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Resumo

O trabalho apresnta uma esquisa sobre os condutores de baixa tensão e dispositivos


de protecção com o intuito de adquirir conhecimento dos mesmos, isso para dar mais
sustento na cadeira de Instalações Eléctricas no urso de Engenharia eléctrica no
Instituto Politécnico de Songo. Quanto o desenvolvimento deste tema está
compreendido no ramo da Electricidade com objectivo a dar a conhecimentos sobre as
instalações eléctricas residenciais de baixa tensão. Foram usadas algumas obras
científicas para a realização desta matéria os condutores eléctricos devem ser de
excelente qualidade e utilizados correctamente de acordo com a finalidade a que se
destinam e que os dispositivos de protecção que são equipamentos eléctricos que
atuam automaticamente pela acção de dispositivos sensíveis, quando o circuito
eléctrico ao qual está conectado se encontra submetido a determinadas condições
anormais.

Palavras-chaves: Condutor, Dispositivo, Protecção


Abstract

The paper presents a survey on low voltage conductors and protective devices in order
to gain knowledge of them, to support the Electrical Engineering bear at the Electrical
Engineering Bear at Songo Polytechnic Institute. As far as the development of this
theme is concerned in the field of Electricity with the aim of giving knowledge about low
voltage residential electrical installations. Some scientific works have been used for the
realization of this matter the electrical conductors must be of excellent quality and used
correctly according to the intended purpose and that the protective devices that are
electrical equipment that act automatically by the action of sensitive devices when the
electrical circuit to which it is connected is subjected to certain abnormal conditions.

Keywords: Driver, Device, Protection


Índice
Lista de símbolos ............................................................................................................ 5

Lista de Figuras ............................................................................................................... 7

Lista de Tabelas .............................................................................................................. 8

1. Introdução ................................................................................................................. 9

1.1. Objectivo geral ................................................................................................... 9

1.2. Objectivos específicos ....................................................................................... 9

1.3. Metodologia...................................................................................................... 10

2. Condutores eléctricos de baixa tensão ................................................................... 11

2.1. Condutor eléctrico ............................................................................................ 11

2.1.1. Material ...................................................................................................... 11

2.1.2. Forma geométrica ..................................................................................... 15

2.1.3. Isolação e isolante ..................................................................................... 18

2.1.4. Blindagem.................................................................................................. 22

2.1.5. Seção Nominal .......................................................................................... 23

2.2. Cálculo de capacidade de corrente de um cabo isolado .................................. 23

2.3. Influência do Tipo de Instalação e da Temperatura Ambiente na Capacidade de


Corrente de um Cabo Isolado .................................................................................... 27

2.4. Capacidade de suportar corrente de curto-circuito .......................................... 29

3. Protecções contra choques eléctricos .................................................................... 30

3.1. Protecção contra efeitos térmicos .................................................................... 30

3.2. Protecção contra sobre-correntes .................................................................... 31

3.3. Protecção contra sobretensões........................................................................ 31

3.4. Sobrecorrentes................................................................................................. 31

3.5. Corrente de sobrecarga ................................................................................... 31

3.6. Dispositivos de protecção ................................................................................ 32


3.6.1. Fusíveis ..................................................................................................... 32

3.6.2. Disjuntores Termomagnéticos ................................................................... 34

3.6.3. Disjuntores e interruptores Diferenciais Residuais .................................... 35

4. Conclusão ............................................................................................................... 37

5. Referencias Bibliográficas ...................................................................................... 38


Lista de símbolos

𝑉0- É à tensão fase-terra

𝑉- É à tensão fase-fase

𝜌𝑖𝑠𝑜 - É a resistividade térmica do isolante

𝑅𝑡𝑖𝑠𝑜 - É a resistência térmica isolante

𝑅𝑡 - Resistência térmica total

𝑅𝑡𝑎𝑟 - Resistência térmica do meio que envolve o isolante

ℎ- É o coeficiente de dissipação de calor do isolamento para o ambiente

𝑄- É a capacidade térmica do material

𝑐- A capacidade térmica especifica e

𝐴 - Área da secção transversal do material.

𝑐𝑖𝑠𝑜 - Capacidade térmica do isolante

𝑄𝑖𝑠𝑜 - Capacidade térmica do isolante

𝐴𝑖𝑠𝑜 - Área do isolante

𝐷𝑓𝑖𝑜 - Diâmetro do fio

𝐷𝑐𝑜𝑛𝑑 - Diâmetro do condutor


tamb- Temperatura ambiente

W - calor produzido pelo efeito Joule

𝑑𝜃- Variação da temperatura do condutor no intervalo de tempo dt;

K – coeficiente de transferência de calo;

𝜃 – Elevação de temperatura do condutor sobre o ambiente;

cond – calor especifico do condutor;

𝑡𝑐𝑜𝑛𝑑 -temperatura do condutor

𝐼- Corrente eléctrica

𝑅- Resistência eléctrica

𝑰𝒄𝒄 - Corrente de curto-circuito

𝑲 − Constante que depende do material isolante;

𝑺 − Secção recta do condutor.

