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V

MlNISTÉRIO DA AGRICULTURA
SERVICO FLORESTAL
Setor de Inventarios Florestais

B O L E T I M N.° 6

INVENTARIOS FLORESTAIS
NA AMAZÖNIA

DAJVEVnS HEINSDIJK
Eneenheiro-florestal, Conselheiro técnico da
FAO sóbre Inventarios Florestais junto a
Divisäo de Silvicnltura do Deparfcanento de
Eecnrsos Naturais Benovaveis

A. DE MIRANDA BASTOS
Botänico, do Setor de Inventarios Florestais,
da Divisäo de Silvicultora, do Departamento
de Eecnrsos Naturais Benoväveis

RIO DE JANEIRO
Brasil
1863
Publkacöes do Setor de Inventarios Florestais

BOLETIM N.» X — VOLUMES DO PINHEIRO — Tabelas de volumes e outros


dados sóbre o pinheiro brasileiro em S a n t a Catarina. 1959.
DAMMIS HEINSDIJK.

BOLETIM N.« 2 — A FLORESTA DO AMAPARI-MATAPI-CUPIXI (Território


Federal do Amapä) — Inventärio florestal. 1960.
A.- DE MIRANDA BASTOS.

BOLETIM N.» 3 — O PINHEIRO BRASILEIRO EM SANTA CATARINA —


Dados d u m inventärio florestal pilöto. 1960.
D A M M I S H E I N S D I J K - ROBERTO O N E T Y SOARES - H E L M U T HAUFE.

BOLETIM N . ' 4 — ELEMENTOS BASICOS DE MATEMATICA-ESTATÏSTICA


NOS TRABALHOS DE INVENTARIOS FLORESTAIS. 1961.
H E L M U T HAUFE e ROBERTO O N E T Y SOARES.

BÖLETIM N . ' 5 — PLANTACÖES DE CONIFERAS NO BRASIL — Estudo pre-


liminar sóbre volumes e rendimentos da Araucaria angusti-
folia, Cryptomeria japonica, Cunnvnghamia lanceolata e Fi-
nns elliotti. 1962.
D A M M I S H E I N S D I J K e ROBERTO O N E T Y SOARES.

— Com u m estudo econömico p o r A. DE MIRANDA BASTOS


e ROBERTO O N E T Y SOARES.

BOLETIM N.« 6 — INVENTARIOS FLORESTAIS NA AMAZÓNIA. 1963^


D A M M I S H E I N S D I J K e A. DE MIRANDA BASTOS.

AVULSO — GLOSSARIO DOS TÉRMOS USADOS EM ANATOMIA DE


MADEIRAS. 1960.
F . R. MILANEZ e A. DE MIRANDA BASTOS.

AVULSb — THE FUTURE OF THE BRAZILIAN PINE FORESTS --

Catarina. (Contribution t o t h e Fifth World Forest Con-


gress). 1960.

EM VIAS DE CONCLUSÄO ^_ _________ -


BOLETIM N . ' 7 — INVENTÄRIO FLORESTAL PILÓTO NO ESPiRITO SANTO
BOLETIM N . ' 8 — INVENTÄRIO DAS PLANTACÖES DO EUCALIPTO NO
BRASIL
I

MiNISTÉRIO DA AGRICULTURA
SERVIQO FLORESTAL
S e t o r de I n v e n t ä r i o s Florestais

B O L E T I M N.° 6

INVENTÄRIOS FLORESTAIS
NA AMAZÖNIA

DAMMIS HEINSDIJK
Engenheïro-florestal, Conselheïro técnico da
FAO söbre Inventärios Florestais junto ä
Divisäo de Silvicultura do Departamento de
Recursos Naturais Renoväveis

A. DE MIRANDA BASTOS
Botänico, do Setor de Inventärios Florestais,
da Divisäo de Silvicultura, do Departamento
de Recursos Naturais Renoväveis
r~' '" • '" ' ' ^
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RIO DE JANEIRO
Brasil
1963

Tlu^o
I N D I C E

Päg.

AGRADECIMENTO 5

ANTECEDENTES 7

AMAZÖNIA BRASILEIRA 11

A FLORESTA 16

Quadro n.« 1 — Porcentagem das ärvores do estrato superior 17

MÉTODOS D E TRABALHO 25

Quadro n.' 3 — Tabela de volume geral de madeira sem casca 32

Quadro n.' 4 — Tabela de volume local p a r a espécies ou grupo de. es-


pécies 34

Quadro n." 5 — Tabela de volume local p a r a espécies florestais de im-

portäncia econömica 36

Quadro n.« 6 — Tabela de volume do tronco comerciavel do mogno . . 37

Quadro n.° 7 — Tabela de diametro do tópo dos troncos 38

COMPOSICÄO DA FLORESTA 44

TABELAS DAS POSSIBILIDADES D E PRODUCÄO DE MADEIRA DAS


FLORESTAS ESTUDADAS 62
Quadro n.» 2 — Tabelas de possibilidades da producäo de m a d e i r a das
espécies amazönicas inventariadas 65

ASPECTOS ECONÖMICOS DA INDUSTRIA DA MADEIRA N A AMAZÓNIA 81

RELACÄO DAS ARVORES E X I S T E N T E S NAS FAIXAS INVENTARIA-


DAS P E L A MISSÄO DA FAO NA AMAZÓNIA 88

F O R E S T INVENTORIES IN T H E AMAZON — Summary 97


AGRADECIMENTO

É impossivel arrolar os nomes de todos quantos, valiosamente, con-


tribuiram para que pudesse ser plenamente executado o projeto de in-
ventärios ßorestais realizado na Amazonia no periodo 1953-1961, tantos
êles foram, desde as mais< altas autoridades do Govêrno brasïleiro, sem-
pre interessadas em que nada faltasse aos trabalhos, até os mais hu-
mïldes caboclos que, com seus modestos salärios ou espontäneamente,
remavam as nossas canoas, abriam picadas na mata, ensinavam os no-
mes das arvores, cagavam ou pescavam e faziam o mais que Ihes era
pedido, sem consideragöes pelo horario ou o estado do tempo, a firn de
que o objetivo em mira fósse alcangado.
Estendendo a todos êles os protestos da nossa gratidäo, pedimos
vênia para destacar os seguintes nomes:

Dr. Gabriel Hermes Filho, Presidente do Banco de Crédito


da Amazönia, e sr. Pedro Sales dos Santos, Presidente do Ins-
titute Nacional do Pinho, que forneceram recursos para as des-
pesas locais da Missäo Florestal da FAO durante o primeiro
ano de atividade;
Dr. Arthur César Ferreira Reis, primeiro Superintendente
da Superintendência do Plano de Valorizagäo Económica da
Amazönia (SPVEA), que, chamando, depois, para esta autar-
quia, as despesas em aprêgo, deu ä Missäo o móximo de apöio
e de interesse que éla poderia desejar;
Dr.- Waldir Bouhid, que sucedeu ao dr. Ferreira Reis na
diregäo da SPEA;
Tte. coronel Janary Gentil Nunes, que, como Governador
do Território Federal do Amapa, custeou os estudos na re-
giäo do Amapari-Matapi-Cupixi;
Dr. Amilcar da Silva Pereira, Governador do referido Ter-
ritório, quando da conclusäo dos trabalhos;
Engenheiro-agrónomo Roberto Onety Soares (1955 a 1956);
agronomando Niomar Carvalho (1956 a 1958); engenheiro-flo-
restal B. B. Glerum (1956 a 1961, primeiro como bolsista do
\ Govêrno da Holanda, depots como técnico contratado peïa FAO);
engeriheiro-florestal G. Smit (1958 a 1961), bolsista do Govêr-
no da Holanda, que serviram como assistentes técnicos;
Ricardo de Lemos Froes, botänico do Instituto Agronömi-
co do Norte, hoje ja desaparecido, que, tomando parte em to-
dos as expedigöes, salvo na ultima, teve a seu cargo a delicada
tarefa de identificar os elementos arbóreos das areas onde eram
feitas as amostragens;
Engenheiro Heber Rodrigues Compasso, chefe da equipe de
organizagäo dos mapas florestais ä base das fotografias aéreas.

Apresentamos, ainda, urn agradecimento especial ao Instituto Agro-


nómico do Norte, a muito reputada estagäo de pesquisas do Ministério
da Agricultura na Regiäo Amazonica, que dbsequiosamente destacou o
botänico Froes para a tarefa que êle executaria com singular dedicacäo.

Rio, setembro de 1963.


OS ÄUTORES
ANTECEDENTES
Sem embargo de alguns esparsos trabalhos anteriores, de objetivo
limitado, pode-se dizer que os primeiros estudos de sentido economico
visando o aproveitamento racional dos recursos em madeira da flores-
ta amazönica tiveram inïcio em 1950, quando o engenheiro-florestal
Pierre Terver, destacado pela FAO (Organizagäo de Alimentagäo e Agri-
cultura das Nagöes Unidas) para instalar os servigos dessa organizagäo
no Brasil, de volta duma visita ä regiäo, assim se manifestou, em re-
latório :
«O vale do Amazonas é comumente considerado pelos pro-
fanos como uma imensa reserva de madeiras, suscetïvel de for-
necer ao mundo inteiro, e quando quiser, produtos de tödas as
categorias. Os técnicos säo mais reservados. Acham que a
Amazönia possui uma considerävel riqueza potencial em ma-
terial lenhoso, que entretanto, no seu conjunto, só poderä ser
bem utilizada quando as técnicas de transformagäo e de uso
tiverem permitido ao comércio consumir os seus produtos».

Analisando o que vira, assim se manifestou o dr. Terver no refe-


rido relatório, datado de 16 de agösto daquele ano :
«O valor dos macigos florestais é ainda präticamente des-
conhecido;
A explotagäo florestal, no sentido em que devemos enten-
dê-la, näo existe;
O custo dos transportes, malgrado a existência duma mag-
nïfica rede fluvial, ê proibitivo;
As indüstrias de transformagäo de madeiras se limitam
a algumas serrarias, bem concebidas porém mal equipadas;
O comércio de madeiras atravessa atualmente profundo
marasmo, devido aos altos pregos de produgäo e ä concorrên-
cia mundial;
O financiamento ä indüstria e ao comércio de madeiras
näo existe em condigöes aceitäveis por nenhum organismo».
Apesar de täo desfavorävel retrato, reconheceu, entretanto, o re-
presentante da FAO, que o quadro sombrio näo devia desencorajar por
8

complete, ja que remédios podiam ser fäcilmente encontrados para cada


um dos obstäeulos, desde que os responsäveis dessem prova de inteligên-
cia, capacidade técnica e vontade de acertar.
As autoridades brasileiras levaram na devida conta as observagöes,
e dessa forma, em abril de 1951, sendo Ministro da Agricultura o dr. Joäo
Cleophas, um acördo foi assinado para a prestagäo pela FAO dum ser-
vico de assistência técnica florestal ä Amazónia, através duma Missäo,
que, inicialmente, ficou constituïda pelos engenheiros florestais René
Gachot, Kelvin McGrath e Maurice Gallant.
Localizar e estudar uma grande area florestal, onde a produgäo de
madeiras pudesse ser feita em condigöes favoräveis, visando o melhor
rendimento econömico, foi uma das tarefas do Plano recomendado (D,
e de cuja execugäo se incumbiram, söbre uma grande extensäo dos Es-
tados do Parä, Amazonas, Maranhäo e Goiäs, o primeiro dos autores
(Dammis Heinsdijk), e no Território Federal do Amapä, o segundo (A.
de Miranda Bastos).
As areas principalmente estudadas cobiiram urn total de 19.095.000
hectares, formando uma faixa irregular de cêrca de 500 km de largura
por 1.500 de comprimento, entre os meridianos 59°30' e 45°30', e os
paralelos 2°00' e 6°30'.
Com os detalhes possiveis, os resultados dos trabalhos levados a
efeito nesa regiäo foram registrados em dez relatórios mimeografados,
que receberam os titulos seguintes, ao serem entregues ao Govêrno Bra-
siliro e ä Superintendência do Plano de Valorizagäo Econömica da Ama-
zonia, em pequenas edigöes mimeografadas :
FAO Report N.' Titulo
601 — "Forest Inventory in the Amazon Valley — Region between Rio
Tapajós and Rio Xingu"
(D. Heinsdijk assisted by Roberto Onety Soares)
949 — "Forest Inventory in the Amazon Valley — Region between Rio
Xingu and Rio Tocantins"
(D. Heinsdijk assisted by B. B. Glerum and Niomar Carvalho)
969 — "Forest Inventory in the Amazon Valley — Region between Rio
Tapajós and Rio Madeira"
(D. Heinsdijk assisted by Niomar Carvalho)
992 — "Forest Inventory in the Amazon Valley — Region between Rio
Tocantins and Rios Guamä and Capim"
(D. Heinsdijk assisted by B. B. Glerum)
1.250 — "Forest Inventory in the Amazon Valley — Region between Rio
Caeté and Rio Maracassumé"
(B. B. Glerum)

(1) R. Gachot, M. N. Gallant e K. P. McGrath, "Relatório ao Govêrno do Brasil söbre o desen-


volvimento florestal no vale amazönico".
9

' 1.271 — "Forest Inventory in the Amazon Valley — 100 Percent Survey
in the Rio Curuä-una Region"
(B. B. Glerum assisted by G. Smit)
1.284 — "Dryland Forest on the Tertiary and Quartenary South on the
Amazon River"
(D. Heinsdijk and B. B. Glerum)
1.483 — "Combined Forestry/Soil Survey along Road BR-14 from Säo Mi-
guel do Guamä to Imperatriz"
(B. B. Glerum assisted by G. Smit)
1.492 — "Forestry Inventory in the Ucuuba-Bearing Region of the To-
cantins River"
(B. B. Glerum assisted by G. Smit)
1.562 — "Pilot Survey of the Mahogany Region of the S t a t e of Goiäs
and P a r ä "
(B. B. Glerum assisted by G. Smit)

Além dessas, tres outras areas foram levantadas : uma, de cêrca


de 50.000 hectares, no Território Federal do Arnapa (D, outra, de cêr-
ca de 20.000 hectares, no municipio de Benjamin Constant, Estado do
Amazonas ( 2 ), a terceira, de 5.000 hectares, nos arredores da cidade de
Manaus (3) . A figura 1 mostra a localizacäo das diferentes areas estu-
dadas, def inidas pelas seguintes indicagöes :
1 — Regiäo entre os rios Tapajós e Madeira — FAO Report No. 969.
2 — Regiäo e n t r e os rios Tapajós e Xingu — FAO Report No. 601.
3 — Regiäo entre os rios Xingu e Tocantins — FAO Report No. 949.
3A — Regiäo da Ucuuba — FAO Report No. 1.492.
4 — Regiäo entre os rios Tocantins, Guamä e Capim — F A O Report
No. 992.
5 — Regiäo entre os rios Caeté e Maracassumé — FAO Report No. 1.250.
6 — Regiäo ao longo da Rodovia BR-14 — FAO Report No. 1.483.
7 — Regiäo do Mogno nos Estados de Goiäs e P a r a — F A O Report
No. 1.562.
A — Floresta do Amapari-Matapi-Cupixi — Boletim N . ' 2 — Setor de
Inventärios Florestais do Servigo Florestal.
B — Reserva Florestal Ducke.
C — Floresta de Benjamin Constant.

(1) A. de Miranda Bastos, "A floresta do Amapari r Matapi-Cupixi", Boletim n.° 2 do Setor da
Inventärios Florestais, do Servigo Florestal.
(2) Roberto Onety Soares, "A floresta de Benjamim Constant". (Relatório apresentado ä Mis-
säo Florestal da FAO na Amazonia, ainda näo publicado.1.
(3) Roberto Onety Soares. "A Reserva Florestal Ducke". (Trabal'uö feito para o Instituto Na-
cional de Pesquisas da Amazonia, também ainda näo publicado).
10

FIG. 1
Mapa da America do Sul, mostrando sob as indicagöes em nümeros e letras, os blocos submetidos
a inventärio florestal
A AMAZONIA BRASILEIRA

SUPERFÏCIE E POPULAQÄO
Os limites da Regiäo Amazönica em território brasileiro" têm sido
objeto de värios estudos, entre os quais podem ser citados os de Mar-
tius (1837), Caminhoä (1879), Gonzaga de Campos (1911), Cesar Dio-
go (1926), A. J. de Sampaio (1929), A. C. Smith (1945), e o do Con-
selho Nacional de Geografia, apresentado em 1945 ä Comissäo Espe-
cial do Piano de Valorizagäo Economica da Amazönia, da Cämara dos
Deputados, para determinagäo do ämbito geogräfico da regiäo onde de-
veria ser executado o plano de auxilio previsto pela Constituigäo de 1946.
As diferengas entre os värios autores säo, em geral, grandes. A de-
terminagäo defronta com as sérias dificuldades de natureza técnica que
existem para reconhecer, sóbre uma superficie imensa, até hoje só par-
cialmente recoberta pela fotografia aérea, até onde chega, após grada-
göes que podem confundir os mais häbeis, a floresta que, pelos seus prin-
cipals elementos, caracteriza a regiäo.
Na verdade, näo existem problemas no que se refere aos limites da
parte norte e oeste, que säo a costa e os próprios limites do Brasil, que
a floresta ätravessa. Todavia, êles sobram no sul, quando a formagäo
amazönica penetra no Maranhäo, em Goiäs e em Mato Grosso, trans-
formando-se numa série de cunhas, acompanhando o curso dos rios, sob
a forma de matas de galerias.
Como conjunto, a Amazönia Brasileira é constituida pelos Estados
do Acre, Amazonas e Parä, Territórios do Amapä, Rio Branco e Ron-
dönia, e parte norte dos Estados do Maranhäo, de Goiäs e Mato Gros-
so, o todo, com um total de cêrca de 4,9 milhöes de km2 (D (Fig. 2).
Nessa ärea, vive uma populagäo de pouco mais de 3 milhöes de
habitantes, o que da a média de 0,6 habitante por km2.
Com excegäo de alguns dos municipios, sedes das capitals, em to-
dos os outros a populagäo é muito escassa. Para dar uma idéia meihor
do despovoamento de certas areas do interior, bastarä dizer que Alta-
mira, no Estado do Parä, o maior municïpio do Brasil, com 279.071 km2,
(1) A ärea sujeita aos trabalhos da Superintendência do Plano de Valorizagäo Económica da
Amazönia é mais extensa, abrangendo "a regiäo compreendida pelos Estados do Parä e do
Amazonas, pelos Territórios Federais do Acre, Amapä, Guaporé, Rio Branco e, ainda, a
parte do Estado de Mato Grosso ao norte do paralelo de 17.«, a do Estado de Goiäs ao norte
do paralelo de 13.°, e a do Estado do Maranhäo a oeste do meridiano de 44.°.
12

tem apenas 12.000 habitantes, o que corresponde a ünicamente 0,04 ha-


bitante por km2.

CLIMA
Por motivo da vastidäo da area que abränge, grandes falhas existem
nos conhecimentos atuais söbre o clima da Amazönia.
Näo é, como escreveu Wallace, «dos mais saudäveis e amenos». Lon-
ge estä, porém, de ser hostil e insuportävel, como divulgaram outros..
Com a profunda autoridade de quem, vindo da Europa ainda jovem,
viveu na Amazönia até o fim dos seus dias, com avangada idade, Paul
Le Cointe (D, um dos mais autorizados conhecedores da regiäo, descre-
veu-o como «um dos menos mortiferos para o colono ou o viajante», em
se tratando duma regiäo tropical. É «de temperatura constantemente
elevada, porém raro excedendo 34° e nunca atingindo 40° ä sombra, em
parte compensado por uma boa ventilagäo; muito ümido, debilitante e

FIG. 2
Mapa da Regiäo Amazónica (Area delimitada para efeito da agäo da SPVEA)

enervante, mas näo especificamente malsäo em grande parte da hacia.


visto como a insalubridade notória de värias regiöes se origina de causas
locais amoviveis, e que, entre as doengas reinantes, nenhuma é particular
ä Amazönia».
(1) Paul Le Cointe, "L'Amazonie Brésilienne", Augustin Callamel, Èditeur, Paris 1922.
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Para Ignez Amelia Teixeira Guerra (2), a classificagäo que meihor


retrata o complexo clima-vegetagäo nos grandes conjuntos regionais é
a de Koppen, cujos tipos, diferenciados pelo total da precipitagäo ou pela
época de ocorrência do perïodo sêco, que gradativamente se atraza para
o litoral, assim se distribuem :
Clima Ami — Impera em grande extensäo. Sendo quente e ümido,
com precipitagöes elevadas compensando a existência duma grande es-
tagäo sêca embora näo muito acentuada, constitui uma transigäo entre
o clima super-ümido sem estiagem e o de duas estagöes distintas, a chu-
vosa e a sêca. A temperatura varia geralmente entre 24°C e 26°C du-
rante o ano todo, correspondendo o periodo mais quente ao firn da estia-
gem, entre outubro e dezembro.

Clima Af — Êste tipo, quente super-ümido, é peculiar ao alto Ama-


zonas, abrangendo o alto rio Negro, onde, em resultado das chuvas de
convecgäo, abundantes e freqüentes, se verifica a maior precipitagäo
da Amazönia. A temperatura média é também elevada. Durante o in-
verno, em virtude das massas frias do sul, caracteriza-se pelo fenomeno
da friagem, que, apesar de näo ser de ocorrência anual, faz a tempera-
tura baixar, äs vêzes, até 7°C. Uma faixa dêste clima (sem a friagem)
ocorre, como singularidade, em tórno de Belém.
Clima Aw — Aparece no limite oriental da planïcie e em parte da
encosta setentrional do Planalto Brasileiro, nos Estados do Para, Mara-
nhäo e Goiäs, com suas caracterïsticas de duas estagöes bem diferen-
ciadas, sêca no inverno e chuvosa no veräo. Domina. também, na re-,
giäo da encosta guianense. No primeiro trecho, as chuvas comegam em
novembro ou dezembro e väo até abiïl ou maio. No segundo, que cor-
responde aproximadamente aos campos do alto rio Branco, a estagäo
chuvosa vai de maio a agösto. A temperatura é elevada em qualquer
das estagöes.
Clima Aw' — Êste sub-tipo domina no litoral do Para e na bai-
xada maranhense, caracterizando-se por uma diminuigao gradativa das
precipitagöes, de ONO para ESE.

