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Narrativas de Bolso

ENERGIA:
A Incrível Saga Transformadora
do Keppe Motor
Edvaldo Pereira Lima

Um Pensador Original Encontra a


Física Invertida no Espelho da Ciência
A ciência convencional olha para a realidade lá fora através dos
sentidos. Os sentidos confiam nos dados concretos da realidade.
Acontece que ao contrário da crença da ciência ortodoxa, ainda
dominante em vários setores, a realidade não é apenas concreta. É
também sutil, subjetiva. E essa subjetividade não pode ser
apreendida apenas pelo olhar para fora. Paradoxalmente, ao olhar
para dentro é que podemos compreender o que está fora.

Aí é que reside o olhar surpreendente de Norberto Keppe que


tanto impactaria César Sóos.

Psicanalista de origem, Keppe fez sua formação em Viena, tendo


como professor, entre outros, o notável Viktor E. Frankl, psiquiatra
judeu que sobreviveu aos horrores de um campo de morte nazista e
criou a logoterapia, linha que aborda o sentido existencial do
indivíduo com uma conotação espiritualista.
O brasileiro seguiu seu próprio rumo, acabando por criar a Trilogia
Analítica – também chamada Psicanálise Integral – que se
transformaria com o tempo igualmente num movimento, com atuação
decisiva em atividades como a educação e a saúde.

A magnitude da proposta de Keppe, abrangente e inclusiva, o


caracteriza também como filósofo e cientista social com atuação
significativa no Brasil e no exterior. Busca integrar no seu trabalho a
ciência, a filosofia e a espiritualidade tendo como foco o campo que
denominou psico-sócio patologia, aplicável tanto à compreensão e
cura do indivíduo como das pessoas em sociedade.

Por essa abrangência e movido pela linha de fundo de seu


estudo, a consciência, Keppe também olhou para a física. E aí
encontrou as limitações de Newton, de Descartes, do próprio Albert
Einstein – e sua Teoria da Relatividade –e mesmo da física quântica,
a proposta inovadora nascida na primeira metade do século XX que
questiona postulados da física clássica, direcionando o olhar para o
território fascinante, mas altamente complexo, das partículas
subatômicas.

***
O centro de seu pensamento nesse assunto está no seu livro A
Nova Física da Metafísica Desinvertida.

Eis o que diz à página 13:

“Acredito que o maior e mais fundamental engano dos cultores


da ciência Física foi a ideia de que a energia seria sempre uma força
derivada da matéria, chegando ao ponto de Einstein identificar uma
com outra em sua famosa fórmula E = mc² (energia é igual a massa
multiplicada pela velocidade da luz ao quadrado)”.

E daí, ainda na mesma página, “não há percepção suficiente


para notar que qualquer coisa que exista necessita de um suporte
(anterior), e esse elemento é o energético que através da
ressonância não apenas dá origem a matéria, mas a sustenta o
tempo todo no espaço e no tempo em que foi formada”.

***

Energia é esse conceito de difícil definição, mas essencial na


Física, a ciência que estuda as propriedades e relações da Natureza
e seus fenômenos. Complexo de entendimento científico, simples de
entendimento popular. Sem energia, claro, não se produz ação. E
para a ação é indispensável a transferência de energia entre entes
ou sistemas físicos. A ação, que possibilita a troca dinâmica entre
elementos envolvidos num processo de movimento, é vital, pois
relacionamento e movimento são essenciais para a vida. Nessa
equação, a energia ocupa papel preponderante.

De que precisamos basicamente no nosso mundo urbano


industrializado para fazermos nossa sociedade caminhar, produzir,
existir? De eletricidade. A energia elétrica é que permite que essas
máquinas fabulosas que são os computadores funcionem, que os
elevadores não nos obriguem a subirmos a degraus para aquela
reunião importante de negócios no décimo andar, que em casa
possamos assistir na televisão aquela final sensacional do
campeonato de futebol ou o capítulo decisivo da novela do momento.
Precisamos de combustível que produza a energia para mover
nossos carros que nos levam da casa ao trabalho, nossos aviões que
encurtam distâncias, aproximam continentes, agilizam os negócios,
movimentam a importante indústria do turismo.

Porque precisamos de energia, construímos hidroelétricas, e


para isso às vezes torturamos rios, aprisionamos suas águas,
redirecionamos seus trajetos, desmatamos florestas, deslocamos
povos indígenas de seu habitat natural, inundamos vilas e aldeias.

Porque precisamos de energia, exploramos impiedosamente as


fontes finitas de combustível fóssil, poluímos os mares, invadimos o
Ártico, provocamos guerras.

O modo como buscamos energia e com ela nos relacionamos é


igualmente condicionado pela nossa visão de mundo, por sua vez
condicionada pelas crenças e verdades que a nossa cultura nos
impõe. Valorizamos em especial as crenças que a ciência nos afirma
serem verdadeiras, por terem sido experimentadas e testadas
comprovadamente. Mas, e se aí o modelo científico está equivocado,
por entendimento distorcido da realidade.