𝒕 - Tempo

g/cm3- gramas por centímetros cúbicos

oC- graus Celsius

kgf/mm2- 1uilograma força por milímetros quadrados

%- Porcento

mm2- milímetros quadrados

kW- quilo watts


Lista de Figuras
Figura 1-cabo redondo sólido. (Souza, 2009) ............................................................... 16
Figura 2-cabo redondo normal (Souza, 2009) ............................................................... 17
Figura 3- cabo redondo compacto (Cavalin, 2006) ....................................................... 17
Figura 4-A-isolante termoplástico; B-isolante termofixo ................................................ 20
Figura 5-dimensões de um cabo ( (Cotrim, 2003)) ........................................................ 26
Figura 6 Fusíveis(Cavalin, 2006) .................................................................................. 32
Figura 7 Fusível Diazed (Cherene) ............................................................................... 33
Figura 8-Fusivel NH (Cherene) ..................................................................................... 34
Lista de Tabelas
Tabela 1-características de um condutor de cobre ....................................................... 14
Tabela 2-características de um condutor de alumínio ................................................... 14
Tabela 3-matérias empregados na isolação de condutores (fios e cabos) ................... 19
Tabela 4-diferença entre isolação e isolamento ............................................................ 20
Tabela 5-temperatura característica dos condutores .................................................... 21
1. Introdução

Actualmente, o uso da electricidade pelos diversos sectores da sociedade é


extremamente elevado. A quantidade de energia eléctrica utilizada nas indústrias, lojas,
escritórios, hospitais, residências, ou em qualquer outro campo de actividade, devido
ao número cada vez maior de equipamentos eléctricos para os mais variados fins,
exige uma preocupação constante com os meios que serão utilizados para transportar
essa quantidade de energia. Existem normas quem fornecem as medidas necessárias
para que a enfâse em relação à segurança e protecção, tenha sempre como objectivo
principal evitar a ocorrência de sobrecarga, curto-circuito, choques eléctricos, causas
de muitos acidentes e de outros problemas que podem ser ocasionados devido ao mau
uso da electricidade. Tais acidentes podem ser evitados pelo uso de dispositivos de
protecção que são equipamentos eléctricos que atuam automaticamente pela acção de
dispositivos sensíveis, quando o circuito eléctrico ao qual está conectado se encontra
submetido a determinadas condições anormais, com o objectivo de evitar ou limitar os
danos a um sistema ou equipamento eléctrico. Nas instalações eléctricas em geral, os
condutores são insubstituíveis na função de transportar a energia eléctrica necessária
ao bom funcionamento de todos os equipamentos de que necessitamos.

1.1. Objectivo geral

 Falar dos condutores de baixa tensão e dos dispositivos de protecção

1.2. Objectivos específicos

 Falar da isolação e isolamento do condutor eléctrico


 Falar da forma geométrica do condutor eléctrico
 Fazer Cálculo de capacidade de corrente de um cabo isolado
 Falar da blindagem do condutor eléctrico
 Falar Influência do Tipo de Instalação e da Temperatura Ambiente na
Capacidade de Corrente de um Cabo Isolado
 Falar de Protecções contra choques eléctricos
 Falar dos fusíveis
 Falar Disjuntores Termomagnéticos
 Falar Disjuntores e interruptores Diferenciais Residuais
1.3. Metodologia
A pesquisa científica sobre condutores de baixa tenção e dispositivos de protecção é
do tipo exploratório. Para que o estudo seja possível, houve um levantamento
bibliográfico o tema em questão. Os principais autores que contribuíram com o trabalho
são Geraldo e Severino Cervelin, Hélio Creder.
2. Condutores eléctricos de baixa tensão

Os condutores devem ser de excelente qualidade e utilizados correctamente de acordo


com a finalidade a que se destinam. Os projectistas e instaladores devem seguir
rigorosamente a norma uma vez que, são legalmente responsáveis por eventuais
acidentes que venham a acontecer numa instalação eléctrica devido a falhas de
projecto ou execução. “A seguir, são apresentados alguns conceitos que ajudaram no
entendimento dos condutores eléctricos bem como suas propriedades e características.

2.1. Condutor eléctrico

É assim chamado todo material que possui a propriedade de conduzir ou transportar a

energia eléctrica, ou ainda, transmitir sinais eléctricos. Os condutores devem ser

analisados sobre os seguintes aspectos:

a) Material a ser utilizado como condutor

b) Forma geométrica do condutor

c) Isolação ou isolamento

d) Blindagem

e) Secção nominal

2.1.1. Material
Os materiais utilizados na fabricação de condutores de corrente eléctrica são
classificados em dois grandes grupos:

a) Material de elevada resistividade

b) Materiais de elevada condutividade

Os materiais de elevada resistividade destinam-se às seguintes aplicações

11
1. Transformação de energia eléctrica em térmica

Exemplos:

 Fornos eléctricos

 Chuveiros Eléctricos

 Aquecedores

 Ferros eléctricos

 Soldadores eléctricos, etc

2. Transformação de energia eléctrica em energia luminosa

Exemplo:

 Filamentos de iluminação em geral (tungsténio)

3. Criar nos circuitos certas condições destinadas a provocar quedas de

tensão

Exemplos:

 Resistores

 Reóstatos

Os matérias de elevada condutividade, destinam-se a todas as aplicações em que a

corrente eléctrica deve circular com as menores perdas possíveis, como, por exemplo:

1. Ligação de aparelhos, equipamentos e dispositivos

2. Transporte, transformação de energia eléctrica em outra forma de energia

Exemplos:

 Bobinas electromagnéticas

12
Dentre os matérias condutores de elevada condutividade e que possuem maior

diversidade de utilização eléctrica e electrónica, e também por questões económicas,

podemos citar: cobre, chumbo, bronze, alumínio, platina, latão, prata e mercúrio.

2.1.1.1 Cobre

O cobre é um metal de coloração avermelhada e brilhante, muito maleável e dúctil, não

ferroso de relevante importância na actualidade, ao longo dos anos tem sido o mais

utilizado devido ao seu comportamento quanto à condutividade eléctrica e térmica além

da larga escala de apresentar as propriedades e características que lhe garantem

posição de destaque entre os metais. Os principais produtores são Estados Unidos de

América, Rússia, Chile, Canadá, Austrália e Bolívia.

