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Endocrinologia vol. 2
SIC CLÍNICA
MÉDICA
© 2018 by
O conteúdo deste livro é específico para provas, visando, principalmente, informar o leitor sobre as
tendências das avaliações e prepará-lo para elas. Além disso, não é recomendado para a prática médica
ou para a formação acadêmica. Acrescente-se que há a probabilidade de discordâncias entre conceitos das
diferentes instituições, e que as informações contidas neste material estão de acordo com o regime vigente
no momento da publicação, a serem complementadas conforme surgirem novos conhecimentos.
Abril, 2018
Proibida a reprodução total ou parcial.
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(11) 3511 6161
Autoria e colaboração
Camila Giro
Graduada em Medicina pela Universidade Federal Flumi-
nense (UFF). Especialista em Clínica Médica pelo Hospital
do Servidor Público Estadual (HSPE).
1. Definições ................................................................... 42
2. Etiologia ...................................................................... 42
Capítulo 5 - Doenças da hipófise .................. 99
2. Etiologia ...................................................................... 64
3. Epidemiologia............................................................ 64 Capítulo 6 - Doenças das adrenais ..............123
4. Tireoidite aguda (supurativa, piogênica ou 1. Introdução .................................................................124
séptica) ....................................................................... 65
2. Insuficiência adrenal ..............................................125
5. Tireoidite subaguda (De Quervain, células
gigantes ou granulomatosa) ................................ 66 3. Síndrome de Cushing .............................................136
4. Síndrome de Nelson............................................... 144
5. Hiperplasia adrenal congênita............................ 144
6. Hiperaldosteronismo............................................. 146
7. Feocromocitoma...................................................... 149
8. Tumores e massas adrenais.................................153
Resumo............................................................................155
1. Introdução................................................................. 158
2. Metabolismo do cálcio.......................................... 158
3. Hiperparatireoidismo............................................. 161
4. Hipoparatireoidismo.............................................. 170
Resumo............................................................................176
Leandro Arthur Diehl
Rodrigo Antônio Brandão Neto
Juliana Nesi Cardoso Migliano Porto
4
Neste capítulo, são apresentados os nódulos da tireoide e
sua epidemiologia, além de como avaliar o risco de malig-
nidade e investigá-la. A grande maioria desses nódulos é
benigna e não apresenta importância clínica. Apenas 5%
são malignos. Os maiores fatores de risco para malignidade
em pacientes com nódulos tireoidianos são: exposição a
radiação, história familiar ou pessoal de câncer de tireoide
e nódulo incidentalmente encontrado ao FDG-PET. Todos os
nódulos tireoidianos devem ser avaliados com ultrassono-
Nódulos e
grafia e TSH. No entanto, a Punção Aspirativa por Agulha
Fina (PAAF) é o principal exame para diagnóstico de malig-
nidade, indicada em todos os nódulos sólidos com mais de
câncer de
1 a 1,5cm, ou nódulos menores com características clínicas
ou ultrassonográficas altamente suspeitas. Em geral, não
há necessidade de PAAF para nódulos puramente císticos,
tireoide
<5mm ou “quentes” à cintilografia. A cintilografia é bem indi-
cada para pacientes com nódulos tireoidianos e TSH baixo, e
para nódulos que resultam em “neoplasia folicular” à PAAF.
Apresentamos, também, neste capítulo, os tipos de neo-
plasias da tireoide e sua estratégia atual de estadiamento
e manejo. O câncer de tireoide é a neoplasia endócrina
maligna mais comum. O tipo celular mais comum é o car-
cinoma papilífero (cerca de 70 a 80% dos casos). O folicular
é o 2º tipo mais comum de câncer de tireoide, sendo mais
frequente em áreas deficientes de iodo. O papilífero e o foli-
cular têm clínica, prognóstico e tratamento semelhantes,
por isso podem ser englobados, para estudo, sob a deno-
minação de Carcinoma Diferenciado de Tireoide (CDT), cujo
estadiamento é feito pelo TNM, a maioria classificada como
de baixo risco. O tratamento do CDT é feito com tireoidecto-
mia, ablação com iodo radiativo pós-operatória em todos os
pacientes de risco alto a intermediário de recidiva e supres-
são do TSH com doses altas de levotiroxina por tempo
variável. O seguimento é realizado com a dosagem de tireo-
globulina e ultrassonografia cervical. Aos pacientes de alto
risco e àqueles com anticorpos anti-Tg também se indica
cintilografia de corpo inteiro. O Carcinoma Medular de
Tireoide (CMT), por sua vez, é geralmente esporádico, mas
de 20 a 25% são formas familiares, que podem ser isoladas
ou associadas às síndromes de Neoplasia Endócrina Múl-
tipla (NEM) tipo 2. Mutações no gene RET respondem por
praticamente todos os casos de CMT, sendo somáticas nos
casos esporádicos e germinativas nos familiares. Na avalia-
ção de um paciente com CMT, devem-se pesquisar outras
endocrinopatias (hiperparatireoidismo, feocromocitoma
– que podem fazer parte da NEM 2) e investigar mutações
germinativas do gene RET; se presentes, devem-se estu-
dar todos os familiares em 1º grau. Finalmente, o carcinoma
anaplásico de tireoide é mais comum em áreas deficientes
de iodo, é extremamente agressivo e tem metástases ao
diagnóstico em cerca de 50%, sendo o tratamento geral-
mente paliativo.
