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CURSO GEOGRAFIA/FAENG
GEOGRAFIA DO MATO GROSSO DO SUL
A história dos Povos Indígenas no Brasil é uma história marcada por graves
violações de direitos humanos, impetradas pelo próprio Estado Brasileiro ou sob a
conivência deste. Profundos prejuízos materiais e imateriais, como a perda de seus
territórios ancestrais, a dizimação da cultura e outras diferentes formas de violência
e violação de seus direitos humanos são o resultado de uma política de desamparo,
abandono institucional e também de ações que se deram, através dos agentes
públicos, contrárias às normas garantidoras dos seus direitos.
1 Os dados apresentados nos relatórios publicados anualmente pelo CIMI são coletados,
sistematizados e compilados a partir de diferentes fontes como informações do Ministério
Público, sentenças, pareceres, relatórios e boletins policiais; denúncias e relatos dos povos,
lideranças e organizações indígenas; dados publicados pela imprensa escrita e virtual de todas
as regiões do país; fichas preenchidas pelos missionários do CIMI que atuam junto aos povos e
comunidades indígenas, observando o cotidiano das aldeias.
As violações impetradas pelo Poder Executivo, pelo Poder Legislativo e pelo Poder
Judiciário estão, em sua essência, atreladas ao descumprimento do artigo 67 do Ato
das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT), que determinou que “A União
concluirá a demarcação das terras indígenas no prazo de cinco anos a partir da
promulgação da Constituição”, ou seja, em 1993. No entanto, após quase 27 anos
da promulgação da Constituição, poucos avanços foram observados e, pode-se
inclusive afirmar que as demarcações dos territórios indígenas estão cada vez mais
ameaçadas.
REFERÊNCIAS