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MECÂNICA GERAL 2 – prof.

Moacyr Molinari

Cinemática do Ponto Material - a posição zero é a origem O;


- as posições à direita da origem são
MOVIMENTO RETILÍNEO
positivas;
A análise cinemática desconsidera as - as posições à esquerda da origem são
causas dos movimentos: descreve negativas.
geometricamente posições, deslocamentos,
(0s) (2s)
velocidades e acelerações ao longo do X(m)
tempo. No caso do movimento retilíneo (a
trajetória é um segmento de reta), pode-se -5 -4 -3 -2 -1 O 1 2 3 4 5
fazer uma análise escalar (não-vetorial). 4,48
1 – POSIÇÃO (x , xo) No instante inicial to (=0s, neste caso), a
Considere-se um ponto material (ou partícula está na posição inicial xo (= - 5 m,
partícula, isto é, um corpo com neste caso)
dimensões desprezíveis) movendo-se em
No instante final t (=2s, neste caso), a
uma trajetória retilínea.
partícula está na posição final x (= 4,48 m,
À trajetória será associado um segmento neste caso)
de reta orientado: eixo das posições X.
Aos pontos do eixo (orientado para a
direita) serão associados números reais:
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2 – DESLOCAMENTO (∆x) Considere agora o seguinte exemplo:


Considere o movimento analisado. (4s) (1s)
X(m)
(0s) (2s)
X(m) -5 -4 -3 -2 -1 O 1 2 3 4 5

-5 -4 -3 -2 -1 O 1 2 3 4 5 A posição inicial é xo = 4 m
4,48 A posição final é x = -2 m
O deslocamento (∆x) da partícula é dado
O deslocamento (∆x) da partícula é dado
por
por
∆x = (-2) – 4 → ∆x = -6 m
∆x = x – xo
O deslocamento contrário à orientação do
eixo de posições é negativo.
No caso exemplificado, tem-se:
∆x = 4,48 – (-5) → ∆x = 9,48 m
O deslocamento no sentido de orientação
do eixo de posições é positivo.

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3 – VELOCIDADE MÉDIA (vm) No exemplo analisado, seria


Considere o movimento analisado. 9,48 m
vm = → vm = 4,74 m/s
(0s) (2s) 2s
X(m) Então:
∆x
-5 -4 -3 -2 -1 O 1 2 3 4 5 vm = (1 m/s = 3,6 km/h)
∆t
4,48
Determine a velocidade média no seguinte
O intervalo de tempo (∆t) durante o qual
exemplo:
ocorre o movimento observado é dado por
(4s) (1s)
∆t = t – to X(m)
No caso exemplificado, tem-se: -5 -4 -3 -2 -1 O 1 2 3 4 5
∆t = 2 – 0 → ∆t = 2 s ∆x x - xo
O deslocamento no caso exemplificado é: vm = → vm =
∆t t - to
∆x = 4,48 – (-5) → ∆x = 9,48 m
(-2) - 4 -6
A velocidade média vm é a velocidade vm = → vm = → vm = - 2 m/s
4-1 3
constante fictícia que a partícula deveria
ter para fazer o mesmo deslocamento, no A velocidade média contrária à orientação
mesmo intervalo de tempo. do eixo de posições é negativa.
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4 – VELOCIDADE INSTANTÂNEA (v) Observe que o intervalo de tempo vai


se reduzindo: 2 s , 0,8 s , 0,2 s etc.
Considere o movimento analisado.
No limite, quando o intervalo de tempo tende
(0s) (1,5 s) (2s) a zero, tem-se a velocidade instantânea:
X(m) ∆x
lim
-5 -4 -3 -2 -1 O 1 2 3 4 5 v = ∆t→0
∆t
4,48
Então:
dx
Quer-se determinar a velocidade no v=
dt
instante t = 1,5 s.
ou v = x’ , isto é, primeira derivada da
Pode-se fazer um cálculo aproximado, posição em relação ao tempo.
determinando-se a velocidade média
entre os instantes antes e depois do No movimento analisado, a partícula tem
instante de interesse t. sua posição variando com o tempo de
acordo com x = - 5 + 32/27 t3 (unidades do
Calcular-se-ia a velocidade média entre os SI). Quer-se determinar a posição e a
instantes 0 s e 2 s, entre 1 s e 1,8 s , entre velocidade no instante t = 1,5 s .
1,4 s e 1,6 s e assim por diante, A posição no instante dado é:
aproximando-se gradativamente do
instante de interesse t = 1,5 s . x = - 5 + 32/27 . 1,53 → x = - 1 m
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dx
Tem-se v = e x = - 5 + 32/27 t3 .
dt
d (- 5 + 32/27 t3 )
Então v=
dt

