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PB RURAL SUSTENTÁVEL

CARTILHA DAS TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS DE


CONVIVÊNCIA COM O SEMIÁRIDO

CABEDELO
AGOSTO – 2019
EQUIPE DE ELABORAÇÃO

Francisco de Assis Costa


Eng.º Agrônomo Especialista em Planejamento Agrícola Regional
Projeto Cooperar

Paulo Roberto Pinto


Eng.º Agrônomo Especialista em Planejamento Agrícola Regional
Projeto Cooperar

Arlington Ricardo Ribeiro de Oliveira


Eng.º Agrônomo Doutor em Irrigação e Drenagem
Projeto Cooperar

Ivando Trigueiro Bezerra


Eng.º Agrônomo Especialista em Irrigação
Projeto Cooperar

Rita Márcia de Moura Duarte Marinho


Eng.º Civil
Projeto Cooperar

Agilson Farias Montenegro


Eng.º Agrônomo Especialista em Agricultura Orgânica e Tecnologias Sociais
Projeto Cooperar

Mônica Alexandra Tavares de Melo


Pedagoga Especialista em Supervisão e Orientação Educacional
Projeto Cooperar

José Geraldo Rodrigues dos Santos


Eng.º Agrônomo Doutor em Recurso Naturais
Emater/PB – Grupo de Estudos Ambientais e Prospecção – GEAP

Ely Martins de Lima


Eng.º Agrônomo Mestre em Fruticultura. Referencia
Emater/PB – Grupo de Estudos Ambientais e Prospecção – GEAP

Verneck Abrantes de Sousa


Eng.º Agrônomo Especialista em Irrigação e Drenagem
Emater/PB – Grupo de Estudos Ambientais e Prospecção – GEAP

Ewerton de Souza Bronzeado


Eng.º Agrônomo Especialista em Produção Vegetal
Emater/PB – Grupo de Estudos Ambientais e Prospecção – GEAP
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO..............................................................................................8

2. SUBCOMPONENTE-2B: REDUÇÃO DA VULNERABILIDADE


AGROCLIMÁTICA...............................................................................................9

2.1. ABASTECIMENTO E ARMAZENAMENTO DE ÁGUA PARA


PRODUÇÃO AGRÍCOLA E PECUÁRIA..........................................................9

2.1.1. Barragem Subterrânea com Poço Amazonas Pré-Moldado......9

2.1.2. Barramento Sucessivo de Pedra................................................10

2.1.3. Poços Amazonas como Fonte de Suprimento de Água para


Produção Agrícola.....................................................................................11

2.1.4. Barragem Subterrânea de Acumulação.....................................13

2.1.5. Tanque Caldeirão “Tanque de Pedra”........................................15

2.1.6. Cisterna de Enxurrada.................................................................17

2.1.7. Cisterna Calçadão........................................................................18

2.2. DIVERSIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA E GESTÃO


DOS RECURSOS NATURAIS.......................................................................19

2.2.1. Produção de Mel com Abelha sem Ferrão (Meliponicultura)...19

2.2.2. Criação de Caprinos em Sistema Agroflorestal........................22

2.2.3. Criação de Frangos de Corte no Estilo Caipira.........................26

2.2.4. Ensilagem com o Emprego do Silo Cincho...............................29

2.2.5. Fenação com o Emprego de Enfardadeira Manual...................31

2.2.6. Produção de Palma Forrageira Adensada, Resistente a


Cochonilha do Carmim.............................................................................32

2.2.7. Canais de Retenção em Curvas de Nível...................................34

2.2.8. Implantação de 1,0 ha de frutíferas consorciadas....................35

2.2.9. Reflorestamento das Nascentes e Mata Ciliar com Vegetação


Nativa 37

2.3. MELHORIA NUTRICIONAL E SEGURANÇA ALIMENTAR................39


2.3.1. Reuso de Água Cinza para Produção de Alimentos em
Quintais Produtivos..................................................................................39

2.3.2. Utilização de sistema de energia na pequena irrigação em


fonte de água de poço artesiano.............................................................42

2.3.3. Utilização de energia solar na produção sustentável de frutas


e hortaliças irrigadas em fonte de água de superfície flutuante..........45

ANEXO A – CUSTO MÉDIO DAS TECNOLOGIAS DE CONVIVÊNCIA COM O


SEMIÁRIDO........................................................................................................49

4
ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1 - Custo da barragem subterrânea com trincheira com extensão de


50m, profundidade de 2,0 m e largura da calha de 0,60 m...............................10
Tabela 2 - Custo de barragem de pedras com 15 m de comprimento, 0,8 m de
altura com base trapezoidal de 0,40m de base menor e base maior de 1,5 m. 11
Tabela 3 - Orçamento para construção de poço amazonas com diâmetro de 3
m a 4 m de profundidade....................................................................................12
Tabela 4 - Barragem subterrânea de acumulação.............................................15
Tabela 4 - Orçamento de tanque caldeirão (tanque de pedra) para captação de
água da chuva utilizada na produção agrícola...................................................16
Tabela 5 - Orçamento da cisterna de enxurrada para captação de água de
chuva para produção agrícola com capacidade 360 m³....................................17
Tabela 4 - Orçamento para construção de meliponário com 20 colmeias
(dimensões: 2,5 m x 3,0 m = 7,5 M²)..................................................................21
Tabela 5 - Orçamento para construções de um aprisco com capacidade para
10 animais – Dimensões: 4,0 m x 2,0 m = 8 m² – Tipo Aprisco de alvenaria....25
Tabela 6 - Orçamento de uma unidade de Criação de galinha Caipira com
escalonamento de 30 dias..................................................................................28
Tabela 7 - Orçamento para construção de um silo cincho................................30
Tabela 8 - Orçamento para produção de feno...................................................32
Tabela 9 - Orçamento para o plantio de 1 ha de Palma adensada da variedade
orelha de elefante...............................................................................................33
Tabela 10 - Orçamento canais de retenção em curvas de nível (Área = 1ha).. 35
Tabela 14 - Orçamento para implantação de 1,0 ha de frutíferas consorciadas.
............................................................................................................................36
Tabela 12 - Orçamento do reflorestamento das nascentes e mata ciliar com
vegetação nativa (Área = 0,3ha)........................................................................38
Tabela 13 - Orçamento – Obra: Sistema de Reuso de Água Cinza..................41
Tabela 17 - Orçamento para implementação do sistema de energia na pequena
irrigação em fonte de água de poço artesiano...................................................44
Tabela 18 - Orçamento para implementação do sistema energia solar na
produção sustentável de frutas e hortaliças irrigadas em fonte de água de
superfície flutuante.............................................................................................47

5
Tabela 19 - Indicações de amostras de agricultores familiares que já utilizam as
tecnologias relacionadas com resultados positivos comprovados....................48

6
ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 - Barragem Subterrânea........................................................................9


Figura 2 - Barramento sucessivo de pedra........................................................11
Figura 3 - Poço amazonas utilizado na agricultora familiar...............................12
Figura 4 - Croqui para construção de meliponário com 20 colmeias................20
Figura 5 - Caatinga rebaixada na estação seca.................................................22
Figura 6 - Técnica de enriquecimento da caatinga para pastejo animal...........23
Figura 7 - Croqui para construção de aprisco para 10 animais........................24
Figura 8 - Planta baixa do aviário com capacidade para 200 cabeças.............27
Figura 9 - Etapas de confecção de um silo cincho............................................30
Figura 10 – Equipamentos para fenação..........................................................31
Figura 11 - Corte manual da palma forrageira para plantio...............................33
Figura 12 - Canal de retenção em curva de nível.............................................35
Figura 13 - Reflorestamento com essências frutíferas ou forrageiras..............36
Figura 14 - Área de mata ciliar reflorestada......................................................38
Figura 15 - Plantio das mudas...........................................................................38
Figura 16 - Sistema de reuso de águas cinzas.................................................40
Figura 17 - Esquema de distribuição do sistema fotovoltaico para
bombeamento de água para irrigação...............................................................43
Figura 18 - Energia solar na pequena irrigação localizada...............................45
1. INTRODUÇÃO

O Projeto Cooperar ao longo dos anos vem acumulando uma


considerável experiência no âmbito do desenvolvimento rural sustentável no
Estado da Paraíba, portanto elaborou o Projeto Paraíba Rural Sustentável com o
apoio do Banco Mundial, que se trata de um modelo piloto no Nordeste,
implantado apenas no Estado da Bahia. A inovação se dá por dois momentos, o
1º em que apoiará alianças produtivas com foco no mercado e o 2º momento com
foco no acesso a água e redução da vulnerabilidade agroclimática.
Esse componente irá implementar investimentos compartilhados com as
entidades associativas para implementação de subprojetos comunitários divididos
em três tipologias: (i) abastecimento e armazenamento de água para produção
agrícola e pecuária, (ii) diversificação da produção agropecuária e gestão dos
recursos naturais e a (iii) melhoria nutricional e segurança alimentar, descritas em
planilha anexo. A importância dessas tipologias se dá com o intuito de reduzir
prejuízos e perdas na agricultura familiar, garantindo também a alimentação
animal em longos períodos de estiagem, e a segurança alimentar e nutricional das
famílias beneficiárias.
Para tanto, no período de 08 a 10/06/2015 estiveram reunidos as equipes
técnicas do Projeto Cooperar e da Empresa de Assistência Técnica e Extensão
Rural do Estado da Paraíba – EMATER com a finalidade de analisar, debater e
selecionar tecnologias e práticas de convivência com o semiárido validadas pelo
pequeno produtor da agricultura familiar e dentro do contexto das tipologias
anteriormente mencionadas.
Para seleção dessas tecnologias e práticas o principal critério observado
foi o da validação empírica, por meio de sua repetição na prática tendo sido
adotada e apropriada pelo pequeno produtor rural e replicadas pelas mais
diversas instituições de pesquisas e extensão no rural.

