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Conceito de Logos, Arché e Devir

Luiz Filipe do Rosário Duarte


Instituto Eclesiástico de Filosofia e Teologia “Sedes Sapientiae”
2° Período Filosofia

 Logos

Sua origem etimológica é o verbo grego legein e na sua forma latina verbum e
possui diversos sentidos como por exemplo: falar, anunciar, nomear e afirmar. No
entanto esses sentidos não exprime a totalidade da conotação cientifica do termo na
Filosofia. Para compreender deve-se remontar a filosofia clássica.

O primeiro a trabalhar este conceito foi o filósofo pré-socrático Heráclito, como


se percebe nos seus fragmentos. Contudo não é nítido e claro o sentido dado por ele
para logos, fazendo jus a sua fama de obscuro. Autores modernos tendem a ver o logos
de Heráclito como o próprio intelecto divino e ordenador do Kosmo, ou seja, a lei
cósmica que é o porque e a razão das coisas serem tal como são.

Deve-se ter em mente que os filósofos pré-socráticos não haviam definido um


sentido único e totalmente definido para este conceito. O papel destes foi de iniciar a
discussão e a fabricação deste conceito. O logos posteriormente será discutido pelos
estoicos e cristãos, numa outra perspectiva.

 Arché

Esta palavra de origem grega possui o significado de começar, assim como o de


reger/dirigir. Mas sua tradução habitual e mais bem aceita é de “principio originário”.
Seu uso está ligado á physis que transmite a ideia “do que cresce”, ou seja, a natureza.
Desta forma o arché é o “a partir de onde cresce”, de onde se origina o crescimento.

Os filósofos pré-socráticos se preocupavam em encontrar o arché universal. Seja


como Tales de Mileto que definiu como um elemento material, a agua, seja como
Pitágoras dirá que o principio originário é um elemento metafisico como os números. O
arché universal para os filósofos antigos deveria derivar de uma matéria básica.

Posteriormente Aristóteles no seu livro sobre a física dará de forma ordenada e


clara o sentido deste conceito da seguinte maneira: como ponto de partida de um
movimento; como o melhor ponto de partida; como o ponto de partida de uma produção
e causa externa de um processo de produção,

 Devir

Origina-se do latim motus, que significa mudança ou movimento, mas de uma


forma particular de mudança, especificamente mudança na própria substancia da coisa.
Como definiu Aristóteles “a mudança do nada para o ser e do ser para o nada”.

Heráclito foi o principal expoente dessa doutrina na antiguidade, para ele tudo
está em constante devir, daí uma das suas mais famosas frases “tudo flui” e “ninguém
pode entrar duas vezes no mesmo rio”. Pois para ele nada pode permanecer, exceto o
devir nas coisas.

O primeiro a categorizar o devir foi Platão, mas sua forma mais conhecida está
em Aristóteles da seguinte maneira. A mudança na substancia foi chamada de geração
(quando a coisa começa a existir) e de corrupção (quando a coisa deixa de existir).
Quando a mudança ocorre apenas nos acidentes, sem mudar a substancia chama-se
alteração. Se a mudança ocorre na quantidade é denominado aumento ou diminuição.
Por fim na alteração de lugar é chamado de translação.

Bibliografia

ABBAGNANO , N. Dicionário de Filosofia. São Paulo, Martins Fontes, 2000.

BARNES, J. Pré-Socráticos. São Paulo, Martins Fontes, 1997.

MONDIN, B. Curso de Filosofia – Os Filósofos do Ocidente Vol. 1. São Paulo, Paulus,


1981.

ANTISERI, D. – REALE, G. História da filosofia : Filosofia Pagã Antiga v. 1. São


Paulo, Paulus, 2003.

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