T (x)
Lx
 transitório: T (x, t)
x
 A temperatura do fluido mantém-se constante = T
 t < 0 T(x)= Ti

x x+Dx
Volume de controlo diferencial na direcção x: DV= ADx
qentra x  qsai x  Dx q geradoq acumulado

d 2T C p dT d 2T 1 dT
 
dx 2 k dt dx 2  dt  – difusividade térmica (m2/s)
Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 88
Sílvia Santos
Exemplo esferas:
 Condução térmica em regime:
estacionário : T (r)
R
r  transitório: T (r, t)

Volume de controlo diferencial na direcção radial (casca esférica de espessura Dr:


DV=4πr2Dr

qentra r  qsai r  Dr q geradoq acumulado


r

1 d  2 dT  C p dT 1 d  2 dT  1 dT
r  r 
r+Dr r 2 dr  dr  k dt r dr  dr   dt
2
r
 – difusividade térmica (m2/s)
Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 89
Sílvia Santos
Cilindros: transferência de calor na direcção radial (base e topo isolados)
Corte transversal

L R
R

r+Dr
r
Volume de controlo diferencial na direcção radial: DV=2πrLDr

qentra r  qsai r  Dr q geradoq acumulado


r
1 d  dT  C p dT 1 d  dT  1 dT
r  r 
r dr  dr  k dt r dr  dr   dt
r+Dr  – difusividade térmica (m2/s)
r
Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 90
Sílvia Santos
Placas: transferência de calor na direcção x
Volume de controlo diferencial na direcção x:
Fluido: TT
Fluido: DV= ADx
Lz
qentra x  qsai x  Dx q geradoq acumulado
Sólido
Sólido Lx d 2T 1 dT

dx 2  dt
x
 Condição Inicial (CI): T (x, t=0)= Ti

 Condição Fronteira 1 (CF1):


x x+Dx
x=0 a temperatura atinge um mínimo ou um máximo
dT
0
dx x  0

 hAT ( Lx , t )  T 
dT
 Condição Fronteira 2 (CF2):  kA
dx x  L x
Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 91
Sílvia Santos
Fluido: TT
Fluido: Adimensionalização de equação da difusão

Sólido
Sólido CI: T (x, 0)= Ti
Lx Lz
d 2T 1 dT dT
 CF1: 0
x
 dt x  0
dx 2 dx

 hAT ( Lx , t )  T 
dT
CF2:  kA
dx x  L x
x x+Dx
Variáveis adimensionais
 * – diferença de temperaturas adimensional x* - coordenada posicional adimensional
T  T final  T  T x
*
  ; *   ; x* 
Ti  T final i Ti  T Lx

Fo- tempo adimensional t


Fo   Bi 
hLx
Bi 
resistência à condução
Lx 2 k resistência à convecção
Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 92
Sílvia Santos
Adimensionalização de equação da difusão
Fluido: T * – diferença de temperaturas adimensional
 T  T
Sólido *   ;
Lx i Ti  T
z* - coordenada posicional adimensional
x x
x* 
Lx
Fo- tempo adimensional
x x+Dx Fo  
t hL
Bi  x
Lx 2 k

d d *d * d * d *
( ) CI:  *(x*, 0)= 1 CF1: 0 CF2:   Bi *
* * dFo * *
dx dx dx* x 0 dx* x 1
Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 93
Sílvia Santos
Soluções exactas para placa infinita. d
CF1: 0
*
dx x 0
*
d d *d * CI:  (x*, 0)= 1 d
( ) CF2:   Bi *
* * dFo *
dx dx dx* x 1
T  T 
*
 ( x , Bi , Fo)    Cn exp(  n2 Fo ) cos( n x* )
Ti  T
n 1
4sen( n )
Bi   n tan(  n ) Cn 
2 n  sen(2 n )

Se Fo> 0,2

T  T
 ( x*, Bi , Fo)   C1 exp(  2 Fo ) cos( x* )
Ti  T 1 1

C1 e z1 dependem do nº de Bi (ver tabela)


Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 94
Sílvia Santos
Placa Placa
Bi z1 C1 Bi z1 C1
0,01 0,09983 1,00166 8,00 1,39782 1,25698
0,03 0,15746 1,00413 9,00 1,41487 1,25981
0,05 0,22176 1,00819 10,00 1,42887 1,26196
0,08 0,27048 1,01218 15,00 1,47292 1,26765
0,10 0,31105 1,01609 20,00 1,49613 1,26992
0,15 0,37788 1,02372 25,00 1,51045 1,27104
0,20 0,43284 1,03109 30,00 1,52017 1,27168
0,25 0,48009 1,03819 40,00 1,53250 1,27234
0,30 0,52179 1,04505 50,00 1,54001 1,27265
0,40 0,59324 1,05804 75,00 1,55013 1,27297
0,50 0,65327 1,07013 100,00 1,55525 1,27309
0,60 0,70507 1,08138 500,00 1,56766 1,27323
0,70 0,75056 1,09185 1000,00 1,56923 1,27324
0,80 0,79103 1,10159 10000,0 1,57064 1,27324
0,90 0,82740 1,11067
1,00 0,86033 1,11913
1,10 0,89035 1,12702
1,20 0,91785 1,13438
1,50 0,98824 1,15367
1,80 1,04486 1,16948
2,00 1,07687 1,17846
3,00 1,19246 1,21023
Fenómenos de Transporte
4,00 1,26459 1,22871
2º semestre, 2015 95
5,00 1,31384 1,24025
Soluções usando cartas

Carta de temperaturas transitórias numa placa de espessura 2L


sujeita a convecção em ambas as faces

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 96
Sílvia Santos
Soluções usando cartas

Distribuição das Temperaturas numa


placa

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 97
Sílvia Santos
Soluções usando cartas

Calor adimensional transferido numa placa de espessura 2 L

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 98
Sílvia Santos
Esferas:  Condução térmica em regime transitório: T (r, t)
R  A temperatura do fluido mantém-se constante =
T  t < 0 T(x)= Ti
r+Dr  Propriedades físicas constantes
r

1 d  2 dT  1 dT  T  T r
r  *   ; r*  n Fo  
t
Bi 
hR
r 2 dr  dr   dt i Ti  T R R2 k

θ esf r*, Bi , Fo  
* T  T 
  Cn exp   n2 Fo
Ti  T n 1

sen  n r *
 n r *

4 senz n   z n cos z n 
1  z n cot(z n )  Bi Cn 
2 z n  sen2z n 
Se Fo  0,2 é suficiente usar apenas o primeiro termo da série (solução aproximada)
θ*esf r*, Bi , Fo  
T  T
Ti  T

 C1 exp  12 Fo 
sen1 r *
z1 r *
Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 99
Sílvia Santos
Cilindros: transferência de calor na direcção radial (base e topo isolados)

 T  T * r
R *   ; r  n
L 1 d  dT  1 dT i Ti  T R
r+Dr r 
r r dr  dr   dt hR
Fo  
t Bi 
k
R2

*
θcil 
T  T 
 
  Cn exp   n2 Fo J 0  n r *
Ti  T n 1

Solução aproximada, válida para Fo  0.2:

θ*cil 
T  T
Ti  T
  
 C1 exp  12 Fo J 0 1 r * 
Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 100
Sílvia Santos
Soluções usando cartas

Carta de temperaturas transitórias num cilindro infinito de raio r


sujeita a convecção na superfície r

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 101
Sílvia Santos
Soluções usando cartas

Distribuição das Temperaturas num


cilindro

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 102
Sílvia Santos
Soluções usando cartas

Calor adimensional transferido num cilindro

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 103
Sílvia Santos
Soluções usando cartas

Carta de temperaturas transitórias numa esfera de raio r sujeita a


convecção na superfície r

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 104
Sílvia Santos
Soluções usando cartas

Distribuição das Temperaturas numa


esfera

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 105
Sílvia Santos
Soluções usando cartas

Calor adimensional transferido numa esfera

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 106
Sílvia Santos
d d * d *
( )
dx* dx* dFo
- Soluções da equação da difusão do calor em sólidos, inicialmente com temperatura uniforme, Ti,
submetidos, a partir de t=0, a transferência de calor por
convecção
2 casos extremos:

Nota: d * Quando Bi  : *(x* = 1)  0, *= (T-Ts)/(Ti-Ts)


  Bi *
*
dx* x 1 i.e., TsuperfícieTs  T.