8
2. SUBCOMPONENTE-2B: REDUÇÃO DA VULNERABILIDADE
AGROCLIMÁTICA

2.1. ABASTECIMENTO E ARMAZENAMENTO DE ÁGUA PARA PRODUÇÃO


AGRÍCOLA E PECUÁRIA

2.1.1. Barragem Subterrânea com Poço Amazonas Pré-Moldado

Descrição: As barragens subterrâneas são uma tecnologia simples e de


baixo custo que permite captar e armazenar água de chuva sob a terra sem
inundar as melhores áreas de plantio nos baixios.
Esta tecnologia consiste na escavação de uma vala transversal ao leito do
rio com 0,60 m de largura até uma profundidade de aproximadamente de 2 m,
preferencialmente alcançando a camada impermeável do solo. Em seguida, faz-
se o revestimento da vala com lona impermeável de 200 micras de espessura
com a finalidade de reter a água que se infiltrou em decorrência da chuva ficando,
portanto acumulada à montante. Neste local, será instalado um poço tubular para
captação de água que será destinada a pequenas irrigações, dessedentação
animal e uso doméstico. Deve ser construída em riachos ou baixios, ou seja, em
solos aluviões proporcionando uma carga de água maior no período de estiagem.
A principal vantagem desse processo é de acumular água sob o solo e
evitar, ou pelo menos reduzir drasticamente o fenômeno de evaporação,
permitindo o plantio de hortas, pomares, capineiras, plantação de árvores
melíferas, bem como cultivos de longo prazo na área banhada pela barragem.

Figura 1 - Barragem Subterrânea.

9
Tabela 1- Custo da barragem subterrânea com trincheira com extensão de 50m,
profundidade de 2,0 m e largura da calha de 0,60 m.
Valores (R$)
Discriminação Unid. Quant.
Unit. Total
Escavação mecânica – (65 m³) h 8 120,00 960,00
Lona plástica 200 micras (largura = 4,0m) m 50 10,00 500,00
Colocação da lona d/h 1 50,00 50,00
Anéis de concreto (d=1,20m; c=0,50m) und 6 200,00 1.200,00
Cascalhinho m³ 0,5 150,00 75,00
Reaterro da vala h/d 6 50,00 300,00
Enrocamento de pedras h/d 3 50,00 150,00
TOTAL 3.235,00
Fonte: Projeto Cooperar (2019).

Benefícios esperados:
a) Dessedentação animal;
b) Produção de olerícolas e frutíferas;
c) Produção de forragem (gramíneas leguminosas e palma forrageira).

2.1.2. Barramento Sucessivo de Pedra

Descrição: Com a perspectiva de aumentar a infiltração e aproveitar ao


máximo a água disponível, como também prevenir a erosão de solos frágeis, é
bastante recomendado o emprego de barramento de pedras, realizado em rede
de drenagem de microbacia hidrográfica de pequenos riachos, afluentes de um rio
de maior vazão. Para sua construção é necessário apenas identificar os melhores
lugares nas grotas e riachos mais estreitos, dotados de ombreiras para apoiar as
pedras do barramento.
O processo construtivo é relativamente simples, consistindo no
empilhamento de seixos disponíveis na propriedade que serão alocados em vala
transversal ao leito do rio, com profundidades 0,30 m x 0,40m de modo a formar
uma parede com aproximadamente 0,80 m de altura acima do solo de seção
trapezoidal para assegurar a estabilidade do consumo.

10
Figura 2 - Barramento sucessivo de pedra.

m de comprimento, 0,8 m de altura com


Tabela 2 - Custo de barragem de pedras com 15
base trapezoidal de 0,40m de base menor e base maior de 1,5 m.
Valores (R$)
Discriminação Unid. Quant.
Unit. Total
Escavação manual h/d 1 50,00 50,00
Transporte de pedras h/d 4 50,00 200,00
Construção/acomodação das pedras h/d 2 50,00 100,00
TOTAL 350,00
Fonte: Projeto Cooperar (2019).

Benefícios esperados:
a) Produção de capineiras;
b) Vazantes;
c) Retenção das partículas coloidais;
d) Recarga do lenço freático;
e) Plantio de feijão, milho, melancia, melão, etc.

2.1.3. Poços Amazonas como Fonte de Suprimento de Água para


Produção Agrícola

Descrição: Tecnologia de fácil domínio pelo pequeno produtor rural se


constitui num manancial apropriado para locais de baixios, também denominados
de terrenos de aluvião próximos a riachos e, também em planos solos.
Trata-se de um poço de boca larga, (2m diâmetro) escavado manualmente
e revestido com alvenaria de tijolos maciços que capta a água acumulada no

11
lençol freático, em geral a montante de uma barragem subterrânea, cuja
profundidade varia de quatro a quinze metros a depender do tipo de terreno.
A água é usada normalmente para pequenas irrigações e consumo animal, não
sendo recomendado para grandes irrigações.

Figura 3 - Poço amazonas utilizado em propriedades de agricultores familiares.

Tabela 3 - Orçamento para construção de poço amazonas com diâmetro de 3 m a 4 m de profundidade.


Valores (R$)
Item Discriminação Unid. Quant.
Unit. Total
01 Escavação manual de 120m³ h/d 40 50,00 2.000,00
02 Tijolo prensado milheiro 7 278,00 1.946,00
03 Concreto 358,00
3.1 Cimento saco 4 25,00 100,00
3.2 Arei m³ 0,8 60,00 48,00
3.3 Brita m³ 0,8 150,00 120,00
3.4 Aço 5/16” Kg 15 5,00 75,00
3.5 Aço 3/8” Kg 3 5,00 15,00
Argamassa de cimento e areia traço
04 540,00
1:6
4.1 Cimento saco 12 25,00 300,00
4.2 Arei m³ 4 60,00 240,00
05 Mão-de-obra 750,00
05 Pedreiro h/d 5 100,00 500,00
06 Servente h/d 5 50,00 250,00
07 Sistema de Irrigação und 1 4.395,00 4.395,00
TOTAL 9.989,00
Fonte: Projeto Cooperar (2015).

Benefícios esperados:
a) Promover o assoreamento ou sedimentação gradativa dos leitos erodidos e
rochosos dos pequenos cursos, dentro da micro bacia hidrográfica;

12
b) Redução do assoreamento dos reservatórios e rios;
c) Promover a fertilização gradual do solo e a oferta de água em quantidade e
qualidade nos tributários ou riachos da microbacia hidrográfica favorecendo
a produção de hortifrutigranjeiros e forrageiras;

Justificativa para a tipologia Abastecimento e Armazenamento de


Água para Produção Agrícola e Pecuária.

As três tecnologias Barragem Subterrânea com Poço Amazonas Pré-


Moldado, Barramento Sucessivo de Pedra e Poços Amazonas citada acima
como Fonte de Suprimento de Água para Produção Agrícola, incluídas nesta
tipologia, são relativamente simples, de baixo custo, fáceis de serem apropriadas
pelos beneficiários e já são utilizadas com sucesso como alternativas eficientes e
capazes de assegurarem a produção agropecuária, sobretudo em períodos
críticos de seca.

2.1.4. Barragem Subterrânea de Acumulação

Elas podem ser construídas barrando o fluxo subterrâneo em uma


determinada área que apresenta inclinação suficiente, gerando uma área de
acumulação onde poderá ser instalado um sistema de produção.
É uma alternativa tecnológica adequada para as propriedades agrícolas
cujo subsolo apresenta espessura de cerca de 1 a 2 metros. Áreas essas
encontradas com frequências nas bacias de base cristalina.
A água proveniente da chuva precipitada nessa área, é armazenada no
solo, dando origem a um lençol freático.
Área de captação e área de plantio, são representadas por uma pequena
bacia hidrográfica, formada pelos divisores de água topográfico.
As terras beneficiadas pelas barragens serviriam para exploração agrícola
na época das chuvas garantindo a produção.
A construção destas barragens tem também uma pequena parte da área
acima da camada do terreno natural, com altura média de 0,40m e nivelada.

