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Curso e Atualização em:

APLICAÇÃO DOS CONCEITOS DE SOLOS E IRRIGAÇÃO PARA


GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS

ADASA
Agência Reguladora de Águas, Energia e
Saneamento Básico do Distrito Federal

Tema 1: Sistema Edafoclimático e demanda


de água pelas culturas.
Assunto: Água no solo
Engenheiro Dr. Marco Antonio Jacomazzi
Outubro de 2016
Temas de estudo para curso solos e irrigação:
Semana 24 a 28/Outubro/2016

Tema 1: Sistema Edafoclimático e demanda de água pelas culturas.

1. Conceitos iniciais:
i. O Sistema edafoclimático

ii. Transferência de água no Sistema Solo-Planta-Atmosfera

iii. Ciclo hidrológico

iv. Expressão da lamina precipitada e irrigada como volume de água

2. Água no “solo agrícola”:


i. Solo e sua função na agricultura e aspectos físicos

ii. Principais tipos de solo e diferenças na estrutura física

iii. O volume de solo, “armazenamento de água” e determinação do teor de água no solo

iv. Retenção de água no volume de solo para diferentes tipos

v. Determinação da reposição de água no solo e balanço hídrico

vi. Métodos de determinação da umidade do solo


Temas de estudo para curso solos e irrigação:
Semana 24 a 28/Outubro/2016
Tema 1: Sistema Edafoclimático e demanda de água pelas culturas.

3. Evapotranspiração:
i. Conceitos físicos, Evaporação (Ev) e a Lei de Dalton
ii. Transpiração (T) e Evapotranspiração (ET)
iii. Evapotranspiração Potencial (ET0), Máxima da cultura (ETm) e Real (Etr)
iv. Modelos de Estimativa da Evapotranspiração
Thorntwaite;

Tanque classe A;

Hargreaves & Samani

Métodos cobinados , Penman – Monteith

4. Demanda de água para irrigação:


i. Necessidades hídricas das culturas e uso consuntivo.
ii. Água como fator de produção das culturas agrícolas.
iii. Balanço hídrico como ferramenta de controle da lamina de irrigação.
iv. Uso “real” de água para irrigação ao longo do ano e vazão média de captação.
v. Estratégias de monitoramento da água de irrigação como instrumento de controle e gereciamento de recursos hídricos.
vi. Tecnologias atuais para controle da irrigação
Temas de estudo para curso solos e irrigação:
Semana 24 a 28/Outubro/2016
Tema 2: Princípios de Hidráulica.

1. Conceitos básicos de hidráulica:


i. Sistemas de unidades SI e as mais utilizadas.
ii. Pressão hidráulica.

iii. Vazão e expressão da continuidade.

2. Aspectos gerais da hidrodinâmica e calculo de encanamentos:


i. Energia da massa líquida e expressão de Bernoulli.

ii. Perdas de carga por equações empíricas e dimensionamento de encanamentos comerciais e adutoras.

iii. Determinação da altura manométrica total em sistemas irrigados.

3. Bombas e bombeamento:
i. Tipos de bombas mais utilizadas na irrigação.

ii. Curva características das bombas.

iii. Seleção do conjunto montor-bomba isolados

iv. Determinação da vazão de captação à partir do ensaio a campo de sistemas de bombeamento.

v. Associação de bombas.

4. Medição da vazão:
Temas de estudo para curso solos e irrigação:
Semana 24 a 28/Outubro/2016
Tema 3: Sistemas de Irrigação.

1. Sistemas de aspersão:
i. Características gerais.

ii. Determinação da lamina de projeto.

iii. Aspersão convencional e canhão hidráulico


iv. Pivô central.

2. Sistemas localizados:
i. Principais tipos de sistemas localizados.

ii. Características gerais.

iii. Determinação da lamina de irrigação.

iv. Gotejamento enterrado.

3. Diferenças entre Sistemas por aspersão e localizados e aplicação para as principais culturas:
Temas de estudo para curso solos e irrigação:
Semana 24 a 28/Outubro/2016
Tema 4: Irrigação e a pratica na gestão de recursos hídricos.

1. Tipos de captação e de distribuição de água para irrigação :


i. Sazonalidade da captação de água bruta para irrigação.

ii. Captação de água para irrigação e vazões mínimas dos mananciais.

iii. Captação direta.


iv. Captação em reservatórios de regularização.

v. Captação em pequenos açúdes, regularização diária.

2. Outorga de água para irrigação :


Tema 1: Sistema Edafoclimático e demanda de água
pelas culturas.

