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0027
A C Ó R D Ã O
6ª Turma
ACV/li
PROCESSO Nº TST-RR-371300-05.2003.5.12.0027
PROCESSO Nº TST-RR-371300-05.2003.5.12.0027
PROCESSO Nº TST-RR-371300-05.2003.5.12.0027
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V O T O
PROCESSO Nº TST-RR-371300-05.2003.5.12.0027
PROCESSO Nº TST-RR-371300-05.2003.5.12.0027
favoráveis as decisões. Intactos, portanto, os dispositivos de lei e
da Constituição Federal tidos por violados.
Não conheço.
“(...).
Diversamente do alegado pela empresa, o pleito constante da exordial
– pagamento do adicional de periculosidade e reflexos a todos os
integrantes da categoria que trabalham, ou trabalharam, ou que venham a
trabalhar na demandada – é homogêneo, já que possui origem comum e
abrange os empregados da ré individualizados na inicial, pertencentes à
categoria profissional representada pelo sindicato-autor.” (fl. 2.225)
E, em resposta aos embargos de declaração opostos
pela reclamada, complementou:
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PROCESSO Nº TST-RR-371300-05.2003.5.12.0027
A delimitação do v. acórdão regional é no sentido
de que o Sindicato é parte legítima para atuar, por se tratar de
pedido de pagamento do adicional de periculosidade e reflexos a
todos os integrantes da categoria que trabalham, ou trabalharam, ou
que venham a trabalhar na demandada – é homogêneo, já que possui
origem comum e abrange os empregados da ré individualizados na
inicial, pertencentes à categoria profissional representada pelo
sindicato-autor.
O artigo 8º, III, da Constituição Federal
estabelece:
PROCESSO Nº TST-RR-371300-05.2003.5.12.0027
PROCESSO Nº TST-RR-371300-05.2003.5.12.0027
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“(...).
Não discrepa da doutrina o entendimento jurisprudencial do E. TST,
in verbis:
ILEGITIMIDADE ATIVA DO SINDICATO.
SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL DA CATEGORIA. I - Cabe
salientar ter sido cancelada a Súmula/TST nº 310 pelo Tribunal
Pleno, nos autos de Incidente de Uniformização de
Jurisprudência em Embargos apresentados à Subseção I
Especializada em Dissídios Individuais. A partir da nova
orientação jurisprudencial, é forçoso considerar que a
substituição processual não se acha mais restrita às hipóteses
contempladas na CLT, abrangendo doravante interesses
individuais homogêneos, interesses difusos e os coletivos em
sentido estrito. II - Os interesses individuais homogêneos, por
sua vez, se apresentam como subespécie dos interesses
transindividuais ou coletivos em sentido referentes a um grupo
de pessoas que transcendem o âmbito individual, embora não
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PROCESSO Nº TST-RR-371300-05.2003.5.12.0027
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PROCESSO Nº TST-RR-371300-05.2003.5.12.0027
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“(...).
A teor do disposto nos arts. 795 da CLT e 245 do CPC, vige no
processo do trabalho o princípio da convalidação, segundo o qual as
nulidades deverão ser argüidas no primeiro momento em que a parte tiver
de falar nos autos.
In casu, a inspeção judicial foi realizada no dia 30.08.2006 (fls.
1.570/1.572). Todavia, na primeira oportunidade em que a ré falou nos
autos, após a realização da inspeção judicial (fl. 1.601), ela nada alegou
acerca de eventual nulidade do ato praticado.
Do contrário, a demandada chegou a afirmar que a inspeção judicial
era “pretensão antiga da empresa” (fl. 1.601).
Assim, forçoso reconhecer que a empresa se conformou com a
realização da inspeção judicial, ainda que não tenha sido intimada
previamente da realização de tal ato, restando preclusa as arguições de
nulidade posteriores à petição de fl. 1.601.” (fl. 2.230)
PROCESSO Nº TST-RR-371300-05.2003.5.12.0027
“(...).