L / kA resistência à condução
Bi  x 
1 / hA resistência à convecção

Bi   Bi  0
Resistência à convecção é A resistência à condução é muito menor que resistência
muito menor que resistência à à convecção, em que se verificará uma distribuição de
condução temperatura uniforme no interior do sólido 107
Sílvia Santos
L / kA resistência à condução
Bi  x 
1 / hA resistência à convecção

Condução unidimensional em regime estacionário


T1  T2
qcond  qconv  hAT2  T 
L / kA

T1  T2 Rcond
 h L / k   Bi 
T2  T Rconv

 Bi << 1  Rcond << Rconv  T1 = T2

 Bi >> 1  Rcond >> Rconv  T2 = T∞

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 108
Sílvia Santos
Considere-se um sólido, que se encontra à temperatura Ti e que no instante t=0 é colocado
em contacto com um fluido à temperatura T. Meio condutor com
distribuição de temperatura uniforme
t< 0 t= 0 t= t
T T
Ti Ti T

O balanço global de energia ao sólido no intervalo de tempo decorrido desde o instante t = 0


até ao instante t será:
{o calor que entra} - {o calor que sai} = Q

Q   V C p [Ti  T (t )]

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 109
Sílvia Santos
- Admite-se sólido com propriedades constantes, a arrefecer (p. ex.).
- A temperatura depende da posição e do tempo

 Calor transferido até ao tempo t: Q  {calor que saiu desde t=0 até t=t’ }

Q    C  T r , t   Ti  d V

 Calor transferido até se atingir o equilíbrio térmico (t=):

Porque no equilíbrio todo o sólido está à temperatura uniforme T

Q0    C V T  Ti 
T r , t   Ti
d V   (1  θ* ) d V
Q 1 1
Dividindo as duas equações:  
Q0 V T  Ti V
T  T T  Ti
; 1   * 
(r designa posição)
* 
Ti  T T  Ti
Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 110
Sílvia Santos
T r , t   Ti
d V   (1  θ* ) d V
Q 1 1
 
Q0 V T  Ti V

1. Placa plana infinita (para Fo  0,2):


T  T
θ*      
 C1 exp   12 Fo cos  1 x *  θ *0 cos  1 x * 
Ti  T

Q
 1  θ*
0
sen z 1 
θ*0  C1 exp  12 Fo
Q0 z1 Temperatura no centro
2. Cilindro infinito (para Fo  0,2):
T  T
θ*      
 C1 exp   12 Fo J 0  1 r *  θ *0 J 0  1 r * 
Ti  T
Q 2 θ*0
1  J1z 1 
Q0 z1
Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 111
Sílvia Santos
T r , t   Ti
d V   (1  θ* ) d V
Q 1 1
 
Q0 V T  Ti V

3. Esfera com condução radial (para Fo  0,2):

θ* 
T  T

 C1 exp  12 Fo
 
sen 1 r *
* sen1 r * 
 z r*   θ0 z r* 
Ti  T
1 1

3 θ*0
Q
1 
3
sen z1  z1 cosz1
Q0 z 1

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 112
Sílvia Santos
Sólido que se estende até ao infinito em todas as direcções, excepto uma. É caracterizado por
uma única superfície identificável.

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 113
Sílvia Santos
Soluções exactas para placa infinita.
d 2T 1 dT

dx 2  dt
CI:  * (x*, 0)= 1
d *
CF1: * 0
d d * d * dx* x 0
( )
dx* dx* dFo d *
CF2: *   Bi *
dx* x 1

0  Bi  
* * T  T 
 ( x , Bi , Fo )    Cn exp(  n2 Fo ) cos( n x* ) t
Ti  T n 1 0  Fo   
L2z
C1 e z1 dependem do nº de Bi (ver tabela)
Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 114
Sílvia Santos
CI: t=0; T=Ti z (1)

 2T 1 T CF1: t >0 e z=0; T=Ts (2)


 ;
z2  t
CF2: t >0 e z ; T=Ti (3)
z
Condição característica do modelo
Ts variável de semelhança:
z

2 t

d 2T dT CF1: =0: T=Ts (de (2))


Ti  2
d 2 d CF2: : T=Ti (de (1) e (3))
z

 T  Ts  2 
  
 Ti  Ts  
  2
0 exp  u du 
 T  Ts 


 i s
T T
 z 
  erf    erf 
 2 α t

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 115
Sílvia Santos
 Cálculo do fluxo de calor à superfície [com CF1: T(z=0)=Ts ]

 T  Ts  2 
  
 Ti  Ts  
 
0 exp  u du  erf  
2

z

2 t

T d[erf( )] d
q s''   k   k Ti  Ts 
z z 0
d dz  0

k Ts  Ti 
exp(  2 ) (4 t ) 1 / 2
2
qs''  k Ts  Ti  
  0 (  t )1 / 2
k Ts  Ti 
qs'' 
(  t )1/ 2