1. Conceitos iniciais:

i. O Sistema edafoclimático

ii. Transferência de água no Sistema Solo-Planta-Atmosfera

iii. Ciclo hidrológico

iv. Expressão da lamina precipitada e irrigada como volume de


água
Solo no contexto da engenharia geotécnica

 Material de construção: aterro de barragens


Objetivo é material coesso com máxima compactação

 Fundação: Capacidade de suporte para as edificações e


obras
Solo no contexto agrícola

 Suporte para desenvolvimento das culturas


 …. Como fonte de nutrientes;
 …. Como armazenamento e transporte de água e gases;
 Neste contexto, para a agricultura, procura-se preservar a
estrutura física natural do perfil do solo.
Sistema edafoclimático

3 Principais sistemas para “escoamento” da água e energia:


Sistema Planta: “Que consome água”, mas não armazena
Sistema solo → Reservatório “finito” de água
Sistema atmosfera → Reservatório variável de vapor d’água
Ciclo hidrológico.
Ciclo hidrológico e redistribuição da água no
solo.
Chuva/irrigação/inundação

Tempo
Cria-se um gradiente de potencial
Escoamento
superficial
Infiltração

Drenagem interna (redistribuição da água no solo)

O processo de redistribuição determina a quantidade de água retirada a cada instante das


diferentes camadas do perfil do solo
Transferência de água no Sistema Solo-Planta-
Atmosfera
Entradas de água:
 Chuva
 Irrigação
 Orvalho
 Escoamento superficial

Saídas de água:
 Evaporação
 Transpiração das plantas
 Percolação profunda
 Escoamento superficial
Variação do Volume de água no solo = Entradas - Saída
𝑆2 − 𝑆1 = 𝐼𝑟 + 𝑃 − 𝐸𝑣 + 𝑇
𝑆2 = 𝑆1 + 𝐼𝑟 + 𝑃 − 𝐸𝑣 + 𝑇 Eq. Balanço hídrico
Transferência de água no Sistema Solo-Planta-
Atmosfera

ATMOSFERA

FOLHA

RAIZ DA PLANTA

Movimento de água (espontâneo) SOLO


A > B > C > D
Figura 1: Movimento de água no sistema solo  planta  atmosfera
Movimento da água no Sistema Solo-Planta-
Atmosfera

ATMOSFERA

A (Solo)  retida nos poros do solo

B para C (Planta)  sistemas condutores PLANTA


de água: xilema (afetado por fungos,
bactérias e falta de água)

D (Água na Atmosfera)  Sob a forma


de vapor
SOLO
Lâmina precipitada e irrigada como volume de
água

Superfície = 1m2 Parte-se que:


Volume de Água:
h = 1 mm H2O 1 m3 = 1.000 L

1m = 1000 mm

1 𝑚3 = 1𝑚2 ∗ 1𝑚. 𝐻2 𝑂 ↔ 1.000 𝐿. 𝐻2 𝑂

1.000 𝐿. 𝐻2 𝑂 1 1 𝐿. 𝐻2 𝑂
ℎ = 1𝑚𝑚. 𝐻2 𝑂 ↔ 2
∗ ↔
1𝑚 1000 1𝑚2
Lâmina precipitada e irrigada como volume de
água
Exemplo.1: Qual o volume diário aplicado por um Pivô Central com lamina de
projeto de 9,5 mm/d, sendo sua área de 92 ha?
Dados:
AI = 92 ha;
Lir=9,5 mm/d = 9,5 mm/21 horas

𝐿 104 𝑚2 1 𝑚2
𝑉𝑜𝑙. 𝑖𝑟 = 9,5 2 ∗ 92ℎ𝑎. ∗ 3
↔ 8.740 𝑚3 . 𝐻2 𝑂
𝑚 𝑑 ℎ𝑎 10 𝐿

8.740𝑚3 8.740𝑚3 𝑚 3
… e a vazão diária…. 𝑄𝑝𝑖𝑣𝑜 = ↔ ↔ 416,2 ℎ
𝑑 21 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠
Lâmina precipitada e irrigada como volume de
água

Expressão da vazão de projeto em sistemas irrigados….

𝐿 104 𝑚2 1 𝑚2 8.740 𝑚3
𝑄𝑝𝑖𝑣𝑜 = 9,5 2 ∗ 92ℎ𝑎. ∗ ↔
𝑚 𝑑 ℎ𝑎 103 𝐿 21 ℎ 𝑑

Lir AI
(mm/d) (ha)

10 ∗ 𝐴𝐼 ∗ 𝐿𝑖𝑟 𝑚3
𝑄𝑝𝑖𝑣𝑜 = . ℎ
21 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠
Lâmina precipitada e irrigada como volume de água

Exemplo.2: Considerando que o pivô do Exemplo.1 irrigou durante a safra de milho


180mm e essa safra durou 120 dias.
a) Qual o volume de água distribuído?