v = 3 · 32/27 t2 → v = 32/9 t2

A velocidade no instante de interesse é:


v = 32/9 · 1,52
v = 8 m/s (ou 8 · 3,6 km/h = 28,8 km/h)

Qual é a velocidade inicial do movimento?


Para t = 0 s , tem-se
v = 0 m/s, isto é, o
movimento se inicia
do repouso.

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5 – ACELERAÇÃO MÉDIA (am) A variação da velocidade (∆v) é :


Considere o mesmo movimento
∆v = v - vo → ∆v = 32 – 0 → ∆v = 32 m/s
analisado anteriormente, observado
agora entre os instantes 0 s e 3 s : A aceleração média am é a aceleração
constante fictícia que a partícula deveria
(0s) (3s)
vo=0m/s v=32m/s ter para sofrer a mesma variação de
velocidade no mesmo intervalo de tempo.
X
No exemplo analisado, seria
O intervalo de tempo (∆t) durante o qual
ocorre o movimento observado é dado 32 m/s
am = → am = 10,667 m/s2
por 3s
∆t = t – to = 3 – 0 = 3 s
Então:
∆v
Já se obteve a função horária da am =
velocidade deste movimento: v = 32/9 t2 ∆t

Então, a velocidade inicial (em t = 0 s) é


vo = 0 m/s
e a velocidade final (em t = 3 s) é
v = 32 m/s .

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6 – ACELERAÇÃO INSTANTÂNEA (a) No limite, quando o intervalo de tempo tende


Considere o movimento sob análise: a zero, tem-se a aceleração instantânea:

lim ∆v dv
(0s) (t) (3s) v=32m/s a= ou a=
vo=0m/s ∆t→0
∆t dt
X
Quer-se determinar a aceleração em um ou a = v’ , isto é, primeira derivada da
instante t (no caso, no instante t = 1,5 s). velocidade em relação ao tempo (ou a = x”)

Pode-se fazer um cálculo aproximado, No movimento analisado, a posição varia


determinando-se a aceleração média segundo com x = - 5 + 32/27 t3 . Foi obtida a
entre instantes antes e depois do instante equação horária da velocidade: v = 32/9 t2 .
de interesse t. Quer-se a aceleração no instante t = 1,5 s .
dv
Calcular-se-ia a aceleração média entre Tem-se a = e v = 32/9 t2 .
os instantes 0 s e 3 s, entre os instantes dt
1 s e 2 s, entre os instantes 1,4 s e 1,6 s e d (32/9 t2 )
assim por diante, aproximando-se Então a=
gradativamente do instante t = 1,5 s . dt
Observe que o intervalo de tempo vai
se reduzindo: 3 s, 1 s, 0,2 s etc. a = 2 · 32/9 t → a = 64/9 t

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A aceleração no instante de interesse é: Não é uniformemente variado porque a


a = 64/9 · 1,5 aceleração não é constante (é função linear
a = 10,667 m/s2 do tempo).

Por que a aceleração no instante 1,5 s


resultou igual à aceleração média entre Uma partícula qualquer pode ter, em um
0s e 3s? determinado instante, velocidade nula e
aceleração diferente de zero? Cite um
Porque a aceleração tem variação linear
exemplo.
com o tempo e t = 1,5 s é o instante
médio do intervalo 0s a 3s . Sim. Se uma força é aplicada a uma
Qual é a aceleração inicial deste partícula com velocidade nula, apesar de
movimento? estar em repouso ela já está submetida a
Para t = 0 s , tem-se uma aceleração diferente de zero.
Exemplo: uma partícula arremessada
a = 0 m/s2 (força resultante
verticalmente para cima pára no ponto
nula)
mais alto da trajetória, mas está
O movimento analisado é uniforme ou constantemente submetida à aceleração
uniformemente variado? gravitacional (durante a subida, na
Não é uniforme porque a velocidade não é posição da parada instantânea e durante a
constante (é função quadrática do tempo). descida).
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7 – DEFINIÇÃO ALTERNATIVA DA Substituindo-se [2] em [1], tem-se uma


