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Tema – Jornalismo especializado

O Jornalismo especializado é o instrumento através do qual os meios de comunicação abordam


os problemas derivados da especialização do conhecimento e de sua prática profissional, a sua
desconexão com a sociedade e a consequente perda da visão global da informação. A informação
jornalística apresenta-se assim como uma parcela concreta do conhecimento científico com uma
vocação clara de resposta que aponta em duas direções: para um conhecimento teórico das
ciências da informação e para a prática profissional do jornalismo com o intuito de enfrentar a
grave crise social à qual se tem submetido a especialização do conhecimento com a perda da
visão global em todos os campos do saber.
A exorbitância da informação constitui um dos traços da complexa realidade atual
denominada Sociedade da Informação. A comunicação circula de forma instantânea, sem
barreiras geográficas, com conteúdo de toda índole, múltiplas fontes de procedência na qual
todos, inclusive quase todos, podem ser autores das suas próprias mensagens. A mídia faz parte
desse cenário público contemporâneo e também da vida privada de cada cidadão, convertendo-
se no espaço de interação social por excelência.
Deste modo, a informação jornalística especializada deve oferecer coerência temática e um
tratamento específico da informação de acordo com o segmento da audiência à qual está
dirigida, o que implica na adoção de códigos comuns que estimulem tanto o conhecimento
quanto o entretenimento; a construção de textos inteligentes e estratégicos com relação ao tema
tratado; fontes de informação específicas, e jornalistas especializados no campo específico no
qual estes atuem, sendo capazes de sistematizar e contextualizar a informação. O grau de
aprofundamento das informações varia em função das características do suporte, periodicidade
e perfil do público. Outro nível da especialização jornalística está nos âmbitos que requerem de
um alto grau de formação técnica e metodológica por parte desses profissionais.
A crescente especialização das fontes informativas provoca a necessidade de profissionais
qualificados capazes de negociar com as fontes, especialistas ou protagonistas; espertos no
âmbito temático no qual se desenvolve sua atividade; e com um amplo conhecimento dos
recursos e linguagens próprias de cada meio para a produção de mensagens especializadas; isto
é, a especialização supõe um tratamento específico da informação por parte do jornalista em
todas as fases da produção: seleção, valorização, redação e transmissão, adequando a linguagem
aos distintos usuários, escolhendo o gênero jornalístico mais oportuno, aprofundando e
contextualizando a informação sempre que seja necessário, dependendo do nível de
especialização e do tipo de produto.
QUESTÃO 1

Partindo do princípio de que a cobertura da Copa do Mundo de futebol faz parte da


especialização do jornalismo esportivo, esta é quase unanimidade no telejornalismo brasileiro.
Esse fato contextualizado naquilo que Debord chama de A sociedade do espetáculo cobra muito
sentido para uma cultura que se autodenomina «o país do futebol». Ao analisar as narrativas
produzidas pelos principais telejornais sobre os jogos nas últimas copas e sobre os temas que vão
além do esporte, constata-se através de pesquisas que consideraram o jogo como a prática
esportiva, o extracampo e os editoriais, que nas narrativas analisadas o personagem central não
era a bola nem os resultados do bom futebol praticado, mas as consequências para esses
campeonatos ou as estatísticas históricas sobre as partidas. A pesquisa levou em conta outros
fatores importantes fora de campo e constatou que se alteraram agendas políticas e que se
especulou muito a respeito dessas motivações, movimentou-se o público em relação ao
consumo, mas também se unificou durante pelo menos as três semanas, aos brasileiros
esquecidos em uma mesma torcida.
DE OLIVEIRA, L. R. «As narrativas do futebol na sociedade do espetáculo» In: CAZELOTO, E; MARTINO, L.M. S (Orgs.) Mídia e
comunicação contemporânea: relatos e pesquisas. São Paulo: Plêiade, 2012, p.63 (adaptado).

Considerando as afirmações apresentadas, avalie as afirmações a seguir, acerca do


posicionamento jornalístico adequado para uma cobertura especializada.
I. Na sociedade do espetáculo teorizada por Debord, imagens e representações tendem a
esvaziar as narrativas do futebol, pois as camadas mais profundas do pensamento e transformam
tudo, na cultura e na vida do cotidiano, em imagens para o consumo.
II. A crítica do jornalismo especializado em futebol deveria apenas considerar o que acontece
dentro do campo porque os telejornais brasileiros tendem a exagerar nas suas apropriações para
se converterem em juízes do espetáculo.
III. Pensar as narrativas do futebol pela ótica da sociedade do espetáculo leva à conclusão de
quão cara é a representação desse esporte no Brasil e de quanto o tema permeia outros campos
de interesse e influência que precisam ser estudados.
É correto o que se afirma em
A) I, apenas.
B) III, apenas.
C) I e II, apenas.
D) II e III, apenas.
E) I, II e III.