𝐿 104 𝑚2 1 𝑚2 3
𝑉𝑜𝑙. 𝑖𝑟 = 180 2 ∗ 92ℎ𝑎. ∗ ↔ 165.600 𝑚 . 𝐻2 𝑂
𝑚 . 𝑠𝑓 ℎ𝑎 103 𝐿
b) Qual a vazão media distribuída?
165.600𝑚3 3
𝐶𝐴𝑃 = ↔ 65,71 𝑚 ℎ
120𝑑. 21 ℎ 𝑑

c) Número de dias de irrigação?


180 𝑚𝑚/𝑠𝑓
𝑁𝑟. 𝑑𝑖𝑎𝑠. 𝑖𝑟𝑟𝑖𝑔𝑎çã𝑜 = ↔ 18,95 ≈ 20𝑑𝑖𝑎𝑠. 𝑖𝑟𝑟𝑖𝑔𝑎çã𝑜
9,5𝑚𝑚 𝑑

d) Interprete esses resultados e discuta.


Tema 1: Sistema Edafoclimático e demanda de água pelas
culturas.

2. Água no “solo agrícola”:


i. Solo e sua função na agricultura e aspectos físicos
ii. Principais tipos de solo e diferenças na estrutura física
iii. O volume de solo, “armazenamento de água” e determinação do teor de
água no solo
iv. Retenção de água no volume de solo para diferentes tipos
v. Determinação da reposição de água no solo e balanço hídrico
vi. Métodos de determinação da umidade do solo
Volume Fisico do solo

Superfície = Terreno

(i) Sistema Trifásico: fase sólida (matriz)


+
fase líquida (água)
+
fase gasosa (ar)
(ii) Meio poroso:
interface solo-água-atmosfera;
transporte de gase;
movimento e retenção da água
no solo;
Volume Fisico do solo
Sistema Trifásico
Massa de Solo: Volume de Solo:
Ms – sólidos Vs – sólidos
Ma – água Va – água
Mar – ar = 0 Var – ar
Mt = Ms + Ma Vt = Vs + Va + Var
Fase sólida:
Caracterização da massa de sólidos (Ms)
(i) Textura do solo: distribuição de partículas por tamanho
(ii) Estrutura: Arquitetura da fase sólida definindo o rearranjo
e estabilização dos agregados e agregação.

A estrutura do solo refere-se ao arranjo das partículas e à adesão de partículas menores na


formação de unidades maiores, denominadas de agregados.
Um solo bem estruturado possui: muitos agregados; melhor permeabilidade; melhor
aeração; penetração de raízes mais facilitada.
Fase sólida:
Escalas (em mm) de tamanhos das partículas

USDA
Fração Fração Fração Fração Areia
mui to mui to
Textural argila silte fi na
fina média grossa
gros s a
cascalho
mm 0.002 0.05 0.1 0.25 0.5 1.0 2.0
ISSS
Fração Fração Fração Fração Areia
Textural argila silte fi na grossa cascalho
mm 0.002 0.02 0.2 2.0
SBCS
Fração Fração Fração Fração Areia
Textural argila silte fina grossa cascalho
mm 0.002 0.05 0.2 2.0
Fase sólida: Classificação textural do solo
Triângulo de grupamento textural (Embrapa, 2006)

Exemplo solos com distribuição


das
Partículas:

 15% areia
 30% silte solo argiloso
 55% argila
Fase sólida: Classificação textural do solo
E principais propriedades físico-hídricas
Solos de Textura Arenosa, denominados como “Solos Leves” :
Distribuição textural: areia >=70%; argila <15%;
Matéria orgânica: grande dificuldade de retenção, com baixos teores de
MO;
Propriedades hídricas: excelente drenagem interna e baixa capacidade de r
etenção de água;
Altas taxas de infiltração;
Perdas significativa de lamina de água por percolação
interna;
Características de manejo:solos muito susctíveis à erosão;
lâminas de irrigação baixas e frequêntes;
desperdício das lâminas de água por percolação interna;
Adequado para sistemas com capacidade de aplicação
moderada.
Fase sólida: Classificação textural do solo
E principais propriedades físico-hídricas

Solos de Textura Média, denominados como “Solos Médios ou


Francos”:

Distribuição textural: areia >=15%; argila <35%;


Matéria orgânica: grande dificuldade de retenção, com baixos teores de
MO;
Propriedades hídricas: boa drenagem interna e boa capacidade de retenção de
água;
Sem perdas significativa de lamina de água por
percolação interna;

