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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS


CURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS
DISCIPLINA: ECONOMIA
PROFESSOR: NICODEMOS ARAÚJO COSTA

DAMIÃO CÉSAR LUSTOSA NOGUEIRA

AGÊNCIAS REGULADORAS

SÃO LUÍS
2019
O papel das agências reguladoras para o funcionamento do mercado
Nas últimas décadas, o Brasil privatizou várias de suas empresas estatais. Com
isso, além de promover uma abertura maior na economia, foram transferidos para o
setor privado diversos serviços que antes eram públicos ou monopolistas. Porém, para
certificar que esses serviços seriam prestados de forma correta, o governo criou um tipo
especial de órgão público: as agências reguladoras.
Ou seja, com as agências reguladoras, o governo conseguiria controlar, de certa
forma, o funcionamento dos mercados e das empresas privadas. Nesse caso, o objetivo
seria manter um nível mínimo de qualidade para que setor funcione bem, beneficiando
assim o consumidor final.

O que são as agências reguladoras?


As agências reguladoras são órgãos governamentais (autarquias) que fiscalizam,
regulamentam e controlam a oferta de produtos e serviços dentro de determinada
atividade econômica.
Ou seja, as agências reguladoras possuem poder especial para legislar sobre
como determinado mercado deve operar. Dessa forma, são esses órgãos que
estabelecem, de forma mais específica, os parâmetros mínimos de funcionamento das
empresas de um setor. No Brasil, por exemplo, existem as agências reguladoras para
atuar em diversos segmentos. Dentre eles, estão os mercados de telecomunicações,
saneamento, energia, aviação, saúde, transportes, bancos, investimentos, entre outros.

Principais funções de uma agência reguladora


Dentro da atuação de uma agência reguladora, as principais funções exercidas são:
 Estudo e levantamento de dados sobre o mercado em questão;
 Elaboração de regras específicas para o setor regulado;
 Fiscalização, controle e punição sobre as empresas do setor, em caso de
descumprimento das regras;
 Defesa de direitos do consumidor em relação as empresas;
 Gestão dos contratos de concessão, quando a empresa prestar um serviço
público;
 Incentivo à concorrência e coibição de práticas monopolistas e anticonorrenciais.

Quais são as principais agências reguladoras do mercado brasileiro?


No Brasil, existem atualmente 12 agências reguladoras federais, atuando nos mais
diversos segmentos da economia. As principais são:
- Anatel – Agência Nacional de Telecomunicações: a Anatel é responsável por regular e
fiscalizar as empresas do setor de comunicações. Dentre elas, estão as companhias de
telefonia (fixa ou móvel), as operadoras de internet e os serviços de TV por assinatura;
- ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar: a ANS regula, normatiza, controla e
fiscaliza o setor de saúde suplementar do país. Dentre as atividades reguladas pela ANS,
estão os planos de saúde e demais serviços prestados pelo setor.
- Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária: a Anvisa fiscaliza a produção e
comercialização produtos de consumo pessoal. Logo, sua atuação abrange o mercado de
alimentos, bebidas, remédios, medicamentos, produtos químicos de uso pessoal,
produtos sanitários, além de equipamentos médicos e as condições dos serviços de
saúde – como hospitais, clínicas e laboratórios.
- Anac – Agência Nacional de Aviação Civil: a Anac atua sobre sistema de aviação civil
como um todo. Por isso, sua responsabilidade é normatizar e regular a operação das
companhias aéreas e aeroportos no país, além das concessões e contratos públicos do
setor.
- Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica: a Aneel é a agência responsável por
cuidar do setor de energia elétrica no país. Ou seja, é ela que autoriza, regula e fiscaliza
a produção, transmissão, distribuição e a comercialização de energia elétrica. Além
disso, os contratos e concessões públicas para operar no setor também são operados pela
agência;
- Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP): a ANP é a
entidade máxima que regula o setor de combustíveis. Logo, é ela que normatiza,
fiscaliza e promove os contratos de licitação das atividades de exploração, distribuição e
comercialização de petróleo, gás natural, biocombustíveis e seus demais derivados.
- Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT): a ANTT normatiza e fiscaliza o
funcionamento das atividades de transporte no país, seja de carga ou de passageiros. Ou
seja, é a ANTT o órgão responsável por todo o sistema de transporte rodoviário,
ferroviário, coletivo intermunicipal, fretamentos turísticos e o transporte internacional
de cargas.
- Bacen – Banco Central do Brasil: mesmo não sendo uma agência reguladora de fato,
o Banco Central é instituição responsável por regular o sistema financeiro nacional.
Logo, o Bacen é o órgão máximo que normatiza e fiscaliza o funcionamento dos
mercados bancários, de crédito, câmbio, investimentos e demais atividades financeiras.