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Com o carreamento de partículas sólidas pelas águas da chuva, esta área
de montante vai anualmente acumulando sedimentos, formando camadas de
solos férteis propícios para exploração agrícola.
Essas barragens de acumulação também interceptam as aguas sub-fluviais
de um curso d’água elevando e, portanto, fazendo acumulação.
Esta, por sua vez, aflora a superfície do leito do rio, criando um lago e uma
grande extensão úmida a montante.
Onde as terras beneficiadas pelas barragens serviriam para exploração
agrícola na época das chuvas e, principalmente na exploração de agricultura de
vazante.
As culturas devem ser devidamente selecionadas, desde aquelas cujas
raízes vivam bem em nível aquífero variável, é o caso das culturas das vazantes.
Nessas barragens subterrâneas de acumulação não se realiza a captação
por bombeamento através de poços.
Estando a superfície do leito do rio já completamente aplainada após o
enchimento da vala, coloca-se um enrocamento de pedras arrumas, sem
rejuntamento de qualquer natureza.
O enrocamento deve possuir uma altura de no máximo 0,50m, pois a sua
finalidade não é de barrar inteiramente o curso d’água, e sim, proporcionar uma
retenção parcial de suas águas, afim de facilitar a infiltração para o subsolo a
montante do barramento.

Tabela 4 - Barragem subterrânea de acumulação.


Valores (R$)
Discriminação Unid. Quant.
Unitário Total
Escavação mecanizada h 8 120,00 960,00
Lona plástica m 50 10,00 500,00
Colocação de lona h/d 1 50,00 50,00
Reaterro manual de vala h/d 5 50,00 250,00
Enrocamento de pedras h/d 3 50,00 150,00
TOTAL GERAL R$ 1.910,00
Fonte: Projeto Cooperar (2019).

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2.1.5. Tanque Caldeirão “Tanque de Pedra”

É uma caverna natural, escavada em lajedos, que representam excelentes


reservatório para armazenar águas das chuvas, para uso humano, animal e
principalmente agrícola para irrigar pequenas hortas.
Para a construção do tanque de pedra, deve-se identificar o local mais
apropriado.
Escolher o lajedo com formato de caldeirão, uma fenda profunda, ou ainda
outra forma que permita o acumulo de água.
É importante também observar se a descida d’água de locais mais altos
que possam abastecer o tanque.
É preciso limpar e verificar toda área onde será o futuro tanque, se há
fissuras ou pedras soltas que possam gerar infiltrações.
Se for necessário, rejuntar algumas partes com cimento. O tanque pode ser
feito com tijolo e/ou pedras.
É muito importante avaliar o potencial de ampliação da área de
armazenamento e a altura da parede.
Uma parede baixa permitirá uma lâmina muito fina de água, o que
ocasionará evaporação e, consequentemente maior perda de água.
Para construir as paredes, utilizam-se as pedras de outra área do próprio
lajedo, mas é necessário avaliar se elas não comprometem sua estrutura. Caso
não seja possível, pode-se adquirir pedra calcária ou tijolos.

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Tabela 5 - Orçamento de tanque caldeirão (tanque de pedra) para captação de água da
chuva utilizada na produção agrícola.

Valores (R$)
Discriminação Unid. Quant.
Unitário Total
Tanque 2.845,00
Areia m³ 4 50,00 200,00
Pedra calcária m³ 12 60,00 720,00
Cimento saco 27 25,00 675,00
Limpeza da área de captação h/d 1 50,00 50,00
Pedreiro h/d 8 100,00 800,00
Servente h/d 8 50,00 400,00
Sistema de Irrigação 5.410,50
Tubo PVC esgoto normal 40 mm m 150,00 3,60 540,00
Tubo de polietileno linear (PEBD) 20 mm m 200,00 1,80 360,00
Tubo gotejador com espaçamento entre
3.150,00 1,25 3.937,50
gotejadores 30 cm m
Bucha de redução soldável curta 40-32 mm und 1 8,00 8,00
Registo esfera VS soldável 32 mm und 1 18,00 18,00
Bucha de redução soldável longa 32-20 mm und 1 5,00 5,00
Tê soldável 20 mm und 16 3,00 48,00
Registro esfera VS soldável 20 mm und 8 10,00 80,00
União de tubo gotejador 20-16 mm und 16 1,50 24,00
Adaptador início de linha 16 mm und 104 1,00 104,00
Anel de borracha para início de linha 16-16 mm und 104 0,50 52,00
Cap soldável 20 mm und 17 2,00 34,00
Montagem do sistema h/d 4 50,00 200,00
TOTAL GERAL R$ 8.255,50
Fonte: Projeto Cooperar (2019).

16
2.1.6. Cisterna de Enxurrada

Descrição: A cisterna de enxurrada é abastecida com água proveniente da


chuva que corre com a declive do terreno.
Um terreno com área mínima de 250,00m² cuja inclinação proporcione
escoamento superficial para um ponto de convergência onde será feita a
captação da água.
A água é conduzida em seguida a um tanque de decantação com 0,36m³,
cuja função é retirar partículas sólidas carreadas pela água. Após a decantação a
água é armazenada em uma cisterna com aproximadamente 360,00 m³ de água.

Tabela 6 - Orçamento da cisterna de enxurrada para captação de água de chuva para


produção agrícola com capacidade 360 m³.
Valores (R$)
Discriminação Unid. Quant.
Unitário Total
1 Cisterna 4.558,00
1.1 Escavação mecanizada h 22 120,00 2.640,00
1.2 Limpeza das paredes h/d 3 50,00 150,00
1.3 Lona plástica 200 micras, largura 12,00 m. m 30 27,00 810,00
1.4 Colocação de lona plástica h/d 3 50,00 150,00
2 Cisterna 650,00
2.1 Tijolos cerâmicos de 8 furos und 200 0,45 90,00
2.2 Cimento (saco com 50kg) sc 8 25,00 200,00
2.3 Tubo de PVC da linha de esgoto 100 mm m 6 10,00 60,00
2.4 Pedreiro h/d 2 100,00 200,00
2.5 Servente h/d 2 50,00 100,00
2.6 Cerca de proteção com arame farpado com 5 fios m 94,00 7,00 658,00
2.7 Construção da cerca h/d 3 50,00 150,00
TOTAL GERAL R$ 5.208,00
Fonte: Projeto Cooperar (2019).

17
2.1.7. Cisterna Calçadão

Consiste em se fazer um terreiro de chão batido coberto por brita, medindo


210m², com declive mínimo para a água correr para cisterna, que é um buraco
escava na parte mais baixa do terreno com 7,0m de diâmetro por 1,7m de
profundidade. Esta cisterna deverá ser revestida por uma lona plástica para reter
água escorrida do calçadão que fica logo abaixo, na parte mais baixa do terreno.
Deve ser construída próximo á área de produção e distante 50m de
árvores.
A água captada na cisterna calçadão é destinada ao uso do sistema
produtivo, para irrigação de hortaliças ou fruteiras.
Por ter um volume de água limitado, deve ser usado através de sistemas de
irrigação altamente econômicos em água. Por exemplo: gotejamento, micro
aspersão, ou no máximo através de micro bacias localizadas.

18
2.2. DIVERSIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA E GESTÃO DOS
RECURSOS NATURAIS

2.2.1. Produção de Mel com Abelha sem Ferrão (Meliponicultura)

Descrição: A tecnologia da criação de abelha sem ferrão foi selecionada


por ser de fácil manejo, dispensando o emprego de equipamentos especiais, em
geral dispendiosos, para extração do mel, podendo os cortiços serem instalados
no alpendre ou beirais da própria residência.
A criação de abelhas além da produção de mel contribui para a
polinização das plantas melhorando a produtividade das culturas. O mel
proveniente de abelhas sem ferrão vem sendo reconhecido e amplamente usado
pelas suas propriedades terapêuticas, características digestivas, analgésicas,
anti-inflamatórias, antimicrobianas e antissépticas sendo rico em cálcio, cobre,
ferro, magnésio, fósforo, potássio, aminoácidos, ácidos orgânicos e vitaminas B,
C, D e E conferindo-lhe atributos de alimento de grande valor nutricional, razão
pela qual tem sido bastante valorizado no mercado.
Outra aplicação desse produto tem sido a matéria-prima para a indústria
cosmética, onde subprodutos como a cera, a própolis, que cobre a parte de
dentro da colmeia e, a geleia real são utilizados na produção de cremes,
máscaras de limpeza e de hidratação. Até o pólen usado pelas abelhas para
alimentar as suas larvas é usado como suplemento alimentar devido a seu alto
valor nutritivo.
O meliponário deve ser instalado em local fixo preferencialmente
localizado junto às floradas, com vista a melhoria da produção e produtividade
durante todo o ano.

19
Figura 4 - Croqui para construção de meliponário com 20 colmeias.

Fonte: Projeto Cooperar (2015).

20
Tabela 7 - Orçamento para construção de meliponário com 20 colmeias (dimensões: 2,5 m x
3,0 m = 7,5 M²).
Valores (R$)
Item Descriminação Quant. Unid.
Unit. Total
- Material 1.154,00
01 Tijolo 300 und 0,45 135,00
02 Telha canal 350 und 0,40 140,00
03 Cimento 3 sc 25,00 75,00
04 Areia 2 m³ 60,00 120,00
05 Caibro 20 m 3,20 114,00
06 Ripa 45 m 1,80 81,00
07 Linha 3”x2” 42 m 8,00 336,00
08 Arame galvanizado n.º 18 2 kg 22,00 44,00
09 Prego 18x27 2 kg 17,25 34,50
10 Prego 15x15 2 kg 12,00 24,00
11 Cerâmica 10x10 cm 1,8 m² 22,50 40,50
12 Argamassa Colante AC-II 10 kg 1,00 10,00
- Mão de Obra 600,00
13 Pedreiro 5 h/d 100,00 500,00
14 Servente 6 h/d 50,00 300,00
- Colmeias 4.800,00
15 Colmeias povoadas 10 und 350,00 3.500,00
16 Colmeias vazias 10 und 130,00 1.300,00
- Equipamentos 830,00
17 Aspirador Cirúrgico 1 und 700,00 700,00
18 Formão inox 1 und 30,00 30,00
19 Balde inox com tampa 1 und 100,00 100,00
TOTAL 7.584,00
Fonte: Projeto Cooperar (2019).

