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RESUMO
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Pós Graduação em Psicopedagogia Institucional, pela Instituição Faculdade de Educação São Luis;
Pós Graduação Lato Sensu; E-mail: valeriakandido@gmail.com; Orientador: Lidiane Maria Fávero.
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1 Introdução
A Constituição Federal em seu artigo 205 estabelece que “A educação, direito de todos
e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade,
visando ao pleno desenvolvimento da pessoa para o exercício da cidadania e sua qualificação
para o trabalho”. (Constituição Federal Brasileira de 1988).
Para a garantia deste direito, a educação não deve versar somente como garantia de
direito, mas a qualidade deste direito?
2 Desigualdades Educacionais
* Existem 57,7 milhões de pessoas com mais de 18 anos que não frequentam escola e que
não têm sequer o ensino fundamental completo (PNAD, 2009).
* Mais de 70% dos 473 mil adultos privados de liberdade no país não concluíram o ensino
fundamental e apenas cerca de 17% estão frequentando alguma atividade educativa
(Ministério da Justiça).
* A população negra, com média de 6,7 anos de estudo, tem praticamente 2 anos de estudo a
menos que a branca (8,4 anos) (PNAD, 2009).
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* O número médio de anos de estudo das pessoas de 15 anos ou mais de idade no Brasil é de
7,5; no Nordeste o número médio é de somente 6,3 anos de estudo, enquanto no Sudeste é de
8,2 anos de estudo (PNAD, 2009).
* 28% dos brasileiros – mais de um quarto da população – com idade entre 15 e 64 anos é
analfabeto funcional. Entre aqueles que têm renda familiar de até um salário mínimo, há 55%
de analfabetismo funcional; na população com mais de dois salários mínimos, a porcentagem
cai para 22% (INAF, 2009).
* Enquanto o valor anual por aluno do Fundeb para cada estudante matriculado no ensino
fundamental é de R$ 1.729 nos dez estados de menor arrecadação (AL, AM, BA, CE, MA,
PA, PB, PE, PI e RN), alcança R$ 2.640 em São Paulo e R$ 2.915 em Roraima (FNDE,
2011).
Cada país tem autonomia para determinar e definir como oferecerá à população o
acesso à educação e ao ensino. Entretanto, existe normas internacionais onde determinam que
a educação, em todas as suas formas e níveis, deve ser sempre: disponível, acessível, aceitável
e adaptável.
Vejamos o que cada uma dessas características significa, seguindo o Direito Humano à
Educação:
Disponibilidade – significa que a educação gratuita deve estar à disposição de todas as
pessoas. A primeira obrigação do Estado brasileiro é assegurar que existam creches e escolas
para todas as pessoas, garantindo para isso as condições necessárias (como instalações físicas,
professores qualificados, materiais didáticos, etc.). Deve haver vagas disponíveis para todos
os que manifestem interesse na educação escolar.
Toda atitude, seja ela política ou não que pretende integrar as pessoas dentro da
sociedade através de seus talentos e que por sua vez, estes talentos tragam respostas ou seja
benefícios à sociedade, a transformam, é inclusão.
Este tipo de integração deve ser realização dentro da sociedade através de vários
pontos, econômicos, políticos, de lazer, educativos, etc.
Para Cláudia Regina Mosca Giroto, de acordo com essa nova política, a Educação
Especial deve ser ofertada em todos os níveis, etapas e modalidades de ensino por meio do
Atendimento Educacional Especializado (AEE), que disponibiliza recursos, serviços e
estratégias pedagógicas diferenciadas para os alunos com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento (TGD) ou altas habilidades/superdotação, bem como garante as condições
de acesso, permanência e, principalmente, de aprendizagem desses alunos nas salas regulares
de ensino, junto com os colegas da mesma faixa etária. Sob esta perspectiva, a Educação
Especial assumiu um caráter complementar ou suplementar, em detrimento de sua
característica anterior, como substitutiva ao ensino regular. Desse modo, a escolarização de
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A educação tem servido para muitos políticos como base de governo, este discurso
serve principalmente para fortalecer a intenção de garantia à educação para todos, na qual a
propagação do discurso vai de encontro a ações que visam erradicar o analfabetismo,
universalização do atendimento escolar, melhoria da qualidade de ensino e promoção humana
e tecnológica.
7 Conclusão
Em uma sociedade hoje onde vivenciamos cada vez mais os plurais, a diversidade
cada vez é mais presente.
O direito de cada cidadão de ter e ser em cada espaço social está previsto em
legislações que abrange políticas educacionais e sociais, que vem de encontro a garantir o
acesso e dar condições a esta pluralidade.
Tal legislação que garante este direito e adota como princípio da igualdade
compreende e promove o bem de todos com esta prerrogativa.
Pensar em uma escola aberta a todos, garantir a todos, dar direito a todos sem ter
qualquer distinção de raça, origem, sexo, cor, idade ou quaisquer outras formas de
discriminação, em qualquer modalidade de ensino, aponta para um novo movimento, uma
mudança de visão.
Uma mudança social, que independe de governo e sim da sociedade, onde a inclusão é
a transformação do sistema educacional e de práticas sociais, que envolvem a família, a
escola, a comunidade.
A educação inclusiva pressupõe novas relações pedagógicas centradas nos modos de
aprender das diferentes crianças e jovens e de relações sociais que valorizam a diversidade em
todas as atividades, espaços e formas de convivência e trabalho.
Devemos construir instrumentos que possam identificar e caracterizar as reais
necessidades educacionais; conhecer o ambiente escolar, sua estrutura e condições de
funcionamento e recursos; ter um planejamento de ações para atender estas necessidades;
pautar-se no conhecimento do profissional e no seu aprimoramento e desenvolvimento.
Tal conjunto de informações deve ser base de intervenção direta ou indiretamente, que
devem nortear a construção de uma educação voltada a todos e para todos.
As políticas educacionais devem prever a eliminação das barreiras à educação dos
alunos com deficiência, com síndromes, com altas habilidades ou não prevendo o atendimento
às necessidades educacionais especiais, promovendo a participação a partir de novas relações
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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