PROCESSO Nº TST-RR-371300-05.2003.5.12.0027
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“(...).
Está precluso o direito de a empresa arguir a nulidade da sentença por
esse fundamento, uma vez que, apesar de ter havido ‘protestos’ da
reclamada em audiência (fl. 1.978), as razões finais foram silentes acerca da
propalada nulidade decorrente do indeferimento da prova oral (fls.
1.991/1.999).
(...), o momento processual para que a recorrente arguisse a nulidade
do julgado era em razões finais. Todavia, dessa forma ela não procedeu,
restando preclusa a argüição em grau de recurso.” (fls. 2.231/2.231v)
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“(...).
À luz dos ensinamentos doutrinários (...), extraio as seguintes
conclusões:
A primeira, de que o pedido de “desistência” formulado pelos
substituídos que, à época do requerimento, mantinham vínculo
empregatício com a empresa, é ineficaz, já que nesse caso estaria presente o
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vício de consentimento (coação). Porém, tal ilação, a meu ver, não se aplica
aos casos em que o pedido de desistência é ratificado judicialmente (e neste
ponto estou reformulando entendimento).
Nessa hipótese – pedido de desistência ratificado em juízo -, o temor
do empregado em relação ao empregador é afastado pela presença do Juiz.
O magistrado, diante dos questionamentos efetuados àqueles presentes em
juízo, acompanha as reações emocionais necessárias à formação do seu
convencimento, bem como transmite segurança necessária ao trabalhador
para que ele possa, sem a pressão do empregador, confirmar ou não o seu
pedido de “desistência”.
Resumindo, o pedido de desistência, quando ratificado em juízo, goza
da segurança jurídica necessária à sua homologação.
A segunda, é de que devem ser chancelados os requerimentos de
desistência feito por aqueles substituídos que, à época do requerimento, não
mais possuíam vínculo de emprego com a demandada. Nesse caso, a coação
não pode ser presumida, uma vez que o trabalhador, como bem pontuou o
ilustre professor Alcione Niederauer Corrêa, já estava fora dos limites da
autoridade de quem o dirigia e subordinava.
In casu, verifico da relação de fls. 2.001/2.023, que há pedido de
“desistência” da ação formulado por substituídos que, à época do
requerimento de “desistência”, não mais possuíam vínculo de emprego com
a demandada. São eles: Dilcei da Silva (fl. 2.007), Eloir de Souza (fl.
2.008), João Batista Fernandes (fl. 2.012), João Tachinski (fl. 2.013) e
Rodrigo Mendes Fernandes (fl. 2.019).
Assim, mantenho a decisão recorrida quanto à homologação do
pedido de “desistência da ação” formulado pelos substituídos Dilcei da
Silva, Eloir de Souza, João Batista Fernandes, João Tachinski e Rodrigo
Mendes Fernandes.
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“(...).
Embora não tenha constado expressamente do acórdão, resta claro
que era do sindicato-autor o ônus de provar a existência de vício de
consentimento relativamente aos pedidos de ‘desistência’ formulados pelos
substituídos.
Desse mister o sindicato-autor se desincumbiu parcialmente, já que a
tese defendida por esta C. Turma, amparada na doutrina, foi no sentido de
que o pedido de ‘desistência’ formulado pelos substituídos que, à época do
requerimento, mantinham vínculo empregatício com a empresa seria
ineficaz, já que, nesse caso, estaria presente o vício de consentimento
(coação), exceto quando o pedido de desistência fosse ratificado
judicialmente.” (fl. 2.279v)
PROCESSO Nº TST-RR-371300-05.2003.5.12.0027
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“SETOR DE IMPRESSÃO
(...).
