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UNIVERSIDADE DE SÃO CAETANO DO SUL

Giulia Bertolini Rabello

Lucas Norvilas Sanchez

Mar Facciolla

Seminário Expositivo sobre o Psicanalista Erik Erikson

Teorias Não-Freudianas da Personalidade

São Caetano do Sul

2019
Erik Erikson

Foi um psicanalista alemão discípulo do Freud, viveu entre 1902 e 1994. Nasceu em Frankfurt
e morreu nos Estados Unidos.

O pai abandonou sua família quando ele nasceu; ele cresceu somente com a mãe.

Na adolescência para a fase adulta ele passou por um período que ele vai descrever depois como
crise de identidade, em que ele dizia que estava sem rumo, não sabia o que queria da vida.

Com 25 anos conseguiu uma vaga em uma escola experimental e começou o interesse pela
psicanálise através de Anna Freud.

Com a 2 guerra mundial se mudou para os EUA, e lá deu aulas em universidades.

Não tinha Formação acadêmica prévia, mas além da psicanálise, atuou também na antropologia
e na educação.

DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL ou TEORIA PÓS FREUDIANA

Muitos consideram que ele ampliou o conhecimento de Freud.

Como ele estudava o desenvolvimento do sistema psíquico por toda a vida, ele cria uma teoria
que abrange 8 estágios de desenvolvimento. Questionamento: Como ocorre o desenvolvimento
psíquico de um indivíduo por toda sua vida?

Indo desde a infância até a velhice.

Em cada um dos 8 estágios, vivenciamos conflitos psíquicos que contribuem para a formação
da personalidade.

A partir da adolescência, os conflitos recebem o nome de crise de identidade.

Crises de identidade são momentos de intensa transformação pelos quais passamos ao longo da
vida.

Momentos de virada nos quais a identidade pode sair fortalecida ou enfraquecida.


A teoria é uma extensão da psicanálise, mesmo que diferente da de Freud. Ele acreditava que
as influências sociais históricas têm um papel muito mais importante do que Freud percebia.

Influências sociais e históricas são levadas mais em consideração por Erikson

O EGO

O Ego para Freud: funciona a partir do princípio de realidade e faz esse intermédio entre a
impulsividade do ID e a tirania do superego.

Para Erikson é uma Força positiva geradora de auto identidade, autoconceito, sensação de Eu.

Estrutura que favorece nossa adaptação aos conflitos e crises que passamos ao longo da vida.

Ele que impede que percamos nossa subjetividade frente as pressões sociais.

Na infância é frágil e maleável;

Na adolescência ganha força e forma;

E no resto da vida ele unifica personalidade e mantém sua integralidade.

É a agência psíquica parcialmente consciente e inconsciente que organiza e sintetiza nossas


experiências, fazendo a relação com o que é vivido hoje, o que foi vivido no passado e o que
projetamos para o futuro.

É nossa habilidade de unificar experiências e ações, gerando equilíbrio psíquico e garantindo


adaptabilidade ao mundo em que estamos.

Aspectos do EGO

 Ego Corporal - Experiências ligadas ao nosso corpo - Eu físico. Reconhecimento


corporal.

 Ideal do Ego - comparação da imagem que fazemos de nós com a imagem que
idealizamos. Responsável pelo julgamento de satisfação ou de insatisfação de forma
integral (personalidade e físico)
 Identidade do Ego – Papeis sociais, imagem que temos de nós mesmos. Como nos
vemos em nossos papéis.

Todos esses aspectos apresentam rápidas alterações durante a adolescência, mas modificações
ocorrem durante toda a vida.

INFLUÊNCIA SOCIAL

As características biológicas com as que nascemos são importantes para o desenvolvimento da


personalidade, mas o Ego emerge da sociedade e é por ela modelado. E é aí que ele se difere de
Freud, já que o mesmo se baseada muito na base biológica e não na social.

O Ego existe enquanto potencial ao nascermos, mas ele depende de uma cultura para ser
modelado e formar valores e necessidades.

OS OITO ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL

1- De 0 a 1 ano e meio – Confiança vs. Desconfiança


Equivale à Fase Oral
Confiará ou não na figura materna e consequentemente nas outras pessoas de acordo
com suas experiências.
Se for atendido em suas necessidades, confiará nela e mais tarde, em outras pessoas, se
aproximando dos outros sempre de forma amistosa.
É importante desenvolver tanto a confiança quanto a desconfiança para que a criança
aprenda a prever perigos também. Erikson ressalta que cada cultura faz isso de uma forma
diferente.
2- De 1 ano e meio aos 3 anos – Autonomia vs. Vergonha
Equivale à Fase Anal
Fisicamente: desmama por conta da idade, aprende a se locomover por conta própria e
também a controlar os esfíncteres.
É onde começa o processo gradual de liberação da figura materna, iniciando a
independência e autonomia.
Quando a criança consegue realizar alguma atividade sozinha, ela supre uma parte de
seus desejos de independência. E quando não é julgada ou reprendida por fazer algo errado,
há então o sentimento de autonomia.
Ainda há crianças que tem adultos que fazem tudo no lugar de todas as crianças e que
subestimam suas capacidades, tolhendo sua autonomia. Gerando sentimentos de vergonha
e demérito, fazendo com que a criança passe

3- Dos 3 aos 6 anos - Iniciativa vs. Culpa


Equivale à Fase Fálica
A criança passa a reconhecer seu gênero de acordo com a representação de expressão das
figuras parentais.
Nesta fase edipiana as crianças tendem a antagonizar com as figuras parentais; Elas não
devem ser reprendidas e nem punidas ou ridicularizadas, pois é uma fase passageira, natural
e fundamental para o desenvolvimento psíquico.
Quando a criança expressa seus desejos, ela expressa também sua vontade de ser um adulto
completo e de desenvolver-se com segurança e propósito, sendo muito importante que ela
não se sinta culpada por manifestar seus sentimentos.
Erikson ressalta a importância de uma educação sexual adequada para a compreensão e de
acordo com a demanda de cada criança.