ACELERAÇÃO INSTANTÂNEA (a) definição alternativa para a aceleração
Sabe-se que a aceleração instantânea é instantânea:
definida por
dv dv
a= a= v ·
dt dx
Multiplicando e dividindo a expressão
anterior por dx tem-se
dv dx
a= ·
dt dx
ou
dx dv
a= · [1]
dt dx
Sabe-se que a velocidade instantânea é
definida por
dx [2]
v=
dt
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8 – CLASSIFICAÇÃO DOS MOVIMENTOS


a) Movimento Progressivo: tem velocidade
positiva, isto é, se desenvolve no sentido do
eixo das posições.
b) Movimento Regressivo ou Retrógrado:
tem velocidade negativa, isto é, se
desenvolve em sentido contrário ao do eixo
das posições.

c) Movimento Acelerado: o módulo da


velocidade aumenta (velocidade e
aceleração são ambas positivas ou ambas
negativas).
d) Movimento Retardado: o módulo da
velocidade diminui (velocidade e
aceleração possuem sinais opostos, isto é,
uma é positiva e a outra é negativa).

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9 - ATIVIDADES i) distância percorrida entre os instantes


9.1 – EM AULA 0,2 s e 3s.
j) Classificação do movimento nos
9.1.1 - Leia os itens teóricos 11.1 (p.1) e 11.2. intervalos 0 s a 0,5 s , 0,5 s a 1,8844 s e de
9.1.2 - Leia o Problema Resolvido 11.1 (p. 11). 1,8844 s em diante.
9.1.3 - Resolva o Problema Resolvido 11.1
novamente, mas com a função horária da
posição x = 2 t3 - 3 t2 - 10 t + 20 . Pede-se: 9.2 – DOMICILIARES
a) instante em que a partícula para;
b) posição neste instante e distância 9.2.1 – Resolva, do livro, os Problemas
percorrida até este instante; Propostos 11.2 (p.18) e 11.6.
c) aceleração neste instante; 9.2.2 - Problema Proposto Extra 01
d) instante em que se anula a força atuante na Uma partícula move-se ao longo do eixo X
partícula; com posição dada pela função horária
e) instante em que a função da velocidade tem x = 6 t2 – t3 (unidades do SI: x em m; t em
seu ponto de mínimo; s). Pede-se:
f) instante em que a função da posição tem seu a) função da velocidade da partícula;
ponto de inflexão; b) função horária da aceleração da
g) gráficos horários da posição, da velocidade partícula; o movimento é uniformemente
e da aceleração; variado (aceleração constante)?
h) deslocamento entre os instantes 0,2s e 3s; c) instantes em que a partícula para;

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d) instantes em que a partícula passa pela m) área entre o eixo dos tempos e a curva
origem; da função da velocidade entre os instantes
e) instante em que se anula a força resultante 0 s e 4 s; o valor desta área equivale ao
aplicada na partícula; valor de que grandeza?
f) diagramas horários da posição, da n) acelerações médias entre os instantes 0 s
velocidade e da aceleração (faça tabelas e 2 s, 2 s e 4 s, 0 s e 4 s, 0 s e 6 s;
auxiliares com valores das três grandezas nos o) classificação do movimentos nos
instantes ti = 0 s, 1 s, 2 s, 3 s, 4 s, 5 s e 6 s); instantes 1 s, 3 s e 5 s.
g) instante em que a velocidade é máxima;
h) instante em que a posição é máxima; (respostas nas próximas páginas)
i) instante correspondente ao ponto de
inflexão da função horária da posição; este
instante corresponde à velocidade máxima e
à aceleração nula? Isto era previsível, à luz
do cálculo diferencial? Por quê?
j) distância percorrida entre os instantes 0s e
6s;
k) deslocamento entre os instantes 0 s e 6 s;
l) velocidades médias entre os instantes 0 s e
4 s, 4 s e 6 s, 0 s e 6 s;