ECONOMIA

A Amazönia Brasileira teve, durante largo tempo, a sua economia


baseada na explotagäo dum ünico produto, a borracha extraida nos se-
ringais silvestres, isto é, nas areas de floresta virgem onde a Hevea brasi-
ïiensis ou, em outras regiöes, a Hevea benthamiana, aparece com relativa
freqüência. Gragas a essa atividade, vastas areas do interior, ao longo
dos rios, foram desbravadas e se viram pontilhadas por uma ocupagäo
corajosa, provinda, na sua quase totalidade, dos Estados do Nordeste.
(2) Igrnez Amelia Teixeira Guerra, em "Atlas do Brasil", Cons. Nac. de Geografia, Rio, 1959.
t
14

Com a renda dêsse esförgo foi que Belém e Manaus, as capitals do Para
e do Amazonas, se tornaram grandes cidades.
Por ser uma ocupagäo do inverno, quando as chuvas prejudicam a
coleta do latex da seringueira, a producäo de castanha do Parä (semen-
tes dos frutos da Bertholletia excelsa), teve sempre, tambem, maior ou
menor expressäo.
Fora disto, por muitos anos, muito pouco a mais. E sempre pro-
dutos extrativos da floresta, como o óleo da copaiba (Copaifera spp.),
as sementes do cumaru (Coumarouna spp.) e outros. Para as próprias
necessidades do seu consumo diärio, no que concerne a generös como
arroz, feijäo, milho, farinha de mandioca, batata, a regiäo dependia em
grande parte dos suprimentos do sul do Pais, e até da Europa.
Sobrevinda a queda violenta dos precos da borracha, com a inun-
dagäo dos mercados pelo produto das plantagöes do Oriente, a mäo-de-
obra existente, embora relutante em abandonar os seringais, langou-se,
subsidiäriamente, a quantas outras ocupagöes Ihe podiam assegurär a
subsistencia. Assim se dësenvolveram a coleta de sementes oleaginosas
e a produgäo do óleo essencial do pau-rosa e das madeiras, e numa ou-
tra fase, a de juta, bem como a de fibras nativas similares, da terra firme.
Segundo os dados do «Anuärio Estatïstico do Brasil», foram as se-
guintes as produgöes mais importantes das principals unidades adminis-
trativas amazönicas no ano de 1960, com seus respectivos valöres :

DISCBIMINACÄO Toneladas Valor em Cr$ 1.000

Borracha
Acre 9.938 928.740
Amapä 218 9.792
6.141 486.040
6.756 359.240
61 4.841
5.719 669.119

28.833 2.457.772

Castanha
11.451 219.569
Amapä 2.416 152.122
Amazonas 11.855 586.299
Parä 12.228 667.903
Rio Branco 227 11.734
Rondönia 1.205 42.648

TOTAL j 39.383 1.680.275


15

DISCRIMINACÄO Toneladas Valor em Cr$ 1.000

Juta e malvas
Amazonas (sc j u t a ) 28.773 811 691
Parä 19.885 524 259

TOTAL 48.658 1.335.950

Gofnus näo eläst was

Amapä 16 578
Amazonas . . 1.476 42.588
Parä . . : . . . . 1.775 286 417
Rio Brancö . 90 5.815
Rondönia . . . 183 7.746

TOTAL 3.540 343.144

Madeiras
Amapä 1.849 4.692
Amazonas 912 9.377
Parä 27.514 153.888

TOTAL 30.275 167.957

öleo essencial de pau-rosa


Amazonas 289 103.245
Parä
Guaranä
Amazonas 178 9.762

Contribuigäo importante ä economia regional vem sendo fornecida,


ültimamente, pelo minério de manganês da serra do Navio, Território
Federal do Amapä, e por pequena parcela do proveniénte do Estado do
Amazonas. No ano em aprêgo, o manganês do Amapä, 760.000 tonela-
das, rendeu Cr$ 337.400.000,00, e* do Amazonas, 6.000 toneladas, Cr$
14.828.000,00.
A FLORESTA

ASPECTO GERAL

Reinam ainda divergências entre os especialistas a respeito da clas-


sificagäo mais acertada para as florestas que se situam entre os trópiocs,
e que, em conjunto, compreendem cêrca de metade do total das florestas
do mundo. Os estudos säo tantos e tantas vêzes se repetem, que levaram
Richards a registrar no Prefäcio do seu livro «The Tropical Rain Forest»
que, näo sendo fäcil dizer qual é o escopo da Ecologia, ja a definiram
como sendo «o assunto principal do Jornal de Ecólogia».

Richards esteve nas tres principals regiöes tropicais do mundo, Ame-


rica do Sul, Africa e Maläsia, e conquanto êle proprio ressalve a pos-
sibilidade de ter cometido erros, sua classificagäo de Floresta Tropical
Pluvial («Tropical Rain Forest») é bastante satisfatória, para englobar
essas «formagöes de plantas diferentes na composigäo florïstica, porém
muito similares na estrutura e na fisionomia.»
Näo obstante as variagöes duma area para a outra, o principal carac-
teristico da Floresta Tropical Pluvial é o grande numero de espécies.
Acidentalmente, aqui ou ali, uma ou algumas espécies podem se apresen-
tar com freqüência capaz de levar a supor que se trata de formagöes pu-
ras. Seräo apenas aspectos locais.

Outro caracteristico é serem sempre-verdes, isto é, de fölhas pere-


nes. Suas ärvores nunca perdem as fölhas de uma vez, como sucede nas
florestas das regiöes temperadas, durante o inverno. E conforme regis-
trou Richards (2), a variagäo no comportamento entre as espécies da Flores-
ta Tropical Pluvial é täo grande que, em certos casos, näo é possivel afir-
mar se tödas as ärvores que a constituem säo sempre-verdes ou de fö-
lhas perenes, ou deciduas, seja, de fölhas caducas.
Como do primeiro tipo, devem ser consideradas, nä Amazönia Brasi-
leira, as espécies que, todos os anos, mantêm durante o ano inteiro urn
grande numero de fölhas, como no gênero Pouteria. Como deciduas de-
vem ser classificadas as que, durante pelo menos alguns dias, eada ano,
ficam despidas ou quase despidas de fölha, como a Hevea brasiliensis.

(2) P. W. Richards, "The Tropical Rain Forest", Cambridge University Press, sec. ed. 1957.
17

O fenömeno, com freqüência, é simultäneo com o da floragäo. Sym-


-phonia globulifera e Tabebuia serratifolia, por exemplo, se recobrem por
completo de flöres na ocasiäo da queda das fölhas.
Outro caracterïstico é a maneira pela quäl os elementos constitu-
tivos se dispöem em altura. Nas regiöes temperadas, ha os estratos
graminóide, arbustivo e arbóreo. Na Floresta Tropical Pluvial, como as
ärvores säo de portes diferentes, alguns ecologistas adotaram classificä-las
em estratos e sub-estratos, os quais, na realidade, präticamente näo exis-
tem, visto como, na grande maioria das vêzes, as espécies näo fazem parte
permanente e definitivamente dum dado estrato. Apenas ficam nêle du-
rante determinado prazo.
Através das fotografias aéreas, procurämos identificar as espécies
dominantes, controlando êsses dados com os das amostragens de cam-
po, quando registrävamos as dimensöes das copas de tödas elas. As-
sim, conseguimos calcular os exemplares de cada espécie que figuravam
no estrato superior. As informagöes, comparadas entre si e com as re-
gistradas nos trabalhos feitos na Guiana Holandesa, säo sobremodo inte-
ressantes, como se pode ver no Quadro 1.

QUADRO N.« 1
POKCENT AG EM BAS ÄRVORES DO ESTRATO SUPERIOR ENCONTRADAS
EM CINCO AREAS AMAZONICAS

Regiäo de ocorrência

Espécies Tocan- Caeté-


Tapajós- Madeira- Xingu- tins- Mara- Guiana
Xingu Tapajós Tocan- Guamä- cas- Holan-
tins Capim sumé desa

f 4,6
Eschweilera spp 2,1 3,0- 7,0 4,0 7,0 8,0 \
{ 8,5
Couratari spp 52,4 50,0-73,0 56,0 76,0 53,0 59,9
Sclerolobiwm spp 43,1 35,0-46,0 40,0 57,0 38,0 56,5
Goupia glabra 39,3 44,0 50,0 65,0 55,0 40,7
f50,6
Qualea e Vochysia spp. . 47,3 56,0 47,0
33,0 [52,8
48,0-47,0
Hymenolobium petraeum
e Dinizia excelsa .... 79,3 90,0 93,0
90,0
Bertholletia excelsa .... 86,3 69,0 (100,0)?

92,0

Dêsses dados, concluimos que, por exemplo, em virtude da muito


tiaixa porcentagem de exemplares de Eschweilera spp. encontrados na
18

estrato superior, as espécies dêste gênero, integrantes do conjunto, cres-


cem, präticamente, sempre ä sombra, como subordinadas, no estrato
inferior.

Com a Bertholletia excelsa, chegämos a conclusäo oposta. Vive, prä-


ticamente, no estrato superior, alias, acima dele, como emergente.
As arvores do primeiro tipo säo chamadas de tolerantes, porque po-
dem viver em condigöes de sombra. As demais, pelo motivo contrario,
seräo denominadas de intolerantes.

Nas Florestas Tropicais Pluviais da Amazönia, principalmente nas de


terra-firme, só uma parte das arvores aparece com as copas no estrato
superior. Na Guiana Holandêsa, dentre as 140-170 arvores de 25 cm de
diametro para mais, encontradas por hectare, só umas 30 apareciam
com as copas no estrato superior. Nas areas que estudämos, na Amazö-
nia, onde o numero, de arvores das mesmas dimensöes por hectare re-
gulou de 100 a 200, apenas umas 20 apareciam nesse estrato.

O grau de toleräncia duma espécie ora é estavel, ora depende de


circunstancias. É que as arvores de florestas tropicais pluviais têm de
vencer uma dura luta para poderem se desenvolver e alcangar avangada
idade. No estägio de mudas, säo muito vulneräveis : suas fölhas e sua
casca tenra, em muitas espécies, säo apreciadas por uma série de animais,
desde as antas, porcos e veados, até os ratos e formigas; podem ainda
ser esmagadas pela queda de galhos das arvores sob as quais se acham.
Para sair dêsse estägio, no quäl, via de regra, encontram ainda a com-
petigäo de outra mudas, seu esförgo tem de ser considerävel.

De acördo com os dados colhidos durante os estudos na margem


direita do Amazonas, dum grupo de 100 ärvores jovens de 15 cm de
diametro, de espécies tolerantes, apenas 50 % alcangam 25 cm, e só me-
tade destas chegarä a 35 cm, e assim por diante. A passagem dum de-
terminado grupo de exemplares duma classe de diametro para a imedia-
tamente superior, 10 cm maior, acarreta a perda, ou a estagnagäo do cres-
cimento, de metade das plantas.

Mas, se pelo fato de näo necessitarem de plena luz, estas essências


säo, por êste lado, menos exigidas na luta pela sobrevivência, pelo outro,
sofrem todos os danos decorrentes da queda söbre suas copas dos frag-
mentos da galharia das outras ärvores que as recobre, em razäo do que
muitaS säo destruidas ou ficam mutiladas. Êste tipo de acidente é a ra-
zäo do aparecimento, em certos pontos do terreno, sob arvores do estrato
superior, de manchas de vegetagäo erbäcea ou arbustiva, ou por palmei-
rais. Em certas faixas, a abundäncia destas pequenas associagöes modifica
por tal forma o aspecto do conjunto, que da a impressäo de se tratar
dum- «facies», dum caräter fito-fisionómico.
19

No caso de espécies emergentes, seja, que emergem söbre as demais


que as rodeiam, o indice de perdas por ocasiäo da passagem das ärvores
de uma classe para a seguinte, serä de 40 %.
Das essências do estrato inferior, pode-se dizer que percorrem todo
o seu ciclo de vida na condigäo de tolerantes. Entre elas estäo os matä-
matäs (EscKweilera spp.), algumas abioranas (Pouteria spp.), o acapu
(Vouacapoua spp.); em certas regiöes, a andiroba (Carapa guianensis);
o angelim-rajado (Pithecolobium recemosum), a acariquarana (Rinorea
guianensis), os breus do gênero Protium, näo inclusos, portanto, o breu-
grande (Tetragastris altissima), nem o breu-sucuruba (Trattinickia rhoi-
folia), com muita probabilidade, também o pau-rosa (Aniba ducJcei), a mui-
rapixuna (Cassia scleroxylon), a quinarana (Geissospermum sericeum) e
outras.
Em geral, o desenvolvimento dos fustes da maior parte das ärvores
se interrompe quando suas copas alcancam o dossei formado pelo nivel
geral das copas. As emergentes säo em pequeno numero. Essências tipi-
cas dêste grupo säo a aroeira (Astronium lecointei), também chamada
de muiracatiara, o pau-d'arco (Tabebuia serratifolia), a ucuuba-da-terra-
firme (Virola spp.), a carapanaüba (Aspidosperma nitidum), o muira-
tauä (Apuleia molaris), a quarubarana (Erisma uncinatum), o tauari
{Couratari sp.) e outras.
Entre as espécies emergentes, chamam a atengäo, pelo fato de te-
rem os fustes relativamente curtos, com longos galhos, o piquiä (Ca-
ryocar villosum), o angelim-pedra (Dinisia excelsa) e algumas faveiras,
como a Parkia oppositifolia. Cedo esgalham, formando uma copa alon-
gada em altura, caracteristica. Entre elas, dificil é encontrar urn exem-
plar no estrato inferior; a abundäncia de luz lhes é indispensävel.
As demais espécies que constituem a floresta säo, em maior ou me-
nor grau, tolerantes. Podem ser encontradas tanto num como no ou-
tro estrato. A maioria tem troncos retos, de diregäo vertical.
O terceiro caracteristico destas florestas é a grande variedade de
forma da secgäo dos troncos das ärvores e da base dêstes.
A respeito, escreveu Richards (l) :
«Os fustes das ärvores das florestas pluviais säo, com fre-
qüência, canelados ou entrangados na maior parte do seu com-
primento; em casos extremos, podem apresentar, em secgäo
transversal, a forma estrelada, como na sul-americana Aspido-
perma excelsum. Essas caneluras ou trangas näo podem, en-
tretanto, ser normalmente incluidas no que se costuma chamar
de catanas («buttresses»), que säo prolongamentos laterais ape-

(1) P. W. Richards, "The Tropical Rain Forest", Cambridge University Press, sec. ed. 1957.
20

nas da parte inferior dos troncos. Expansöes locais da porgäo


inferior dos troncos (os «empattements» dos franceses), täo
comuns nas ärvores dos climas temperados, podem ser encon-
trados nas espécies tropicais; essas expansöes säo mais lar-
gas e menos definidas do que as verdadeiras catanas, mas ten-
dem para elas, imperceptivelmente».
Certos troncos parecem ser formados de um feixe de varas, direitas
ou entrelacadas, tal como se pode ver na carapanaüba ou pau-de-remo
(Chimarris turbinata), no muiraximbé (Emmotum fagifolium), no pen-
te-de-macaco (Apeiba albiflora), na pitaica (Swartzia sp.), no purui
(Thelleodox sp.) e em algumas outras essências mais. Outros apresen-
tam fendas ou cavidades, como o acapu (Vouacapoua spp.), a aquari-
quarana (Minquartia guianensis), a caxinguba (Pharmacosycea anthel-
mintica), a goiabinha (Psidium sp.), a urucurana (Sloanea nitida), a qui-
narana (Geissospermum sericeum).

Präticamente, tödas as espécies podem formar catanas ou sapo-


pemas, conquanto haja excecöes. Sapopemas extraordinäriamente altas
säo' caracteristicas, por exemplo, do angelim-pedra {Dinizia excélsa). e
da sumaüma (Ceiba pentandra), onde podem medir até mais de 10 me-
tres. Com dimensöes menores, säo comuns na cupiüba (Goupia glabra),
no tauari (Couratari sp.), cumaru (Coumarouna odor ata), em quase tö-
das as faveiras, no pau d'arco (Tdbébuia serratifolia), na sapucaia (Le-
cythis usitata), no cedro (Cedrela odorata). Entre as que raro emitem
sapopemas, mesmo quando muito idosas, podem ser citadas a macaran-
duba (Manilkara huberi), a maioria das abioranas (Pouteria spp.), o
angelim-rajado (Pithecolobium racemosum), o jutaï-acu (Hymenaea
courbarïl), a jarana (Eschweüera jarana), o paräparä (Jacaranda co-
paia), os matämatäs pequenos (Eschweüera spp.), o pau-jacaré (Laetia
procera), a ucuuba da terra-firme (Virola sebifera), o anani (Symphonia
globulifera) e outras.

O comprimento dos caules e a altura total das ärvores difere, tam-


bém, substancialmente. A altura dos caules das mais altas ärvores emer-
gentes, regula de 40 a 45 metros, o que näo chega a ser nada de notävel,
comparado com o que se pode encontrar em outras regiöes. Normal-
mente, no estrato superior, a altura vai de 30 a 35 metros, sendo, no es-
trato inferior, o normal, de 20 a 25 metros.

Na terra-firme, a floresta é, em geral, limpa, em baixo. O hörnern


pode percorrer grandes distäncias sem maior esförco, apenas evitando
os lugares onde hä ärvores caidas, alagadigos e ladeiras, precisando do
facäo apenas para cortar alguns cipós ou ramos, aqui ou adiante. Sem
embargo, enconträmos sub-mata cerrada, impeneträvel, com cipós, plan-
tas espinhentas e bambus, exigindo demorada limpeza para poder ser
travessada, no planalto ao sul e a oeste da cidade de Santarém (tipos
21

r "•

Jutai-pororoca (Dialium guianense, Legum. Caesalp.) (Foto Miranda Bastos).


22

florestais 2 a 8) na regiäo entre o Tapajós e o Xingu (1) ; perto da rodo-


via Belém-Brasilia, ao sul do rio Guamä (tipos florestais 17, 18, 19, 20
e 24 (2), e em pequenos trechos da floresta do Amapari-Matapi-Cupixi (3).
Nesses trechos, o dossel formado pela copa das ärvores era aberto,
descontinuo, com raras ärvores jovens, e as grandes, de urn modo geral,
revestidas por verdadeiro manto de cipós. A literatura criou para essas
ärvores o nome de «climber-towers» (torres de cipós). Com boas foto-
grafias aéreas, o aspecto pode ser fäcilmente mapeado.
Com referenda ä caga de certo tamanho, pode-se dizer que é rara
nas areas próximas dos centros de populacäo e nunca verdadeiramente
abundante. O porco do mato é o mais frequente, nas regióes onde exis-
tem as palmeiras cujos frutos êles apreciam. Perto dos cerrados e ala-
gadigos com capins, é comum o veado. Os macacos só apareceram com
freqüência na regiäo do Amapari-Matapi-Cupixi. Os papagaios, o mu-
tum, o jacamin, o jacu, o inhambu, o tucano, as araras, säo os pässaros
mais encontradigos, em especial onde terrenos de baixada propiciam a
presenga das palmeiras agaï (Euterpe spp.) e bacaba (Oenocarpus spp.),
cujos frutos êles muita apreciam.
O peixe é relativamente abundante e variado, nos rios, igarapés e
lagos, porém, só no veräo é fäcil de apanhar, pois no inverno, com o
espraiamento das äguas, êle se dispersa muito, dando a impressäo de
haver desaparecido.
Se bem o numero dos animais que se deixam avistar seja muito
inferior em numero aos realmente existentes e que cuidadosamente se
• ocultam ao mais leve sinal da presenga de estranhos, pequeno é, na rea-
lidade, o seu total efetivo, por espécies, tal como acontece com as espé-
cies arbóreas.

Do mesmo modo que o clima, a floresta amazönica, no seu conjun-


to, tem sido descrita pelas imagens mais diversas. «Se ela näo tem nada
de precisamente sedutor — escreveu o prof. Paul Le Cointe (4) — nada
tem, täo pouco, de terrivel. Näo corresponde nem äs descrigöes pompo-
sas que dela fizeram, sem tê-la jamais visto, alguns poetas de imagina-
gäo fértil, nem aos qualificativos pouco amäveis com que a gratificaram
alguns pseudo exploradores que, do convés dum confortavel paquete, te-
räo divisado apenas as matas pantanosas da embocadura do rio, ou mes-
mo, das margens do seu curso medio, alagadas periódicamente pelas en-

(1) "FAO Report" n.° 601.


(2) "FAO Report n.» 1.483.
(3) A. de Miranda Bastos, "A Floresta do Amapari-Matapi-Cupixi".
(4) Paul Le Cointe, "O Estado do Para — a terra, a ägua e o ar". Brasiliana, grande formato.
Comp. Editora Nacional, Rio de Janeiro, 1945.
23

chentes anuais, e que julgaram descrevê-la perfeitamente decïarando-a


horrivel, fétida, absolutamente impeneträvel, verdadeiro covil de cobras
e de insetos pegonhentos». «É certo, — prossegue o consagrado naturalis-
ta, — que, nos terrenos baixos e ümidos, a vegetagäo de «sous-bois», abun-
dante e compacta, a grande quantidade de cipós entrelagados, a forte
proporgäo de plantas espinhosas ou de ervas cortantes, opöem mil obstä-
culos ä marcha e näo permitem a vista alcangar além de alguns passos;
mas logo que se afasta da margem dos rios, ou que se sai das capoeiros
cerradas que, junto dos lugares habitados, tern substituido a floresta pri-
mitiva, derrubada ou queimada, e quando se chega äs terras altas do
interior, ainda virgens, a vegetagäo miüda quase desaparece, as ärvo-
res de todo tamanho mas, em geral, näo muito grossas relativamente ä
altura, elevam-se direitas.. .».
Após urn contacto mais ou menos longo com essa natureza exube-
rante, a conclusäo que se tira é que a floresta amazönica, que ä primei-
ra vista tanto susto pode causar, muito pouco tern de perigosa. As on-
gas säo raras e ariscas, as cobras, muito menos freqüentes que em ou-
tras regiöes. As longas expedigöes só poderäo preocupar aos que, para
seu alimento, confiarem numa problemätica abundäncia de caga, ou se
virem obrigados a se langar aos azares, êstes sim, cheios de riscos, das
viagens ao longo de rios encachoeirados. Os verdadeiros inimigos säo do
menor porte possivel. Mas säo terriveis, porque abundantissimos : as
formigas de numerosas espécies, e sobretudo os mosquitos, com seus
zumbidos, suas picadas e até pela sua simples presenga, como nüvens,
sempre muito importunos.

