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DE POPULAÇÃO (IPOP)
Edilson G. Aguiais1
Murilo J. S. Pires2
1
Economista, Aluno-Especial no Mestrado em Agronegócios da Universidade Federal de Goiás
– UFG e Conselheiro do CORECON – 18º Região/GO. End. Eletrônico <edilsongyn@gmail.com>
2
Doutor em Economia pela Universidade de Campinas (UNICAMP), Pesquisador do IPEA,
Conselheiro do CORECON – 18º Região/GO e professor na Faculdade Alfredo Nasser
INTRODUÇÃO
Para mensurar o grau de desenvolvimento das regiões rurais, que é medido pelo
Índice de Desenvolvimento Rural (IDR), este trabalho se propõe a demonstrar os
resultados obtidos para o Índice de População (IPOP) dos municípios de Goiás a partir
da metodologia desenvolvida por Kageyama (2004), adaptada por Correa, Silva &
Neder (2007) e aplicada por Aguiais (2009). Este índice, que compõe por média simples
o IDR, abarca as características populacionais rurais, tais como densidade demográfica,
migração, população rural, etc.
Por fim, por fornecer informações sobre o desenvolvimento rural goiano a fim
de oferecer subsídios teóricos e empíricos para os formuladores de políticas para este
Estado que “tem se inserido no contexto nacional com um padrão agrícola que estimula
a consolidação de uma agricultura moderna e empresarial com fortes vínculos com os
mercados nacionais e internacionais” (Pires, 2008, p.2). Estas informações vêm
colaborar com as políticas futuras pois “não se faz política sem teoria: decisões públicas
e privadas conseqüentes e eficazes são sempre ancoradas em um quadro de referência
organizado e coerente” (Castro, 2005, p. 12).
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Como a exploração agrícola goiana após o ciclo do ouro se deu na forma de complementaridade com a
pecuária, somente eram produzidas culturas de consumo interno tais como milho, feijão e arroz
(AGUIAR, 2007).
baixo dinamismo sendo, portanto, dependentes de políticas específicas voltadas para o
desenvolvimento destas áreas. Tal hipótese encontra fundamentação no trabalho de
Filippi (2006) que afirma que o desenvolvimento rural no Brasil não foi diferente do
processo econômico geral sendo, portanto, desigual e excludente.
ASPECTOS METODOLÓGICOS
Quanto aos objetivos, esta pesquisa se caracteriza como descritiva, pois “tem
como objetivo primordial a descrição das características de determinadas populações”
(Gil, 2002, p.42). Sendo assim, a terceira etapa do trabalho faz a análise descritiva dos
dados coletados por meio da pesquisa documental à luz do referencial teórico.
Os dados secundários utilizados para o cálculo dos indicadores que formam, por
média simples, o IPOP foram retirados basicamente de quatro banco de dados. A
primeira fonte foi o Censo Demográfico (2000), onde se utilizou dados da base
“universo” e, em grande parte, dados do “Microdados”. Foram utilizados também os
Microdados do Censo Demográfico (1991) para calcular a variação da população rural
no período de estudo. Cabe ressaltar que estes valores foram devidamente ponderados
segundo os pesos fornecidos pelo IBGE.
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Segundo o IBGE “rural é a área externa ao perímetro urbano de um distrito, composta por setores nas
seguintes situações de setor: rural de extensão urbana, rural-povoado, rural-núcleo, rural-outros
aglomerados, rural-exclusive aglomerados” (IBGE, 2002, p. 66).
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Desta forma, para as análises desenvolvidas no presente estudo, foram considerados 241 municípios
sendo, portanto, excluídos da análise os municípios de Campo Limpo de Goiás, Gameleira de Goiás,
Ipiranga de Goiás e Lagoa Santa. Além destes, foi excluído o município de Valparaíso pois o mesmo não
possui população rural.
Quadro 1. Descrição das variáveis - IPOP
a) Densidade demográfica
IBGE (Disponível no site)
(padronizada)*
* a padronização foi utilizada para fazer uma transformação algébrica para que o índice varie entre zero e
um. Esta transformação é quociente (valor da variável – mínimo)/(máximo – mínimo).
Fonte: Correa, Silva & Neder (2008).
Go50mun
Muito Baixo
Baixo
Médio
Alto
N
W E
300 0 300 600 Kilometers
S
Deste modo, pelos resultados obtidos entende-se que o Índice de População para
o Estado de Goiás (conforme os critérios definidos na metodologia) apresentou maior
concentração nos níveis “muito baixo” e “baixo”. Com isto, infere-se que o dinamismo
populacional no período (que é medido pelo IPOP) é não apresentou grande dinamismo.
CONCLUSÕES
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002