Benefícios esperados:
a) Produção de mel com finalidades terapêuticas;
b) Segurança alimentar e nutricional das famílias;
c) Complementação da renda familiar;

Justificativa

Essa tecnologia, apesar das restrições impostas pelas condições climáticas


adversas, tem demonstrado que quando instalada em áreas próximas a projetos
de irrigação e/ou áreas com baixas precipitações pluviométricas, tem apresentado
certa produção de mel capaz de reduzir os prejuízos causados pela seca. Por

21
outro lado, essa atividade poderá ser implantada em subprojetos de Redução da
Vulnerabilidade Agroclimática desde que associadas às tecnologias de
Abastecimento e Armazenamento de Água para Produção Agrícola e Pecuária.

2.2.2. Criação de Caprinos em Sistema Agroflorestal

Descrição: A caprinovinocutura têm sido a principal atividade pecuária


recomendada por especialistas para a região do semiárido em razão de sua
adaptação ao clima seco e aos pastos arbóreos, pela alta conversão alimentar e
capacidade de digestão da celulose, bem como alta resistência a doenças, sendo
também uma atividade de ciclo curto, ideal para o agricultor de baixa renda. O
sistema agroflorestal aqui proposto consiste de três tecnologias cuja finalidade é
elevar a produção de massa verde na área de pastejo dos animais nas áreas da
caatinga:
a) Rebaixamento: provoca a redução do sombreamento pelas copas de
árvores e arbustos permitindo significativo aumento da produção da
fitomassa, melhorando a qualidade bromatológica do estrato herbáceo de
fácil alcance pelos caprinos.

22
Figura 5 - Caatinga rebaixada na estação seca.

b) Raleamento: consiste no controle seletivo de espécies da vegetação


arbórea-arbustiva da caatinga, de forma que ao reduzir o sombreamento e
a densidade de árvores e arbustos indesejáveis, propicia a formação de
uma pastagem de melhor qualidade bastante apreciada pelos caprinos e
ovinos que respondem com uma maior produção de leite e carne.
c) Enriquecimento da caatinga: realizada mediante processo simples
consistindo na ressemeadura de acordo com a profundidade, declividade e
pedregosidade do solo. Tendo em vista a preservação do estrato herbáceo
nativo, não se faz necessário desmatar a caatinga por completo,
recomendando-se o raleamento conforme já descrito preservando cerca de
150 árvores por hectare.

Figura 6 - Técnica de enriquecimento da caatinga para pastejo animal.

A presente tecnologia em manejo agroflorestal refere-se a criação de


caprino e ovinos estabilizados em 10 cabeças a partir do segundo ano para uma
área de 3 ha, requerendo investimento conforme descriminado na Figura e Tabela
a seguir.

23
Figura 7 - Croqui para construção de aprisco para 10 animais.

Nota: Índices: SAPATA COM 0,4 M x 0,3 M; Pé direito com 2,0 m de altura; Pé central com 2,3 m
de altura; Beiral com 0,5 m; Piso batido; 1,2 cab/m².
Fonte: Projeto Cooperar (2015).

24
Tabela 8- Orçamento para construções de um aprisco com capacidade para 10
animais – Dimensões: 4,0 m x 2,0 m = 8 m² – Tipo Aprisco de alvenaria.
Valores (R$ 1,00)
Especificação Quant. Unid.
Unit. Total
1) Materiais 1248,00
Areia fina 1 m³ 60,00 60,00
Areia grossa 0,5 m³ 60,00 30,00
Caixa d'água 500l 1 und 200,00 200,00
Cimento 5 sc 25,00 125,00
Linhas 3/3 5 m 10,00 50,00
Telha fibrocimento (2,44x0,5m) 10 und 16,00 160,00
Pedra rachão 1 m³ 35,00 35,00
Cal (10Kg) 1 sc 7,00 7,00
Tijolo 8 furos 0,5 mil 450,00 225,00
Estacas madeira 12 und 6,00 72,00
Tela grossa 2,0 m 10 m 12,00 120,00
Arame galvanizado liso 2 kg 22,00 44,00
Carroça de mão 1 und 120,00 120,00
2) Mão-De-Obra 800,00
Pedreiro 5 h/d 100,00 500,00
Servente 6 h/d 50,00 300,00
3) Custeio 1.750,00
Cabeça 5 cab 250,00 1250,00
Rações 1 verba 400,00 400,00
Vacinas e medicamentos 1 verba 100,00 100,00
4) Manejo da Caatinga 2.060,00
Raleamento 20 h/d 50,00 1000,00
Rebaixamento 16 h/d 50,00 800,00
Enriquecimento 12 h/d 50,00 600,00
Cerca com esp. de 1 m e 10 fios de arame farpado 10 m 18,00 180,00
TOTAL 6.478,00
Fonte: Projeto Cooperar (2019).

Benefícios esperados:
a) Segurança alimentar;
b) Complementação da renda familiar;
c) Conservação de recursos naturais;
d) Melhora a produtividade forrageira do bioma caatinga;
e) Conforto animal;
f) Aumento da oferta de alimentos do mercado local;
g) Manutenção do rebanho no período seco.

25
2.2.3. Criação de Frangos de Corte no Estilo Caipira

Descrição: A atividade avícola é basicamente a criação de aves de forma


tecnificada onde existe uma tecnologia apropriada: a criação intensiva com
galinhas brancas de alta linhagem e a criação semi-intensivas das galinhas e
frangos ditas caipiras são criadas presas na fase inicial e depois ficam soltas para
pastar num cercado recebendo suplementação vegetal, sendo recolhidas à noite.
Apesar das diferenças entre os sistemas de criação, as aves industriais e
caipiras possuem a mesma origem e a mesma classificação.
A galinha e o frango caipira tem permanente contato com produtos vegetais
(restos de culturas, pasto, milho etc...) e também de produtos naturais (minhocas,
pequenos crustáceos e insetos em geral); Isso confere a carne e aos ovos uma
característica especial graças aos vários pigmentos ingeridos pela ave. A criação
de aves brancas de alta linhagem como caipiras não funciona, pois ela não tem
resistência para isso. Do mesmo modo a criação das raças ditas caipiras no
sistema intensivo perde o significado, pois ao comerem somente rações
industrializadas a carne e os ovos perderão as características caipiras. Existem
raças caipiras com ovos esbranquiçados também, mas a qualidade de carne e
dos ovos também se dá pela dieta oferecida. Agora, raças e linhagens que
colocam ovos brancos colocarão ovos brancos e raças e linhagens que colocam
ovos vermelhos colocarão ovos vermelhos. Isso se dá pela genética. A
alimentação influencia um pouco na coloração e muito na qualidade do produto.
A Criação de frangos de corte no estilo Caipira requer pouco investimento e
constitui excelente alternativa de utilização da mão de obra familiar principalmente
a feminina, proporcionando a participação da mulher e dos filhos nessa atividade
de fácil manejo. Pode ser desenvolvida em pequenas áreas de terra, onde as
aves com excelente capacidade de conversão alimentar aproveitam grãos e
outros produtos de origem vegetal como: frutas, hortaliças, mandioca, sorgo,
milho, capins e restos de cultura par produção de carne e ovos constituindo-se em
fonte baixo custo de proteína animal na alimentação de toda a família.
A manutenção de animais saudáveis e livres de estresse é um dos pontos-
chave dessa tecnologia cujos produtos são diferenciados e valorizados no

26
mercado consumidor, que remunera o excedente da produção com melhores
preços.

Figura 8 - Planta baixa do aviário com capacidade para 200 cabeças.

