JUSTiÇA FEDERAL DE 1° GRAU

SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE MONTES CLAROS/MG

Juizado Especial Cível Adjunto à 2a Vara
2498-75.2013.4.01.3807

PROCESSO N° : 2498-75.2013.4.01.3807
CLASSE : 51201 - CíVEL! PREVID CONC BEN/JEF
PARTE AUTORA : MATEUS WILLlAN SILVA RIBEIRO
PARTE RÉ : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

Sentença Típo "A" (Art. 350 do Provimento GeraI/COGER)

SENTENÇA

I - RELATÓRIO

Vistos em inspeção.

Dispensado o relatório, por expressa determinação do art. 38 da Lei n.

9.099/95 c/c art. 1° da Lei n. 10.259/01.

11- FUNDAMENTAÇÃO

QUESTÕES PRELIMINARES

Concorrem os pressupostos processuais e as condições da ação.

MÉRITO

A demandante ajuizou a presente ação com o objetivo de condenar o

demandado a: (a) fazer a concessão do benefício de prestação
continuada/deficiente; (b) pagar os valores correspondentes às parcelas retroativas
do benefício, acrescidos de juros e correção monetária.

No caso em análise, verifica-se que dos requisitos necessários para a

obtenção do benefício de prestação continuada ao deficiente, previstos no art. 20 da Lei
nO 8.742/95, o AUTOR não cumpre o requisito relativo à deficiência, não podendo,
assim, afirmar a sua incapacidade para o trabalho ou para a participação efetiva e plena
na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas, não possuindo
impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial.

Verifica-se a partir do laudo pericial de fls. 43/46, que embora a PARTE

AUTORA seja portadora de paralisia cerebral, com hemiparesia es uerda de
\rv.\MCL-VARA02.\GABJUMagistrado\ALEXAhDRE\SEf'.JTENÇAS\JEF
PH~~LSN21;9.S-75.20"j3.doc
CíVEL\BPC LOAS\BPC DEFIC1EHTE- if\!1PROC. Nf\O INCAPAZ.-
J 1i2

'ra I n/ante 'Vieira

Juiz Federal
 JUSTiÇA FEDERAL DE 1° GRAU
SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE MONTES CLAROS/MG
Juizado Especial Cível Adjunto à 28 Vara
2498-75.2013.4.01.3807

predomínio crural (CID G80), não está, temporária ou definitivamente, total ou

parcialmente, incapacitada para o desenvolvimento de atividades laborais que lhe
garantam o sustento, pois, segundo o médico perito, a doença que o requerente é
portador não o torna incapaz para qualquer trabalho/profissão. Todas as respostas aos
quesitos apresentados atestam a ausência de incapacidade.

Ressalta o perito judicial que, mesmo que portador de sequela da

paralisia cerebral, o paciente é inteligente, encontra-se lúcido, consciente, concluiu o
ensino médio e está pronto para as atividades laborativas (quesito 14).

A PARTE AUTORA, intimada, não impugnou o laudo pericial. Também não

constam do processo documentos médicos capazes de infirmar as conclusões do perito
judicial.

Assim, não há que se falar em concessão de benefício assistencial de

prestação continuada por incapacidade (BPC/deficiente), em razão do que dispõe o art.
20,92° da Lei 8.742/93.

11I- DISPOSITIVO

Em face do exposto, extingo o processo com resolução de mérito (art.

269, I, CPC), JULGO IMPROCEDENTES os pedidos formulados na inicial.

Sem custas e honorários advocatícios, na forma da lei de regência.

Honorários periciais já solicitados (fI. 48).

P.R.1.

Com o trânsito em julgado, ARQUIVEM-SE.

Montes Claros/MG, 26 de março de 2014.

ALEXAND E FERREIRA INFANTE VIEIRA

J iz Federal da 28 Vara

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Juiz Federal