Características de manejo:são solos fisicamente ideias para manejo da irrigação;


são apropriados para qualquer sistema de irrigação
Fase sólida: Classificação textural do solo
E principais propriedades físico-hídricas
Solos de Textura Argilosa, denominados como “Solos Pesados”:

Distribuição textural: argila >=35%;


Matéria orgânica: grande capacidade de retenção, com altos teores de
MO;
Propriedades hídricas: má drenagem interna; alta capacidade de retenção de
água e baixas taxas de infiltração;
Podem ocorrer perdas significativas de lamina de água
por escoamento superficial, quando aplicadas altas
lâminas de água.
Características de manejo:solos fisicamente suscetíveis à compactação quando mal
manejados, especialmente quanto a umidade de
trabalho;
apropriados para sistemas de irrigação com baixa
capacidade de aplicação.
Tipos de solo no contexto físico
(imagens do site:www.pedologiafacil.com.br)

Solos rasos: Cambissolos


Tipos de solo no contexto físico
(imagens do site:www.pedologiafacil.com.br)

Solos arenosos: Neossolos Quartzarênicos


Tipos de solo no contexto físico
(imagens do site:www.pedologiafacil.com.br)

Argissolos, antigos podzólicos (horizonte sub superficial Bt)


Tipos de solo no contexto físico
(imagens do site:www.pedologiafacil.com.br)

Nitossolos (horizonte sub superficial Bt, antiga Terra Rocha)


Tipos de solo no contexto físico
(imagens do site:www.pedologiafacil.com.br)

Latossolos (horizonte sub superficial Bw)


Contexto físico do Solo

Solo: Fase mineral Fase mineral


Fase líquida
Fase gasosa Areia
Silte Textura do solo M. O.
Argila

Arranjadas

Estrutura do solo
Sistema poroso
(Agregados)

Gases Ar do solo
Água

Precipitação Absorvida pelas raízes


Irrigação Drenada para camadas mais profundas
Evaporar
Volume de Vazios do Solo: Porosidade

macroporos
microporos
Volume de Vazios do Solo: Porosidade

Matematicamente:

Vsolo = Vs + Var + Va → Vs + Vporos

Porosidade:
“teor” de poros no volume de solo
𝑉𝑝𝑜𝑟𝑜𝑠
𝜂= I. Quantifica de forma relativa a quantidade
𝑉𝑠𝑜𝑙𝑜 total de poros no volume de solo, porém não
traz informação a respeito da distribuição dos
diferentes tipos de poros.

II. A distribuição, arranjo e tamanho dos poros


está associado à estrutura do solo.
Volume de Vazios do Solo: Porosidade

Classes Diâmetro
de Poros (mm) Principais atributos dos poros
macroporos > 300 Drenagem interna; Aeração do solo
mesoporos 50 - 300 redistribuição e movimento da água
microporos < 50 retenção de água
Adaptado de Prevedello (1996)

Classes de Solos n (m3poros/m3solo) Predominância de


arenosos 0.35 - 0.50 macroporos
siltosos e francos 0.30 - 0.55
argilosos 0.40 - 0.65 Predominância de
humíferos (úmidos, Alta MO) 0.60 - 0.80 microporos
turfosos (úmidos, Alta MO) 0.80 - 0.85
Adaptado de Prevedello (1996)
Massa específica (ρ, kg/m3)

𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 (𝑘𝑔)
Matematicamente: 𝜌 =
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 (𝑚3)

no caso do solo, define-se:

𝑀𝑠 (𝑘𝑔) Característica da fase


… dos sólidos: 𝜌𝑠 =
𝑉𝑠 (𝑚3) sólida do solo

𝑀𝑠 (𝑘𝑔)
… do solo: 𝜌= Considera a
𝑉𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 (𝑚3) porosidade do solo
Massa específica de sólidos (ρs, kg/m3)

𝑀𝑠 (𝑘𝑔)
𝜌= Obtido de amostra deformada
𝑉𝑠 (𝑚3)
3
Minerais rm (kg/m )
caulinita 2600 - 2680
hematita 4900 - 5300
magnetita 5180
mica 2700 - 3000
quartzo 2650 - 2660
Distribuição das partículas da
média 2650
fase sólida do solo
Adaptado de Prevedello (1996)
Massa específica de sólidos (ρs, kg/m3)

𝑀𝑠 (𝑘𝑔)
𝜌= Obtido de amostra indeformada
𝑉𝑡 (𝑚3)
Peso específico dos principais
solos tropicais
3
Classes de Solos rsolos (kgm )
argilosos 900 - 1250 Geralmente, quanto mais
arenosos 1250 - 1600 arenoso maior a massa
humíferos (úmidos, Alta MO) 750 - 1000 específica
turfosos (úmidos, Alta MO) 200 - 500