27
Tabela 9 - Orçamento de uma unidade de Criação de galinha Caipira com
escalonamento de 30 dias.
Valor (R$)
Item Especificação Unidade Quantidade
Unitário Total
1 Materiais 6.053,00
Tijolo cerâmico und 1.200,00 0,45 540,00
Telha canal und 1.500,00 0,40 600,00
Cal hidratada sc 8,00 7,00 56,00
Cimento sc 24,00 25,00 600,00
Areia grossa m³ 2,00 60,00 120,00
Linha 3”x2” m 48,00 8,00 384,00
Caibro m 180,00 3,20 576,00
Ripão m 60,00 2,50 150,00
Prego kg 4,00 17,30 69,20
Porta de tela und 4,00 40,00 160,00
Caixa d'água 310 l und 4,00 100,00 400,00
Tela de arame galvanizado m² 100,00 3,14 314,00
Tubo pvc soldável 20 mm m 48,00 3,00 144,00
Caps soldável 20 mm und 4,00 2,00 8,00
Soquete und 4,00 3,00 12,00
Interruptor und 4,00 12,00 48,00
Tomada und 4,00 12,00 48,00
Lâmpada 100 W und 1,00 15,00 15,00
Lâmpada 60 W und 4,00 6,00 24,00
Cabo flexível PVC 450/750 kV 2,5 m² m 300,00 1,00 300,00
Tela para piquete m 320,00 3,14 1004,80
Estaca para o piquete und 80,00 6,00 480,00
2 Mão de Obra 1.200,00
Pedreiro h/d 5,00 100,00 500,00
Ajudante h/d 10,00 50,00 500,00
3 Equipamentos 310,00
Comedouro infantil und 2,00 20,00 40,00
Bebedouro infantil und 2,00 15,00 30,00
Comedouro adulto und 4,00 30,00 120,00
Bebedouro adulto und 4,00 25,00 100,00
Círculo de Proteção und 1,00 20,00 20,00
4 Ração 1.550,00
Ração Inicial sc 4,00 50,00 200,00
Farelo de milho sc 20,00 40,00 800,00
Farelo de soja sc 10,00 40,00 400,00
Premix (Núcleo Crescimento) sc 3,00 50,00 150,00
5 Aquisição dos pintos/vacinas 700,00
Pintos de 1 dia und 200,00 3,00 600,00
Vacinas (dose) und 200,00 0,25 50,00
Vermífugo und 8,00 0,25 50,00
6 Manejo Reprodutivo 300,00
Ajudante h/d 6,00 50,00 300,00
5 Total Geral 9.913,00
Fonte: Projeto Cooperar (2019).

Benefícios esperados:
a) Segurança alimentar e nutricional para a família;
b) Renda extra;
c) Produção de adubo orgânico.

28
Justificativa

A avicultura alternativa é uma atividade que requer pequeno consumo d


´água para sua exploração. Essa prática já é bastante adotada pelos pequenos
produtores dos municípios priorizados pelo PB Rural Sustentável, com uma
tendência de expansão muito grande em virtude do funcionamento dos dois
abatedouros industriais financiados pelo Cooperar II, sendo o de Monteiro inserido
entre os 100 municípios priorizados e o de São Sebastião de Lagoa de Roça
próximo aos municípios contemplados.
Essa atividade, mesmo em períodos de seca, tem contribuído para a ocupação da
mão-de-obra feminina e segurança alimentar e nutricional, além de proporcionar
uma renda extra para a família.

2.2.4. Ensilagem com o Emprego do Silo Cincho

Descrição: Esse processo tem como objetivo a conservação da silagem


verde, preservando sua umidade e frescor com um mínimo de perda nutricional e
sem a formação de produtos tóxicos.
A opção por esse tipo de silo (cincho – formato arredondado tipo queijo,
com 3m de diãmetro) se deve a adequação de sua capacidade ao perfil do
pequeno produtor rural, perfeitamente compatível com a quantidade de animais a
serem suplementados e o tamanho da propriedade, entre outros. A capacidade
ideal de armazenamento desse silo é de aproximadamente 7 toneladas de
silagem, diferentemente do silo de superfície utilizado para capacidades maiores
de armazenamento e de custos mais elevados.

29
- Etapas de confecção de um silo cincho: (a) corte e picagem da forragem;
Figura 9
(b) montagem da base do silo cincho; (c) iniciando o preenchimento do silo; (d)
compactação da forragem no silo; (e) elevação do aro metálico; (f) vedação do
silo cincho.

CINCH
(a) (b)

(c) (d)

(e) (f)

Tabela 10 - Orçamento para construção de um silo cincho


Valores (R$)
Discriminação Unid. Quant.
Unitário Total
Aro metálico em chapa de 1/8” com 3 m de
Unid. 1 1.500,00 1.500,00
diâmetro e 0,5 m de altura
Forrageira completa com Motor elétrico Unid. 1 2.000,00 2.500,00
Lona de plástico 200 micra de espessura e
m 10 15,00 150,00
largura de 8 m
Mão–de-obra (Corte e Ensilagem) h/d 4 50,00 200,00
TOTAL 4.350,00
Fonte: Projeto Cooperar (2015).

30
Benefícios esperados

a) Disponibilidade de forragem em período de escassez alimentar;


b) Redução dos riscos com perdas de animais;
c) Redução dos custos na alimentação animal;
d) Oferta de ração com alto valor nutritivo.

2.2.5. Fenação com o Emprego de Enfardadeira Manual

Descrição: Esta tecnologia é semelhante à silagem no que diz respeito ao


armazenamento preventivo de forragens, a fenação é um processo de guarda de
forragem volumosa, gramínea ou leguminosa após sofrer uma desidratação
parcial sem prejuízo da manutenção do valor nutricional. Para se produzir feno de
boa qualidade recomenda-se abaixar o teor de umidade de 80% para 15% em
média podendo ser usado inclusive a laje da Cisterna Calçadão para secagem da
forragem no período de maior insolação.
A forragem é cortada no ponto ótimo (antes da maturação) equilibrando
valor nutricional com produção de massa verde. Após o processo de secagem o
feno é prensado em enfardadeira manual e operação bastante simples permitindo
o armazenamento em pequenos volumes compatíveis com as necessidades do
pequeno produtor rural, assegurando forragens fartas durante o período de seca.

(a) Enfardadeira manual; (b) forrageira


Figura 10 – Equipamentos para fenação:
completa com motor elétrico.

(a) (b)

31
Tabela 11 - Orçamento para produção de feno.
Valores (R$)
Item Discriminação unid. quant.
Unit. Total
01 Enfardadeira manual und 1 2.000,00 2.000,00
02 Garfo forrageiro und 1 50,00 50,00
03 Forrageira completa com Motor elétrico und 1 2.500,00 2.500,00
04 Mão-de-obra h/d 4 50,00 200,00
TOTAL 4.750,00
Fonte: Projeto Cooperar (2015).

Benefícios Esperados
a) Disponibilidade de forragem em período de escassez alimentar;
b) Redução dos riscos com perdas de animais;
c) Redução dos custos na alimentação animal;
d) Oferta de ração com alto valor nutritivo.

2.2.6. Produção de Palma Forrageira Adensada, Resistente a


Cochonilha do Carmim

Descrição: O cultivo da palma, nos últimos anos, tem recebido atenção


especial devido a sua grande importância para a região semiárida nordestina
devido a sua rusticidade, altíssima produtividade e baixo custo de manejo.
A contínua busca por alternativas para assegurar a sustentabilidade e
aumento da rentabilidade econômica da produção agropecuária na região
semiárida levou ao desenvolvimento da tecnologia do cultivo adensado da palma
forrageira, permitindo ao agricultor produzir forragem em qualquer período do ano,
sobretudo em pequenos módulos rurais.
O método apresentado para produção de palma consiste em plantio com
espaçamento reduzido, (1m entre as fileiras e 0,25m entre as raquetes) adubação
orgânica o que leva a uma maior produção de massa verde.

32
Figura 11 - Corte manual da palma forrageira para plantio.

Tabela 12 - Orçamento para o plantio de 1 ha de Palma adensada da variedade


orelha de elefante
Valores (R$)
Discriminação Unid. Quant.
Unit. Total
Aração e Gradagem h/m 6 120,00 720,00
Sulcagem h/m 2 120,00 240,00
Aquisição das raquetes de palma und 10.000 0,20 2.000,00
Esterco de curral t 10 100,00 1.000,00
Plantio d/h 10 50,00 500,00
Tratos culturais d/h 20 50,00 1.000,00
TOTAL 5.460,00
Fonte: Projeto Cooperar (2015).

Benefícios esperados:

a) Disponibilidade de forragem em período de escassez alimentar;


b) Redução dos riscos com perdas de animais;
c) Redução dos custos na alimentação animal;
d) Aumento da produtividade;
e) Redução de perdas da produção pela utilização de variedades
resistentes a Cochonilha do Carmim.

33
Justificativa para a tipologia Diversificação da Produção Agropecuária
e Gestão dos Recursos Naturais Ensilagem, Fenação e Produção de Palmas.

Essas três tecnologias – ensilagem, fenação e produção de palmas – têm


sido o sustentáculo da pecuária no período de seca em áreas dos 100 municípios
priorizados. Produtores que têm adotado as referidas tecnologias apresentaram
menores índices de redução nas suas produções pecuárias em comparação com
aqueles que não adotaram essas práticas.

2.2.7. Canais de Retenção em Curvas de Nível

Descrição: Os canais de retenção em curvas de nível consistem em uma


prática conservacionista de natureza mecânica geralmente aplicada em área com
declividade acentuada. Este processo contribui para a conservação do solo contra
erosões e auxilia na retenção do escoamento da água de chuva, fazendo com
que a mesma ela se infiltre intensamente no solo e evite o descolamento das
partículas coloidais. Esse sistema ajuda a reter elementos solúveis do solo e
permite o aumento da produção.
As curvas de nível devem ser orientadas perpendicularmente à inclinação
da encosta, o que contribui para conservar dos nutrientes do solo, imprescindíveis
para o sucesso da plantação. Além disso, equilibra a velocidade da água da
chuva, evitando que o cultivo perca também os minerais.
Por serem de execução bastante simples o custo estimado para a prática
de canais de retenção em curva de nível com espaçamento de 10 metros está
orçado em R$ 960,00 por hectare, podendo este valor variar de acordo com a
declividade do terreno e textura do solo.