Características

Densidade 8,95 g/cm3

Ponto de Fusão 1083 oC

Ponto de Ebulição 2595 oC

Condutividade em ambientes sem Oxigénio 61 m/W.mm2

Condutividade do cobre electrolítico 58 m/W.mm2

Pureza mínima do cobre electrolítico 99,9 %

Baixa resistividade 0,0179 W mm2/m

Características mecânicas – resistência à tracção 20 à 26 kgf/mm2

Fácil deformação a frio e a quente

13
Permite fácil soldagem

Tabela 1-características de um condutor de cobre

2.1.1.2 Alumínio

Alumínio é um metal de coloração branco-prateada, extremamente maleável e dúctil. É

mais abundante na crosta terrestre, e na escala de utilização encontra-se em 2º lugar,

tanto na indústria como na área eléctrica (indústria: 1º lugar – ferro e aço; e na área

eléctrica: 1º lugar – cobre). Os principais produtores são Estados Unidos de América,

Rússia, Japão, Alemanha, Canadá, Noruega, França e Reino Unido.

Características

Densidade 2,7cm3

Ponto de Fusão 660,2 oC

Ponto de Ebulição 2467 oC

Condutividade 38,2 m/W.mm2

Em electrotecnia utiliza-se com pureza 99,9 %

Baixa resistividade 0,0262 W mm2/m

Características mecânicas – resistência à tracção 3,5 à 6 kgf/mm2

Para melhor condutividade da corrente eléctrica, ligas do tipo Al-Mg-Si oferecem

maior resistência à tracção e aumentam a condutividade

Exige processo especial para soldagem

Tabela 2-características de um condutor de alumínio

14
2.1.1.3. Comparação entre ambos os materiais

O cobre é utilizável em qualquer tipo de instalação, principalmente naquelas em

interiores de edificações (distribuição interna). O alumínio, de acordo com a NBR-

5410/90 pode ser utilizado nas seguintes condições:

 Uso em instalações industria;

 Secção nominal igual ou superior a 10 mm2;

 Potência instalada igual ou superior a 50 kW;

 Instalação e Manutenção feitas por pessoas qualificadas.

2.1.2. Forma geométrica

Os condutores, sejam de cobre ou de alumínio, são construídos de diversas formas e

cada uma delas possui um determinado tipo de aplicação, e segundo as alternativas,

podem ser:

1. Redondo sólido (fio)

É formado por um único fio de metal sólido, sendo a sua construção

limitada às secções menores (até 16mm2). Comercialmente é

denominado condutor rígido

 Aplicações: instalações de iluminação e força; formação de cabos.”

(Cavalin, 2006)

15
Figura 1-cabo redondo sólido. (Souza, 2009)

2. Cabo

“É um condutor constituído por vários fios encordoados, isolados uns

dos outros ou não. O conjunto pode ser isolado ou nu. O cabo e

denominado comercialmente, para secções até 10mm 2, condutores

flexíveis. Segundo as diversas aplicações os cabos são classificados em:

a) Redondo normal

Também denominado condutor de formação concêntrica ou de

formação regular. Composto basicamente de um fio longitudinal,

em torno do qual é colocada, em forma de espiral

(encordoamento), uma ou mais coroas de fios redondos sólidos de

mesmo diâmetro de fio central. Aplicações: são aplicados em

instalações industriais e predias, que exige secções acima de

10mm2 e pode singelo ou múltiplo com qualquer tipo de isolação. É

também utilizado como cabo multiplexado para media tensão,

baixa tensão e redes de distribuição aérea. ” (Cavalin, 2006)

16
Figura 2-cabo redondo normal (Souza, 2009)

b) Redondo compacto

Trata-se de um tipo de cabo cuja construção é feita da mesma

forma que o redondo normal, no entanto, após o encordoamento,

o conjunto é compactado através da passagem do cabo por um

perfil, reduzindo seu diâmetro original com a deformação das

coroas de fios elementares. Esse procedimento faz com que haja

uma redução do diâmetro externo, ficando praticamente eliminados

espaços vazios entre os fios, tornando uniforme a superfície

externa. Devido a essa compactação reduz-se sua flexibilidade.

Aplicação: cabos para baixa e media tensões, com secções de 10

à 500 mm2 , são normalmente compactados

Figura 3- cabo redondo compacto (Cavalin, 2006)

17
c) Sectorial compacto

É fabricado de uma forma semelhante ao redondo compacto, cuja

formação sectorial é obtida pela compactação dos fios elementares

de um cabo redondo normal, através da passagem por jogos de

calandras. Consegue-se com isso economia de matérias de

enchimento e protecção, devido à redução do diâmetro externo do

cabo. Aplicação: é utilizado em cabos múltiplos (tripolares e tetra

polares) para instalações industriais.

d) Flexível e Extraflexivel

Fabricado da mesma forma ao redondo normal, porem o

encordoamento é obtido com grande número de fios redondos

sólidos de diâmetro reduzido. Aplicação: alimentadores de

máquinas móveis (escavadeiras, dragas, pontes rolantes, etc.),

aparelhos portáteis (maquinas de solda, aparelhos

electrodomésticos, aspiradores industriais e domésticos, etc.) e de

uso rotineiro em iluminação com pendentes.

e) Cabo conci

É um condutor anular cujo núcleo é oco, formando um canal para o

óleo impregnante. É formado por uma ou vários coroas anulares,

encordoada helicoidalmente.