Com o tempo, a massa específica do solo pode ser alterada em função do manejo e
operações agrícolas

…..e a massa específica


Volume Fisico do solo
Sistema Trifásico: Solo + Água

matriz do solo Água “retida”

gases
Água no Solo: Umidade do solo Gravimétrica
Base na massa de sólidos

𝑀𝑎 (𝑘𝑔. 𝑎𝑔𝑢𝑎)
Matematicamente: 𝑈 =
𝑀𝑠 (𝑘𝑔. 𝑠ó𝑙𝑖𝑑𝑜𝑠)

Quantidade de água presente em uma amostra


indeformada de solo, seca na estufa a
temperature de 105°a 110°C
Água no Solo: Umidade Volumétrica
Base no volume de solo

𝑉𝑎 𝑚3
Matematicamente: 𝜃 = 𝑉𝑠𝑜𝑙𝑜 𝑚3

𝑀
Lembrando que: 𝜌= →𝑉=𝑀 𝜌
𝑉

𝑀𝑎 𝜌𝑎 𝑀𝑎 𝜌𝑔
Logo: 𝜃 = → ∗ → 𝜃 = 𝑈 ∗ 𝑑𝑠
𝑀𝑠 𝜌𝑔 𝑀𝑠 𝜌𝑎
Água no Solo:
Determinação da Umidade do Solo em Laboratório
Amostras
1 – Amostra In/deformada em deformadas Indeformadas
embalagem impermeável

2 – Pesar e transferir para estufa


a 105 - 110°C por 24 horas
Balança Precisão Estufa
3 – Pesar a amostra seca.

4 - Determinação:

𝑀𝑢 𝑔 − 𝑀𝑠(𝑔)
𝑈= → 𝜃 = 𝑑𝑠. 𝑈
𝑀𝑠(𝑔) imagens extraídas de:
Apresentação Materiais de construção (TC-031): Agregados
Prof. José de Almeida Freitas Jr.,
Água no Solo: Exemplo - 1
Determinação da Umidade do Solo em Laboratório

Um cilindro de 4cm altura e 5 cm de diâmetro de solo tem massa


úmida (Mu) de 110,5 g e massa seca (Ms) de 91,49 g. Sabendo-se
que a ρs =2,65g/cm3, determine:

1 – Qual a densidade do solo?

𝑀𝑠(𝑘𝑔) 91,49 1000 𝑘𝑔


𝜌= → → 1.164,89
3
𝑉(𝑚 ) 7,854. 10−5 𝑚3

𝜋. 𝐷2 𝜋. 0,052
𝑉𝑐 = 𝑆𝑐 ∗ ℎ → ∗ℎ = ∗ 0,04 → 7,854. 10−5 𝑚3
4 4
Água no Solo: Exemplo - 1
Determinação da Umidade do Solo em Laboratório

Um cilindro de 4cm altura e 5 cm de diâmetro de solo tem massa


úmida (Mu) de 110,5 g e massa seca (Ms) de 91,49 g. Sabendo-se
que a ρs =2,65g/cm3, determine:

2 – Umidade do solo?

𝑀𝑢 110,5 − 91,49 𝑔. 𝑎𝑔𝑢𝑎


𝑈= → → 0,2078 𝑔. 𝑠𝑜𝑙𝑜
𝑀𝑠 91,49

𝑚 3
𝜃 = 𝜌 ∗ 𝑈 → 0,2078 ∗ 1,164 → 0,242
𝑚3 . 𝑠𝑜𝑙𝑜
Água no Solo: Exemplo - 1
Determinação da Umidade do Solo em Laboratório

Um cilindro de 4cm altura e 5 cm de diâmetro de solo tem massa


úmida (Mu) de 110,5 g e massa seca (Ms) de 91,49 g. Sabendo-se
que a ρs =2,65g/cm3, determine:

3 – Porosidade total?

𝜌 1164,89 𝑚 3
𝑛 =1− →1− → 0,56
𝜌𝑠 2650 𝑚3
4 – % dos Poros “comprometido com água”?
𝜃 0,242 𝑚 3
%agua.poros= → → 0,432 𝑚3
𝑛 0,56
Água no Solo
Expressar a água do solo em função de uma lamina h

Água “retida”
representada por uma lamina h

Superfície
S
h
Profundidade
→Z
do Solo
Água no Solo
Expressar a água do solo em função de uma lamina h

𝑉𝑎
𝑉𝑎 = ℎ ∗ 𝑆 → ℎ = Superfície
𝑆
S
Lembrando… 𝑉𝑎 = 𝜃. 𝑉𝑡 h
Z
𝑉𝑡 ∗ 𝜃 𝑆 ∗ 𝑍 ∗ 𝜃
ℎ= →
𝑆 𝑆
Vt é o volume de solo = Z.S
ℎ = 𝜃. 𝑍 Profundidade
“explorada” do solo mm
Va é o volume de água

Umidade volumétrica em m3/m3


Lâmina água do solo (mm)
Água no Solo
Expressar a água do solo em função de uma lamina h

Profundidade “explorada” do solo = 300 mm; Superfície


S
Umidade volumétrica = 0,236 m3/m3;
h
Z
Qual a lamina de água no solo?