QUESTÃO 2

A Declaração Universal dos Direitos Humanos deve ser um marco ético do jornalismo. O direito
à informação é a condição fundamental para o desenvolvimento pleno da democracia, para que
cidadãos possam opinar e agir livremente. Jornalistas e organizações deste tipo devem contribuir
para que se respeitem tais direitos e denunciem a desigualdade e a injustiça na vigilância da
atuação dos poderes públicos. O sociólogo francês Dominique Wolton define esse espaço social
com três atores protagônicos: políticos, meios/jornalistas e opinião pública que disputam a
agenda política, afirmando que se trata de um espaço público no qual se intercambiam discursos
contraditórios.
Beas, D. A reinvenção da política. Internet e a nova esfera pública. Buenos Aires: Planeta, 2011 (adaptado).

Com base no texto e considerando o papel do jornalismo político, avalie as asserções a seguir e
a relação proposta entre elas.

I. Parte-se do princípio que o direito à informação é inalienável, garantindo o exercício da


democracia tanto na esfera pública quanto na esfera privada, assim a função social do jornalista
consiste justamente em informar sobre os direitos que cabem aos interesses públicos e não sobre
o que interessa ao poder que define a agenda informativa.
PORQUE
II. De fato, essa agenda encontra-se sob o domínio dos meios, enquanto que os atores da política
se submetem a estes, diante da necessidade de despertar espaços e particularidades na
exposição midiática, deixando as redes sociais como instrumento que ainda não tem conseguido
que os cidadãos possuam um poder compensatório.

A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.


A) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
B) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.
C) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
D) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
E) As asserções I e II são proposições falsas.
QUESTÃO 3

Texto 1
Jornalismo em saúde é um segmento do jornalismo científico que age como tradutor de uma
linguagem especializada, utilizada por médicos, pesquisadores e cientistas. Nessa linha teve lugar
na USP um debate sobre saúde pública, voltada para os serviços públicos prestados no Brasil. Nessa
cobertura participaram Giovanni Guido Cerri, ex-diretor da Faculdade de Medicina da USP, ex-
secretário de Saúde do Estado de São Paulo e vice-presidente do Instituto Coalizão Saúde; o
professor Oswaldo Tanaka, diretor da Faculdade de Saúde Pública da USP; e Antônio Carlos Morato,
professor do Departamento de Direito Civil, com especialização em Direito do Consumidor, da
Faculdade de Direito da USP. A apresentação do jornal Diálogos na USP ficou por conta dos
jornalistas Marcello Rollemberg e Luiz Roberto Serrano, da Superintendência de Comunicação
Social.
Texto 2
Para Cerri, o problema é a crise econômica do Brasil na área da saúde, com a retração do PIB de
quase 10%, estabelecendo uma verdadeira guerra, «entramos em colapso». E, há soluções?
Intervêm os jornalistas. A saída seria o uso racional de recursos da saúde e da incorporação da
tecnologia, menos para o lado assistencial e mais para a prevenção de doenças. Para Tanaka o
problema vem de uma contradição, o sucesso no passado de campanhas de vacinação do SUS ‒
Sistema Único de Saúde, o maior sistema gratuito e universal que incorporou 100 milhões de
pessoas no sistema público. Só que ao trazer mais pessoas para o sistema de saúde, aparecem mais
problemas em relação ao atendimento, que exige tecnologias mais complexas para a sobrevivência
da população. No contexto da crise econômica, Morato fala de um problema adicional, as pessoas
não têm mais condições de pagar um plano de saúde e acabam migrando para o sistema público.
«Saúde no Brasil» In: Diálogos na USP, 04/04/2018. Disponível em:<https://jornal.usp.br/atualidades/saude-no-brasil-e-tema-de-
mais-um-dialogos-na-usp-especial/>. Acesso em 01/07/2018 (adaptado).