Consignou o perito que o setor de impressão era constituído de 10
(dez) máquinas impressoras, sendo cada máquina alimentada por uma lata
de tinta inflamável com capacidade de 20 litros, bem como havia, ao lado
de cada uma das máquinas, uma bombona contendo 10 litros de solvente,
cabendo ao operador de impressora e aos seus auxiliares as atividades de
alimentação destes produtos, quer corrigindo a viscosidade com a mistura
de solventes ou mesmo trocando várias latas de tinta (fl. 1.704).
Registrou, também, que além dos volumes abertos em uso ou
aguardando a utilização, outros recipientes eram depositados junto às
paredes do setor de impressão.
Diante de tais fatos (não impugnados pela empresa – vide
manifestação de fls. 1.734/1.744), o perito reputou que os empregados da
ré, que laboravam no mencionado setor, fariam jus à percepção do adicional
de periculosidade por ingressarem em área de risco (depósito de
PROCESSO Nº TST-RR-371300-05.2003.5.12.0027
PROCESSO Nº TST-RR-371300-05.2003.5.12.0027
“(...).
De fato, a NR 16 não prevê o pagamento do adicional de
periculosidade por atividade e operações perigosas com radiações
ionizantes. Tal hipótese está contemplada na Portaria nº 3.393, de 17 de
dezembro de 1987, sobre a qual já se manifestou o E. TST no sentido de
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“(...).
A cominação de multa diária imposta na decisão recorrida tem
natureza jurídica de astreintes, cujo escopo é compelir a ré a cumprir a
obrigação de fazer na qual restou condenada, podendo, inclusive, ser
aplicada de ofício pelo Juízo a quo, conforme disposição contida no §4º do
art. 461 do CPC, de aplicação subsidiária no processo do trabalho
(inteligência do disposto no art. 769 da CLT).
Logo, não há falar em julgamento extra petita.” (fl. 2.246v)
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X – HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
CONHECIMENTO
O Eg. Tribunal Regional manteve a condenação da
reclamada ao pagamento de honorários advocatícios, sob o seguinte
fundamento:
“(...).
É inegável que o sindicato presta assistência judiciária ao empregado,
mesmo quando age como substituto processual, o que implica no direito à
reversão dos honorários em favor da entidade de classe, a fim de serem
compensados os encargos decorrentes da assistência judiciária que a própria
lei impõe.
Em que pesem os entendimentos antagônicos, o Ministro Coqueijo
Costa, em voto proferido no processo TST/TRR 2404/81 (acórdão nº
852/82, da 1ª Turma), leciona:
O substituto processual é parte, tanto que o art. 6º do CPC dispõe:
ninguém poderá pleitear, em nome próprio, direito alheio, salvo
quando autorizado por lei.
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PROCESSO Nº TST-RR-371300-05.2003.5.12.0027
PROCESSO Nº TST-RR-371300-05.2003.5.12.0027
“(...).
Ainda que o sindicato-autor não tenha indicado quais os substituídos
que percebem/perceberiam salário igual ou inferior ao dobro do mínimo
legal, e que os substituídos que recebem/recebiam salário superior ao dobro
do mínimo legal não tenham declarado que a situação econômica não lhes
permitiria demandar sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família,
inviável se mostra a reforma do julgado pela via estreita dos embargos de
declaração.
No mais, a tese desta C. Turma para indeferir a exclusão dos
honorários advocatícios da condenação, consistiu, em suma, no argumento
de que tal verba seria cabível nas hipótese de substituição processual, já que
não haveria como se estabelecer uma política de coletivização das ações
quando se incentiva o ajuizamento de ações individuais em detrimento da
preferência pelas ações coletivas.” (fl. 2.274)
PROCESSO Nº TST-RR-371300-05.2003.5.12.0027
MÉRITO
Dispõe o artigo 14 da Lei n° 5.584/70, verbis:
PROCESSO Nº TST-RR-371300-05.2003.5.12.0027
PROCESSO Nº TST-RR-371300-05.2003.5.12.0027
ISTO POSTO