34
Figura 12 - Canal de retenção em curva de nível.

Tabela 13 - Orçamento canais de retenção em curvas de nível (Área = 1ha).


Valores (R$)
Discriminação Unid. Quant.
Unit. Total
Sulcamento mecânico h 4 120,00 480,00
Traçado das curvas de níveis h/d 2 50,00 100,00
Acabamento dos camalhões h/d 2 50,00 100,00
TOTAL 680,00
Fonte: Projeto Cooperar (2019).

Benefícios esperados
a) Aumento da retenção de água no solo;
b) Combate da erosão do solo;
c) Diminuição da perda de nutrientes do solo por arrasto;
d) Aumento da resiliência contra adversidades climáticas.

2.2.8. Implantação de 1,0 ha de frutíferas consorciadas.

Descrição: A tecnologia de reflorestamento é uma ação ambiental que visa


repovoar áreas que tiveram a vegetação removida pelas forças da natureza ou
ações humanas. Inclui-se nessa definição a arborização de áreas específicas
onde não havia vegetação nas últimas décadas, revitalizando o ecossistema,
principalmente com espécies forrageira, destinadas a alimentação humana e
animal.
Além de fornecer forragens para os animais, madeiras para construção de
cercas e frutas, o reflorestamento é usado como barreira de árvores para proteger

35
solos e culturas da ação de fortes ventos. Outro importante benefício do
reflorestamento é melhorar o desempenho de bacias hidrográficas, mantendo
água disponível por mais tempo no lugar que irá alimentar os aquíferos. Quando
aplicado em áreas de encostas evita deslizamentos de terras e, neste contexto,
também é eficaz no combate à erosão do solo.
O orçamento para reflorestamento de um hectare com 400 mudas de
espécies nativas e/ou frutíferas, com espaçamento de 5 x 5m, estar estimado em
R$ 4.930,00.

Figura 13 - Reflorestamento com essências frutíferas ou forrageiras.

Tabela 14 - Orçamento para implantação de 1,0 ha de frutíferas consorciadas.


Valores (R$)
Discriminação Unid. Quant.
Unitário Total
Preparo do Solo 1.100,00
Roçagem e Encoivaramento h/d 20 50,00 1.000,00
Distribuição do Calcário h/d 2 50,00 100,00
Plantio 1.100,00
Marcação e abertura das covas h/d 15 50,00 750,00
Adubação de Fundação h/d 4 50,00 200,00
Plantio e replantio h/d 3 50,00 150,00
Tratos Culturais 1.250,00
Capina com cordamento h/d 25 50,00 1.250,00
Insumos 1.480,00
Mudas und 400 2,00 800,00
Esterco de gado t 2,0 100,00 200,00
Superfosfato simples Kg 150 1,20 180,00
Calcário dolomítico t 2,0 150,00 300,00
TOTAL GERAL R$ 4.930,00
Fonte: Projeto Cooperar (2019).

36
Benefícios esperados
a) Aumento da retenção de água no solo;
b) Aumento da resiliência contra adversidades climáticas;
c) Aumento da serapilheira (cobertura morta) propiciando maior
disponibilidade de nutriente;
d) Aumento da Biodiversidade do bioma caatinga.

2.2.9. Reflorestamento das Nascentes e Mata Ciliar com Vegetação


Nativa

É um tipo de ação ambiental que visa repovoar a cobertura vegetal nativa,


situada às margens de rios, igarapés, lagos, nascentes e represas. O termo “mata
ciliar” decorre de sua analogia com os cílios dos nossos olhos. As matas ciliares
também são conhecidas como mata de galeria, vegetação ribeirinha ou vegetação
ripária, de fundamental importância para o equilíbrio ecológico, oferecendo
proteção para as águas e o solo, reduzindo o assoreamento e agindo no controle
da força das águas que chegam aos rios, lagos e represas, mantendo a qualidade
da água e impedindo a entrada de poluentes para o meio aquático. Formam, além
disso, corredores que contribuem para a conservação da biodiversidade;
fornecem alimento e abrigo para a fauna; constituem barreiras naturais contra a
disseminação de pragas e doenças da agricultura e; durante seu crescimento,
absorvem e fixa o dióxido de carbono, um dos principais gases responsáveis
pelas mudanças climáticas que afetam o planeta.
O custo para a prática de reflorestamento das nascentes e mata ciliar, para
uma área de um hectare com 156 mudas de espécies nativas (com espaçamento
de 4m x 4m), está estimado em R$ 1.220,00. Nesta pratica recomenda-se o
isolamento da área com cerca de arame farpado para evitar o acesso de animais.
O custo estimado para implantação da cerca é de R$ 1.950,00, perfazendo um
total de R$ 3.170,00.

37
Figura 14 - Área de mata ciliar reflorestada. Figura 15 - Plantio das mudas.

Tabela 15 - Orçamento do reflorestamento das nascentes e mata ciliar com vegetação nativa
(Área = 0,3ha).
Valores (R$)
Discriminação Unid. Quant.
Unitário Total
Preparo do Solo 200,00
Roçagem e Encoivaramento h/d 4 50,00 200,00
Plantio 300,00
Marcação e abertura das covas h/d 4 50,00 200,00
Adubação de Fundação h/d 1 50,00 50,00
Plantio e replantio h/d 1 50,00 50,00
Tratos Culturais 300,00
Capina com cordamento h/d 6 50,00 300,00
Insumos 2.370,00
Mudas und 160 2,00 320,00
Esterco de gado t 1,0 100,00 100,00
Cerca com esp. De 2,5m 6 fios de arame m 250 7,00 1.750,00
Construção da cerca h/d 4 50,00 200,00
TOTAL GERAL R$ 3.170,00
Fonte: Projeto Cooperar (2019).

Benefícios esperados
a) Aumento da infiltração de água no solo;
b) Redução do assoreamento dos aquíferos;
c) Manter a qualidade da água dos rios e lagos da propriedade.

Justificativa para a tipologia Diversificação da Produção Agropecuária


e Gestão dos Recursos Naturais Reflorestamento com Essências Frutíferas
ou Forrageiras, Reflorestamento das Nascentes e Mata Ciliar com Vegetação
Nativa e Canais de Retenção em Curvas de Nível.

38
A área dos 100 municípios priorizados se caracteriza por apresentar solos
muitos rasos e com pouca ou nenhuma cobertura vegetal, com uma grande
tendência para a desertificação. Portanto, as três tecnologias propostas serão
fundamentais para reverter o quadro descrito, reduzindo os índices de perdas das
produções nos períodos de seca bem como proporcionará a recuperação das
matas ciliares em torno do Rio Paraíba e seus afluentes, que tem grande
importância para economia do Estado, principalmente com a chegada das águas
da transposição do Rio São Francisco.
A adoção destas tecnologias potencializará os resultados a serem obtidos
por outras práticas de convivência com o semiárido a serem implementadas nos
subprojetos uma vez que aumenta a biodiversidade do bioma caatinga, melhora a
cobertura morta do solo, redução da erosão do solo, aumento da retenção de
água no solo, dentre outros.

2.3. MELHORIA NUTRICIONAL E SEGURANÇA ALIMENTAR

2.3.1. Reuso de Água Cinza para Produção de Alimentos em Quintais


Produtivos

A proposta de manejo de quintais consiste no fortalecimento estrutural,


funcional e da base de conhecimentos existentes nas famílias sobre o uso dos
recursos vegetais e animais no espaço próximo as casas. São produzidos nesses
espaços uma série de funções, da conservação biológica à associabilidade das
famílias, representando mais do que um simples sistema de produção.
Normalmente são espaços concebidos e gerenciados por mulheres, levando em
conta sua disponibilidade de tempo e a maior oferta de fertilidade e água.
A tecnologia de reuso de água cinza consiste em um processo de
recolhimento das águas cinza e sua filtragem através de filtros que impedem a
passagem de resíduos físicos e biológicos, sendo a matéria orgânica
biodegradada por uma população de microrganismos e minhocas (Eisenia
foetida), auxiliando na retirada de seus principais poluentes. A água de reuso é
utilizada num sistema fechado de irrigação, empregado na produção de

39
hortaliças, frutas, plantas medicinais e outros tipos de alimentos destinados ao
consumo familiar.
A produção de água cinza nos domicílios varia de acordo com o tamanho
da família, oferta de água e outros fatores, sendo estimada uma vazão
aproximada de 60 l/homem/dia resultando em vazão diária de 300 litros para uma
família de cinco pessoas. A água cinza nos domicílios provém de: chuveiros,
lavatórios, pia de cozinha, tanque, não estando incluído, portanto efluentes de
vasos sanitários classificados como água negra.

Figura 16 - Sistema de reuso de águas cinzas.