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 116
Sílvia Santos
 2T 1 T CI: t=0; T=Ti z
 ;
z2  t
 hAT ( Lz , t )  T 
dT
CF1: t >0 e z=0;  kA
dz z  Lz

z CF2: t >0 e z ; T=Ti

z Condição característica do modelo



2 t

d 2T dT
 2
d 2 d

T  T  z   h z h2  t   h  t z 
 erf    exp   1  erf   
Ti  T 
2  t   k k2    k 2  t 

  
Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 117
Sílvia Santos
Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 118
Sílvia Santos
Aplicabilidade: Fo  0.
Condição de aplicabilidade prática: deverá existir pelo menos um ponto da placa que ainda
esteja a uma temperatura praticamente igual à inicial.

Duas maneiras de exprimir essa ideia:


 Distância de penetração térmica (LT)
 Número de Fourier (tempo adimensional) máximo (Fo)

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 119
Sílvia Santos
Distância de penetração térmica (LT):
A transferência de calor só se deu até essa profundidade. A partir daí, a temperatura ainda é
praticamente a inicial: TTi
 T  Ts  Tabela 1 –Função Erro
   erf  
T T 
 i s  erf 
0,00 0,0000
T( L,t )  Ti T( L,t )  Ts 1,00 0,8427
 0,5%  1  0,005
Ts  Ti Ti  Ts 2,00 0,9950
3,60 1,0000
T( L,t )  Ts  L  LT
 0,995; erf  T   0,995  2;
Ti  Ts  2 t  2 t
LT  4 t z

LT Lz
Para z< LT (T –Ts)< 0,005(Ti-Ts)

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 120
Sílvia Santos
Outra maneira de exprimir a condição de aplicabilidade do modelo:
Há pelo menos um ponto em que T Ti ; por ex., (T-Ti )  0,005 (Ts-Ti )

Lz (distância entre Tmáx e Tmín)- dimensão característica.


T( Lz ,t )  Ti
 0,5% L z  4 t (1)
Ts  Ti
No caso de uma placa:
t
Fo   (2) De (1) e (2): Fo  
t
 Fo 
1 Fo  0,06
2
Lz 16t 16

O cálculo pode ser confirmado a partir das soluções analíticas rigorosas utilizando tantos
termos quanto os necessários para a série convergir
*
 pl 
T  T 
 
  Cn exp   n2 Fo cos n x *
Ti  T n 1
Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 121
Sílvia Santos
Aplicabilidade: Fo  0.
Condição de aplicabilidade prática: deverá existir pelo menos um ponto da placa que ainda
esteja a uma temperatura praticamente igual à inicial.

Duas maneiras de exprimir essa ideia:


 Distância de penetração térmica: LT = 4 ( t )1/2
t
 Número de Fourier (tempo adimensional) máximo: Fo   0,06
L2z
Lz- dimensão característica

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 122
Sílvia Santos
Até agora a convecção foi considerada somente como uma condição
fronteira quando a superfície de um corpo se encontra em contacto com
um fluido em movimento.

Agora vamos compreender melhor este mecanismo e alguns dos


parâmetros chave que o influenciam.

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 123
Sílvia Santos
As camadas-limite da convecção

Da mesma forma que uma camada


limite de velocidades se forma
quando há escoamento de um fluido
sobre uma superfície, uma camada
limite térmica também se desenvolve
se houver diferença de temperatura
entre um fluido na corrente livre e a
superfície.

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 124
Sílvia Santos
A determinação do coeficiente convectivo

E essencial conhecer as condições de escoamento!

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 125
Sílvia Santos
A determinação do coeficiente convectivo
• Na camada limite laminar, o movimento do fluido é ordenado
• A espessura da camada-limite aumenta
• Os gradientes de velocidade em y=0 diminuem no sentido do escoamento (aumento
do x)
• Na zona de transição ocorre uma conversão das condições laminares para turbulentas
• O escoamento na camada-limite turbulenta é irregular, verificam-se flutuações de
velocidades e pressão. Na camada –limite turbulenta podemos falar da existência de:
•Subcamada laminar
•Região de transição
•Núcleo turbulento

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 126
Sílvia Santos
A determinação do coeficiente convectivo
No cálculo do comportamento de camadas limite é razoável supor que a
transição ocorre para um dado valor xc a que corresponde um valor de Reynolds
crítico, Rex,c.