No decorrer dos centenares de quilömetros que os elementos das


nossas equipes percorreram, nenhuma perda de vida, nenhum acidente
grave se registrou em virtude do encontro com qualquer dos grandes ani-
mais da floresta, embora, também, näo tivesse havido um dia em que
a ambuläncia näo registrasse numerosos curativos por mordidas de in-
setos, sem falar, naturalmente, dos ferimentos produzidos por espinhos,
ou das baixas oriundas de acessos de paludismo, ou por distürbios gäs-
tricos.
Na Amazönia Brasileira, só no Estado do Acre a floresta é rigoro-
samente continua. Nos demais Estados e Territórios, apresenta manchas
de formagöes de outra natureza, via de regra, campos ou cerrados.
A composigäo e a densidade variam, pósto que guardando uma cer-
ta constäncia elementar, dentro das peculiaridades oriundas do regime
hidrogräfico a que se acha submetido o terreno, e em virtude do qual
as formagöes vegetais se distribuem por 4 grandes grupos, que säo o
mangal (ou manguezal), a mata de värzea, a mata de terra-finme e o
igapó:
24

Mangal (ou manguezal) é a mata que aparece nos terrenos de alu-


viäo recente da costa atläntica. Muito semelhante äs associagöes da
mesma origem, de larga distribuigäo nas costas de outros paises da Ame-
rica como da Africa, é constituido por urn numero restrito de espécies
arbóreas, das quais as mais freqüentes säo o mangue ou mangue-ver-
melho (Rhizophora mangle ou R. mangle var. racemosa, Rizoforäceas),
a siriüba (Avicennia nitida, Verbenäceas), e em bem menor proporcäo,
a tinteira (Laguncularia racemosa, Combretäceas) e outras.
Quando a siriüba, substituindo o mangue, é o elemento caracteris-
tico, a associagäo tem o nome de siriubal.
Mata de värzea é a que ocorrre nos terrenos de aluviäo fluvial, inun-
dado periödicamente pelas marés normais, diärias, ou pelas marés de
equinócio, ou pelas cheias produzidas pelas chuvas.
Mata de terra-firme é a que cresce nas terras relativamente altas,
näo atingidas pela ägua das enchentes.
Mata de igapó é a que se encontra em terrenos, em geral de vär-
zea, mas também de terra-firme, que, por serem mais baixos que os
adjacentes, mantêm retida, por falta de drenagem, a ägua das marés
ou das chuvas.
Apesar de sua vastidäo dentro de cada um dos quatro grandes grupos
determinados pela agäo do regime hidrogräfico no terreno, a floresta
pluvial amazónica é sensivelmente uniforme.
Exemplo dessa uniformidade pode ser fornecido com o confronto
dos dados de duas amostragens de 1 hectare, realizada, a primeira, numa
area perto do rio Madeira, no Estado do Amazonas, a outra, ao sul de
Belém, as duas separadas entre si por uma distäncia de cêrca de 1.200 km.
No Madeira, enconträmos 111 ärvores de mais de 25 cm de diametro,
de 60 espécies botänicas. No sul de Belém, 133 ärvores das mesmas clas-
ses, de 42 espécies botänicas. Delas, 22 espécies eram comuns äs duas
amostras. E do total, 53 ärvores da primeira parcela eram de espécies
ocorrentes na segunda, enquanto que 75 ärvores da segunda amostra
eram de espécies existentes na primeira. Cêrca de metade das ärvores
presentes em cada uma das amostras era de espécies comuns entre si.

Sem embargo, fäcil serä distinguir os diferentes tipos florestais, por


êste ou aquêle indicio. Nos casos em referenda, a floresta do Madeira
se caracterizou pela presenga de castanha de paca (Scleronema ferox),
que näo apareceu nas amostras do sul de Belém, nas quais, a seu turno,
se fêz presente o pau-amarelo (Euxylophora paraensis), de ocorrencia
nula no tipo florestal do Madeira.
MÉTODOS DE TRABALHO

OBJETIVOS

Segundo a recomendagäo apresentada no relatório do prhneiro gru-


po de trabalho da FAO na Regiäo Amazönica (D, os levantamentos
florestais deveriam constituir tarefa para execugäo a largo prazo. As-
sim, após longo estudo dos elementos informativos que foi possivel reu-
nir, fixämos nossa atengäo na faixa central do vale do rio Amazonas
que tem como eixo êste rio e seus principals tributärios navegäveis por
grandes transatlänticos, com um total de 100 milhöes de hectares, para
ser levantada numa primeira etapa.

Os objetivos seriam :
a) Obter dados bäsicos söbre a composigäo florestal dessa faixa;
b) Obter um bom retrato das possibilidades de penetragäo na mes-
ma, quer por ägua como por terra;
c) Obter indicagöes sóbre os meios de conseguir o melhor reco-
brimento fotogräfico, sobre+udo quanto a escalas, bem como
söbre as areas a serem objeto de mais detalhados estudos, em
terra.
A idéia era fazer, concomitantemente, o estudo dos solos dos blo-
cos submetidos a inventärio. Infortunadamente, isso só pöde ser reali-
zado por completo na faixa ao longo da rodovia Belém-Brasilia, entre
Säo Miguel do Guamä e Imperatriz («FAO Report» n.9 1.483), na faixa
ao longo do Tocantins levantada para a procura da ucuuba («FAO Re-
port» n.9 1.492) e na regiäo do mogno («FAO Report» n.9 1.562). Par-
cialmente, foram feitas anälises do bloco ä margem direita do Amazonas,
entre os rios Caeté e Maracassumé («FAO Report» n.° 1.250).

PROJETO

Tendo em conta a enorme extensäo da faixa em aprêgo, a primeira


dificuldade a veneer foi descobrir por onde comegar. Os informes ano-

(1) "FAO Report" N> 171.


26

taüos sugeriram fazer nossa primeira base na cidade de Santarém, è


margem direita do rio Tapajós, no seu ponto de desägue no Amazonas.
Para os estudos, dita faixa foi dividida em blocos de desiguais di-
rnensöes, em cada urn dos quais o trabalho compreendeu :
a) Preparagäo de mapas planimétricos das fotografias aéreas exis-
tentes.
b) Amostragens de campo.
c) Preparagäo do respectivo relatório, compreendendo a descrigäo
dos caracteristicos dos tipos florestais identificados, classifica-
gäo das ärvores ocorrentes, seu volume, etc.
Antes de cada viagem, as fotografias aéreas disponiveis — feitas
durante a Segunda Grande Guerra pela Förga Aérea norte-americana
para a World Aeronautical Maps, pelo sistema trimetroponico — sofriam
cuidadoso exame e seus detalhes eram transferidos para mapas deta-
Ihados, na escala 1:40.000, em fölhas de 15' x 15', cobrindo cada uma
cêrca de 77.000 ha. A seguir, essas fólhas eram reduzidas fotogräfi-
camente para a escala 1:200.000 e montadas de modo a formar unida-
des segundo os blocos. Assim se evitariam erros eventuais, que se evi-
denciariam se fóssem empregados mapas de grande escala d ) . Natu-
ralmente, êsses mapas cobriam areas muito maiores do que as que se-
riam cobertas pelas amostragens.

As fotografias näo eram da meihor qualidade, visto a pressa com


que tinham sido feitas e o objetivo a que se destinavam. Por sua vez,
os pontos geodésicos eram poucos e muito afastados, na regiäo, para
apöio firme do trabalho. Näo obstante, registrämos nos mapas todos
os dados söbre vias de acesso, em particular, os trechos dos rios aces-
sïveis a grandes navios e aquêles só navegäveis por barcagas, do mesmo
modo que cachoeiras, acidentes do terreno, etc. Demarcämos, ainda,
as faixas de mangal, värzea, terra-firme, igapó, cerrados, lavouras, ca-
poeiras, campos, vilas, estradas, etc. Invertendo a convengäo usual, dei-
xämos em branco as flprestas de terra-firme, ja que estas é que cons-
tituïam o objetivo fundamental do estudo e, além disso, porque consti-
tuiam a maioria.
Cada urn dos nossos relatórios, além do mapa planimétrico, apre-
senta um mapa florestal decalcado naquele, sóbre o quäl aparecem de-
marcados os tipos florestais distinguidos, bem assim, as partes onde
foram tomadas as amostras. Algumas vêzes, o mapa planimétrico ser-
viu também para a preparagäo de mapas de solos.

(1) Esta parte do trabalho, realizada no escritório de Belém, foi proficientemente executada pela
equipe chefiada pelo agrimensor Heber Rodrigues Compasso. Apenas quando do levanta-
mento da regiäo do mogno os mapas foram preparados pela Prospec — Levantamentos, Pros-
pecgäo, Fotogrametria S. A., que forneeeu um trabalho excelente.
27

Näo foi dispensada maior atengäo aos estudos biológicos e outros,


puramente cientificos, por motivos alheios ä nossa vontade. Dos ele-
mentos vegetais, apenas as ärvores foram levadas em conta e, na maio-
ria, só quando mediam pelo menos 25 cm de diametro.

DESENVOL VIMENTO

Após o estudo das fotografias e mapas, planejämos as amostragens


de reconhecimento do local. De um modo geral, projetämos linhas per-
pendiculares ä topografia do terreno, partindo dum rio que se sabia
ser navegävel pelo menos por barcagas. Em outros casos, partimos de
pontos que atingiamos com canoas a motor de popa ou a remo. So espo-
rädicamente aproveitämos estradas, sobretudo, por serem raras.

Durante o trabalho na floresta, com freqüência examinävamos os


resultados, para sentir as mudangas que se processavam na composigäo,
com o fito de saber se os dados ja eram suficientes para uma represen-
tagäo segura da area, e quando e onde fixar os limites dos tipos florestais
nela ocorrentes. Como as viagens, com pessoal relativamente numero-
so, acarretavam näo pequena despesa, essas anälises evitavam que depois
fösse preciso voltar ä mesma zona para repetir ou ampliar as amostragens.

OBSERVACÖES

Pouco a pouco, foi sendo sentido que estävamos lidando com uma flo-
resta bastante uniforme, pelo que, gradualmente, fomos também redu-
zindo a densidade das amostragens, até determinado limite.
Se bem que, pela interpre tagäo das fotografias aéreas, a floresta
amazönica parega sempre uniforme, após adquirir suficiente experiên-
cia, o observador poderä distinguir as de menor e as de maior altura,
e, pelo estudo das copas, as de menor e as de maior volume de madeira.
Outra observagäo foi que manchas de floresta baixa na massa da
floresta alta, uniforme, nem sempre significam mudangas de tipo. Com
freqüência, trata-se apenas de trechos em que a floresta primitiva, por
causas acidentais, estä sendo renovada.
De uma forma geral, a delimitagäo dos tipos florestais foi proce-
dida ä base das indicagöes das amostragens de campo. Só por excegao
o trabalho se realizou com o auxilio apenas das fotografias. Na area
das pequenas elevagoes ao sul do Amazonas, por exemplo, como os li-
mites dos tipos florestais coincidiam com as bordas dessas elevagoes, isso
foi possïvel. Outro tanto aconteceu na regiäo do mogno, porque os li-
mites da floresta säo nitidos.
28

Na grande maioria, as parcelas de amostragens foram de 1 ha


(1.000 x 10 m). Todavia, no inventärio da ucuuba, a unidade de araos-
tra foi 0,1 ha (lOOxlOm), e no do mogno, 0,2 ha ( 2 0 0 x l 0 m ) .
Tödas as parcelas tinham a forma retangular, com o eixo maior re-
presentado por uma picada de urn metro de largura, perfeitamente lim-
pa, da qual com facilidade se podia ver e alcangar, para a medigäo
e identificagäo, tödas as ärvores situadas a 5 metros de cada lado
do eixo da referida picada, e de cada uma das quais se registraram o
nome vulgar, ou outras indicagöes a respeito de sua identidade, diame-
tro ou circunferência ä altura do peito, comprimento do tronco comer-
ciävel e das sapopemas, quando existentes, espessura da copa, diametro
da copa das ärvores do andar superior. No escritório de Belém, no fim
de cada excursäo, eram procedidos. os cälculos para avaliagäo do nume-
ro e freqüência das ärvores segundo as espécies e classes de diametro,
volumes de madeira, etc. Posteriormente, procedeu-se ä apuragäo do
total de mapas e a preparagäo dum mapa geral de cada tipo florestal,
de onde se extrairam os elementos para o estudo de conjunto da com-
posigäo — nümero medio de ärvores por ha, volume medio de madeira
por ha, por espécie e por tipo florestal — dados essenciais, sobretudo,
para a apreciagäo do grau de variabilidade entre os tipos florestais,
.e dentro dêles próprios.

Considerando que um dos nossos objetivos era estabelecer diretri-


zes para os casos em que fösse preciso fazer levantamentos mais de-
talhados em pequenas areas, fizemos intensos esforgos para conseguir
os melhores dados söbre a variabilidade da composigäo, em particular,
no que concerne ä determinacäo do volume de madeira das espécies de
valor econömico.
Verificämos que, no caso de ärvores raras ou de presenga ocasio-
nal, para ter resultados corretos (êrro de 10 %, com probabilidade de
19 söbre 20, para ultrapassä-lo) serä preciso medir um minimo de 500
ärvores, o que significa que, se duma dada espécie houver apenas 1
exemplar em cada 4 hectares, em média, necessärio serä fazer 2.000
hectares de amostragens para ter dados seguros sóbre ela. Entretanto,
se se tratar de espécies freqüentes ou que possam ser reunidas em
grupos, conforme fizemos, bastaräo, em regra, 200 amostragens de 1
hectare, para a obtengäo de dados representatives.

Para simplificar as tarefas, visando confiar algumas delas ä exe-


eugäo por pessoal näo graduado, adotämos as seguintes normas :
a) Dividir a floresta a estudar em blocos retangulares de 1 km2;
b) Fazer o inventärio das espécies reunidas em grupos ao longo
dos retängulos;
29

c) Para inventärio das espécies raras ou ocasionais, contä-las no


interior dos blocos. Muitas vêzes, estas ärvores säo bem co-
nhecidas pelos locais; e cinco homens atravessando urn bloco
de 1.000 por 1.000 metros, um proximo do outro, cinco vêzes
acima e abaixo, paralelamente, podem contä-las sem dificul-
dade. Bastarä contar alguns blocos para ter o numero de är-
vores necessärio. Se o numero de blocos necessärios för infe-
rior a 30, o meihor sera fazer a contagem apenas na metade
dum numero dobrado de blocos, para assim ter uma dispersäo
maior das amostras.
FATOR FORMA
Para a determinagäo do fator forma do volume de madeira em pé
dos fustes, caules ou troncos das ärvores das florestas pluviais, comu-
mente säo usadas tabelas de volume, construidas através dum fator for-
ma geral, representado pela constante 0,7, para tödas as espécies, clas-
ses de diämetros e comprimentos de troncos.
O fator forma duma ärvore é obtido dividindo o verdadeiro volu-
me total do tronco pelo volume dum cilindro tendo por base a super-
fïcie da secgäo transversal do referido tronco ä altura do peito, o com-
primento daquele (total ou apenas até os primeiros galhos, conforme o
objetivo), segundo a seguinte formula, na qual F quer dizer fator forma :
_ Volume real da ärvore

1/4T d x altura da ärvore


1,3
Assim se faz porque o volume real dum tronco de ärvore é sempre
menor que o do cilindro de base igual ä do preferido tronco médido ä al-
tura do peito. F serä, pois, sempre inferior a 1,0.
Durante nossos trabalhos, foi considerado necessärio obter melhores
dados söbre os volumes reais das ärvores, e saber se o fator forma seria
efetivamente 0,7. Para tanto, nossa equipe teve sempre um hörnern es-
pecializado em subir em ärvores (balateiro), que, em 2 a 5 ärvores
de cada parcela-amostra, media a circunferência do tronco no meio do
mesmo e no lugar dos primeiros galhos, bem assim, a altura do tron-
co em aprêgo e a espessura da casca. Estas medigöes foram feitas em
ärvores de 25 a 150 cm de diametro ä altura do peito, e com êles é
que foram calculadas, pelo Departamento de Estatistica da Organizagao
Central para Pesquisas Cientïficas Aplicadas, da Holanda, ao qual re-
corremos, as tabelas do Quadro III.
Dêsses dados se infere que o fator forma medio para tödas as es-
pécies de ärvores da floresta amazönica é 0,712, isto é, apenas 1,7 %
maior do que 0,7, que é chamado «fator forma de experiência».
Na Amazönia, algumas vêzes, o fator forma é igual a 0,7 ou muito
perto de 0,7, como no matämatä (0,70), na magaranduba (0,71), na
30

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Angelim pedra (Dinisia excelsa Ducke, Legum. Papil. Dalberg.) no Território do Amapa.
(Foto Miranda Bastos).
31

andiroba (0,71), na quaruba (0,69), na cupiüba (0,72), no acapu (0,66)


e na ucuuba (0,66).

TABELA DE VOLUME GERAL

A literatura costuma fazer distingöes entre as tabelas de volume


gerais e locais. As primeiras podem ser usadas em qualquer parte
da floresta pluvial; as outras, só no local para o qual foram prepara-
das. A maioria foi organizada por espécies e tem duas entradas :
1.») diametro (ou circunferência) ä altura do peito e altura total
do tronco até a extremidade superior da copa;
2.*) diametro nas mesmas condigöes e altura do tronco apenas até
o comêgo dos galhos.
Os volumes de madeira podem ser expressos com casca ou sem esta.
Näo raro, outros fatóres säo acrescentados, para transformar o vo-
lume de madeira em pé em volume de madeira aproveitävel para êste
ou aquêle firn. Säo os chamados «fatóres de explotagäo».
Nossa tabela geral, välida para tödas as ärvores da floresta plu-
vial amazönica, baseia-se na anälise de 1.552 ärvores-amostra. Näo
obstante, os dados näo bastaram para a construgäo de tabelas por es-
pécies. A dificuldade é que, para tabelas duma unica espécie, é preciso
haver uma série de ärvores-amostra, 100 a 200, de dimensöes diferentes.
Os volumes apresentados nas tabelas säo para madeira sem casca. A
casca representa de 6 a 8 % do volume em causa.
Os diämetros säo dados para os pontos médios das classes de diä-
metros de 2 a 20.
Se queremos saber o volume do fuste de uma ärvore que pertence
ä classe de diametro 2, toma-se o volume para o diametro de 0,20 m;
para a classe de diametro 3, toma-se o volume para o diametro de
0,30 m, etc.
Entradas : DAP chamado dx 3 dado em m.
h ou comprimento do fuste em m.
Formulas em que se baseiam essas tabelas :
V = - L _ hD2
24
em que V = volume em m3.
h = comprimento do fuste em m.
D2 = A + B d 2 3
em que A = 0,00945
B = 3,91
Todos os dados acima de d J 3 = 1,50 m interpolados.
32

QUADRO N . ' 3
TABELA DE VOLUME GEKAL DE MADEIRA SEM CASCA DAS ESPÉCIES AMAZÖNICAS

Diametro Altura em metros


em metro
a 1,3 s 9 10
5 6 7

0,20 0,06 0,08 0,10 0,12 0,13 0,15 0,17 0,19 0,21
0,30 0,13 0,18 0,22 0,27 0,31 0,36 0,40 0,45 0,49
0,40 0,24 0,32 0,40 0,48 0,56 0,65 0,73 0,81 0,89
0,50 0,38 0,51 0,63 0,76 0,89 1,01 1,14 1,27 1,39
0,60 05j 0.73 I 0,92 1,10 1,28 1,46 1,65 1,83 2,01
0,70 1,25 1,50 1,75 2,00 2,25 2,50 2,75
0,80 0,98 1,31 1,63 1,96 2,28 2,61 2,94 3,26 3,59
0,90 1,24 1,65 2,07 2,48 2,89 3,31 3,72 4,13 4,55
1,00 1,53 2,04 2,55 3,06 3,57 4,09 4,60 5,11 5,62
1,10 1,85 2,47 3,09 3,71 4,33 4,95 5,56 6,18 6,80
1,20 2,21 2,94 3,68 4,42 5,15 5,89 6,62 7,36 8,09
1,30 2,59 3,46 4,32 5,18 6,05 6,91 7,78 8,64 9,50
1,40 3,01 4,01 5,01 6,01 7,00 8,02 9,02 10,02 11,02
1,50 3,45 4,60 5,75 6,90 8,05 9,20 10,35 11,50 12,66
1,60 3,93 5,24 6,55 7,86 9,16 10,47 11,78 13,09 14,40
1,70 4,43 5,91 7,39 8,87 10,35 11,82 13,30 14,78 16,26
1,80 4,97 6,63 8,29 9,94 11,60 13,26 14,92 16,57 18,23
1,90 5,54 7,39 9,23 11,08 12,93 14,77 16,62 18,47 20,31
2,00 6,14 8,19 10,23 12,28 14,32 16,37 18,42 20,46 22,51

Diametro Altura em metros


em metro
a 1,3
12 13 15 16 17 18 19 20

0,20 0,23 0,25 0,27 0,29 0,31 0,33 0,35 0,36 0,38
0,30 0,54 0,58 0,63 0,67 0,72 0,76 0,81 0,85 0,90
0,40 0,97 1,05 1,13 1,21 1,29 1,37 1,45 1,53 1,61
0,50 1,52 1,65 1,77 1,90 2,03 2,15 2,28 2,41 2,53
0,60 2,20 2,38 2,56 2,75 2,93 3,11 3,30 3,48 3,66
0,70 3,00 3,24 3,49 3,74 3,99 4,24 4,49 4,74 4,99
0,80 3,92 4,24 4,57 4,90 5,22 5,55 5,88 6,20 6,53
0,90 4,96 5,37 5,79 6,20 6,61 7,03 7,44 7,85 8,27
1,00 6,13 6,64 7,15 7,66 8,17 8,68 9,19 9,70 10,21
1,10 7,42 8,04 8,65 9,27 9,89 10,51 11,13 11,75 12,36
1,20 8,83 9,57 10,30 11,04 11,77 12,51 13,25 13,98 14,72
1,30 10,37 11,23 12,09 12,96 13,82 14,69 15,55 16,41 17,28
1,40 12,03 13,03 14,03 15,03 16,03 17,04 18,04 19,04 20,04
1,50 13,81 14,96 16,11 17,26 18,41 19,56 20,71 21,86 23,01

1,60 15,71 17,02 18,33 19,64 20,95 22,26 23,57 24,87 26,18
1,70 17,74 19,22 20,69 22,17 23,65 25,13 26,61 28,08 29,56
1,80 19,89 21,54 23,20 24,86 26,52 28,17 29,83 31,49 33,15
1,90 22,16 24,01 25,85 27,70 29,55 31,39 33,24 35,09 36,93
2,00 24,56 26,60 28,65 30,70 32,74 34,79 36,84 38,88 40,93

