Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO
GUARAPUAVA
2014
JOAQUIM FELIPE CHALEGRE OLIVEIRA SANTOS
FRANCISCO JOSÉ DELLÊ
Guarapuava
2014
HISTÓRIA
Desde 1980 Alberto visitava Pinhão à trabalho, pois tinha bons clientes na
cidade. Os mecânicos de Pinhão eram seus clientes na Auto Peças Batel, em
Guarapuava e com isso começou a estabelecer bons relacionamentos em Pinhão.
Dona Tereza era proprietária da Auto Peças Pinhão, que fechou as portas. Por
isso, Tereza sempre ligava para Alberto, propondo que viesse para Pinhão abrir seu
negócio com o estoque de sua loja fechada. Ela não tinha dinheiro e o preço do
estoque da Auto Peças Pinhão era caro, tendo em vista que a loja estava fechada a
mais de um ano. Mesmo encontrando algumas barreiras, a vontade de Beto era
maior, o desejo de realizar seu sonho ia além.
Em dezembro de 1996 informou à Auto Peças Batel que ira sair para abrir seu
negócio. A empresa não aceitou, pois achava que Beto estava fazendo uma loucura
indo para uma cidade pequena, pouco desenvolvida que não oferecia muitas
oportunidades. Recebeu contraproposta da empresa, iriam aumentar o salário para
que ele não saísse da empresa. Mesmo assim saiu por acreditar que era o memento
certo de realizar o sonho. Tinha 34 anos na época e a certeza de que o negócio
prosperaria.
Plinio Sotti, da FASA Auto Peças foi a pessoa mais importante no início do
negócio, pois autorizou seus gerentes de vendas a fornecer o que ele precisasse,
então mandavam mercadorias para Pinhão sem ao menos conhecer a cidade, sem
garantia de receber de volta, somente na confiança e amizade.
Recebeu total apoio da esposa para que fosse em busca de seu sonho. Beto
continuou morando em Guarapuava e viajava para trabalhar em Pinhão todos os
dias, durante 6 anos. No princípio, em 1998 comprou um Fusca 1300, ano 80, por
R$ 1.800,00, com dinheiro da esposa para poder viajar até Pinhão.
A Betto's Auto Peças deu tão certo que dentro de 3 anos, Beto pagou todo o
estoque para Dona Tereza, a antiga proprietária. Quitou a casa e a divida com a
Caixa Econômica Federal, conseguiu adquirir uma Ranger zero quilômetro e
comprou o primeiro imóvel que hoje ainda é a sede principal da empresa.
Alberto sempre trabalhou no limite. Nunca fez um capital de giro, pois conta
que sempre foi ousado. O dinheiro que entrava ele investia no negócio. Segundo
Beto, o que o ajudou foi a consciência de não perder o foco no negócio. Não retirava
dinheiro da empresa para comprar bens, simplesmente investia no negócio. Este é
um dos motivos que o fizeram crescer e pagar os investimentos rapidamente.
Mas a usinagem que ia para as cidades da região poder agora ser realizadas
em Pinhão. Todos esses investimentos exigiram a contratação de mais funcionários,
bem como o treinamento e capacitação dos mesmos.
Se tivesse a oportunidade de refazer sus história, Alberto diz que 90% de tudo
que fez, faria novamente. Os 10% seria modificados por conta das mudanças
inevitáveis que o mundo sofreu, tendo em vista as informações, a tecnologia e o
conhecimento que o mundo disponibiliza hoje e que não se tinha acesso no
passado. “Faria tudo de novo com certas mudanças que a época não permita e que
hoje são possíveis”. Beto afirma que para começar hoje, pensaria diferente em
relação à sociedade.