2.1.3. Isolação e isolante

Isolação é de um conjunto de matérias isolantes aplicados sobre o condutor, cuja a

finalidade é isolá-lo electricamente do ambiente que o circunda, como, por exemplo, de

18
outros condutores e a terra e contra contactos acidentais. Serve também para proteger

o condutor contra acções mecânicas, como no caso de enfiação nos electrodutos. Não

se deve confundir isolação com isolamento

Isolação define o aspecto qualitativo, como, por exemplo: isolação PVC, Polivinil

antiflam, etc. os matérias utilizados como isolação devem possuir também, além de alta

resistividade, alta rigidez dieléctrica, principalmente para tensões superiores a 1𝑘𝑉.

São vários os matérias empregados na isolação dos condutores, os quais alguns são

mostrados na tabela 3.

Isolantes sólidos Termoplásticos -Cloreto de polivinila (PVC)

(extradados) -Polietileno (PE ou PET)

-Polipropileno

-Polivin antiflam

Termofixos -Polietileno reticulado

(Vulcanizados) (XLPE)

-Borracha etileno

-Borracha de silicone

Estratificados -Papel impregnado com massa

-Papel impregnado com óleo fluido sob pressão

Outros materiais -Fibra de vidro

-verniz

Tabela 3-matérias empregados na isolação de condutores (fios e cabos)

19
Os isolantes termoplásticos amolecem com o aumento de temperatura, enquanto que

os isolantes termofixos não amolecem com o aumento de temperatura.

Figura 4-A-isolante termoplástico; B-isolante termofixo

Isolamento- se refere ao aspecto quantitativo, ou seja condutor com tensão de

isolamento para 750V, 1kV, resistência de isolamento de 12𝑀Ω,

A isolação dos fios e cabos é sempre feita para uma determinada “Classe de

Isolamento”, relacionada com a espessura da isolação e com as características da

instalação. A tensão de isolamento é indicada por dois valores 𝑉0 refere-se à tensão

fase-terra e 𝑉 à tensão fase-fase. A tabela a seguir mostra a diferença entre isolação e

isolamento.

Isolação Isolamento

Refere-se à qualidade e espécie (tipo) É quantitativo

Isolação de: PVC, PET, etc Tensão de isolamento. Resistência de

isolamento

Tabela 4-diferença entre isolação e isolamento

20
Em instalações eléctricas prediais de um modo geral, são utilizados condutores (fios e

cabos) com isolação de PVC, tipo BWF (resistentes à chama) a tabela 4 apresenta as

características quanto à variação de temperatura dos diversos materiais usados na

isolação dos condutores para instalações eléctricas.

Tipo de isolação Temperatura Temperatura limite Temperatura limite

máxima para de sobrecarga de curto-circuito

serviço continua (condutor). ℃ (condutor). ℃

(condutor). ℃

Cloreto de polivinila 70 100 160

(PVC)

Borracha etileno- 90 130 250

propileno (EPR)

Polietileno 90 130 250

reticulado (XLPE)

Tabela 5-temperatura característica dos condutores

Quando o condutor possui duas ou mais camadas, a camada externa é chamada de

cobertura, destinada especialmente para suportar a resistência à abrasão.

21
2.1.4. Blindagem

São camadas de materiais semicondutores, aplicadas sobre o condutor, ou partes

metálicas aplicadas sobre a 2ª camada semicondutora que recobre a isolação, cuja

finalidade é concentrar o campo eléctrico ou facilitar o escoamento das correntes de

curto-circuito e das correntes induzidas. A blindagem é necessária e aplicada em cabos

de média e alta tensão. De acordo com as finalidades a que se destinam e a forma de

execução são descritas abaixo:

 Blindagem Sobre o Condutor: é a camada de material semicondutor

aplicado directamente sobre o condutor, pelos processos de extrusão e

vulcanização, e tem as seguintes finalidades: uniformizar a distribuição

das linhas de campo eléctrico e impedir a ionização.

 Blindagem Sobre a Isolação (Blindagem Externa): é constituída de

uma parte não metálica e de uma parte metálica, cujas funções e

construções são descritas a seguir: Parte não-metálica: trata-se de uma

camada de material semicondutor aplicado sobre a isolação pelos

processos de extrusão e vulcanização. À aplicação dessa camada

semicondutora possibilita uma distribuição uniforme e radial do campo

eléctrico na isolação, e eliminar os espaços vazios ionizáveis entre as

camadas (isolação e blindagem metálica). Parte metálica: é formada por

uma camada concêntrica de fios ou fita de cobre nu (não estanhado)

aplicada helicoidalmente sobre a camada semicondutora da isolação, e

tem como finalidade confinar o campo eléctrico nos limites da isolação.

Tem as seguintes vantagens: - em situação de curto-circuito, propicia um

22
caminho de baixa impedância para o retorno da corrente, devido ao baixo

valor da resistência eléctrica; - quando é convenientemente aterrado,

proporciona maior segurança, eliminando os riscos de choques eléctricos

em caso de contacto directo ou com a cobertura do cabo

2.1.5. Seção Nominal

Os condutores (fios e cabos) são caracterizados pela seção nominal, referente à

grandeza do condutor respectivo. No entanto, a seção nominal não corresponde a um

valor estritamente geométrico (área da seção transversal do condutor) e, sim, a um

valor determinado por uma medida de resistência, denominada “seção eléctrica

efectiva”.

2.2. Cálculo de capacidade de corrente de um cabo isolado

“O problema central da aplicação de cabos e fios é a determinação da máxima corrente

que pode transportar em determinada condição de operação.