Para o escoamento sobre uma placa plana: 105<Rex,c<3×106, dependendo da


rugosidade e do nível de turbulência na corrente livre.

u xc
Um valor representativo é: Re x ,c   5 10 5

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 127
Sílvia Santos
A determinação do coeficiente convectivo
• O coeficiente convectivo médio

q  TS  T   hdAs
As

q  h As TS  T 
1
h
As  hdA
As
s

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2º semestre, 2015 128
Sílvia Santos
A determinação do coeficiente convectivo

• O coeficiente convectivo médio - Exemplo


Água escoa a uma velocidade u∞=1m/s sobre uma placa plana de comprimento
L=0,6 m. A temperatura da água é de aproximadamente 300 K. Nas regiões
laminar e turbulenta, medidas experimentais mostram que os coeficientes
convectivos locais são descritos por:
Hlam(x)=Clamx-0,5 e hturb(x)=Cturbx-0,2; x(m)
A 300 K Clam=395 W/(m1,5.K) e Cturb=2330 W/(m1,8.K)
Determine o coeficiente convectivo médio.

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 129
Sílvia Santos
As equações da camada limite

É possível determinar o comportamento de uma camada limite e a sua relevância


para o transporte convectivo através da análise das equações diferenciais que
descrevem os campos de velocidades, de temperatura e de concentrações.
Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 130
Sílvia Santos
As equações da camada limite

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 131
Sílvia Santos
As equações da camada limite - normalizadas
São definidas as seguintes variáveis independentes adimensionais:

x y
x*  e y *  L é um compriment o característico para a superfície de interesse
L L
u v
u *  e v*  V é a velocidad e a montante da superfície
V V
T  TS C A  C A, S
T 
*
e CA 
*

T  TS C A,   C A, S

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2º semestre, 2015 132
Sílvia Santos
As equações da camada limite – Parâmetros de similaridade
Os parâmetros de similaridade são importantes pois permitem uma
generalização de resultados desde que as superfícies sejam geometricamente
similares, mesmo quando submetidas a condições diferentes.

Exs:
-Natureza do fluido;
- velocidade do fluido;
- tamanho da superfície;
- etc…
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2º semestre, 2015 133
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As equações da camada limite – parâmetros de similaridade
Camada-Limite térmica

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2º semestre, 2015 134
Sílvia Santos
As equações da camada limite – parâmetros de similaridade
Camada-Limite térmica
- O número adimensional de Nusselt é uma grandeza bastante utilizada para
determinar parâmetros através de relações de similaridade.

-Nu=f(Re,Pr)=Transferência de calor por convecção/Transferência de calor por


condução.

-O Nu fornece uma medida da transferência de calor que ocorre por convecção na


superfície.

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2º semestre, 2015 135
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As equações da camada limite – parâmetros de similaridade
Camada-Limite térmica

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 136
Sílvia Santos
Exemplo
Testes experimentais na pá de turbina indicam um fluxo térmico para a pá de
q”=95000W/m2. Para manter uma temperatura superficial em regime estacionário
de 800ºC, o calor transferido para a pá é removido por uma substância
refrigerante que circula pelo interior da pá.

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 137
Sílvia Santos
Exemplo

a) Determine o fluxo térmico na pá se a sua temperatura superficial for reduzida


para Ts,1=700 ºC através do aumento do caudal do refigerante.
b) Determine o fluxo térmico no mesmo local adimensional numa pá de turbina
similar com um comprimento de L=80 mm, quando a pá operar em
escoamento de ar com T∞=1150 ºC e v=80 m/s, com Ts=800 ºC.

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 138
Sílvia Santos
Exercício
Um objecto de forma irregular possui um comprimento característico L=1 m e é
mantido a uma temperatura superficial uniforme Ts=400 K. quando colocado ao ar
atmosférico, a uma temperatura T∞=300 K e movendo-se a uma velocidade v=100
m/s, o fluxo térmico médio da superfície do objecto para o ar é de 20000W/m2. se
um segundo objecto, com a mesma forma mas com um comprimento
característico L=5m, for mantido a uma temperatura superficial Ts=400 K e
colocado ao ar atmosférico a uma temperatura T∞=300 K, qual será o coeficiente
convectivo médio se a velocidade do ar for v=20 m/s?