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RESPOSTAS f) O ponto de inflexão da função da


Da atividade em aula 9.1.3 : posição ocorre quando sua segunda
a) A equação da velocidade é derivada é nula, isto é, quando a
v = 6 t² - 6 t – 10 ; a partícula para (v = 0) aceleração é nula, no instante 0,5 s.
no instante t = 1,8844 s (a outra raiz da g)
equação do segundo grau é desprezada por - Gráfico da aceleração: resulta uma reta,
ser negativa; não se considera tempo já que a função horária da aceleração
negativo) (a = 12 t – 6 ) é do primeiro grau. A reta
b) A posição no instante 1,8844 s é 3,886 m. inicia no ponto (0 s; - 6 m/s²), passa pelo
Como a partícula inicia o movimento no ponto (0,5 s; 0 m/s²) e pelo ponto
instante 0 s da posição 20 m, a distância (1,8844 s; 16,613 m/s²)
percorrida (em módulo) é de 16,114 m; - Gráfico da velocidade: resulta uma
c) A equação da aceleração é a = 12 t – 6 . parábola pois a função horária da
A aceleração inicial (0 s) é – 6 m/s² . No velocidade (v = 6 t² - 6 t – 10 ) é do segundo
instante 1,8844 s tem-se a = 16,613 m/s² . grau. A parábola tem concavidade voltada
d) Quando a força é nula a aceleração vale para cima porque o termo de segundo grau
0, isto é, no instante 0,5 s. (6 t²) tem coeficiente positivo. A parábola
e) O ponto de mínimo da função da inicia no ponto (0 s; - 10 m/s), tem ponto de
velocidade ocorre quando sua primeira mínimo em (0,5 s; - 11,5 m/s) e passa pelo
derivada é nula, isto é, quando a ponto (1,8844 s; 0 m/s)
aceleração é nula, no instante 0,5 s.
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- Gráfico da posição: resulta uma curva do j) Classificação do movimento:


terceiro grau. A curva inicia no ponto - entre 0 s e 0,5 s : regressivo ou retrógrado
(0 s; 20 m) e se desenvolve com (velocidade negativa), acelerado
concavidade para baixo até o ponto de (velocidade e aceleração com mesmo sinal,
inflexão (0,5 s; 14,5 m); desse ponto em ambas negativas).
diante, a curva passa a ter concavidade - entre 0,5 s e 1,8844 s : regressivo ou
para cima, com ponto de mínimo em retrógrado (velocidade negativa),
(1,844 s; 3,886 m). retardado (velocidade e aceleração com
h) A posição no instante 0,2 s é 17,896 m; a sinais contrários, velocidade negativa e
posição no instante 3 s é 17 m. O aceleração positiva).
deslocamento entre os instantes 0,2s e 3s - de 1,8844 s em diante: progressivo
vale – 0,896 m; (velocidade positiva), acelerado
i) Entre os instantes 0,2 s e 1,8844 s a (velocidade e aceleração com mesmo sinal,
partícula percorre uma distância de ambas positivas).
14,01 m para a esquerda. Entre os
instantes 1,8844 s e 3 s a partícula percorre
uma distância de 13,114 m para a direita.
A distância total percorrida entre os
instantes 0,2 s e 3 s vale 27,124 m
(distâncias em módulo).

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RESPOSTAS o)
Do problema Proposto Extra 01 (item 1 s : progressivo acelerado;
9.2.2) 3 s : progressivo retardado;
a) v = 12 t - 3 t2 ; 5 s : retrógrado (ou regressivo) acelerado.
b) a = 12 – 6 t; não, já que a aceleração
varia com o tempo;
c) 0 s e 4 s;
d) 0 s e 6 s;
e) 2 s;
f)
g) 2 s;
h) 4 s;
i) 2 s; sim; sim; Porque v = dx/dt e
a = d2x/dt2
j) 64 m;
k) 0 m;
l) 8 m/s, - 16 m/s, 0 m/s;
m) 32 m; deslocamento
n) 6 m/s2 , - 6 m/s2 , 0 m/s2 , - 6 m/s2;

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