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Recorrente :MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO DA 6ª
REGIÃO
Procurador :Dr. Eduardo Antunes Parmeggiani
Procuradora :Dra. Eliane Araque dos Santos
Recorrido :BANCO CENTRAL DO BRASIL
Procurador :Dr. Milton Zanina Schelb
Procurador :Dr. Flávio José Roman
EMP/bhd
D E S P A C H O
Logo, não tendo havido na decisão recorrida exame
do mérito da controvérsia debatida no recurso extraordinário, dada a
imposição de óbice de natureza exclusivamente processual ao
fls. 3
processamento da revista, a única questão passível de discussão em
sede de recurso extraordinário seria a relativa aos pressupostos de
admissibilidade daquele recurso, sendo certo que o Supremo Tribunal
Federal rejeita a possibilidade desse reexame, por ausência de
repercussão geral da matéria.
Não obstante o óbice processual, registrese que,
no mérito, melhor sorte não socorre ao Parquet.
O acórdão turmário, exarado no âmbito do TST, por
um lado assentou a irregularidade da cláusula restritiva, pois
eventual problema creditício do trabalhador não se relaciona com a
sua atividade enquanto vigilante. Contudo, entendeu que a
discriminação efetuada não se vislumbra prejuízo para a
coletividade, a justificar a indenização pleiteada.
Tal decisão, em descompasso com outras decisões,
configurando questão polêmica, não enseja violação ‘direta’ e
literal do art. 5º, inc. X, da Carta Magna, que versa sobre a
dignidade e a intimidade. Eventual ofensa, se ocorrente, seria
reflexa e jamais direta.
Ante o exposto, denego seguimento ao recurso
extraordinário.
Publiquese.
Brasília, 24 de outubro de 2016.
Firmado por assinatura digital (MP 2.2002/2001)
EMMANOEL PEREIRA
Ministro VicePresidente do TST