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 139
Sílvia Santos
Exercício

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 140
Sílvia Santos
Exercício

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 141
Sílvia Santos
Exercício - aletas

Bastões circulares de cobre, com D=1 mm e L=25 mm, são usados para aumentar a
transferência de calor de uma superfície mantida a Ts,1=100 ºC. Uma extremidade do bastão
é presa a essa superfície (em x=0), a outra extremidade (x=25 mm) é presa a uma segunda
superfície mantida a T=0ºC. O ar escoa entre as superfícies (e sobre os bastões), também se
encontra a T∞=0ºC, mantendo um coeficiente convectivo h=100 W/(m2K).
a) Sabendo que a distribuição de temperaturas é dado por θ(x)=C1emx+C2e-mx e θ=T-T∞,
Determine as constantes e apresente a expressão do perfil de temperaturas.
b) Qual é a taxa de transferência de calor por convecção entre o único bastão de cobre e
1

o ar? Considere que m   hP 


2

 kA 
 tr 

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2º semestre, 2015 142
Sílvia Santos
Exercício - aletas

Considerações:
- Regime estacionário;
- Condução unidimensional;
- Propriedades constantes; Propriedades tabeladas

- Radiação desprezada; - k (cobre puro) = 400 W/(m.K)

- h uniforme.
Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 143
Sílvia Santos
Exercício – Convecção
Resultados experimentais para a transferência de calor sobre uma placa plana com
superfície extremamente rugosa puderam ser correlacionados por uma expressão com a
forma:
Nu x  0,04 Re 0x,9 Pr1/ 3
Onde Nux é o valor local do nº de Nusselt na posição x, medida a partir da aresta frontal
da placa. Obtenha uma expressão para a razão entre os coeficientes de transferência de
calor médio h x e local hx.

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 144
Sílvia Santos
O que é?
É o processo pelo qual é transferido calor de um corpo em virtude de sua
temperatura. Ao contrário dos outros dois mecanismos a radiação não necessita
da existência de um meio interveniente :

- Condução → colisão entre as partículas


- Convecção → transferência de massa
- Radiação → ondas eletromagnéticas

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 145
Sílvia Santos
O que é?
Quando um corpo é colocado num recipiente cujas paredes estão a
temperaturas inferiores à do corpo, a temperatura do corpo vai decrescer,
mesmo que o recipiente esteja sob vácuo!!!

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 146
Sílvia Santos
O que é?
• A radiação térmica define-se como a energia radiante emitida por uma superfície em função
da sua temperatura;
• A gama de comprimentos de onda da radiação térmica engloba o intervalo de 0,1 – 100 m;
• A gama de comprimentos de onda englobam UV, visível e IV.

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 147
Sílvia Santos
O que é?

Porção do espectro electromagnético


referente à radiação térmica
Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 148
Sílvia Santos
O que é?
• A radiação térmica emitida por uma superfície engloba vários comprimentos de onda;
• Uma superfície pode emitir preferencialmente em certas direcções

Para quantificar a
emissão, absorção,
reflecção e transmissão,
temos que analisar os
efeitos espectrais e
direccionais!

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 149
Sílvia Santos
Corpo negro
Corpo Negro é um corpo que emite e absorve, a qualquer temperatura, a máxima
quantidade possível de radiação, em qualquer comprimento de onda. É um
conceito teórico que estabelece um limite superior de radiação com o qual as
características de radiação dos outros meios são comparadas.

O poder emissivo máximo é descrito pela Lei de Stefan–Boltzmann:

• Eb é o poder emissivo do corpo negro;


• Ts é a temperatura absoluta da superfície;
• σ é a constante de Stefan-Boltzmann = 5.67×108 W/m2 K4.

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 150
Sílvia Santos
Corpo cinzento
O fluxo de calor emitido por uma superfície real é inferior ao emitido por um
corpo negro à mesma temperatura. Corpo Cinzento é o corpo cuja energia
emitida ou absorvida é uma fração da energia emitida ou absorvida por um corpo
negro. As características de radiação dos corpos cinzentos se aproximam das
características dos corpos reais

•ε é a emissividade, a propriedade radiante da superfície ([0-1]).

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 151
Sílvia Santos
Corpo cinzento
A emissividade fornece uma medida da eficiência na qual uma superfície emite
energia em relação ao corpo negro. Depende do material da superfície.

