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Educação Infantil

Leitura
para bebês

Etapa 6:

Planejamento OBJETIVO DA ETAPA:


Como caminhar do planejamento à prática e sua reflexão
de uma situação
de leitura
Material pós-vídeo Como você já viu no vídeo, a ideia é que nesta etapa
você aprenda a construir um planejamento de situações
de leitura a partir das relações estabelecidas com os
campos de experiência e os objetivos de desenvolvimento
apresentados na BNCC. Por isso, abaixo, você vai
encontrar um modelo de planejamento para você se
inspirar e levar para a sala de aula.

ATIVIDADE PERMANENTE

Justificativa
Ler para bebês é uma prática que se justifica por
muitas razões:

Primeiro, porque ao ouvir um adulto ler, o bebê


entra em contato com uma outra dimensão da
linguagem: o fluxo da fala que “diz” linguagem
escrita, apresenta uma cadência própria e, a
depender do livro escolhido, rimas, repetições e
ritmos novos.

Segundo, porque ao ouvir um adulto ler, o


bebê também entra em contato com o prazer
que o adulto demonstra ao ler, as emoções que
sente e expressa, nos tons de surpresa, graça
e encantamento que ficam patentes na leitura.

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Assim, o adulto leitor é um intérprete em muitos


níveis: interpreta o texto, apresentando o bebê à
linguagem escrita e interpreta também o que se pode
obter do texto, apresentando o bebê ao prazer de ler.

Terceiro, quando garantimos que a leitura faça parte


da vida do bebê por meio da leitura que o professor
faz na escola (CEI, Creche), e tenha nela um sentido
de prazer e encantamento, criamos as bases para
que as crianças ali atendidas possam se desenvolver
plenamente como leitoras, ao longo da vida escolar,
nos contrapondo a uma divisão entre leitores e não
leitores que costuma espelhar uma diferença social
entre os que têm a oportunidade de conviver com
livros e leitores e aqueles que não a têm.

Mas para que essa prática possa se revestir dos


sentidos apontados acima na vida dos bebês é
fundamental, que ela seja um hábito, faça parte da
sua rotina na escola. Só assim será possível que os
bebês desenvolvam familiaridade com os livros,
compreendam o que torna esse objeto especial,
diferente dos outros que o cercam, desenvolvam um
laço afetivo com eles, se interessando em folheá-los
e em ouvir sua leitura e possam manter a atenção em
escutar a leitura por períodos cada vez maiores.

Objetivos e conteúdos
- Possibilitar que as crianças, desde bebês, possam
participar de rodas de leitura, ter contato com
histórias belamente escritas e ilustradas e, assim,
criar o hábito de escutar a leitura em voz alta

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realizada pelo professor.


- Apresentar e disponibilizar livros para que as
crianças possam explorá-los, folheando-os e,
percebendo neles a fonte daquilo que é lido pelo
professor.
- Possibilitar que as crianças, desde cedo,
familiarizem-se com a linguagem escrita: seu
ritmo, sua permanência.
- Possibilitar que as crianças iniciem a construção de
seu repertório literário.

Público:
Crianças de 0 a 3 anos de idade.

Prazo e estrutura:
Como a leitura para bebês é uma atividade
permanente de formação de leitores, o ideal é que ela
faça parte da rotina dos bebês durante todo o ano.
Para desenvolvê-la será necessário selecionar bons
livros de literatura infantil, conforme discutimos na
etapa anterior.

Desenvolvimento:
1ª etapa: Organização da roda de leitura e
apresentação do livro (ou: Antes da Leitura)
Convide os bebês para escutar a história, criando um
clima de cumplicidade e expectativa para escutá-la.
Ajude-os a se posicionar em roda. Com o livro em
mãos, mostre a capa e leia o título da história. Conte
brevemente porque escolheu este livro para ler para

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eles. É importante fazer uma breve apresentação


do livro, folhando as páginas e mostrando as
ilustrações e antecipando as possibilidades que título
e ilustrações apresentam para o enredo contribui
para diminuir a ansiedade, despertar o interesse e
criar uma maior tolerância para escutar a leitura da
história.

2ª etapa: Leitura da história (ou: durante a leitura)


Leia demonstrando entusiasmo pela história e
interpretando as emoções despertadas por ela.
Faça pequenas pausas, antes de virar cada página,
para mostrar brevemente as ilustrações para os
bebês. Acolha comentários, balbucios e gestos,
nomeando descobertas e interesses demonstrados
pelos pequenos, ao longo da leitura, e retorne a
ela, retomando a leitura ou fazendo convites como
“vamos ver o que acontece agora?” ou “acho que
esse personagem vai aparecer outra vez no livro, vou
continuar a ler” ou outros convites delicados que
reconheçam o movimento das crianças como leitoras
e as convidem para a continuidade da leitura.

Não simplifique a história nem pule ou inclua


partes: o objetivo é que os bebês conheçam um
bom exemplo de linguagem escrita, com seu
fluxo, entonação, ritmo característicos. Quando
se simplifica, inclui-se elementos novos – como
nomes para os personagens, diminutivos que não
estavam no texto, etc. - ou pula-se partes, rouba-
se da linguagem escrita essas características,
aproximando-a da linguagem oral. Além disso, essas
ações comunicam a concepção de que os bebês não

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podem entender um texto literário como tal, que é


preciso “facilitar” essa compreensão. O que não é
verdade, primeiro porque toda obra literária permite
múltiplas releituras, exatamente porque permite
muitos níveis de compreensão; e, segundo, porque o
que é determinante para a compreensão da história é
a atuação do professor enquanto leitor, que permite
que as crianças tenham acesso ao teor emocional da
história, se envolvam com seus personagens etc.

3ª etapa: Espaço de intercâmbio entre as crianças


(ou: depois da leitura)
Terminada a leitura, converse com elas sobre a
história, suas aventuras e emoções, tornando a
folhear o livro a fim de que as crianças vejam as
ilustrações. Agora é o momento de relembrar em
voz alta os balbucios, palavras e gestos dos bebês:
comente o que chamou a atenção deles, mostre que
outros colegas também gostaram disso e que outros
preferiram outras partes da história. Convide-os a
explorar o livro junto com você.

Evite propor atividades não literárias em torno da


leitura do livro, como, por exemplo, ler uma história
em que há um jogo de bola e jogar bola, depois
desenhar a bola, pintar a bola, fazer uma bola com
recorte de jornal, etc. As atividades em torno do livro
devem ter a mesma natureza daquelas que leitores
reais fazem uso quando leem, como compartilhar
o efeito que uma leitura produz, compartilhar e
comparar partes preferidas da história, ter sua
própria lista de autores e livros preferidos... Tudo
isso pode ser feito desde o início da vida dos bebês

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na escola, desde que eles tenham como mediador um


professor que atue como modelo de leitor e reconheça,
valide e nomeie nas ações das crianças os seus
comportamentos leitores nascentes, apresentados
por meio de gestos, balbucios, palavras...

Material adaptado do planejamento original realizado por ocasião


do Projeto Entorno, realizado pela Fundação Victor Civita.

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