3
ℎ = 𝜃. 𝑍 → 0,236 𝑚 ∗ 300𝑚𝑚 → 70,8𝑚𝑚. 𝐴𝑔𝑢𝑎
𝑚3
Reposição da Água no Solo
Lâmina de água de reposição

Lâmina de água no solo (mm/1 metro de Z)


220 240 260 280 300 320
Profundidade do solo

(-)

Z
Lamina de Lamina de
água no solo água no solo
(+) Atual (h1) final (h2)

Umidade Atual Capacidade Campo

Lâmina de reposição da água no solo:

𝐿𝑎𝑚 = ℎ2 − ℎ1 → 𝜃2 . 𝑍 − 𝜃1 . 𝑍 → 𝜃2 − 𝜃1 . 𝑍
Reposição da Água no Solo
Lâmina de água de reposição

Lâmina de água no solo (mm/1 metro de Z)


1- Capacidade de Campo:
220 240 260 280 300 320
(-) qcc=0,30 m3/m3

2 - Umidade atual
Profundidade do solo

q1=0,263 m3/m3

Umidade Atual Capacidade Campo


3 - Profundidade explorada
Z 0.20 0.22
Umidade da água no solo (m3/m3)
0.24 0.26 0.28 0.30 0.32
Z=300 mm

𝐿𝑎𝑚 = 𝜃2 − 𝜃1 . 𝑍
𝐿𝑎𝑚 = ,3−, 263 . 300
(+) 𝐿𝑎𝑚 = 11,1𝑚𝑚. 𝑎𝑔𝑢𝑎
Umidade Atual Capacidade Campo
Água no Solo: Exemplo - 2
Perfil Real de água no solo

Profun- Massa da amostra (kg) Peso Umidade do solo Lâmina


didade Sólidos Gravi- Volu- Água no
Solo Úmida +Tara Tara Sólidos Água Específico métrica métrica solo (h)
DZ (mm) Mu Ms+T T Ms Ma ρs (kg/m3) U (kg/kg) q (m3/m3) (mm.Agua)

0-200 0.1310 0.11621 0.0227 0.09351 0.0148 1190.6 0.158 0.188 37.6
200 - 400 0.1262 0.11118
400 - 600 0.1274 0.11027
600 - 800 0.1336 0.11418
800 - 1000 0.1347 0.11352
1000 - 1200 0.1382 0.11430

Volume do cilindro:
𝜋. 𝐷 2 𝜋. 0,042
𝑉𝑐 = 𝑆𝑐 ∗ ℎ → ∗ℎ = ∗ 0,04 → 7,854. 10−5 𝑚3
4 4
Reposição da Água no Solo
Lâmina de água de reposição

Perfil da Umidade Atual do solo (m3/m3)


0.17 0.19 0.21 0.23 0.25 0.27 0.29 0.31 0.33
0
Profundidade do solo

200
400
600
Z 800
1000
1200
1400

Umidade Atual Capacidade de Campo Umidade Média

𝐿𝑎𝑚 = 𝜃𝑓 − 𝜃𝑎 . ∆𝑍 →≅ 𝜃𝑓 − 𝜃𝑎 . 𝑍
Perfil da Umidade de Água no Solo: Reposição
de água até profundidade efetiva da raiz (Z.raiz)
Profundidade Umidade Umidade Capacidade Profundidade
do solo Atual Média de Campo solo explorada Lâmina de irrigação
(mm) (m3/m3) (m3/m3) (m3/m3) (mm) h (mm)
0 0.188 0.3 (0.3-0.189)*300mm
200 0.188 0,189 0.3 300mm = 33,3 mm
300 0.191 0.3
400 0.204 0.3
500 0.217 0.3
600 0.232 0.3 (0.3-0.236)*1200mm
700 0.246 0.236 0.3 1200mm = 76,8 mm
800 0.258 0.3
900 0.269 0.3
1000 0.287 0.3
1200 0.305 0.3
Perfil da Umidade de Água no Solo: Reposição
de água até profundidade efetiva da raiz (Z.raiz)

Perfil da Umidade Atual do solo (m3/m3)