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 152
Sílvia Santos
Irradiação
A radiação também pode incidir num superfície a partir das suas vizinhanças.
Pode ser proveniente de uma fonte especial, como o sol, ou a partir de outras
superfícies.
Independentemente da origem da emissão, a taxa por unidade de área da
radiação incidente designa-se por irradiação G.

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 153
Sílvia Santos
Irradiação
A totalidade ou apenas uma parte da radiação incidente é absorvida pela superfície
aumentando a sua energia térmica.

•  é a absortividade (propriedade
radiante da superfície) [0,1]

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 154
Sílvia Santos
Irradiação
Se <1

superfície é opaca → parte da irradiação é reflectida


Superfície semitransparente → parte da irradiação é transmitida

Para muitos problemas de engenharia, os líquidos podem ser considerados


opacos à transferência de energia por radiação e os gases transparentes. Os
sólidos podem ser considerados opacos (ex: metais) ou semitransparentes (ex:
polímeros)

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 155
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Irradiação

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2º semestre, 2015 156
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Transferência de calor

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2º semestre, 2015 157
Sílvia Santos
Factor de forma
Para calcular a troca radiante entre duas superfícies devemos ter em conta o factor
de forma.

O Factor de forma define-se como a fracção da


radiação que deixa a superfície i e é
interceptada pela superfície j.

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 158
Sílvia Santos
Factor de forma

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 159
Sílvia Santos
Factor de forma
• O Fator Forma depende da geometria relativa dos corpos e de suas emissividades
(ε);
• Nos livros encontramos para diversos casos, tabelas para o cálculo do fator forma
para cada situação (placas paralelas, discos paralelos, retângulos perpendiculares,
quadrados, círculos, etc);

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 160
Sílvia Santos
Factor de forma

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 161
Sílvia Santos
Relações do Factor de forma
• Relação de reciprocidade Ai Fi , j  A j F j ,i N
• Para a troca de radiação numa superfície fechada (regra da soma): F
j 1
i, j 1
• F11=0 para uma superfície plana ou convexa

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 162
Sílvia Santos
Relações do Factor de forma
• Superfícies negras paralelas e de grandes dimensões: F12=1
1
• Superfície cinzentas grandes e paralelas: F12  1 1
 1
1 2

• Superfície cinzenta 1 muito menor que superfície cinzenta 2: F12=ε1

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 163
Sílvia Santos
Efeito combinado convecção e radiação

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 164
Sílvia Santos
Exercício - radiação
A parede de uma fornalha vai ser construída utilizando uma camada interior de
tijolo refractário (k=1W/(m.K)) e uma camada exterior de tijolo comum (k=0,7
W/(m.K)). A temperatura na interface (entre camadas) deverá ser 150 ºC. A
temperatura dos gases no interior da fornalha será Ti=350 ºC, sendo hi=50
W/(m2.k). A temperatura do ar exterior é Te=25ºC e he=20 W /(m2.k). A fornalha
está instalada numa sala de grandes dimensões, cujas paredes estão à mesma
temperatura do ar exterior. A emissividade do tijolo comum é =0,95. Pretende-se
que a temperatura na superfície exterior da parede de tijolo comum seja Ts,e=50 ºC.

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 165
Sílvia Santos
Exercício - radiação
a) Calcule o fluxo de calor perdido para o exterior
b) Calcule as espessuras das camadas de tijolo refractário e de tijolo comum que
são necessárias.

Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 166
Sílvia Santos
Exercício - radiação
Um reactor cilíndrico de uma indústria trabalha a 600 ºC num local onde a T ambiente é 27 ºC
e o coeficiente de película externo é 40 Kcal/h.m2.ºC. O reactor foi construído de aço inox ( ε
= 0,06 ) com 2 m de diâmetro e 3 m de altura. Tendo em vista o alto fluxo de calor, deseja-se
aplicar uma camada de isolante (k= 0,05 kcal/h moC e ε = 0,65 ) para reduzir a transferência
de calor a 10 % da actual. A temperatura externa do isolamento deve ser 62 ºC
Desconsiderando as resistências térmicas que não podem ser calculadas, pede-se :
Nota: σ=4,88×10-8 kcal/hm2K4

a) O fluxo de calor antes da aplicação do isolamento;


b) A parcela transferida por convecção após o isolamento;
c) A espessura do isolante a ser usada nas novas condições.
Fenómenos de Transporte
2º semestre, 2015 167
Sílvia Santos

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