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B. Estratégia de tratamento
Além da abundância em neurônios dopaminérgicos inibitórios, o neostria
do também é rico em neurônios colinérgicos excitatórios que se opõem
à ação da dopamina (ver Figura 8.5). Vários dos sintomas da doença
de Parkinson refletem um desequilíbrio entre os neurônios colinérgicos
excitatórios e o número muito diminuído de neurônios dopaminérgicos
inibitórios. O tratamento é direcionado ao restabelecimento da dopamina
Fi gura 8.4 nos gânglios basais e à antagonização do efeito excitatório dos neurô
Varredura com tomografia por emissão nios colinérgicos, restabelecendo, assim, o equilíbrio normal dopamina/
de posítrons do cérebro mostrando as acetilcolina. Como o tratamento de longa duração com levodopa é limita
diferenças nos níveis de fluorodopa do pelas flutuações na resposta terapêutica, são procuradas estratégias
(FDOPA) entre indivíduos com e sem para manter os níveis de dopamina no SNC o mais constante possível.
doença de Parkinson.
VI. FÁRMACOS USADOS NA DOENÇA DE PARKINSON
Conexões ao músculo
O /evodopa é um precursor metabólico da dopamina (Figura 8.6). Ele res
através do córtex motor tabelece a neurotransmissão dopaminérgica no corpo estriado, aumen
e da medula espinal
tando a síntese de dopamina nos neurônios ainda ativos da substância
negra. Em pacientes com doença inicial, o número de neurônios dopa
minérgicos residuais na substância negra (geralmente cerca de 20°/o do
normal) é adequado para a conversão do /evodopa à dopamina. Assim,
nesses pacientes, a resposta ao levodopa é consistente, e o paciente
raramente se queixa de que os efeitos do fármaco desvanecem. Infeliz
NEURÔNIO mente, com o tempo, o número de neurônios diminui, e menos células
GABA INIBITÓRIO
Levodopa
B. Selegilina e rasagilina
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de demência que não serão referidas nesta discussão, como a demência
multi-infarto ou a demência corpo de Lewy) tem três aspectos distintos: 1 ) o
acúmulo de placas senis (acúmulo amiloide); 2) a formação de numerosos en
Bradicardia trelaçados neurofibrilares e 3) a perda de neurônios corticais, particularmente
colinérgicos. Os tratamentos atuais visam a melhorar a transmissão colinérgi
ca no SNC ou evitar as ações excitotóxicas resultantes da superestimulação
dos receptores NMDA glutamato em certas áreas do cérebro.
Y= o
o
A. Inibidores de acetilcolinesterase
Náusea Numerosos estudos relacionaram a perda progressiva de neurônios
colinérgicos e, presumidamente, da transmissão colinérgica no córtex
com a perda da memória, que é o sintoma característico da doença de
Alzheimer. Postula-se que a inibição da acetilcolinesterase (AChE) no
SNC melhora a transmissão colinérgica, pelo menos nos neurônios que
continuam funcionando. Atualmente, quatro inibidores reversíveis de
AChE estão aprovados para o tratamento da doença de Alzheimer leve
Diarreia
à moderada, compreendendo donezepila, galantamina, rivastigmina e ta
crina. Exceto a galantamina, que é competitiva, todos são inibidores não
competitivos e parecem exibir alguma seletividade para a AChE no SNC
comparado à periferia. A galantamina também pode estar atuando como
um modulador alostérico do receptor nicotínico no SNC e, por isso, pode
aumentar secundariamente a neurotransmissão colinérgica por outro me
Anorexia canismo. Na melhor hipótese, esses compostos oferecem uma redução
modesta na velocidade de perda da função cognitiva em pacientes com
Alzheimer. A rivastigmina é hidrolisada pela AChE ao metabólito carba
milado e não tem interação com fármacos que alteram a atividade das
v==::-.i. enzimas dependentes de P450. Os demais fármacos são substratos para
a P450 e têm potencial para essa interação. Os efeitos adversos comuns
incluem náusea, êmese, diarreia, anorexia, tremores, bradicardia e cãi
Mialgia bras - todos previsíveis pela ação potencializadora da neurotransmissão
colinérgica (Figura 8. 1 4). Diferente dos demais, a tacrina é associada à
hepatotoxicidade.