(Continua)
33

QUADRO N.« 3
T A B E L A D E VOLTJMU GEKA1, DE MADEIRA SEM CASCA DAS ESPÉCIES AMAZÖNICAS
(Conclusäo)

Altura em metros
Diametro
a 1,3
21 22 23 24 25 26 27 28

0,20 0,40 0,42 0,44 0,46 0,48 0,50 0,52 0,54


0,30 0,94 0,99 1,03 1,08 1,12 1,16 1,21 1,25
0,40 1,69 1,78 1,86 1,94 2,02 2,10 2,18 2,26
0,50 2,66 2,79 2,91 3,04 3,17 3,29 3,42 3,55

0,60 3,85 4,03 4,21 4,39 4,58 4,76 4,94 5,13


0,70 5,24 5,49 5,74 5,99 6,24 6,49 6,74 6,99
0,80 6,85 7,18 7,51 7,83 8,16 8,49 8,81 9,14
0,90 8,68 9,09 9,51 9,92 10,34 10,75 11,16 11,58
1,00 10,72 11,24 11,75 12,26 12,77 13,28 13,79 14,30
1,10 12,98 13,60 14,22 14,84 15,46 i6,07 16,69 17,31
1,20 15,45 16,19 16,93 17,66 18,40 19,13 19,87 20,61
1,30 18,14 19,01 19,87 20,73 21,60 22,46 23,33 24,19
1,40 21,04 22,05 23,05 24,05 25,05 26,05 27,06 28,06
1,50 24,16 25,31 26,46 27,61 28,76 29,91 31,06 32,21
1,60 27,49 28,80 30,11 31,42 32,73 34,04 35,35 36,66
1,70 31,04 32,52 34,00 35,47 36,95 38,43 39,91 41,39
1,80 34,80 36,46 38,12 39,78 41,43 43,09 44,75 46,40
1,90 38,78 40,63 42,47 44,32 46,17 48,10 49,86 51,71
2,00 42,97 45,02 47,07 49,11 51,16 53,21 55,25 57,30

Altura em metros
Diametro
em metro
a 1,3
29 30 31 32 33 34 35

0,20 0,56 0,58 0,60 0,61 0,63 0,65 0,67


0,30 1,30 1,34 1,39 1,43 1,48 1,52 1,57
0,40 2,34 2,42 2,50 2,58 2,66 2,74 2,82
0,50 3,67 3,80 3,93 4,05 4,18 4,31 4,43
0,60 5,31 5,49 5,68 5,86 6,04 6,23 6,41
0,70 7,24 7,49 7,74 7,99 8,24 8,49 8,74
0,80 9,47 9,79 10,12 10,44 10,77 11,10 11,42
0,90 11,99 12,40 12,82 13,23 13,64 14,06 14,47
1,00 14,81 15,32 15,83 16,34 16,85 17,36 17,87
1,10 17,93 18,55 19,16 19,78 20,40 21,02 21,64
1,20 21,34 22,08 22,81 23,55 24,28 25,02 25,76
1,30 25,05 25,92 26,78 27,64 28,51 29,37 30,24
1,40 29,06 30,06 31,07 32,07 33,07 34,07 35,07
1,50 33,36 34,52 35,67 36,82 37,97 39,12 40,27
1,60 37,97 39,28 40,59 41,89 43,20 44,51 45,82
1,70 42,86 44,34 45,82 47,30 48,78 50,26 51,73
1,80 48,06 49,72 51,38 53,03 54,69 56,35 58,01
1,90 53,55 55,40 57,25 59,09 60,94 62,79 64,63
2,00 59,35 61,39 63,44 65,48 67,53 69,58 71,62
34
TABELA DE VOLUME LOCAL

Para' certas espécies de ärvores, hä uma estreita relagäo entre o


comprimento do tronco comerciävel e o diametro ä altura do peito. As-
sim, é possivel uma boa estimativa do volume daquele, tomando por base
o referido diametro ou classe de diametro.
Os dados, que apresentamos no Quadro n.9 4, foram extraidos do
inventärio realizado na regiäo do rio Curué-una, e detalhados no «FAO
Report» n.° 1.271, abrangendo urn total de 3.691 observagöes.
Conforme se notarä, algumas espécies säo apresentadas isolada-
mente, outras, em grupos.
Os dados dessa tabela, comparados com os da tabela de volume ge-
ral (Quadro n.9 3), com duas entradas (diametro e volume do tronco),
acusam a diferenga de minus 7,3 até de mais 9,6 %, para os volumes
estimados para lotes de 2 hectares.

QUADRO N . ' 4
TABELA D E V O L U M E LOCAL P A K A ESPÉCIES OU G K U P O D E ESPÉCIES D E ÄKVORES
D A REGIÄO D E P L A N A L T O AO SUL E SUDOESTE D E SANTARÉM, ESTADO D O PARA

Classes de diametro
Nome
5 6 7 8 9 11-15 16-20 de 21
10 acima-

m3
GRUPO I

Angelim-da-mata .... 2,60 3,70 5,20 6,80 8,60 10,80 16,00 30,00
Angelim-pedra 2,20 3,20 4,40 5,80 7,40 9,10 13,50 27,00 41,00'
Castanheira 3,00 4,30 5,80 7,50 9,30 11,60 17,50 34,00 55,00-
Cupiüba 2,10 3,00 4,00 5,30 6,80 8,40 12,50 22,00
Faveira(s) 2,40 3,40 4,60 6,00 7,60 9,20 14,00 25,00
Louro(s) 2,00 3,00 4,20 5,60 7,20 9,00 13,00 24,00
Mandioqueira 2,80 4,00 5,40 7,00 8,80 11,00 15,00 27,00
Macaranduba 2,80 4,10 5,70 7,40 9,40 11,80 17,00 32,00
Muiraüba 2,10 3,00 4,00 5,30 6,80 8,40 12,50 —
Piquiä 1,70 2,50 3,60 4,80 6,30 8,00 12,50 27,00 43,00;
Taxi(s) 2,50 3,50 4,80 6,40 8,10 10,00 14,50 25,00
GRUPO I I

Sub-ffrupo A : m é d i a de
a l t u r a inferior a 16 m

Acapu, andiroba, ce-


dro, caraipé, cumaru,
itaüba, rosadinha, sa-
pucaia, uxirana 2,00 2,90 4,10 5,40 7,00 8,80 12,50 24,00
35
QUADRO N.« 4

TABELA D E V O L U M E LOCAL PARA ESPÉCIES OU G R U P O D E ESPÉCIES D E ARVORES


D A REGIÄO D E PLANALTO AO SUL E SUDOESTE D E SANTARÉM, ESTADO D O PARA

(Continuasäo)

Classe de diametro
IV m*»

5 6 7 8 d e 21
9 10 11-15 16-20 acima

m3

Sub-grupo B : média de
altnra 16 a 20 m

Abiorana(s), caju-acu,
cuiarana, m a p a r a ] u-
ba, m a t ä m a t ä ( s ) , tau-
ari, sucupira 2,40 3,50 4,80 6,40 8,20 10,00 14,00 25,00 —

S u b - g m p o C : m é d i a de
altura superior a 20 m

Amapä, a r a r a c a n g a ,
jutaï-agu, q u a r u b a ( s ) ,
q u a r u b a r a n a , seringa-
rana, tento 2,90 4,20 5,60 7,20 9,00 11,00 15,50 27,00

GRUPO m

• - * . • • • • /

Resto 2,40 3,70 5,40 7,00 9,10 11,60 |' 15,50

1 1

Êsses dados estäo baseados em 1.463 observagöes.

Os grupos restantes dados na tabela podem ser usados para as se-


guintes especies : anani, faveira, cedro, freijó, itaüba, louro-vermelho
e magaranduba.

Uma outra tabela de volume local foi preparada para as ärvores


da regiäo Belém-Brasilia, para 14 especies distintas. As demais, reuni-
mos num grupo ünico (Quadro n.° 5).
36

QUADRO N . ' 5
TABELA D E VOLUME LOCAL P A R A ESPÉCIES F L O R E S T A I S D E IMPORTANCIA
ECONÖMICA N A F A I X A E S T U D A D A NA REGIAO BELÊM-BRAS1LIA

Classes de diametro
NOME
10

m3

Angelim-da-mata 3,2 4,3 5,7 7,2 8,9


Aroeira 4,2 6,0 7,8 10,0 12,9
Cuiarana 3,1 4,3 5,9 7,2 9,3
Cupiüba 2,7 3,8 5,1 6,4 7,9
Jarana 3,0 4,2 5,4 6,8 8,6
Magaranduba . .. 3,4 4,8 6,3 8,0 10,2
Mandioqueira . . 3,3 5,1 7,0 9,4 12,3
Marupä 3,6 5,1 6,8 8,7 11,1
Pau-amarelo 2,7 3,8 5,0 6,4 8,0
Pau-roxo 2,8 3,8 4,7 5,9 7,0
Piquiä 2,6 3,9 5,4 7,2 9,3
Piquiärana 2,6 3,8 5,0 6,6 8,3
Quaruba 3,3 4,6 6,2 7,9 9,8
Sucupira 3,4 4,8 6,5 8,3 10,6
Resto 3,4 4,6 6,0 7,5 9,2

Classes de diametro
NOME
! I I
13 14 I 15 ' 16 18 19
i I I
m3

Angelim-da-mata 12,6 15,0 17,2 20,0 22,5 25,5 28,5 31,5


Aroeira 19,0 22,5 26,3 31,0
Cuiarana 13,4 15,9 18,5 21,2
Cupiüba 11,3 13,2 15,5 17,8
Jarana 12,0 14,0 16,0 18,5
Magaranduba . . 14,5 17,0 20,0 23,0
Mandioqueira . . 19,0 23,2 28,0 33,0
Marupä 16,1 19,1 22,5 26,1
Pau-amarelo . .. 12,0 14,0 16,5 19,0
Pau-roxo . . . . . . . 9,6 11,0 12,5 14,2
Piquiä : 14,3 17,2 21,0 25,0 29,0 33,0 38,0 43,0
Piquiärana . . . . 12,5 15,0 17,5 20,5
Quaruba 14,5 17,0 19,5 22,5
Sucupira 15,5 18,7 21,8 25,0
Resto 13,0 15,2 17,6 20,0

Uma tabela local, ainda mais detalhada, com duas entradas (classe
de diametro e altura do tronco), foi organizada para o mogno da regiäo
sul do Parä — nordeste de Goiäs.
Esta tabela foi extraida dos dados do «FAO Report» n.° 1.562, usando-
se o fator forma balanceado, segundo a equagäo :
37

F = 0,908 + 0,001 x d 13 - 0,016 x h


onde
F — fator forma
d1 = diametro ä altura do peito, söbre a casca
h = comprimento do tronco comerciävel
Os dados foram obtidos de 85 ärvores-amostra. Os volumes incluem
cêrca de 5 a 10 % dé casca.

QUADRO N . ' 6
TABE1A DE VOLUME DO TBONCO COMEKCIAVEL DO MOGNO (SWIETENIA MACRO-
PHYLLA) PARA A KEGIÄO SUL DO PARA — NORDESTE DE GOIÄS

Classe Comprimento do tronco em metros


de
diametro
I 6 10 11 12

m3

0,03 0,04 0,06 0,06 0,07


0,13 0,15 0,23 0,25 0,27
0,30 0,35 0,53 0,57 0,61
0,52 0,62 0,95 1,02 1,09
0,82 0,96 1,48 1,59 1,70
1,18 1,39 2,13 2,30 2,45
1,61 1,89 2,91 3,13 3,34
2,10 2,47 3,80 4,09 4,37
2,66 3,13 4,81 5,18 5,53
3,29 3,87 5,95 6,41 6,84
4,69 7,21 7,76 8,29
— 8,60 9,26 9,88
10,10 10,88 11,61
11,73 12,63 13,48
13,48 14,52 15,50

Classe Comprimento do tronco em metros


de
diametro
13 14 16 .17 18 19 20

m3

0,08
0,32 0,33 — — —
0,71 0,74 0,77 — —
1,27 1,32 1,37 1,41 —
1,98 2,06 2,14 2,21 2,27
2,86 2,98 3,09 3,18 3,27 3,35
3,90 4,06 4,21 4,35 4,47 4,58
5,10 5,31 5,51 5,69 5,85 6,00
6,46 6,73 6,97 7,20 7,41 7,59
7,98 8,32 8,62 8,90 9,16 9,39
9,68 10,08 10,45 10,79 11,10 11,38
11,54 12,02 12,46 12 87 13,24 13,57
13,56 14,12 14,64 15,12 15,56 15,95
15,74 16,40 17,01 17,56 18,07 18,53
18,10 18,86 19,56 20,20 20,78 21,31
38
TABELAS DE DIAMETRO DOS TOPOS
O objetivo destas tabelas é estimar o diametro da extremidade su-
perior dos troncos através do diametro ä altura do peito. Encontramos
que a relacäo entre os mesmos näo depende do comprimento do tronco,
devendo ser considerada como uma relagäo linear (Quadro n.° 7.) Elas

QUADRO N.« 7
X A B E L A D E D I A M E T R O DO XOPO DOS TKONCOS

D i ä m e t r o s ä a l t u r a d o p e i t o ou acima d a s a p o p e m a , e m centfmetros
NOME
1 10 50 60 I 70 100 110 130 140
30 so 90 120

Acapu 19 27 34 421 49 57 64 72 79 87 94 102


Andiroba .... 21 29 37 44 52 60 67 75 83 91 99 106
Aroeira 20 28 35 43 51 59 66 74 82 89 97 105
Cuiarana .... 22 30 39 47 56 64 73 81 90 98 107 115
Copaiba .... 22 30 38 46 54 62 70 78 85 93 101 109
Faveira-da-fó-
Iha-fina . . . 22 30 38 47 55 63 71 79 87 95 103 111
Faveira-"uing" 24 32 39 47 55 62 70 78 86 93 101 109
Itaüba 23 31 38 46 54 62 69 77 85 92 100 108
Jutai-agu .... 22 30 37 44 52 59 66 73 81 88 95 103
Jarana 24 31 38 45 52 59 66 73 80 87 94 101
Louros(s) ... 23 30 37 44 51 58 65 72 79 85 92 99
Macucu 26 31 37 44 50 57 64 70 77 83 90 97
Marupä 21 27 34 40 47 54 60 67 73 80 87 93
Matä-matä(s) 25 31 37 43 50 56 62 68
Maparajuba . 25 32 40 48 55 63 71 78 86 94 102 109
Macaranduba 22 30 37 45 53 61 69 77 85 93 101 109
Mogno 21 29 37 45 53 61 69 77 85 93 100 108
Parä-parä ... 18 27 36 45 54 63 72 82 91 100 109 118
Quaruba(s) . 21 29 36 44 51 59 66 74 81 89 96 104
Sucupira .... 24 30 37 43 50 56 63 69 76 82 89 95
Tauari 18 26 33 41 48 56 64 711 79 86 94 102
Taxi(s) 25 31 38 45 51 58 65 85 92 98
72 78
Ucuuba 18 26 33 41 48 56 63 86 93 101
71 78
39

säo üteis porque indicam quäl o diametro do tronco ä altura do peito


que é preciso existir numa ärvore para que haja um determinado dia-
metro minimo na extremidade superior. Baseiam-se na medigäo de 2.230
ärvores-amostra, fornecendo dados para 23 espécies.

MEDigÄO DOS VOLUMES PELA FOTOGRAFIA AÉREA


Conforme relatado anteriormente, durante as amostragens de cam-
po, procedemos ä medigäo do diametro das copas das ärvores do estrato
superior. E como um certo nümero delas pode ser distinguida nas fo-
tografias aéreas, após reunir os dados de 26.896 ärvores, analisämos :
a) A relagäo entre o diametro da copa e o diametro do tronco ä
altura do peito;
b) A relagäo entre o diametro da copa, a altura da ärvore e o
volume do tronco comerciävel;
c) O volume total das ärvores do estrato superior e o da floresta.
Tendo em vista que as copas säo geralmente de forma irregular,
é impossivel, e mesmo desnecessärio, medir seu diametro exato. Por
isto, o primeiro dos autores, ainda quando trabalhava na Guiana Holan-
dêsa, resolveu classificä-las em 4 classes, a saber :
Classe de diametro Diametro aproxi- Classe de diametro Diametro aproxi-
da copa mado da copa da copa mado da copa
em m em m
I de 3 a 12 III de 18 a 22
II de 13 a 17 IV de 23 em diante
Verificämos que a relagäo a, entre o diametro da copa duma är-
vore e o diametro do tronco ä altura do peito, é linear. As outras
duas relagöes säo complicadas.
Os dados para as relagöes a e b säo as seguintes :

Diametro medio Diametro medio Volume do tronco


Classe de diametro da copa do tronco comerciävel
da copa (m) ( D A P ) (m) (m3)

i de 9,2 a 10,0 de 0,44 a 0,47 de 1,7 a 2,0


ii de 14,7 a 14,9 de 0,57 a 0,63 de 2,9 a 4,0
in de 19,5 a 19,7 de 0,71 a 0,82 de 4 ; 6 a 6,7
IV de 26,1 a 27,1 de 0,86 a 1,09 de 6,7 a 12,7

A grande amplitude dos valóres dos troncos comerciäveis nas ta-


belas é devido ä diferenga da altura média dos tipos florestais.
Para dar uma idéia da relagäo entre o volume das ärvores do es-
trato superior e o volume total da floresta, apresentamos os dados a se-
40

guir, relativos a tipos florestais com baixo volume total de madeira e


baixa altura, e com grande volume total e grande altura :

VOLUME TOTAL DA FLORESTA (m3)


VOLUME DAS D O M I N A N T E S
(m3) Floresta de baixo Floresta de grande
volume volume

30 87 170
50 117 192
70 150 227
90 180 246

110 210 280

130 317

Estas tabelas foram testadas com a medigäo dos volumes através


das fotografias aéreas das partes da floresta nas quais fizemos amos-
tragens. Os resultados foram muito próximos, conforme mostram os se-
guintes exemplos :

VOLUME DE MADEIRA (m3)

AMOSTBA
Segundo a fotografia Segundo a amostragem
aérea terrestre

a 165 161
b 271 272
c 207 184

d 144 148

No relatório a respeito (D, muitos outros exemplos säo transcritos.


Logo em seguida ä terminagäo da Segunda Guerra Mundial, tomou
corpo a nogäo de que inventärios florestais suficientemente rigorosos po-
diam ser realizados apenas pela interpretagao da fotografia aérea, sem
necessidade de qualquer trabalho no campo. A seguir, prevaleceu o con-
certo de que o trabalho deveria ser realizado no terreno, com o auxilio
de fotografias em escalas grandes. Nossa experiência na Amazonia en-
rinou-nos que só urn muito pequeno numero de espécies arbóreas pode,

(1) "FAO Report" N.° 1.284.


41

Cumaru (Coumarouna odorata Aubl., Legum. Papil.) (Foto Miranda Bastos).


42

naquela regiäo, ser identificado pela fotograf ia aérea; e, em geral, me-


ihor nas fotografias em escala grande do que nas em escala pequena.
Essas espécies foram o angelim-pedra (Dinizia excelsa), no Amapä, a
castanheira-do-Parä (Berthoïletia excelsa) e a magaranduba (Manilkara
huberi), quando em grupos, nos patamares de Santarém, bem assim al-
gumas espécies tipicas do igapó, nas cercanias de Belém, como a su-
maurna (Ceiba pentandra) e o agacu (Hura crepitans). Uma outra espé-
cie, a ucuuba-do-igapó (Virola surinamensis), podemos dizer pelos nos-
sos resultados na Guiana Holandêsa, também é identificävel, em fotogra-
fias de grande escala, como 1:10.000.
Ate a data do nosso trabalho, näo houvera nenhum interesse pela
determinagäo previa do volume ou composigäo de qualquer trecho da flo-
resta amazönica. Transmitida uma encomenda de madeira ao caboclo,
êle proprio é que se encarregava de ir catar na mata as ärvores das espé-
cies recomendadas. Os frequentes atrazos nos contratos de fornecimentos,
que via de regra também raro obedecem as especificagöes dos volumes
por espécies, näo säo devidos ao desleixo dos homens que trabalham na
mata ou dos seus patröes, mas apenas ä impossibilidade de prever
prazos certos para o trabalho. Embora as fotografias aéreas näo pos-
sam indicar os volumes de madeira da floresta por espécies, seu valor
é grande, para a confecgäo dos mapas por tipos florestais, e ainda pe-
las indicagöes topogräficas que fornecem. Säo auxiliares valiosos e mes-
mo indispensäveis.

PERSPECTIVAS DE SIMPLIFICACÄO

Com equipamento moderno, estamos certos de que os mapas plani-


métricos necessärios a futuros inventärios florestais na Amazönia po-
deräo aproveitar fotografias em pequena escala, de 1:70.000 a 1:120.000.
Isto sera uma grande vantagem, pois requererä numero muito menor
de fotografias. Se uma dada area, recoberta na escala 1:25.000, neces-
sitar de 1.600 fotografias, por exemplo, o trabalho se reduzirä a täo
sömente 100 fotografias, se a escala för baixada para 1:100.000. Ha-
verä barateamento duplo : no custo das fotografias e no mapeamento.
Em regiöes tropicais, o fator tempo é importante, visto serem muito
poucos, anualmente, os dias sem nuvens, para boa operagäo aerofoto-
gräfica.