Apresenta-se cálculo da capacidade de transporte de um fio isolado no ar, submetido a

um degrau de corrente constante, a partir de um certo instante.

Cabe ressaltar que a capacidade de corrente de um fio ou cabo isolado é determinada

pela temperatura suportada do material isolante, que resulta do aquecimento produzido

pela energia calorífica decorrente do efeito Joule (𝑅𝐼 2 ). Isto ocorre porque a

23
temperatura que degrada as propriedades do material isolante é inferior aquela

suportada pelo material condutor.

Assim, o cálculo da corrente que um condutor pode suportar é um problema de

natureza termodinâmica, cujo equacionamento resulta do balanço de calor gerado,

armazenado e dissipado por um condutor que transporta uma corrente I, imerso a um

ambiente a uma temperatura tamb. Assim, tem-se:

𝐶𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑜 = 𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑎𝑟𝑚𝑎𝑧𝑒𝑛𝑎𝑑𝑜 + 𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑒𝑟𝑖𝑑𝑜 (1)

𝑊𝑑𝑡 = 𝑄𝑑𝜃 + 𝐴𝑘𝜃𝑑𝑡 ( 2)

W - Calor produzido pelo efeito Joule (𝑅𝐼 2 );

𝑄 = 𝑄𝑐𝑜𝑛𝑑 + 𝑄𝑖𝑠𝑜 = Capacidade térmica do condutor e isolante;

𝑑𝜃- Variação da temperatura do condutor no intervalo de tempo dt;

A – Área da superfície emissora de calor;

K – Coeficiente de transferência de calor;

𝜃 – Elevação de temperatura do condutor sobre o ambiente;

𝑐𝑐𝑜𝑛𝑑 – Calor específico do condutor;

𝑐𝑖𝑠𝑜 - Calor específico do isolante.

24
Considerando que imediatamente o instante inicial não há corrente passando polo

condutor e que o instante t=0 imprime-se um degrau de corrente de amplitude I

constante no condutor, a temperatura do mesmo eleva-se conforme a equação abaixo,

que representa a solução para a equação diferencial acima, onde:

𝑊 = 𝑅𝐼 2 = Calor produzido;

𝑅𝑡 = 1/(A.k) = resistência térmica;

𝑅𝑡 𝑄 = Constante de tempo térmica;

𝑄𝑐𝑜𝑛𝑑 = 𝐴𝑐𝑜𝑛𝑑 ∗ 𝑐𝑐𝑜𝑛𝑑 (3)

𝑄𝑖𝑠𝑜 = 𝐴𝑖𝑠𝑜 + 𝑐𝑖𝑠𝑜 (4)

A elevação de temperatura do condutor em relação ao ambiente, em função do tempo

é dada pela solução da referida equação diferencial:

𝑡

𝜃(𝑡) = 𝑡𝑐𝑜𝑛𝑑 − 𝑡𝑎𝑚𝑏 = 𝑊𝑅𝑡 (1 − 𝑒 𝑅𝑡 𝑄 ) (5)

Nota-se que:

a) Quando 𝑡 = 0, verifica-se que 𝜃(0) = 0, o que representa que a temperatura do

condutor é igual à ambiente, no instante inicial

b) Quando 𝑡 tende a infinito a temperatura do condutor se estabiliza em 𝑡𝑐𝑜𝑛𝑑 =

𝑡𝑎𝑚𝑏 + 𝑊𝑅𝑡 , que é chamada de regime permanente

25
c) A elevação da temperatura segue a lei do tipo exponencial somada com uma

constante, com constante do tempo igual a 𝑅𝑡 𝑄. Há portanto uma elevação

rápida de temperatura no período inicial e posteriormente a elevação se dá a

taxas cada vez menor

Considera-se que parte do calor gerado por efeito joule no seio do material condutor

eleva a temperatura do cabo e do isolante e, o restante é dissipado para o ambiente,

desde que a temperatura do condutor seja superior a do ambiente. Assim, o calor é

transmitido, por condução da superfície do condutor para a superfície interna do

material isolante atravessando-o e posteriormente da superfície externa do isolante

para o ar. Assim é necessário conhecer as resistências térmicas da camada isolante e

do ar, para a solução adequada do problema. Considerando o cabo de figura abaixo

Figura 5-dimensões de um cabo ( (Cotrim, 2003))

Demonstra-se que a resistência térmica da camada isolante 𝑅𝑡𝑖𝑠𝑜 é dada por:

𝜌𝑖𝑠𝑜 𝐷𝑓𝑖𝑜
𝑅𝑡𝑖𝑠𝑜 = ln ( ) (6)
2𝜋 𝐷𝑐𝑜𝑛𝑑

𝜌𝑖𝑠𝑜 -É a resistividade térmica do isolante 𝑅𝑡𝑖𝑠𝑜 é a resistência térmica isolante

26
Demonstra-se que a resistência térmica do meio que envolve o isolante é dada por:

103
𝑅𝑡𝑎𝑟 = (7)
𝜋𝐷𝑓𝑖𝑜 ∗ ℎ ∗ 𝜃𝑠0.25

Onde: ℎ- é o coeficiente de dissipação de calor do isolamento para o ambiente

A resistência térmica total 𝑅𝑡 consiste na soma de 𝑅𝑡𝑖𝑠𝑜 e 𝑅𝑡𝑎𝑟 . Por outro lado, as

capacidades térmicas dos matérias constituintes do cabo são adas por:

𝑄 = 𝑐 ∗ 𝐴 (8)

Onde: 𝑄-é a capacidade térmica dos material, 𝑐- a capacidade térmica especifica e 𝐴 a