Considerando o papel do jornalismo especializado e a cobertura feita do debate sobre a saúde


pública no Brasil, avalie as afirmações a seguir.
I. A descrição do currículo dos especialistas feita no primeiro texto, justifica as apropriações
que cada um deles faz no segundo, cada um deles diagnostica o estado da saúde no Brasil.
II. No depoimento do Texto 2, os três especialistas convidados para o debate apresentam
soluções para a crise que vivem os brasileiros com o SUS.
III. Segundo Morato, a migração do sistema de saúde privada para o sistema público acarreta
outro problema no contexto das políticas públicas, o controle do sistema privado.
IV. Tanto Cerri quanto Tanaka coincidem que as soluções do sistema público de saúde estão na
incorporação das novas tecnologias para a assistência, prevenção e atendimento.
É correto apenas o que se afirma em
A) I e II.
B) I e IV.
C) III e IV.
D) I, II e III.
E) II, III e IV.

QUESTÃO 4

O jornalismo comunitário é uma das formas mais viáveis de democratizar o acesso à informação,
produzindo mudanças estruturais a partir da evolução da imprensa, daí sua importância na esfera
pública, próximo às pessoas. O ser humano comum não se informa mais pelos relatos dos meios,
mas sim pelo que os medidadores do novo espaço público trazem até ele, disto se infere a
responsabilidade do jornalista.
PENA et al. Teorias do Jornalismo. São Paulo: Contexto, 2010, p. 31 (adaptado).

O projeto «Repórter da Quebrada» explora a experiência de jovens jornalistas que lutam por seus
direitos na periferia de São Paulo, contam com a presença de especialistas que fortalecem a
construção do seu conhecimento e a reivindicação no extremo sul do distrito mais populoso da
cidade, onde vivem quase 800 mil pessoas, entre as represas Billings e Guarapiranga. Moradias na
região começaram com ocupações populares, o crescimento desenfreado e desorganizado do
Grajaú está uma região de preservação ambiental que acabou desencadeando diversas remoções e
reivindicações de posse.
Disponível em:<http://periferiaemmovimento.com.br/reporterdaquebrada/>. Acesso em 01/08/2018 (adaptado).

Dos fragmentos de texto apresentados e do papel do jornalismo educativo, infere-se que


A) os moradores do Granjaú ignoram a respeito do seus direito à moradia.
B) os mediadores do projeto são especialistas em reorganização urbana.
C) o projeto luta apenas pela reintegração de posse dos moradores.
D) o projeto comunitário tem provocado mudanças estruturais na região.
E) o projeto vai além da simples produção e divulgação da informação.

QUESTÃO 5

Segundo Daniel Piza, após a industrialização da Europa, o gênero ensaístico e a crítica cultural,
tornaram-se influentes nos Estados Unidos, Edgar Allan Poe e Henry James destacaram-se como
grandes ensaístas e articulista nos jornais e principais revista de New York, escrevendo resenhas
literárias e narrativas de viagens. Aqui no Brasil, Machado de Assis surge como precursor da crítica
do teatro e da literatura. Novas formas de jornalismo cultural surgiram, além da crítica da arte,
desenvolvidas nos formatos de reportagens e entrevistas. Hoje em dia, em uma visão
mercadológica, a cultura está relacionada às agendas de artes e espetáculos. No que se refere à
indústria cultural, Walter Benjamin afirma que a sua influência se deve à perda dos valores culturais
e da «aura», já seus colegas da Escola de Frankfurt, Adorno e Horkheimer, dizem que a maneira
como a cultura é distribuída no cenário capitalista estaria apagando aos poucos a cultura erudita,
popular e de massas por meio da manipulação da cultura.
PIZA, D. Jornalismo cultural. São Paulo: Contexto, 2008 (adaptado).

Além da evolução assinalada no texto, o jornalismo cultural situa-se


A) na sua convergência com o jornalismo noticioso.
B) na reedição dos gêneros ensaísticos.
C) na revisão do legado cultural das Belas Artes.
D) na crítica de revistas e magazines.
E) no eixo comercial da produção midiática.
QUESTÃO DISCURSIVA

Disponível em:<https://www.lluiscodina.com/periodismo-computacional/>. Acesso em 01/08/2018.

O jornalismo computacional é um campo interdisciplinar que envolve a especialização em


competências informacionais e de informática. Com base na imagem e nas possibilidades do
jornalismo especializado, redija um texto dissertativo sobre sua escolha de especialização.

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