REFERÊNCIA
https://www.sunoresearch.com.br/artigos/agencias-reguladoras/; acesso em 25 de maio de
2019.
Lei Geral das Agências Reguladoras é aprovada e segue para análise
do Plenário do Senado
Texto aprovado em comissão retira a possibilidade da nomeação de políticos e seus
parentes para cargos de direção em empresas estatais
Repórter Juliana GonçalvesData de publicação: 22 de Maio de 2019, 19:45h

A Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do


Consumidor do Senado aprovou nesta terça-feira (21/05) parte do substitutivo
apresentado pela Câmara dos Deputados ao Projeto de Lei do Senado 52/2013, que
padroniza as normas sobre gestão, poder e controle social das agências reguladoras,
como a Anatel e a Anvisa.
A norma também tem como objetivo garantir a autonomia dessas autarquias,
além de dar mais transparência à atividade regulatória e estabelecer medidas para evitar
interferências do setor privado.
O PLS 52/2013, de autoria do ex-senador Eunício Oliveira, foi aprovado pelo
Senado em 2016 e enviado para a Câmara, que o aprovou com alterações em 2018. O
substitutivo com as mudanças realizadas pelos deputados foi enviado à CTFC no início
de abril e aprovado na última terça (21). A proposta agora segue para análise no
Plenário da Casa.
Do texto original aprovado pelo Senado há três anos, o substitutivo manteve as
exigências de que todas as agências reguladoras possuam ouvidoria em sua estrutura e
encaminhem ao Congresso um plano de gestão anual. Uma das alterações feitas na
Câmara e mantidas pelo relator, senador Marcio Bittar (MDB/AC), foi a inclusão da
Agência Nacional de Mineração (ANM) no rol de agências reguladoras federais.

“Cabides de emprego”

A CTFC também excluiu a possibilidade da nomeação de políticos e seus


parentes para cargos de direção em empresas estatais. Para o senador Márcio Bittar, a
alteração desse ponto é algo que impede os chamados “cabides de emprego” em
autarquias federais.
“Essa modificação, na prática, possibilitaria a nomeação de políticos e seus
parentes para cargos de direção em empresas estatais, o que, infelizmente, é objeto de
numerosas investigações de combate à corrupção. Aprovar essa possibilidade
significaria grande retrocesso ao regime jurídico das empresas estatais, que sequer é o
objetivo original do PL”, ressalta o parlamentar.
O texto aprovado na comissão também manteve o trecho que exige a criação de
programas de integridade nas agências reguladoras destinados à prevenção de
corrupção. Essa medida é adotada em empresas privadas e é conhecida como
compliance.
O projeto prevê ainda ações de promoção da qualidade dos serviços das
agências, de fomento à pesquisa no setor regulado e de cooperação com outros órgãos
de defesa do consumidor, defesa da concorrência e meio ambiente.

Mandato
O mandato do presidente e dos diretores dessas agências reguladoras será de
cinco anos, não coincidentes e sem reeleição. Conselheiros, diretores e presidentes
dessas autarquias serão selecionados de acordo com uma lista tríplice a ser apresentada
ao presidente da República. O indicado pelo Planalto será sabatinado pelo Senado.
Quem quiser se candidatar a uma vaga na diretoria colegiada desses órgãos deverá
comprovar experiência de cinco anos na área de atuação.
A professora do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo,
Virginia Parente, concorda com o ponto que exige a necessidade de que os candidatos a
cargos nas agências reguladoras provem sua experiência para assumir a função. Ela
também considera positivas as propostas de os mandatos não serem coincidentes e de
não haver recondução dos cargos.
“Ampliar a exigência sobre esta competência, exigir que, de fato, eles
comprovem esta competência, é muito importante para o país. O fato de os mandatos
não poderem ser repetidos, de não poder haver recondução, também é um aspecto
interessante. O que significa isso? Ele tem que fazer um bom trabalho no período em
que ele estiver lá. Então, a ideia de não haver recondução também é um bom aspecto
deste projeto de lei”, avalia.

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