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QUESTÃO 2
A Declaração Universal dos Direitos Humanos deve ser um marco ético do jornalismo. O direito
à informação é a condição fundamental para o desenvolvimento pleno da democracia, para que
cidadãos possam opinar e agir livremente. Jornalistas e organizações deste tipo devem contribuir
para que se respeitem tais direitos e denunciem a desigualdade e a injustiça na vigilância da
atuação dos poderes públicos. O sociólogo francês Dominique Wolton define esse espaço social
com três atores protagônicos: políticos, meios/jornalistas e opinião pública que disputam a
agenda política, afirmando que se trata de um espaço público no qual se intercambiam discursos
contraditórios.
Beas, D. A reinvenção da política. Internet e a nova esfera pública. Buenos Aires: Planeta, 2011 (adaptado).
Com base no texto e considerando o papel do jornalismo político, avalie as asserções a seguir e
a relação proposta entre elas.
Texto 1
Jornalismo em saúde é um segmento do jornalismo científico que age como tradutor de uma
linguagem especializada, utilizada por médicos, pesquisadores e cientistas. Nessa linha teve lugar
na USP um debate sobre saúde pública, voltada para os serviços públicos prestados no Brasil. Nessa
cobertura participaram Giovanni Guido Cerri, ex-diretor da Faculdade de Medicina da USP, ex-
secretário de Saúde do Estado de São Paulo e vice-presidente do Instituto Coalizão Saúde; o
professor Oswaldo Tanaka, diretor da Faculdade de Saúde Pública da USP; e Antônio Carlos Morato,
professor do Departamento de Direito Civil, com especialização em Direito do Consumidor, da
Faculdade de Direito da USP. A apresentação do jornal Diálogos na USP ficou por conta dos
jornalistas Marcello Rollemberg e Luiz Roberto Serrano, da Superintendência de Comunicação
Social.
Texto 2
Para Cerri, o problema é a crise econômica do Brasil na área da saúde, com a retração do PIB de
quase 10%, estabelecendo uma verdadeira guerra, «entramos em colapso». E, há soluções?
Intervêm os jornalistas. A saída seria o uso racional de recursos da saúde e da incorporação da
tecnologia, menos para o lado assistencial e mais para a prevenção de doenças. Para Tanaka o
problema vem de uma contradição, o sucesso no passado de campanhas de vacinação do SUS ‒
Sistema Único de Saúde, o maior sistema gratuito e universal que incorporou 100 milhões de
pessoas no sistema público. Só que ao trazer mais pessoas para o sistema de saúde, aparecem mais
problemas em relação ao atendimento, que exige tecnologias mais complexas para a sobrevivência
da população. No contexto da crise econômica, Morato fala de um problema adicional, as pessoas
não têm mais condições de pagar um plano de saúde e acabam migrando para o sistema público.
«Saúde no Brasil» In: Diálogos na USP, 04/04/2018. Disponível em:<https://jornal.usp.br/atualidades/saude-no-brasil-e-tema-de-
mais-um-dialogos-na-usp-especial/>. Acesso em 01/07/2018 (adaptado).
QUESTÃO 4
O jornalismo comunitário é uma das formas mais viáveis de democratizar o acesso à informação,
produzindo mudanças estruturais a partir da evolução da imprensa, daí sua importância na esfera
pública, próximo às pessoas. O ser humano comum não se informa mais pelos relatos dos meios,
mas sim pelo que os medidadores do novo espaço público trazem até ele, disto se infere a
responsabilidade do jornalista.
PENA et al. Teorias do Jornalismo. São Paulo: Contexto, 2010, p. 31 (adaptado).
O projeto «Repórter da Quebrada» explora a experiência de jovens jornalistas que lutam por seus
direitos na periferia de São Paulo, contam com a presença de especialistas que fortalecem a
construção do seu conhecimento e a reivindicação no extremo sul do distrito mais populoso da
cidade, onde vivem quase 800 mil pessoas, entre as represas Billings e Guarapiranga. Moradias na
região começaram com ocupações populares, o crescimento desenfreado e desorganizado do
Grajaú está uma região de preservação ambiental que acabou desencadeando diversas remoções e
reivindicações de posse.
Disponível em:<http://periferiaemmovimento.com.br/reporterdaquebrada/>. Acesso em 01/08/2018 (adaptado).
QUESTÃO 5
Segundo Daniel Piza, após a industrialização da Europa, o gênero ensaístico e a crítica cultural,
tornaram-se influentes nos Estados Unidos, Edgar Allan Poe e Henry James destacaram-se como
grandes ensaístas e articulista nos jornais e principais revista de New York, escrevendo resenhas
literárias e narrativas de viagens. Aqui no Brasil, Machado de Assis surge como precursor da crítica
do teatro e da literatura. Novas formas de jornalismo cultural surgiram, além da crítica da arte,
desenvolvidas nos formatos de reportagens e entrevistas. Hoje em dia, em uma visão
mercadológica, a cultura está relacionada às agendas de artes e espetáculos. No que se refere à
indústria cultural, Walter Benjamin afirma que a sua influência se deve à perda dos valores culturais
e da «aura», já seus colegas da Escola de Frankfurt, Adorno e Horkheimer, dizem que a maneira
como a cultura é distribuída no cenário capitalista estaria apagando aos poucos a cultura erudita,
popular e de massas por meio da manipulação da cultura.
PIZA, D. Jornalismo cultural. São Paulo: Contexto, 2008 (adaptado).