área da secção transversal do material. Logo tem-se que a capacidade térmica do

condutor é:

𝑄𝑐𝑜𝑛𝑑 = 𝑐𝑐𝑜𝑛𝑑 ∗ 𝐴𝑐𝑜𝑛𝑑 (8.1)

E a capacidade térmica do isolante:

𝜋 2 2
𝑄𝑖𝑠𝑜 = 𝑐𝑖𝑠𝑜 ∗ 𝐴𝑖𝑠𝑜 = 𝑐𝑖𝑠𝑜 ( ) (𝐷𝑓𝑖𝑜 − 𝐷𝑐𝑜𝑛𝑑 ) (9)
4

2.3. Influência do Tipo de Instalação e da Temperatura Ambiente na

Capacidade de Corrente de um Cabo Isolado

No item anterior, foi calculada a capacidade de corrente de um cabo isolado imerso no

ar. É muito importante notar que, se o meio no qual o cabo está inserido for diferente

desse apresentado, como por exemplo um eletroduto embutido em uma parede, a

27
capacidade de corrente no cabo também será diferente, pois a transferência de calor

para o meio terá características diferentes daquele anterior.

Da mesma forma, se houver outras fontes de calor próximas ao cabo, como por

exemplo outros cabos instalados no mesmo eletroduto, também haverá uma condição

de dissipação de calor diferente daquela apresentada no item anterior e assim, a

capacidade de corrente também será diferente.

Há várias formas de instalar cabos isolados em instalações residenciais e industriais,

como por exemplo: em prateleiras metálicas e em eletrodutos (tubos plásticos ou

metálicos). Também é comum haver vários circuitos próximos, instalados em um

mesmo eletroduto ou prateleira. Assim, além de diferentes geometrias determinadas

pela forma de instalação, haverá também diferentes fontes de calor influenciando na

capacidade de corrente dos cabos. Acresça-se a isto a temperatura do ambiente, que

também é determinante na capacidade de corrente do cabo.

Assim, a determinação da capacidade de corrente de um cabo em cada uma das

condições de instalação, de agrupamento de circuitos e de temperatura do ambiente no

qual está imerso é um problema de termodinâmico específico.

Para efeito prático, é calculada a capacidade de corrente de cada cabo operando em

um tipo de instalação de referência sob uma determinada temperatura ambiente e são

definidos factores que ajustam essa corrente de referência para outras situações de

operação. Assim, há o factor de agrupamento, que multiplicado pela capacidade de

corrente de referência resulta na capacidade de corrente do cabo quando operando

próximo de outros circuitos que influem no processo de transferência de calor. Também

define-se o factor de correcção da capacidade com temperatura ambiente que

28
multiplicado pela capacidade de corrente de referência resulta na capacidade de

corrente do cabo quando operando imerso em meio com temperatura diferente da

adoptada na situação de referência.

Por exemplo: A capacidade de corrente de referência de 24 A, corresponde a um

circuito com 2 fios de cobre, isolados com PVC, instalados em um eletroduto embutido

na parede, num ambiente com temperatura ambiente 30 oC. Se o factor de

agrupamento de 2 circuitos dessa instalação, ou seja se forem instalados 2 circuitos

num mesmo eletroduto, for 0,85 a capacidade de corrente reduzirá para 0,85 x 24 =

20,4 A. Se ainda neste caso, a temperatura ambiente for 35 ºC e o factor de correcção

para essa temperatura for 0,80 assim a capacidade de corrente será reduzida para

0,80 x 24,4 = 16,3 A.

Os fabricantes de cabos publicam, em seus catálogos, as capacidades de corrente de

referência para os tipos usuais de instalações e os factores de agrupamento e de

correcção para várias temperaturas ambiente.”

2.4. Capacidade de suportar corrente de curto-circuito

Todas as instalações eléctricas estão sujeitas a curto-circuito, quer seja por algum
defeito de fabricação de seu elemento, quer seja por praticas inadequadas de
montagem ou mesmo por interferência de agentes externos.

Embora os dispositivos de protecção, como fusíveis e disjuntores, operem rapidamente


para impedir ou minimizar os danos que um curto-circuito pode causar, sempre há um
intervalo de tempo, ainda que curto, no qual os fios e cabos da rede ficam submetidos
às correntes de curto-circuito, em geral muito elevadas.

Os cabos e fios isolados devem ter capacidades de suportar essas correntes elevadas,
pelo menos durante o curto intervalo de tempo em que os dispositivos de protecção
estão detectando o defeito para abrir o circuito.

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Para determinar aproximadamente a corrente de curto-circuito 𝑰𝒄𝒄 , que um fio ou cabo
suporta, durante um certo intervalo de tempo 𝒕 utiliza-se a expressão:

𝑰𝟐𝒄𝒄 = (𝑲𝟐 ∗ 𝑺𝟐 )/𝒕

Onde:

𝑲 − Constante que depende do material isolante;

𝑺 − Secção recta do condutor.

3. Protecções contra choques eléctricos

É muito importante observar que para uma pessoa o perigo não está simplesmente em
tocar um elemento energizado, seja uma parte viva (contacto directo) ou uma massa
sob tensão (contacto indirecto), e sim, em tocar simultaneamente da diferença de
potencial.

Os contactos directos em sua maior parte, são devidos a desconhecimento,


negligência ou imprudência das pessoas e, por isso, são mais raros.

Os contactos indirectos, por sua vez, são mais frequentes e imprevisíveis e


representam maior perigo. A eles a norma dá, como não podia deixar de ser, maior
importância.

“Os métodos para protecção contra choques eléctricos podem ser divididos em dois
grupos: protecção passiva e protecção activa.