nódulos e câncer de tireoide 83
6
Neste capítulo, serão apresentados os aspectos principais
(manifestações, diagnóstico, tratamento) das doenças mais
importantes das glândulas adrenais: insuficiência adrenal,
síndrome de Cushing, hiperplasia adrenal congênita, hiperaldos-
teronismo primário e feocromocitoma. A insuficiência adrenal é
caracterizada pela redução ou perda da função adrenocortical
normal, causando deficiência de glicocorticoides, associada ou
não a deficiência da secreção de mineralocorticoides e andro-
gênios. Apresenta quadro inespecífico e pode ser fatal se não
reconhecida e tratada adequadamente. Suas maiores causas
são adrenalite autoimune (países desenvolvidos) e tuberculose
(países em desenvolvimento). Na insuficiência adrenal primária
Doenças das
(por distúrbios acometendo diretamente as glândulas adrenais),
é comum haver hipercalemia e hiperpigmentação cutâneo-
-mucosa. Na forma secundária (por distúrbios acometendo
adrenais
a hipófise), a secreção de mineralocorticoides (aldosterona)
permanece intacta, pois é regulada pelo eixo renina-angio-
tensina-aldosterona. Níveis de cortisol sérico basal (colhido às
8 horas da manhã) <4µg/dL são diagnósticos de insuficiência
adrenal, e >16µg/dL excluem tal possibilidade. Para 4 a 16µg/
dL, o teste de estímulo com ACTH sintético ou com hipoglicemia
é necessário para diagnóstico. A crise adrenal é uma emergên-
cia médica que exige imediata reposição volêmica, utilização de
glicocorticoides e investigação de fatores precipitantes. Abor-
daremos, também, a síndrome de Cushing, que é o conjunto de
sinais e sintomas causados pela exposição prolongada e exces-
siva a glicocorticoides, de origem exógena (farmacológica) ou
endógena. Das causas endógenas, as mais comuns são as causas
ACTH-dependentes: o adenoma hipofisário secretor de ACTH,
também chamado “doença de Cushing”, e a secreção ectópica
de ACTH. As 2 etapas para diagnóstico laboratorial da síndrome
de Cushing são confirmação do hipercortisolismo e investiga-
ção etiológica (diferenciação de causas ACTH-dependentes das
ACTH-independentes). Nas ACTH-independentes, o exame de
imagem abdominal deve detectar provável tumor adrenal. O
cateterismo de seios petrosos inferiores é o padrão-ouro para
diferenciar as etiologias da síndrome de Cushing ACTH-depen-
dentes (doença de Cushing versus síndrome do ACTH ectópico),
mas, tendo em vista suas possíveis complicações (trombose,
hemorragia), os primeiros exames a serem realizados são os não
invasivos, como o teste com CRH (ou DDAVP). O tratamento de
escolha da doença de Cushing é a cirurgia transesfenoidal. Esse
é um assunto que parece ser difícil, mas após uma boa leitura
o tema fica bastante claro. Falaremos, ainda, sobre a hiperpla-
sia adrenal congênita, que é resultante de defeitos congênitos na
síntese dos esteroides adrenocorticais, que em 90% dos casos
se deve à deficiência da enzima 21-hidroxilase, causando redução
da síntese de cortisol (e aldosterona, em muitos casos) e síntese
aumentada de androgênios adrenais. Trata-se de uma causa
comum de pseudo-hermafroditismo feminino, e seu diagnóstico
é feito pela concentração plasmática elevada de 17-hidroxipro-
gesterona, em condições basais ou após estímulo com ACTH. Por
fim, discutiremos o hiperaldosteronismo primário e o feocromo-
citoma, causas comuns de hipertensão arterial secundária.
124 sic endocrinologia
1. Introdução
As adrenais (ou suprarrenais) são glândulas localizadas no retroperi-
tônio, responsáveis pela síntese de substâncias essenciais para a vida
humana (catecolaminas, androgênios, esteroides, mineralocorticoides,
entre outras), dentre as quais se destaca o cortisol, hormônio glicocor-
ticoide indispensável à manutenção da vida.
A regulação da função do córtex das adrenais ocorre pelo hormônio
adrenocorticotrófico (ACTH), secretado pela hipófise (que estimula a
secreção de cortisol e androgênios) e pelo sistema renina-angioten-
sina (que estimula a secreção de aldosterona – Figura 1). Além disso,
a secreção de catecolaminas (adrenalina e noradrenalina) pela medula
adrenal é regulada, em grande parte, pelo sistema nervoso autônomo.
Endocrinologia vol. 2
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