***

Novamente Keppe, página 14:

“As definições dos fenômenos científicos são extremamente


restritivas porque se atém somente ao que é visto no momento, sem
procurar suas causas e significado; estou mostrando que é
impossível realizar ciência sem o conhecimento da fenomenologia
que a forma, e este setor invariavelmente entra na filosofia e até na
teologia.”

E mais:

“...o cientista observa um fenômeno e aventa de sua cabeça


qualquer explicação às vezes sem nexo, e principalmente eliminando
causas anteriores que realmente determinaram o acontecimento. Isto
aplicado à Física fez com que seus cultores organizassem sistemas
superficiais, em sua maior parte fora da realidade”.
***

Superficiais porque invertidos. Superficiais porque patológicos.


Entender a Natureza como se fosse uma grande máquina é
patológico, pois a ignorância ilustrada da ciência e tecnologia
convencionais permite então que não se respeite os ciclos dos
processos naturais. Não damos tempo para a vida respirar, então
consumimos os recursos naturais até a exaustão.

O pecado-mor da ciência, aponta Keppe, é a ideia invertida de


que todos os fenômenos são oriundos de partículas físicas, isto é, da
matéria. Mas, defende, é o contrário. Enfatiza no livro, página 17,
que existe “uma única substância energética que se manifesta em
ressonância material”. Essa força ou energia essencial cria as
partículas que formam a matéria.

A ressonância, por sua vez, é o fenômeno do aumento


energético – da quantidade e qualidade de sua capacidade de
provocar ação – de um sistema físico, gerada pela excitação de uma
de suas frequências naturais de vibração. Os sistemas físicos
vibram, portanto, têm frequência. Se a emanação energética de um
sistema A atinge por um período um sistema B, vibrando numa
mesma frequência, pode alterá-lo.

O caso clássico é o do vento de uma tempestade soprando sobre


uma ponte. Nos Estados Unidos, a ponte Tacoma Narrows, no
Estado de Washington, veio abaixo seis dias após sua inauguração,
em novembro de 1940, pelos ventos da manhã terem vibrado por
mais de três horas em ressonância com uma das frequências da
oscilação natural da ponte, aumentando assim sua carga energética
até o ponto em que a construção veio abaixo. A estrutura material
não suportou o aumento da amplitude energética. Por sorte, nenhum
ser humano se feriu ou morreu, dentre as dezenas de curiosos que
começaram a atravessá-la quando as oscilações aumentaram.

***

Estamos juntos nesse voo de raciocínio, certo?


Vai ficar claro agora porque ter colocado aqui a questão da
ressonância é importante. E o que tem a ver com essa energia
essencial, a escalar, que permeia tudo o que existe, na proposta de
Keppe. Ele próprio, página 19:

“A energia constitui o núcleo, o centro de toda a realidade”. E


então, exemplificando...” ...para que as plantas cresçam necessitam
de luz e calor, que depois se transformam em compostos químicos –
mostrando como a força inicial se transforma em energia química.
Idêntico fenômeno acontece no processo de nutrição, quando a
energia química contida nos alimentos traz calor e força cinética para
o corpo; a correlação que faço é que em ambos os casos a energia
escalar (essencial) penetra nas células vegetais e humanas (através
do núcleo do átomo) formando e sustentando tudo o que existe”.

Para completar, página 20: “...o elemento energético não pode


existir senão em vibração; aliás, ele é vibração pura que jamais
conseguiremos conhecer muito bem, podendo se manifestar nas
mais variadas formas conforme suas ressonâncias escalares”.

E para concluir, refutando a ideia de Einstein de que a energia é


igual a matéria, ou de que a energia provém da matéria: “...A energia
se transforma em matéria sem jamais deixar sua condição energética
que inclusive a sustenta; quando a madeira é queimada desprende a
energia que a forma ocasionando um calor acima de sua estrutura
material, ou seja, através da queima da lenha a energia
eletromagnético-gravitacional-escalar consegue se manifestar”.

***

Entendendo que o elemento fundamental da questão energética


é a vibração, isto é, o movimento de atração ou repulsão que
caracteriza a manifestação de energia no universo, Keppe chegou às
suas quatro leis do movimento vibratório, em contraposição às leis
mecanicistas e materialistas da física clássica de Newton,
formulando-as na página 42 de seu livro:
1 - Não existe elemento algum (energético ou material) que não
esteja em vibração.

2 - A vibração constitui a essência da existência.

3 - Quando a vibração cessa, o objeto se dissolve (desintegra).

4 - Só a vibração escalar não cessa, mesmo que não seja


infinita”.

***

Nessa linha de pensamento, a energia escalar tanto existe lá


fora, no universo, sustentando os sóis, planetas e elementos do
espaço sideral, quanto dentro dos corpos (o humano, digamos). Para
ser utilizada coletivamente na sociedade por nós, humanos, precisa
ser capturada de algum modo. O portal para isso seria a ressonância.
E o meio prático, o motor elétrico.
***
(No próximo capítulo desta minissérie, dois pioneiros dialogam no
tempo e no espaço: Keppe resgata o gênio injustiçado Nikola Tesla).

CONTINUA

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