Protecção Passiva: consiste na eliminação da corrente que pode atravessar o corpo


humano ou impedir o acesso de pessoas a partes vivas. São medidas que não levam
em conta a interrupção de circuitos com falta.

Protecção Activa: consiste na utilização de métodos e dispositivos que proporcionam


o seccionamento (abertura) automático de um circuito, sempre que houver falta que
possam fazer perigo para o operador ou usuário.” (Cotrim, 2003)

3.1. Protecção contra efeitos térmicos

“As pessoas bem como equipamentos e materiais fixos adjacentes a componentes da


instalação eléctrica devem ser protegidos contra efeitos térmicos prejudiciais que
possam ser produzidos por esses componentes tais como:

 Risco de queimaduras;

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 Combustão ou degradação dos materiais;
 Comprometimento da segurança de funcionamento dos componentes
instalados.

3.2. Protecção contra sobre-correntes

 Protecção contra correntes de sobrecarga;


 Protecção contra correntes de curto-circuito;
 Protecção do condutor fase;
 Protecção contra o condutor neutro.

3.3. Protecção contra sobretensões

 Protecção contra sobretensão temporárias;


 Protecção contra sobretensões transitórias: em linhas de energia e em linha de
sinal.

3.4. Sobrecorrentes

São correntes eléctricas cujos valores excedem o valor da corrente nominal. As


sobrecorrentes são originadas por:

 Solicitação do circuito acima da característica do projecto (sobrecarga);


 Curto-circuito.

3.5. Corrente de sobrecarga

As correntes de sobrecarga são caracterizadas pelos seguintes factores:

 Provocam no circuito correntes superiores á corrente nominal;


 Solicita dos equipamentos acima das suas capacidades nominais;
 Cargas de potência nominal acima dos valores previstos no projecto.
As sobrecargas são extremamente prejudiciais ao sistema eléctrico, que provocam a
elevação da corrente do circuito a valores que podem chegar até, no máximo, dez
vezes a corrente nominal, produzindo com isso efeitos térmicos altamente prejudiciais
aos circuitos.” (Cervelin, instalacoes electricas prediais, 2006)

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3.6. Dispositivos de protecção

Dispositivo de protecção é um equipamento eléctrico que atua automaticamente pela


acção de dispositivos sensíveis, quando o circuito eléctrico ao qual está conectado se
encontra submetido a determinadas condições anormais, com o objectivo de evitar ou
limitar os danos a um sistema ou equipamento eléctrico. Os principais dispositivos de
protecção utilizados em instalações prediais são os disjuntores termomagnéticos, ou
disjuntores diferenciais e os fusíveis.

3.6.1. Fusíveis

Os fusíveis são dispositivos de protecção constituídos por elemento condutor, de


composição especial, dimensionado de modo a fundir com intensidade de corrente
especificada; O processo de fusão ocorre em um intervalo de tempo bem determinado;
O calor para a fusão provém da corrente que o atravessa, por efeito Joule;

Figura 6 Fusíveis (Cavalin, 2006)

3.6.1.1. Tipos de fusíveis existentes

Os fusíveis são classificados segundo a característica de desligamento: efeito rápido


ou retardado.

 Os fusíveis de feito rápido


Se destinam a circuitos em que não ocorre variação considerável de corrente
entre a etapa de início (partida) até o regime de funcionamento normal
(permanente). Ex: Cargas resistivas.

 Os fusíveis de efeito retardado

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Destinam-se a circuitos cuja corrente de partida é várias vezes superior à
corrente nominal. O retardamento é obtido por um acréscimo de massa na parte
central do elo, em que ele apresenta menor seção condutora. Ex: Circuito de
motores.
3.6.1.2. Os fusíveis mais comuns

Os fusíveis mais simples de se encontrar no mercado actualmente, mesmo que alguns


do que serão apresentados aqui estejam em desuso são:

a) Diazed

São usados preferencialmente na protecção dos condutores de redes de energia


eléctrica e circuitos de comando. Podem ser do tipo rápido ou retardado. Constituído de
um corpo cerâmico dentro do qual está montado o elo do fusível, é preenchido com
areia especial, de quartzo, que extingue o arco voltaico em caso de fusão.

Figura 7 Fusível Diazed (Cherene)

b) NH

Reúne as características de fusível retardado para corrente de sobrecarga, de fusível


rápido para correntes de sobrecarga e de fusível rápido para correntes de curto-
circuito. Também são próprios para proteger os circuitos, que em serviço estão sujeitos
às sobrecargas de curta duração.

Ex: Acontece na partida directa de motores trifásicos com rotor em gaiola de esquilo.

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figura 8-Fusivel NH (Cherene)

3.6.2. Disjuntores Termomagnéticos

“ Disjuntores são dispositivos que garantem, simultaneamente, a manobra e a


protecção contra correntes de sobre carga e contra corrente de curto-circuito.

Funções:

 Abrir e fechar os circuitos (manobra);


 Proteger a fiação ou mesmo aparelhos contra sobrecarga por meio do seu
dispositivo térmico;
 Proteger a fiação contra curto-circuito por meio do seu dispositivo magnético.”
(Cervelin, Instalações Elétricas Prediais , 2006)

“ Os disjuntores mais usados para protecção e manobra de circuitos de iluminação e


tomadas são do tipo “quick-lag”, no qual um disparador ou dispositivo de protecção
térmica funciona de acordo com o principio do bimetal, que se baseia na dilatação de
duas lâminas de metais diferentes ( aço e latão), portanto com coeficiente de dilatação
distintos, desligando o circuito na eventualidade de uma sobrecarga. No caso de
corrente de curto-circuito, a protecção far-se-á através de um disparador magnético
bobinado.”