40
Tabela 16 - Orçamento – Obra: Sistema de Reuso de Água Cinza.
Valores (R$)
Item Discriminação Unid Quant.
Unit. Total
1.0 Rede de Distribuição 1.000,00
1.1 Escavação manual de valas h/d 2,00 50,00 100,00
1.2 Reaterro compactado c/ material escavado h/d 1,00 50,00 50,00
Fornecimento e Assentamento de Tubo PVC
1.3 m 40,00 16,80 672,00
DN 50mm com conexões
1.4 Caixa de Gordura PVC und 1,00 178,00 178,00
2.0 Filtro Biológico 1018,00
2.1 Anel de concreto 0,50x1,50m und 2,00 240,00 480,00
2.2 Seixo rolado m³ 0,20 80,00 16,00
2.3 Brita 1 m³ 0,20 150,00 30,00
2.4 Areia m³ 0,20 60,00 12,00
2.5 Raspa de madeira m³ 1,00 50,00 50,00
2.6 Húmus de Minhoca kg 50,00 3,00 150,00
2.7 Minhocas Califórnia kg 1,00 180,00 180,00
2.8 Casa de proteção do filtro und 1,00 100,00 100,00
3.0 Sistema de Irrigação 1.180,00
3.1 Conjunto Eletrobomba mono 400l/h 20m und 1,00 200,00 200,00
3.2 Cabo altoflex 1,5mm² m 20,00 1,50 30,00
3.3 Chave de Partida und 1,00 100,00 100,0
3.4 Bucha de redução rosca 1”-0,5” und 1,00 5,00 5,00
3.5 Nípel pvc roscável 0,5” und 1,00 3,00 3,00
3.6 Registro esfera vs roscável 0,5” und 7,00 18,00 126,00
3.7 Adaptador roscável-soldável 16mm-0,5” und 13,00 7,00 91,00
3.8 Te 16mm soldável Und 7,00 6,00 42,00
3.9 Tubo de Polietileno PEDB DN 16 mm m 60,00 0,85 51,00
3.10 Tubo Gotejadores DN 16 mm E 40 cm m 120,00 1,25 150,00
3.11 Fita veda rosca 18mm m 1,00 15,0 15,00
3.12 Adesivo plástico para pvc 17g und 1,00 60,00 60,00
3.12 Válvula de pé PVC 3/4" und 1,00 60,00 60,00
3.13 Mangueira de sucção DN 3/4" E 2,5 mm m 5,00 40,00 200,00
3.14 Casa de Proteção und 1,00 100,00 100,00
4.0 Canteiro 3.810,00
4.1 Cerca com 4 fios de arame m 125,00 6,00 750,00
4.2 Construção da cerca de arame h/d 2,00 50,00 100,00
4.3 Lona plástica 200 µ c/ larg= 2,0m und 120,00 4,00 480,00
4.4 Sombrite l 2,0 m e retenção solar = 50% m 120,00 8,50 1.020,00
4.5 Tijolo cerâmico (oito furos) und 1.000,00 0,50 500,00
4.6 Sementes pct 50,00 5,00 250,00
4.7 Adubo orgânico (esterco bovino) t 0,50 100,00 50,00
4.9 Carro de mão und 1,00 120,00 120,00
4.10 Rergador 10 litros und 2,00 20,00 40,00
4.11 Tratos Culturais h/d 10,00 50,00 500,00
TOTAL GERAL 7.008,36
Fonte: Projeto Cooperar (2019).

41
Justificativa

Reuso de Água Cinza para Produção de Alimentos em Quintais Produtivos


Utilizando Canteiros Econômicos
A pequena irrigação com o reuso de água cinza aparece como uma prática
que tem contribuído para complementar a alimentação das famílias que
apresentam maior grau de vulnerabilidade. A experiência exitosa do Projeto Dom
Helder, que vem disseminando essa tecnologia em áreas do semiárido
nordestino, tem sido adotada e apropriada pelo pequeno produtor rural, com
impactos positivo na renda e ocupação da mão de obra familiar.
Área de produção: 60 m² de canteiros que corresponde a uma área de
150m² em função da rotatividade das hortaliças que serão implantadas.

2.3.2. Utilização de sistema de energia na pequena irrigação em fonte


de água de poço artesiano

A tecnologia é bastante simples e pode ser usada em locais remotos, onde


não existe e também como alternativa para energia elétrica, apresenta baixo
custo de manutenção e não causa nenhum impacto ambiental. O sistema foi
desenvolvido por pesquisadores da Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária
da Paraíba – EMEPA /Estação Experimental do Município de Aparecida, e vem
apresentando excelentes resultados na produção de hortaliças em nível
doméstico, como também validadas pelo pequeno produtor rural.
Consiste em uma bomba de baixa capacidade instalada em poço ou caixa
d’água inferior acionada por energia elétrica produzida por painel foto voltaico. A
água é então bombeada para uma caixa d’água elevada que regulariza o fluxo e
mantém a pressão suficiente para funcionar o sistema de irrigação, conforme
mostrado no diagrama abaixo.
Muitas vezes a água é disponível em quantidade, mas falta pressão
suficiente para dar melhor qualidade ao consumo doméstico e pressurisar
pequenos sistemas de irrigação. A utilização da energia solar no bombeamento da
água para pequenas áreas de irrigação de base familiar (menor que 1 ha)

42
constitui excelente alternativa para elevar a produtividade dos cultivos dos
pequenos produtores rurais.

Figura 17 - Esquema de distribuição do sistema fotovoltaico para bombeamento de água para


irrigação.

Benefícios esperados
a) Economia de energia;
b) Produção de frutas e hortaliças de forma sustentável;
c) Segurança alimentar e nutricional das famílias.

Justificativa
Utilização de Energia Solar na Produção Sustentável de Hortaliças e
Frutíferas Irrigadas.
A escassez de recursos hídricos apresenta-se uma das causas para a
pobreza crônica na qual vivem as populações do semiárido, uma vez que limita a
ocupação humana e produção agrícola, podendo vir a resultar na migração para
os grandes centros urbanos. Dessa forma, a irrigação aparece como elemento
essencial para a sobrevivência, sendo dificultada pela falta de energia elétrica
para mover bombas, motores, máquinas e equipamentos relacionados. A energia
solar fotovoltaica configura- se opção viável de fornecimento de energia elétrico
barata e não poluente, já tendo grande aplicabilidade no semiárido paraibano, na
exploração de pequenos cultivos com hortifrutigranjeiros a partir do uso racional
da água em irrigação. Sem contar que a atividade absorve mão de obra familiar ,
sobretudo de mulheres

43
Tabela 17 - Orçamento para implementação do sistema de energia na pequena irrigação em fonte
de água de poço artesiano.

Valores (R$)
Item Discriminação Unid. Quant.
Unitário Total
1 Sistema de Irrigação 7.315,60
1.1 Painel solar fotovoltaico de 90Wp unid 01 1,100,00 1.100,00
Bomba solar c/vazão ate 8600l por dia e com
1.2
40c.a9180Wp) unid 01 1.500,00 1.500,00
Tubo riscável cor branca c/pressão de serviço
75m,c. a tipo rosca BSP c/diâmetro 1`` m 36 13,10 471,60
1.3 Luva roscável de 1” de diâmetro unid 01 6.00 6.00
1.4 Registro roscável de 1” unid 01 15,00 15,00
1.5 Curva 90 roscável de 1” unid 01 5,00 5,00
Adaptador soldável curto com bolsa de 32mm
1.6
e rosca para registro de 5” Unid 01 12,00 12,00
1.7 Luva de redução soldável 32x25mm unid 01 6,00 6,00
1.8 Joelho 90 soldável de 25mm unid 04 4,00 16,00
Caixa d’água polietileno media densidade
1.9
com capacidade p/1.00l unid 01 350,00 350,00
1.10 Suporte para caixa d’água unid 01 3.500,00 3.500,00
Adaptador soldável com anel para caixa
1.11
d’água de 32mm unid 01 12,00 12,00
1.12 Tubo soldável de 32mm m 36 5,60 210,60
1.13 Te de redução soldável de 32x25 unid 01 3,60 3,60
1.14 Joelho de 90 soldável 32mm unid 01 6,00 6,00
1.15 Joelho de redução 90 soldável 32x25 unid 01 5,00 5,00
1.16 Te de redução soldável de25 unid 36 4,00 144,00
1.17 Registro esfera VS soldável 25” unid 38 12,00 456,00
1.18 CAP soldável 25” unid 36 2,00 72,00
1.19 Tubo de polietileno (PBD) DIDN 26c/PN20 m 1260 1.80 2268,00
1.20 Adesivo plástico para FUC c/175gr tubo 02 8,00 16,00
1.21 Montagem do sistema h/d 03 50,00 150,00
2 Investimento para Fruteira 2.685,00
2.1 Aquisição de mudas frutíferas unid 60 10,00 600,00
2.2 Abertura das covas c/0,60x0,60x0,60 h/d 1,5 50,00 75,00
2.3 Plantio das mudas H/d 01 50,00 50,00
2.4 Aquisição de esterco de curral T 01 100,00 100,00
2.5 Tratos culturais h/d 08 50,00 400,00
Cerca de arame com espaçamento de 2.5 m
2.6
com 6 fios de arame m 210 6,00 1.260,00
2.6 Construção de cerca h/d 4 50,00 200,00
TOTAL GERAL R$ 13.000,60
Fonte: Projeto Cooperar (2019).