Nossa firme convicgäo é que levantamentos florestais na Amazönia


devem ser feitos por meio da anälise de mapas planimétricos baseados
em fotografias aéreas em pequena escala. Se, no decorrer dos mesmos,
houver necessidade de mais ämplos detalhes, deveräo ser tomadas foto-
grafias em grande escala, para serem projetadas no mapa original.
43

IDENTIFICACÄO BOTANICA DAS ÄRVORES

Malgrado os previstos embaragos ao deslocamento das equipes de


trabalho na selva bruta, maiores foram os que se opuseram ä determi-
nagäo especifica das ärvores. Um excelente mateiro fêz sempre parte
do grupo de estudos, pondo em prätica os seus curiosos processos de re-
conhecimento : levantar ou destacar, com cortes do seu inseparävel fa-
gäo, um pedago da casca da ärvore, para examinar os aspectos da sua
parte interna, presenga ou ausência de lätex, cheiro, gösto, bem assim
a forma das fölhas, etc., para entäo dar o seu veredito, a ser conferi-
do, na ocasiäo ou mais tarde, com o do botänico Ricardo de Lemos Froes.
Quando preciso, o balateiro ia buscar ramos nas copas, para reconheci-
mento, ou a ärvore era derrubada. O rigor com que esta tarefa foi exe-
cutada pode ser traduzido com a informagäo de que o nümero de espé-
cies näo identificadas pelo menos parcialmente variou de 0,43 a 3,43 %,
segundo os grandes blocos estudados.
Por conveniência técnica, espécies do mesmo gênero com madeiras
semelhantes, tais como os breus do gênero Protium (familia Burserä-
ceas), os matämatäs (Eschweüera spp., Lecitidäceas), as abioranas (Pou-
teria spp., Sapotäceas), os louros (generös Anita, Ocotea e Nectandra,
Lauraceas), exceto o louro-vermelho, foram reunidos em grupos e êstes
considerados como unidades.
COMPOSflCÄ© DA FLORESTA

Nos 20 milhöes de hectares de florestas submetidos a inventärio, fo~


ram identificadas perto de 400 espécies de ärvores de 25 cm de diame-
tro para cima, pertencentes a 47 familias botänicas.
As familias mais numerosamente representadas foram, pela ordern,
Leguminosas, Lecitidäceas, Sapotäceas, Burseräceas, Lauräceas e Ro-
säceas, sendo que, na banda oriental da grande faixa estudada, as Leci-
tidäceas predominaram sóbre as Leguminosas.
Dentre os generös, os mais freqüentes foram, na familia Legumino-
sas, Piptadenia (faveiras de fölha fina) e Sclerolobium-Tachigalia (ta-
xis) ; nas Lecitidäceas, Eschweilera (matämatäs); nas Sapotäceas, Pou-
teria (abioranas); nas Burseräceas, Protium (breus); nas Lauräceas, Oco-
tea, Aniba e Nectandra (louros); e nas Rosäceas, Ldcania (caraipé e
macucu).

Curiosidade a merecer estudos especiais a propósito da sua espé-


cie, dispersäo, comportamento, foi o encontro, na regiäo entre os rios
Caeté e Maracassumé, território paräense ja perto do Maranhäo, duma
conifera do gênero Podocarpus, logo reconhecida pelo botänico Ricardo
Froes e a seguir, também pelo exame da anatomia do lenho.
Das 1.381 parcelas de urn hectare estudadas na faixa ao sul do
Amazonas, só em 44, das quais 39 na banda leste, seja, onde as ärvores
däo uma certa impressäo de serem deciduas, näo apareceram espécies
de Pouteria. Eschweilera foi mais escassa, näo figurando em 114 parce-
las, das quais 4 nas faixas Tocantins-Guamä-Capim, Caeté-Maracassumé,
e oeste do Tocantins (rodovia Belém-Brasilia, entre Säo Miguel do Gua-
mä e Imperatriz). Na ärea Amapari-Matapi-Cupixi, Pouteria (abiora-
nas) faltou apenas uma vez num total de 77 parcelas estudadas, e Esch-
weilera (matämatäs), só 4 vêzes. No levantamento nos arredores de
Manaus, Pouteria e Eschweilera estiveram ausentes apenas em 2 das
37 parcelas. No de Benjamin Constant, apareceu em tödas. Ate 18 abio-
ranas chegaram a ser contadas por hectare. Os matämatäs chega-
ram até 3D.

A anälise dos dados levou-nos ä conclusäo de que as florestas de


terra-firme ao longo da margem sul do rio Amazonas constituem, na
45

parte ocidental, o «grupamento Pouteria» e, na parte oriental, o «grupa-


mento Pouteria-Eschweilera».
Esses dois grupamentos, dividimo-los em 24 Tipos Florestais, dos quais
värios podem ser considerados como «facies», a maioria deles separados
por determinantes geogräficas e diferencas significativas no volume me-
dio de madeira por unidade de superficie, comparativamente ao dos tipos
adjacentes, bem como por alteragöes determinadas pela agäo do hörnern.
Para os värios tipos, tragaram-se curvas de freqüência das espécies,
as quais mostram forma sensivelmente idêntica : no inïcio, säo fortemen-
te ascendentes, até a amostra ou parecla 15 a 20; em seguida, se inclinam,
tomando diregäo quase horizontal. Foi o que assinalämos aträs, ao dizer
que, com o estudo de täo apenas 15 a 20 parcelas, pode-se ter a represen-
tagäo das espécies mais freqüentes nessas florestas. Abaixo dessas cur-
vas, estäo presentes as classes de freqüência de 100 a 50. Se uma dada
espécie se acha incluida numa delas, se, por exemplo, aparece 95 vêzes
•em 10 parcelas, isto significa que pertence k classe 100-90 (Fig. 3).
Para dar uma idéia meihor de como as espécies se distribuïam den-
tro do tipo florestal, no quadro respectivo, abaixo da curva de freqüên-
cia, tragämos linhas grossas, mais ou menos interrompidas, para repre-
•sentä-las. Cada interrupgäo corresponde, na linha do gräfico que repre-
senta a seqüência das parcelas, ä indicagäo de que falta ali a referida
espécie.
O diagrama serä de uso importante para o caso de espécies que
existam apenas em determinadas areas. No estudo do mesmo é que,
fundamentalmente, se baseou a classificagäo dos tipos florestais.

TIPOS FLORESTAIS 1, 2 e 3

Dos 24 tipos florestais estabelecidos para diferengar os conjuntos


de vegetagäo arbórea encontrados, os tres primeiros foram identificados
na faixa da margem direita do rio Amazonas entre os rios Madeira e
Tapajós, cuja superficie é de aproximadamente 3.700.000 hectares, dos
quais uns 80 % de florestas virgens (1) . Dela é que saiu a quase totali-
•dade do óleo essencial de pau-rosa da regiäo.
Quando do nosso trabalho, apenas dois exemplares adultos da pre-
ciosa ärvore (Aniba duckei), além de urn outro exemplar de 5 a
12 cm de diametro, remanesciam. As inümeras estradas de extragäo da
madeira atestavam a intensidade do corte, visando o suprimento das
rudimentäres usinas de destilagäo regionais. A indüstria se transferira
para as matas mais ao sul, só atingidas por meio de pequenas embarca-
göes, e hoje, provèvelmente, também ja esgotadas.

•(1) "FAO R e p o r t " N.° 969.


4G

CURVA DE FREQÜÊNCIA

220

ZOO
— 313 S P E C I E S

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1
J

10 i5 z0
1
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MATAMATA-BRANCO

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TAXI-PITOMBA
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MATAMATA-C!
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QUINARANA
L.
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L. - - - ... — — - - h ü - J -I-- J U T A I R AN A
QUARUBA
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FIG. 3
Curva de freqüência das ärvores encontradas num dos tipos florestais inventariados, na re-
giäo entre os rios Tapajós e Madeira («FAO Report» 969) e na qual foram consideradas 128
amostras de 1 ha. A média foi de 117 ärvores e de 169,4 metros cübicos de madeira por ha.
No diagrama, acima da amostra n.o 1, é dado o numero de espécies encontradas na mesma.
Acima da amostra n.« 2, ê dado o numero de espécies encontradas nas amostras 1 e 2, e assim
por diante. Quando uma espécie aparece numa dada amostra ou parcela, o trago prêto é con-
tinuo. Pela forma contïnua ou interrompida do trago pode-se verificar quando a espécie exis-
te ou näo na amostra considerada.
47

O Tipo Florestal 1 é caracterizado pela abundäncia da castanha-


de-paca ou mamorana (Scleronema ferox, Bombacäceas), ärvore média,
de madeira forte, castanho-claro, capaz de assumir importäncia comer-
cial, pelo que, no nosso relatório, recomendämos fössem pesquisadas pos-
siveis outras ocorrencias da mesma nas areas contiguas, pelos lados sul,
sudoeste e oeste.

O Tipo Florestal 2, contiguo ao precedente, pelo lado direito, é par-


ticularmente recomendävel para aproveitamento industrial. Sua densi-
dade em madeira näo é muito alta, porém êle contém em média 36,3 m3
por hectare de madeiras brancas ou claras, que flutuam, entre as quais
diversos louros.

O Tipo Florestal 3 ocupa quase töda a regiäo ao longo .do rio Ara-
piuns, fronteiro ä cidade de Santarém, isto é, do outro lado do Tapajós.
Destaca-se pelas ocorrencias de cedro, freijó e outras madeiras de uso
tradicional, entre as quais a itaüba (Mezïlaurus spp., Lauräceas), con-
sagrada por causa do seu aspecto untuoso, estrutura compacta e extre-
ma durabilidade, que a tornam insubstituivel para o preparo de cas-
cos de embarcagöes. Nesta area, as itaübas säo de porte apenas me-
dio, porém muito direitas, dando pegas muito uniformes.

Dadas as excelentes condigöes de acessibilidade e transporte dêste


tipo florestal, seria oportuno que tomassem medidas em favor da orga-
nizagäo dum trabalho madeireiro de sentido mais racional.

TIPOS FLORESTAIS 4, 5, 6, 7, 8 e 9

Êstes tipos aparecem no bloco entre os rios Tapajós e Xingu, com


um total de aproximadamente 2 e meio milhöes de hectares, dos quais
ocupam cêrca de 90 %, o resto sendo constituido por capoeiras, lagos, etc.
Trata-se duma regiäo de patamares a 100-130 metros acima do ni-
vel dos terrenos de värzeas, com o flanco leste fortemente erodido.
O Tipo Florestal 4 fica a sudeste de Santarém, na parte mais alta
dos relevos. Dele ja foi extraida a maioria das ärvores mais valiosas,
como o freijó e o cedro, e a propria extensäo da floresta vem diminuin-
do räpidamente, pelo avango das lavouras. Seus caracteristicos mar-
cantes säo a presenga da ucuuba da terra-firme (Virola spp.), que o
diferencia dos demais tipos, e a presenga de trechos em que as ärvores
säo muito poucas e a vegetagäo dominante é constituïda por cipoal. mis-
turado com arbustos espinhentos e bambus, trechos que os lavradores
preferem para a abertura das suas rogas por causa da fertilidade do
horizonte A, muito rico em materia orgänica. Em outros pontos, podem
ser vistas pequenas manchas de «terra prêta», que dizem ser lugares de
antigas aldeias indigenas.
48

Nessas areas, a grande dificuldade é a falta d'ägua. A ünica que


se pode encontrar é a da chuva, quando retida em pogöes naturais. So
em derredor de Santarém é que o terreno, cortado por värias gargan-
tas, äs vêzes com até 80 e 100 metros de profundidade, contém o precioso
liquido. Mas é muito penoso alcangä-lo.
O Tipo Florestal 5 fica nas encostas ao longo dos rios Curuä e Curari.
Caracteriza-o a presenga, em elevada proporgäo, da maparajuba (Ma-
nïlkara amazonica), conforme se pode ver no respectivo quadro.
O Tipo Florestal 6 caracteriza a parte dos patamares situada entre
os rios Curuä, Jarucu e o tributärio dêste, o rio Una.
Perto do Curuä-una e do Curuä-tinga havia uma explotagäo de ce-
dro e freijó. Nas proximidades do lugar Carrapato, no Curuä-tinga, bem
como do lago Cugari, além destas madeiras, homens cortavam também
acapu e andiroba, que transportavam com tratores e carretas. Nos ou-
tros rios faziam alguns cortes, em menor escala.
Êste tipo florestal foi o que se apresentou como da maior impor-
täncia comercial. Para atingi-lo, um excelente caminho é subir pelo
oeste, através do Curuä, navegävel por lanchas e barcos durante a maior
parte do ano, razo apenas na förga do veräo.
Para a explotagäo do bloco formado por êstes tipos florestais, o
meihor meio serä construir um pörto ä margem do Amazonas, 5 km
abaixo da bóca do Curuä, onde, alias, existem diversos moradores, e
dai abrir uma estrada de uns 60 km de comprimento, para o interior,
rumo a sudeste, atravessando a faixa ocupada pelo Tipo Florestal 5,
com os rcmais que se fizerem necessärios. Além das providências para
enfrentar a falta d'ägua, haverä a travessia dum igapó de uns 900 a
1.000 metros de comprimento, que comega a uns 5 km do porto.
De acördo com o projeto aprovado pela SPVEA, um Centro de
Treinamento em extragäo de madeira foi instalado ä margem direita
do Curuä,, uns 20 km abaixo do lugar recomendado para o porto, em
pleno Tipo Florestal 5. Levantaram-se algumas construgöes, simples mas
sólidas, teladas, para moradia do futuro pessoal, e para ali foi levado
um razoäevl equipamento : tratores, caminhoes, uma serraria deslocä-
vel, etc. Cêrca de 10 km de boas estradas foram abertos, a fim de pro-
mover as primeiras extragöes de toras, para suprir os trabalhos do Cen-
tro de Treinamento de Indüstria Madeireira, que ja vinha funcionan-
do em Santarém. Pelo respectivo especialista da Missäo, foram instala-
dos, de outra parte, diversos ensaios de enriquecimento florestal e reflo-
restamentc. Visando a obtengäo dos dados indispensäveis ä elaboragäo
das normas para o aproveitamento ordenado da reserva, procedeu-se, ain-
da, ao levantamento integral de algumas parcelas de 100 ha (1) .
(1) " F A O H e p o r t " N.» 1.271.
49

Outra alternativa para alcangar o bloco é seguir pelo Jurucu, afluen-


te do Xingu, malgrado os embaragos que êste apresenta ä navegagäo,
na sua böca.
Um dos mais flagrantes aspectos deparados durante o estudo dêste
tipo florestal foi a presenga em abundäncia, perto do Centro do Curuä,
de acapu {Voucapoua americana), que pela primeira vez aparecia, e
que continuariamos encontrando, nessa caminhada em diregäo leste, até
a ultima parcela estudada, ja perto de Belém. Outra particularidade
foi a presenga da andiroba (Carapa guianenssi), que normalmente só
ocorre em terrenos de värzea. Desta registramos a média de 3 gran-
des exemplares por hectare, o que tinha de ser considerado incomum
numa äreäJ täo sêca.
O Tipo Florestal 7 estä representado na banda mais erodida dos pa-
tamares. Contém grande quantidade de acapu, porém pouca andiroba.
No resto da composigäo, êle é quase igual ao Tipo Florestal 6. Suas me-
lhores partes säo a leste e norte do Jarucu.
O Tipo Florestal 8 ocorre em trechos isolados, como inclusöes no
Tipo 7. Demos-lhe o nome de Planalto baixo Cipoal, por causa da gran-
de quantidade de cipós e, por conseguinte, de «torres de cipós», de que
ja falämos anteriormente.
O Tipo Florestal 9 fica nos flancos do lado oeste. Sua composigäo
é similar ä do Tipo 5, sendo, todavia, de bem maior volume de ma-
deira por unidade de superficie, talvez devido ao solo ser menos arenoso.

TIPOS FLORESTAIS 10, 11 e 12

Êstes tres tipos ocupam üm total de 1.770.000 hectares, sejam, 59 %


do total de 3 milhöes de hectares levantados. O resto é constituido de
grandes trechos de capoeiras, perto da margem do Tocantins, pequenas
manchas de cerrados e grandes faixas inundadas, com vegetagäo de gra-
mïneas e palmeiras (Mauritia e Euterpe) w.
O Tipo Florestal 10 é o de mais elevado volume de madeira, com
a média de 271 m3 por ha. O terreno é ondulado e de fäcil acesso, pelo
lado direito da cidade de Gurupä, onde as margens do Amazonas po-
dem ser acostadas por grandes navios.
Contém elevado volume de magaranduba (Manilkara hüben), cujo
lätex é objeto de intensa explotagäo, para suprimento ä indüstria de go-
mas de mascar. Por töda a parte enconträmos troncos derrubados para
extragäo do lätex, como uma triste demonstragäo da selvageria do pro-
cesso em uso, o quäl, para uma ünica coleta, sacrifica ärvores enormes,
que, se sangradas corretamente, poderiam continuar produzindo periödi-

U) "FAO Report" N.° 949.


50

camente por muitos anos. Conquanto a madeira de magaranduba seja.


de largo conceito no comércio, por causa das pressas e da distäncia, nin-
guém se interessa em extrair da mata esse valioso material.
O Tipo Florestal 10 é, ainda, rico em faveiras de grandes dimensöes,.
cujas madeiras, em geral, säo excelentes para vigamentos, dormentes,
postes, tacos para soalho, etc. Distingue-se dos Tipos Florestais 9 e 7,
êste, do lado oposto do Xingu, por näo conter muirapixuna (Cassia scle-
roxylori), e do 11, por motivos geogräficos.

O Tipo Florestal 11 é ainda de menor volume madeireiro, com bastan-


te reduzida ocorrência de quinarana (Geissospermum sericeum). Pode-se
penetrar nêle com facilidade, por causa dos seus värios rios, entre os
quais o Anapu e o Pacajä, que em certos trechos se alargam conside-
rävelmente.
O Tipo Florestal 12, localizado ao sul do rio Para, é limitado a leste
pelo Tocantins, ambos os rios navegaveis por grandes navios. Infeliz-
mente, suas florestas säo 'muito intercaladas por cerrados, capoeiras e
lavouras. E seu volume de madeira é baixo, talvez em decorrência do
solo arenoso.

No concernente a esta regiäo, recomendämos no nosso relat or io


a respeito :
a) Organizar, na regiäo do Caxuanä (Tipo Florestal 10), uma Flo-
resta Nacional (a) ; (Fig. n.° 4)
b) Fazer o inventärio florestal da regiäo de igapós perto da bóca
do Tocantins e também das suas ilhas, com o firn de determi-
nar o potencial de ucuuba do igapó (Virola surinamensis) e dar
sentido conservacionista ä sua explotagäo. A gordura extraida
dos frutos da ucuuba é uma das principals matérias primas da
regiäo para a indüstria de saboaria no Parä, mas, sendo sua
madeira também muito porcurada para a fabricagäo de caixas
de embalagem e de uso consagrado na Guiana Holandêsa e no
Estado do Amazonas como uma das melhores do mundo para
laminados e compensados, as derrubadas comprometem sèria-
mente a existência das atuais reservas. A ucuuba é abundante
nessa area, de modo que a simples mas rigorosa proibigäo fis-
: lizada do corte dos exemplares com menos de 45 cm de diame-
tro seria talvez bastante para proteger a regeneragäo natural,,
e com isto a sua reconstituigäo e enriquecimento (2).

(1) Atendendo ao que lhe foi sugerido, o Govêrno do Pare, criou dita Floresta, pelo decreto-
r y 239 de 28-11-1961.
(2) "FAO Report" N.° 1.492.
51
5I°30'

l°30

2°30" 2°3tf

52° 5l°3tf
FIG. 4
Localizacäo da Reserva onde foi criada a Floresta Nacional de Caxuanä, no Estado do Para
52

TIPOS FLORESTAIS 13, 14 e 15

Êstes tres Tipos Florestais ocupam cêrca de 3.300.000 ha, sejam 72 %


do total da area levantada, que foi de 4.600.000 ha. Esta faixa consti-
tui a interländia da capital do Parä, a qual, desde a fundagäo de Belém,
hä mais de trezentos anos, por ela vinha sendo abastecida de madeira
e de cereais. A continuidade da extragäo seletiva beneficiou apenas a
regeneragäo da quaruba (Vochysia-Qualea) e da cupiüba (Goupia gla-
bra), o que, entretanto, näo quer dizer que ali existam hoje extensas
ocorrências destas espécies.
O Tipo Florestal 13 fica ao longo da margem sul dos rios Tocantins,
Para e Guamä. É muito descontlnuo, por causa da multiplicagäo dos ro-
gados. Além de muitas capoeiras recentes, que por êste motivo näo apa-
recem nas fotografias aéreas estudadas, apresenta também, do lado do
Tocantins, inümeros cerrados. Suas semelhangas com o Tipo Florestal 12,
do lado oposto do Tocantins, säo grandes.

O Tipo Florestal 14, ao sul do precedente, é quase continuo, com um


volume de madeira mais elevado, e composigäo também quase igual,
salvo por ter menos quaruba e cupiüba.
O Tipo Florestal 15, a leste do 14, apresenta como peculiaridade o
fato de a linha que o separa dêste ultimo ser o limite da ocorrência do
acapu nesta regiäo. É de especial interesse pela freqüência do pau-ama-
relo (Euxylophora paraensis), madeira de uso tradicional no Parä, com
posigäo também no comércio exportador.
Depois de haver esgotado as margens da Estrada de Ferro de Bra-
ganga e demais terras ao redor do Belém, a lavoura avanga agora em
diregäo para o sul, ameagando de devastagäo o que sobra das associa-
göes de tipo 14 e 15. Pelo menos estas ültimas precisam ser salvas, com
a proibigäo das derrubadas para fins agrïcolas. As ocorrências de pau-
amarelo constituem valioso patrimönio. A agricultura na Amazönia deve
convergir para as värzeas, que as äguas dos rios fertilizam permanen-
temente, e que näo faltam nas faixas ocupadas pelos tipos 13 e 14, onde
pode ser estabelecida em caräter definitive

TIPOS FLORESTAIS 16, 17, 18, 19 e 20

Êstes tipos florestais se localizam paralelamente k rodovia Belém-


Brasilia (BR-14), entre Säo Miguel do Guamä, no Estado do Parä, e
Imperatriz, no Maranhäo, ocupando cêrca de 2 milhöes de hectares, prä-
ticamente sem intrusöes de qualquer natureza (1) . Säo muito semelhan-
tes aos tipos 13, 14 e 15.

(1) "FAO R e p o r t " N.» 1.4S3.


53

O Tipo Florestal 16 é igual ao 13, tendo tornado nova numeragäo


apenas por estar noutro bloco.
O Tipo Florestal 17 distingue-se do 16 por näo conter mais o aca-
pu, sendo muito parecido com o 15 por sua elevada concentragäo em
pau-amarelo.
Os tipos 18, 19 e 20 têm composigäo idêntica, dïstinguindo-se entre
si pelo volume medio de madeira por hectare, conseqüência das con-
digöes do solo, relacionadas com a topografia.

O inventärio dêste bloco foi feito com o fim de planejar o meihor


uso da terra, impedindo as derrubadas numa faixa que apresenta gran-
de interesse como fönte de producäo de madeira. No relatório ao Go-
vêrno Brasileiro, a Missäo recomendou que fósse organizada ai uma
Reserva de 600.000 ha (vêr Fig. n.° 5), rica em algumas madeiras im-
portantes, em especial, em pau-amarelo. Ao que parece, porém, a pro-
vidência ainda näo foi tomada e a ocupagäo da area é cada dia mais
efetiva.