0.17 0.19 0.21 0.23 0.25 0.27 0.29 0.31 0.33
0
200 Lâmina = 33, 3 mm
400
600 Lâmina = 76,8 mm
800
1000
1200
1400

Umidade Atual Reposição até 300mm Resposição até 1200


Perfil da Umidade de Água no Solo: Reposição
de água até profundidade efetiva da raiz (Z.raiz)
Regulagem Tempo Lâmina
Relê do Pivo de Giro de Proje-
(%) (horas) to (mm)
100 13.0 6.2
95 13.7 6.5
90 14.5 6.9
85 15.3 7.3
80 16.3 7.8
75 17.4 8.3
70 18.6 8.9
Lâmina = 33,3 mm 65 20.0 9.5
Quantas horas irrigando? 60 21.7 10.3
55 23.7 11.3
50 26.0 12.4
45 28.9 13.8
40 32.6 15.5
35 37.2 17.7
Lâmina = 76,8 mm 30 43.4 20.7
Quantas horas irrigando? 25 52.1 24.8
20 65.1 31.0
15 86.8 41.3
10 130.2 62.0
5 260.5 124.0
Representação da midade do solo

Solo Saturado: Solo Úmido:


 =θ q ~ θcc
Potencial mátrico Potencial mátrico
> capacidade campo = 6 atm – 10 atm
Representação da umidade do solo

Solo Pouco Úmido: Solo Seco:


qpmp <  < θcc q ~ θpmp
Potencial mátrico
= 15 atm
Princípios de retenção de água pelo solo

A água é retida nos poros do solo por dois fenômenos,


capilaridade e adsorção.
Princípios de retenção de água pelo solo

ADSORÇÃO – Ocorre quando as moléculas de água são presas às partículas minerais ou


orgânicas devido às diferenças de cargas elétricas na forma de filmes de água envolvendo
estas partículas.
A energia de retenção da água nestas condições é muito forte, requerendo grandes
quantidades de energia para se retirar essa água do solo. E ocorre quando o solo está seco
e as partículas minerais são envolvidas por um filme de água.
Princípios de retenção de água pelo solo
Mecanismo de adsorção:
Campo elétrico presente na superfície dos argilominerais que são carregados
negativamente. Devido a natureza dipolar das moléculas de água, elas se orientam nesse
campo elétrico ao redor da partícula e essa força decresce gradualmente com a distância
dessa superfície até se tornar nula.
Princípios de retenção de água pelo solo

CAPILARIDADE – é a afinidade entre as


partículas sólidas do solo e a água, estando
sempre associada a uma interface curva água-
ar.
Quanto menor o Ø do tubo, maior h e portanto
mais negativa a pressão.

A explicação dos fenômenos de


capilaridade é feita com base numa
propriedade associada com a superfície livre
de qualquer líquido, denominada tensão
superficial.
Princípios de retenção de água pelo solo

 Uma consequência da σ dos líquidos é o fato de que se a superfície de um líquido


deixa de ser plana, surge um pressão p.
CURVA CARACTERÍSTICA DE RETENÇÃO DA
ÁGUA NO SOLO
Representação gráfica da energia de retenção (potencial mátrico
,m) versus umidade do solo.

LAPd md-ar/md PVe md-ar/md

10 10

1 1
TENSÃO, MPa

TENSÃO, MPa
0,1 0,1

0,01 0,01

0,001 0,001
0,00 0,10 0,20 0,30 0,00 0,10 0,20 0,30
UMIDADE VOLUMÉTRICA (m3 m-3) UMIDADE VOLUMÉTRICA (m3 m-3)

0-33 34-53 54-100 0-26 27-55 56-100


CURVA CARACTERÍSTICA DE RETENÇÃO DA
ÁGUA NO SOLO
Potencial total da água: medida feita de forma relativa em comparação com um
estado padrão (valor 0).
Potencial mátrico ou tensão da água no solo: medida de energia, na forma de tensão
(negativa) que a água do solo estará retido na forma de adsorção ou por capilaridade

Resultado dado em energia, na prática se mede energia da água em termos de


energia por unidade de volume.

Pressão
Unidades de potenciais:

101.325 Pa = 101 Kpa = 0,1 Mpa = 1 atm = 1,013 bar = 76 cm Hg = 10,33 m H2O
CURVA CARACTERÍSTICA DE RETENÇÃO DA
ÁGUA NO SOLO
A curva característica depende do arranjo e das dimensões dos poros

Com a curva característica de um solo pode-se estimar Ψm conhecendo-se θ, ou


vice-versa.