4- Dos 7 aos 12 anos – Domínio vs. Inferioridade


Equivale à Fase de Latência
Se interessa por desenvolver habilidades fora de casa.
As novas aprendizagens e a ação sobre o mundo geram um sentimento de domínio, mas
quando ela não é encorajada a participar ou é rejeitada, ela desenvolve um sentimento de
inferioridade.
Até aqui a criança desenvolveu diversas identificações e adquirindo características de
pessoas próximas, como amigos, pais e professores.
5- Dos 12 aos 18 anos – Identidade vs. confusão de papeis
Equivale à fase genital
Primeira crise de identidade.
Abandona algumas das características adquiridas na infância, enquanto fortalece outras,
tentando achar a si mesmo.
Os adolescentes raramente se identificam com as figuras parentais, pelo contrário, eles se
rebelam, não aceitando intromissão e rejeitando seus valores. Tudo isso tentando achar a si
mesmos.
Eles têm uma grande necessidade de pertencer a um grupo social, formado por pessoas de
sua idade, o que os ajuda a encontrar sua identidade no contexto social.
Ao conseguir definir sua identidade, ele tem o sentimento de coerência interna, sentindo-se
uma pessoa integrada e única.
Quando ele não consegue encontrar sua identidade, tem o que é chamado Difusão de
Identidade.

6- Dos 18 aos 30 anos – Intimidade vs. Isolamento


Equivale à fase genital
Quer fundir sua identidade com a de outras pessoas, entregando suas relações de intimidade,
onde ele seja fiel.
Ele é capaz de assumir uma relação sexual e afetiva duradoura, pertencer inteiramente a um
grupo e manter uma amizade profunda e sincera.
Caso o não seja capaz, ele fugirá da intimidade e conviverá com uma profunda sensação de
isolamento e distanciamento.

7- Dos 30 aos 60 anos – Generatividade vs. Autoabsorção


Equivale à fase genital
O adulto tem necessidade de criar, cuidar e orientar uma nova geração, o que é chamado de
generatividade.
Isso pode ser dado pelo fato de construir uma família ou mesmo pelo cuidado e orientação
da infância, como os papeis sociais de professor, assistente social, orientador, psicólogo,
etc.
Quando a generatividade não ocorre, há um sentimento de estagnação e infecundidade.
8- A partir dos 60 anos – Integridade do Ego vs. Desesperança
Equivale à fase genital
Adulto que tiver resolvido de forma satisfatória todos os conflitos das outras etapas, e
desenvolvido a capacidade da solidariedade humana, terá condições psíquicas de lidas com
a crise da desintegração e a morte. A integridade do ego leva ao sentimento de união com a
humanidade, a sabedoria e a esperança.
Caso não, experimentarão os sentimentos de desespero e a falta de tempo para experimentar
diferentes possibilidades da vida. A falta de integridade gera a falta de esperança e ao temor
da morte.

DESTINO

Diferente de Freud, que pensava que a anatomia era o destino, Erikson enfatizava que as
experiencias passadas e as outras dimensões da personalidade junto com a anatomia formam o
destino.

DETERMINISMO

A personalidade é modelada pela cultura e pelas experiências vividas, tendo um controle


limitado sobre seu futuro, sendo capazes de buscar suas próprias identidades.

OTIMISMO

Para ele, por mais que existam patologias, elas não são determinantes e nem permanentes, pois
podem ser mudadas.

FATORES BIOLÓGICOS E SOCIAIS

A visão de Erikson diz que as pessoas são mais influenciadas por fatores biológicos e sociais
do que por expectativas de futuro, mesmo que possam estabelecer metas e trabalhar por elas, a
cultura ainda é muito influenciadora.

A influência social é muito maior do que a subjetiva e familiar.

CONSCIÊNCIA
Até a adolescência a formação da personalidade é inconsciente, mas a partir dela as ações e
razões se tornam conscientes.

Para ele há muitas diferenças culturais nas resoluções dos conflitos psicossociais.

REFERÊNCIAS

ERIKSON, E. H. Identidade, Juventude e Crise. Rio de Janeiro: Zahar editores, 1976.

ERIKSON, E. H. Infância e Sociedade. 2ª ed. Rio de Janeiro: Zahar editores, 1987.

ERIKSON, E. H. e ERIKSON, J. O ciclo da vida completo. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.

HALL, C. et. Alli. Teorias da Personalidade. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.

RABELLO, E. T. Personalidade: estrutura, dinâmica e formação – um recorte eriksoniano.


Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro 2001.
(monografia).

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