TIPOS FLORESTAIS 21, 22 e 23

Êste bloco cobre cêrca de 2.700.000 hectares, dos quais só uma pe-
quena parte, 450.000 hectares, sejam 17 %, säo ocupados pela flores-
ta. O restante é constituido por capoeiras, rogas, etc. A atividade da
populagäo empurrou a floresta virgem muito para tras.
Do ponto de vista fitogeogräfico, os tres tipos constituem o extre-
mo da floresta amazönica a leste. A seguir aparecem as caatingas e
cerrados. O inventärio ai procedido visou arrolar dados para a abertu-
ra da rodovia Belém-Sao Luis (1) .
Todos os tres tipos se caracterLzam pelo baixo volume de madeira,
sendo que os matämatäs säo os que aparecem em maior proporgäo. In-
teressante, de outra parte, é a ocorrência da andiroba em exemplares
de moderadas dimensöes, nas margens dos rios, em terrenos onde foi
impossivel determinar se seriam de värzea ou de terra-firme.

TIPO FLORESTAL 24

Êste tipo quase näo merecia ser considerado como tal (2). Seu vo-
lume medio de madeira é de apenas 62 m3 por hectare, e o numero
medio de ärvores, de 51. É uma mistura de 3 sub-tipos :
a) Floresta-cipoal, em pequenas manchas similares äs do tipo 8;

(1) "FAO R e p o r t " N . ° 1.256.


(2) " F A O R e p o r t " N.» 1.483.
2°3d

3°30'

4°30'

tf/.'vifc Com po Ce
5°30'
46°30'
^Imperotriz
FIG. 5
Area recomendada para Reserva Florestal ä margem da rodovia BR-14 (Belém-Brasilia),
no Esta^.o do Parä
55

b) Tabocal, vegetagäo de bambus {GWdua spp.) em lugares se-


cos, com pequenos restos do sub-tipo a nas margens dos iga-
rapés e pequenos rios;
c) Babagual, area onde a palmeira babagu (Orbignia speciosa) co-
mega a aparecer com certa freqüência.
Neste bloco, as ärvores, embora escassas, se apresentam em peque-
nas manchas. Antes da construcäo da rodovia Belém-Brasilia, a regiäo
foi ocupada pelos indios que, queimando anualmente a vegetagäo, mu-
daram o aspecto da mesma a ponto de näo mais se poder hoje distinguir
se o que se vê é o resto do que primitivamente existiu ou vegetagäo pri-
mitiva.

A REGIÄO DO MOGNO

O levantamento da regiäo do mogno (Swietenia macrophylla,-Me-


liäceas), que no alto Amazonas é chamado de aguano e na regiäo do
Tocantins-Araguaia era conhecido desde muito tempo por cedro-i, foi
o ultimo dos trabalhos da equipe de inventärios da Missäo Florestal da
FAO na Amazönia. Cobriu o mesmo uma faixa de 350.000 ha, abran-
gefido töda a area de ocorrência da espécie, em Goiäs, e parte da exis-
tente no Estado do Parä, que lhe fica contigua (l).
O trabalho concluiu pela presenga do mogno numa superficie de cêr-
ca de 70.000 hectares, com volumes médios de madeira em pé de 50 cm
de diametro para cima, variäveis de 0,16 a 4,72 m3 por hectare.
Nosso relatório recomendou a criagäo duma Reserva de mogno no
Estado de Goiäs, com proibigäo total da prätica da agricultura na mes-
ma. O estudo da regeneragäo natural da espécie é trabalho que pre-
cisa selr iniciado com urgência (Fig. n.c 6).

DISTRIBUICÄO SEGUNDO OS DIÄMETROS

Nos levantamentos resumidos pelo presente estudo, na maioria das


vêzes, só as ärvores de 25 cm de diametro ä altura do peito para cima
foram enumeradas, conforme dito no capitulo competente. Em alguns
casos, todavia, seja, num têrgo das parcelas estudadas na regiäo do
Amapari-Matapi-Cupixi (Território do Amapä), assim como na totali-
llade das da Reserva Florestal Ducke (Manaus), foram medidas tödas
as ärvores de 15cm de diametro em diante. Além disto, nos inventä-
rios da regiäo da ucuuba e da regiäo do mogno, visando o registro de
dados söbre a regeneragäo natural, mediram-se todos os exemplares a

(1) " F A O R e p o r t " N.° 1.562.


48°45 48°00'

5"I5'

5°30'

5°45'

6°0Ö

6°I5

6°30
48°45 48°30 48°I5 AB^O'
FIG. 6
Area recomendada para uma Reserva Plorestal de mogno, no Estado de Goiäs
57

partir de 25 cm de diametro. É que, se para consumo nas serrarias só


os troncos com 45-50 cm ä akura do peito säo aproveitäveis, outras apli-
cagöes, como postes, esteios, dormentes, e t c , podem absorver madeira
a partir de 25 cm, e as indüstrias de chapas de fibra ou celulöse, poderäo
contentar-se com diämetros muito menores.
Näo obstante, para que o estudo näo ficasse demasiado longo e, em
conseqüência, de mais complicada utilizagäo, selecionämos as 67 espé-
cies ou grupos de espécies afins, de maior interesse atual ou proximo
futuro, e delas organizämos uma série de tabelas com as indicagöes dos
seus volumes de madeira em pé com casca, desde os diämetros de clas-
se 3 (25 a 34 cm), a 5 (45 a 55 cm), altura média do tronco comer-
ciävel e numero de exemplares por hectare. Os quadros apresentam es-
ses dados para cada espécie e em cada urn dos 24 tipos florestais que
constituem as associagöes florestais estudadas, bem como na regiäo do
Amapari-Matapi-Cupixi, Benjamin Constant e Reserva Florestal Ducke
(Manaus). (Quadro n.? 2).
Nas tabelas, os nümeros representam as médias das mensuragöes,
pelo que devem ser interpretadas pelo aspecto da sua seqüência, sem
atribuir demasiada importäncia ao seu exato valor individual. Assim,
por exemplo, se houver interesse na extragäo do acapu, o exame do
quadro fornecerä a indicagäo das ärvores onde o mesmo pode ser en-
contrado, bem como da sua maior ou menor freqüência e dimensöes.
Só em alguns dos relatórios incluimos dados completos söbre a dis-
tribuigäo dos diämetros em cada tipo florestal, com o fim de evitar tra-
balho quase desnecessärio, visto muitas espécies serem pouco fre-
qüentes e, por isto, insuficientes para fornecerem dados aceitäveis. No
relatório geral (1), näo obstante, fizemos um estudo geral da distribui-
gäo dos diämetros de mais de 126.000 ärvores.
Na floresta pluvial, a mistura de pequenas e grandes ärvores numa
grande variedade de diämetros é semelhante ä que se observa nas flo-
restas de paises temperados de ärvores de idades desiguais («Unevenaged
Forests»), onde, todavia, a variagäo de amplitude dos diämetros é menor.
Estas florestas têm sido longamente estudadas na Europa. Se a mis-
tura das mesmas é estävel e é conservada pela natureza ou pelo hörnern,
por meio da explotagäo por cortes seletivos, apresentam o que se chama
«distribuigäo de diämetros balanceada». Segundo Frangois de Lalle-
ment de Liocourt, citado por Meyer (2), a relagäo entre o numero de
ärvores de classes de diämetros sucessivos precisa permanecer o mesmo
através de töda a extensäo das classes de diametro representadas na
floresta.

(1) " F A O R e p o r t " N.» 1.2S4.


(2) H. A r t h u r Meyer, " F o r e s t M e n s u r a t i o n " . P e n s y l v a n i a . U . S . A . 1CC3.
58

O numero das ärvores de sucessivas classes de diämetros é represen-


tado por uma série geométrica de forma

2 3 n
a, aq, aq , aq aq
O fato pode ser fäcilmente explicado com a apresentagäo do exem-
plo seguinte : Se numa determinada floresta säo enumeradas 10.000 är-
vores de diämetros de classe 1 (5 a 14 cm), haverä 5.000 ärvores de
classe 2 (15 a 24 cm), se a relagäo för q = 0,5, visto como, segundo
a explanagäo feita no capitulo competente, só 50% das ärvores duma
classe de diametro conseguem passar para a seguinte.
Nossos estudos com os dados dos inventärios nas florestas ao sul
do rio Amazonas e no Território do Amapä mostram que, sem qualquer
düvida, essas reservas têm uma distribuigäo de diämetros balanceada,
fenömeno que näo poderia ser compreendido pela observagäo de ape-
nas urn ou dois trechos das mesmas. Meyer, no livro aträs citado, ex-
plica o caso dizendo :

«Considerando uma pequena superficie de urn acre, urn pe-


dago de floresta de ärvores de idades desiguais pode consistir
dum grupo de regeneragäo natural com alguns exemplares mais
idosos ou intermédios, ou pode representar urn pedago de flo-
resta com grandes ärvores de diferentes dimensöes, ou qualquer
outra combinagäo de ärvores de värios diämetros. Investigar
a estrutura da floresta em volume ou em distribuigäo de diä-
metros nesse pequeno pedago serä de pouco valor prätico. Sera
impossivel retirar dum estudo assim qualquer conclusäo söbre
a. estrutura geral da referida floresta».

Todos os que estäo familiarizados com as florestas pluviais sabem


que uma tempestade pode destruir completamente trechos das mesmas,
com a derrubada de ärvores enormes. Poucos anos após, dito trecho
estarä ocupado por uma nova floresta, de ärvores jóvens. Para ter da-
dos de confianga, é indispensävel fazer o estudo de grandes superficies.
Tendo realizado urn numero bastante grande de investigagöes, podemos
concluir que a distribuigäo balanceada dos diämetros das florestas da
Amazönia é estävel. Para leves diferengas nestas distribuigöes, hä uma
constante tendência para equilibrar as classes de diämetros.
Algumas vêzes surgiräo erros na interpretagäo da distribuigäo ba-
lanceada, ao se pretender apurar o incrsmento regular das ärvores. Es-
tas. säo representadas por urn grande numero de espécies, cada qua!
com peculiares caracteristicas de vida. Para obter uma idéia do cresci-
mento proporcional das diferentes espécies encontradas, procedemos es-
tudos söbre a sua distribuigäo segundo os diämetros. A Fig. 7 mostra
os histogramas de algumas distribuigöes tipicas.
59

%
80

70-

60-
%
50-
50

40- ENVIRAS 40
30'
30
30
20-
20- ABIORANAS —. ANDIROBA
20
10-
ia

o. 4 5 6
10-
0.
3 4 5 6 7
~U^ 8 9 10 II
0
d D. Cl. d. D.

30-

ACAPU %
20 20 1
— ITAUBA CUPIUBA
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FIG. 7
H i s t o g r a m a s da distribuisäo de algumas espécies (lorestais amazönicas, segundo
as classes de diametro.
60

O histograma das enviras, grupo de ärvores que raro chegam a gran-


des diämetros, mostra, por exemplo, que estas têm o firn muito räpido.
O numero de exemplares que passa duma classe para a superior é bem
menor que os 50 % que constituem a regra.
Nas abioranas, o histograma revela uma distribuigäo quase balan-
ceada até a classe 8. O incremento até ai é regular; depois, torna-se
muito vagaroso, assim se prolongando até a classe 11, na quäl, präti-
camente, tödas as ärvores desaparecem.

Com a andiroba, o incremento é menos regular. A porcentagem


das ärvores que se transfere duma classe para a seguinte é maior que
os 50 % de média geral. Isto poderia significar que os exemplares mais
idosos estäo menos sujeitos aos acidentes de queda ou mutilacäo, o que,
todavia, näo é aceitävel. O mais lógico é acreditar que a andiroba tem
um incremento em diametro vagaroso, pelo que demora mais tempo
em cada classe de diametro, o que aumenta a porcentagem das que pas-
sam de classe. Essa marcha guarda uniformidade até a classe 7; na 8,
a maioria das ärvores morre.

O histograma do acapu demonstra que com êle a demora das är-


vores em cada classe de diametro é ainda maior, comegando a morte
na classe 6, raras sendo as ärvores que chegam ä classe 8.
No histograma seguinte, vê-se que com a itaüba o incremento dimi-
nui duma classe para a outra que a proporgäo das mortes, comegando
na classe 7, forma uma curva decrescente suave até a 13.
Com a cupiüba, a diminuigäo do incremento é ainda mais acen-
tuada e mais irregular.
Na castanheira, espécie emergente, o histograma é de todos o mais
tïpico. A espécie só pode se desenvolver encontrando grandes espagos
com plena luz. E cresce, tanto em diametro como em altura, muito de-
pressa até a maturidade, na classe 5, quando se acha, por assim dizer,
livre da maior parte dos perigos de queda ou mutilagäo que poderiam
ameagä-la. Dai para diante, comega a desaparecer.

Os dados söbre o mogno näo podem ser comparados com os de-


mais por se tratar de ocorrência ja nos limites da floresta pluvial com
o cerrado. Dele construimos o histograma a partir da classe de diame-
tro 1 (5 a 14 cm), o que mostra a quase ausência de exemplares nes-
sa classe, bem como na 2, as quais correspondem ao estägio de mudas.
Os estudos que procedemosd), inclusive com o exame da estrutura do
corte transversal do caule de värias plantas, näo explicou satisfatöria-

(1) " F A O R e p o r t " N.° 1.562.


61

mente o fenómeno. Pode-se pensar que durante os dez anos anteriores


ao nosso estudo o incremento foi minimo, talvez por falta de chuvas
em quantidade suficiente.
O histograma da ucuuba da värzea, estudada numa faixa em que
aparece quase pura, e o qual comega do mesmo modo na classe 1, mos-
tra que a mesma tem um incremento muito vagaroso até a classe 3,
quando entäo se torna normal. A explicagäo é que, sendo espécie into-
lerante, vendo-se obrigada a se desenvolver ä sombra das outras, só de-
pois que pode receber iluminagäo razoävel é que adquire incremento
normal.
É muito provävel que a forma geral dos histogramas da distribui-
gäo por classes de diametro das ärvores da floresta pluvial amazönica
seja mais ou menos igual ä da castanheira, isto é, mostre uma grande
velocidade de incremento quando as plantas säo jovens, e depois, uma
grande mortalidade na saïda das classes iniciais. A seguir hä forte di-
minuigäo do incremento, acompanhada de perdas por causas acidentais,
até a morte em conseqüência do firn do ciclo de vida da ärvore.
TABELAS DAS POSSIBILIDADES DE PRODUCAO DE
MADEIRA DAS FLORESTAS ESTUDADAS

Conforme foi explicado no texto relativo aos métodos adotados para


execugäo dos nossos trabalhos, em cada uma das amostragens, que com-
preenderam um total de 1.504,66 hectares, foram registrados, entre ou-
tros, o comprimento do tronco comerciävel de cada ärvore e o seu dia-
metro, visando a obtengäo, através do emprêgo do fator forma geral,
do volume de madeira dos referidos troncos.
Com êsses elementos, organizämos, entäo, as tabelas a seguir, e
pelas quais poderä ser conhecido o volume medio de madeira sem cas-
ca por hectare, de cada uma das 63 espécies ou grupos de espécies mais
comumente encontradas em cada urn dos 27 tipos florestais identifica-
dos, segundo as classes de diametro, altura do tronco e numero medio
de arvores por hectare.
Nessas tabelas :
V3 = Volume medio em m3, por hectare, dos troncos comerciäveis das
ärvores pertencentes äs classes de diämetros 3 (25 a 34 cm) e mais.

V5 = Volume medio em m3, por hectare, dos troncos das ärvores de clas-
ses de diämetros 5 (45 a 54 cm) e mais.
H3 e H5 = Comprimento medio do tronco comerciävel das espécies flo-
restais respectivamente das classes de diämetros 3 e mais
e 5 e mais. Êsses dados foram derivados do estudo da dis-
tribuicäo dos diämetros ja mencionados.
N3 e N5 = Numero medio de ärvores por hectare, respectivamente, de
classe de diametro 3 e mais e 5 e mais.
0,0 = Ärvore r a r a m e n t e encontrada.
— = Ärvore n ä o encontrada.

Nos levantamentos no Amapä, Manaus e Benjamin Constant, säo


dados sömente o volume e o numero de ärvores médias por hectare das

NOTA : A maior parte dos volumes V5 foi derivada de V3 aplicando-se as por-


centagens proporcionais. Essas porcentagens foram obtidas através
o estudo da distribuisäo dos diämetros de espécies reunidas para os
tipos florestais com volumes totais semelhantes.
63

classes de diämetros 3 e mais. Nesses levantamentos näo foi feito o es-


tudo da distribuigäo dos diämetros. Quando näo consta nenhum dado
para H3 e H5, é porque foi impossivel obtê-los.
As amostragens com o estudo das quais se organizaram as tabelas
foram em numero muito variävel e assim relacionadas :
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A) Arnapa (Floresta do Amapari-Matapi-Cupixi) 77


B) Manaus (Reserva Florestal Ducke) 36
O Benjamin Constant 10
REGIÄO BIO T A P A J ó S - R I O MADEIRA (FAO Report N\? 9(i9)

Tipo Florestal N.° 1 (Canhuma) 45


» » N.' 2 (Maués) 128
» » N.' 3 (Arapiuns) 79
REGIÄO RIO T A P A J 6 S - R I O X I N G U E (FAO Report N.? 601)

Tipo Florestal N . ' 4 (Planalto I) 74,26


» » N.' 5 (Flanco I) '. 100
» » N.' 6 (Planalto II) 109
» » N.« 7 (Planalto II Baixo) 48
» » N.' 8 (Planalto II Baixo Cipoal) 14
» » N.' 9 (Flanco II) 69,40
REGIÄO RIO XINGU-RIO TOCANTINS (FAO Report N.» 949)

Tipo Florestal N.° 10 (Caxuana) 107


» » N * 11 (Portel) 88
» » N.» 12 (Cametä-oeste) 45
REGIÓO RIOS TOCANTINS GUAMÄ-CAPIM (FAO Report N.? 992)

Tipo Florestal N . ' 13 (Belém-sul) 60


» » N . ' 14 (Acarä) 73
» » N . ' 15 (Capim) . 67
REGIÄO BEI.ÉM-BRASII.IA (FAO Report N.o 1.483)

Tipo Florestal N.« 16 (Sant'Anna) 16


» » N . ' 17 (Candiru) 34
» » N . ' 18 (Medio Guarna) 13
» » N . ' 19 (Alto Guama) 26
» » N.« 20 (Ligacäo) 62

REGIÄO RIO CAETÊ-BIO MARACASSUMJ5 (FAO Report N.? 1.250)

Tipo Florestal N-' 21 (Piriä) 49


» » N . ' 22 (Gurupä) 37
» » N . ' 23 (Maracassumé) 18
REGIÄO B E r Ê M - B R A S I L I A (FAO Report N.? 1.483)

Tipo Florestal N . ' 24 (Acailändia) 20

TOTAL 1.504,66
FIG. 8
Areas submetidas a inventärio florestal na Regiäo Amazönica, com a numeragäo, dentro
de circulos, dos 24 Tipos florestais identificados, e nos retängulos, dos rclatórios da FAO
com os estudos dos mesmo
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ASPECTOS ECONÖMICOS DA INDUSTRIA
DA MADEIRA NA AMAZÖNIA

O objetivo dos inventärios florestais realizados na Amazonia foi reu-


nir dados söbre o potencial em madeiras de algumas areas selecionadas,
para proveito do desenvolvimento da indüstria dessa importante materia
prima.
Êsse potencial é, inquestionävelmente, muito grande, salvo, como é
óbvio, nas faixas ribeirinhas, onde se tem processado a extracao seletiva
das essências ora admitidas no comércio, e naquelas que, derrubadas para
o plantio de rogas, se transformaram em capoeiras. Näo obstante, po-
rém, a vastidäo das areas ainda existentes de verdadeiras florestas vir-
gens, cumpre äs autoridades responsäveis pelo assunto reservar, com ur-
gência, algumas areas, dentre as de maior valor econömico, para serem
exclusivamente destinadas ä indüstria florestal.
Sem embargo de outras posteriores indicagöes, ao dar conta do re-
sultado dos seus estudos, a Missäo Florestal da FAO recomendou que
as tres primeiras dessas Reservas fössem localizadas, uma entre os rios
Xingu e Tocantins (regiäo de Caxuana), outra ä margem da 'rodovia
Belém-IBrasilia, e a terceira na regiäo do mogno, no norte de Goiäs e sul
do Parä, areas assinaladas nos desenhos de figuras n. os 4, 5 e 6.
A organizagäo atual da indüstria madeireira amazönica deixa muito
a desejar. Podem ser obtidos dados söbre a exportagäo, mas näo söbre
o consumo interno e os custos de produgäo. A emprêsa tanto pode dar
lucrq como prejuizo, sem que o trabalhador ou o comerciante do interior
tenham disso nogäo exata, porque essa atividade é apenas uma das värias
a que êles se dedicam.
Na mata como nas serrarias, os métodos de trabalho säo antiquados
e dispendiosos. Os industrials nunca säo os próprios extratores das ma-
deiras que consomem. Limitam-se, com raras excegöes, a transmitir
siuas encomendas aos verdadeiros produtores, que säo os caboclos que
vivem nas suas äreas de influência, que conforme a necessidade tanto tra-
balham em madeira como em borracha ou outra coisa.
Em 1951, a Organizagäo de Cooperagäo Econömica para a Europa
publicou um relatório com as observagöes registradas por um grupo de
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41 peritos, incluindo lïderes do comércio e da indüstria de madeiras tro-


picais, bem como delegados dos governos da Bélgica, Franga e Holanda,
esta, representada, entre outros, pelo primeiro signatärio desta publica-
gäo. (1) E o que no mesmo foi dito se adapta com rigor ao caso amazö-
nico, apesar de näo ter feito parte do grupo nenhum representante do
Brasil, nem o mesmo ter visitado a Amazönia.
No seu primeiro item, registrou o Grupo que :

«O desenvolvimento completo das fontes de madeiras das


regiöes trolpicais tern sido estorvado em maior ou menor grau
pelos inadequados sistemas de transportes e a falta de instalagöes.
para embarque das madeiras.»
Muito provävelmente, a rede pluvial amazönica constitui o mais mag-
nifico sistema de transportes por ägua doce do mundo. Navios transo-
ceänicos podem subir o Amazonas até o Peru. E pelos seus principals,
tributaries podem ser navegados longas distäneias, como por exemplo,
até Porto Velho, proximidades da Bolivia. Além disto, com lanchas e
barcagas pode-se varar um sem nümero de outros cursos d'ägua, até suas
primeiras cachoeiras. E, no inverno, quando os mesmos se enchem com
a abundäneia das chuvas, as vias de transporte se multiplicam conside-
rävelmente.