Curvas de retenção de água por solos de diferentes tipos e condições


Obtenção da curva de retenção da água no solo
em laboratório de física do solo
Princípio:
A partir de amostra(s) indeformadas de solo, coletadas na área irrigada, são
aplicadas tensões crescentes e determinando a umidade volumétrica para cada
tensão.
Inicialmente, parte-se do solo saturado e aplica-se gradativamente tensões maiores
a amostra de solo (mais negativa)
Coloca-se os valores em escala logarítmica o potencial mátrico no eixo das abcissas
e o valor de umidade volumétrica no eixo das ordenas .
Obtenção da curva de retenção da água no solo
em laboratório de física do solo
Mesa de tensão – baixas tensões matriciais (<‘15 KPa 1 atm)

Câmara de pressão com placa porosa


Câmara de Richards
(Altas tensões)
Richards, 1941, 1947,1948
Obtenção da curva de retenção da água no solo
em laboratório de física do solo
Obtenção da curva de retenção da água no solo
em laboratório de física do solo
Determinação da tensão atual da água no solo:
Instrumentos de campo - Tensiômetro

Dispositivo utilizado para determinar o potencial de


água no solo diretamente no campo. (2)
Composto por uma cápsula porosa, que permite a
entrada e saída da água de acordo com a tensão da
água no solo, e um tubo de PVC, que serve de
(3)
reservatório de água.

(1) Cápsula cerâmica porosa (resistência a


perda de água para o solo

(2) Depósito de água

(3) Vacuômetro, que atualmente está em (1)


substituição por tensímetro
Determinação da tensão atual da água no solo:
Instrumentos de campo - Tensiômetro

• Problemas:
• Operação trabalhosa, dificultando leituras diárias ou de poucos dias;
• O instrumento trabalha apenas para tensões baixas, sendo no máximo
70 a 80 kPa;
• Não funciona bem para solos arenosos;
• Dificuldade de automação
Determinação da tensão atual da água no solo:
Instrumentos de campo – Bloco de resistência

• Princípio idêntico aos blocos de resitência


de Boyocos (blocos de gesso);
• As leituras são diretamente em diferencial
de tensão, que estará relacionada a
umidade do solo
• Operação trabalhosa, dificultando leituras
diárias ou de poucos dias, mas permite
com facilidade automação;
• Necessidade de calibração a campo.
Determinação da tensão atual da água no solo:
Instrumentos de campo – Bloco de resistência

• Exemplo da curva de calibração do sensor de umidade do solo.


Extraído de: Ribeiro et al. (2014). Calibração de sensor para estimativa
volumétrica do teor de água em um Neossolo Quartzarênico. In XLIII Congresso
Brasileiro de Engenharia Agrícola – CONBEA 2014c
Determinação do tamanho do reservatório de
água do solo – Capacidade de água disponível
Curva de retenção de água

Água Disponível

Faixa de 0 a - 1 atm  contém 80% da


água total

Faixa de -1 a -15 atm  contém 20% da


água total

A maior parte da água no solo é retida a


altos potenciais, mas nem sempre é
disponível!
Determinação do tamanho do reservatório de
água do solo – Capacidade de água disponível
CC Capacidade de Campo : “Quantidade de
água retida no solo após a drenagem de seu
excesso, quando a velocidade do movimento
praticamente cessa”.
Solos arenosos – 0,08 atm;
Solos francos – 0,1 atm;
Solos argilosos – 0,33 atm;

PMP Ponto de Murcha Permanente: ““Conteúdo de umidade no qual uma planta não
túrgida (em estado de murcha) não restabelece turgidez”.
Para fins de irrigação adotou-se a tensão de 15 atm.
Determinação do tamanho do reservatório de
água do solo – Capacidade de água disponível

Solo saturado Capacidade de campo Solo seco


Determinação do tamanho do reservatório de
água do solo – Capacidade de água disponível

Extraído de: Albuquerque et al. (2010). Estratégias de manejo de irrigação:


Exemplo de cálculo. In Circular técnica 136, Embrapa Sete Lagoas
Exemplo de determinação da água de irrigação
utilizando curva de retenção
No gerenciamento de uma lavoura de soja com 70 ha de uma propriedade, irrigada
por Pivot Central. Supondo uma profundidade efetiva das raízes de 60 cm, uma ET=
4,5 mm.dia-1 e dada a curva de retenção para o solo em uso, encontre os valores de:
Obs.: Reposição: quando o momento de irrigação de acordo com a cultura.

i. água disponível total ( mm ) em mm

ii. lâmina líquida ( mm )

iii. lâmina bruta ( mm ), considerando eficiência de 85%


Exemplo de determinação da água de irrigação
utilizando curva de retenção

Voltar a
irrigar a
soja!

CC PMP

Curva de retenção de água no solo.

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