44
2.3.3. Utilização de energia solar na produção sustentável de frutas e
hortaliças irrigadas em fonte de água de superfície flutuante.

A tecnologia é bastante simples e pode ser usada em locais remotos, onde


não existe e também como alternativa para energia elétrica, apresenta baixo
custo de manutenção e não causa nenhum impacto ambiental. O sistema foi
desenvolvido por pesquisadores da Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária
da Paraíba – EMEPA /Estação Experimental do Município de Aparecida, e vem
apresentando excelentes resultados na produção de hortaliças em nível
doméstico, como também validadas pelo pequeno produtor rural.
Consiste em uma bomba de baixa capacidade instalada em poço ou caixa
d’água inferior acionada por energia elétrica produzida por painel foto voltaico. A
água é então bombeada para uma caixa d’água elevada que regulariza o fluxo e
mantém a pressão suficiente para funcionar o sistema de irrigação, conforme
mostrado no diagrama abaixo.
Muitas vezes a água é disponível em quantidade, mas falta pressão
suficiente para dar melhor qualidade ao consumo doméstico e pressurisar
pequenos sistemas de irrigação. A utilização da energia solar no bombeamento da
água para pequenas áreas de irrigação de base familiar (menor que 1 ha)
constitui excelente alternativa para elevar a produtividade dos cultivos dos
pequenos produtores rurais.

Figura 18 - Energia solar na pequena irrigação localizada.

45
Benefícios esperados

a) Economia de energia;
b) Produção de frutas e hortaliças de forma sustentável;
c) Segurança alimentar e nutricional das famílias.

Justificativa
Utilização de Energia Solar na Produção Sustentável de Hortaliças e
Frutíferas Irrigadas.
A escassez de recursos hídricos apresenta-se uma das causas para a
pobreza crônica na qual vivem as populações do semiárido, uma vez que limita a
ocupação humana e produção agrícola, podendo vir a resultar na migração para
os grandes centros urbanos. Dessa forma, a irrigação aparece como elemento
essencial para a sobrevivência, sendo dificultada pela falta de energia elétrica
para mover bombas, motores, máquinas e equipamentos relacionados. A energia
solar fotovoltaica configura- se opção viável de fornecimento de energia elétrico
barata e não poluente, já tendo grande aplicabilidade no semiárido paraibano, na
exploração de pequenos cultivos com hortifrutigranjeiros a partir do uso racional
da água em irrigação. Sem contar que a atividade absorve mão de obra familiar,
sobretudo de mulheres

46
Tabela 18 - Orçamento para implementação do sistema energia solar na produção sustentável de
frutas e hortaliças irrigadas em fonte de água de superfície flutuante.
Valores (R$)
Item Discriminação Unid. Quant.
Unitário Total
Sistema de Irrigação 4471,00
1 Painel solar fotovoltaico de 140W unid 01 800,00 800,00
Bomba Shurflo 2088 com vazão 700 l/h e 12
2 m.c.a unid 01 900.00 900,00
3 Tubo PEBD 26mm com PN30 m 640 1.80 1152,00
4 Tubo PEBD 20mm m 150 1,00 150,00
Anel de borracha para início de linha com
5 bitola 20 mm unid 15 0,70 10,50
6 Inicio de linha para tubo PEBD unid 15 1.50 22,.50
7 Registro esfera VS soldável com 25mm unid 16 12,00 192,00
8 Luva de redução soldável 20x25mm unid 15 2,00 30,00
9 Joelho 90” soldável de 25” unid 03 3,00 9,00
Caixa d’água de poliet. Media densidade com
10 capacidade de 1.000l unid 01 350,00 350,00
11 Suporte para caixa d’água unid 01 3.600,00 3.600,00
Adaptador soldável anel de 25mmpara caixa
12 d’água unid 01 10,00 10,00
13 Te soldável de 25mm unid 01 3,00 3,00
14 Joelho 90 soldável de 20mm unid 04 2,00 8,00
15 Te soldável de 20mm unid 01 2,00 2,00
16 Registro esfera VS soldável de 20mm unid 02 10,00 20,00
17 Bucha de redução roscável 1”x ½” unid 01 2,00 2,00
Adaptador soldável curto com bolsa 20mm
18 rosca ½” unid 01 5,00 5,00
19 ADESIVO PLASTICO PARA PVC COM 175G unid 01 5,00 5,00
20 Montagem do Sistema h/d 04 50,00 200,00
2170,00
Investimento da Fruteira unid 40 10,00 400,00
21 Aquisição de mudas h/d 01 50,00 50,00
22 Abertura das covas
23 Plantio das mudas h/d 01 50,00 50,00
24 Aquisição de esterco de curral t 01 100,00 100,00
25 Tratos culturais h/d 06 50,00 300,00
26 Construção da cerca h/d 03 50,00 150,00
Cerca com espaç. entre estacas de 2,5m e
27 6fios de arame m 160 7,00 1120,00
31
TOTAL GERAL R$9.641,00
Fonte: Projeto Cooperar (2019).

47
O quadro a seguir mostra locais onde as tecnologias sociais sustentáveis estão
sendo praticadas/adotadas, com sucesso, pelos agricultores familiares.

Tabela 19- Indicações de amostras de agricultores familiares que já utilizam as


tecnologias relacionadas com resultados positivos comprovados.
Área
Tecnologias Município Comunidade Produtor Produto/Cultura
(Há)
Barragem subterrânea com poço amazonas
Santa Cecília Maniçoba Manoel Amaro da Silva Coco e frutíferas 01
pré-moldado
Barramento sucessivo de pedra Baraúna Salgado Francisco Carlos Barbosa Feijão 01
Poço amazonas como fonte de suprimento Belém do Brejo Marcos Daniel V. Hortaliças e
Gravier 02
de água para produção agrícola do Cruz Medeiros Forrageiras
Produção de mel com abelha sem ferrão Antônio Marinheiro dos
Triunfo Cacimba Velha Meliponicultura 05
(Meliponicultura) Santos
Criação de caprinos em sistema Brejo dos
Pé de Serra Lidio Alves Barreto Caprinos -
agroflorestal Santos
Avicultura alternativa Caturité Mata Pasto Paulo Cordeiro Avicultura -
Fenação com o emprego de enfardadeira
Baraúna Mendes Josemar Tomaz Dantas Forrageiras -
manual
Produção de palma forrageira adensada,
Juazeirinho Pendência Lucas Filho Silva Santos Palma 01
resistente a Cochonilha do Carmim
Reflorestamento com essências frutíferas ou
Baraúna Trincheira José Mendes Filho Umbu -
forrageiras
Angico, Jurema
Reflorestamento das nascentes e mata ciliar Margens do Branca, Pereiro,
Catolé do Rocha - 3 Km
com vegetação nativa Riacho Agon Caramu, Jatobá, Caju
e Umbu
Reuso de águas cinzas para produção de Assentamento São
Cubati Sara Maria Constâncio Hortaliças 0,3
alimentos em quintais produtivos Domingos
Utilização de energia solar na produção
Algodão de
sustentável de hortaliças e frutíferas Sítio Algodão Elson Fernandes Hortaliças 0,2
Jandaira
irrigadas

48
ANEXO A – CUSTO MÉDIO DAS TECNOLOGIAS DE CONVIVÊNCIA COM O
SEMIÁRIDO

Tipologias Custo Médio (R$)


A Abastecimento e Armazenamento de Água para produção Agrícola e Pecuária
1 Barragem subterrânea com Poço Amazonas pré-moldado 3.325,00
2 Barramento sucessivo de Pedra 350,00
3 Poço amazonas como fonte de suprimento de água p/a produção agrícola. 9.899,00
4 Barragem subterrânea de acumulação 1.910,00
5 Tanque caldeirão 8.255,00
6 Cisterna de enxurrada 5.208,00
7 Cisterna calçadão 3.510,00
B Diversificação da produção agropecuária e gestão dos recursos naturais
1 Produção de mel com abelhas sem ferrão (Meliponicultura) 7.584,00
2 Criação de caprinos em sistema agroflorestal 6.478,00
3 Avicultura (Criação de frangos no Estilo Caipira) 9.913,00
4 Ensilagem com o emprego do silo cincho 4.350,00
5 Fenação com o emprego da enfardadeira manual 4.750,00
6 Produção de Palma forrageira adensada, resistente a cochonilha de carmim 5.460,00
7 Canais de retenção em curva de nível 680,00
8 Cordão de Pedra 1.150,00
9 Implantação de 1,0 ha de frutíferas consorciadas. 4.930,00
10 Reflorestamento das nascentes e mata ciliar com essências nativas 3.170,00
C Melhoria nutricional e segurança alimentar
1 Reuso de água cinza para produção de alimentos em quintais produtivos 7.008,36
Utilização de sistema de energia na pequena irrigação em fonte de água de
2 13.000,60
poço artesiano.
Utilização de energia solar na produção sustentável de frutas e hortaliças
3 9.641,00
irrigadas em fonte de água de superfície flutuante.
OBS: Tecnologias de convivência com o semiárido identificadas e priorizadas, com base nos critérios
constantes da ajuda memória do Banco Mundial.

49

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