O obstäculo maior, para que sirvam ao transporte de madeiras, é-


que estas, na maioria, näo flutuam. De cêrca de quatrocentas espécies bo-
tänicas que puderam ser identificadas nos vinte milhöes de hectares que
estuadmos, só uns dez por cento flutuam. E se levarmos em conta ape-
nas as de valor econömico evidente, a proporgäo serä ainda menor : uns.
2 metros cübicos por hectare, nos bons tipos florestais; de 0,1 a 1,0 me-
tro cübico, nos mais pobres.

Como é claro, isto influi muito no rendimento do trabalho do extra-


tor de madeiras, obrigando-o a se dedicar, preferentemente, a outras ativi-
dades, em particular, ä produgäo de borracha, de resultados mais certos..
Nas regiöes tropicais onde predominam madeiras que flutuam, o tra-
balho é relativamente simples. Os homens sobem os rios numa pequena
embarcagäo, com sua reduzida bagagem e equipamento, derrubam as
ärvores que interessam, seccionam os troncos em toras, e com estas for-
mam jangadas, em cima das quais arrumam as suas coisas e os outros
produtos da coleta; e descem até o ponto de destino, sem maiores sacrifi-
cios. Na Amazönia, serä preciso promover a flutuagäo da jangada com
a intercalagäo de toras de madeiras leves, embora sem nenhuma utilidade-

(1) «American Forest Operations and Tropical Timber Production» — Report by a Mission
of Experts on the Overseas Territories — OEEC — Published by the Organization for-
European Economic Co-operation — Paris, 1951.
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Balateiro em atividade. A extragäo de balata, coquirana e outras gomas näo elästieas, produzidas
por certas sapotäceas, é atividade importante em certas areas da Amazonia. (Foto Miranda Bastos).
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para o seu caso, ou com outro material flutuante, como troncos de aninga
(Montrichardia arborescens), pecïolos de miriti ou buriti (Mauritïa spp.);
ou entäo, ter embarcagöes para o transporte.
Das madeiras comerciäveis, só o pau-rosa, pelo fato de poder ser
recebido nas destilarias em pequenos pedagos, e pelo seu elevado valor,
tem sido extraido em lugares distantes dum curso d'ägua. As demais, só
säo aproveitadas quando perto dum rio ou igarapé. E sob estas condi-
qöes de facilidade näo mais se encontram as espécies flutuantes de maior
procura, com o mencionado pau-rosa, o mogno, o cedro, o freijó.
Dentre as madeiras amazónicas que flutuam, as principals säo :
MADEIRAS D E LUXO — Mogno ou aguano, cedro, freijó.
MADEIRAS BOAS — Andiroba, ucuuoa.
MADEIRAS R E G U L Ä R E S — Amapä, freijó branco (CortUa exaltata), al-
guns louros, morototö, p a r a p a r ä , ucuubarana, acacu e outras, empre-
gadas, sobretudo, em caixaria.

Em que pese a excelência da rede fluvial amazönica, ela näo poderä


resolver por si só os problemas regionais de transporte, pelo motivo ex-
posto e ainda porque estradas seräo sempre indispensäveis a fim de al-
cangar a localizagäo de cada ärvore a ser extraida. As estradas atuais
säo poucas. As ferrovias säo apenas 4 : Belém-Braganga, ao longo da
quäl näo ha mais florestas primitivas; E. F. Tocantins, präticamente
abandonada; Madeira-Mamoré, muito longe; e E . F . do Amapä, de cons-
trugäo recente, em dois tergos do seu percurso atravessando floresta de
grande futuro, porém em grande parte ja ocupada pela lavoura. Entre
as rodovïas, merecem referenda a Belém-Brasilia, a Belém-Braganga
(quase terminada), a que de Santarém vai ao planalto nos fundos da ci-
dade, a Manaus-Itacoatiara (em construgäo), a Cuiabä-Pörto Velho-Rio
Branco (também em construgäo), e algumas outras de menor interesse,
tödas sem previsäo para um träfego pesado como o de madeiras.

Com respeito a boas condigöes portuärias, só em Belém e Manaus


existem. Em geral, para evitar baldeagöes e certos impostos, os embar-
ques de madeira paräense säo feitos nas próprias zonas de produgäo, em
trechos onde o rio é profundo e o navio, fundeado no meio do mesmo,
pode apanhar a carga, trazida da margem sob a forma de jangadas ou em
batelöes, com seus próprios guindastes. O processo é demorado, e pode
gastar värios dias, sujeito a grandes rico de acidentes, em se tratando dum
material pesado, via de regra em grandes pegas, inadequadamente ma-
nejado.
O segundo reparo do Grupo foi que :
«A falta de suficiente equipamento mecänico para atender
äs necessidades das präticas modernas de extragäo de madeira
frustrou o desenvolvimento em quantidade dos abundantes re-
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cursos florestais, tendendo a conservar os custos de extragäo


num nivel alto, anti-econömico».
Na Amazönia, para cortar e transportar madeiras que flutuam, o
caboclo näo precisa de equipamento especial, quando aquelas se acham
perto dum rio ou igarapé. Com excegäo do mogno e em parte, do cedro,
as outras espécies provêm das regiöes próximas da capital do Amazonas
e de Belém (da parte ocidental da ilha de Marajó e vizinhangas, ilhas da
foz do Tocantins, rios Moju, Capim e Acarä).
Para as espécies que näo flutuam, faz-se imprescindivel, na maioria
dos casos, dispor de barcagas e lanchas, o que requer capital, de que só
codem dispor os negociantes mais ou menos fortes.
Num outro comentärio, anotou o Grupo de peritos da O. C. E . E . que :
«O progresso das indüstrias ä base de madeira estancou face
äs dificuldades para obter adequado maquinärio, e até certo pon-
to, pela falta de capatazes habilitados».
No sul do Brasil, presentemente, ja funciona uma eficiente industria
de mäquinas para indüstrias de madeira, de uso intensivo na regiäo do
pinho. Muitas dessas mäquinas, feitas para operar com um material de
pouca dureza, podem ser empregadas na Amazönia. Outras, pelo menos
durante certo tempo, teräo de ser importadas, para atender äs exigências
das madeiras muito duras.

No que diz respeito a capatazes realmente entendidos no trabalho;


a falta é grande. O conhecimento que possuimos da regiäo autoriza-nos
a afirmar que neste ponto reside a principal deficiência das indüstrias de
madeira na Amazönia. Präticamente, näo existem ai bons operadores para
cominhöes pesados, tratores, mäquinas de serrarias, etc. As mäquinas
säo muito exigidas nas mäos inäbeis a que säo entregues.
Para acudir a esta falha, a Missäo Florestal da FAO, com os recur-
sos fornecidos pela SPVEA, instalou em Santarém um Centro de Trëina-
mento, que desde 1957, vem preparando, com grande êxito, pessoal de ni-
vel tecnico-prätico para as indüstrias de extragäo de madeiras ë de sër-
raria. Mas um bom mecänico em qualquer especializagäo, pode arranjar
bom emprêgo em qualquer lugar do Brasil. Näo precisa confinar-se entre
as condigöes de vida primitiva do interior amazönico. Alguns dos rapa-
zes da regiäo, que o Centro de Santarém preparou com o propósito de
servirem na Amazönia, tendo recebido melhores ofertas, foram embora
e estäo hoje trabalhando noutros Estados.
Poder-se-ä alegar que, devido ä sua limitada capacidade de produgäo,
a industria de madeira local näo pode pagar convenientemerite auxiliares
com certa qualificagäo. O que disto se conclui, é que, através de progra-
mas convenientes, a industria precisa ser reestruturada, para que se trans-
86

forme em unidades de maior rendimento, com a maior proporgäo possivel


de mecanizagäo, para que possa remunerar melhor sua mäo-de-obra. O
estägio em que se encontra é incompativel com o progresso, insustentä-
vel do ponto de vista técnico e econömico. As serrarias näo dispöem se-
quer de oficinas para a maior parte dos reparos de que suas maquinas
correntemente necessitam, sendo comum estas ficarem paradas por lon-
gos intervalos, ä espera que voltem as pecas mandadas para consêrto, ou
que cheguem sobressalentes, encomendados no Rio de Janeiro ou em Säo
Paulo. Sujeitos a tais percalgos, näo é de extranhar sejam, os custos de
produgäo dessas emprêsas frequentemente mais altos do que o valor do
produto a exportar.

Outro reparo feito pelo Grupo da O . C . E . E . foi que, nas florestas


tropicais, hä
«Inadequada protegäo das toras e de algumas espécies- de
madeira serrada contra as depreciagöes produzidas pelo teredo
e por fungos, falta de observäncia äs bitolas e muito pouca aten-
gäo ä secagem, tudo militando contra o desenvolvimento das ex-
portagöes para os mercados mundiais».
Na Amazonia, ate agora, muito pouca ou nenhuma protegäo tem sido
dispensada ao comércio de madeiras. O caso mais tipico é o dos dormen-
tes. Desde muitos anos, dormentes säo exportados para diversos paises.
A menos porém, que sejam objeto de rigorosa fiscalizagäo, säo embar-
cados de mistura com pegas fora das medidas contratadas, e até de ou-
tras madeiras. Por isso, é comércio que até agora näo se estabilizou :
contra uma exportagäo de 7.619 metros cübicos em 1949, houve, em 1957,
vendas no total de 26.682 metros cübicos; nenhum embarque em 1959,
7.024 metros cübicos em 1961.
Nas toras, äs vêzes os topos säo pintados, para protegê-las urn pouco
contra o rachamento. Em certos casos, elas säo falquejadas, com o que
poupam o pagamento do frete da casca e alburno e dum excesso de umi-
dade. Entretanto, como na maioria embarcam encharcadas, a porcen-
tagem de pegas que racham durante a viagem, em poröes muito quentes,
é grande.
Registrou o Grupo, ainda, que :
«Impostos locais söbre óleo combustïvel, söbre a importa-
gäo de maquinas e equipamento, bem como söbre a saida da
madeira e sua entrada no pais comprador, contribuem para au-
mentar os custos, tornando mais dificil a competigäo nos merca-
dos marginais».
É muito provävel que, na Amazönia Brasileira, os impostos e taxas
söbre madeiras sejam näo apenas dos mais elevados em todo o mundo,
como, dos mais numerosos e complicados. As formalidades para o preen-
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chimento dos formularios e a quitagäo com êstes impostos e taxas, bem


como para a obtengäo das licengas para exportar, exigem o trabalho de
pessoas muito habilitadas e muito tempo, o que dificulta e limita a ex-
pansäo do comércio. A simplificagäo dessas exigências é uma necessida-
de imperiosa.
Outros reparos poderiam ser acrescentados. Desnecessärio, porém,
serä aprofundar a anälise. No que se relaciona ä composigäo da floresta
amazönica, quanto ä multiplicidade dos seus componentes, ja muito bem
dela se ocupava em 1907 o dr. Jacques Huber, no estudo «Matas e ma-
deiras amazonicas», publicado no «Boletim do Museu Paräense». Com
referenda aos defeitos do comércio de suas madeiras, ha mais de trinta
os esmiugava o sr. Germano Frank, em «A Amazönia e o futuro da sua
indüstria florestal», livro ainda hoje merecedor de leitura. Säo condi-
göes naturais semelhantes äs de outras florestas dos trópicos, deficiências
corrigïveis, fatores para a técnica e a organizagäo considerarem, da mes-
ma forma que as regras a serem observadas a fim de que a explotagäo se
processe sem ameagar de extincäo as espécies botänicas extraidas, deta-
lhe, êste ultimo, fora, também, dos objetivos dêste trabalho, mas que näo
pode deixar de ser considerado com o mäximo empenho.
Com efeito, näo só na Amazönia, como no resto do Brasil e na maio-
ria das florestas tropicais, o processo usual de explotagäo madeireira li-
mita-se ä extragäo das ärvores procuradas, deixando ä natureza o en-
cargo de promover a sua regeneragäo na floresta remanescente. E o que
a experiência de muitos anos tem revelado é que essa regeneragäo näo se
produz, ou quando tem lugar, é apenas em casos escassos ou em proporgäo
insatisfatória. As frondes, normalmente largas e espessas, das ärvores
dessas florestas, näo permitem que através delas passe luz em quantidade
suficiente para favorecer o desenvolvimento das mudas ou ärvores mais
novas. Excegöes só ocorrem quando, por qualquer motivo, säo abertas
clareiras na mata. É sabido por muitos que, na Amazönia, as espécies
arbóreas extraidas de qualquer trecho de mata näo reaparecem na mes-
ma senäo em proporgäo desprezivel.
Ao apresentar os resultados do seu estudo em algumas areas da flo-
resta amazönica, pretendem os autores que os mesmos sirvam de base
para a reorganizagäo e o desenvolvimento de sua indüstria madeireira em
condigöes melhores sob todos os aspectos. Seria profundamente lamen-
tävel que o utilizassem apenas como urn guia para operagöes de saque
mais proveitosas, descurando as normas a serem observadas para que
ditas reservas se mantenham como devem ser, urn recurso natural re-
novävel.
RELAQÄO DAS ÄRVORES EXISTENTES NAS FAIXAS
INVENTARIAJDAS PELA MISSÄO FLORESTAL DA FAO
NA AMAZONIA (*)

NOME VULGAR
Abiorana-branca Pouteria surinamensis Eyma Sapotacaae
Abiorana-da-casca-grossa Pouteria engleri Eyma Sapotaceae
Abiorana-"cutite" Pouteria macrophylla Eyma Sapotaceae
Abiorana-"goiabinha" Pouteria melanepoda Eyma Sapotaceae
Abiorana-sêca Pouteria sp. Sapotaceae
Abiorana-"ucuci" Pouteria ucuci Pires Sapotaceae
Abiorana-"ucuubarana" Pouteria guianensis Aubl. Sapotaceae
Acapu Vouacapoua americana Aubl. Leguminosae
Caesalp.
Acapu-pixuna Cassia spp. Leguminosae
Caesalp.
Acapurana Cassia adiantifolia Benth. Leguminosae
Caesalp.
Acariquara Minquartia guianensis Aubl. Olacaceae
Acariquaranr. Rinorea guianensis Aubl. Violaceae
A<;oita-cavaIo Luehea speciosa Willd. Tiliaceae
Agnanc Sioietenia macrophylla King Meliaceae
Amapä Parahancornia amapa, (Hub.) Apocynaceae
Amarelinho .. Pogonophora schomburgkiana
Miers, ex Benth. Euphorbia neae
Anani Symphonia globulifera L. Guttiferae
Anani-da-terrafirme Moronobea coccinea Aubl. Guttiferae
Anauerä IÄcania macrophylla Benth. Rosaceae
Andirob» Carapa guianensis Aubl. Meliaceae
Andorinha Homalium sp. Flacourtiaceae
Angelim-da-mata Hymenolobium petraeum Leguminosae
Ducke Papilionatae
Angeliirvpedra Hymenolobium excelsum Leguminosae
Ducke Papilionatae
Angelim-pedra "da fölha gran-
de" Hymenolobium petraeum Leguminosae
Ducke Papilionatae
Angelim-rajado Pithecolobium racemosum Leguminosae
Ducke Mimosoideae
Angico Piptadenia sp. Leguminosae
Mimosoideae
Arapariran» Macrolobium sp. Leguminosae
Mimosoideae
Ararocanga. Aspidosperma album (Vahl.)
R. Ben. Apocynaceae
Arataciü Sagotia racemosa Baill. Euphorbiaceae
Aroeira . Astronium lecointei Ducke Anacardiaceae

(*) Classificagöes feitas pelo botänico Ricardo de Lemos Froes, do Institute Agronömico
do Norte.
Os nomes entre aspas foram criados na ocasiäo para designar espécies que näo ti-
nham ainda denominaeäo vulgar ou cuja denominaeäo vulgar näo era conhecida pelos
nossos mateiros.
A lista das ärvores existentes na area inventariada no Território do Amapä Consta
do trabalho «A floresta do Amapari-Matapi-Cupixi» (A. de Miranda Bastos).
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NOME VULGAR
Aruäzeiro Apeïba albiflora Ducke Tiliaceae
Ata-brava Rollinia annonoides R. E.
Fries Anonaceae
Aturiä Machaerium sp. Leguminosae
Papilionatae
Axixä Sterculia sp. Sterculiaceae
Axufi Sacoglottis guianensis Aubl. Humiriaceae
Axuärana • Vantanea guianensis Aubl. Humiriaceae
Axui Pithecolobium jupuuba (Willd.) Leguminosae
Urb. Mimosoideae
Bacabinha-quina Ferdinandusa paraensis Ducke Rubiaceae
Bacuri Platonia, insignis Mart. Guttiferae
Bacuri Moronobea coccinea Aubl. Guttiferae
Bacuri-pari Rheedia spp. Guttiferae
Bacurirana Rheedia sp. Guttiferae
Balatinh?, Ecclinusa abreviata Ducke Sapotaceae
Batiputä Rhabdodendrum amazonicum
(Spr. ex Benth.) Hub. Rutaceae
Breu-branco Protium sagotianum March. Burseraceae
Breu-"cirica" *; Protium sp. Burseraceae
Breu-grande Tetragastris altissima (Aubl.) Burseraceae
Swart. Burseraceae
Breu-"manga" Protium poeppigianum Swart. Burseraceae
Breu-prêto Protium opacum Swart. Burseraceae
Breivsucuruba Trattinickia rhoifolia Willd. Leguminosae
Buiugu Ormosia coutinhoi Ducke Papilionatae
Burra-leiteira Sapium marmieri Hub Euphorbiaceae
Caauagu Coccoloba latifolia Lam.
Cataega-de-arara Aspidosperma macrocarpum Apocynaceae
Mart. Sterculiaceae
Cacai'.-da-mata Theobroma specioaum Spr. Flacourtiaceae
Café-do-diabo Casearia spruceana Benth. Flacourtiaceae
Cafèeirtr Laetia procera Eichl. Anacardiaceae
Caja Spondias lutea L.
Caju-agu Anacardium giganteum Anacardiaceae
(Hanc.) Engl.
Caju-i Anacardium giganteum Anacardiaceae
(Hanc.) Engl. Anacardiaceae
Cajurana Anacardium sp. Anacardiaceae
Cajurana "da fölha miuda" . Anacardium sp. Flacourtiaceae
Camai Casearia spruceana Benth.
Canela-de-velho Rinorea macrocarpa (Mart.) Violaceae
Ktze.
Capital Siparuna sp. Monimiaceae
Monimiaceae
Capitiü-rana Siparuna sp. Ebenaceae
Caqui Diospyros praetermissa Sandw. Apocynaceae
Caraipé Aspidosperma nitidum Benth. Apocynaceae
Carapanaüba Aspidosperma laxiflorum Kuhl. Rosaceae
Carapanaüba-da-imata Licania incana Aubl.
Caroara Olmedioperebea sclerophylla Moraceae
Ducke Flacourtiaceae
"Casearia" Casearia grandeflora Miq. Flacourtiaceae
"Casearia-branca" Casearia sp. Euphorbiaceae
Castanha-de-arara Joannesia heveoides Ducke Flacourtiaceae
Castanha-de-arara Laetia proceba (Poepp.) Eichl. Leguminosae
Castanha-de-burro Cynometra spruceana Benth. Caesalp.
Castanha-de-paca Scïeronema ferox Bombacaceae
Castanheira Bertholletia excelsa H. B. K. Lecythidaceae
Catingneira Caesalpinia paraensis Ducke Leguminosae
Caesalp.
Caucho Castilloa ulei Warb. Moraceae
Caxinguba Pharmacosycea anthel.mintica
Mart. Moraceae
Caxinguba-rana Perebea guianensis Aubl. Moraceae
Cedro Cedrela odorata L. Meliaceae
90

NOME VULGAR
Cedrorana Cedrelinga catenaeformis
Ducke Leguminosae
Goataquicaua Peltogyne lecointei Ducke Leguminosae
Caesalp.
Cocäo Peocilanthe effusa (Hub.)
Ducke Leguminosae
"Conario" Connarus sp. Connaraceae
Leguminosae
Copaiba Copaifera reticulata Ducke Caesalp.
C. multijuga Hayne
C. martii Hayne
Copaiba-branca Eperua schomburgkiana Leguminosae
Benth. Caesalp.
Copaibarana Eperua schomburgkiana Leguminosae
Benth. Caesalp.
Coragäo-de negro Cassia scleroxylon Ducke
"Croto" Croton matourensis Aubl. Euphorbiaceae
Cuiarana Buchenavia huberi Ducke Combretaceae
Cumaru Coumarouna odorata Aubl. Leguminosae
Papilionatae
Cumarurana Taralea oppositifolia Aubl. Leguminosae
Papilionatae
Cumatê Vantanea guianensis Aubl. Humiriaceae
Cumatê Sacoglottis racemosa Humiriaceae
"Cunuri" Cunuria spruceana Baill. Euphorbiaceae
Cupiiiba Goupia glabra Aubl. Celastraceae
Cupuagu Theobroma grandiflorum
(Spreng) Sterculiaceae
Cupui Theobroma subincanum M. Sterculiaceae
Cupurana Theobrama subincanum M. Sterculiaceae
Curuäzeiro Apeiba albiflora Ducke Tiliaceae
Curupita Courupita guianensis Aubl. Lecithydaceae
"Duroia" Duroia saccifera Benth. Rubiaceae
Envira Xylopia aromatica (Lam.)
Mart. Anonaceae
Envira-amarela Xylopia benthami R. E. Fries Anonaceae
Envira-branca Xylopia benthami R. E. Fries Anonaceae
Envira-"faia" Xylopia benthami R. E. Fries Anonaceae
Envira-'fölha fina" Guatteria amazönica R. E.
Fries Anonaceae
Envira-pororoca Anona sp. Anonaceae
Envira-preta Guatteria sp. Anonaceae
Envira-surucucu Duguetia echinophora R. E.
Fries Anonaceae
Envira-"X" Xylopia nitida Ast. Anonaceae
Erva-de-rato Psychotrea sp. Rubiaceae
Facheiro Derris spruceana (Benth.)
Ducke Leguminosae
Faeira Antripetalum sp. Papilionatae
Farinha-sêca Lindackeria paraensis Kuhl. Proteaceae
Faveira-arara tucupi Parkia multijuga Benth. Flacourtiaceae
Leguminosae
Faveira-atanä Parkia gigantocarpa Ducke Mimosoideae
Leguminosae
Faveira"axui" Pithecolobium elegans Ducke Mimosoideae
Leguminosae
Faveira-barbatimäo Stryphnodendron pulcherri- Mimosoideae
mum (Willd.) Hook Leguminosae
Faveira-bolacha Vatairea paraensis Ducke Papilionatae
Leguminosae
Faveira-bolota Parkia pendula Benth. Mimosoideae
Leguminosae
Faveira-"dura" Enterolobium schomburgkü Mimosoideae
Benth. Leguminosae
Faveira-fölha-fina Piptadenia suaveolens Miq. Mimosoideae
Leguminosae
91