3.6.2.1. Características dos Disjuntores

“São caracterizados segundo os seguintes critérios:

Quanto ao Numero de polos

 Monopolares ou Unipolares;
 Bipolares;
 Tripolares.

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Quanto à tensão de operação

Disjuntores de baixa tensão (tensão nominal até 1000V)

 Disjuntores em caixa moldada;


 Disjuntores abertos.
Disjuntores de média e alta tensão (acima de 1000V)

 Vácuo;
 Ar comprimido;
 Óleo;
 Pequeno volume de óleo (PVO);
 SF6 (hexafluoreto de enxofre).
Em instalações eléctricas prediais de baixa tensão, são mais utilizados os disjuntores
termomagnéticos em caixa moldada. Os materiais utilizados os seus fabricação são
poliéster, poliamida.

Tornando-o compactos e robustos, servindo para abrigar e suportar seus componentes.


São providos de accionamento manual e são equipados com disparadores contra
sobrecarga (disparadores térmicos) e contra curto-circuito (bobina
electromagnética). E são montados em quadros de distribuição ou quadro de luz.”

3.6.3. Disjuntores e interruptores Diferenciais Residuais

“Os disjuntores diferenciais exercem múltiplas funções, pois, além de realizarem


protecção dos condutores contra sobre correntes, garantem a protecção das pessoas
contra choques eléctricos e a protecção dos locais contra incêndios.

Além disso esses disjuntores são usados para controlar o isolamento das instalações
eléctricas impedindo o desperdício de energia por fuga e assegurando a qualidade de
instalação.” (Morreto)

3.6.3.1. Aplicação do dispositivo Diferencial Residual

“Trata-se de um dispositivo de protecção mais eficaz na protecção contra choques


eléctricos que, além de tornar mais seguras e confiáveis as instalações eléctricas de
baixa tensão, contribui-se também uma garantia da “qualidade da instalação”, devido
ao facto de que os dispositivos diferenciais residuais não admitirem correntes de fuga
ou de falta excessiva, contribuindo para a redução das perdas por efeito Joule, que
contribui para a conservação de energia.” (Cavalin, 2006)

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3.6.3.2. Funcionamento do dispositivo Diferencial Residual

Quanto ao funcionamento esse dispositivo apresenta duas o eléctrico e o mecânico.

3.6.3.2.1. Funcionamento Eléctrico

“As bobinas principais são encontradas no núcleo magnético de modo a determinar,


quando atravessadas pela corrente 𝑰, dois fluxos magnéticos iguais e opostos, de
modo que, em condições normais de funcionamento, o fluxo resultante seja nulo.

A bobina secundaria é ligada ao rele polarizado. Se a corrente diferencial-residual for


superior, a bobina enviara um sinal suficiente para provocar a abertura do rele
polarizado e portanto, dos contactos principais.” (Cavalin, 2006)

3.6.3.2.2. Funcionamento Mecânico

“ Em condições normais de funcionamento do circuito, isto é, com corrente diferencial-


residual insuficiente para accionar o dispositivo DR, o campo magnético produzido pelo
íman permanente é suficiente para manter atraída a parte móvel do núcleo, vencendo a
reacção da mola. Quando no circuito a corrente diferencial-residual for muito superior a
corrente nominal a bobina secundaria do transformador diferencial envie um sinal que
produz um campo magnético tal que sature o núcleo. Nessas condições o campo
magnético produzido pelo íman permanente é reduzido e então a mola determina a
abertura da parte móvel, agindo sobre o pino que desloca alavanca e então inicia-se a
fase de abertura.” (Cavalin, 2006)

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4. Conclusão

Ao longo do trabalho que se termina abordou-se principalmente sobre os condutores e


os dispositivos de protecção onde pode-se dizer que se nas instalações eléctricas de
qualquer local não forem adoptadas medidas apropriadas de segurança e protecção,
serão altos os riscos de ferimentos ou até mesmo de morte. O perigo pode existir tanto
para o electricista que, por acidente toca em uma barra energizada de uma subestação
ou de um quadro de distribuição, como para o operário que toca na carcaça
acidentalmente energizada de um motor eléctrico. Notou-se que o uso e condutores
numa instalação eléctrica é inevitável por tanto para que o condutor a ser usado não se
desgaste cedo, deve-se fazer uma óptima escolha do condutor a usar seja ele um cabo
ou fio eléctrico, cada um deles tem sua vantagens e desvantagem então sua escolha
deve ir consoante a aplicação por exemplo os cabos compactos podem não ser
flexíveis o que não viria a calhar no caso de serem aplicados em equipamentos móveis,
portanto deve-se escolher o condutor, o tipo de isolação, o isolamento, a blindagem, o
material do qual será ou é feito de acordo com a sua aplicação.

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5. Referencias Bibliográficas
Cavalin, G. C. (2006). Instalações Eléctricass Predias (14 edição ed.). Erica Ltda.

Cherene, E. (s.d.). MATERIAIS E DISPOSITIVOS UTILIZADOS NAS INSTALAÇÕES


ELÉTRICAS.

Cotrim, A. A. (2003). Instalacoes Electricas (4 ed.). (J. M. Braga, Ed.) Sao Paulo:
Sandra Cristina Pedri.

Morreto, V. (s.d.). Electricidade: Fisisca em Modulos de Ensino. Sao paulo: Atica.

Norma NBR-5410, Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT

Souza, J. L. (2009). Conductores Eleéctricos- Dimensionamento e instalação. Paraná.

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