NOME VULGAK
Faveira-"marimari" Cassia s-pruceana Benth. Mimosoideae
Leguminosae
Faveira-"parica" Piptadenia sp. Caesalp.
Leguminosae
Faveira-"pomba" Dimorphandra sp. Leguminosae
Mimosoideae
Faveira "spondias" SpondiaS lutea L. Inacarbiaceae
Faveira-timbaüba Enterolobiuni maximum Ducke Leguminosae
Mimosoideae
"Flacurtia" Casearia guianensis Urb. Placourtiaceae
Freijó Cordia goeldiana Hub. Borraginaceae
Freijó-branco Cordia exaltata Lam. Borragianaceae
Freijó-vermelho Cordia goeldiaiia Hub. Borraginaceae
"Glicia" Glycydendron amazonicum
Ducke Euphorbiaceae
Goiabeira Psidium sp. Myrtaceae
Goiabtnha Psidium sp. Myrtaceae
Gombeira Swartzia aptera DC Leguminosae
Caesalp.
Gombeira-branca Swartzia sp. Leguminosae
Caesalp.
Gräo-de-cachorro Tabernamontana sp. Apocynaceae
Guabiraba Eugenia conjuncta Amshoff Myrtaceae
Guajarä Pouteria sp. Sapotaceae
Guariiiba Clarisia racemosa Ruiz & Pav. Moraceae
Imbaüba Cecropia juramyana A. Richt. Moraceae
Imbaüba-branca Cecropia sp. Moraceae
Imbaübarana Pourouma aspera Tree. Moraceae
Inajärana Quararibea sp. Bombacaceae
Inga Inga alba (Sw.) Willd. Leguminosae
Mimosoideae
Inga-teté Inga sp. Leguminosae
Mimosoideae
Inga.-xix3 Inga sp. Leguminosae
Mimosoideae
Ingärana Pithecolobium latifolium (L.)
Benth. Mimosoideae
Ipê Crudia sp. Leguminosae
Caesalp.
Itauba Mezilaurus itauba (Meissn.)
Taub, ex Mez. Lauraceae
Itaübarana Mezilaurus itauba (Meissn.)
Taub, ex Mez. Lauraceae
Jacarandä Dalbergia spruceana Ducke Leguminosae
Papilionatae
Jacaréuba Callophyllum brasiliense Camb. Guttiferae
Jacuuba Casearia grandiflora Miq. Flacourtiaceae
Janitä Anona sp. Anonaceae
Jalnita Brosimum sp. Moraceae
Jarana Eshweilera jarana Ducke Lecythidaceae
Jarana-"buroja" Eschweilera krukovii A. C.
Smith Lecythidaceae
Jarataia Jaracatia spinosa A.D.C. Caricaceae
Jataüba Guarea sp. Meliaceae
Jatoä Gruarea sp. Meliaceae
Jatobä Hymenaea courbaril L. Leguminosae
Jenipapo Genipa americana L. Caesalp.
•Teniparana Gustavia sp. Lecythidaceae
Jipió Tabernamontana sp. Apocynaceae
•I.oäo-mole Neea sp. Nyctaginaceae
Jutai-a§u Hymenaea courbaril L. Leguminosae
Caesalp.
Jutai-niirim Hymenaea parvifolia Hub. Leguminosae
Caesalp.
•lutai-poror.oca Dialium guianensis (Aubl.) Leguminosae
Sandrv. Caesalp.
92

NOME VULGAR
Jutai-"uim" Hymenaea sp. Leguminosae
Caesalp.
Jutalrana Cynometra hostmanniana Tul. Leguminosae
Caesalp.
Laranjeira Fagara rhoifolia Lam. Rutaceae
Lacre Visniia sp. Guttiferae
Laranja Fagara sp. Rutaceae
Laranjinha Fagara sp. Rutaceae
Limäozinho Fagara rhoifolia Lam. Rutaceae
Louro-amarelo Aniba sp. Lauraceae
Louro-branco Ocotea guianensis Aubl. Lauraceae
Louro-canela Ocotea fragrantissima Ducke Lauraceae
Louro-faia Andripetalum sp. Proteaceae
Lour.o-limäo Ocotea sp. Lauraceae
Louro-pimenta Ocotea canaliculata Mez. Lauraceae
liouro-prêto Nectandra mollis Nees. Lauraceae
Louro-vermelho Ocotea rubra Mez. Lauraceae
Macacaüba Platymiscium trinitatis Benth. Leguminosae
Papilionatae
Macaco-escorrega Capirona huberiana Ducke Rubiaceae
Macucu Licania macrophylla Benth.. Rosaceae
Macucu.-"da fölha grande" . . Licania macrophylla Benth. Rosaceae
Magaranduba Manilkara huberi Ducke • Sapotaceae
Madeira-branca Homalium pedicelatum Spr. Flacourtiaceae
Mamäozinho Jaracatia opinosa A. D. C. Caricaceae
Mamorana Scleronema ferox Bombacaceae
Mamorana Bombax sp. Bombacaceae
Mandioqueira Qualea albiflora Warm. Vochysiaceae
Mangabarana Byrsonima sp. Malpighiaceae
Maparajuba . Manilkara amazonica Sapotaceae
Maparajuba "da fölha ama-
rela" Manilkara sp. Sapotaceae
Mapuxiqui Pithecolobium jupuuba Willd Leguminosae
Mimosoideae
Marapuama Vd. muirapuama
Maraximbé Vd. muiraximbé
Marfim Rauwolfia pentaphylla Ducke Apocynaceae
Marflm "verdadeiro" Agonandra brasiliensis Benth.
& Hook. Opiliaceae
Maria-prefa Ziziphus sp. Rhamnaceae
Marupä Simaruba amara Aubl. Simarubaceae
Marupärana Osteophloeum platispermum
Warb. Myristicaceae
Matamatä Eschweilera spp. Lecythidaceae
Matamatä-branco Eschweilera odor a (Poepp.)
Miers. Lecythidaceae
Matamatä-"ci" Eschweilera corrugata
(Poit.) Miers. Lecythidaceae
Matamata-prêto Eschweilera blanchetiana
(Berg.) Miers. Lecythidaceae
Matämatärana Eschweilera sp. Lecythidaceae
Melancieira Alexa grandiflora Leguminosae
Papilionatae
Miraiiba Vd. muiraüba Meliaceae
Mogno Swietenla macrophylla King Apocynaceae
Molongó Lacmellea aculeata (Ducke) Moraceae
"Moräcea-da-fölha-grande" .. Ogcodeia sp. Moraceae
"Moräcea-da-fölha-miuda" . . . Brosimum sp. Leguminosae
Mororó Bauhinia macrostachya Benth. Caesalp.

Morototó Didymopanax morototoni


(Aubl.) D. & P. Araliaceae
Muirajugara Rauwolfia pentaphylla Ducke Apocynaceae
Muirajuba Apuleia molaris Spr. Leguminosae
Caesalp.
93
NOME VULGAR

Muirapiranga Brosimum paraensis Hub. Moraceae


Muirapixuna Cassia scleroxylon Ducke Legnminosae
Caesalp.
Muirapuama Ptychopetalum olacoides
Benth. Olacaceae
Muiratauä Apuleia molaris Spr. LegTiminosae
Muiratinga Olmedioperebea sclerophylla
Ducke Moraceae
Muiraüba Mouriria brevips Hook. Melastomataceae
Muiraximbé Emmotum fagifolium Desv. Scacinaceae
Manguba-da-mata Bombax sp. Bombacaceae
Murici Byrsonima sp. Malpighiaceae
Muruci Byrsonima sp. Malpighiaceae
Muiracuä Rhabdodendrum amazonicum
(Spr. ex Benth.) Hub. Rutaceae
Murici Byrsonimi?, sp. Malpighiaceae
Muriti Byrsonima sp. Malpighiaceae
Murta Myrtaceae
Murupita Sapium marmieri Hub. Euphorbiaceae
Mururé Nucleopsis sp. Moraceae
Mururé-da-mata Noyera mollis Ducke Moraceae
Mutamba Ghiazuma ulmifolia Lam. Sterculiaceae
Mututi Pterocarpus rohrii Vahl. Leguminosae
Papilionatae
Mututirana Leguminosae
Papilionatae
Orelha-de-macaco Enterolobium schomburgkii Leguminosae
Benth. Mimosoideae
Pacote Apeiba tibourbou Aubl. Tiliaceae
A. albiflora Ducke
Pacoteiro A. tiborbou Aubl. Tiliaceae
A. albiflora Ducke
Pajurä Parinarium rodolphi Hub. e Rosaceae
P. sp. Leguminosae
Paracaxi Pentaclethra filamentosa Mimos.
Benth. Bignoniaceae
Paräpara Jacaranda copaia D. Don. Leguminosae
Paricä Piptadenia sp. Mimosoideae
Paricärana Piptadenia sp. Leguminosae
Mimosoideae
Parinari Parinarium rodolphi Hub. e
P. sp. Rosaceae
"Parkia" corezeiro Parkia oppositifolia Benth. Leguminosae
Mimos.
Paruru Sacoglottis guianensis
Benth. Humiriaceae
Pau-de-arara Aspidosperma macrocarpum
Mart. Apocynaceae
Pau-d'arco (da flor amarela) Tabebuia serratifolia D. Don. Bignoniaceae
Pau-d'arco (da flör roxa) . . Tabebuia violaceae Hub. Bignoniaceae
Pau-amar»Io Euxylophora paraensis Hub. Rutaceae
Pau-branco Licania macrophylla Benth. Rosaceae
Pau-de-balsa Cordia sp. Borraginaceae
Pau-da-casca-doce . Glycydendron amazonicum
Ducke Euphorbiaceae
Pau-de-cobra Podocarpus sp. Podocarpaceae
Pau-ferro Zollermia paraensis Hub. Leguminosae
Caesalp.
Pau-de-indio Croton matourenses Subl. Euphorbiaceae
"Pau-jacaré" Laetia procera (Poepp.)
Eichl. Flacourtiaceae
Pau-de-mastro Qualea coerulea Aubl. Vochysiaceae
Pau-mulato Chimarris turbinata D . C. Rubiaceae
Pau-rainha Capirona decorticans Benth. Rubiaceae
94

NOME VULGAR
Pau-de-remo Rauwolfia pentaphylla Ducke Apocynaceae
Pau.-para-tudo Dinizia excelsa Ducke Leguminosae
Pau-rosa Aniba roseodora Ducke Lauraceae
Pau-roxo Peltogyne lecointei Ducke Leguminosae
Caesalp.
Pau-santo Zollernia paraensis Hub. Leguminosae
Caesalp.
Papo-de-mutum Touroulia sp. Quinaceae
Paxiübarana Tovomita sp. Guttiferae
Pente-de-macaco Apeiba albißora Ducke Tiliaceae
Periquiteiro Cochlospermum orinocense
(H.B.K.) Steud Bixaceae
Piquiä Caryocar villosum (Aubl.)
Pers. Caryocaraceae
Piquiarana Caryocar glabrum (Aubl.)
Pers. C. fabrum Caryocaraceae
Pitaica Swartzia sp. Leguminosae
Pitaicaräna Swartzia sp. Leguminosae
Caesalp.
"Pithcoolobium" Pithecolobium sp. Leguminosae
Mimosoidae
Pitomba Talisia longifolia Sapinadaceae
Pitombarana Talisia sp. Sapindaceae
Poroma Pourouma cecropifolia Moraceae
Pororoca Dialium divaricatum Vahl. Leguminosae
Caesalp.
Pracaxi "<*• Paracaxi
Preciosa Aniba canelilla Mez. Lauraceae
Purui Theleodox sp. Rubiaceae
Purui grande Duroia machophylla Rubiaceae
Quaruba Vochysia maxima Ducke Vochysiaceae
Quaruba-rosa Qualea rosa Vochysiaceae
Quarubarana Erisma uncinatum Warm. Vochysiaceae
Quina-braba Geissos<permum sericeum i
(Benth.) Hook. Apocynaceae
Quinarana Geissospermum sericeum
(Benth.) Hook. Apocynaceae
Rosadinha Micropholis guianensis
(.DC.) Pierre Sapotaceae
Samaüma Vd. Sumaüma
Sapucaia Lecythis usitata Miers. Lecythidaceae
Sapupira :.. Bowdicha nitida Spr. ex Benth Leguminosae
Papil. Soph.
Sardinheira Homalium sp. Flacourtiaceae
Seringa-rosa Hevea guianensis Aubl. Euphorbiaceae
Seringarana Hevea guianensis Aubl. Euphorbiaceae
Seringueira Hevea guianensis Aubl. Euphorbiaceae
"Simaba" Couma macrocarpa Barb.
Rodr. Apocynaceae
Sörva Simaba simaruba Simarubaceae
Sörva-amarga Couma guianensis Aubl. Apocynaceae
Sörva-doce Vd. Sapupira
Sucupira Himatanthus sucuuba (Spru-
ce) ex Woodson Apocyanceae
Sumaüma Ceiba pentandra Gaertn. Bombacaceae
Sucuüba Couma macrocarpa Barb.
Rodr. Apocynaceae
Tamanqueira Fagara sp. Rutaceae
Tamanqueira-de-Ieite Lacmellea arborescens (Muell.
Arg.) Apocynaceae
Tanimbuca Buchenavia huberi Ducke Combretaceae
Taperebä Spondias lutea L. Anacardiaceae
Tapuru Brosimum spp. Moraceae
Taquarirana Mabea sp. Euphorbiaceae
Tartaruguinha Alchornea spp. Euphorbiaceae
Tarumä Vitex triflora Vahl. Verbenaceae
95
NOME VULGAR
Tatajuba Bagassa guianensis Aubl. Moraceae
Tatapiririca Tapirira guianensis Aubl. Anacardiaceae
Tauari Couratari sp. Lecythidaceae
Tauari-"cöco" Cariniana micrantha Ducke Lecythidaceae
Taxi-branco Tachigalia alba Ducke Leguminosae
Caesalp.
Taxi-pitomba Sclerolobium paraensis Hub. Leguminosae
Caesalp.
Taxi-prêto Tachigalia myrmecophyla Leguminosae
Ducke Caesalp.
Taxi-vermelho Tachigalia sp. Leguminosae
Caesalp.
Taxirana LegTiminosae
Leguminosae
Tent© Ormosia micrantha Ducke Papilionatae
Leguminosae
Tentorana Ormosia sp. Papitiomatae
Melastomataceae
Tinteiro Miconia sp. Meliaceae
"Trichilia" Trichilia sp. Meliaceae
"Trichilia-vermelha" Trichilia sp. Flacourtiaceae
Tuxaua Laetia procera Eichl. Myristicaceae
Ucuuba-"da varzea" Virola surinamensis Myristicaceae
Ucuuba Virola cuspidata Benth. Myristicaceae
Ucuuba-branca Virola sp. Myristicaceae
Ucuubarana Iryanthera spp. Humiriaceae
Umiri Humiria floribunda Mart.
Uruäzeiro Cordia alliodora (R. e P.) Borraginaeeae
Cham. Tiliaceae
" Apeiba albiflora Ducke Bixaceae
Unicu-da-mata Bixa arborea Hub. Blaeocarpaceae
Urucurana Sloanea nitida G. Ben. Elaeocarpaceae
Urucurana-"da-f6Iha-miuda" . Sloanea sp. Humiriaceae
Uxi Sacoglottts uchi Hub. Humiriaceae
Uxirana Sacoglottis amazonica Benth. Humiriaceae
Vantanea guianensis Aubl. Violaceae
"Violacea" Rinorea guianensis Aubl. Olacaceae
Xixuä Maytenus guianensis Klot. Lecythidaceae
Xuru Alantoma sp.
FOREST INVENTORIES IN THE AMAZON

Summary
At the beginning of 1951 the Brazilian Government decided it was
necessary to carry out economic studies in the forests of the Amazon
region, so as to gather data of interest for the improvement of the
regional timber production there. On the Government's request, FAO
set up a technical mission in Belém, State of Para, which, for some
years, was intensely active, thanks to the additional financial resour-
ces granted by the «Superintendência do Piano de Valorizagäo Eco-
nömica da Amazönia» (SPVEA).

In the section of Forest Inventories the Mission carried out various


studies over an area of some 20 million hectares. The results of these
studies have been recorded in ten reports, presented to the Brazilian
Government in the form of small mimeographed editions, with respective
graphs and maps. Five of these were prepared by Mr. Dammis Heins-
dijk, who was the first of the experts assigned to the area, and the
ethers were written by his assistant as well as his substitute, Mr. G. G.
Glerum. The second expert to prepare a report was Mr. A. de Miranda
Bastos, from the Forestry Service of the Ministry of Agriculture, who
was in charge of carrying out an inventory in the Federal Territory
of Amapä, in the extreme North of Brazil.

According to the experts who spent rather long periods in the


Amazon forest with its exuberant vegetation, this forest is really not
very dangerous. Jaguars are seldom and are very timid and snakes
are less frequent than in many other regions. Only those expeditions
which rely on catching and killing game to obtain food or who challenge
fate by taking long and risky boat trips along rivers with their many
cataracts, need worry. The real enemies are of the smallest possible
size. But they are terrible, because there are so many of them: ants
of various species, mosquitos, with their humming, their stings and their
everlasting, always importunate, cloud-like presence.
In spite of the variations which may be observed between one area
and another, Richards' classification of the Amazon forests may be
accepted as correct: Tropical Rain Forests, which designation includes
«the formation of plants. different in their floral composition, but very
similar as regards their structure and appearance»."
98

The main characteristics of this forest are its large number of spe-
cies. Incidentally, some species appear more frequently which may lead
to the supposition that they represent pure stands. But these are merely
local aspects.

Another characteristics of the Tropical Rain Forest is that it is


ever-green, i.e. of perennial leaves. Its trees never loose their leaves at
the same time, as is the case of the forests of temperate zones — during
the winter season. And, again according to Richards, the behaviour
of the various species in the Amazon region varies largely. So much
so, that in certain cases, it is impossible to state whether all the trees
are evergreen, — or perennial leaved — or deciduous.
In the Brazilian Amazon region the species which keep most of
their leaves all the year round — like the species Pouteria — may be
considered as belonging to the perennial kin. Those which, for at least
some days evey year, are stripped of their leaves — like the Hevea
brasiliensis — may be classified as deciduous.
y
Another characteristic is the way in which the constitutive ele-
ments of the tree are to be found, as regard height. Since the trees
are of different size, some ecologist adopted the method of classifying
them according to storeys — which, really, do not exist practically,
since the species are not generally a permanent and final part of the
storey. They stay within it but only for a certain period.
Of the rain forests of the Brazilian Amazon region — particularly
of those of the .river banks — only part of the trees are listed as having
crowns in the upper-storey. In Dutch Guyana, among 140-170 trees of
over 25 cm. diameter per hectare, the crown of only 30 specimens
appeared in the upper-storey. In the Amazon, where the number of —
the same size per hectare was about 100-200, a mere 20 appeared within
that storey.

The shade tolerance of a certain tree species may sometimes be


stable and then again depend on circumstances. The reason for this is
that the trees of the tropical rain forests have to fight hard to reach
old age. They are rather vulnerable at an early age. The leaves and
bark of certain species are very soft and, therefore, appreciated as a
food by many animals. They are also easily crushed by the branches
of the trees which they grow. They need great strength to overcome
this stage — besides the competition of the other small plants. According
to our sample plots in the forest on the left bank of the Amazon, only
50% of a group of young trees of 15 cm diameter of tolerant species
reach 25 cm, and only half of these reach 35 cm, and so on. As a
general rule it can be said that only about half of the trees manage
to pass from the one class to the other. However, although these spe-
99

cies may not need much light in their fight for survival, on the other
hand they suffer more from fragments of branches failing on their
crowns which is how many of them are destroyed or mutilated.

In the Amazon region the highest trees emerging are usually about
40 to 45 meters. This figure is nothing unusual, compared with other
regions. Normally, the upper-storey is of 30 to 55 meters, and the
under-storey of 20 to 25 meters.

In the Brazilian Amazon region the only State of Acre shows strictly
uniform forest cover. In the States and Territories there are spots of
various nature, generally fields or «cerrado» (shrubs).

Composition and density vary. There is a certain elementary stead-


fastedness, within the pecularities resulting from the hidrographic cir-
cumstances. Due to this, vegetation is classified by large groups, like
the miangal (or manguezal), the mata, da värzea, the mata de terra-
firme and the igapó.

Of the 20 million hectares of forests inventoried, close to 400 tree


species of 25 cm diameter onwards, belonging to 47 botanical families
were identified. The families most represented were, according to the
highest number of specimens, respectively: Leguminosae, Lecithydaceae,
Sapotaceae, Burseraceae, Lauraceae and Rosaceae. In the eastern strip
of the large zone which had been studied, the Lecitidaceas predominate
over the Leguminosae.

On analyzing the data collected it was concluded that the forests


of the Amazon region surveyed constitute a «Pouteria group», and,
a «Pouteria-Eschweilera group». These two groups were divided into
24 Forest Types, of which various may be considered as «facies», the
majority of these being separated by geographic determinants and sig-
nificant differences as regards the average size of timber per unit and
area, compared to the other similar types, as well as man-made al-
terations.

Frequency curves were established for the various Forest Types.


They show strongly identical forms: in the beginning they are steeply
ascendant, up to the sample plot 15 to 20; then they decline, in an
almost horizontal direction. This means that the study of only 15 to 20
plots may show the species most frequently represented.

This study is illustrated with photographs of the Amazon Forest


and also with some designs.

On each of the plots, comprising in all a total of 1,504.66 hectares,


the length of trunk available for commercial purposes of each tree and
100

its diameter was recorded, with a view to obtaining, through the use
of the general form factor, the volume of timber. Tables were then
drawn up with these elements, and by them its was possible to work
out the average volume of the timber without bark, per hectare, of
each of the more common 63 species or groups of species found, according
to diameter class, commercial trunk height and average number of
trees per hectare.

Other tables show additional information for the better utilization


and knowledge of the timbers in the area studied.

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